INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO E SAÚDE EMILIA NSANGU

(IMPSEN)

COORDENAÇÃO DE ANATOMIA

MANUAL DE APOIO DE ANATOMIA

CLASSE: 10ª /SAÚDE

LUANDA, 2024/2025
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE EMILIA NSANGU

(IMPSEN)

MANUAL DE APOIO DE ANATOMIA

Elaborado pela Coordenação de: Anatomia e Fisiologia Humana

Por professores:

Lic. Odete Pembele - Enfermeira

Lic. Kiavuwa Afonso - Cardiopneumologista

Lic. Estefánia Miguel– Enfermeira

Lic. Celma Ngunza- Fisioterapêutica

2024/2025
índice

1INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 5

1.2 Conceitos ................................................................................................................... 5

1.1.2 Termos anatómicos .........................................................................…….................6

2 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO OU NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO .............................12

3 O CORPO HUMANO SUA DIVISÃO E FUNÇÕES ........................................................................ 16

4 SISTEMA TEGUMENTAR………………………………………………………………………...…18

5 APARELHO LOCOMOTOR ..............................................................................................................21

6 MIOLOGIA (MÚSCULOS).................................................................................................................. 42

7 SISTEMA ARTICULAR (ARTROLOGIA) ...................................................................................... 69

8 SISTEMA CIRCULATÓRIO .............................................................................................................. 75

9 SISTEMA LINFÁTICO ...................................................................................................................... 95

10 SISTEMA RESPIRATÓRIO ............................................................................................................. 96

11 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 105

PARA NÓS O MAIS IMPORTANTE É A IMAGEM E A SUA LEGENDA LEGÍVEL…!

Desejamos boa leitura, atenção e compeensão.

= OS AUTORES =
Objectivo Geral:

Conhecer a descriçao das estruturas e funções dos diferentes órgãos e sistemas

que constituem o corpo humano.
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONCEITOS

Anatomia humana é a ciência que estuda a forma e a estrutura do organismo humano, bem
como as suas partes. O nome anatomia origina-se do grego ana, que significa “parte”, e
tomnei, que significa cortar, ou seja, é a parte da biologia que se preocupa com o isolamento
de estruturas e seu estudo.

Fisiologia: é a ciência que estuda a o funcionamento normal do corpo humano.

Objectivo geral: conhecer a descriçao das estruturas e funções dos diferntes órgães e sistemas
que constituem o corpo humano.

1.1.1 Métodos utilizados para o estudo da anatomia

 Descritivo (observação direita): Consiste na descrição da estrutura.

 A dissecação: que se baseia na execução de cortes que permitem uma melhor
visualização das estruturas do organismo. Essa prática é muito realizada nos cursos da
área da saúde.; faz-se nos cadáveres.
1.1.2 Ramos da Anatomia/ Divisao do Estudo da Anatomia

Actualmente a anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos

Anatomia macroscópica; Antomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.

 A anatomia macrocóspica: é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, enquanto

 A anatomia microscópica: é aquela relacionada com as estruturas corporais, invisíveis
a olho nu. Este grupo é dividido em citologia e histologia.
 A anatomia do desenvolvimento: estuda o desenvolmento do indivíduo a partir do ovo
fertilizado até a forma adulta , ela engloba a embriologia que é o estudo do
desenvolvimento até o nascimento.
A anatomia humana, anatomia vegetal e a anatomia comparada também são especializações
da anatomia.
1.1.2 Termos Anatomicos

São termos utilizados em anatomia para descrever a localização das diferentes estruturas que

5
constituem o corpo humano.

1.1.3 Tipos de termos anatómicos

Os tipos de termos anatómicos são: relação, comparação , movimento.

1.1.3.1 Termos de relação

São termos utilizados para orientar a posição do corpo quanto a sua relação.

Os tipos de termos anatómicos de relação são: Anterior ou ventral, posterior ou dorsal,

superior ou cranial, inferior ou caudal, mediano ,medial, lateral, intermédio e médio.

Anterior/ventral: Na direção de frente. Ex: O osso esterno e as cartilagens costais localiza-

se anteriormente em relação ao coração.

