Estudo do meio – 4º ano
Resumo 1º Teste
Funções vitais do organismo:
・Diges4va
・Respiratória
・Circulatória
・Reprodutora
・Excretora
As funções vitais iden4ficados anteriormente são realizadas pelos sistemas:
Diges'vo:
✔É cons4tuído pelo tubo diges'vo (canal cons4tuído por diversos órgãos por onde passam
os alimentos: boca, faringe, esófago, estômago, intes4no delgado, intes4no grosso, reto e
ânus) e pelas glândulas anexas (órgãos que produzem sucos que ajudam na digestão:
glândulas salivares, pâncreas e Lgado que produzem saliva, suco pancreá4co e bílis,
respe4vamente).
✔Realizam a digestão (conjunto de transformações que os alimentos sofrem no interior do
nosso corpo, transformando-os em substâncias mais simples, os nutrientes, que são
absorvidos pelo sangue e levados a todas as partes do corpo)
✔Par4cipam na excreção (fezes – eliminação dos elementos não aproveitados).
Como funciona o sistema diges4vo?
1. Na boca, os dentes cortam e mas4gam os alimentos, e a língua mistura-os com a saliva,
formando o bolo alimentar.
os alimentos são cortados (pelos dentes incisivos), rasgados (pelos dentes
caninos) e triturados (pelos dentes molares).
2. Este é engolido e passa pela faringe em direção ao esófago, um órgão tubular que vai
até ao estômago.
3. No interior do estômago está o suco gástrico, que é misturado com o bolo alimentar,
formando o conteúdo gástrico ou estomacal (quimo).
4. O conteúdo gástrico ou estomacal passa para o intes'no delgado, onde se mistura
com sucos provenientes do próprio intes4no (suco intes4nal), do Lgado (bílis) e do
pâncreas (suco pancreá4co), transformando-se em conteúdo intes'nal (quilo).
5. Depois, ao longo dos cerca de 6 metros do intes'no delgado,
a. os nutrientes são absorvidos pelo organismo e passam para o sangue, que
depois os transporta para todas as partes do corpo.
6. As substâncias que não são aproveitadas passam para o intes'no grosso, onde se
formam as fezes, que são armazenadas no reto e depois expulsas do corpo através do
ânus.
Respiratório
✔É cons4tuído pelas vias respiratórias (estabelecem contacto entre o ar exterior e os
pulmões: nariz, fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos que ainda se
dividem em alvéolos pulmonares) e pelos pulmões (dois órgãos esponjosos, moles e elás4cos)
✔Realizam a respiração (re4rar do ar que existe na atmosfera o oxigénio de que precisamos
através da inspiração e libertar o dióxido de carbono através da expiração)
Como funciona o sistema respiratório?
Os movimentos respiratórios (permitem a entrada e saída do ar) são:
INSPIRAÇÃO – Movimento que permite a entrada de oxigénio para o interior dos pulmões
EXPIRAÇÃO – Movimento que permite a saída de dióxido de carbono e de vapor de água para
o exterior.
1. A inspiração começa nas fossas nasais, quando inspiramos o ar, que é filtrado,
humedecido e aquecido.
2. O ar passa de seguida pela faringe, pela laringe, pela traqueia e pelos brônquios, que
se ramificam em bronquíolos, e é nas suas extremidades (alvéolos pulmonares) que
ocorrem as trocas gasosas quando o ar chega aos pulmões.
3. Nos pulmões, o sangue recebe oxigénio e liberta dióxido de carbono e vapor de água.
4. Na expiração, o dióxido de carbono e o vapor de água são expelidos pelo nariz e pela
boca.
Circulatório
• coração (órgão musculoso com cavidades e válvulas que bombeia o sangue promovendo a
sua circulação pelos vasos sanguíneos de todo o corpo)
• vasos sanguíneos: veias, artérias, capilares (órgãos em forma de tubos que se ramificam por
todo o organismo e que transportam o sangue)
✔Realizam a circulação sanguínea (percurso que faz o sangue ao circular por todo o corpo).
O sistema circulatório é responsável por levar o sangue a todo o corpo, transportando o
oxigénio, os nutrientes e outras substâncias que o organismo produz.
