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CE Na Produção e Nutrição de Alface em Sistema NFT

O estudo avaliou a influência da condutividade elétrica (CE) nas características de crescimento e produtividade da alface BR 303 em cultivo hidropônico NFT, utilizando soluções nutritivas com CE variando de 0,5 a 4,0 mS cm-1. A máxima produção foi observada com CE de 2,6 mS cm-1, enquanto a CE de 4 mS cm-1 resultou em redução significativa na absorção de nutrientes e na relação raiz/parte aérea. Os resultados indicam que a manutenção da CE entre 1,5 e 2,5 mS cm-1 é crucial para a produção comercial de alface.

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CE Na Produção e Nutrição de Alface em Sistema NFT

O estudo avaliou a influência da condutividade elétrica (CE) nas características de crescimento e produtividade da alface BR 303 em cultivo hidropônico NFT, utilizando soluções nutritivas com CE variando de 0,5 a 4,0 mS cm-1. A máxima produção foi observada com CE de 2,6 mS cm-1, enquanto a CE de 4 mS cm-1 resultou em redução significativa na absorção de nutrientes e na relação raiz/parte aérea. Os resultados indicam que a manutenção da CE entre 1,5 e 2,5 mS cm-1 é crucial para a produção comercial de alface.

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Original Article 894

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA NA PRODUÇÃO E NUTRIÇÃO DE ALFACE


EM SISTEMA DE CULTIVO HIDROPÔNICO NFT

ELECTRIC CONDUCTIVITY IN THE PRODUCTION AND NUTRITION LETTUCE


IN NFT SYSTEM
Ancélio Ricardo de Oliveira GONDIM1; Milton Edgar Pereira FLORES2;
Hermínia Emília Prieto MARTINEZ3; Paulo César Rezende FONTES3;
Paulo Roberto G. PEREIRA3
1. Doutor, Depto. Ciências Ambientais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, [email protected],
2. Doutorando em Fitotecnia, Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Viçosa - UFV, MG,
Brasil; 3. Professor(a), Doutor(a), Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias – UFV, Viçosa, MG, Brasil.

RESUMO: As soluções nutritivas utilizadas nos cultivos hidropônicos de alface, têm condutividades elétricas
variando de 1,5 a 2,5 mS cm-1. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes condutividades elétricas na
produtividade da variedade BR 303 de alface. O experimento foi realizado em casa de vegetação no Departamento de
Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), entre março e junho de 2005, com 4 tratamentos em delineamento
inteiramente casualizado com seis repetições. Nos tratamentos foram alocados os tipos de soluções nutritivas, obtidos por
diferentes concentrações (0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mS cm-1). Foram avaliados as características de crescimento, matéria seca e o
teor de nutrientes. O acúmulo de macronutrientes e de micronutrientes pela alface cultivar Brasil 303 apresentou redução
significativa nos diferentes órgãos da planta na condutividade elétrica de 4 mS cm-1, com exceção do ferro. A maior
exigência nutricional da alface para os macronutrientes foi K, N, Ca, P, Mg e S e dos micronutrientes foram Fe, Mn, Zn, B
e Cu. A condutividade elétrica de 2,6 mS cm-1 apresentou produção máxima de 1.277,35 g por planta, mesmo inibindo o
crescimento radicular. A salinidade de 4 mS cm-1 afetou a relação raiz parte aérea reduzindo em 47%.

PALAVRAS-CHAVE: Lactuca sativa L., Hidroponia. Nutrição mineral.

