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O surrealismo é um movimento artístico que busca expressar o inconsciente e o imaginário, rompendo com a lógica e a moralidade tradicionais. Artistas como André Breton, Salvador Dalí e René Magritte exploraram técnicas como a escrita automática e a colagem, enquanto a literatura surrealista liberou a linguagem de significados convencionais. O movimento também influenciou o cinema e a música, promovendo novas formas de expressão que desafiam a realidade e a narrativa linear.

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O surrealismo é um movimento artístico que busca expressar o inconsciente e o imaginário, rompendo com a lógica e a moralidade tradicionais. Artistas como André Breton, Salvador Dalí e René Magritte exploraram técnicas como a escrita automática e a colagem, enquanto a literatura surrealista liberou a linguagem de significados convencionais. O movimento também influenciou o cinema e a música, promovendo novas formas de expressão que desafiam a realidade e a narrativa linear.

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conceito de surrealismo:​

A arte surrealista rompe com a busca pelo sentido nas representações. É o surreal:
aquilo que está para além do real, que é mais que o real porque transcende a
compreensão racional e relaciona-se com a mente inconsciente, com o imaginário e
o absurdo.
livre associação e automatismo psíquico: a proposta é exprimir o
funcionamento da mente em sua totalidade, o que inclui a desracionalização
da produção artística, sem preocupar-se com a moralidade, verossimilhança
ou recepção estética;

Escrita automática e experimental, desenhos às cegas, busca por


procedimentos de composição artística que escapem do controle racional;

Análise dos sonhos e experimentação de diversos estados de consciência,


como a produção artística entre o sonho e a vigília ou sob efeito de álcool e
alucinógenos;

Liberdade e espontaneidade criativas e valorização do processo imaginativo;

Valorização do acaso e do inesperado;

Composições em grupos, como escrita a quatro (ou mais) mãos e quadros


pintados no escuro por diversos artistas, para que não pudessem ver o que
os outros estavam desenhando;

Intervenções de estranhamento: representação de objetos aparentemente


sem relação entre si e em lugares aos quais não pertencem;

Técnicas de colagem: poesias feitas com palavras recortadas de jornais e


revistas, misturadas a imagens e ideias do inconsciente.

Principais artistas do Surrealismo

André Breton (1896-1966)

Escritor francês, foi o fundador do movimento surrealista. Ainda que fosse um


grande interessado no meio cultural e artístico, Breton cursou medicina, curso que o
possibilitou tomar conhecimento da obra de Freud, em 1915. Editou, junto com
Philippe Soupault, a revista Littérature, de 1921 a 1924.
Foi próximo do dadaísta Tristan Tzara, mas abandonou a citada revista e rompeu
com o movimento dadá, pois, segundo ele, era necessário um novo procedimento
artístico, que contemplasse a totalidade das percepções humanas. Escreveu, à luz
da estética surrealista, romances, poemas e textos teóricos.

Foi filiado ao Partido Comunista da França até 1927, quando se desfiliou por não
concordar com o stalinismo, mas permaneceu marxista, contribuindo com Leon
Trotsky na redação do Manifesto por uma Arte Independente e Revolucionária.
Exilou-se nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e retornou à
França em 1941, passando a trabalhar com Miró e Gérard Legrand. Morreu em
Paris, em 1966.

Salvador Dalí (1904-1989)

Dalí foi um pintor e escultor espanhol, provavelmente o mais famoso nome da


estética surrealista. Estudou na Academia de Belas Artes de San Fernando, de
onde foi expulso, em 1926, graças a um desentendimento com um professor, que o
levou a dizer que não havia ninguém ali capaz de avaliar a sua produção.

Foi amigo do poeta Federico García Lorca e de Luis Buñuel, com quem gravou
filmes surrealistas. Era um homem excêntrico, como se levasse o Surrealismo em
seus bigodes finos, compridos e arqueados para cima. Fez diversas
experimentações artísticas, incluindo a criação de um cômodo surrealista, uma
composição que permite que o espectador entre na obra de arte, literalmente.
Morreu em Figueres, sua cidade natal, em 1989.