Não te esqueças:
A pequena circulação transporta sangue (rico em dióxido de carbono) através das artérias
pulmonares até aos pulmões e destes, novamente, para o coração pelas veias pulmonares (já
rico em oxigénio).
A grande circulação transporta sangue (rico em oxigénio e nutrientes) do coração, através da
artéria aorta, para todo o corpo, regressando depois novamente ao coração (já rico em dióxido
de carbono) através das veias cavas.
Reprodutor
✔Masculino: próstata, uretra, tes`culos (onde se produzem os espermatozoides, as células
reprodutoras masculinas), pénis.
✔Feminino: útero, ovários (onde se produzem os oócitos, as células reprodutoras feminina),
vagina, vulva.
✔Permitem a reprodução humana (nascimento de novos seres a par4r de outros da mesma
espécie, um ser do sexo masculino e outro do sexo feminino, dando con4nuidade à espécie).
Como acontece a reprodução?
1. Espermatozoide a fecundar o oócito (junção das duas células reprodutoras)
2. Desenvolvimento do bebé no ventre materno (9 meses)
3. Nascimento
A formação de um novo bebé resulta da união de um espermatozoide com um oócito, através
da fecundação. Este desenvolve-se no útero da mãe, ao longo dos 9 meses de gestação ou
aproximadamente 40 semanas, até nascer.
Excretor
Realizam a excreção de resíduos líquidos: urina e suor (impurezas do nosso organismo,
substâncias que as células produzem na sua a4vidade e que não se podem acumular no
corpo).
✔sistema urinário: rins (órgãos responsáveis por filtrar sangue. As substâncias necessárias ao
organismo regressam ao sangue e as restantes são dissolvidas na água, formando a urina),
ureteres, bexiga, uretra (canais por onde circula a urina)
O sistema urinário é responsável por filtrar as impurezas do nosso sangue e eliminá-las através
da urina. É cons4tuído pelos rins, os ureteres, a bexiga e a uretra.
Como funciona o sistema urinário?
1. As impurezas transportadas pelo sangue são filtradas nos rins, e forma-se a urina.
2. A urina passa pelos ureteres e é armazenada na bexiga. Quando a bexiga está cheia, a
urina é expulsa através da uretra.
✔pele
Também a pele tem uma função excretora. Através das glândulas sudoríparas, a pele produz
o suor (que contém impurezas) e liberta-o pelos poros (pequenos oriLcios à superLcie da pele)
quando transpiramos.
§ A pele é o maior órgão do corpo humano (reveste a superLcie do nosso corpo).
§ Funções da pele:
o reves4mento e proteção do esqueleto, dos músculos e dos órgãos internos
o proteção (contra ameaças externas: microrganismos, sujidade, luz, sol, frio, ...)
o excreção do suor através dos poros
o regulação da temperatura do corpo
o captação de sensações através do tato
Cuidados com o corpo:
• Arejar a casa para renovar o ar.
• Pra4car exercício Lsico, principalmente ao ar livre.
• Não beber bebidas alcoólicas nem fumar.
• Ter cuidados diários de higiene pessoal (ex.: lavar as mãos antes das refeições).
• Fazer uma alimentação saudável, evitando o consumo excessivo de sal.
• Beber bastante água ao longo do dia.
• Controlar o peso e a pressão arterial.
• Descansar e dormir adequadamente.
• Ter uma vida tranquila, evitando o stress.
• Trocar de roupa interior todos os dias. Usar roupa confortável e folgada.
• Evitar reter urina na bexiga durante muito tempo.
• U4lizar protetor solar.
• Ir ao médico/a com regularidade (pediatra, den4sta...).
Mecanismos de defesa do organismo: possui barreiras naturais que o defendem de ameaças
causadoras de infeções ou de reações alérgicas
® Pele (órgão que reveste o corpo, uma barreira de proteção e prevenção de doenças)
® Pêlos nasais (impedem a entrada de poeiras e microrganismos)
® Lágrimas (limpam e impedem que os olhos sequem, protegendo-os contra impurezas e
infeções)
® Saliva (humedece a boca e destrói microrganismos, atacando-os)
® Cera (substância protetora e que dificulta a entrada de microrganismos)
® Outros mecanismos: glóbulos brancos, an4corpos
A puberdade é o conjunto de transformações Lsicas e emocionais que correspondem à
passagem da infância para a adolescência.