INTRODUÇÃO significativa da produção de massa seca de folhas e


caules, mas observou ligeira redução da massa seca
A alface é uma das hortaliças mais das raízes. Já com reduções de 75% e CE 0,54 mS
produzida no Brasil (SANTOS et al. 2001). Ocupa cm-1 o ganho de massa foi significativamente menor
90% dos cultivos hidropônicos sendo o sistema NFT que o obtido com o 100% da solução recomendada
(Nutriente Film Technique) o mais utilizado para a por Furlani (1997).
sua produção (OHSE et al. 2001). O presente trabalho teve como objetivo
Nos sistemas hidropônicos, a extração e o determinar o efeito da CE na absorção e
acúmulo de nutrientes pelas plantas dependem entre compartimentalização dos macro e micronutrientes
outros fatores, da condutividade elétrica (CE), cujos em alface cv. Brasil 303, cultivada em sistema
valores são proporcionais à concentração dos vários hidropônico NFT, assim como determinar a CE
íons responsáveis pelo potencial osmótico da solução. ótima para atingir a máxima produção de matéria
Estes valores além de afetar a absorção de água e fresca.
nutrientes, afeta também a produtividade, o acúmulo
de matéria seca e a suscetibilidade a distúrbios MATERIAL E MÉTODOS
fisiológicos, como a queima das bordas, mesmo que
o cálcio esteja em concentrações ótimas na solução O experimento foi conduzido em casa de
nutritiva (SHANNON, 1997). vegetação não climatizada, com dimensões 8,0 m de
A redução da CE da solução nutritiva largura x 50m de comprimento, teto em arco, pé-
durante o ciclo, principalmente na fase final da direito de 3,00m, coberta com filme de polietileno
produção é uma forma de prevenir a queima das transparente e as laterais envolvidas com tela tipo
bordas em alface. Na produção hidropônica de sombrite (50%), localizada na Horta de Pesquisas do
alface tem-se recomendado manter a CE entre 1,5 e Departamento de Fitotecnia da Universidade
2,5 mS cm-1 (CASTELLANE; ARAÚJO, 1995). Federal de Viçosa (UFV), no período de 06/03/2005
Cometti et al. (2008), cultivando alface cv. Vera em a 09/04/2005. Viçosa está localizada a 20°45’LS,
solução nutritiva segundo Furlani (1997) com CE de 42°51’LW e altitude de 652 m. Os valores médios
0,98 mS cm-1 obtida pela diminuição da de temperaturas mínima (18,8+1,6), máxima
concentração salina em 50%, não observou redução

Received: 26/09/09 Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 6, p. 894-904, Nov./Dec. 2010


Accepted: 13/03/10
Condutividade elétrica... GONDIM, A. R. O. et al. 895

(35,6+5,2 °C) e umidade relativa (75,1%) foram Martinez & Silva Filho (2006), diluída a 1:4 até a
registrados durante a condução do experimento. expansão total da quarta folha definitiva, aos 10 dias
Sementes de alface (Lactuca sativa L.) cv. após a semeadura. As mudas então, foram
Brasil 303 (lisa e tipo repolhuda) foram semeadas em transferidas para os canais de cultivo com dimensões
espuma fenólica de 2,5 x 2,5 x 3,8 cm, previamente de 12,5 cm de diâmetro e 2,0 m de comprimento
lavada colocando-se 2 sementes por cubo com onde permaneceram até ao final do ciclo.
posterior desbaste deixando-se uma plântula por Os tratamentos foram constituídos pela
cubo. Até a germinação, a espuma fenólica foi solução nutritiva de Martinez e Silva Filho (2006)
umedecida com água de acordo com Castelane e com CE 1 mS cm-1 como padrão e 0,5; 2 e 4 mS cm-
1
Araújo (1995). Após a germinação as plântulas obtidas pela diluição e aumento da concentração
foram irrigadas com a solução nutritiva padrão de salina da solução padrão (Tabela 1).

Tabela 1. Quantidade de sais utilizados para obtenção dos tratamentos.


Condutividade elétrica (mS cm-1)
Nutriente 0,5 1,0 2,0 4,0
Solução g 1000 L-1
MAP 14,38 28,8 57,50 115,00
NH4NO3 19,80 39,6 79,20 158,40
MgSO4 77,03 154,0 308,10 616,20
Ca(NO3)2 132,23 264,4 528,90 1057,80
KCl 55,88 111,7 223,50 447,00
MnSO4 0,43 0,85 1,70 3,40
HBO3 0,24 0,47 0,94 1,88
ZnSO4 0,06 0,11 0,22 0,44
CuSO4 0,03 0,06 0,12 0,24

