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Rju 5810 - 94 Atualizado 24.06.12

A Lei nº 5.810, de 24 de janeiro de 1994, estabelece o Regime Jurídico Único para os Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, definindo direitos, deveres e garantias. A lei abrange servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e inclui normas sobre provimento, exercício e vacância de cargos públicos. Além disso, a legislação determina requisitos para a posse e condições específicas para a nomeação de servidores, incluindo restrições para condenados por crimes de violência doméstica.
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A Lei nº 5.810, de 24 de janeiro de 1994, estabelece o Regime Jurídico Único para os Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, definindo direitos, deveres e garantias. A lei abrange servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e inclui normas sobre provimento, exercício e vacância de cargos públicos. Além disso, a legislação determina requisitos para a posse e condições específicas para a nomeação de servidores, incluindo restrições para condenados por crimes de violência doméstica.
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24/06/2025, 16:11 LEXPGE | Ato Normativo | 20460

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Ver Republicação

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

(Vide Texto Integral)


(Vide Mensagem de Veto)
LEI Nº 5.810, DE 24 DE JANEIRO DE 1994

Dispõe sobre o regime Jurídico Único dos


Servidores Públicos Civis da Administração
Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas
do Estado do Pará.

A Assembléia Legislativa do Estado do Pará estatui e eu sanciono a seguinte lei:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei institui o Regime Jurídico Único e define os direitos, deveres, garantias e vantagens dos
Servidores Públicos Civis do Estado, das Autarquias e das Fundações Públicas.

Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.

Art. 2º Para os fins desta lei:


I - servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público;
II - cargo público é o criado por lei, com denominação própria, quantitativo e vencimento certos, com o
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a
um servidor;
III - categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho;
IV - grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza, escalonadas segundo a
escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade;

Parágrafo único. Os cargos públicos serão acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos do art. 17,
desta lei.

Art. 3º É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes ao seu cargo,
exceto participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.

Art. 4º Os cargos referentes a profissões regulamentadas serão providos unicamente por quem satisfizer os
requisitos legais respectivos.

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TÍTULO II
DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO, DA CARREIRA E DA VACÂNCIA

CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Art. 5º Os cargos públicos serão providos por:


I – nomeação;
II – promoção;
III – reintegração;
IV – transferência;
V – reversão;
VI – aproveitamento;
VII – readaptação;
VIII – recondução.

CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO

Seção I
Das Formas de Nomeação

Art. 6º A nomeação será feita:


I - em caráter efetivo, quando exigida a prévia habilitação em concurso público, para essa forma de
provimento;
II - em comissão, para cargo de livre nomeação e exoneração, declarado em lei.

Parágrafo único. A designação para o exercício de função gratificada recairá, exclusivamente, em servidor
efetivo.

Art. 6º-A Fica vedada a nomeação de pessoas que tiverem sido condenadas, com trânsito em julgado, por
crimes cometidos com violência doméstica e familiar contra a mulher. (Incluído pela Lei nº 9.710, de 2022)

Parágrafo único. O impedimento previsto no caput deste artigo cessa após o integral cumprimento da pena.
(Incluído pela Lei nº 9.710, de 2022)

Art. 7º Compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e aos Tribunais de
Contas na área de sua competência, prover, por ato singular, os cargos públicos.

Art. 8º O ato de provimento conterá, necessariamente, as seguintes indicações, sob pena de nulidade e
responsabilidade de quem der a posse:
I - modalidade de provimento e nome completo do interessado;
II - denominação de cargo e forma de nomeação;
III - fundamento legal.

Seção II
Do Concurso

Art. 9º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, observado o disposto no art. 4º. desta lei.

Art. 10. A aprovação em concurso público gera o direito à nomeação, respeitada a ordem de classificação dos
candidatos habilitados.

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§ 1º Terá preferência para a ordem de classificação o candidato já pertencente ao serviço público estadual e,
persistindo a igualdade, aquele que contar com maior tempo de serviço público ao Estado.

§ 2º Se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao serviço público do Estado, decidir-se-á em favor do
mais idoso.

Art. 11. A instrumentação e execução dos concursos serão centralizadas na Secretaria de Estado de
Administração, no âmbito do Poder Executivo, e nos órgãos competentes dos Poderes Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público, e dos Tribunais de Contas.

§ 1º O conteúdo programático, para preenchimento de cargo técnico de nível superior poderá ser elaborado
pelo órgão solicitante do concurso.

§ 2º O concurso público será realizado, preferencialmente, na sede do Município, ou na região onde o cargo
será provido.

§ 3º Fica assegurada a fiscalização do concurso público, em todas as suas fases, pelas entidades sindicais
representativas de servidores públicos.

Art. 12. As provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos, quando afins, serão atribuídos,
no máximo, cinco pontos.

Parágrafo único. As provas de título, quando constantes do Edital, terão caráter meramente classificatório.

Art. 13. O Edital do concurso disciplinará os requisitos para a inscrição, o processo de realização, os critérios
de classificação, o número de vagas, os recursos e a homologação.

Art. 14. Na realização dos concursos, serão adotadas as seguintes normas gerais:
I - não se publicará Edital, na vigência do prazo de validade de concurso anterior, para o mesmo cargo, se
ainda houver candidato aprovado e não convocado para a investidura, ou enquanto houver servidor de igual
categoria em disponibilidade;
II - poderão inscrever-se candidatos até 69 anos de idade;
III - Os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do resultado, no
Diário Oficial, prorrogável expressamente uma única vez por igual período. (Redação dada pela Lei nº 7.071,
de 2007).
IV - Comprovação, no ato da posse, dos requisitos previstos no edital. (Redação dada pela Lei nº 7.071, de
2007).
V - participação de um representante do Sindicato dos Trabalhadores ou de Conselho Regional de Classe das
categorias afins na comissão organizadora do concurso público ou processo seletivo. (Incluído pela Lei nº
7.071, de 2007).

§ 1º Será publicada lista geral de classificação contendo todos os candidatos aprovados e, paralela e
concomitantemente, lista própria para os candidatos que concorreram às vagas reservadas aos deficientes.
(Incluído pela Lei nº 7.071, de 2007).

§ 2º Os candidatos com deficiência aprovados e incluídos na lista reservada aos deficientes serão chamados e
convocados alternadamente a cada convocação de um dos candidatos chamados da lista geral até
preenchimento do percentual reservado às pessoas com deficiência no edital do concurso. (Incluído pela Lei
nº 7.071, de 2007).

§ 3º Equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do


candidato durante o estágio probatório. (Incluído pela Lei nº 7.071, de 2007).

Art. 15. A administração proporcionará aos portadores de deficiência, condições para a participação em
concurso de provas ou de provas e títulos.

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Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrever-se em concurso


público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras, às quais serão reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas oferecidas no concurso.

Seção III
Da Posse

Art. 16. Posse é o ato de investidura em cargo público ou função gratificada.

Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.

Art. 17. São requisitos cumulativos para a posse em cargo público:


I - ser brasileiro, nos termos da Constituição;
II - ter completado 18 (dezoito) anos;
III - estar em pleno exercício dos direitos políticos;
IV - ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará;
V - possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo;
VI - declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos e entidades
da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do acúmulo de cargos.
(Redação dada pela Lei nº 7.071, de 2007).
VII - a quitação com as obrigações eleitorais e militares;
VIII - não haver sofrido sanção impeditiva do exercício de cargo público.
IX - não ter contra si ordem de prisão ou de medida protetiva decretadas nos termos da Lei Federal nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 9.710, de 2022)

Art. 18. A compatibilidade das pessoas portadoras de deficiência, de que trata o art. 15, parágrafo único, será
declarada por junta especial, constituída por médicos especializados na área da deficiência diagnosticada.

Parágrafo único. Caso o candidato seja considerado inapto para o exercício do cargo, perde o direito à
nomeação. (Incluído pela Lei nº 7.071, de 2007).

Art. 19. São competentes para dar posse:


I - No Poder Executivo:
a) o Governador, aos nomeados para cargos de Direção ou Assessoramento que lhe sejam diretamente
subordinados;
b) os Secretários de Estado e dirigentes de Autarquias e Fundações, ou a quem seja delegada competência,
aos nomeados para os respectivos órgãos, inclusive, colegiados;
II - No Poder Legislativo, no Poder Judiciário, no Ministério Público e nos Tribunais de Contas, conforme
dispuser a legislação específica de cada Poder ou órgão.

Art. 20. O ato de posse será transcrito em livro especial, assinado pela autoridade competente e pelo servidor
empossado.

Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da autoridade competente, a posse poderá ser tomada por
procuração específica.

Art. 21. A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram observados os
requisitos legais para a investidura no cargo ou função.

Art. 22. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento no Diário
Oficial do Estado.

§ 1º O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais quinze dias, em existindo necessidade comprovada
para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração. (Redação dada pela Lei nº
7.071, de 2007).
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§ 2º O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será contado do
término do impedimento.

§ 3º Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o ato de provimento será tornado sem efeito.

§ 4º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituam seu patrimônio, e
declaração quanto ao exercício, ou não, de outro cargo, emprego ou função pública. (Regulamentado pelo
Decreto nº 2.094, de 2010)(Vide Decreto nº 1.172, de 2021)

Art. 22-A. Ao interessado é permitida a renúncia da posse, no prazo legal, sendo-lhe garantida a última
colocação dentre os classificados no correspondente concurso público. (Incluído pela Lei nº 7.071, de 2007).

Seção IV
Do Exercício

Art. 23. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições e responsabilidade do cargo.

Art. 24. Compete ao titular do órgão para onde for nomeado o servidor, dar-lhe o exercício.

Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de quinze dias, contados: (Redação dada pela Lei nº
7.071, de 2007).
I - da data da posse, no caso de nomeação;
II - da data da publicação oficial do ato, nos demais casos.

§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade comprovada para o
preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração. (Redação dada pela Lei nº 7.071,
de 2007).

§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo.

Art. 26. O servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza, com ou sem
vencimento, mediante prévia autorização ou designação do titular do órgão em que servir.

Art. 27. O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, fora do Estado
do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, seqüentemente, prestar serviço, por igual período, ao
Estado.

Art. 28. O afastamento do servidor para participação em congressos e outros eventos culturais, esportivos,
técnicos e científicos será estabelecido em regulamento.

Art. 29. O servidor acusado do cometimento de crime poderá ter o exercício do cargo público suspenso
pela prisão ou condicionado por medida cautelar, conforme decisão do Juízo Criminal. (Redação dada
pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º(Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 3º Havendo suspensão total do exercício do cargo por decisão judicial, ocorrerá a correspondente suspensão
dos vencimentos, salvo se a decisão judicial dispuser em contrário. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 30. Ao servidor da administração direta, das Autarquias e das Fundações Públicas ou dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, diplomado para o exercício de
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mandato eletivo federal, estadual ou municipal, aplica-se o disposto no Título III, Capítulo V, Seção VII, desta
lei.

Art. 31. O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a sua concordância poderá ser
colocado à disposição de qualquer órgão da administração direta ou indireta, da União, do Estado, do Distrito
Federal e dos Municípios, com ou sem ônus para o Estado do Pará, desde que observada a reciprocidade.
(Vide Decreto nº 795, de 2020). (Vide Instruções Normativas nº 02, de 1997 e nº 001, de 2003)

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se, no que couber, aos ocupantes de função pública
de caráter permanente. (Incluído pela Lei nº 10.703, de 2024)

Seção V
Do Estágio Probatório
(Vide Decreto nº 249, de 2011)

Art. 32. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de três anos, durante os quais a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação
para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: (Redação dada pela Lei nº 7.071, de 2007).
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V - responsabilidade;

§ 1º Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação da
autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei
ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados
nos incisos I a V deste artigo.

§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, observado o devido processo legal.

§ 3º O disposto no “caput” deste artigo não se aplica aos servidores que já tenham entrado em exercício na
data de publicação desta Lei, que se sujeitam ao regime anterior. (Incluído pela Lei nº 7.071, de 2007).

Art. 33. O término do estágio probatório importa no reconhecimento da estabilidade de ofício.

Art. 34. O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no novo
cargo.

Parágrafo único. Ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o mesmo cargo público
em que já tenha sido avaliado. (Redação dada pela Lei nº 7.071, de 2007).

CAPÍTULO III
DA PROMOÇÃO

Art. 35. A promoção é a progressão funcional do servidor estável a uma posição que lhe assegure maior
vencimento base, dentro da mesma categoria funcional, obedecidos os critérios de antigüidade e
merecimento, alternadamente.

Art. 36. A promoção por antigüidade dar-se-á pela progressão à referência imediatamente superior, observado
o interstício de 2 (dois) anos de efetivo exercício.

Art. 37. A promoção por merecimento dar-se-á pela progressão à referência imediatamente superior,
mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de 02 (dois) anos de efetivo exercício.

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Parágrafo único. No critério de merecimento será obedecido o que dispuser a lei do sistema de carreira,
considerando-se, em especial, na avaliação do desempenho, os cursos de capacitação profissional realizados,
e assegurada, no processo, a plena participação das entidades de classe dos servidores.

Art. 38. O servidor que não estiver no exercício do cargo, ressalvadas as hipóteses consideradas como de
efetivo exercício, não concorrerá à promoção.