Mudanças na adolescência (10 – 16 anos):
Nas raparigas: Em ambos: Nos rapazes:
® Aumento dos seios (mais ® Pelos ® Barba: aparecimento de pelos no rosto.
desenvolvidos). ® Acne ® A voz torna se mais grave/grossa (a
® Aparecimento da primeira ® Odores laringe aumenta).
menstruação. ® Alargamento dos ombros
® Alargamento das ancas ® Maior estatura
Mudanças comportamentais
® Vontade de explorar coisas novas.
® Relacionam-se mais uns com os outros e inserem-se em grupos com interesses comuns.
® Tornam-se mais impulsivos.
Para visualizarmos melhor a localização de acontecimento históricos u4lizamos o friso
cronológico: uma linha do tempo dividida em espaços iguais (barra com datas sequenciais),
correspondentes a uma unidade de tempo (ano, década, século...) que permite a localização
de acontecimentos históricos no tempo.
No mundo ocidental, os séculos contam-se a par4r do ano de nascimento de Cristo (tornou-
se uma referência). Por isso, à indicação dos séculos acrescenta-se a sigla a. C. (antes de Cristo)
ou d. C. (depois de Cristo). Nas datas posteriores nem sempre é colocada.
A Península Ibérica é a região onde se situam atualmente Portugal Con4nental e Espanha.
Primeiros povos na Península Ibérica: vinham à procura de alimento e recursos naturais
Comunidades recolectoras – Viviam da caça e da pesca
• Viviam do que conseguiam caçar, pescar e colher da Natureza.
• Quando os recursos escasseavam, mudavam-se para uma nova zona, em busca de
água e alimentos, por isso eram nómadas.
• Normalmente, viviam em grutas e cavernas e cobriam o corpo com peles de animais.
• Usavam instrumentos rudimentares e pintavam ou gravavam nas paredes das grutas e
nas rochas (pinturas rupestres).
Houve uma alteração do clima (ficou mais quente se seco) e as condições de vida melhoraram.
Comunidades agropastoris – Viviam da agricultura e da pastorícia.
• Começaram a fixar-se em determinados locais (formação das primeiras aldeias),
tornando-se sedentários
• Domes4cavam animais, pra4cavam a agricultura e a pastorícia
• Trabalhavam na cerâmica, tecelagem e cestaria.
• Construíram antas (ou dólmenes) e menires em honra das pessoas que morriam.
• Começaram a trabalhar o cobre, o bronze e o ferro para criarem instrumentos.
No século IV a.C. fixaram-se na Península Ibérica povos de outras regiões:
• Iberos (vindos do norte de África) (já conhecia a escrita, dedicavam-se ao cul4vo da terra,
trabalhava o bronze e criava animais)
• Celtas (vindos da Europa Central) – construíram povoados for4ficados no cimo dos
montes: os castros ou citânias (casas redondas com telhados de colmo) e dominavam o
fabrico de joias.
Da união dos Celtas e dos Iberos surgiram os Cel'beros que estavam divididos em várias
tribos, entre elas os Lusitanos, que se distribuiu pela região oeste da Península Ibérica.
A par4r do século VIII a.C. temos de contar com os povos vindos do mar Mediterrâneo para
fazerem comércio:
• Fenícios (trouxeram o alfabeto)
• Gregos (trouxeram o uso da moeda em trocas comerciais)
• Cartagineses (ensinaram a conservação de alimentos em sal)
Povos invasores
Romanos: chegaram à Península Ibérica nos finais do séc. III a. C e conquistaram-na, alargando
assim o seu vasto império. A sua entrada foi dificultada pelos Lusitanos que 4nham como
chefe Viriato, que resis4u ao exército romano, até ser morto à traição. Após a conquista da
Península Ibérica viveu-se um período de paz que durou 400 anos.
