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Aula Hiv Parte 1

O documento aborda a estrutura e o ciclo reprodutivo do HIV, detalhando sua morfologia, genoma e mecanismos de infecção. Também discute a resposta imunológica do corpo ao HIV e a evolução da infecção, além de mencionar as classificações do vírus e as taxas de detecção de AIDS. A compreensão desses aspectos é fundamental para o desenvolvimento de terapias antirretrovirais eficazes.

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O documento aborda a estrutura e o ciclo reprodutivo do HIV, detalhando sua morfologia, genoma e mecanismos de infecção. Também discute a resposta imunológica do corpo ao HIV e a evolução da infecção, além de mencionar as classificações do vírus e as taxas de detecção de AIDS. A compreensão desses aspectos é fundamental para o desenvolvimento de terapias antirretrovirais eficazes.

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PARTE I

HIV/AIDS
Estrutura do vírus, mecanismo de ação,
epidemiologia

Habilidades profissionais V - Infectologia


Profa. Ma. Thaís Martins
ESTRUTURA DO HIV
A primeira indicação de que a AIDS fosse causada por um retrovírus aconteceu em 1983.
1986: Comitê Internacional de Taxonomia viral modificou o nome para vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1)
1986: Àfrica Ocidental: vírus da imunodeficiência humana tipo 2 (HIV-2).

Morfologia e organização genômica: retrovírus são vírus RNA que, pela enzima DNA polimerase RNA-dependente (transcriptase
reversa – RT), copiam seu genoma de RNA em uma dupla fita de DNA, e de integrarem-se ao genoma da célula hospedeira.

O HIV é uma partícula esférica medindo de 100 a 120nm de diâmetro, pertencente ao gênero Lentivirus e à família Retroviridae.

Estrutura do vírus: envelopado, membrana lipídica na


superfície oriunda da membrana externa da célula do
hospedeiro e duas glicoproteínas (gp41 e gp120).
Internamente a essa membrana, está a matriz proteica, formada
pela proteína p17 e pelo capsídeo viral de forma cônica
composto pela proteína p24. O material genético, o RNA
transportador (tRNA) e as enzimas necessárias para os
primeiros eventos da replicação viral encontram-se no
capsídeo viral.
ESTRUTURA DO HIV
O genoma do HIV, de aproximadamente 10 kd, contém nove genes e duas regiões denominadas LTR (long terminal
repeats), onde estão presentes elementos de controle para integração, transcrição e poliadenilação dos RNA mensageiros.
Os genes podem ser divididos em dois grupos:

1) os que codificam as proteínas estruturais (gag, pol e env):

O gene gag (antígeno de grupo) codifica a matriz


proteica (MA ou p17), o capsídeo viral (CA ou
p24) e as proteínas nucleares (NC ou p6 e p7).

O gene pol (polimerase) codifica as seguintes


enzimas virais: transcriptase reversa (RT ou p51/
p66), que também possui atividade de RNase H,
protease (PR ou p10) e integrase (IN ou p32).

O gene env (envelope) codifica uma proteína


inicial de 160 kd, que é clivada, dando origem à
proteína de transmembrana (TM ou gp41) e à
proteína de superfície (SU ou gp120)
ESTRUTURA DO HIV
os que codificam proteínas não estruturais (tat, rev, nef, vif, vpu, e vpr).

Embora esses produtos não


sejam parte integrante da
estrutura viral, eles
atuam no controle da replicação Os principais componentes virais com utilidade
viral e infectividade diagnóstica incluem as proteínas do envelope viral, as
proteínas codificadas pelo gene gag e as proteínas
codificadas pelo gene pol.
CICLO REPRODUTIVO DO HIV 1
CICLO REPRODUTIVO DO HIV 1
CICLO REPRODUTIVO DO HIV 1
O conhecimento do ciclo viral permitiu que fossem desenvolvidas drogas antirretrovirais, que atualmente
podem ser divididas em:

a) inibidores da transcriptase reversa: atuam na fase inicial do ciclo, impedindo a formação do DNA a partir do RNA.

b) inibidores da protease: atuam no final do ciclo impedindo a maturação da partícula viral.

c) inibidores da fusão: impedem a fusão da membrana viral com a celular impedindo a entrada do vírus.