§ 1º Não poderá ser promovido o servidor que se encontre cumprindo o estágio probatório.

§ 2º O servidor, em exercício de mandato eletivo, somente terá direito à promoção por antigüidade na forma
da Constituição, obedecidas as exigências legais e regulamentares.

Art. 39. No âmbito de cada Poder ou órgão, o setor competente de pessoal processará as promoções que
serão efetivadas por atos específicos no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de abertura da vaga.

Parágrafo único. O critério adotado para promoção deverá constar obrigatoriamente do ato que a determinar.

CAPÍTULO IV
DA REINTEGRAÇÃO

Art. 40. Reintegração é o reingresso do servidor na administração pública, em decorrência de decisão


administrativa definitiva ou sentença judicial transitada em julgado, com ressarcimento de prejuízos
resultantes do afastamento.

§ 1º A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado e, se este houver sido transformado, no cargo
resultante.

§ 2º Encontrando-se regularmente provido o cargo, o seu ocupante será deslocado para cargo equivalente, ou,
se ocupava outro cargo, a este será reconduzido, sem direito à indenização.

§ 3º Se o cargo houver sido extinto, a reintegração dar-se-á em cargo equivalente, respeitada a habilitação
profissional, ou, não sendo possível, ficará o reintegrado em disponibilidade no cargo que exercia.

Art. 41. O ato de reintegração será expedido no prazo máximo de 30 (trinta) dias do pedido, reportando-se
sempre à decisão administrativa definitiva ou à sentença judicial, transitada em julgado.

Art. 42. O servidor reintegrado será submetido à inspeção de saúde na instituição pública competente e
aposentado, quando incapaz.

CAPÍTULO V
DA TRANSFERÊNCIA, DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
(Redação dada pela Lei nº 5.942, de 1996).

Art. 43. Transferência é a movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, para outro
cargo de igual denominação e provimento, de outro órgão, mas no mesmo Poder.

Art. 44. Caberá a transferência:


I - a pedido do servidor;
II - por permuta, a requerimento de ambos os servidores interessados.

Art. 45. A transferência será processada atendendo a conveniência do servidor desde que no órgão
pretendido exista cargo vago, de igual denominação.

Art. 46. O servidor transferido somente poderá renovar o pedido, após decorridos 2 (dois) anos de efetivo
exercício no cargo.
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Art. 47. Não será concedida a transferência:


I - para cargos que tenham candidatos aprovados em concurso, com prazo de validade não esgotado;
II - para órgãos da administração indireta ou fundacional cujo regime jurídico não seja o estatutário;
III - do servidor em estágio probatório.

Art. 48. A transferência dos membros da Magistratura, Ministério Público, Magistério e da Polícia Civil, será
definida no âmbito de cada Poder, por regime próprio.

Art. 49. A remoção é a movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, para outro cargo
de igual denominação e forma de provimento, no mesmo Poder e no mesmo órgão em que é lotado.

Parágrafo único. A remoção, a pedido ou ex-officio, do servidor estável, poderá ser feita: (Incluído pela Lei nº
5.942, de 1996).
I - de uma para outra unidade administrativa da mesma Secretaria, Autarquia, Fundação ou órgão análogo dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas. (Incluído pela Lei nº 5.942, de
1996).
II - de um para outro setor, na mesma unidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 5.942, de 1996).

Art. 50. A redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo ou função, para o quadro de
outro órgão ou entidade do mesmo Poder, sempre no interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº
5.942, de 1996).

§ 1º A redistribuição será sempre ex-officio, ouvidos os respectivos órgãos ou entidades interessados na


movimentação. (Incluído pela Lei nº 5.492, de 1996).

§ 2º A redistribuição dar-se-á exclusivamente para o ajustamento do quadro de pessoal às necessidades dos


serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº
5.492, de 1996).

§ 3º Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderam ser redistribuídos,
na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade até seu aproveitamento. (Incluído pela Lei nº
5.492, de 1996).

CAPÍTULO VI
DA REVERSÃO

Art. 51. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Lei nº 8.975, de 2020).
I - por incapacidade permanente, quando, por junta médica oficial, foram declarados insubsistentes os
motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).
II - voluntariamente, a pedido, desde que haja interesse da Administração devidamente fundamentado e a
aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 1º A reversão, ex-officio ou a pedido, dar-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
(Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 2º A reversão, a pedido, dependerá da existência de cargo vago. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 3º Não poderá reverter o aposentado que já tiver alcançado o limite da idade para aposentadoria
compulsória. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

Art. 52. Será tornada sem efeito a reversão ex-officio, e cassada a aposentadoria do servidor que não tomar
posse e entrar no exercício do cargo.

CAPÍTULO VII

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DO APROVEITAMENTO

Art. 53. O aproveitamento é o reingresso, no serviço público, do servidor em disponibilidade, em cargo de


natureza e padrão de vencimento correspondente ao que ocupava.

Art. 54. O aproveitamento será obrigatório quando:


I - restabelecido o cargo de cuja extinção decorreu a disponibilidade;
II - deva ser provido cargo anteriormente declarado desnecessário.

Art. 55. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade de servidor que, aproveitado,
não tomar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal.

CAPÍTULO VIII
DA READAPTAÇÃO

Art. 56. Readaptação é a forma de provimento, em cargo mais compatível, pelo servidor que tenha sofrido
limitação, em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica oficial.

§ 1º A readaptação ex-officio ou a pedido, será efetivada em cargo vago, de atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida.

§ 2º A readaptação não acarretará diminuição ou aumento da remuneração.

§ 3º Ressalvada a incapacidade definitiva para o serviço público, quando será aposentado, é direito do
servidor renovar pedido de readaptação.

CAPÍTULO IX
DA RECONDUÇÃO

Art. 57. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado
o que dispõe a presente lei nos casos de disponibilidade e aproveitamento.

CAPÍTULO X
DA VACÂNCIA

Art. 58. A vacância do cargo decorrerá de:


I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção;
IV – aposentadoria;
V – readaptação;
VI – falecimento;
VII – transferência;
VIII – destituição.

Parágrafo único. A vaga ocorrerá na data:


I - do falecimento;
II - da publicação do decreto que exonerar, demitir, promover, aposentar, readaptar, transferir, destituir e da
posse em outro cargo inacumulável.

Art. 59. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.

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Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)


I - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º A exoneração a pedido será: (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)


I - precedida de requerimento formalizado pelo servidor; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - processada na forma do §3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º A exoneração de ofício dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)


I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo legal; (Incluído pela Lei nº
10.560, de 2024)
III - pela aplicação de decisão judicial que: (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
a) condene o servidor à perda do cargo público por cometimento de crime ou de ato de improbidade
administrativa; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
b) tenha cassado decisão judicial que tenha determinado a nomeação, posse ou reintegração de
servidor público. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 3º O servidor que, sem justificativa prévia, deixar o efetivo exercício do cargo por mais de 1 (um) ano
será notificado para retornar ao exercício, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, sob pena de a ausência
implicar presunção de pedido de exoneração. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 4º Caso o servidor retorne ao exercício após a notificação a que se refere o § 3º deste artigo, deverá
ser instaurado processo administrativo disciplinar simplificado. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 60. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:


I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.

Art. 61. A vacância de função gratificada dar-se-á por dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição.

Art. 62. Na vacância do cargo de titular de Autarquia ou Fundação Pública, poderá o mesmo ser provido com a
nomeação temporária, ressalvado no ato de provimento o disposto no art. 92, XX da Constituição do Estado.

TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
DA DURAÇÃO DO TRABALHO

Art. 63. A duração da jornada diária de trabalho será de 6(seis) horas ininterruptas, salvo as jornadas especiais
estabelecidas em lei.

§ 1º Nas atividades de atendimento público que exijam jornada superior, serão adotados turnos de
revezamento.

§ 2º A duração normal da jornada, em caso de comprovada necessidade, poderá ser antecipada ou


prorrogada pela administração.

Art. 64. A freqüência será apurada diariamente:


I - pelo ponto de entrada e saída;
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II - pela forma determinada quanto aos servidores cujas atividades sejam permanentemente exercidas
externamente, ou que, por sua natureza, não possam ser mensuradas por unidade de tempo.

Art. 65. Na antecipação ou prorrogação da duração da jornada de trabalho, será também remunerado o
trabalho suplementar, na forma prevista neste Estatuto.

Art. 66. O servidor ocupante de cargo comissionado, independentemente de jornada de trabalho, atenderá às
convocações decorrentes da necessidade do serviço de interesse da Administração.

Seção Única
Do Horário Especial

Art. 66-A. Será concedido horário especial com redução de carga horária ao servidor público que tenha sob
seus cuidados pessoa com deficiência, independentemente de compensação de horário e sem prejuízo à
remuneração, quando comprovada a necessidade. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021)

§ 1º A redução da carga horária não poderá ultrapassar o limite de 1 (uma) hora diária. (Incluído pela Lei nº
9.313, de 2021)

§ 2º A garantia estabelecida no caput somente será concedida ao servidor público efetivo ou comissionado
que cumprir o mínimo de 6 (seis) horas diárias de jornada de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021)

§ 3º A comprovação da necessidade a que se refere o caput deste artigo dependerá de avaliação da pessoa
com deficiência por junta oficial multiprofissional, integrada por pelo menos um perito médico,
preferencialmente especialista na área da deficiência, um assistente social e um psicólogo. (Redação dada
pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 4º A avaliação da junta oficial multidisciplinar deverá ponderar questões fáticas, sociais, econômicas e
médicas do caso, indicando se há real necessidade de assistência direta do servidor à pessoa com deficiência
e, se houver, em quais horários. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021)

Art. 66-B. A concessão de horário especial deverá atentar para: (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).
I - comprovação da necessidade indispensável da assistência direta do servidor à pessoa com deficiência,
quando não puder ser prestada simultaneamente ao cumprimento integral da jornada de trabalho; e/ou
(Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).
II - comprovação da necessidade de reabilitação da pessoa com deficiência, desde que indispensável à
presença do servidor na reabilitação e incompatível com o horário de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.313, de
2021).

§ 1º Havendo acumulação legal de dois cargos, a redução de jornada se dará em apenas um deles. (Incluído
pela Lei nº 9.313, de 2021).

§ 2º No caso de haver dois ou mais servidores, responsáveis pela mesma pessoa com deficiência,
enquadrados nas disposições do art. 66-A, a somente um deles será concedido o horário especial, sendo
possível a alternância entre um e outro, desde que periódica. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

Art. 66-C. O pedido de horário especial deverá ser dirigido aos titulares dos órgãos ou entidades estaduais que
o autorizará, desde que atendidos os requisitos do art. 66-D. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

Art. 66-D. O pedido de horário especial deverá ser acompanhado, entre outros, dos seguintes documentos:
(Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).
I - laudo médico que comprove a deficiência, a ser homologado pela junta oficial multiprofissional; (Redação
dada pela Lei nº 9.982, de 2023)
II - relatório emitido por médico especialista na área da deficiência, em que conste a data de início, o tipo de
deficiência, se passível de reversão ou não com os tratamentos atualmente disponíveis e a recomendação da

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redução da jornada de trabalho com os motivos da sua necessidade, na forma do art. 66-B; (Incluído pela Lei
nº 9.313, de 2021).
III - indicação de reabilitação, se houver, devidamente justificada e emitida por médico especialista na área da
deficiência: (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).
a) especificando os dias da semana, os horários e duração da reabilitação, com o nome completo, o número
do registro profissional e a data, em papel timbrado da instituição em que é atendido, com o número do
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço e telefone; (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).
b) declarando a impossibilidade de realização da reabilitação em outro horário que não coincida com a
jornada de trabalho do servidor. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).
IV - prova do vínculo entre a pessoa com deficiência e o servidor. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

Parágrafo único. Para os fins deste artigo, serão considerados como reabilitação apenas os tratamentos de
saúde reconhecidos pela comunidade científica e de eficácia comprovada. (Incluído pela Lei nº 9.313, de
2021).

Art. 66-E. A redução da carga horária poderá ser consecutiva, intercalada, alternada ou escalonada, de acordo
com a necessidade. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

Art. 66-F. O servidor deverá reapresentar os documentos estabelecidos no art. 66-D anualmente, para fins de
reavaliação da concessão e da extensão do horário especial, sem prejuízo de ser convocado a qualquer tempo
para reavaliação da concessão do horário especial e/ou apresentação do comprovante de frequência emitido
pelo profissional responsável pela reabilitação, se for o caso. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

Art. 66-G. A redução de carga horária se extinguirá com a cessação do motivo que a houver determinado,
independentemente de qualquer ato extintivo da autoridade pública. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

Art. 66-H. A redução da carga horária será considerada como de efetivo exercício para todos os fins e efeitos
legais. (Incluído pela Lei nº 9.313, de 2021).

CAPÍTULO II
DA ESTABILIDADE

Art. 67. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo, adquirirá
estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.

Art. 68. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, ou de
processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Art. 69. É vedada a exoneração, a suspensão ou a demissão de servidor sindicalizado, a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave, devidamente apurada em processo administrativo.

CAPÍTULO III
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 70. Considera-se como tempo de serviço público o exclusivamente prestado à União, Estados, Distrito
Federal, Municípios, Autarquias e Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.