A presença dos romanos mudou o modo de vida dos povos da Península Ibérica:
• desenvolveu-se a agricultura, o comércio, a cultura e a indústria;
• u4lizou-se a numeração romana;
• u4lizou-se o la4m como língua oficial do império que, mais tarde, deu origem ao
português;
• foram construídas estradas, aquedutos, templos e pontes.
A todo este processo de desenvolvimento (adaptação aos costumes romanos) dá-se o
nome de Romanização.
No séc. IV d.C. os povos bárbaros (assim chamados pelos romanos porque falavam uma língua
diferente da dos Romanos) como Alanos, Vândalos, Suevos e Visigodos invadiram o território.
Após várias lutas, os Visigodos dominaram todas a Península Ibérica e adotaram a cultura
romana; converteram-se à religião cristã e adotaram o la4m como língua.
Muçulmanos: provenientes do Norte de África, em 711, no séc. VIII d.C., invadiram a Península
Ibérica, e passou a dominá-la com exceção da região das Astúrias no Norte onde se refugiaram
os cristãos Visigodos. Tinham como obje4vo expandir o Islamismo.
Os Muçulmanos permaneceram na Península Ibérica mais de 500 anos, deixando
alguns ves`gios, principalmente no Sul do país:
• vocábulos: Algarve, algarismo, algodão, álgebra, ...
• culturas agrícolas: arroz, citrinos, alfarrobeira, amendoeira, oliveira, laranjeira, ...
• edificação: casas com terraços, mesquitas, palácios, bibliotecas,
• es'los arquitetónicos e decora'vos: tetos com arcos e abóbodas, ediLcios
brancos, terraços, pá4os interiores, azulejos, ...
• numeração em algarismos: 0, 1, 2, ...
• técnicas de regadio: azenha, nora, açude, chafariz, picota, ...
Contribuíram com novos conhecimentos em áreas como a medicina, a matemá4ca
(algarismos, a astronomia com a u4lização de instrumentos de navegação (bússola e
astrolábio) e introduziram a u4lização do papel e da pólvora.
Mas os Cristãos não desis4ram de reconquistar os seus territórios.
Reconquista Cristã: movimento iniciado nas Astúrias, pelos Visigodos cristãos que se
organizaram, para reconquistar território aos Muçulmanos. No século XI, começaram a
formar-se reinos cristãos:
• Leão
o Condado Portucalense: D. Henrique + D. Teresa
o Condado da Galiza: D. Raimundo + D. Urraca
• Castela
• Navarra
• Aragão
Para ajudar os cristãos na reconquista das terras aos Muçulmanos, vieram de outros
reinos da Europa os Cruzados (cavaleiros que usavam a Cruz de Cristo ao peito, lutando pela
difusão da fé). Um dos cavaleiros que se destacou foi D. Henrique.
D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, para recompensar D. Henrique de Borgonha deu-lhe
o `tulo de conde e o governo do Condado Portucalense (um grande território localizado entre
os rios Minho e Mondego) e a mão da sua filha mais nova, D. Teresa, em casamento. D.
Henrique, como ambicioso que era, lutou pela defesa e pelo alargamento do território,
confrontando os Muçulmanos. Mas sempre sonhando com a independência do seu condado
face ao reino de Leão.
Após a morte de D. Henrique (sem a4ngir o obje4vo desejado), a sua mulher ficou a
governar, uma vez que o único filho do casal era ainda muito novo, mas opondo-se aos
interesses dos portucalenses aliando-se a nobres galegos que 4nham muita influência sobre
ela.
Em 1128, o seu filho D. Afonso Henriques, com 14 anos, revoltou-se, e, com a ajuda dos
nobres portucalenses, lutou contra a sua mãe pelo governo do condado na Batalha de São
Mamede, vencendo e passando a governar ele o Condado Portucalense. Tinha como obje4vos
a total independência do condado face ao rei de Leão e Castela D. Afonso VII, seu primo, e o
alargamento de território para sul, lutando contra os muçulmanos.
Em 1139, lutou contra os Mouros vencendo-os na Batalha de Ourique e autoproclamou-
se rei (no contexto dos contratos feudo-vassálicos, proclamar-se rei era considerado um ato
de desobediência), originando conflitos polí4co-militares com o reino de Leão e Castela.
