Idade Média
Na Idade Média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo
fervor religioso, e passa a ser considerado em si como um objeto de salvação. A
característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas,
homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas
egípcios ou dos libraii romanos. Nos mosteiros era conservada a cultura da
Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos
religiosos.
Uma página da Bíblia de Gutenberg (Antigo testamento).
O livro continua sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco.
Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras maiúsculas. Também
aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático,
aparecem os florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos
eróticos. Progressivamente aparecem livros em língua vernácula, rompendo com o
monopólio do latim na literatura. O papel passa a substituir o pergaminho.
Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no
século XIV. Consistia originalmente da gravação em blocos de madeira do conteúdo de
cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido
para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi
Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma
revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.[2]
Idade Moderna
No Ocidente, em 1455, Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos
móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim.[3]
[4]
Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a
sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se
definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da
produção em série.
Com o surgimento da imprensa desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual
dependia a confiabilidade do texto e a capacidade do mesmo para atingir um grande
público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras; caligrafias
antigas, como a Carolíngea, estavam destinadas ao ostracismo, pois seu excesso de
detalhes e fios delgados era impraticável, tecnicamente.
Uma das figuras mais importantes do início da tipografia é o italiano Aldus Manutius.
Ele foi importante no processo de maturidade do projeto tipográfico, o que hoje
chamaríamos de design gráfico ou editorial.[5] A maturidade desta nova técnica levou,
entretanto, cerca de um século.
Livro eletrônico
Ver artigo principal: livro digital
A decoração da encadernação é um importante
aspecto visual e de atração dos livros. Em bibliotecas e livrarias, a parte lateral é que
indica o nome e atraí o leitor no meio de uma estante.
De acordo com a definição dada no início deste artigo, o livro deve ser composto de um
grupo de páginas encadernadas e ser portável. Entretanto, mesmo não obedecendo a
essas características, surgiu em fins do século XX o livro eletrônico, ou seja, o livro num
suporte eletrônico computorizado.[6]
Existem livros eletrônicos disponíveis tanto para computadores de mesa quanto para
computadores de mão, os palmtops ou tablets. Uma dificuldade que o livro eletrônico
encontra é que a leitura num suporte de papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que
em um suporte eletrônico, mas pesquisas vêm sendo feitas no sentido de melhorar a
visualização dos livros eletrônicos.