Processamento de Sinais
DEET– Departamento de Engenharia Elétrica e de
Telecomunicações
Mestrado em Engenharia Elétrica
Prof. Fábio Luis Perez, Dr.
FURB – Universidade Regional de Blumenau
Análise de Fourier
Desempenha papel fundamental no
processamento de sinais;
Fornece um método de transformação de
sinais para um outro domínio – o da
frequência;
Transforma a operação de convolução do
domíno “t/n” numa operação de multiplicação
no domínio “ω”
Permite uma interpretação diferente de sinais
e sistemas bastante útil no projeto de
sistemas analógicos e digitais;
Série de Fourier
Um sinal periódico x(t), com período T, pode ser
representado como uma soma de funções
trigonométricas.
ao 2nt 2nt
x(t ) an cos bnsen
2 n1 T T
onde T
2
ao x(t )dt
T0
T
2 2nt
an x(t ) cos dt
T0 T
T
2 2nt
bn x(t )sen dt
T0 T
Série de Fourier
A Série de Fourier pode também ser expressada por
sua forma harmônica
2nt
x(t ) Ao An cos n
n 1 T
com
ao
Ao
2
An an2 bn2
Série de Fourier
Ex: Onda quadrada
Transformada de Fourier
A série de Fourier só se aplica a sinais periódicos.
Sinais aperiódicos podem ser modelados através
da Transformada de Fourier.
Um sinal aperiódico pode ser visto como um sinal
periódico com período infinito (T ∞ ). Com isso,
2
o 0
T
e as componentes em frequência se tornam
contínuas e o somatório da série de Fourier se
converte em uma integral.
Transformada de Fourier
A Transformada de Fourier pode ser considerada
um caso particular da Transformada de Laplace,
onde s = jω.
A definição da Transformada de Fourier é dada
por
X () x(t )e jt dt
A Transformada inversa de Fourier é
1 jt
x(t )
2
X ( ) e d
Transformada de Fourier
Ex: Determine a Transformada de Fourier do sinal
x(t ) e at u (t ), a0
Transformada de Fourier
X ( j) e at u (t )e jt dt e at e jt dt
0
( a j)t 1
X ( j) e dt e ( a j)t
0
(a j) 0
1
X ( j) Note que a T.F. é um número complexo
(a j) dependente da frequência ω. Assim,
podemos expressar a T.F. em módulo e
fase.
| X ( j) |
1
X ( j) arctg
a 2 2 a
Transformada de Fourier
1
| X ( j) |
a 2 2
1
a
1
2a
a a (rad/s)
Transformada de Fourier
X ( j) arctg
a
2
4
a
a (rad/s)
4
2
Transformada de Fourier
No caso de sinais periódicos a Transformada de
Fourier permite identificar a amplitude das
componentes de frequência presentes no sinal.
0.5
1.5
1 0.4
Espectro de amplitude
0.5
0.3
x(t)
0
0.2
-0.5
0.1
-1
-1.5 0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0 50 100 150 200 250 300 350 400
Tempo (s) Frequência (Hz)
x(t ) cos(260t ) 0,3cos(2240t ) 0,1cos(2360t )
Transformada de Fourier de
Tempo Discreto - TFTD
• A transformada de Fourier de tempo discreto
(TFTD) de um sinal x(n) (sequência) é definida
como:
• Importante: A TFTD é um sinal contínuo em ω e
periódico com período 2π
• Nota-se que a resposta em frequência de um
sistema é dado pela TFTD de sua resposta ao
impulso h(n)
Transformada de Fourier de
Tempo Discreto - TFTD
• Para que a TFTD de uma sequência x(n) exista
é necessário que este sinal seja absolutamente
somável, i.e.,
• Dada a função X(e jω), pode-se recuperar x(n)
através da TFTD inversa dada por:
TFTD de Alguns Sinais Discretos
Transformada de Fourier - Propriedades
Linearidade
• Sinal contínuo
Seja
y (t ) k1x1 (t ) k2 x2 (t )
mostra-se que a T.F. de y(t) é
Y ( j) k1 X1 ( j) k2 X 2 ( j)
• Sinal discreto
y (n) k1x1 (n) k2 x2 (n)
Y (e j ) k1 X1(e j ) k2 X 2 (e j )