René Magritte (1898-1967)

René Magritte e sua esposa, Georgette, no dia do casamento. [1]


De origem belga, foi desenhista, ilustrador e pintor. Recebeu influências do
Impressionismo, do Cubismo e do Futurismo, mas suas produções mais célebres
são datadas a partir de 1927, quando conhece a nova vanguarda proposta por
Breton.

É considerado um dos principais artistas surrealistas, apesar de suas obras só


terem se tornado conhecidas na década de 1960, tornando-se parte da cultura
popular nas décadas que se seguiram. Magritte faleceu em Paris, em 1967.

Murilo Mendes (1901-1975)

Embora outros expoentes do Modernismo brasileiro tenham recebido influência do


Surrealismo, é na obra de Murilo Mendes que essas características encontram
maior expressão. Natural de Juiz de Fora (MG), Mendes foi poeta, prosador e crítico
de arte. Foi também professor de cultura brasileira na Universidade de Roma.
Teve contato com o Surrealismo a partir de Ismael Nery, pintor brasileiro que
conheceu a vanguarda em uma de suas viagens a Paris na década de 1920. Sua
poesia passou por diversas fases, entre as quais houve um período nitidamente
surrealista. Faleceu em Lisboa, em 1975.

Surrealismo na literatura

Os escritores surrealistas rejeitaram quaisquer resquícios de estilos tradicionais,


seja no romance, seja na poesia. A empreitada estética do movimento
impulsionou-os a libertar a linguagem de sua função utilitária, dando à palavra a
maior liberdade possível, como se tivesse vida própria. Os vocábulos são libertos do
aprisionamento do significado.

Os textos surrealistas são resultado de um impulso de criação puro e simples, como


se o autor tivesse escrito aquilo que lhe viesse à mente, sem nenhuma preocupação
com conexões lógicas ou com o sentido racional das composições. O que está em
jogo é uma literatura livre, mas engajada com os problemas sociopolíticos de seu
tempo — pois a liberdade revolucionária do ato de criação deve inspirar a revolução
do estado de coisas no mundo.

Fazendo uso das técnicas de colagem, de escrita automática e da análise ou


descrição dos sonhos e derrubando as fronteiras entre o sono e a vigília, entre o
visível e o invisível, os autores desobrigam a leitura racional do texto literário. Fluxos
de pensamento misturados a imagens oníricas e notícias de jornal rompem com o
tempo linear, destroem padrões racionais e conduzem à investigação de outros
atributos humanos que possibilitem uma nova forma de existência, desacorrentada
e contestadora.

O surrealismo no cinema

Revolucionando não só a linguagem literária e das artes visuais, o surrealismo no


cinema deu vazão a novas técnicas e abordagens que o libertaram da narrativa
tradicional, transformando o meio em algo que poderia ser explorado de diversas
formas, revelando – às vezes até replicando – o impacto dos nossos sonhos. Os
filmes surrealistas muitas vezes nos deixam com imagens chocantes que se alojam
em nossa psique e nos distanciam de histórias facilmente legíveis, na mesma
medida que se mostram convincentes em suas profundas expressões do desejo. A
tela de cinema se torna um portal através do qual o espectador pode viajar para
onde as construções comuns de realidade não podem chegar, como a busca de um
poeta através de um espelho (Sangue de um poeta, Jean Cocteau, 1932).
sonho e do fantástico, a partir de certos temas e imagens que são sempre tratados
pelos surrealistas de maneiras distintas, como, por exemplo, o corpo, suas
mutilações e metamorfoses; as civilizações primitivas; e o mundo da máquina.

música

A música surrealista é caracterizada por uma combinação paradoxal de várias


formas e estilos musicais, bem como pelo uso de alusões sonoras inesperadas.
Música surrealista inicial
Na década de 1920, vários compositores foram influenciados pelo surrealismo ou
por indivíduos do movimento surrealista. Os dois compositores mais associados
com o surrealismo durante este período foram Erik Satie (LeBaron 2002, 30), que
escreveu a partitura para o Ballet Parade, fazendo com que Guillaume Apollinaire
cunhasse o termo surrealismo (Calkins 2010, 13) e George Antheil que escreveu “O
movimento surrealista foi, desde o começo, meu amigo. Em um de seus manifestos
havia sido declarado que toda a música era insuportável – exceto, possivelmente,
minha – uma bela e apreciada condescendência” (LeBaron 2002, 30-31 ).

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