§ 1º Constitui tempo de serviço público, para todos os efeitos legais, salvo para estabilidade, o anteriormente
prestado pelo servidor, qualquer que tenha sido a forma de admissão ou de pagamento.

§ 2º Para efeito de aposentadoria e disponibilidade é assegurada, ainda, a contagem do tempo de


contribuição financeira dos sistemas previdenciários, segundo os critérios estabelecidos em lei.

Art. 71. A apuração do tempo de serviço será feita em dias.

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§ 1º O número de dias será convertido em anos, considerados sempre como de 365 (trezentos e sessenta e
cinco) dias.

§ 2º Para efeito de aposentadoria, feita a conversão, os dias restantes, até 182, não serão computados,
arredondando-se para um ano quando excederem a esse número.

Art. 72. Considera-se como de efetivo exercício, para todos os fins, o afastamento decorrente de:
I – férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - falecimento do cônjuge, companheira ou companheiro, pai, mãe, filhos e irmãos, até 8 (oito) dias;
(Redação dada pela Lei nº 5.995, de 1996).
IV - serviços obrigatórios por lei;
V - desempenho de cargo ou emprego em órgão da administração direta ou indireta de Municípios, Estados,
Distrito Federal e União, quando colocado regularmente à disposição;
VI - missão oficial de qualquer natureza, ainda que sem vencimento, durante o tempo da autorização ou
designação;
VII - estudo, em área do interesse do serviço público, durante o período da autorização;
VIII - processo administrativo, se declarado inocente;
IX - desempenho de mandato eletivo, exceto para promoção por merecimento;
X - participação em congressos ou outros eventos culturais, esportivos, técnicos, científicos ou sindicais,
durante o período autorizado.
XI - licença-prêmio;
XII - licença maternidade com a duração de cento e oitenta dias; (Redação dada pela Lei nº 7.267, de 2009).
XIII - licença-paternidade;
XIV - licença para tratamento de saúde;
XV - licença por motivo de doença em pessoa da família;
XVI - faltas abonadas, no máximo de 3 (três) ao mês;
XVII - doação de sangue, 1 (um) dia;
XVIII - desempenho de mandato classista.
XIX - folgas premiais, até o máximo de 3 (três) dias por ano. (Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

§ 1º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 2º As férias e a licença-prêmio serão contadas em dobro para efeito de aposentadoria a partir da expressa
renúncia do servidor.

Art. 73. É vedada a contagem acumulada de tempo de serviço simultaneamente prestado em mais de um
cargo, emprego ou função.

Parágrafo único. Em regime de acumulação legal, o Estado não contará o tempo de serviço do outro cargo ou
emprego, para o reconhecimento de vantagem pecuniária.

CAPÍTULO IV
DAS FÉRIAS

Art. 74. O servidor, após cada 12 (doze) meses de exercício adquire direito a férias anuais, de 30 (trinta) dias
consecutivos.

§ 1º É vedado levar, à conta das férias, qualquer falta ao serviço.

§ 2º As férias somente são interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação
para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por motivo de superior interesse público; podendo ser acumuladas,
pelo prazo máximo de dois anos consecutivos.

§ 3º O disposto neste artigo se estende aos Secretários de Estado. (Incluído pela Lei nº 6.161, de 1998).
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Art. 75. As férias serão de:


I - 30 (trinta) dias consecutivos, anualmente;
II - 20 (vinte) dias consecutivos, semestralmente, para os servidores que operem, direta e permanentemente,
com Raios X ou substâncias radioativas.

Art. 76. Durante as férias, o servidor terá direito a todas as vantagens do exercício do cargo.

§ 1º As férias serão remuneradas com um terço a mais do que a remuneração normal, pagas
antecipadamente, independente de solicitação.

§ 2º VETADO

§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das
férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou
fração superior a quatorze dias. (Incluído pela Lei nº 7.391, de 2010).

§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que ocorrer a exoneração. (Incluído
pela Lei nº 7.391, de 2010).

CAPÍTULO V
DAS LICENÇAS

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 77. O servidor terá direito à licença:


I - para tratamento de saúde;
II - por motivo de doença em pessoa da família;
III - maternidade;
IV - paternidade;
V - para o serviço militar e outras obrigações previstas em lei;
VI - para tratar de interesse particular;
VII - para atividade política ou classista, na forma da lei;
VIII - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
IX - a título de prêmio por assiduidade.

§ 1º As licenças previstas nos incisos I e II dependerão de inspeção médica, realizada pelo órgão competente.

§ 2º Ao servidor ocupante de cargo em comissão não serão concedidas as licenças previstas nos incisos VI, VII
e VIII.

§ 3º A licença - da mesma espécie - concedida dentro 60 (sessenta) dias, do término da anterior, será
considerada como prorrogação.

§ 4º Expirada a licença, o servidor assumirá o cargo no primeiro dia útil subseqüente.

§ 5º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a 24 (vinte e
quatro) meses, salvo os casos previstos nos incisos V, VII e VIII.

Art. 78. A licença poderá ser prorrogada de ofício ou mediante solicitação.

§ 1º O pedido de prorrogação deverá ser apresentado pelo menos 8 (oito) dias antes de findo o prazo.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às licenças previstas no art. 77, incisos III, IV, VI e IX.
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Art. 79. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período das licenças previstas nos incisos I e
II do art. 77.

Art. 80. O servidor notificado que se recusar a submeter-se à inspeção médica, quando julgada necessária,
terá sua licença cancelada automaticamente.

Seção II
Da Licença Para Tratamento de Saúde

Art. 81. A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido ou de ofício, com base em inspeção
médica, realizada pelo órgão competente, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no


estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 2º A inspeção médica do servidor que se encontrar fora do Estado do Pará e necessitar realizar
perícia, por motivo de tratamento de saúde ou por motivo de doença em pessoa da família, poderá ser
realizada junto a órgão de perícia médica oficial do local onde o periciando se encontrar. (Incluído pela
Lei nº 9.982, de 2023)

§ 3º O servidor deverá enviar o laudo médico expedido ao seu órgão ou entidade de lotação, para as
providências cabíveis, sob pena de cancelamento da sua licença, na forma do art. 80 desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 4º O serviço médico oficial do Estado poderá realizar perícia médica quando se tratar de servidores
públicos de órgãos e entidades de outra unidade federativa. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

Art. 81-A. A perícia médica será dispensada quando a licença não ultrapassar 20 (vinte) dias,
intercalados ou não, no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 1º A dispensa da perícia oficial fica condicionada à apresentação de atestado médico ou odontológico


junto ao órgão de lotação do servidor. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 2º No atestado a que se refere o § 1º deste artigo, deverá constar a identificação do servidor e do


profissional emitente, o registro deste no conselho de classe, o código da Classificação Internacional de
Doenças (CID) ou diagnóstico e o tempo provável de afastamento. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 3º Não será dispensada a perícia médica se o servidor não autorizar a especificação do diagnóstico
em seu atestado, na forma do § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

Art. 82. A licença superior a 120 (cento e vinte) dias, intercalados ou não, no período de 12 (doze) meses, só
poderá ser concedida mediante inspeção realizada por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 9.982,
de 2023)

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§ 1º Em casos excepcionais, a prova da doença poderá ser feita por atestado médico particular se, a juízo da
administração, for inconveniente ou impossível a ida da junta médica à localidade de residência do servidor.

§ 2º Nos casos referidos no § anterior, o atestado só produzirá efeito depois de homologado pelo serviço
médico oficial do Estado.

§ 3º Verificando-se, a qualquer tempo, ter ocorrido má-fé na expedição do atestado ou do laudo, a


administração promoverá a punição dos responsáveis.

Art. 83. Findo o prazo da licença, o servidor será submetido à nova inspeção médica, que concluirá pela volta
ao serviço, pela prorrogação da licença, pela readaptação ou pela incapacidade definitiva. (Redação dada pela
Lei nº 9.982, de 2023)

Art. 84. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando
se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço e doença profissional.

Seção III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 85. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge, companheiro ou
companheira, padrasto ou madrasta; ascendente, descendente, enteado, menor sob guarda, tutela ou
adoção, e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica.

Parágrafo único. Nas hipóteses de tutela, guarda e adoção, deverá o servidor instruir o pedido com
documento legal comprobatório de tal condição.

Art. 86. A licença para tratamento de saúde em pessoa da família será concedida:
I - com remuneração integral, no primeiro mês;
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, quando exceder de 1 (um) até 6 (seis) meses;
III - com 1/3 (um terço) da remuneração quando exceder a 6 (seis) meses até 12 (doze) meses;
IV - sem remuneração, a partir do 12º. (décimo segundo) e até o 24º. (vigésimo quarto) mês.

Parágrafo único. À licença para acompanhar pessoa doente da família aplicam-se os arts. 81-A e 82 desta Lei,
observado o prazo máximo de 2 (dois) anos de duração da licença. (Redação dada pela Lei nº 9.982, de 2023)

Art. 87. Nos mesmos parâmetros do artigo anterior será concedida licença para o pai, a mãe, ou responsável
legal de excepcional em tratamento.

Seção IV
Das Licenças Maternidade e Paternidade

Art. 88. Será concedida licença à servidora gestante, por cento e oitenta dias consecutivos, sem prejuízo de
remuneração. (Redação dada pela Lei nº 7.267, de 2009).

§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

§ 3º No caso de aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso
remunerado.

§ 4º O benefício previsto no caput deste artigo alcançará a servidora que já se encontre no gozo da referida
licença. (Incluído pela Lei nº 7.267, de 2009).

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Art. 89. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito,
durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 2 (dois) períodos de
meia hora.

Art. 90. À servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão
concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de
que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

Art. 91. Ao servidor será concedida licença-paternidade de 20 (vinte) dias consecutivos, mediante a
apresentação do registro civil, retroagindo o afastamento à data do nascimento. (Redação dada pela Lei nº
9.348, de 2021).

§ 1º Será concedida a licença de que trata o caput deste artigo em caso de adoção ou de obtenção de guarda
judicial para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 9.348, de 2021).

§ 2º Na hipótese de adoção, deverá ser apresentada a sentença constitutiva do vínculo ou o registro civil
constando da filiação o nome do servidor, sendo esse o marco inicial da licença. (Incluído pela Lei nº 9.348, de
2021).

§ 3º Os documentos comprobatórios da paternidade, exigidos no § 2º deste artigo, devem estar


acompanhados de certidão que prove o trânsito em julgado da sentença judicial de adoção, em conformidade
com o § 7º do art. 47 da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.348, de 2021).

§ 4º Tratando-se de guarda judicial para fins de adoção, deverá o servidor apresentar o respectivo termo
outorgado pelo Juízo competente, retroagindo o início da licença à data de expedição desse termo ou de
documento equivalente. (Incluído pela Lei nº 9.348, de 2021).

§ 5º Fica garantido o benefício previsto no caput deste artigo ao servidor que já se encontre em gozo de
licença-paternidade. (Incluído pela Lei nº 9.348, de 2021).

Seção V
Da Licença Para o Serviço Militar e Outras Obrigatórias por Lei

Art. 92. O servidor será licenciado, quando:


a) convocado para o serviço militar na forma e condições estabelecidas em lei;
b) requisitado pela Justiça Eleitoral;
c) sorteado para o trabalho do Júri;
d) em outras hipóteses previstas em legislação federal específica;

Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias, sem remuneração, para
reassumir o exercício do cargo.

Seção VI
Da Licença Para Tratar de Interesses Particulares

Art. 93. A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável, licença para o trato de assuntos
particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.

§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorrido 2 (dois) anos do término da anterior.

Seção VII
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Da Licença Para Atividade Política ou Classista

Art. 94. O servidor terá direito à licença para atividade política, obedecido o disposto na legislação federal
específica.

Parágrafo único. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:


I - tratando-se de mandato federal ou estadual ficará afastado do cargo ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração;
III - investido no mandato de Vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração
do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horários, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.

Art. 95. É assegurado ao servidor o direito à licença para desempenho de mandato em confederação,
federação, sindicato representativo da categoria, associação de classe de âmbito local e/ou nacional, sem
prejuízo de remuneração do cargo efetivo. (Redação dada pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas
referidas entidades, até o máximo de quatro por entidade constituída em conformidade com o art. 5º, inciso
LXX, alínea “b”, da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 2º A licença terá duração igual ao mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, por uma única
vez. (Redação dada pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 3º O período de licença de que trata esse artigo será contado para todos os feitos legais, exceto para a
promoção por merecimento. (Redação dada pela Lei nº 8.975, de 2020).

Seção VIII
Da Licença Para Acompanhar Cônjuge

Art. 96. Ao servidor estável, será concedida licença sem remuneração, quando o cônjuge ou companheiro,
servidor civil ou militar:
I - assumir mandato conquistado em eleição majoritária ou proporcional para exercício de cargo em local
diverso do da lotação do acompanhante;
II - for designado para servir fora do Estado ou no exterior.

Art. 97. A licença será concedida pelo prazo da duração do mandato, ou nos demais casos por prazo
indeterminado.

§ 1º A licença será instruída com a prova da eleição, posse ou designação.