Os tratamentos foram distribuídos em Wiley e submetido a analises químicas de N, P, K,


delineamento experimental inteiramente ao acaso, Ca, Mg e S nos tecidos segundo Malavolta et al.
com quatro tratamentos correspondentes às (1997). Os teores de P, K, Ca, Mg, S, Zn, Cu, Mn,
condutividades e seis repetições, totalizando 24 Mo e Fe foram determinadas por espectrofotometria
parcelas. de chama e absorção atômica, a partir de extratos de
O sistema de cultivo usado consistiu de 24 digestão nítrico-perclórica. O N total foi
bancadas compostas por cinco canais de cultivo de determinado colorimetricamente pelo método de
polipropileno com dois metros de comprimento cada Nessler após digestão sulfúrica. Com os resultados
e diâmetro de 12,5 cm espaçados de 30 cm. Nos obtidos da massa seca das diferentes estruturas da
canais de cultivo as plantas eram espaçadas de 20 planta determinou-se o teor e calculou-se o acúmulo
cm. Cada bancada comportava 30 plantas, sendo dos nutrientes.
utilizadas como parcela útil as oito plantas centrais. Os dados foram submetidos às análises de
O pH das soluções foi mantido entre 5,0 e variância e regressão. Os modelos de regressão
6,0 e a CE das soluções foi monitorada diariamente foram escolhidos com base na significância dos
e ajustada quando teve uma depleção de 25%, coeficientes de regressão, nos coeficientes de
seguindo o procedimento recomendado para sistema determinação e no significado biológico.
comercial de cultivo (MARTINEZ; SILVA FILHO,
2006). A vazão do sistema foi regulada a 1,7-2 litros RESULTADOS E DISCUSSÕES
de solução por canal por minuto. O regime de
circulação foi com intervalos intermitentes de 15 Fitomassa
min no funcionamento da motobomba durante o dia. A fitomassa seca total apresentou resposta
Trinta e quatro dias após o transplante coletaram-se quadrática ao aumento da CE da solução, atingindo
as plantas avaliando a massa fresca e seca das o máximo de 100,4 g com 2,68 mS cm-1; a partir
folhas, caule, raízes. desta CE houve uma redução de 7,1% na MST com
O material foi acondicionado em sacos de a CE de 4 mS cm-1. Além disso, a condutividade
papel e secado em estufa a 75ºC até peso constante. elétrica de 4 mS cm-1 resultou em queima dos
Posteriormente foi pesado, triturado em moinho tipo bordos das folhas (tip burn) o que levou a descartar

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comercialmente as plantas (Figura 1), visto que, se incorra em riscos de perda da produtividade.
observou-se maior produtividade da alface Claussen (2002), trabalhando com tomate, observou
utilizando condutividade elétrica inferior a 4 mS cm- que variando de 1 a 5 vezes a concentração da
1
por Costa et al. (2001), cultivando alface solução nutritiva original, sob nutrição totalmente
americana, cultivar Ryder, em hidroponia, no qual nítrica ou utilizando até 25% do nitrogênio na forma
obtiveram maiores produtividades em soluções com amoniacal, não houve alteração tanto no
2,46 ± 0,24 mS cm-1. As plantas cultivadas em crescimento vegetativo quanto no reprodutivo.
condutividade elétrica próximo a 4 mS cm-1 deixam A fitomassa seca foliar apresentou
de ser comerciáveis, confirmando o trabalho de comportamento semelhante à produção da fitomassa
Siddiqi et al. (1998), que é possível reduzir a seca total, atingindo o máximo em 2,76 mS cm-1. A
concentração da solução nutritiva a níveis tão baixos massa seca foliar contribuiu com 71,9% da massa
quanto 10% da força iônica original das soluções seca total nesta concentração (Figura 1). No entanto,
comumente usadas em cultivos hidropônicos em observou-se com 4,0 mS cm-1 as plantas não foram
sistemas recirculantes de alface e tomate, sem que mais comerciais.

Figura 1. Massa seca da folha (MSF), caule (MSCA), raiz (MSR) e total (MST), de alface cultivada em
diferentes níveis de salinidade.

As fitomassa secas de caule e raízes respectivamente (Figura 1). A redução observada


