MONTESQUIEU

Trabalho de filosofia

Montesquieu, cujo nome completo era Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, nasceu
em 18 de janeiro de 1689, no Château de La Brède, perto de Bordeaux, França. Seus pais eram Jacques de
Secondat e Marie-Françoise de Pesnel. Seu pai, Jacques, era um oficial militar que possuía várias propriedades e
sua mãe, Marie-Françoise, era uma herdeira de uma rica família de comerciantes vinícolas. Marie-Françoise
faleceu quando Montesquieu ainda era criança, deixando-o sob os cuidados do pai e de seu tio.
Após a morte de sua mãe, Montesquieu foi enviado para Paris para estudar no Collège de Juilly, uma escola de
prestígio. Quando tinha sete anos, seu pai também faleceu, e ele passou a ser educado pelo tio, o barão de
Montesquieu, de quem herdou o título e as propriedades. Seu tio, um homem culto e interessado nas ciências e
nas letras, teve uma grande influência sobre a formação intelectual de Montesquieu.
Montesquieu é mais conhecido por sua obra "O Espírito das Leis" (1748), onde desenvolveu a teoria da separação
dos poderes, fundamental para a formação das democracias modernas. Ele criticou o absolutismo e defendeu a
divisão do poder em três ramos: executivo, legislativo e judiciário, para evitar a tirania e promover a liberdade
política. Sua obra influenciou profundamente a constituição dos Estados Unidos e várias outras constituições ao
redor do mundo. Além disso, ele foi um dos principais expoentes do Iluminismo, um movimento intelectual que
defendia o uso da razão, a ciência e os direitos naturais.

Apesar de ser um homem das ciências, seu interesse voltou-se para aquilo que o ser humano faz na coletividade:
moral, costumes e política. Mesmo sendo nobre, Montesquieu era completamente contrário ao absolutismo, ele era a
favor de um Estado politicamente liberal, onde houvesse um corpo de leis que regesse a atuação daqueles que cuidam
do Estado e dos cidadãos em geral, para que não houvesse abusos, o Estado deveria ser repartido em três esferas de
poder: legislativo, executivo e o judiciário. Em sua teoria constitucional, Montesquieu define a existência de três
formas de governo : despótico, monárquico e republicano.
As obras políticas de Montesquieu são as mais significativas para a filosofia política. O francês criticou assim como
os demais Iluministas determinados grupos e situações, os principais pontos abordados em suas obras foram:
Críticas aos privilégios do clero e nobreza;Crítica a influência da igreja na organização política;Críticas as
Monarquias Absolutistas;Defesa de governos democráticos;Defesa do respeito às leis;Defesa das liberdades
civis;Defesa dos Governos Constitucionais;Fim da escravidão;Separação dos três poderes.
A obra mais significativa de Montesquieu, O Espírito das Leis, de 1748, apresenta as visões políticas de Montesquieu
e tem como destaque a proposta de separação do poder Estatal em três, o poder legislativo, o executivo e o judiciário.
Para Montesquieu, existem dois tipos de leis, as leis naturais, feitas por Deus, regem a natureza, são perfeitas e
indiscutíveis. As leis instituídas pelo homem, chamadas “leis positivas”, seriam apenas a modalidade da lei.
Ao contrário das leis naturais, as leis positivas são feitas por homem imperfeitos, sujeitos á ignorância e ao erro.
Assim como as leis de Deus, as leis dos homens deveriam buscar expressar às necessidades dos povos, relacionando-se
as formas de governo, clima e condições geográficas. Buscava extrair as leis humanas da observação das relações entre
os homens, portanto, a ideia central do Montesquieu era conferir as leis não como fruto do árbitro de quem as
escreveu, mas da decorrência da realidade social e histórica de um povo, mantendo relações íntimas com essa
realidade, possuindo assim, um sentido, um “espírito”.
 MONTESQUIEU
Trabalho de filosofia

“Toda sociedade na qual a garantia dos direitos não está assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não possui
uma Constituição”
"“Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem.”
“Não há mais cruel tirania do que aquela que exerce à sombra das leis e com as
cores da justiça.”
“A liberdade, esse bem que nos permite desfrutar dos outros bens.”
“É uma infelicidade que existam tão poucos intervalos entre o tempo em que somos
demasiado novos e o tempo em que somos demasiado velhos.”
“Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias.”"

Montesquieu foi um filósofo de grande contribuição para a filosofia,visto que em sua obra : "O Espírito das Leis"
propôs a divisão dos 3 poderes, sendo eles :Poder legislativo: responsável pela elaboração de leis e a fiscalização da
legislação de uma sociedade.Poder judiciário: exercido pelo presidente,governa e administra.
Poder executivo: responsável pela garantia dos direitos dos cidadãos e o julgamento de desvios da ordem.
Desse modo, Montesquieu propõe uma reflexão filosófica através de questionamentos sobre a política social, já que a
teoria dos 3 poderes visa descentralização do poder,de modo que cada poder tenha sua autonomia, limitação e possa
impedir o abuso de um sobre o outro, já que tal ação pode levar a consequências negativas para a sociedade.
Assim,o poder do Estado deve existir apenas para cumprir e manter a paz na sociedade, assegurando o cumprimento
da liberdade individual e a equidade,o bom funcionamento dos poderes leva a uma sociedade justa ,na qual os cidadãos
podem viver de maneira positiva e harmônica.Essa contribuição encontra-se presente até os dias atuais,visto que a
teoria dos três poderes está presente tanto na Constituição brasileira quanto na de diversos países e continua
provocando nas pessoas os questionamentos e reflexões sobre uma sociedade justa.

A contribuição de Montesquieu para a psicologia não é tão direta quanto em outras áreas, como filosofia política e
direito. No entanto, suas ideias sobre a separação dos poderes e sua influência sobre a estrutura política e social têm
implicações psicológicas indiretas.Por exemplo, Montesquieu argumentou que um governo deve ser dividido em três
poderes distintos - legislativo, executivo e judiciário - para evitar a concentração excessiva de poder e proteger os
direitos e liberdades dos cidadãos. Essa separação de poderes reflete uma compreensão da natureza humana que
reconhece a propensão dos seres humanos ao abuso de poder quando não há restrições adequadas.
Na psicologia política contemporânea, os princípios de Montesquieu sobre a separação de poderes são frequentemente
considerados ao examinar questões relacionadas ao autoritarismo, democracia e governança. Portanto, sua contribuição
para a psicologia pode ser vista através da lente das estruturas sociais e políticas que influenciam o comportamento
humano.