d) inibidores da entrada: atuam impedindo a ligação do vírus ao receptor (CD4) ou aos correceptores (CCR5 ou CXC4).

e) inibidores da integrase: impedem que o provírus recém-produzido pela RT integre-se ao genoma da célula
hospedeira.

f) inibidores da maturação viral: ligam-se a regiões específicas da proteína precursora do gene gag impedindo a sua
clivagem.
DINÂMICA VIRAL:
Durante a fase aguda, a carga viral é de aproximadamente 10(5) a 10 (7) cópias/mL. Esses níveis caem
aproximadamente 100 vezes após um período de 8 a 10 semanas, provavelmente devido ao desenvolvimento
de células T citotóxicas.

A replicação viral ocorre principalmente nos órgãos linfoides, na região perifolicular dos centros germinativos.
Pode-se detectar DNA viral em cerca de 30% dos linfócitos CD4 presentes nesses órgãos, com expressão de 0,1 a
1% de RNA viral, sugerindo infecção ativa. A quantidade de vírus presente neste local pode ser até 100 vezes maior
que no sangue.

A maioria das partículas virais (93 a 99%) são produzidas por linfócitos CD4 ativados, que têm meia-vida de
apenas um dia. As restantes (1 a 7%) são provenientes principalmente de células como macrófagos, cuja meia-
vida é de 14 dias.

A alta taxa de replicação viral é responsável pelo surgimento de mutações que geram resistência aos
antirretrovirais. Como são produzidas 10(9) a 10(10) partículas virais por dia, e o genoma viral é de
aproximadamente 10(4), todos os dias são geradas 10(5) a 10(6) variantes que possuem mutação em cada posição
do genoma.
CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA
O HIV É CLASSIFICADO EM DOIS TIPOS (1 E 2), COM O HIV-1 SUBDIVIDIDO EM QUATRO GRUPOS:
M (MAJOR), O (OUTLIER), N (NEW) E P.
INFECÇÃO E RESPOSTA IMUNE CONTRA O HIV:

A maioria das infecções pelo HIV-1 ocorre por meio das mucosas do trato genital ou retal durante a relação sexual. Nas
primeiras horas após a infecção pela via sexual - linfócitos T-CD4+, além de macrófagos e células dendríticas.

Após a transmissão do vírus, há um período de aproximadamente dez dias, denominado fase eclipse, antes que o RNA
viral seja detectável no plasma - resposta imunológica inata no foco da infecção atrai uma quantidade adicional de
células T = aumento da replicação viral.

Vírus é disseminado inicialmente para os linfonodos locais e depois sistemicamente nos tecidos linfoides, além de
estabelecer um reservatório viral latente, principalmente em linfócitos T-CD4+ de memória - pico de viremia por volta de
21 a 28 dias após a exposição ao HIV - declínio acentuado no número de linfócitos T-CD4+.

--> Nesse momento de grande viremia, surgem os sintomas da infecção aguda: manifestações inespecíficas, como febre,
linfadenomegalia generalizada, anorexia, mal-estar ou até mesmo esplenomegalia, hepatomegalia, icterícia, rash cutâneo,
plaquetopenia e diarreia, esta que figura como um dos sintomas mais frequentes e muitas vezes leva o paciente à
investigação de doença inflamatória intestinal, pois pode vir acompanhada de muco.
INFECÇÃO E RESPOSTA IMUNE CONTRA O HIV:

Na fase de expansão e disseminação


sistêmica, há a indução da resposta
imunológica, mas esta é tardia e
insuficiente em magnitude para
erradicar a infecção - Ao mesmo
tempo, o número crescente de
linfócitos T-CD8+ exerce um controle
parcial da infecção, mas não suficiente
para impedir, na ausência de terapia, a
lenta e progressiva depleção de
linfócitos T-CD4+ e a eventual
progressão para a síndrome da
imunodeficiência adquirida.
INFECÇÃO E RESPOSTA IMUNE CONTRA O HIV:
INFECÇÃO E RESPOSTA IMUNE CONTRA O HIV:
INFECÇÃO E RESPOSTA IMUNE CONTRA O HIV:
EPIDEMIOLOGIA
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TAXA DE DETECÇÃO DE AIDS POR 100.000 HAB

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