Posterior/dorsal: Na direção de trás. Ex: Os grandes vasos e a coluna verlebral localizam-se

posteriormente em relação ao coração.

Superior/ cranial: Na direção da parte superior do corpo

Inferior/ caudal: Na direção da parte inferior do corpo.

Ex: Os grandes vasos localizam-se superiormente em relação ao coração , o coração localiza-

se inferirmente em relação aos grandes vasos.

6
Mediano ao longo da linha sagital mediana

Ex. o esôfago é uma estrutura mediana.

Medial: Mais próximo do plano sagital mediano.

Lateral: Mais afastado do plano sagital mediano.

Ex: O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente enquanto que o ligamento
colateral tibial está localizado medialmente, ou seja, mais próximo a linha dagital mediana.

1.1.3.2 Termos de comparação

São termos usados em anatomia para estabelecer a comparaçcão das estruturas anatómicas.

Os tipos de termos de comparação são:

Proximal: próximo da raiz do membro, na direção do tronco.

Distal: afastado da raiz do membro.Longe do tronco ou do ponto de inseção.

7
Ex: O braço é considerado proximal quando comparado ao antebraço(distal) ,pois está
próximo da raiz de implantação do membro(cintura escapula).

Superficial: Significa mais perto da superfície do corpo.

Profundo:Significa mais afastado da superfície do corpo.

Ex: A pele é uma estrutura superficial comparada as artérias ou aos ossos que estão
localizados mais profudamente.

1.1.3.3 Termos de movimentos

Serve para estabelecer movimentos no corpo humano. Os tipos de termos de movimento são:

Flexão: Curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo.

Extensão: endereitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo.

Adução: movimento na direcção do plano mediano num plano coronal.

Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.

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Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.

Rotação lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano.

1.2 Planos Anatómicos

São linhas imaginárias que dividem o corpo humano na posição anatómica, a que chamamos
de planos anatómicos.

1. Plano Mediano: plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o
em metades direita e esquerda.

2. Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do corpo, paralelos ao plano
mediano.

3. Planos Frontais (Coronais): são planos verticais que passam através do corpo em ângulos
retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás).

4. Planos Transversos (Horizontais): são planos que passam através do corpo em ângulos
retos com os planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior.

1 - Plano mediano, 2 – Plano frontal ou coronal, 3 – Plano transversal. 4 – Plano sagital.

1.3 Eixos Anatómicos

Eixos são linhas imaginárias que atravessam os planos perpendicularmente. Os principais são:

a) Eixo látero-lateral ou transversal: É perpendicular ao sagital, estende-se de um lado ao

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outro do corpo, da esquerda para direita ou vice-versa.

b) Eixo Ântero posterior ou Sagital: Perpendicular ao plano Frontal. Unindo a região

anterior

(frontal) até a posterior (dorsal).

C) Eixo longitudinal: É vertical, unindo região superior (cranial) até a inferior (podálico)
Sem o entendimento de planos de secção, eixos anatômicos e de termos de posição e direção,
fica impossível o estudo de Anatomia.

Eixos anatómicos e posição anatómico

5 – eixos anatômico 6- Posição anatômica

10
1.4 Posição anatómica

A posição anatómica é uma posição de referência , que da significado aos termos direcionais
utilizados na descrição nas partes ou regiões do corpo.

1.4.1 Tipos de posições não anatómicas

Os tipos de posições não anatómicas são:

 Posição supina ou decúbito dorsal: o corpo está deitado com a face voltada para
cima.

 Posição prona ou decúbito ventral: o corpo está deitado com a face voltada para
baixo.

 Posição de decúbito lateral: é a posição em que o corpo está deitado de lado.

 Posição de litotomia: é a posição em que o corpo fica deitado com a face voltada para
cima, com flexão de 90º de quadril e joelho , expondo o períneo.

 Posição de trendelemburg: é a posição em que o corpo está deitado com a face

11
 voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo atingindo ângulo
de 40º.

2 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO OU NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA

MATÉRIA VIVA

Da menor até a maior dimensão dos componentes do corpo humano, existe seis níveis de
organisação: níveis químico, celular, tecidual, orgânico, sistémico e organísmico.