Transformada de Fourier - Propriedades
Inversão no tempo
• Sinal contínuo
Seja
y (t ) x(t )
mostra-se que a T.F. de y(t) é
Y ( j) X ( j)
• Sinal discreto
y ( n) x ( n)
Y (e j ) X (e j )
Transformada de Fourier - Propriedades
Deslocamento no tempo
• Sinal contínuo
Seja
y(t ) x(t to )
mostra-se que a T.F. de y(t) é
Y ( j) e jto X ( j)
• Sinal discreto
y(n) x(n no )
Y (e j ) e jno X (e j )
Transformada de Fourier - Propriedades
Deslocamento na frequência
• Sinal contínuo
Seja
y(t ) e jot x(t )
mostra-se que a T.F. de y(t) é
Y ( j) X [ j ( o )]
• Sinal discreto
y(n) e jon x(n)
Y (e j ) X (e j (o ) )
Transformada de Fourier - Propriedades
Convolução
• Sinal contínuo
Seja
y (t ) h(t ) x(t )
mostra-se que a T.F. de y(t) é
Y ( j) H ( j) X ( j)
• Sinal discreto
y ( n) h( n) x ( n)
Y (e j ) H (e j ) X (e j )
Resposta em Frequência de Sistemas LCIT
A saída de um sistema LCIT é dada pela
convolução da resposta ao impulso e a entrada,
assim
y (t ) h(t ) x(t )
pela propriedade da Transformada de Fourier
Y (j ) H (j ) X (j )
Y (j ) | Y (j ) | e jY (j) | H (j ) || X (j ) | e j[H (j)X (j)]
assim
| Y (j ) | | H (j ) | | X (j ) |
onde H ( j) H ( s) s j
Y (j ) H (j ) X (j )
Resposta em Frequência de Sistemas LCIT
Diagrama de Bode ou Resposta em Frequência
do sistema Gráfico de módulo e fase do
sistema em relação a frequência.
Ex:
X (s) 10 Y ( s)
H ( s)
s 10
X ( j) 10 Y ( j)
H ( j)
j 10
Resposta em Frequência de Sistemas LCIT
Magnitude de H(s)
1 X: 10.01
Y: 0.7068
0.5
0 -2 0 2 4
10 10 10 10
Ângulo de H(s)
0
-50 X: 10.01
Y: -45.03
-100 -2 0 2 4
10 10 10 10
Resposta em Frequência de Sistemas LCIT
x(t ) sen(10t )
Resposta em Frequência de Sistemas LCIT
Ex: Considerando um sistema de 2ª ordem típico
onde
Ks Y ( s)
X (s) H ( s)
s2
2n 1
2
n
2
n 1 rad/s e 0,7
X (s) 10 Y ( s)
s 2 1, 4s 1
10 10
H ( j)
( j) 1, 4 j 1 j1, 4 (1 2 )
2
Resposta em Frequência de Sistemas LCIT
Diagrama de Bode
40
20
Magnitude (dB)
-20
-40
-60
0
-45
Fase (deg)
-90
-135
-180
-2 -1 0 1 2
10 10 10 10 10
(rad/sec)
TFTD – Eq. de Diferenças
• Sistema LID
M N
a (0) y (n) b(k ) x(n k ) a (k ) y (n k )
k 0 k 1
• Podemos reescrever a eq. anterior como
N M
a ( k ) y ( n k ) b( k ) x ( n k )
k 0 k 0
• Aplica-se a TFTD em ambos os lados da expressão
anterior
N M
F a ( k ) y ( n k ) F b( k ) x ( n k )
k 0 k 0
TFTD – Eq. de Diferenças
• Aplicando a propriedade da linearidade temos
N M
a(k )F[y(n k )] b(k )F[x(n k )]
k 0 k 0
• Agora, utilizando a propriedade de deslocamento
F[y (n k )] e jk
Y (e ) j F[x(n k )] e jk X (e j )
N M
a ( k )e jk
Y (e ) b(k )e jk X (e j )
j
k 0 k 0
TFTD – Eq. de Diferenças
• Como a resposta em frequência de um sistema discreto
LID é dada por
Y (e j ) j
j
H ( e )
X (e )
Pode determinar
M
b ( k ) e jk
H (e j ) k 0
N
a ( k ) e jk
k 0
TFTD – Eq. de Diferenças
• Ex: Determine a TF do sistema discreto cuja equação de
diferenças é dada por
y (n) 0.5 y n 1 0.5 x(n)
Aplicando-se a TF na equação acima temos
Y (e j ) e jY (e j ) 0.5 X (e j )
Y (e j ) e jY (e j ) 0.5 X (e j )
Y (e j ) (1 e j ) 0.5 X (e j )
j
j Y ( e ) 0.5 Como e j é periódico a cada 2 , a
H (e )
X (e ) (1 e j )
j sempre TFTD é periódica a cada 2
TFTD – Eq. de Diferenças
0
Amplitude (dB)
-5
-10
-0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Frequência (Hz)
0.5
Ângulo (rad)
-0.5
-1
-0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Frequência (Hz)