§ 2º Na hipótese do deslocamento de que trata este artigo, o servidor poderá ser lotado, provisoriamente, em
repartição da Administração Estadual direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de
atividade compatível com o seu cargo.

Seção IX
Da Licença-Prêmio

Art. 98. Após cada triênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus à licença de 60 (sessenta) dias, sem
prejuízo da remuneração e outras vantagens.

Art. 99. A licença será:


I - a requerimento do servidor:

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a) gozada integralmente, ou em duas parcelas de 30 (trinta) dias;


b) convertida integralmente em tempo de serviço, contado em dobro;
c) VETADO
II - convertida, obrigatoriamente, em remuneração adicional, na aposentadoria ou falecimento, sempre que a
fração de tempo for igual ou superior a 1/3 (um terço) do período exigido para o gozo da licença-prêmio.

Parágrafo único. Decorridos 30 (trinta) dias do pedido de licença, não havendo manifestação expressa do
Poder Público, é permitido ao servidor iniciar o gozo de sua licença.

Art. 100. Para os efeitos da assiduidade, não se consideram interrupção do exercício os afastamentos
enumerados no art. 72.

Seção X
Das Folgas Premiais
(Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

Art. 100-A. Serão concedidas ao servidor folgas premiais pela realização facultativa de cursos de qualificação,
até o máximo de 3 (três) dias por ano. (Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

Art. 100-B. As folgas premiais serão concedidas aos servidores públicos civis estaduais que participarem
facultativamente de cursos de qualificação relacionados com as áreas específicas de atuação no
órgão/entidade de lotação. (Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

§ 1º As folgas premiais serão concedidas de acordo com a soma de horas-curso realizadas pelo servidor no
decorrer de cada ano civil e usufruídas no ano subsequente, de acordo com a seguinte relação: (Incluído pela
Lei nº 9.370, de 2021).
I - 100 (cem) horas ou mais de curso correspondem a 03 (três) dias de folgas premiais; (Incluído pela Lei nº
9.370, de 2021).
II - entre 61 (sessenta e um) e 99 (noventa e nove) horas de curso correspondem a 02 (dois) dias de folgas
premiais; (Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).
III - entre 30 (trinta) e 60 (sessenta) horas correspondem a 01 (um) dia de folga premial. (Incluído pela Lei nº
9.370, de 2021).

§ 2º A chefia imediata poderá autorizar o afastamento do servidor para a participação em cursos que ocorram
durante o expediente de trabalho, de forma excepcional e desde que não ofereça prejuízos à continuidade dos
serviços prestados. (Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

§ 3º Em caso de rompimento do vínculo do servidor com a Administração Pública ou de afastamento que


impossibilite a concessão do benefício no ano correspondente, é vedado o acúmulo para o ano subsequente
ou qualquer indenização. (Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

Art. 100-C. O disposto nesta seção não se aplica aos afastamentos previstos nos arts. 26 e 27 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 9.370, de 2021).

CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 101. É assegurado ao servidor:


I - o direito de petição em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
II - a obtenção de certidões em defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

Art. 102. O direito de peticionar será exercido na forma da Lei Estadual nº 8.972, de 13 de janeiro de
2020.(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

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Parágrafo único. A regulamentação do direito de petição e os ritos estabelecidos na Lei Estadual nº


8.972, de 2020, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar previsto no Título VI desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 103. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 104. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 105. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)


I - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 106. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 107. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 108. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)


I - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 109. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

CAPÍTULO VII
DA APOSENTADORIA
(Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

Art. 110. (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)


I - (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)
II -(Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)
III - (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)
a) (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)
b) (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)
c) (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)
d) (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 1º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

Art. (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

Art. 112. (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)


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§ 1º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 3º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 4º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

Art. 113. VETADO


I - VETADO
II - VETADO

Art. 114. (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 1º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

§ 3º (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

Art. 115. (Revogado pela Lei nº 8.975, de 2020)

CAPÍTULO VIII
DOS DIREITOS E VANTAGENS FINANCEIRAS

Seção I
Do Vencimento e da Remuneração

Art. 116. O vencimento é a retribuição pecuniária mensal devida ao servidor, correspondente ao padrão fixado
em lei.

Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário mínimo.

Art. 117. A revisão geral dos vencimentos dos servidores civis será feita, pelo menos, nos meses de abril e
outubro, com vigência a partir desses meses.

Parágrafo único. Abonos e antecipação, à conta da revisão, ficam condicionados ao limite de despesas,
definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 118. Remuneração é o vencimento acrescido das demais vantagens de caráter permanente, atribuídas ao
servidor pelo exercício do cargo público.

Parágrafo único. As indenizações, auxílios e demais vantagens, ou gratificações de caráter eventual não
integram a remuneração.

Art. 119. Proventos são rendimentos atribuídos ao servidor em razão da aposentadoria ou disponibilidade.

Art. 120. O vencimento, a remuneração e os proventos não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora,
exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

Art. 121. A remuneração do servidor não excederá, no âmbito do respectivo Poder, os valores percebidos
como remuneração, em espécie, a qualquer título, pelos Deputados Estaduais, Secretários de Estado e
Desembargadores.
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§ 1º Entre o maior e o menor vencimento, a relação de valores será de um para vinte.

§ 2º No Ministério Público, o limite máximo é o valor percebido como remuneração, em espécie, a qualquer
título, pelos Procuradores de Justiça.

§ 3º Os acréscimos pecuniários, percebidos pelo servidor público, não serão computados nem acumulados,
para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Art. 122. (Revogado pela Lei nº 7.071, de 2007).

Parágrafo Único. (Revogado pela Lei nº 7.071, de 2007).

Art. 123. O 13º (décimo terceiro) salário será pago com base na remuneração ou proventos integrais do mês
de dezembro.

§ 1º O 13º (décimo terceiro) salário corresponderá a um doze avos por mês de serviço, e a fração igual ou
superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

§ 2º Na exoneração e na demissão, o 13º (décimo terceiro) salário será pago no mês dessas ocorrências.

Art. 124. O servidor perderá:


I - no caso de ausência e impontualidade:
a) o vencimento ou remuneração do dia, quando não comparecer ao serviço;
b) VETADO
II - metade da remuneração na hipótese de suspensão disciplinar convertida em multa;
III - o vencimento, a remuneração, ou parte deles, nos demais casos previstos nesta lei.
Parágrafo único. As faltas ao serviço, em razão de causa relevante, poderão ser abonadas pelo titular do
órgão, quando requerido abono no dia útil subseqüente, obedecido o disposto no art. 72, inciso XVI.

Art. 125. As reposições devidas e as indenizações por prejuízos que o servidor causar, poderão ser
descontadas em parcelas mensais monetariamente corrigidas, não excedentes à décima parte da
remuneração ou provento.

Parágrafo único. A faculdade de reposição ou indenização parceladas não se estende ao servidor exonerado,
demitido ou licenciado sem vencimento.

Art. 126. As consignações em folha de pagamento, para efeito de descon­to, não poderão, as
facultativas, exceder a 50% (cinquenta por cento) da remuneração bruta, assim entendido o montante
calculado na forma do art. 118 desta Lei. (Regulamentado pelo Decreto nº 2.071, de 2006)(Redação
dada pela Lei nº 10.287, de 2023)

Parágrafo único. No caso de aplicação de redutor constitucional, a base de cálculo não compreenderá, para
efeito de descontos facultativos, o montante que sobejar ao limite imposto pela norma. (Redação dada pela
Lei nº 9.659, de 2022)
I - (Revogado pela Lei nº 9.659, de 2022)
II - (Revogado pela Lei nº 9.659, de 2022)
III - (Revogado pela Lei nº 9.659, de 2022)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.659, de 2022)
V - (Revogado pela Lei nº 9.659, de 2022)
VI - (Revogado pela Lei nº 9.659, de 2022)

Art. 126-A. As consignações em folha de pagamento são compulsórias e facultativas. (Incluído pela Lei nº
9.659, de 2022)
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§ 1º São consideradas contribuições compulsórias: (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)


I - contribuições devidas em razão da condição do servidor de segurado obrigatório do Regime de
Previdência dos Servidores do Estado do Pará, do Regime Geral de Previdência Social e do Regime de
Previdência Complementar, na forma da lei; (Redação dada pela Lei nº 9.982, de 2023)
II - imposto sobre o rendimento do trabalho, na forma da lei; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
III - pensões alimentícias fixadas ou homologadas judicialmente; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
IV - restituições e indenizações ao Erário, na forma da lei; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
V - reembolso de benefícios e auxílios prestados aos servidores e pela Administração Pública Estadual, na
forma da lei; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
VI - pagamentos de decisões judiciais, nos termos da lei; e (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
VII - contribuição para plano de saúde em favor de entidade administradora de planos de saúde do Estado,
caso o servidor tenha manifestado sua opção pela adesão como segurado ao plano. (Incluído pela Lei nº
9.659, de 2022)

§ 2º São admitidas como consignações facultativas, dentre outras: (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
I - contribuições mensais decorrentes da condição de associado, destinadas à manutenção de entidades de
classe, associações ou clubes constituídos por servidores públicos; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
II - contribuições de servidores estaduais filiados a partido político; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
III - mensalidade instituída para entidades sindicais representativas de servidores públicos estaduais; (Incluído
pela Lei nº 9.659, de 2022)
IV - contribuição para plano de saúde em favor de entidade administradora de planos de saúde; (Incluído pela
Lei nº 9.659, de 2022)
V - contribuição para plano de previdência em favor de entidade aberta de previdência complementar,
prevista na Lei Complementar Federal nº 109, de 29 de maio de 2001, bem como seguradora que opera no
ramo de seguro de vida e previdência, autorizada pelo órgão regulador competente; (Redação dada pela Lei
nº 9.982, de 2023)
VI - prêmio de seguro de vida coberto por seguradora que opera no ramo de seguro de vida e previdência,
autorizada pelo órgão regulador competente; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
VII - prestação referente a imóvel adquirido de entidade financiadora oficial, destinado à residência de
servidores públicos civis; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
VIII - contribuições instituídas para entidades beneficentes; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
IX - prestação para amortização de empréstimo concedido por instituição financeira ou cooperativa de crédito
constituída de acordo com a Lei Federal nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, autorizada pelo Banco Central,
bem como por entidade aberta de previdência complementar e seguradora que opera no ramo de seguro de
vida, autorizada pelo órgão regulador competente; (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
X - pensão alimentícia voluntária, consignada em favor de dependente que conste dos assentamentos
funcionais; e (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
XI - contribuições para os fundos públicos de saúde e assistência. (Incluído pela Lei nº 9.659, de 2022)
XII - amortização de quantias devidas, em razão das operações de con­tratação de bens e serviços, por
meio de cartão de benefício, a custos ou condições diferenciadas, devidas a operadoras de cartões
consignados de benefícios, vedada a sua utilização com finalidade de saque por meio do cartão de
crédito. (Incluído pela Lei nº 10.287, de 2023)

Seção II
Das Vantagens

Art. 127. Além do vencimento, o servidor poderá perceber as seguintes vantagens:


I - adicionais;
II - gratificações;
III - diárias;
IV - ajuda de custo;
V - salário-família;
VI - indenizações;
VII - outras vantagens e concessões previstas em lei.

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Parágrafo único. Excetuados os casos expressamente previstos neste artigo, o servidor não poderá perceber, a
qualquer título ou forma de pagamento, nenhuma outra vantagem financeira.

Seção III
Dos Adicionais

Art. 128. Ao servidor serão concedidos adicionais:


I - pelo exercício do trabalho em condições penosas, insalubres ou perigosas;
II - pelo exercício de cargo em comissão ou função gratificada;
III - por tempo de serviço.

Art. 129. O adicional pelo exercício de atividades penosas, insalubres ou perigosas será devido na forma
prevista em lei federal. (Regulamentado pelo Decreto nº 2.485, de 1994)

Parágrafo único. Os adicionais de insalubridade, periculosidade, ou pelo exercício em condições penosas são
inacumuláveis e o seu pagamento cessará com a eliminação das causas geradoras, não se incorporando ao
vencimento, sob nenhum fundamento.

Art. 130. (Revogado pela Lei Complementar nº 039, de 2002)

§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 039, de 2002)

§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 039, de 2002)


§ 3º VETADO (Revogado pela Lei Complementar nº 039, de 2002)

§ 4º (Revogado pela Lei Complementar nº 039, de 2002)

Art. 131. O adicional por tempo de serviço será devido por triênios de efetivo exercício, até o máximo de 12
(doze).

§ 1º Os adicionais serão calculados sobre a remuneração do cargo, nas seguintes proporções: (Vide ADI nº
1586-9/PA)
I - aos três anos, 5%;
II - aos seis anos, 5% - 10%;
III - aos nove anos, 5% - 15%;
IV - aos doze anos, 5% - 20%;
V - aos quinze anos, 5% - 25%;
VI - aos dezoito anos, 5% - 30%;
VII - aos vinte e um anos, 5% - 35%;
VIII - aos vinte e quatro anos, 5% - 40%;
IX - aos vinte e sete anos, 5% - 45%;
X - aos trinta anos, 5% - 50%;
XI - aos trinta e três anos, 5% - 55%;
XII - após trinta e quatro anos, 5% - 60%.

§ 2º O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o triênio, independente de solicitação.

