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Mulheres Representatividade

O documento aborda a evolução da arte moderna, destacando suas raízes na Revolução Industrial e o surgimento de vanguardas artísticas que buscavam refletir as mudanças sociais e políticas. A Semana de Arte Moderna de 1922 é apresentada como um marco no Brasil, onde artistas buscavam romper com o tradicionalismo e valorizar a identidade nacional. Além disso, o texto enfatiza a invisibilidade das artistas mulheres na história da arte e a necessidade de reconhecimento e valorização de suas contribuições.
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Mulheres Representatividade

O documento aborda a evolução da arte moderna, destacando suas raízes na Revolução Industrial e o surgimento de vanguardas artísticas que buscavam refletir as mudanças sociais e políticas. A Semana de Arte Moderna de 1922 é apresentada como um marco no Brasil, onde artistas buscavam romper com o tradicionalismo e valorizar a identidade nacional. Além disso, o texto enfatiza a invisibilidade das artistas mulheres na história da arte e a necessidade de reconhecimento e valorização de suas contribuições.
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1.

Nascimento de
Vênus

Sandro Botticelli foi


realizada entre Tarcila do Amaral
1484 e 1486 o
artista viveu
(1445-1510).
História e A arte moderna sucedeu o Romantismo e o realismo,
contexto impulsionada pelas transformações da Revolução Industrial.
da Arte
Novos meios como fotografia e cinema ampliaram a expressão
Moderna
artística, e o contexto de mudança e fragmentação impulsionou o
surgimento de vanguardas artísticas que exploraram temas
sociais, políticos e teológicos. Começa a se expandir em novas
direções com as vanguardas artísticas, a partir do final do
século XIX.

As novas tecnologias, a industrialização, as mudanças políticas e sociais, bem como os impactos


das guerras, despertaram nos artistas a necessidade de incorporar essas novidades ao seu trabalho.
Esse contexto de rupturas e reinvenções foi terreno fértil para o surgimento de vanguardas
revolucionárias, que viam na estética artística a oportunidade de mudar a sociedade.
Os artistas modernos, imersos nessas novas possibilidades, desenvolveram técnicas que se afastavam
da tradição, inaugurando abordagens subjetivas e novas formas de pensar o papel da arte.
Os artistas modernistas acreditavam
que as formas tradicionais das artes
plásticas, design, literatura, música,
cinema e da vida cotidiana estavam
totalmente ultrapassadas.
•Era preciso criar uma nova cultura, com
novas visões para a sociedade, o que se
refletia nas criações artísticas, trazendo
uma verdadeira revolução.
Paul
Cézanne(Pós-impressionismo
)
Claude Monet
(Impressionismo)
Principais Artistas Pablo Picasso(Cubismo)
Salvador Dalí (Surrealismo)
Edvard Munch
(Expressionismo)
Arte Moderna no Brasil
A Arte Moderna se instaurou oficialmente no Brasil com a Semana de
Arte Moderna de 1922 e, de acordo com alguns pesquisadores, se
estendeu até a década de 1970.
A Semana de Arte Moderna, também conhecida por "Semana de 22", foi
um evento que aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo e marcou o
início do Modernismo no Brasil.
Os artistas brasileiros estavam em constante contato com os
movimentos artísticos que se expandiam na Europa, continente
conhecido como o "berço da arte".
• Baseados nos conceitos do modernismo europeu, levaram para o Brasil
as características e filosofias das novas vanguardas que, a princípio,
não foram bem aceitas pelos tradicionais críticos brasileiros.
Entre os principais artistas modernistas brasileiros estão:
• Di Cavalcanti;
• Vicente do Rêgo;
• Anita Malfatti;
• Lasar Segall;
• Victor Brecheret;
• Tarsilla do Amaral;
• Ismael Nery.
Artistas mulheres-
representatividade
Artistas mulheres que você
precisa conhecer!
Focando nas bibliografias da História da Arte analisando os
possíveis porquês das artistas ainda serem tão pouco
valorizadas no cenário artístico de uma maneira geral. Para
tanto, buscou-se analisar de que forma o acesso à produção
das artistas mulheres chega até o público e como se dá o
contato mais direto com a arte contemporânea.
Encontramos uma quantidade mínima de menções a artistas
femininas em comparação às masculinas. Além disso, os
artistas homens presentes ganham destaques em páginas
completas enquanto as mulheres têm seu trabalho limitado a
pequenos parágrafos.
A arte produzida pelas mulheres artistas, infelizmente está marcada pela
invisibilidade na história, fazendo-se imprescindível trazer o tema para
um projeto científico de pesquisa.
Ao analisarmos referências bibliográficas que pautam a história da arte,
principalmente dos séculos XIX e XX, percebe-se que há uma parcela
muito pequena de mulheres registradas nos compêndios literários e que
somente começam a aparecer, ainda em número relativamente díspar em
relação aos homens, a partir dos anos 2000. Dessa forma, torna-se
necessária a discussão sobre o lugar das mulheres na arte, bem como
pensar possibilidades para que haja um equilíbrio, talvez, uma
compensação histórica, para que no futuro, não tenhamos que fazer uma
contagem numérica sobre as diferenças entre homens e mulheres
registrados na história da arte
•Anita Malfatti
A exposição de Lasar Segall em 1913 não causou polêmica. Afinal, tratava-se
do trabalho de um “estrangeiro”, que teria, portanto, o “direito” de apresentar
uma arte estranha ao gosto brasileiro. Mas com a exposição da pintora
brasileira Anita Malfatti (1889-1964) a reação foi diferente.
•Malfatti, que nasceu em São Paulo e aí realizou seus primeiros estudos de
pintura, teve grande importância nos fatos que antecederam o Movimento
Modernista de 1922. Em 1912 foi para Alemanha, onde frequentou a
Academia de Belas- Artes de Berlim. Em 1914, de volta ao Brasil, realizou sua
primeira exposição individual, mas sua exposição mais famosa foi a de 1917,
que provocou publicações de uma artigo com severas críticas por parte de
monteiro Lobato. Nessa mostra figuram, por exemplo, A mulher de cabelos
verdes e O homem amarelo, que se tornaram marcos da pintura brasileira.
Com as críticas desfavoráveis a Anita Malfatti, muitos artistas uniram-se a ela
em busca de uma arte brasileira livre das regras impostas pelo academicismo.
Eis a grande importância histórica de Malfatti, ao ser criticada, chamou a
atenção dos artistas inovadores e revelou que sua arte apontava novos
caminhos, principalmente no uso da cor.

