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Gabarito Dos Casos Clínicos

O documento apresenta casos clínicos relacionados a distúrbios hemodinâmicos, incluindo insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, hemostasia, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, coagulação intravascular disseminada, hemorragia, infarto intestinal, síndrome da embolia gordurosa e choque séptico. Cada caso inclui a história clínica do paciente, perguntas sobre mecanismos fisiopatológicos e respostas que explicam os processos envolvidos. Os casos abordam aspectos como edema, hemostasia, trombose, embolia e choque, fornecendo uma visão abrangente sobre distúrbios hemodinâmicos.
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Gabarito Dos Casos Clínicos

O documento apresenta casos clínicos relacionados a distúrbios hemodinâmicos, incluindo insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, hemostasia, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, coagulação intravascular disseminada, hemorragia, infarto intestinal, síndrome da embolia gordurosa e choque séptico. Cada caso inclui a história clínica do paciente, perguntas sobre mecanismos fisiopatológicos e respostas que explicam os processos envolvidos. Os casos abordam aspectos como edema, hemostasia, trombose, embolia e choque, fornecendo uma visão abrangente sobre distúrbios hemodinâmicos.
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GABARITO DOS CASOS CLÍNICOS – DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS

Caso 1 – Edema por insuficiência cardíaca

História Clínica:

Sr. Antônio, 74 anos, portador de hipertensão e cardiopatia isquêmica, procura atendimento


com queixas de dispneia aos esforços, ortopneia e edema de membros inferiores há 2 semanas.
Ao exame físico, presença de turgência jugular, estertores em bases pulmonares e sinal de
cacifo em MMII.

Perguntas:

1. Qual o mecanismo fisiopatológico predominante envolvido na formação do edema deste


paciente?
2. Qual a principal característica histológica do edema pulmonar?

Gabarito:

 1. Aumento da pressão hidrostática. A insuficiência cardíaca leva à congestão venosa


sistêmica e pulmonar, aumentando a pressão hidrostática nos capilares, o que resulta em
transudação de líquido para o interstício.
 2. O edema pulmonar é caracterizado microscopicamente pela presença de material
homogêneo e acidófilo (transudato) preenchendo os alvéolos pulmonares.

Caso 2 – Síndrome nefrótica e edema

História Clínica:
Criança de 7 anos, previamente hígida, apresenta edema facial e de membros inferiores, além
de urina espumosa. Exames: proteinúria intensa, hipoalbuminemia e hiperlipidemia.

Perguntas:

1. Por que há formação de edema nesse caso?


2. O líquido acumulado é transudato ou exsudato?

Gabarito:

 1. Devido à redução da pressão oncótica plasmática, causada pela perda maciça de


albumina na síndrome nefrótica.
 2. O líquido é um transudato, pois é pobre em proteínas e células, refletindo o desequilíbrio
nas forças de Starling.

Caso 3 – Hemostasia e corte superficial

História Clínica:

Paciente sofre corte com faca enquanto cozinhava. A hemorragia para espontaneamente após
alguns minutos.

Perguntas:

1. Quais são as etapas da hemostasia envolvidas nesse processo?


2. Qual papel do fator de von Willebrand na hemostasia primária?

Gabarito:
 1. As etapas são: vasoconstrição reflexa, hemostasia primária (formação do tampão
plaquetário) e hemostasia secundária (formação da rede de fibrina), seguida pela
estabilização e reabsorção do coágulo.
 2. O vWF atua como ponte entre o colágeno exposto e o receptor GpIb nas plaquetas,
promovendo a adesão plaquetária.

Caso 4 – Trombose venosa profunda

História Clínica:

Mulher de 40 anos, tabagista, usuária de anticoncepcional oral e com IMC de 32 kg/m², relata
dor e inchaço na panturrilha direita. Eco-Doppler evidencia trombose venosa profunda (TVP).