Seção IV
Das Gratificações

Art. 132. Ao servidor serão concedidas gratificações:


I - pela prestação de serviço extraordinário;
II - a título de representação; (Vide Lei nº 9.853, de 2023)
III - pela participação em órgão colegiado;
IV - pela elaboração de trabalho técnico, científico ou de utilidade para o serviço público;

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V - pelo regime especial de trabalho;


VI - pela participação em comissão, ou grupo especial de trabalho;
VII - pela escolaridade;
VIII - pela docência, em atividade de treinamento;
IX - pela produtividade;
X - pela interiorização;
XI - pelo exercício de atividade na área de educação especial;(Promulgado pelo Governador) (Revogado
pela Lei nº 10.820, de 2024) (Repristinada pela Lei nº 10.853, de 2025)
XII - Pelo exercício da função.

Parágrafo único. Os casos considerados como de efetivo exercício pelo art. 72, excetuados os incisos V, IX e XVI
não implicam a perda das gratificações previstas neste artigo, salvo a do inciso I.

Art. 133. O serviço extraordinário será pago com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora
normal de trabalho. (Vide Decreto nº 0005, de 1995).

§ 1º Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias,
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

§ 2º Será considerado serviço extraordinário aquele que exceder, por antecipação ou prorrogação, à jornada
normal diária de trabalho.

§ 3º A prestação de serviço extraordinário não poderá exceder ao limite de 60 (sessenta) horas mensais, salvo
para os servidores integrantes de categorias funcionais com horário diferenciados em legislação própria.

Art. 134. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e
5(cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) computando-se
cada hora como 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta segundos).

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
gratificação prevista no artigo anterior.

Art. 135. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018)


a) (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018)
b) (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018)
c) (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018)
d) (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018)
e) (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018).
f) (Revogado pela Lei nº 8.745, de 2018).

Art. 136. A gratificação pela participação em órgão colegiado será fixada através de regulamento.

Art. 137. A gratificação por regime especial de trabalho é a retribuição pecuniária mensal destinada aos
ocupantes dos cargos que, por sua natureza, exijam a prestação do serviço em tempo integral ou de dedicação
exclusiva. (Vide Decreto nº 577, de 2012)

§ 1º As gratificações devidas aos funcionários convocados para prestarem serviço em regime de tempo
integral ou de dedicação exclusiva obedecerão escala variável, fixada em regulamento, respeitados os
seguintes limites percentuais:
a) pelo tempo integral, a gratificação variará entre 20% (vinte por cento) e 70% (setenta por cento) do
vencimento atribuído ao cargo;
b) pela dedicação exclusiva, a gratificação variará entre 50% (cinqüenta por cento) e 100% (cem por cento) do
vencimento atribuído ao cargo.

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24/06/2025, 16:11 LEXPGE | Ato Normativo | 20460

§ 2º A concessão da gratificação por regime especial de trabalho, de que trata este artigo, dependerá, em
cada caso, de ato expresso das autoridades referidas no art. 19 da presente lei.

Art. 138. As gratificações por prestação de serviço extraordinário e por regime especial de trabalho excluem-
se mutuamente.

§ 1º Ao servidor sujeito ao regime de dedicação exclusiva é vedado o exercício de outro cargo ou emprego.

§ 2º A gratificação, em regime de tempo integral, não se coaduna com a mesma vantagem percebida em
outro cargo, de qualquer esfera administrativa, exercido cumulativamente no serviço público.

Art. 139. A gratificação pela participação em comissão ou grupo especial de trabalho e pela elaboração ou
execução de trabalho técnico ou científico, em decorrência de formal designação ou autorização, será
arbitrada previamente, não podendo exceder ao vencimento ou remuneração do servidor. (Vide Lei nº 4.573,
de 1975 e Decretos nº 442, de 1995 e nº 390, de 2003).

§ 1º O percentual da gratificação será fixado, considerando-se a duração da atividade e o vencimento ou


remuneração do servidor, sendo idêntico para todos os membros quando se tratar de comissão ou grupo de
trabalho.

§ 2º O pagamento da gratificação cessará na data da conclusão do trabalho, e esta não será incorporada à
remuneração, sob nenhuma hipótese.

§ 3º Não havendo concluído o trabalho no prazo fixado ou prorrogado, o servidor fica obrigado a ressarcir
mensalmente, no mesmo percentual recebido, o valor da gratificação de que trata este artigo.

§ 4º Esta gratificação não substitui nem impede o reconhecimento do direito autoral, quando a atribuição não
for inerente ao cargo.

Art. 140. A gratificação de escolaridade, calculada sobre o vencimento, será devida nas seguintes proporções:
I - VETADO
II - VETADO
III - na quantia correspondente a 80% (oitenta por cento), ao titular de cargo para cujo exercício a lei exija
habilitação correspondente à conclusão do grau universitário.

Art. 141. A gratificação pela docência, em atividade de treinamento, será atribuída ao servidor, no regime
hora-aula, desde que esta atividade não seja inerente ao exercício do cargo e seja desempenhada fora da
jornada normal de trabalho.

Art. 142. A gratificação de produtividade destina-se a estimular as atividades dos servidores ocupantes de
cargos nas áreas de tributação, arrecadação e fiscalização fazendária, extensiva aos servidores de apoio
técnico operacional e administrativo da Secretaria de Estado da Fazenda, observados os critérios, prazos e
percentuais previstos em regulamento. (Regulamentado pelo Decreto nº 2.595, de 1994).

Art. 143. A gratificação de interiorização é devida aos servidores que, tendo domicílio na região metropolitana
de Belém, sejam lotados, transferidos, ou removidos para outros Municípios, enquanto perdurar essa lotação
ou movimentação. (Vide Lei nº 5.657, de 1991).

Parágrafo único. A gratificação de interiorização será calculada sobre o valor do vencimento, não podendo
exceder-lhe e será proporcional ao grau de dificuldade de acesso ao Município, observados os percentuais
fixados em regulamento.

Art. 144. A gratificação de função será devida por encargo de chefia e outros que a lei determinar.

Seção V
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24/06/2025, 16:11 LEXPGE | Ato Normativo | 20460

Das Diárias

Art. 145. Ao servidor que, em missão oficial ou de estudos, afastar-se temporariamente da sede em que seja
lotado, serão concedidas, além do transporte, diárias a título de indenização das despesas de alimentação,
hospedagem e locomoção urbana.

§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o deslocamento não
exigir pernoite fora da sede.

§ 2º As diárias serão pagas antecipadamente e isentam o servidor da posterior prestação de contas.

Art. 146. No arbitramento das diárias será considerado o local para o qual foi deslocado o funcionário.

Art. 147. Não caberá a concessão de diárias, quando o deslocamento do servidor constituir exigência
permanente do cargo.

Art. 148. O servidor que não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituir integralmente o
valor das diárias e custos de transporte recebidos, no prazo de 05 (cinco) dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede, no prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput deste artigo.

Art. 149. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio
de locomoção, conforme se dispuser em regulamento.

Seção VI
Das Ajudas de Custo

Art. 150. A ajuda de custo será concedida ao servidor que, no interesse do serviço público, passar a ter
exercício em nova sede com mudança de domicílio.

§ 1º A ajuda de custo destina-se a compensar o servidor pelas despesas realizadas com seu transporte e de
sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

§ 2º Não será concedida ajuda de custo ao servidor que:


a) afastar-se do cargo ou reassumi-lo em virtude do exercício ou término de mandato eletivo;
b) for colocado à disposição de outro Poder, ou esfera de Governo;
c) for removido ou transferido, a pedido.

§ 3º À família do servidor que falecer na nova sede, serão assegurados ajuda de custo e transporte para a
localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.

Art. 151. Caberá, também, ajuda de custo ao servidor designado para serviço ou estudo no exterior, a qual
será arbitrada pela autoridade que efetuar a designação.

Art. 152. A ajuda de custo será calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em
regulamento, não podendo exceder à importância correspondente a 3 (três) meses. (Regulamentado pelo
Decreto nº 411, de 1995).

Art. 153. As ajudas de custo serão restituídas, quando:


I - o servidor não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias;
II - o servidor solicitar exoneração;
III - a designação for tornada sem efeito.

Seção VII
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Do Salário-Família

Art. 154. (Revogado pela Lei Complementar nº 051, de 2006).

§1º (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).


I - (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).
II - (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).
III - (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).

§ 2º(Revogado pela Lei Complementar nº 051, de 2006).

§ 3º(Revogado pela Lei Complementar nº 051, de 2006).

Art. 155 (Revogado pela Lei Complementar nº 051, de 2006).

§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 051, de 2006).

§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 051, de 2006).

Art. 156. O salário-família é devido, a partir do início do exercício do cargo e comprovação da dependência.

Art. 157. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do
salário-família.

Art. 158. Será suspenso definitivamente o pagamento do salário-família quando:


I - cessada a dependência;
II - verificada a inexatidão dos documentos apresentados;
III - um dos cônjuges já perceba esse direito.

Art. 159. (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).

§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).

§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).

§ 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 044, de 2003).

CAPÍTULO IX
OUTRAS VANTAGENS E CONCESSÕES

Art. 160. Além das demais vantagens previstas nesta lei, será concedido:
I - Ao servidor:
a) participação no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público;
b) vale-transporte, nos termos da Legislação Federal;
c) auxílio-natalidade, correspondente a um salário mínimo, após a apresentação da certidão de nascimento
para a inscrição do dependente;
d) auxílio-doença, correspondente a um mês de remuneração, após cada período consecutivo de 6 (seis)
meses de licença para tratamento de saúde;
e) custeio do tratamento de saúde, quando laudo de junta médica oficial atestar tratar-se de lesão produzida
por acidente em serviço ou doença profissional;
f) quando estudante, e mediante comprovação, regime de compensação para realização de provas e abono de
faltas para exame vestibular;
g) transporte ou indenização correspondente, quando licenciado para tratamento de saúde, estando
impossibilitado de locomover-se, na forma do regulamento;
h) seguro contra acidente de trabalho, para os que exerçam atividades com risco de vida.
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II - Ao cônjuge, companheiro ou dependentes:


a) custeio das despesas de translado do corpo, quando o servidor, no desempenho de suas atribuições, falecer
fora da sede do exercício;
b) auxílio-funeral, correspondente ao total das despesas com o funeral do servidor falecido, limitado ao maior
valor dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 8.975, de
2020).
c) pensão especial, no valor integral do vencimento ou remuneração, quando o servidor falecer em
decorrência de acidente em serviço ou moléstia profissional;
d) vantagens pecuniárias que o servidor deixou de perceber em decorrência de seu falecimento.

§ 1º Consideram-se dependentes, para os fins do inciso II, alínea “b”, deste artigo, os beneficiários de que
cuida o art. 6º da Lei Complementar nº 039, de 2002. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 2º O pagamento do benefício de que trata a alínea “b” do inciso II deste artigo depende da efetiva
comprovação da realização das despesas pelo beneficiário. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 3º O benefício de que trata a alínea “b” do inciso II deste artigo poderá ser pago a terceiro que
comprovadamente tenha realizado as despesas com o funeral, na ausência de cônjuge, companheiro ou
dependentes. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 4º Caso as despesas com o funeral sejam comprovadas por mais de uma pessoa, o benefício de que trata a
alínea “b” do inciso II deste artigo poderá ser rateado na proporção dos gastos, mediante requerimento dos
interessados, sempre observado o limite do maior valor dos benefícios pagos pelo Regime Geral de
Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 5º No caso de impossibilidade do rateio proporcional do benefício de que trata o parágrafo anterior, em


razão de prévio pagamento integral a um primeiro requerente, o requerente remanescente fará jus apenas a
eventual saldo do que restar para atingir limite dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social.
(Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 6º O benefício de que trata a alínea “b” do inciso II somente pode ser pago uma vez, ainda que o servidor
falecido estivesse em acumulação regular de cargos na atividade. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 7º O benefício de que trata a alínea “b” do inciso II deste artigo poderá ser pago em razão do falecimento de
servidor exclusivamente comissionado. (Incluído pela Lei nº 8.975, de 2020).

§ 8º São consideradas despesas com funeral, para os fins da alínea “b” do inciso II deste artigo: (Incluído pela
Lei nº 8.975, de 2020).
I - os gastos essenciais para a realização de velório, enterro e cremação; e (Incluído pela Lei nº 8.975, de
2020).
II - os gastos com traslado do corpo, excluídos o interestadual e o internacional. (Incluído pela Lei nº 8.975, de
2020).

Art. 161. Garantido o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de duas ou mais pensões,
ressalvadas a diretriz constitucional da acumulação remunerada de cargos públicos.

CAPÍTULO X
DAS ACUMULAÇÕES REMUNERADAS

Art. 162. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horários, nos seguintes casos:
a) a de 2 (dois) cargos de professor;
b) a de 1 (um) cargo de professor com outro técnico ou científico, de nível médio ou superior;
c) a de 2 (dois) cargos privativos de médico.

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Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações
mantidas pelo Poder Público, empresas públicas, sociedades de economia mista, da União, Distrito Federal,
dos Estados, dos Territórios e dos Municípios, não se aplicando, porém, ao aposentado, quando investido em
cargo comissionado.

