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Cyanophyta

O documento aborda as características, organização celular, morfologia, importância biológica e econômica das cianobactérias (Cyanophyta), destacando sua procariótica estrutura, presença de clorofila a, e capacidade de fixação de nitrogênio. Além disso, discute a reprodução assexuada e parassexual dessas bactérias, suas toxinas e a classificação em diferentes ordens. As cianobactérias são importantes para a produção primária e podem ter impactos significativos na qualidade da água e na ecologia.

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Cyanophyta

O documento aborda as características, organização celular, morfologia, importância biológica e econômica das cianobactérias (Cyanophyta), destacando sua procariótica estrutura, presença de clorofila a, e capacidade de fixação de nitrogênio. Além disso, discute a reprodução assexuada e parassexual dessas bactérias, suas toxinas e a classificação em diferentes ordens. As cianobactérias são importantes para a produção primária e podem ter impactos significativos na qualidade da água e na ecologia.

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CYANOPHYTA

Prof. Carlos Alberto Garcia


Domínio Bacteria (Woese, 1983)
REINO MONERA (Whittaker, 1969)

CYANOPHYTA

Características básicas
•Procarióticas;
•Clorofila a;
•Fotossistemas I e II;
•Ficobiliproteínas (pigmentos acessórios e reserva de nitrogênio): c-ficocianina,
aloficocianina (azuis), c-ficoeritrina e ficoeritrocianina (vermelhos);
•Xantofilas (principalmente mixoxantofila que não ocorre em nenhum outro tipo
de alga) e carotenos (grandes proporcões de betacaroteno);
•Glicogênio (amido das cianofíceas);
•Mucopolissacarídeos (presente na bainha de mucilagem);
•Ausência de flagelos;
•Respiração ocorre no nível da membrana plasmática e dos tilacóides.
CYANOPHYTA

Diferenças de bactérias

CARACTERÍSTICAS CIANOBACTÉRIAS BACTÉRIAS

Clorofila a presente ausente

Produção de Oxigênio presente ausente

Flagelos ausente presente

Complexidade maior menor


CYANOPHYTA
ORGANIZAÇÃO CELULAR

(controle da
flutuabildade)

reservas nitrogenadas
Bainha - revestimento mucilaginoso, externo à parede, que
está constantemente sendo secretado. Possivelmente
composto por ácidos pécticos e mucopolissacarídeos. Além
da proteção, absorve nutrientes (vantagem sobre outras
algas), mantém a coesão das colônias e protege a alga
contra a radiação UV.

BAINHA

Lyngbia sp
A parede celular é
perfurada com pequenos
poros (70 nm) que
permitem a secreção de
uma bainha mucilaginosa
feita de polissacarídeos
complexos. Algumas
espécies têm uma extensa
bainha que manter as
células de cianobactérias
individuais em colônias ou
filamentos.
ORGANIZAÇÃO CELULAR
Parede – apenas a camada de mureína (peptideoglicano) é
igual em todas as cianobactérias. Presença de
plasmodesmos em formas filamentosas.
Organização do
Peptideolicano
na Parede das
Cianobactérias
PAREDE DE CYANOBACTERIA
Mesossomo: Estrutura Responsável Pela Respiração Celular
File:Apoplast and symplast pathways.svg
TROCA DE SUBSTÂNCIAS NAS CIANOBACTÉRIAS
PLURICELULARES
Cianobactérias filamentosas possuem uma parede celular gram-negativa
que compreende uma camada de peptidoglicano e uma membrana externa
que são externos à membrana citoplasmática e da membrana externa que
parece ser contínua ao longo do filamento de células. Isto implica que o
espaço periplasmático entre as membranas citoplasmática e exterior
também pode ser contínua. Propomos que o periplasma contínuo poderia
constituir um canal de comunicação para a transferência dos compostos de
uma célula para outra, o que é essencial para o desempenho destas
bactérias como organismos multicelulares.
Os poros nas paredes
internas e externas
também permitem o
movimento de materiais
a partir de uma célula
para outra, em filamentos
de certas espécies.
Acredita-se ainda que os
alinhamentos dos poros
estreitos são
responsáveis ​pela
fragmentação de alguns
filamentos de
cianobactérias, como
meio de dispersão.
Tilacóides – são membranas lipoproteicas originados por
invaginações da membrana plasmática. Aí estão os pigmentos
fotossintéticos.
CAROTENÓIDES: Carotenos e Xantofilas
FICOBILIPROTEÍNAS: Ficocianina e Ficoeritrina
Carboxissomos (corpos poliédricos) – sítio da enzima
ribulose-difosfato-carboxilase, responsável pela incorporação
do CO2 .
Grânulos de cianoficina (grânulos de nitrogênio) – grânulos de reserva
compostos por polipeptídeos. Numerosos nos acinetos.
Grânulos de polifosfato – grânulos esféricos constituídos por fosfato, comuns
em células maduras e ausentes nas células jovens.
Vesículas de gás (aerótopos) – Presentes em algumas cianobactérias
planctônicas. Sua função está relacionada com a flutuabilidade do
organismo. Concentram CO2.