 Nível químico: inclui os átomos e moléculas;

 Moléculas: formam as organelas;

 Nível celular: a união das organelas formam as células. As células são unidedes
basícas, estruturais e funcionais do corpo humano.

 Nível orgánico: os órgãos são estruturas compostas com dois ou mais tipos de tecido
diferentes, eles tem funções específicas e usualmente, tem formas reconhecíveis.

 Nível sistêmico: um sistema consiste em órgãos relacionados que têm a mesma

função.

 Nível organísmico: é o maior nível organicional, o organismo é um indivíduo vivo.

A célula reproduz-se sob duas formas:

 Nível tecidual: os tecidos são grupos de células e dos materiais em torno dela, que
trabalham juntos para realizar uma determinada função.
O corpo humano está constituído por 4 (quando) tecidos:

 Tecido epitelial;
 Tecido conjuntivo;

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  Tecido muscular;
 Tecido nervoso.
a) Tecido epitelial

O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas
umas às outras. O tecido epitelial segundo as suas características e as suas funções pode ser:

a) Tecido epitelial de revestimento é aquele que reveste a superficie externa do corpo e as

cavidades naturais. Ex: a pele e as mucosas.

b) Tecido epitelial glandular

É aquele que constitui as glândulas, segundo as suas funções as glândulas podem ser:

 Glândulas Endócrinas ou de secreção interna cujo produto da secreção vai

directamente ao corrente sanguíneo;
 Glândulas exócrinas ou de secreção externa cujo produto de secreção não vai à
corrente sanguíneo. Exemplo: glândulas sudoriparas, glândulas salivares, glândulas
lacrimas e as glândulas sebáceas;
 Glândulas mistas são aquelas que tem uma secreção interna e uma secreção externa.
Ex: pâncreas.
Funções do tecido epitelial

 Protecção e revestimento (pele);

 Secreção (glândulas e mucosas);
 Excreção (glândula, pele e mucosas);
 Metabólica e absorsão (pele e mucosas);
C) Tecido conjuntivo

O tecido conjuntivo está distribuido em todo corpo e permite a união entre as diferentes
estruturas do corpo, existe uma variedade de tecido conjuntivo, nomeadamente:

 Tecido ósseo; é um tecido rígido, rico em sais minerais (cálcio) e colágeno o que
torna os ossos duros e resistentes;
 Tecido adiposo Composto de células adiposas que acumulam gordura (adipócitos),

13
 esse tipo de tecido tem como principal função o isolamento térmico do corpo, sendo
assim, o maior depósito de energia corporal;
 Tecido cartilaginoso: firme e flexível, sustenta, reveste articulações e auxilia no
crescimento de ossos longos;
 Tecido aponevrótico; une os músculos dos outro;
 Tecido sanguíneo o tecido sanguíneo: é um tecido líquido, composto de hemácias,
leucócitos, plaquetas e plasma;
 Tecido tendinoso, as sua fibras estão em forma de cordões, liga os musculos aos ossos;
d) Tecido muscular

O tecido muscular é formado por células alongadas e especializadas em contração através das
proteínas contráteis: miosina e actina, apresentam grande inervação e vascularização.

Tecido muscular classifica-se em:

 Muscular estriado esquelético é aquele que acompanha ao longo dos ossos;

 Muscular estriado cardíaco é aquele que forma o coração.
 Músculo liso não estriado é aquele que forma as vísceras. Ex: o intestino.
Funcionalmente os músculos classificam-se em:

 Músculos Voluntários são aqueles que exercem a sua acção directamente da nossa
vontade.
Ex: os músculos esqueléticos.

 Músculos Involuntários são aqueles que exercem a sua acção sem a nossa vontade. Ex:
músculo cardíaco e músculos lisos.

d)Tecido nervoso : o tecido nervoso é formado por células nervosas denominadas neurônios.
Apresenta células longas e estreladas que possuem a capacidade de transmitir impulsos
nervosos. Ex: os nervos, o cérebro e a medula espinhal.

Tem a função de excitabilidade, condutibilidade,

Processamento e armazenamento de informações.