Perguntas:

1. Quais são os três componentes da tríade de Virchow?


2. Qual fator de risco presente neste caso está relacionado à hipercoagulabilidade
adquirida?

Gabarito:

 1. Lesão endotelial, estase/turbulência do fluxo e hipercoagulabilidade.


 2. O uso de anticoncepcional oral está associado ao estado hiperestrogênico, que favorece a
hipercoagulabilidade adquirida.

Caso 5 – Embolia pulmonar

História Clínica:

Homem de 58 anos, com histórico de cirurgia ortopédica recente, apresenta dor torácica súbita
e dispneia. TC mostra trombo em artéria pulmonar.
Perguntas:

1. Qual a origem mais comum da embolia pulmonar?


2. Por que a embolia pulmonar nem sempre causa infarto?

Gabarito:

 1. A origem mais comum é a trombose venosa profunda dos membros inferiores.


 2. O pulmão possui dupla circulação (pulmonar e brônquica), o que frequentemente
mantém a perfusão tecidual e impede o infarto, a menos que haja comprometimento
simultâneo da circulação brônquica.

Caso 6 – Coagulação intravascular disseminada (CIVD)

História Clínica:

Mulher de 32 anos, em trabalho de parto complicado, evolui com sangramentos difusos e


púrpuras. Exames revelam trombocitopenia, TP e TTPA prolongados e dímero-D elevado.

Perguntas:

1. Qual o mecanismo patológico central da CIVD?


2. Por que ocorrem tanto tromboses quanto sangramentos?

Gabarito:

 1. A ativação sistêmica da cascata de coagulação, com formação excessiva de trombina,


caracteriza a CIVD.
 2. Há consumo de plaquetas e fatores da coagulação ('coagulopatia de consumo'), levando à
formação de trombos e à incapacidade de conter hemorragias.
Caso 7 – Hemorragia em paciente com púrpura

História Clínica:

Paciente de 65 anos, em uso de AAS, apresenta púrpuras e epistaxe. Exames mostram contagem
de plaquetas normal.

Perguntas:

1. Qual o provável mecanismo da hemorragia nesse caso?


2. Qual classe de distúrbio hemorrágico está presente?

Gabarito:

 1. O AAS inibe a agregação plaquetária ao bloquear a síntese de tromboxano A2.


 2. Trata-se de um distúrbio da hemostasia primária, pois envolve disfunção plaquetária.

Caso 8 – Infarto intestinal

História Clínica:

Paciente idoso com fibrilação atrial apresenta dor abdominal intensa, desproporcional ao exame
físico. Exames mostram leucocitose e acidose metabólica.

Perguntas:

1. Qual o mecanismo mais provável do infarto intestinal neste caso?


2. Por que a fibrilação atrial é fator de risco?
Gabarito:

 1. Embolia arterial por trombo oriundo do átrio esquerdo.


 2. Na FA, há estase sanguínea e formação de trombos atriais, que podem embolizar para
ramos da mesentérica.

Caso 9 – Síndrome da embolia gordurosa

História Clínica:

Homem jovem vítima de acidente de moto com fratura de fêmur bilateral, evolui com
taquipneia, confusão mental e petéquias no tórax.

Perguntas:

1. Qual o diagnóstico mais provável?


2. Qual o mecanismo fisiopatológico predominante?

Gabarito:

 1. Síndrome da embolia gordurosa.


 2. A liberação de gotículas de gordura da medula óssea para a circulação, que obstruem
capilares pulmonares e promovem resposta inflamatória.

Caso 10 – Choque séptico

História Clínica:

Paciente de 54 anos, com infecção urinária complicada, apresenta hipotensão refratária,


taquicardia e acidose lática.
Perguntas:

1. Em que fase do choque séptico este paciente se encontra?


2. Qual o mediador central envolvido?

Gabarito:

 1. Fase progressiva, caracterizada por hipoperfusão tecidual e disfunções metabólicas.


 2. A trombina é um mediador central por ativar coagulação, plaquetas e resposta
inflamatória, além de favorecer lesão endotelial.

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