apresentaram baixa contribuição para a massa seca sugere que os íons absorvidos possivelmente
total, de 14,6 e 14,0% respectivamente. Resultados excederam o limite necessário ao ajustamento
semelhantes foram obtidos por Lana et al. (2004), osmótico da planta, e desta forma acarretaram
que trabalharam com o cv. Verônica em sistema efeitos danosos ao crescimento (FLOWER; YEO,
NFT, e verificaram que a alocação da fitomassa 1986).
correspondeu dos 80,0 a 96,0% para as folhas e 4,0 A relação parte raiz/parte aérea (R/PA)
a 20,0% para a raiz. também foi afetada pela condutividade elétrica.
Cometti et al. (2008) relataram ganhos Observou-se efeito quadrático (Y = 27,92 – 8,104*X +
significativos na massa seca de alface cv. Vera 1,3113*X2 R2 = 0,99), ocorrendo decréscimos
cultivada em sistema hidropônico NFT com relativos em relação a 0,5 mS cm-1 de 14,5; 42,7 e
condutividade elétrica entre 0,98 e 1,84 mS cm-1 da 46,7% nos tratamentos 1; 2 e 4 mS cm-1,
solução de Furlani (1997) sobre os cultivados com respectivamente. Com base na equação, as plantas
0,5 e mS cm-1. Por outro lado, tem sido conduzidas com CE de 0,5 mS cm-1 tiveram massa
recomendados também o uso de CE entre 1,5 e 3,0 radicular correspondente a 24,2% da massa seca da
mS cm-1 para a produção de alface em sistema parte aérea; este valor foi de apenas 16,5% nos
hidropônico NFT. tratamentos com 4 mS cm-1 de CE, denotando ser o
A massa seca de raízes foi significativamente crescimento radicular mais prejudicado pela
afetada pela CE da solução nutritiva com efeito condutividade. Viana et al. (2004), trabalhando com
quadrático, ocorrendo decréscimos relativos com o alface sob estresse salino (0,3; 1,0; 1,7; 2,4 e 3,1 mS
aumento da condutividade de 0,5 mS cm-1 de 2,6; 7,4 cm-1), no solo, verificaram que a relação parte
e 14,3% para os tratamentos de 1; 2 e 4 mS cm-1, raiz/parte aérea foi afetado pelo aumento da salinidade