VESÍCULAS DE GÁS

A flutuação ocorre quando em profundidades novas vesículas são produzidas elevando a


célula à superfície. Quando os valores de açúcares de pequena massa molecular
aumentam, aumenta a pressão osmótica e a entrada de K + fazendo com que as vesículas
se rompam e a célula desça novamente.
MOBILIDADE
* Sem estrutura especializada (não apresenta
flagelos em qualquer fase do ciclo de vida)
* Regulação da flutuação por aerótopos
* Extrusão de mucilagem ou microfibrilas
* Muitas unicelulares e filamentosas podem se
movimentar quando em contato com o substrato ou outras
algas. Pode ocorrer em resposta a estímulo luminoso, por
contração das microfibrilas existentes no protoplasto.
As cianobactérias podem deslizar em até 10 um / s. O
envelope de deslizamento de cianobactérias consiste nas
seguintes camadas dispostas de fora para dentro: camada
de oscilina, camada S, da membrana externa, periplasma
(peptideoglicano) e a membrana interna. A camada de
oscilina é uma camada de subunidades glicoproteicas, 8-12
nm de diâmetro, dispostos em matrizes helicoidais e só se
encontra em formas de deslizamento. Este possivelmente
funciona como uma rosca passiva, promovendo a rotação do
filamento à medida que desliza.
CAMADA OSCILATÓRIA NA BAINHA DE CERTAS CIANOBACTÉRIAS
Plasmídeo (DNA circular)

Nucleóide
•Espécies dulcícolas e marinhas, planctônicas ou bentônicas
•Atmosfera
•Poeira
•Solos úmidos
•Muros
•Interior de certas rochas
•Raras ou ausentes em mares polares
•Possuem altos limites de tolerância á temperatura,
salinidade e pH
•Podem ser epifíticas ou endofíticas, vivendo em simbiose
com fungos e plantas.
•Podem ser epizooicas ou endozooicas
MORFOLOGIA
Fischerella

Chroococcus
filamentosas com ramificações verdadeiras
Unicelulares coloniais
Tolypothrix

Oscillatoria
filamentosas pseudoramificadas
filamentosas simples
MORFOLOGIA
Filamentos - sequência linear de células (tricoma) + bainha de mucilagem

Tricoma

Bainha

Lyngbya
IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA E ECONÔMICA

1) Importantes produtores primários. Primeiros organismos procariontes com 2


fotossistemas
2) Muitas fixam ou convertem o nitrogênio atmosférico. Importante porque o N2
atmosférico é indisponível para a maioria dos seres vivos pela dificuldade de
romper a tripla ligação. Quando presentes ou adicionadas ao solo, podem em
muitos casos, substituir ou reduzir a utilização de fertilizantes.