1ª Dinas'a ou dinas&a Afonsina (ou de Borgonha)
1143 – Tratado de Zamora – independência do condado Portucalense – D. Afonso Henriques
– primeiro rei de Portugal. Alargamento, povoamento e desenvolvimento do território
Em 1143, através da assinatura do Tratado de Zamora é dada a independência ao
Condado Portucalense e D. Afonso Henriques é reconhecido como rei. Nasceu assim o reino
de Portugal e passou a ser uma monarquia. O rei era responsável pela governação do país.
Quando morria, sucedia-lhe no trono o filho mais velho ou outro familiar.
Mas só em 1179, o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como Reino e Afonso
Henriques como rei de Portugal (através da Bula Manifes&s Probatum).
Depois da independência, o principal obje4vo do rei passou a ser o alargamento do
território e a conquista das terras aos Mouros. O século XII foi marcadamente um século de
guerras. No século seguinte o espaço considerado português configurou-se defini4vamente,
reforçando a sua autonomia polí4ca. Só no ano de 1249, é que D. Afonso III conquistou
defini4vamente o Algarve.
1249 – D. Afonso III conquista o Algarve aos Muçulmanos e passa a in4tular-se “Rei de
Portugal e dos Algarves”
À medida que iam conquistando terras, os reis doavam-nas para serem povoadas, cul4vadas
e defendidas. As cartas de foral estabeleciam os direitos e privilégios das povoações
(concelhos), permi4ndo assim o seu desenvolvimento.
1291 – Tratado de Alcanises que define as fronteiras/limites de Portugal (D. Dinis e D.
Fernando, rei de Leão e Castela) e cujos limites correspondem, pra4camente, aos de Portugal
Con4nental:
D. Dinis desenvolveu economicamente e culturalmente o país:
• Em 1290 criou a primeira universidade (Estudo Geral);
• Criou as feiras francas, onde os mercadores nada 4nham de pagar;
• Mandou semear pinhais como o pinhal de Leiria e criou leis que protegiam os
terenos cul4vados, tendo ficado conhecido por “O Lavrador”;
• Criou a Bolsa dos Mercadores, para apoiar os navegadores quando os barcos
naufragavam ou eram assaltados por piratas;
• O português foi reconhecido como língua oficial do reino.
Durante os reinados de D. Afonso IV e D. Pedro I (século XIV), Portugal viveu um período de
fome, guerras e epidemias (Peste Negra), que matou muitas pessoas. O reino começou a ficar
cada vez mais pobre.
1383 – 1386 – Crise de sucessão, com a morte de D. Fernando ficou a dirigir o reino D. Leonor
Teles, a sua viúva. Mas só 4nham uma filha, D. Beatriz que era casada com o rei de Castela e,
por isso, se fosse aclamada rainha, Portugal poderia perder a sua independência. A maioria
da nobreza e o clero apoiavam D. Beatriz como rainha, mas o povo e alguns nobres não a
aceitavam e queriam nomear D. João, Mestre de Avis (meio-irmão de D. Fernando e filho
ilegí4mo de D. Pedro) como rei. O rei de Castela mandou invadiu Portugal, para que D. Beatriz
fosse proclamada rainha.
2ª Dinas4a ou dinas&a de Avis (ou Joanina)
1385 – D. João, Mestre de Avis, é aclamado D. João I (após uma revolta onde se matou o conde
Andeiro, fidalgo galego da confiança de D. Leonor Teles), rei de Portugal nas Cortes de
Coimbra. O rei de Castela não gostou desta ideia e mandou invadir de novo Portugal e
travaram-se várias batalhas entre elas a principal – Batalha de Aljubarrota (comandada por
D. Nuno Álvares Pereira e onde se usou a técnica do quadrado). Para comemorar a vitória
nesta batalha foi construído o Mosteiro da Batalha.