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até 3,1 mS cm-1, valor em que a biomassa seca de planta, obtida na CE de 2,1 mS cm-1 (Figura 4),
raízes representou apenas 9,1% da massa seca da parte sendo que as folhas foram responsáveis por 74,9%,
aérea. o caule com 13,2% e as raízes com 12,8% (Figura
A massa fresca da parte aérea (MFPA) da 3).
alface foi afetada significativamente pela Fósforo
condutividade elétrica (Y = 861,74 + 325,76*X – Os teores de P nas folhas e caule
63,812*X2 R2 = 0,83). A CE de 2,6 mS cm-1 apresentaram comportamento quadrático com o
apresentou máxima produção de parte aérea de aumento na CE, entretanto o teor da raiz aumentou
1.277,35 g por planta, superior em 26,6% à produção significativamente com o aumento na CE (Figura 2).
observadas em 0,5 mS cm-1. Condutividades Cock et al. (2003), trabalhando com a seleção de
superiores a 2,6 mS cm-1, proporcionaram redução da genótipos de alface eficientes na absorção de P,
massa fresca da parte aérea, atingindo 10,5% em 4 encontraram uma correlação negativa com a massa
mS cm-1. Resultados obtidos por Gervásio et al. seca foliar evidenciando assim, que uma maior
(2000) e Viana et al. (2004) verificaram redução de absorção de fósforo não implica em maior massa seca
MFPA da alface com condutividades abaixo das da folha, resultados semelhantes foram observados
avaliadas neste trabalho de 0,3 mS cm-1. Backes et al. neste trabalho. Os teores máximos obtidos para P na
(2004) verificaram em alface que concentrações folha, caule e raiz, foram de 1,18; 1,08 e 1,12 dag kg-1
baixas de 50% da CE inicial promoveram melhores em 1,9; 2,3 e 4,0 mS cm-1 (Figura 2). Estes resultados
resultados, em especial quanto à matéria fresca de estão acima do limite (0,4-0,7 dag kg-1) propostos por
planta. Raij et al. (1997) como adequados para folhas de
Dos resultados obtidos neste trabalho, fica alface. Cometti et al. (2008) estudando diferentes
evidente o menor investimento da massa seca da níveis de força iônica encontraram teores de P de
alface na formação do caule e da raiz e que 1,23; 0,90 e 1,50 dag kg-1 em folhas, caule e raiz,
variações na CE das soluções nutritivas influenciam respectivamente, para a cv. Verônica, resultados
a partição final da massa seca entre a folha, caule e semelhantes aos encontrados neste trabalho.
raiz, sendo, porém de interesse comercial e O acúmulo de fósforo foi de 0,12 g por
econômico a determinação da a CE ótima que planta, obtida na CE de 2,4 mS cm-1 (Figura 4),
permita obter as maiores relações de folha: sendo que as folhas foram responsáveis por 74,0%,
caule+raiz. o caule com 13,0% e as raízes com 13,0% (Figura
3).
Macronutrientes Potássio
Em geral em todos os valores de CE O teor de K na folha teve um comportamento
estudados, a folha e o caule da alface acumularam as quadrático, com máximo de 7,7 dag kg-1, para 1,6 mS
maiores quantidades de N, K, Ca e Mg, com relativo cm-1, perfazendo um incremento de 14,3% em
destaque na acumulação de Ca da folha sobre o relação ao cultivo em CE 0,5 mS cm-1. Plantas com
caule. CE de 4 mS cm-1, apresentaram teor de K 2,8 dag kg-1
Nitrogênio estando abaixo do limite (5,0-8,0 g kg-1) considerado
Os teores de N nas folhas de alface (51,4 mg adequados para folhas de alface por Raij et al. (1997).
kg-1) não foram afetados pelo aumento da O teor de K no caule de alface foi 6,66 dag kg-1 e não
condutividade elétrica (CE). Entretanto, no caule e foi afetado pelo aumento da condutividade elétrica. O
raiz decresceram significativamente com o aumento teor de K reduziu-se na raiz. Esta diminuição da
na CE. (Figura 2). absorção do K na alface como efeito do aumento da
Estes resultados estão dentro dos limites (30- salinidade da solução foi também relatado por Viana
50 mg kg-1) propostos por Raij et al. (1997) como (2004) que avaliando condutividades elétricas entre
adequados para folhas de alface. A redução de N nas 0,3 a 3,1 dS m-1 verificou que as concentrações
raízes e caule, provavelmente foi devida ao salinas mais elevadas (3,1 dS m-1) foram as que
incremento da pressão radicular exercida pela maior contribuíram para uma maior redução do teor de K.
concentração de sais na solução que por sua vez O potássio foi o nutriente mais acumulado pela
aumentaria a difusão do N para os órgãos aéreos. Os cultivar de alface Brasil 303, com valor máximo de
teores máximos obtidos para N no caule e raiz, foram aproximadamente 0,73 g por planta, obtida na CE de
de 5,31 e 5,73 com 0,5 mS cm-1 respectivamente 1,9 mS cm-1 (Figura 4), sendo que as folhas foram
(Figura 2). responsáveis por 73,0%, o caule com 12,8% e as
O nitrogênio foi o segundo nutriente mais raízes com 13,9% (Figura 3).
acumulado pela cultivar de alface Brasil 303, com
acúmulo máximo de aproximadamente 0,51 g por

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Figura 2. Teores de N, P, K, S, Ca e Mg nas folhas, caules e raiz de plantas de alface var. BR 303 lisa em
função das condutividades elétricas da solução nutritiva de cultivo.

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Figura 3. Acúmulo de N, P, K, S, Ca e Mg nas folhas, caules e raiz de plantas de alface var. BR 303 lisa em
função das condutividades elétricas da solução nutritiva de cultivo.

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Cálcio responsável pela queima dos bordos apresentadas nas


Os teores de Ca na folha, caule e raiz folhas de alface. Malavolta (1980), afirma que o
decresceram significativamente com o aumento da fornecimento inadequado de Ca é caracterizado pelo
CE.. Os teores de Ca nos tratamentos 1,0, 2,0 e 4,0 surgimento de necrose, principalmente nas
mS cm-1, apresentaram-se abaixo do limite (1,5-2,5 extremidades das folhas em desenvolvimento, toda
dag kg-1) proposto por Raij et al. (1997) como vez que a principal função do cálcio na manutenção
adequados para folhas de alface. Com redução de da integridade da parede celular é comprometida. Por
aproximadamente 49,9; 57,2 e 57,8% nas folhas, outro lado, a ocorrência da deficiência do cálcio é
caule e raiz para o tratamento 4,0 mS cm-1, os teores provocada pela alta salinidade do meio segundo
de Ca apresentaram-se muito abaixo do nível crítico, Collier & Tibbitts (1982) citado por Bennini (2003).
sugerindo que a deficiência de Ca provavelmente foi