3) Em ambientes anóxicos, algumas podem usar H2S como doador de elétrons


na fotossíntese. Estas são, portanto, fototróficas anaeróbias facultativas.
Possuem vantagem seletiva sobre organismos em ambientes em que essas
condições são sazonais (anaeróbios no inverno e aeróbios no verão).

4) Os estromatólitos constituem importante documento fóssil em atóis de corais


em mares tropicais. As cianobactérias podem fixar carbonato de cálcio em suas
bainhas facilitando a construção do estromatólito e garantindo sua perenidade.
Estromatólitos em Shark Bay
(Austrália)

5) Fontes de carboidratos e proteínas, ricas em carbonatos e bicarbonatos:


Spirulina e Aphanizomenon – Suplementos.

Spirulina sp
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E
BIOLÓGICA

• Bioindicadoras da qualidade da água poluição.


• Podem provocar florações em ambientes
naturais
• Produção de metabólitos secundários (toxinas):
bioacumulação, importância ecológica e
sanitária.
TOXINAS
Certas algas azuis podem produzir toxinas e libera-las para
o meio onde vivem.
Alcalóides (neurotoxinas) : atingem o sistema neuromuscular paralisando
músculos
esqueléticos e respiratórios, podendo levar a morte por parada respiratória. Podem
ser produzidas por espécies de Anabaena e Aphanizomenon.

Peptideos de baixo peso molecular (hepatotoxinas): agem mais vagarosamente,


atingindo o fígado. Causam necrose, provocando morte por hemorragia. Podem
ser produzidas por especies de Microcystis, Nodularia, Oscillatoria e Anabaena.

Anabaena Aphanizomenon
REPRODUÇÃO

Não se conhece reprodução sexuada (gamética)


- Implicações Conceito de espécie
- Como definir uma espécie de cianobactéria?
Paradoxo das cianobactérias
Reprodução parassexual conjugação (combinação gênica).
- DNA plasmidial pode incorporar pedaços do DNA genômico e transferir para
outras células: variabilidade genética.

Reprodução assexuada
- Simples divisão celular;
- Fragmentação – quebra do filamento;
- Hormogônios – quebra do filamento a partir de uma célula morta;
- Endócito – divisão endógena do citoplasma;
- Exócito – divisões sucessivas de uma das porções terminais;
- Acineto – germinação.
REPRODUÇÃO
Divisão Binária
REPRODUÇÃO

Fragmentação – ocorre em formas filamentosas e coloniais e corresponde a separação


de partes desses organismos, onde cada uma delas dará origem a um novo organismo.

Hormogônios - Ruptura do filamento em determinadas regiões formando fragmentos


Hormogônios são filamentos de cianobactérias que deslizam
pela bainha e podem infectar plantas e estabelecer
simbioses. Estes filamentos não rodam. Estes possuem pili e
possivelmente deslizar por espasmos motilidade.
REPRODUÇÃO
EXÓSPOROS

formação de esporos através de sucessivas divisões em uma das porções


terminais de uma célula.
REPRODUÇÃO
ENDÓSPOROS
formação de esporos por divisão do protoplasto em duas ou mais partes. São
expostos quando a parede se rompe.
REPRODUÇÃO
ACINETOS

Ocorre em formas filamentosas. Desenvolve-se a partir de uma célula


vegetativa que se torna maior, com reservas, principalmente grânulos de
cianoficina), pigmentos e com parede espessada. Funciona como um esporo de
resistência em condições ambientais desfavoráveis.

Acineto
Acineto
- Paredes espessas e de conteúdo heterogêneo;
- Acúmulo de substâncias de reserva;
- Estruturas de resistência;
- Resistentes à dessecação e às baixas temperaturas;
- Condições desfavoráveis: produção de acinetos – deixados no sedimento.
- Condições favoráveis: germinação dos acinetos.
HETEROCISTOS
Os heterocistos funcionam como locais para a fixação de nitrogênio em
condições aeróbicas.São formados em resposta a falta de nitrogênio fixado
(NH4 ou NO3). A diferenciação morfológica é acompanhada por alterações
bioquímicas. Os heterocistos maduros não contêm um fotossistema II funcional
e não podem produzir oxigênio. Em vez disso, eles contêm apenas o
fotossistema I, o que lhes permite realizar fotofosforilação cíclica e regeneração
do ATP.