Art. 163. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de
horários.
Parágrafo único. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão.

Art. 164. (Revogado pela Lei nº 9.230, de 2021).

Art. 165. VETADO

TÍTULO IV
DA SEGURIDADE SOCIAL

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 166. A seguridade social compreende um conjunto de ações do Estado destinadas a assegurar os direitos
à saúde, à previdência e à assistência social do servidor e de seus dependentes.

Parágrafo único. Na seguridade social prevalecem os seguintes objetivos:


I - universalidade da cobertura do atendimento;
II - uniformidade dos benefícios;
III - irredutibilidade do valor dos benefícios;
IV - caráter democrático da gestão administrativa, com participação paritária do servidor estável e do
aposentado eleitos para o colegiado do órgão previdenciário do Estado do Pará.

Art. 167. O Município que não dispuser de sistema previdenciário próprio poderá aderir, mediante convênio,
ao órgão de seguridade do Estado do Pará para garantir aos seus servidores a seguridade, na forma da lei.

Art. 168. A seguridade social será financiada através das seguintes contribuições:
I - contribuição incidente sobre a folha de vencimento e remunerações;
II - dos servidores de qualquer quadro funcional;
III - de outras fontes estabelecidas em lei destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade
social.

Parágrafo único. As receitas destinadas à seguridade social constarão do orçamento do Estado do Pará.

Art. 169. As metas e prioridades caracterizadoras dos programas, projetos e atividades estabelecidas no
orçamento, manterão absoluta fidelidade à finalidade e ao objetivo do órgão de Previdência e Assistência dos
Servidores do Estado do Pará.

CAPÍTULO II
DA SAÚDE

Art. 170. A assistência à saúde será prestada pelo órgão estadual competente e, de forma complementar, por
instituições públicas e privadas.

Art. 171. Nas situações de urgência e emergência o setor de Recursos Humanos comunicará formalmente ao
órgão de seguridade social, no primeiro dia útil seguinte, o atendimento médico do servidor ou de seus
dependentes.

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§ 1º A assistência à saúde fora do domicílio do servidor depende da manifestação favorável do órgão de


seguridade social do Estado do Pará.

§ 2º O atendimento de urgência e emergência fora do domicílio do servidor obedecerá ao que dispuser o


regulamento.

CAPÍTULO III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 172. Os planos de Previdência Social atenderão, nos termos da legislação pertinente:
I - à cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, incluindo os resultantes de acidentes de trabalho,
velhice e reclusão;
II - à pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge e dependente.

§ 1º A contribuição previdenciária incidirá sobre a remuneração total do servidor, exceto salário-família, com a
conseqüente repercussão em benefícios.

§ 2º É assegurado o reajustamento de benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da


época da concessão.

§ 3º O 13º (décimo terceiro) salário dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do
mês de dezembro de cada ano.

CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 173. A assistência social será prestada ao servidor e dependentes.

Art. 174. A assistência social tem por objetivo:


I - proteção ao servidor, sobretudo nos trabalhos penosos, insalubres e perigosos;
II - proteção à família, à maternidade e à infância;
III - amparo às crianças, em creche;
IV - a cultura, o esporte, a recreação e o lazer.

TÍTULO V
DA ASSOCIAÇÃO SINDICAL

Art. 175. É garantido ao servidor público civil do Estado do Pará o direito à livre associação, como também,
entre outros, os seguintes direitos, dela decorrentes:
a) de ser representado pelos sindicatos, na forma da legislação processual civil;
b) de inamovibilidade dos dirigentes dos sindicatos até 1 (um) ano após o final do mandato;
c) de descontar em folha, mediante autorização do servidor, sem ônus para a entidade sindical a que for
filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em Assembléia Geral da categoria.

Art. 176. É assegurada a participação permanente do servidor nos colegiados dos órgãos do Estado do Pará
em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

TÍTULO VI
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 177. São deveres do servidor:


I - assiduidade e pontualidade;

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II – urbanidade;
III – discrição;
IV - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - exercício pessoal das atribuições;
VI - observância aos princípios éticos, morais, às leis e regulamentos;
VII - atualização de seus dados pessoais e de seus dependentes;
VIII - representação contra as ordens manifestamente ilegais e contra irregularidades;
IX - atender com presteza:
a) às requisições para a defesa judicial ou extrajudicial do Estado;(Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)
b) às informações, documentos e providências solicitadas por autoridades judiciárias ou administrativas;
c) à expedição de certidões para a defesa de direitos, para a argüição de ilegalidade ou abuso de autoridade.

§ 1º Os titulares de órgãos e entidades deverão editar código de ética detalhando a deontologia


prevista neste artigo, sem prejuízo da edição de regras específicas para cada carreira, quando
necessário. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade
competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que
tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.
(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 178. É vedado ao servidor:


I - acumular inconstitucionalmente cargos ou empregos na administração pública;
II - revelar fato de que tem ciência em razão do cargo, e que deve permanecer em sigilo, ou facilitar sua
revelação;
III - pleitear como intermediário ou procurador junto ao serviço público, exceto quando se tratar de interesse
do cônjuge ou dependente;
IV - deixar de comparecer ao serviço, sem causa justificada, por 30 (trinta) dias consecutivos;
V - valer-se do exercício do cargo para auferir ou tentar auferir proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função;(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
VI - cometer encargo legítimo de servidor público à pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em
lei;
VII - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer o comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
VII - exercer atividade empresarial:(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
a) durante o horário de expediente; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
b) no recinto da repartição; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
c) utilizando recursos públicos; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
d) em conflito de interesses com a Administração; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
VIII - aceitar contratos com a Administração Estadual, quando vedado em lei ou regulamento;
IX - participar da gerência ou administração de associação ou sociedade subvencionada pelo Estado, exceto
entidades comunitárias e associação profissional ou sindicato;
X - tratar de interesses particulares ou desempenhar atividade estranha ao cargo, no recinto da repartição;
XI - referir-se, de modo ofensivo, a servidor público, a administrado e a ato da Administração;(Redação
dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
XII - utilizar-se do anonimato, ou de provas obtidas ilicitamente;
XIII - permutar ou ausentar-se de serviço, sem expressa autorização;(Redação dada pela Lei nº 10.560,
de 2024)
XIV - omitir-se no zelo e conservação dos bens e documentos públicos;
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XV - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisão judicial ou administrativa;(Redação dada


pela Lei nº 10.560, de 2024)
XVI - deixar, sem justa causa, de observar prazos legais administrativos ou judiciais;
XVII - praticar ato lesivo ao patrimônio Estadual;
XVIII - solicitar, aceitar ou exigir vantagem indevida pela abstenção ou prática regular de ato de ofício;
XIX - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização legal;
XX - exercer atribuições sob as ordens imediatas de parentes até o segundo grau, salvo em cargo
comissionado;
XXI - praticar atos, que sejam também tipificados em lei como crime, vitimando a Administração
Pública, seu patrimônio ou servidores no exercício de suas funções;(Redação dada pela Lei nº 10.560,
de 2024)
XXII - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais, se ocupante do cargo incompatível;
XXIII - retardar, injustificadamente, a nomeação de classificado em concurso público.

Parágrafo único. Não se compreende na proibição do inciso VIII o exercício de cargo ou função na
Administração Indireta, quando regularmente colocado à disposição.

CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 179. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 180. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1º (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do
valor da herança recebida.

Art. 181. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Parágrafo único. As sanções já aplicadas ao agente em razão dos mesmos fatos serão levadas em conta
na dosimetria da pena.(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 182. A absolvição judicial somente repercute na esfera administrativa, se negar a existência do fato ou
afastar do servidor a autoria.

CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES E SUA APLICAÇÃO

Art. 183. São penas disciplinares:


I - repreensão;
II - suspensão;
III - demissão:
IV - destituição de cargo em comissão ou de função gratificada;
V - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.
VI - conversão da exoneração a pedido em demissão; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
VII - conversão do distrato de servidor temporário em demissão. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

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Parágrafo único. A aposentadoria, voluntária ou compulsória, não implica em frustração do poder


disciplinar, de modo que a eventual aplicação de pena ao servidor que se aposentar após a instauração
observará o seguinte: (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - conversão da pena de suspensão em multa, na proporção de 50% (cinquenta por cento) por dia de
proventos de aposentadoria; e (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - conversão da pena de demissão em cassação de aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 10.560, de
2024)

Art. 184. Na aplicação das penalidades serão considerados cumulativamente:


I - os danos decorrentes do fato para o serviço público;
II - a natureza e a gravidade da infração e as circunstâncias em que foi praticada;
III - a repercussão do fato;
IV - os antecedentes funcionais.
V - existência, ao tempo da ação ou omissão, de doença mental que afete, parcialmente, a capacidade do
servidor de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Incluído
pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 1º É isento de pena o servidor que, por doença mental, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 2º A aplicação de causas atenuantes não implica em comutação da pena entre as modalidades


previstas no art. 183 desta Lei, devendo a autoridade julgadora ater-se à vinculação de pena prevista
nos arts. 189 e 190 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

Art. 185. As penas disciplinares serão aplicadas através de:


I - portaria, no caso de repreensão e suspensão;
II - Decreto, nos casos dos incisos III a VII do art. 183 desta Lei;(Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)

Parágrafo único. A portaria ou o decreto indicará a penalidade e o fundamento legal, com a devida inscrição
nos assentamentos do servidor.

Art. 186. Na aplicação de penalidade, serão inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos.

Art. 187. Aos acusados e litigantes, em processo administrativo, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Parágrafo único. Ao servidor punido com pena disciplinar é assegurado o direito de pedir reconsideração e
recorrer da decisão.

Art. 188. A pena de repreensão será aplicada nas infrações de natureza leve, em caso de falta de cumprimento
dos deveres ou das proibições, na forma que dispuser o regulamento.

Art. 189. A pena de suspensão, que não exceder a 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave,
reincidência, ou infração ao disposto nos incisos VII, XI, XII, XIV e XVII do art. 178 desta Lei. (Redação dada
pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º O servidor, enquanto suspenso, perderá os direitos e vantagens de natureza pecuniária, exceto o salário-
família.

§ 2º Quando licenciado, a penalidade será aplicada após o retorno do servidor ao exercício.


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§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá
convertê-la em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração,
permanecendo o servidor em exercício.

Art. 190. As penas previstas nos incisos III a VII do art. 183 desta Lei serão aplicadas nos casos de:
(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - prática de atos também tipificados em lei como crime, vitimando a Administração Pública, seu
patrimônio, o administrado ou servidores no exercício de suas funções;(Redação dada pela Lei nº
10.560, de 2024)
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual, configurada por faltas ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
intercaladamente, no período de 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 9.230, de 2021)
IV - prática de ato tipificado como improbidade administrativa;(Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - violação de sigilo profissional, observado o disposto no § 2º do art. 177 desta Lei;(Redação dada
pela Lei nº 10.560, de 2024)
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - lograr proveito pessoal ou de outrem, valendo-se do cargo, em detrimento da dignidade da função
pública;
XIV - exercício da atividade empresarial:(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
a) durante o horário de expediente; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
b) no recinto da repartição; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
c) utilizando recursos públicos; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
d) em conflito de interesses com a Administração; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
XV - atuação, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou assistenciais a parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XVI - recebimento de propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XVII - aceitação de comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;
XVIII - prática de usura sob qualquer de suas formas;
XIX - procedimento desidioso;
XX - utilização de pessoal ou recursos materiais de repartição em serviços ou atividades particulares.
XXI - prática de assédio moral, assédio sexual ou discriminação; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
XXII - perda da habilitação profissional que seja requisito do seu cargo; e (Incluído pela Lei nº 10.560,
de 2024)
XXIII - cometer encargo legítimo de servidor público à pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º O servidor indiciado em processo administrativo não poderá ser exonerado, salvo se comprovada a sua
inocência ao final do processo.

§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.230, de 2021)

§ 3º Inclui-se no conceito da infração prevista no inciso V do caput deste artigo, dentre outras práticas
que configurem ato escandaloso ou de incontinência pública: (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

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I - Prática de atos também tipificados em lei como crime que não tenham relação direta com o
exercício das atribuições do servidor, mas que configurem violação ética que o torne incompatível com
a função pública; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - embriaguez ou toxicomania no recinto da repartição ou no exercício das suas atribuições. (Incluído
pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 4º Para os fins do inciso XXI do caput deste artigo, considera-se: (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - assédio moral: a conduta praticada no exercício das atribuições do cargo ou em razão dele, por meio
da repetição deliberada de gestos, palavras faladas ou escritas ou comportamentos que exponham
outro servidor ou cidadão a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de lhes causar ofensa à
personalidade, à dignidade e à integridade psíquica ou física, com o objetivo de excluí-los das suas
funções ou de desestabilizá-los emocionalmente, deteriorando o ambiente profissional; (Incluído pela
Lei nº 10.560, de 2024)
II - assédio sexual: a conduta de conotação sexual praticada no exercício das atribuições do cargo ou
em razão dele, manifestada fisicamente ou por palavras, gestos ou outros meios, proposta ou imposta
à pessoa contra sua vontade, causando-lhe constrangimento e violando a sua liberdade sexual;
(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
III - discriminação: a conduta comissiva ou omissiva que dispense tratamento constrangedor ou
humilhante a pessoa ou grupo de pessoas, em razão de sua deficiência, raça, cor, sexo, procedência
nacional ou regional, origem étnica, condição de gestante, lactante ou nutriz, faixa etária, religião ou
outro fator discriminatório. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 191. Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicos, a
autoridade a que se refere o art. 199 desta Lei notificará pessoalmente o servidor, por intermédio de sua
chefia imediata, para apresentar opção por um dos cargos, empregos ou funções em acúmulo ilegal, no prazo
improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data do recebimento da notificação. (Redação dada pela Lei nº
9.230, de 2021).