Figura 4. Acúmulo de macro e micronutrientes na planta inteira de alface var. BR 303 lisa em função das
diferentes condutividades

Resultados diferentes foram observados por 0,32 e 0,26 dag kg-1 apresentando decréscimo relativo
Huett (1994), cultivando plantas de alface (cv. de 24,7; 60,5 e 67,9% para 1,0, 2,0 e 4,0 mS cm-1,
Coolguard), em solução com baixa CE (0,4 mS cm- respectivamente.
1
), observou deficiências de nitrogênio e potássio, e O total acumulado de Mg na planta foi de
altos teores de cálcio em folhas novas, sendo que as 0,06 g por planta, obtida na CE de 0,5 mS cm-1
deficiências diminuíram com o aumento da CE da (Figura 4), sendo que as folhas foram responsáveis
solução nutritiva. por 70,0%, o caule com 10,7% e as raízes com
O acúmulo máximo de cálcio foi de 0,14 g 19,2% (Figura 3). O magnésio acumulou em
por planta obtida na CE de 0,5 mS cm-1 (Figura 4), quantidades menores que o cálcio, fato contrário foi
sendo que as folhas foram responsáveis por 67,2%, verificado em outras hortaliças como em melancia,
o caule com 15,0% e as raízes com 17,7% (Figura quando o maior acúmulo foi de magnésio
3). (GRANGEIRO; CECÍLIO FILHO, 2004, 2005), em
Magnésio batata (GRANGEIRO, et al., 2007) e tomate
O teor de Mg na folha teve um (FAYAD, et al. 2001).
comportamento exponencial, com máximo de 0,81 dag Enxofre
kg-1, em 0,5 mS cm-1, em seguida o teor na folha (0,67; O teor máximo de enxofre na folha (0,42 dag
0,46 e 0,22 dag kg-1) apresentou decréscimo relativo kg-1) foi observado no tratamento de 4,0 mS cm-1,
de 17,3; 43,2 e 72,8% para 1,0, 2,0 e 4,0 mS cm-1, estando acima do limite (0,15-0,25 dag kg-1)
respectivamente. Plantas com CE 4,0 mS cm-1, propostos por Raij et al. (1997). O teor de S no caule
apresentaram teor de Mg de 0,22 dag kg-1 estando teve um comportamento quadrático, com máximo de
abaixo do limite de 0,4-0,6 dag kg-1 propostos por Raij 0,36 dag kg-1, para 1,7 mS cm-1, perfazendo
et al. (1997) como adequados para folhas de alface. O incremento de 13,2% em relação a 0,5 mS cm-1. Com
teor de Mg no caule teve um comportamento raiz aumento da condutividade, houve decréscimo de
quadrático, com máximo de 0,66 dag kg-1, para 1,3 mS 38,9% em 4,0 mS cm-1. O teor de S reduziu-se na raiz
cm-1, perfazendo incrementado de 19,6% em relação (0,34; 0,32; 0,29 e 0,28 dag kg-1) apresentando
ao 0,5 mS cm-1, com o aumento da condutividade, decréscimos relativos de 5,9; 14,7 e 17,6% para 1,0,
houve decréscimo de 74,2% em 4,0 mS cm-1 (Figura 2,0 e 4,0 mS cm-1, respectivamente em relação a 0,5
2). O teor de Mg reduziu-se, na raiz em 0,81; 0,61; mS cm-1 (Figura 2).

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O enxofre foi o macronutriente de menor concentração deste nutriente. Para o nutriente ferro na
acúmulo pela alface, com o máximo de 0,04 g por folha (Y = 644,31 – 890,24*CE + 332,58*CE2 R2 =
planta obtida na CE de 2,7 mS cm-1 (Figura 4), 0,96), os valores observados foram acima do nível
sendo que as folhas foram responsáveis por 77,7%, crítico em todos os tratamentos, principalmente no
o caule com 11,8% e as raízes com 10,5% (Figura tratamento 4,0 mS cm-1. Em relação ao teor de
3). manganês na folha (Y = 250,02 – 179,73*CE +
34,27*CE2 R2 = 0,96) observou-se decréscimo com
Micronutrientes aumento da condutividade. O teor de zinco na folha
Observou-se que não houve diferença (Y = 3,19 + 109,02*CE – 44,11*CE2 R2 = 0,90),
significativa nos tratamentos para os teores de boro apresentou efeito significativo com o aumento da
na folha (Y = 46,54 mg kg-1). O teor de cobre na condutividade permanecendo dentro da faixa (30-100
folha (Y = -10,55 + 32,74*CE0,5 – 9,06*CE R2 = mg.kg-1). Tais observações foram também
0,91) nos tratamentos 0,5 e 1,0 mS cm-1, semelhantes em relação aos órgãos raiz e caule
apresentaram valores abaixo do nível crítico, no (Figura 5).
entanto, com o aumento da CE houve aumento na