Os alimentos e os bens essenciais estavam a escassear, depois da luta contra Castela. O povo
vivia em más condições, a nobreza ansiava por fama e riqueza e o clero pretendia con4nuar a
conquista cristã. Os portugueses decidiram-se aventurar-se pelo mar, procurando alargar os
seus territórios e a trazer riqueza para o reino. Início da expansão marí'ma pelo Infante D.
Henrique (conhecido como O Navegador), época que ficou conhecida pelos Descobrimentos:
1415 -– Conquista de Ceuta (estratégica para dominar as rotas comerciais no mar
Mediterrâneo pois era local de passagem das caravanas de ouro e especiarias vindas do
Oriente)
1434 -– Gil Eanes ultrapassou o Cabo Bojador, criando assim a possibilidade de se
descobrirem novas terras para sul. Passaram a ser u4lizadas a caravela (navegação com ventos
contrários) e a nau.
Foi no reinado de D. Afonso V que decorreu a maior parte das conquistas em África.
1488 – Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas / cabo da Boa Esperança.
1494 – assinado o Tratado de Tordesilhas (divisão do mundo em duas partes iguais
entre Portugal e Espanha)
1498 – Vasco da Gama chega à Índia (terra das especiarias e dos produtos luxuosos)
1500 – Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil
O reinado de D. Manuel I teve forte influência da prosperidade trazida pelas descobertas.
Foram chegando vários bens a Portugal, durante as descobertas marí4mas: da Índia chegaram
especiarias; de África ouro e escravos; do Brasil açúcar, pau-brasil (madeira) e animais
exó'cos e da China sedas e porcelanas.
Verificou-se um grande desenvolvimento da literatura, da ciência e das artes.
Após a morte de D. Manuel I, sucede-lhe o seu filho D. João III. Durante o seu reinado foi
publicada a obra “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões, que retratava os Descobrimentos,
assim como as obras de Gil Vicente.
A Torre de Belém e o Mosteiro de Jerónimos são monumentos construídos nos reinados de
D. Manuel I e de D. João III, em homenagem aos descobrimentos marí4mos.
No reinado de D. João III, Portugal abandonou alguns territórios no Norte de áfrica devido à
falta de meios.
1578 – D. Sebas'ão decidiu retomar as conquistas no Norte de África e preparou uma
expedição, onde morre na batalha de Alcácer Quibir – fim da segunda dinas4a.
D. Sebas4ão morreu muito jovem, na luta pela conquista da cidade de Alcácer-Quibir. Como
não 4nha filhos, sucedeu-lhe o seu 4o-avô, o Cardeal D. Henrique, idoso e bastante doente.
Este governou apenas dois anos, acabando por morrer sem deixar filhos e sem deixar
herdeiros.
3ª Dinas4a ou dinas&a Filipina
Com a morte do Cardeal D. Henrique não havia herdeiros ao trono e instalou-se a confusão.
A nobreza, a burguesia e o alto clero apoiavam o rei de Espanha, mas o povo defendia a
escolha de um rei português como D. António, prior do Crato. D. Filipe II, rei de Espanha,
mandou invadir Portugal e D. António tentou defender o reino, mas foi derrotado e teve de
fugir para não ser preso. Portugal perdeu a independência e Filipe II de Espanha foi aclamado
rei de Portugal nas Cortes de Tomar, em 1581.
1581 a 1640 – Reis de Espanha D. Filipe I, D. Filipe I e D. Filipe III governam simultaneamente
Portugal e Espanha. Verificou-se uma união polí4ca entre Portugal e Espanha que durou 60
anos. Nos reinados de Filipe II e Filipe III os impostos aumentaram, os portugueses integraram
o exército espanhol e os territórios do império português, na Ásia, África e América,
começaram a ser ocupados por holandeses e ingleses.
4ª Dinas4a ou dinas&a Brigan&na ou de Bragança
1640 – Restauração da Independência de Portugal (alguns nobres, descontentes com a
situação, revoltaram-se a 1 de Dezembro) – D. João IV sobe ao trono, mas as lutas com
Espanha duraram quase 28 anos.
Em 1668, D. Afonso VI conseguiu assinar um tratado de paz entre Portugal e Espanha, tendo
por isso ficado conhecido como o Vitorioso. Contudo o esforço militar e financeiro 4nha sido
grande e Portugal perdeu alguns dos territórios noutros con4nentes.