§ 1º Utilizando-se do direito de opção por um dos cargos, empregos ou funções públicos acumulados
indevidamente, a escolha do servidor deverá ser comprovada, independentemente de nova notificação, no
prazo subsequente de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período e uma única vez, a critério da
Administração Pública e mediante pedido motivado do interessado. (Redação dada pela Lei nº 9.230, de
2021).

§ 2º Na hipótese de o servidor não comprovar a opção a que se referem o caput e o §1º deste artigo, deverá a
autoridade competente instaurar Processo Administrativo Disciplinar Simplificado (PADS), sob o rito sumário,
para apuração e regularização da acumulação ilegal. (Redação dada pela Lei nº 9.230, de 2021).

§ 3º O PADS, de rito sumário, desenvolver-se-á nas seguintes fases: (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão processante, composta por 2 (dois)
servidores estáveis, o qual deve indicar a materialidade e autoria da transgressão objeto de apuração;
(Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).
II - instrução sumária, que compreende a juntada de provas objetivas da infração, em poder da Administração
Pública, indiciação, citação, defesa e relatório conclusivo da comissão processante; e (Incluído pela Lei nº
9.230, de 2021).
III - julgamento pela autoridade competente para aplicar a pena de demissão. (Incluído pela Lei nº 9.230, de
2021).

§ 4º A indicação da autoria e da materialidade referidas no inciso I do § 3o deste artigo dar-se-á,


respectivamente, pela identificação do nome e da matrícula do servidor acusado e pela descrição dos cargos,
empregos ou funções públicos em acúmulo ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, em quaisquer
esferas de Poder ou Governo, das datas de ingresso, horários de trabalho e do correspondente regime jurídico
em cada vínculo. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).

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§ 5º A comissão processante lavrará, em até 3 (três) dias contados da publicação do ato que a constituir,
termo de indiciação do servidor em situação de acúmulo ilegal, considerando as informações exigidas no § 4º
deste artigo, após o que deverá promover a citação pessoal do servidor indiciado para, no prazo de 5 (cinco)
dias, apresentar defesa escrita e os documentos que julgar necessários, assegurada vista dos autos junto à
comissão processante, na forma dos arts. 219 e 220 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).

§ 6º Apresentada a defesa escrita, a comissão processante elaborará relatório conclusivo, no prazo de 5


(cinco) dias, com resumo das principais peças dos autos, deliberando sobre a ilicitude da acumulação apurada
e concluindo sobre a inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, inclusive sua boa ou má-fé,
indicando os dispositivos legais infringidos e a penalidade proposta. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).

§ 7º Elaborado o relatório conclusivo, a comissão processante encaminhará os autos do PADS à autoridade


instauradora, para providências cabíveis ao julgamento, na forma do inciso III do § 3º deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 9.230, de 2021).

§ 8º No prazo de 10 (dez) dias, contado do recebimento dos autos do PADS, a autoridade julgadora proferirá
sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 223 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
9.230, de 2021).

§ 9º A opção feita pelo servidor indiciado até o último dia do prazo para defesa poderá afastar a má-fé na
acumulação ilegal, hipótese na qual a manifestação será automaticamente convertida em pedido de
exoneração do cargo indicado pelo optante, se estadual, ou, de outra forma, observar-se-á o disposto no § 1º
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).

§ 10. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á ao servidor indiciado a pena de
demissão, destituição de cargo comissionado ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos
cargos, empregos ou funções públicos em regime de acumulação, hipótese na qual deverão ser comunicados
os órgãos ou entidades de vinculação. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

§ 11. O prazo para conclusão do PADS não excederá 30 (trinta) dias, contado da data de publicação do ato que
constituir a comissão processante, admitida a prorrogação por até 15 (quinze) dias, quando as circunstâncias
assim o exigirem e mediante decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

§ 12. O procedimento previsto neste artigo não impede a comissão processante de, antes de elaborar o
relatório conclusivo, realizar quaisquer das diligências previstas no Capítulo VIII do Título VI desta Lei,
observados os procedimentos atinentes a cada uma delas. (Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 13. Na hipótese do § 12 deste artigo, deverá ser concedido prazo de 5 (cinco) dias úteis para que o
acusado se manifeste sobre a prova produzida. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 191-A. Na apuração de abandono de cargo ou de inassiduidade habitual será adotado o procedimento
sumário a que se referem os §§ 3º a 12 do art. 191 desta Lei, observando-se especialmente o seguinte:
(Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
a) na hipótese de abandono de cargo, pela juntada de prova documental precisa do período de ausência
injustificada do servidor ao serviço, quando superior a 30 (trinta) dias consecutivos; e (Incluído pela Lei nº
9.230, de 2021)
b) no caso de inassiduidade habitual, pela juntada de prova documental precisa dos dias de falta ao serviço
sem causa justificada, por período igual ou superior a 60 (sessenta) dias intercalados, no prazo de 12 (doze)
meses. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
II - após a apresentação de defesa escrita, a comissão processante elaborará relatório conclusivo quanto à
inocência ou responsabilidade do servidor indiciado, resumindo as principais peças dos autos, deliberando
sobre a ausência de justificativa para as faltas ao serviço indicadas nas alíneas “a” e “b” do inciso I deste

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artigo, se ocorreram de modo intencional ou mediante dolo eventual, bem como indicando os dispositivos
legais infringidos e a penalidade proposta; e (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
III - após a elaboração do relatório conclusivo, a comissão processante encaminhará os autos do PADS à
autoridade instauradora, para providências cabíveis ao julgamento, na forma do inciso III do § 3o do art. 191
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

Parágrafo único. Na configuração do dolo eventual a que se refere o inciso II deste artigo, deve a comissão
processante comprovar que o servidor faltoso, embora sem intenção expressa de abandonar o cargo, assumiu
o risco de produzir esse resultado. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

Art. 192. A destituição de cargo em comissão ou de função gratificada será aplicada nos casos de infração,
sujeita à penalidade de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada, nos termos do artigo
60, será convertida em destituição de cargo em comissão ou de função gratificada.

Art. 193. Além das penalidades previstas no art. 183, o servidor será obrigado a ressarcir a Administração
Pública e/ou terceiros pelos danos causados por sua conduta, sem prejuízo da ação penal cabível. (Redação
dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. O ressarcimento a terceiros depende da configuração de culpa grave ou dolo. (Incluído pela
Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 194. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 195. A sanção aplicada nas hipóteses dos incisos I a XIII, XIV e XXI do art. 190 desta Lei incompatibiliza o
servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei
nº 10.560, de 2024)

Art. 196. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade,
falta punível com a demissão.

§ 1º A cassação da aposentadoria ou da disponibilidade será precedida do competente processo


administrativo.

§ 2º Aplica-se, ainda, a pena de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade se ficar provado que o


inativo:
I - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
II - aceitou ilegalmente representação, comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;
III - praticou a usura em qualquer de suas formas;
IV - não assumiu no prazo legal o exercício do cargo em que foi aproveitado.

Art. 197. As penalidades disciplinares serão aplicadas, observada a vinculação do servidor ao respectivo Poder,
órgão ou entidade:
I - pela autoridade competente para nomear em qualquer caso, e privativamente, nos casos dos incisos III a VII
do art. 183 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - pelos Secretários de Estado e dirigentes de órgão a estes equiparados, nas demais penas. (Redação dada
pela Lei nº 10.560, de 2024)
III - (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. A competência prevista no inciso II do caput deste artigo pode ser delegada a autoridades
correcionais legalmente constituídas nos âmbitos dos órgãos e entidades. (Incluído pela Lei nº 10.560, de
2024)
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Art. 198. A ação disciplinar prescreverá:


I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à repreensão.

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido, salvo no caso da
infração prevista no inciso II do art. 190 desta Lei, em que a prescrição se inicia a partir do retorno do servidor.
(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º Às infrações disciplinares capituladas também como crime aplicam-se os prazos de prescrição previstos
na lei penal, quando superiores a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão


final proferida por autoridade competente.

CAPÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 199. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla
defesa.

Art. 200. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, observado: (Redação dada pela
Lei nº 10.560, de 2024)
I - a possibilidade de apuração preliminar para coleta de indícios de autoria e materialidade; e (Incluído
pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - em se tratando de denúncia anônima, a impossibilidade de abertura de processo administrativo
disciplinar sem apuração preliminar a que se refere o inciso I do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
10.560, de 2024)

Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada, por falta de objeto.

Art. 201. Da sindicância poderá resultar:


I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de repreensão ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
III - instauração de processo disciplinar.
IV - a celebração de Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD); (Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)
V - a celebração de Termo Circunstanciado Administrativo (TCA), previsto na Lei Estadual nº 8.972, de
2020. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá a 30 (trinta) dias úteis, podendo ser
prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. (Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 201-A. O Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) é instrumento de conciliação no âmbito disciplinar,
substituindo, se integralmente cumprido, a aplicação da penalidade. (Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)

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§ 1º Por meio do Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD), o servidor interessado assume a


responsabilidade pela irregularidade a que deu causa, comprometendo-se a: (Redação dada pela Lei nº
10.560, de 2024)
I - ajustar sua conduta, nos termos fixados no instrumento; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - observar os deveres e proibições previstos na legislação vigente; e (Incluído pela Lei nº 10.560, de
2024)
III - reparar o prejuízo causado ao Erário ou a terceiro, caso tenha ocorrido. (Incluído pela Lei nº 10.560,
de 2024)

§ 2º O Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) poderá ser proposto pelo servidor, pela comissão do
processo administrativo disciplinar ou sindicância ou pela autoridade instauradora, quando se tratar de
infração punível com: (Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - repreensão; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - suspensão, desde que não se trate de ato doloso. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 3º A celebração do Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) dependerá da aceitação formal do servidor,


implicando sua recusa ou silêncio no prosseguimento ou instauração da apuração correspondente. (Redação
dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 4º A decisão quanto à celebração do Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) caberá à autoridade


competente para a instauração da apuração.(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 5º (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 6º A celebração do Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD), implica em suspensão: (Redação dada


pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - da sindicância ou do processo administrativo disciplinar, caso instaurados; e (Incluído pela Lei nº
10.560, de 2024)
II - do prazo prescricional, até o seu integral cumprimento. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 7º Competirá à unidade de gestão de pessoas do Poder, órgão ou entidade o acompanhamento e a


fiscalização do cumprimento das obrigações estabelecidas no TAD. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

§ 8º A celebração do TAD não constitui direito subjetivo do interessado, somente podendo ocorrer em
conformidade com os termos previstos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

§ 9º (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 201-B. O Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) não poderá ser celebrado nas seguintes
hipóteses:(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - em caso de ato doloso que cause prejuízo ao Erário ou a terceiro ou grave dano ao serviço;(Redação
dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - indício de crime ou improbidade administrativa; (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).
III - existência de outra sindicância ou processo administrativo disciplinar em curso para apurar infração
punível com as penas dos incisos III a VII do art. 183 desta Lei;(Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)
IV - quando importar violação da equidade da disciplina aplicada aos demais agentes públicos, na
forma do regulamento mencionado no §1º do art. 177 desta Lei;(Redação dada pela Lei nº 10.560, de
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2024)
V - no caso de servidor que:(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
a) esteja em estágio probatório; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
b) ainda tenha Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) pendente de cumprimento, inclusive as
obrigações de indenização ou ressarcimento ao Erário; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
c) tenha sido apenado disciplinarmente nos últimos 12 (doze) meses, a contar do cumprimento da
pena. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 201-C. O Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) conterá: (Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - identificação completa das partes, advogado, se houver, testemunhas, data e respectivas assinaturas;
(Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
II - os fundamentos de fato e de direito para sua celebração; (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
III - especificação da infração imputada ao agente público, referindo a capitulação legal; (Incluído pela Lei nº
9.230, de 2021)
IV - a descrição das obrigações assumidas; (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
V - o prazo e o modo para o cumprimento das obrigações; (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
VI - a forma de fiscalização das obrigações pactuadas; e (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
VII - os efeitos, em caso de descumprimento. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)
VIII - confissão de dívida, em caso de prejuízo ao Erário ou a terceiro decorrente do ato ilícito; (Incluído pela
Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º O prazo de cumprimento do TAD não excederá 180 (cento e oitenta) dias, devendo ser fixado de modo
compatível com os compromissos assumidos pelo agente público. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021)

§ 2º No caso de descumprimento do TAD, cuja comunicação competirá à unidade de gestão de pessoas do


Poder, órgão ou entidade, a autoridade competente adotará imediatamente as providências necessárias à
instauração ou continuidade do respectivo procedimento disciplinar, sem prejuízo da apuração relativa à
inobservância das obrigações descumpridas, voltando a fluir a prescrição incidente. (Incluído pela Lei nº
9.230, de 2021).