acineto

heterocisto
Heterócito – Características

- Paredes espessas e conteúdo homogêneo;


- Fixação de nitrogênio:
Na ausência de O2: N2, NH4 , Glutamina.
- Pouca quantidade de ficobiliproteínas;
- Carboxissomos ausentes;
- Glicogênio ausente;
- Possui alta taxa de respiração;
- Reprodução – Germinação.
Obs.: Algumas células vegetativas podem também fixar N2
quando em condições de anoxia.
Fotossíntese e fixação de N2 ocorrem em período de tempo
diferentes.
A atividade do fotossistema I permanece e gera energia. ATP
adicional é gerado pela entrada de oxigênio que permeia a
célula. As paredes são bastante espessas, por vezes com um
botão adicional de material da parede celular nas extremidades
da célula. Estas paredes são permeáveis ao gás nitrogênio,
mas essencialmente impermeável a gás oxigênio. A parede
tem alguns poros muito estreitos com ligações citoplasmáticos
às células vegetativas adjacentes. A fonte de carbono,
provavelmente, é importada através desses poros, como um
açúcar, e o produto de fixação de nitrogênio, provavelmente, a
glutamina é devolvido para as células adjacentes através dos
poros. O azoto (nitrogênio) é em última análise, armazenado
como cianoficina.
http://wdict.net/img/heterocyst,1.jpg
Classificação de cianobactérias de acordo com K o m á r e k (2014)

Divisão Cyanophyta, classe Cyanophyceae

1. Ordem 1. Gloeobacterales (Gleobacter)


Coloniais; ausência de tilacoides
Ordem 2: Synechococcales
Tilacoides parietais e pareados, incluindo Prochlorum (clorofila B e ausência de
ficobilinas)
Ordem 3: Spirulinales
Tricomas espiralados
Ordem 4; Chroococcales
Isoladas ou coloniais, com aerótopos; reprodução
por divisão binária ou exósporos

Chroochoccus Stichosiphon
Ordem 5:
Pleurocapsales
• células esféricas que formam um
grupamento tridimenciona ou filamentos cm
cistosl. Reprodução por divisão binária e por
endósporos
Ordem 6: Oscillatoriales
• forma um único filamento simples ou
pseudoramificados, consistindo de um tricoma
de células rodeado por uma bainha de
mucilagem. Reprodução por hormogônios
Ordem 7: Chroococcidiopsidales
Dados moleculares

Chroococcidiopsis
Ordem 8: Nostocales
células esféricas formando filamentos simples ou ramificados com
heterocistos e acinetos. Reprodução por hormogônios e acinetos.

Hapalosiphon hibernicus W. & G.S. West


Comparação entre Cyanophyta e Prochlorophyta

ORGANIZAÇÃO CELULAR
PROCHLOROPHYTA

➢Clorofilas a e b
➢Ausência de ficobilinas
➢Ausência de grânulos
de cianoficina
PROCHLOROPHYTA

A descoberta de um procarionte com clorofila b fez com que muitos pesquisadores


acreditassem na possibilidade de que este grupo pudesse ser o ancestral dos
cloroplastos das algas verdes e outros vegetais "superiores". No entanto,
trabalhos recentes incluindo estudos biomoleculares vêm demonstrando grande
distância evolutiva entre as proclorofíceas e os plastos com clorofila b (Palenik &
Haselkorn, 1992). Estes mesmos estudos sugerem que a clorofila b tenha surgido
várias vezes durante a evolução e que Prochlorophyta seja um grupo polifilético.
Desta forma, alguns autores (Urbach et al., 1992) preferem não aceitar a Divisão
Prochlorophyta, e sugerem que os gêneros desta divisão deveriam ser
reclassificados em cianofíceas.

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