Sucedeu-lhe D. Pedro II, que conseguiu finalmente a independia e fez com que Portugal
alargasse o seu território no Brasil, de onde chegava ouro, diamantes, açúcar e tabaco, o que
melhorou a economia portuguesa.
No reinado de D. João V, séc. XVIII, o ouro do Brasil permite a construção de vários
monumentos (como, por exemplo, o Convento de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres, em
Lisboa) e es4mulou a cultura literária, ar`s4ca e cien`fica.
1755 – Terramoto de Lisboa. Reconstrução da cidade a cargo do Marquês de Pombal, ministro
do rei D. José I (baixa pombalina – ruas largas, perpendiculares; passeios calcetados; criação
de sistemas de esgotos; ediLcios da mesma altura e estruturas an4ssísmicas nos ediLcios e
sistema de corta-fogos). Para além disso: recuperou a economia; modernizou o ensino; criou
escolas primárias; aboliu a escravatura.
1807 – 1810 – Invasões francesas
A D. José I, sucedeu D. Maria I. No seu reinado, o imperador francês Napoleão Bonaparte
invadiu Portugal três vezes. Durante as invasões, D. Maria e os seus filhos fugiram para o Brasil
e pediram ajuda aos ingleses. Os franceses foram derrotados, mas Portugal ficou destruído e
a população descontente por estar sob o controlo dos ingleses.
Até esta data, Portugal era governado por um regime absolu'sta (o rei 4nha todos os
poderes). Mas havia quem defendesse que se devia optar por um regime liberal (liberdade,
igualdade e fraternidade; os poderes estavam distribuídos e não eram só do rei)
1820 – Revolução Liberal: re4rou os poderes absolutos aos reis assim como o fim do domínio
inglês, sendo publicada a 1ª Cons4tuição (1822), na qual estão decididos os direitos e deveres
dos cidadãos, assim como a organização polí4ca de um país. D. João VI passou a governar
Portugal.
D. João VI seguia um regime liberal, o qual não agradou a todas as pessoas. Deu-se uma guerra
civil (1832 – 1834) – entre cidadãos do mesmo país – o que levou ao triunfo defini4vo da
Monarquia Cons4tucional em Portugal (vitória das forças liberais).
Mais tarde, passou a governar D. Maria II, que modernizou o país com:
• O desenvolvimento da agricultura e da indústria, com o aparecimento da máquina a vapor;
• A construção de estradas e caminhos-de-ferro;
• O aparecimento dos primeiros automóveis;
• A circulação de jornais diários.
• Mandou construir o Teatro Nacional.
• Criou escolas para a preparação de professores.
No final do séc. XIX, durante o reinado de D. Carlos, eram cada vez mais as pessoas que
queriam uma mudança de regime. Pertenciam ao Par4do Republicano e queriam
implementar a república – forma de governo em que o chefe de estado é escolhido pelo povo
em eleições livres e por um período de tempo limitado.
1908 – Regicídio de D. Carlos: D. Carlos e o seu filho foram assassinados e sucedeu-lhe o filho
mais novo, D. Manuel II. Devido à instabilidade social e polí4ca e pelo crescente número de
pessoas que apoiavam os republicanos, deu-se uma revolta.
A República
5 de outubro de 1910 – Implantação da República – 1911 – eleição da Assembleia Cons4tuinte
e publicação da 1ª Cons4tuição Republicana – Manuel de Arriaga (1° presidente de Portugal)
Durante a primeira República, criaram-se escolas e deram-se direitos aos trabalhadores como
o direito à greve e um dia de descanso semanal.
Mas, entre 1914 e 1918 deu-se a 1.ª guerra mundial, na qual Portugal também par4cipou.
Esta guerra agravou a situação económica e social do país: morreram vários soldados, os
preços aumentaram, os alimentos escassearam.
No dia 28 de maio de 1926, o general Gomes da Costa, chefiou um golpe de estado militar
que implantou em Portugal uma ditadura – uma forma de governo que não respeita a
liberdade e os direitos dos cidadãos e que recorre à força para impor as suas decisões. Acabou
com os par4dos polí4cos, as greves e a liberdade de expressão.
