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Compreensão de Texto Simples

O documento aborda a importância da compreensão e interpretação de textos, destacando as diferenças entre textos dissertativos-argumentativos, expositivos, descritivos, injuntivos e narrativos. Também discute a intertextualidade, coesão e coerência, apresentando dicas práticas para a análise textual e os princípios que garantem a clareza e a lógica na escrita. Além disso, menciona a classificação dos gêneros textuais e a evolução da linguagem ao longo do tempo.

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Compreensão de Texto Simples

O documento aborda a importância da compreensão e interpretação de textos, destacando as diferenças entre textos dissertativos-argumentativos, expositivos, descritivos, injuntivos e narrativos. Também discute a intertextualidade, coesão e coerência, apresentando dicas práticas para a análise textual e os princípios que garantem a clareza e a lógica na escrita. Além disso, menciona a classificação dos gêneros textuais e a evolução da linguagem ao longo do tempo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO TEXTUAL Tem o objetivo de defender determi-


nado ponto de vista, persuadindo o
TEXTO DISSERTATIVO- leitor a partir do uso de argumentos
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- -ARGUMENTATIVO sólidos. Sua estrutura comum é: in-
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é trodução > desenvolvimento > con-
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o clusão.
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido
completo. Procura expor ideias, sem a neces-
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e sidade de defender algum ponto de
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- vista. Para isso, usa-se comparações,
TEXTO EXPOSITIVO
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua informações, definições, conceitua-
interpretação. lizações etc. A estrutura segue a do
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do texto dissertativo-argumentativo.
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que Expõe acontecimentos, lugares, pes-
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- soas, de modo que sua finalidade é
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- TEXTO DESCRITIVO descrever, ou seja, caracterizar algo
tório do leitor. ou alguém. Com isso, é um texto rico
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, em adjetivos e em verbos de ligação.
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi-
Oferece instruções, com o objetivo
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido
de orientar o leitor. Sua maior carac-
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar TEXTO INJUNTIVO
terística são os verbos no modo im-
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens.
perativo.
Dicas práticas
Gêneros textuais
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con-
A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa-
cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível,
da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca
podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe-
padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
cidas.
sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon-
Alguns exemplos de gêneros textuais:
te de referências e datas.
• Artigo
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de
• Bilhete
opiniões.
• Bula
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques-
• Carta
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin-
• Conto
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de
• Crônica
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do
• E-mail
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto
• Lista
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor
• Manual
quando afirma que...
• Notícia
• Poema
Tipologia Textual
• Propaganda
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali-
• Receita culinária
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele
• Resenha
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas
• Seminário
classificações.
Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em
Tipos textuais
determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-
to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária,
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se
por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão
dade e à função social de cada texto analisado.
específico para se fazer a enunciação.
Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas características:
Intertextualidade
A intertextualidade pode ser entendida como a influência de
Apresenta um enredo, com ações um texto sobre outro, bem como suas referências, sejam elas ex-
e relações entre personagens, que plícitas ou implícitas. Os textos lidos previamente são chamados
ocorre em determinados espaço e texto-fonte.
TEXTO NARRATIVO tempo. É contado por um narrador, Pode-se dizer que todo texto é, em maior ou menor grau, um
e se estrutura da seguinte maneira: intertexto, já que os textos acessados ao longo da vida interferem
apresentação > desenvolvimento > de alguma maneira naquilo que pensamos e escrevemos, tanto a
clímax > desfecho nível de conteúdo quanto a nível de forma.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A intertextualidade é considerada explícita quando é clara e facilmente identificada pelo leitor, estabelecendo uma relação direta com
o texto-fonte. Por outro lado, a intertextualidade implícita exige conhecimento prévio do leitor, que desempenha um papel de análise e
dedução.
Com isso, temos que a intertextualidade é um certo diálogo entre os textos, podendo ocorrer em diversas linguagens (visual, escrita,
auditiva), sendo bastante expressa nas artes, em programas midiáticos e na publicidade.
Sendo assim, veja os principais tipos de intertextualidade e suas características:
• Paródia: modifica o texto-fonte, normalmente em forma de crítica ou sátira, muitas vezes acompanhada de ironia e de algum ele-
mento de humor.
• Paráfrase: modifica o texto-fonte de modo que a ideia seja mantida, fazendo, assim, o uso recorrente de sinônimos.
• Epígrafe: repetição de uma frase ou parágrafo que se relacione com o que é apresentado no texto a seguir, encontrado com frequ-
ência em obras literárias e acadêmicas.
• Citação: acréscimo de trechos literais ao longo de uma produção textual, geralmente aparecendo demarcada graficamente ou por
meio de gestos, em se tratando da linguagem oral. Ela deve ser devidamente referenciada, vindo a ser um ótimo exemplo de intertextu-
alidade explícita.
• Alusão: referência a elementos presentes em outros textos, de modo indireto, ou por meio de simbologias.
• Tradução: interpretações e transcrição do texto-fonte em outra língua.
• Bricolagem: montagem de um texto a partir de fragmentos de diversos outros textos, bastante encontrado nas artes.
• Pastiche: mistura de vários estilos em uma só obra, sendo uma intertextualidade direta a partir da imitação do estilo demonstrado
por outros autores. Diferente da paródia, não tem a intenção de criticar.
• Crossover: aparição de personagens do texto-fonte, ou encontro de personagens pertencentes a um mesmo universo fictício.

Coesão e Coerência
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.

Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida a
partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (antecipa um componente).
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos)
– anafórica João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização
REFERÊNCIA
advérbios) – catafórica africana.
Comparativa (uso de comparações por Mais um ano igual aos outros...
semelhanças)
Substituição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A menina está cansada de
SUBSTITUIÇÃO
repetição ficar em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco
ELIPSE Omissão de um termo
convidados. (omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo Eu queria ir ao cinema, mas estamos de
CONJUNÇÃO
relação entre elas quarentena.
Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes
A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a
COESÃO LEXICAL genéricos ou palavras que possuem sentido aproximado
cozinha têm janelas grandes.
e pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão
de ideias.

Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor;
e informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.

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