§ 3º Decorrido o prazo previsto no TAD e não ocorrendo qualquer comunicação de descumprimento dos seus
termos, a unidade de gestão de pessoas do Poder, órgão ou entidade, enquanto responsável por sua
fiscalização, comunicará o cumprimento ao respectivo titular, para declaração da extinção de punibilidade e
arquivamento dos autos. (Incluído pela Lei nº 9.230, de 2021).

§ 4º O descumprimento do Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD) implicará na inscrição em Dívida


Ativa não-tributária dos valores confessados e não pagos, com a correspondente cobrança extrajudicial
e judicial do crédito.(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 202. A aplicação de suspensão maior que 30 (trinta) dias e as sanções dos incisos III a VII do art. 183 desta
Lei dependem de prévio processo administrativo disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

CAPÍTULO VI
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 203. Como medida cautelar, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar
o afastamento do servidor do exercício do cargo, pelo prazo de 6 (seis) meses, sem prejuízo da
remuneração, desde que haja fundado receio de que o acusado: (Redação dada pela Lei nº 10.560, de
2024)
I - venha a influir na apuração da irregularidade, mediante destruição de provas, obstrução da
investigação ou intimidação de testemunhas; ou (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - possa repetir o fato imputado. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
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Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.

CAPÍTULO VII
DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 204. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se
encontre investido.

Art. 205. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores estáveis,
designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.

§ 1º A Comissão terá como secretário, servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em
um de seus membros.

§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do


acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 206. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.

Parágrafo único - As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Art. 207. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:


I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.

Art. 208. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias úteis,
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual
prazo, quando as circunstâncias o exigirem.(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.

§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

CAPÍTULO VIII
DA INSTRUÇÃO DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 209. A fase de instrução obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla
defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.(Redação dada pela Lei nº 10.560,
de 2024)

Art. 210. Os autos da sindicância ou da apuração preliminar a que se refere o art. 200 desta Lei
integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.(Redação dada pela Lei nº
10.560, de 2024)

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito
penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da
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imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 211. Na fase de instrução, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,


investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a
técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.(Redação dada pela Lei nº
10.560, de 2024)

Parágrafo único. É possível a utilização de meios eletrônicos e telemáticos para a realização de:
(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - intimações, desde que o mecanismo possibilite a confirmação do recebimento; e (Incluído pela Lei
nº 10.560, de 2024)
II - depoimentos e interrogatórios, desde que a intimação informe expressamente o meio a ser
utilizado. (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 212. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de
procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se
tratar de prova pericial.

§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente


protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento
especial de perito.

Art. 213. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandato expedido pelo presidente da comissão,
devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente
comunicada ao seu superior hierárquico, com a indicação do dia, hora e meio da inquirição.(Redação
dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 214. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo ou gravado em vídeo, sendo
vedado à testemunha trazê-lo por escrito ou previamente gravado.(Redação dada pela Lei nº 10.560,
de 2024)

§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os


depoentes.

Art. 215. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado,
observados os procedimentos previstos nos arts. 213 e 214.

§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem
em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.

§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio
do presidente da comissão.

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Art. 216. A comissão, por iniciativa própria ou mediante solicitação do acusado, poderá determinar a
realização de perícia psiquiátrica, de modo a avaliar: (Redação dada pela Lei nº 9.982, de 2023)
I - a capacidade do acusado para responder ao processo administrativo; e/ou (Incluído pela Lei nº
9.982, de 2023)
II - a existência de doença mental, para fins de decisão, pela autoridade julgadora, da aplicação das
hipóteses de redução ou de isenção de pena, previstas no inciso V do caput e § 1º, ambos do art. 184
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 1º A perícia psiquiátrica observará o seguinte: (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)


I - deverá ser realizada por médico, com especialidade em Psiquiatria, que: (Incluído pela Lei nº 9.982,
de 2023)
a) pertença ao quadro do órgão; ou (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)
b) seja contratado para a realização desta diligência, na forma do art. 74 da Lei Federal nº 14.133, de 1º
de abril de 2021. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)
II - o acusado será intimado da data e hora do início da perícia, com 30 (trinta) dias úteis de
antecedência, para que, até 15 (quinze) dias úteis antes do início da diligência, este possa nomear
assistente técnico e apresentar quesitos; (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)
III - a comissão deverá encaminhar, no prazo de até 10 (dez) dias úteis antes do início da diligência, os
quesitos por ela formulados, assim como os que eventualmente tenham sido apresentados pelo
acusado; e (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)
IV - após a entrega do laudo pericial, o acusado deverá ser intimado para se manifestar sobre esta
prova, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 2º Caso tenha sido a perícia solicitada para avaliar, em conjunto ou isoladamente, a hipótese do
inciso I do caput deste artigo, a comissão deverá encaminhar, após o transcurso do prazo previsto no
inciso IV do § 1º deste artigo, os autos para deliberação da autoridade instauradora, que deverá decidir
sobre a suspensão do processo enquanto perdurar a incapacidade do servidor para responder ao
processo. (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

§ 3º A suspensão prevista no § 2º deste artigo: (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)


I - suspende o curso do prazo prescricional; (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)
II - terá prazo máximo de 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)
III - poderá ser revogada se a administração, após o transcurso do prazo do inciso II deste parágrafo ou
a partir de fundada suspeita quanto ao reestabelecimento da saúde mental do servidor, submetê-lo a
nova perícia psiquiátrica que ateste a sua capacidade de responder ao processo. (Incluído pela Lei nº
9.982, de 2023)

§ 4º Caso a perícia tenha sido realizada para avaliar somente a hipótese do inciso II do caput deste
artigo ou o curso do processo não tenha sido suspenso na forma do § 2º deste artigo, o teor do laudo
pericial e a manifestação do acusado prevista no inciso IV do § 1º deste artigo serão analisados pela

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comissão e pela autoridade julgadora por ocasião do relatório final e do julgamento, respectivamente.
(Incluído pela Lei nº 9.982, de 2023)

Art. 217. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indicação do servidor, com a especificação dos fatos
a ele imputados e das respectivas provas.

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias úteis, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 2º Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias úteis.(Redação dada
pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado em dobro, para diligências reputadas indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da
data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas)
testemunhas.

§ 5º De modo fundamentado, o indiciamento poderá ser determinado pela autoridade julgadora.


(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 218. O acusado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão local onde poderá
ser encontrado e endereço eletrônico ou número de telefone, sob pena de ser considerado revel.
(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 219. Achando-se o indiciado em local incerto e não sabido, será citado por Edital, publicado no
Diário Oficial do Estado e no sítio oficial do órgão ou entidade, para apresentar defesa.(Redação dada
pela Lei nº 10.560, de 2024)

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias úteis, a partir da
última publicação do Edital.(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 220. Considerar-se-á revel o acusado que não:(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - apresentar defesa no prazo legal; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - comunicar mudança de endereço, na forma do art. 218; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridades instauradora do processo designará um servidor como
defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.

Art. 221. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, em que resumirá as peças principais
dos autos e mencionará as provas nas quais se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar


transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

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Art. 222. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a
sua instauração, para julgamento.

CAPÍTULO IX
DO JULGAMENTO

Art. 223. A autoridade julgadora proferirá a sua decisão, no prazo de 20 (vinte) dias úteis, contados do
recebimento do processo.(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder à alçada da autoridade instauradora do processo, este será
encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente


para a imposição da pena mais grave.

§ 3º A competência para julgamento corresponde a da aplicação da pena cominada, na forma do art.


197 desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 224. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.

Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora
poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 225. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial
do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.

§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 198, § 2º, será responsabilizada na
forma da presente lei.

Art. 226. (Revogado pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 226-A. A decisão que julgar processo administrativo disciplinar ou sindicância é recorrível na forma
e nos prazos previstos no Capítulo XVII da Lei Estadual nº 8.972, de 2020, exceto quanto ao disposto no
art. 82 da Lei Estadual nº 8.972, de 2020.(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 227. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.

Art. 228. Serão assegurados transporte e diárias:


I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de
testemunha, denunciado ou indiciado;
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Parágrafo único. Não se aplicam as disposições deste artigo quando for possível cumprir a diligência
remotamente.(Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)

CAPÍTULO X
DA REVISÃO DO PROCESSO

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Art. 229. O processo disciplinar poderá ser revisto, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos
novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada, observado o prazo de 5 (cinco) anos, a contar:(Redação dada pela Lei nº 10.560, de 2024)
I - do julgamento do processo; (Incluído pela Lei nº 10.560, de 2024)
II - do julgamento do recurso, caso tenha sido interposto na forma do art. 226-A desta Lei; ou (Incluído
pela Lei nº 10.560, de 2024)
III - da decisão absolutória criminal com negativa de autoria ou de materialidade. (Incluído pela Lei nº
10.560, de 2024)

§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá


requerer a revisão do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.

§ 3º O prazo previsto no caput deste artigo contará do último evento.(Incluído pela Lei nº 10.560, de
2024)

Art. 230. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 231. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer
elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

Art. 232. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade
equivalente que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se
originou o processo disciplinar.

Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na


forma do art. 205.

Art. 233. A revisão correrá em apenso ao processo originário.

Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das
testemunhas que arrolar.

Art. 234. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias úteis para a conclusão dos trabalhos.(Redação
dada pela Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 235. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios
da comissão do processo disciplinar.

Art. 236. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 197.

Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias úteis, contados do recebimento do
processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.(Redação dada pela
Lei nº 10.560, de 2024)

Art. 237. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se
todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição, que será convertida em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão não poderá resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO VII
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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 238. O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor público estadual.

Art. 239. O tempo de serviço gratuito será contado para todos os fins, quando prestado à autarquia
profissional, ou aos que tenham exercido gratuitamente mandato de Vereador, sendo vedada a contagem
quando for simultâneo com o exercício de cargo, emprego ou função pública.

Art. 240. É assegurado o direito de greve, na forma de lei específica. (Redação dada pela Lei nº 7.071, de
2007).

Art. 241. O servidor de nível superior ou equiparado ao mesmo, sujeito à fiscalização da autarquia
profissional, ou entidade análoga, suspenso do exercício profissional não poderá desempenhar atividade que
envolva responsabilidade técnico-profissional, enquanto perdurar a medida disciplinar.

Art. 242. Fica assegurada a participação de 1 (um) representante dos sindicatos de servidores públicos no
Conselho de Política de Cargos e Salários do Estado do Pará, na forma do regulamento.

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 243. VETADO

Art. 244. Aos servidores da administração direta, autarquias e fundações públicas, contratados por prazo
indeterminado, pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho ou como serviços prestados é assegurado
até que seja promovido concurso público para fins de provimento dos cargos por eles ocupados, ou que
venham a ser criados, as mesmas obrigações e vantagens atribuídas aos demais servidores considerados
estáveis por força do artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal.

Art. 245. VETADO

Parágrafo único. VETADO

Art. 246. Aos servidores em atividade na área de educação especial fica atribuída a gratificação de
cinqüenta por cento (50%) do vencimento. (Promulgado pelo Governador) (Revogado pela Lei nº 10.820,
de 2024) (Repristinada pela Lei nº 10.853, de 2025)

Art. 247. É assegurada ao servidor a contagem da soma do tempo de serviço prestado à União, Estados,
Distrito Federal, Territórios e Municípios, desde que ininterrupta e sucessivamente, para efeito de aferição da
estabilidade nas condições previstas no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal.

Art. 248. VETADO

Art. 249. Esta lei entra em vigor na data da sua promulgação.

Art. 250. VETADO

Palácio do Governo do Estado do Pará, em 24 de janeiro de 1994.

JADER FONTENELLE BARBALHO


Governador do Estado

GILENO MÜLLER CHAVES

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Secretário de Estado de Administração

WILSON MODESTO FIGUEIREDO


Secretário de Estado de Justiça

ROBERTO DA COSTA FERREIRA


Secretário de Estado da Fazenda

PAULO SÉRGIO FONTES DO NASCIMENTO


Secretário de Estado de Viação e Obras Públicas

ERNANI GUILHERME FERNANDES DA MOTTA


Secretário de Estado de Saúde Pública

ROMERO XIMENES PONTE


Secretário de Estado de Educação

PAULO MAYO KOURY DE FIGUEIREDO


Secretário de Estado da Agricultura

ALCIDES DA SILVA ALCÂNTARA


Secretário de Estado de Segurança Pública

MARIA EUGÊNIA MARCOS RIO


Secretária de Estado de Planejamento e Coordenação Geral

GUILHERME MAURÍCIO MARCOS DE LA PENHA


Secretário de Estado de Cultura

LUIZ PANIAGO DE SOUZA


Secretário de Estado de Indústria Comércio e Mineração

ROBERTO RIBEIRO CORRÊA


Secretário de Estado de Trabalho e Promoção Social

ANTÔNIO CÉSAR PINHO BRASIL


Secretário de Estado de Transportes

NELSON DE FIGUEIREDO RIBEIRO


Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente

Este texto não substitui o publicado no DOE nº 34.553, de 15/04/2021.


*1ª Publicação no DOE nº 27.642, de 24/01/1994 - Suplemento Especial.

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