Figura 5. Teores de Fe, Zn, Cu, Mn e B nas folhas, caules e raiz de plantas de alface var. BR 303 lisa em
função das diferentes condutividades elétricas da solução nutritiva de cultivo.

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O ferro acumulou de 234,7 mg por planta, 72,3%, o caule com 14,6% e as raízes com 13,1%
obtida na CE de 4 mS cm-1 (Figura 4), sendo que as (Figura 6).
folhas foram responsáveis por 63,1%, o caule com O manganês acumulou de 11,6 mg por
18,9% e as raízes com 17,9% (Figura 6). O total planta, obtida na CE de 0,5 mS cm-1 (Figura 4),
acumulado de zinco pela cultivar de alface Brasil sendo que as folhas foram responsáveis por 71,9%,
303, foi de 6,89 mg por planta, obtida na CE de 2,3 o caule com 14,5% e as raízes com 13,5% (Figura
mS cm-1 (Figura 4), sendo que as folhas foram 6). O total acumulado de boro pela cultivar de
responsáveis por 73,4%, o caule com 13,7% e as alface Brasil 303, foi de 4,57 mg por planta, obtida
raízes com 12,8% (Figura 6). O total acumulado de na CE de 2,5 mS cm-1 (Figura 4), sendo que as
cobre pela cultivar de alface Brasil 303, foi de 1,88 folhas foram responsáveis por 77,1%, o caule com
mg por planta, obtida na CE de 3,1 mS cm-1 (Figura 11,3% e as raízes com 11,6% (Figura 6).
4), sendo que as folhas foram responsáveis por

Figura 6. Acúmulo de Fe, Zn, Cu, Mn e B nas folhas, caules e raiz de plantas de alface var. BR 303 lisa em
função das diferentes condutividades elétricas da solução nutritiva de cultivo.

CONCLUSÕES A maior exigência nutricional da alface para


os macronutrientes foi K, N, Ca, P, Mg e S e dos
O acúmulo de macronutrientes e de micronutrientes foram Fe, Mn, Zn, B e Cu.
micronutrientes pela alface cultivar Brasil 303 A condutividade elétrica de 2,6 mS cm-1
apresentou redução significativa nos diferentes apresentou produção máxima de 1.277,35 g por
órgãos da planta na condutividade elétrica de 4 mS planta, mesmo inibindo o crescimento radicular.
cm-1, com exceção do ferro. A salinidade de 4 mS cm-1 afetou a relação
raiz parte aérea reduzindo em 47%.

ABSTRACT: The nutrient solutions used in hydroponic crops of lettuce have electrical conductivities that vary
from 1,5 to 2.5 ms cm-1. The objective of this study was to evaluate the influence of different electrical conductivities in

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the productivity of the variety of BR 303 lettuce. The experiment was conducted in a greenhouse at the Department of
Plant Science of Federal University of Viçosa , between March and June 2005, with 4 treatments in a completely raffled
design with six replicates. For the treatments were allocated the types of nutrient solutions obtained by different
concentrations (0.5, 1.0, 2.0 and 4.0 mS cm-1). We evaluated the growth characteristics, dry matter and nutrient content.
The accumulation of macronutrients and micronutrients by the cultivar Brazil lettuce 303 decreased significantly in
different plant organs in the electrical conductivity of 4 mS cm-1, with the exception of iron. The biggest nutritional
requirement of lettuce to the macronutrients was K, N, Ca, P, Mg and S and to the micronutrients it was Fe, Mn, Zn, B and
Cu. The electrical conductivity of 2.6 mS cm-1 showed maximum production of 1277.35 g per plant, even inhibiting root
growth. The salinity of 4 mS cm-1 affected the relation root air part reducing it in 47%.

KEYWORDS: Lactuca sativa L., Hydroponic. Mineral nutrition.

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