O polêmico trabalho de Malfatti -Hoje essas obras de Anita Malfatti não


assustam nem causam estranhamento. Em 1917, porém, a mulher de rosto
anguloso e cabelos verdes e este homem pintado de amarelo causaram
espanto. Na época, em geral, pensava-se que a arte – em particular a pintura –
deveria imita a realidade. Um pintor não poderia alguém com cabelos verdes
ou pele exageradamente amarela, pois ninguém é assim na realidade. Essa foi
justamente uma das novidades trazidas pela arte moderna: a ideia de que o
artista deve ter total liberdade de imaginação e não se deixar limitar pela
realidade.
A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no
Teatro Municipal de São Paulo em fevereiro de 1922.

Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética
inovadora, rompendo com o tradicionalismo, e inspirada nas vanguardas europeias
(futurismo, cubismo, dadaísmo, surrealismo, expressionismo).

A "Semana de Arte Moderna" surge da necessidade de uma nova estética para


explicar as diversas mudanças e modificações sociais, políticas e econômicas.

No Brasil o Modernismo foi um movimento de grande importância, pois os artistas


brasileiros ansiavam por uma libertação estética.
Características da Semana de Arte Moderna
O intuito desses artistas era chocar o público e trazer à tona outras maneiras de sentir, ver e
fruir a arte, as características desse momento foram:
-Ruptura com academicismo e tradicionalismo.
- Influência das vanguardas artísticas europeias(Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo
e Expressionismo)
-Valorização da identidade e cultura brasileira.
-Experimentações estéticas;
- Liberdade de expressão;
-Aproximação da linguagem oral, com utilização da linguagem coloquial e vulgar.
-Temáticas nacionalistas e cotidianas.
Tarsila do Amaral (1886-1973), nascida em Capivari,
estado de São Paulo, a pintura brasileira começa a
procurar uma expressão moderna, porém mais ligada às
nossas raízes culturais. Ela não participou da Semana de
Arte Moderna de 1922, mas colaborou decisivamente para
a arte moderna brasileira.
Sua carreira artística começou em 1916. Em 1920 foi para
Europa, onde estudou com mestres franceses até 1922. No
mesmo ano veio ao Brasil, mas em 1923 voltou à Europa,
onde passou pela influência impressionista e, depois
cubista. Nessa fase ligou-se a importantes artistas do
modernismo europeu, como Picasso e Brancusi.
•As obras que Tarsila produziu na década de 1930 expressam a
preocupação com os problemas sociais e com os
trabalhadores. Um exemplo- significado desse tema é o
quadro Operários.