O general Carmona assumiu a presidência e, em 1932, nomeou António de Oliveira Salazar,
Chefe de Governo (antes havia sido Ministro das Finanças).
1933 - Salazar ins4tui o Estado Novo, um regime polí4co autoritário e repressivo, com as
principais caracterís4cas:
• Construção de grandes obras públicas (pontes, barragens, escolas, hospitais, ...) ®
desenvolvimento económico do país;
• Más condições de vida, especialmente nas aldeias ® emigração;
• Recusa da independência das colónias em África ® Guerra colonial (1961 – 1974);
• Restrição das liberdades, expressão/censura, polícia polí4ca (PIDE), eleições não livres.
Em 1968, Salazar foi subs4tuído por Marcelo Caetano. Esperava-se uma mudança, mas tal não
aconteceu nem resolveu os problemas fundamentais do país como o fim da Guerra Colonial
em África.
25 de abril de 1974 – Revolução dos Cravos põe fim à ditadura. As tropas foram chefiadas
pelo capitão Salgueiro Maia, pertencente ao Movimento das Forças Armadas (MFA). Marcelo
Caetano rendeu-se ao general António de Spínola que veio, mais tarde, a ser Presidente da
República. – É implementada a democracia. Com a democracia veio o fim da censura e a
libertação dos presos polí4cos e as pessoas passaram a ter o direito de escolher os seus
governantes
Mudanças que se deram após a revolução:
• Instauração de uma democracia com eleições livres;
• Liberdade de imprensa, de expressão e associação;
• Fim das perseguições polí4cas e da polícia polí4ca;
• Criação do Serviço Nacional de Saúde;
• Generalização no acesso à educação e ao ensino superior;
• Igualdade das leis de trabalho para homens e mulheres;
• Salário mínimo nacional e pensões sociais;
• Direito a 22 dias de férias e licenças.
Em 1976 realizaram-se as primeiras eleições presidenciais tendo sido eleito para presidente
da República o general Ramalho Eanes. Foi também aprovada uma nova Cons&tuição que
consagra os direitos e liberdades dos cidadãos e estabelece a forma de organização do poder
central e do poder local.
As ligações de Portugal ao mundo melhoraram e o país integra, desde 1986, uma comunidade
económica, polí4ca e social – a União Europeia – e outros organismos internacionais.
Feriados e os símbolos nacionais
Nos feriados festejam-se factos de carácter religioso ou histórico que foram importantes para
a história nacional.
Feriados nacionais de carácter histórico:
• 25 de abril – Dia da Liberdade;
• 1 de maio – Dia do Trabalhador;
• 10 de junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas;
• 5 de outubro – Dia da Implantação da República;
• 1 de dezembro – Dia da Restauração da Independência.
Existem ainda os feriados municipais que comemoram factos importantes para as localidades
como o dia da criação do concelho.
Os símbolos nacionais são:
• a bandeira nacional;
• o hino nacional, “A Portuguesa”.
Simbologia da bandeira nacional:
• cor verde (2/5) – significa esperança e representa a mudança de vida no país;
• cor vermelha (3/4) – cor da conquista, representa o sangue derramado nas batalhas pela
conquista do território;
• escudo com 5 quinas – representa a bravura dos que lutaram pela independência de
Portugal com as 5 chagas de Cristo;
• esfera armilar – representa o mundo que os navegadores portugueses descobriram;
• sete castelos – simbolizam a independência de Portugal.
Os nossos antepassados deixaram ves`gios que nos permitem reconstruir a forma como
viviam, como se alimentavam, como se ves4am, a que se dedicavam e quais os seus costumes
e tradições.
Para encontrarmos esses ves`gios precisamos de recorrer a fontes históricas. As fontes
históricas podem ser:
• orais – transmissão oral da informação conservada na memória através de entrevistas;
• materiais – utensílios, moedas, monumentos, etc.;
• documentais/escritas – consulta dos arquivos ou outros documentos como livros,
forais, jornais, mapas, entre outos;
• iconográficas – pinturas, fotografias e filmes.