•O trabalho segundo Tarsila Observe o modo como a pintora


expressa o mundo do trabalho: um grande número de rostos
colocados lado a lado, todos sérios; nenhum sorriso, pois a
preocupação não deixa lugar para a alegria. São pessoas que
nos olham fixamente como a nos lembrar que é duro o
trabalho nas fábricas, presentes na obra sob a forma de um
prédio austero e chaminés cinzentas.

•.Djanira Motta e Silva Nasceu na cidade de Avaré SP, no dia 20 de
junho de 1914. Era neta de imigrantes austríacos e indígenas. Foi
pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa. Já no Brasil, realizou o
mural Candomblé para a residência do escritor Jorge Amado e
painel para o Liceu Municipal de Petrópolis. No Rio de Janeiro
tornou-se uma das líderes do movimento pelo Salão Preto e
Branco, como protesto de artistas contra os altos preços do
material para pintura. Foi a primeira artista latino-americana
representada com obras no Museu do Vaticano pintada por apenas
seu braço esquerdo. Suas obras eram poéticas e singelas, pintando
a paisagem nacional, habitantes e costumes nacionais.
•Frida Kahlo (1907-1954) Foi uma pintora mexicana muito especial para a
arte de seu país. Desde jovem, revelou-se uma mulher independente do
comportamento feminino conservador da sua época, agindo de acordo com
suas convicções. Mesmo durante seu casamento com o famoso Diego Rivera,
manteve sua autonomia como mulher e como artista.
De saúde frágil na infância, teve seu estado físico agravado por um acidente
de trânsito que sofreu na cidade do México, quando ia da escola para a casa.
Embora fragilizada fisicamente, sempre participou com decisão das causas às
quais aderiu, como a valorização da cultura mexicana e do comunismo.
Do conjunto de sua obra, é interessante destacar os autorretratos. Nessas
obras, conhecemos não apenas seus traços físicos, como as famosas
sobrancelhas muito próximas no alto do nariz, mas também intuímos a
imensidão de seus sentimentos. Suas linhas revelam uma artista que domina
a arte do desenho; suas cores e a construção das cenas demonstram que a
mesma faz escolhas muito pessoais.
•.Rosana Paulino- paulistana formada em Artes Plásticas
retira de suas vivências o seu assunto principal. No
universo da sua intimidade, transmite e causa reflexões ao
compartilhar o exercício de ser “mulher e negra” em um
mundo moldado para o “homem e branco”. Na pequena
série Sem título, na qual a artista usa como suporte
bastidores de bordado com fotografias de mulheres de sua
família transferidas para o tecido, evidencia a condição de
mulheres que se sentem impotentes diante de uma
sociedade que as menospreza, que ignora suas opiniões,
seus anseios e sua estética.
Todas essas privações foram exteriorizadas por Paulino através de
um ato doméstico: costurar, coser. O inocente ato de costurar ou
de bordar é transformado em agressão, coação, deformação. O
que de belo resultaria da confecção das linhas coloridas de um
bordado, manifesta-se como a impossibilidade de ser, ter e
pertencer a todos os valores que estão agregados a este fazer: ter
um marido, uma família, constituir um lar. Suas mulheres são
cerzidas, assim como algumas mulheres que sofrem a excisão, e
por isso são privadas do prazer sexual, neste caso, privadas do
prazer de viver com dignidade, com a consciência do próprio
valor. Esse contrassenso, ou até “castração social”, é perceptível
no cotidiano de mulheres negras abandonadas à própria sorte
pelo companheiro, pelos serviços sociais, pela sociedade.
Tomie Ohtake, 1913-2015

E essa aqui é outra que fez história no Brasil e de brinde ainda causou uma
polêmica pra gente se divertir. Tomie Ohtake nasceu em Kyoto, no Japão, mas foi
naturalizada aqui, e se tornou um grande nome do abstracionismo
informal. Essa lindeza pintava, fazia gravuras e esculturas ao longo dos seus 103
anos!

Ohtake ganhou prêmios por suas obras, como aquele recebido no Salão Nacional
de Arte Moderna, lá em 1960, e ainda foi agraciada com a Ordem de Rio Branco
por uma de suas esculturas.

• Ela teve seu nome em um instituto que abre espaço para diversas exposições de
artes plásticas. E se você ficou curiosa com o babado que Ohtake protagonizou,
aqui vai: a artista fez a escultura "Estrela do Mar" que ficava flutuando na Lagoa
Rodrigo de Freitas (RJ). Só que uma galera detestava a escultura, enquanto
outros a amavam. E isso meio que gerou uns reboliços enquanto a escultura ainda
A estadunidense Lisa Yuskavage vem
fazendo história com suas exposições na
Bienal de Whitney e no Museu de Arte
Moderna. Conhecida por traços que
abordam sexualidade e o corpo
feminino. Suas pinceladas maravilhosas
atendem o que propõe, trazendo formas e
cores criativas – que nem sempre são
aqueles vislumbres certinhos do corpo
humano, sabe?
• De brinde ela tem algumas coleções que Lisa Yuskavage, 1962
ficam permanentes em vários Museus,
como no Whitney de Arte Americana, no de
Arte contemporânea de São Diego e no
Instituto de Arte de Chicago.
Djanira Motta e Silva, 1914 – 1979

Outra artista feminina brasileira que fez história e merece ser


comentada é nossa Djanira Motta e Silve, que começou a
desenhar quando tratava uma tuberculose, lá por volta dos
anos 30. Mas foi em 1943 que Djanira expos suas obras
pela primeira vez, na Associação Brasileira de Imprensa.

Essa incrível artista também pintou um mural na casa do


escritor Jorge Amado, e deu o nome da pintura de
"Candomblé". Acredite: sua personalidade estava presente
em cada uma das suas obras, reiterando a postura forte e
singular da presença feminina.

• Ela também foi uma das participantes do protesto que


artistas fizeram contra o preço dos materiais artísticos da
época, chamado de "Movimento pelo Salão Preto e
Branco". Vale lembrar que uma de suas obras mais
importantes é o painel de azulejos Santa Bárbara, de
1963, no túnel Catumbi de Laranjeiras, lá do Rio de
Janeiro.
Liza Lou, 1969

Apesar da gente amar falar das artistas


brasileiras, vamos citar agora uma
estadunidense que veio para fazer história! A
artista visual faz suas esculturas em
tamanhos grandes, utilizando gotas de vidro e
missangas. Atualmente, ela trabalha com
suas artes ao ar livre de Mojave, na Califórnia.

• Sua obra mais famosa é literalmente uma


cozinha em tamanho real, toda feita à mão
com miçangas e canudos(5 anos). Em 2002
ela ganhou o prêmio John D. and Catherine T.
MacArthur Foundation Fellowship, e em 2013
foi premiada com o Anonymous Was a
Woman Artist Award em 2013.
Pagu, 1910-1962

Voltando às artistas brasileiras, a nossa


queridíssima Pagu (Patrícia Rehder Galvão) é
conhecida por ser uma escritora, jornalista,
tradutora e desenhista. Outro grande nome no
movimento modernista do Brasil, participando
do movimento antropofágico ao lado de Oswald
de Andrade.

• Ela não chegou a participar ativamente da


Semana de 22, junto ao marido, mas ainda fez
muita história. Pagu lutou pelos direitos dos
trabalhadores, escreveu ensaios e livros com o
pseudônimo de Mara Lobo e ainda foi uma
militante do Partido Comunista da época!
Hilda Hilst, 1930-2004

E a gente finaliza essa lista – mesmo ainda tendo inúmeras mulheres artistas
pra citar – com a Hilda Hilst, nossa poeta, dramaturga e cronista paulista. A
rainha é considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século
XX, com mais de 40 livros publicados por ela desde 1950.

Ela ganhou também o prêmio Jabuti e diversos outros ao longo de sua vida. E
de brinde, suas histórias foram traduzidas tanto para o inglês, quanto para
francês, alemão, italiano e espanhol. É muito para os nossos coraçõezinhos!

Esperamos que isso tenha te motivado a aproveita também pra dar uma
olhadinha as sobre mulheres e suas conquistas no mercado de trabalho, ou
também algumas mulheres que fizeram história no esporte!

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