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Um neurônio é constituído pelas seguintes partes:

• O prolongamento maior denomina-se axónio;

• Os prolongamentos curtos que são numerosos denominam-se dentritos;

• A parte mais larga denomina-se corpo ou soma e que possui um núcleo.

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3 O CORPO HUMANO SUA DIVISÃO E FUNÇÕES

O corpo humano está dividido em 4 partes:

1. Cabeça: está dividida em crâneo ou neurocrâneo e Face ou viscerocrâneo.

2. Pescoço

3. Tronco: está dividido em torax, abdómen e pélve

4. Membros: divididos em membros superiores (ombro, braço, antebraço e a mão) e

membros inferiores (quadril ou anca, coxa, perna e pé)

 A cabeça tem a função de proteção e comunicação;

 O pescoço é a parte do corpo dos vertebrados que une a cabeça ao tronco.
 O tronco recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos
da cabeça, contem circuitos nervosos que transmite informações da medula espinal até
outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinal,

16
 regula a tensão.
 Os membros têm a função de locomoção e equilibrio.
3.1 Divisões Topográficas do abdómen

3.1.1 Quadrantes do abdomém

Existem quatro quadrantes abdominais que sao: quadrante superior direito, quadrante superior
esquerdo, quadrante inferior direito e quadrante inferior esquerdo.

3.1.2 Regiões do abdomém

Para tornar mais facil a localizacao dos orgaos, dividiram a cavidade abdomino-pelvica em
nove regiões, definidas da seguinte forma: A. Região hipocondríaca direita; B. Região
epigástrica; C. Região hipocondríaca esquerda; D. Região lateral direita; E. Região umbilical
ou mesogástro; F. Região lateral esquerda,G. Fossa ilíaca direita; H. Região hipogástrica; I.
Fossa ilíaca esquerda.

4 SISTEMA TEGUMENTAR

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4.1 Definição

É o conjunto de estruturas que serve de cobertura sobre as estruturas internas.

4.2 Constituição

Sistema tegumentar é constituído por: pele e anexos da pele. Os anexos da pele são:

pelos, unhas, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e glândulas mamarias.

4.2.1 Pele

Existem 2 tipos de pele:

1. A pele fina que ocupa a maior extensão do corpo;

2. A pele espessa (grossa) que se localiza na palma das mãos e na planta do pé. A pele possui
duas camadas de tecidos: a Epiderme e a Derme.

Existe uma camada que separa a pele dos músculos e dos ossos, possui tecido adiposo em
abundante e outras células, esta camada chama-se hipoderme e não faz parte da pele.

É também chamado do tecido celular subcutâneo, lugar da aplicação de injecções subcutâneo.

4.2.2 Epiderme

É a camada mais extensa da pele, é pobre em vasos sanguíneos e constitui a zona da

descamação constante. Encontramos na epiderme os melanócitos - células reprodutoras de
melanina - substância responsável pela coloração da pele e do íris nos olhos.

Também é o lugar da síntese da vitamina D responsável pelo crescimento dos ossos.

4.2.3 Derme

É a camada mais interna da pele, possui vasos sanguíneos, glândulas, o bulbo piloso e
terminações nervosas.

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Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

4.3 Anexos da Pele

As unhas localizadas nas pontas dos dedos, ajudam a agarrar os objetos.

Os pelos estão espalhados pelo corpo todo, com exceção das palmas das mãos, das solas ou
plantas dos pés e de certas áreas da região genital.

Os cabelos espalhados pela cabeça. A cor dos pelos e cabelos é determinada pela quantidade
de melanina produzida pelos melanócitos, quanto mais houver mais escuro será o cabelo e os
pelos.

Terminações nervosas - São Receptores Sensoriais, ramificações de fibras nervosas. Possuem

função sensorial, sendo capazes de receber estímulos mecânicos, de pressão, de temperatura
ou de dor.

A. Glândula sebácea - segregam uma substância gordurosa denominada gelo ou sebo, abre-
se na epiderme no poro do pelo.

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B. Glândulas sudoríparas - são responsáveis pela segregação do suor, abre-se na epiderme
através do poro próprio.

Existem 2 tipos de glândulas sudoríparas que são glândula mesocrinas que se encontra na pele
das plantas dos pés, nas palmas das mãos e restante do corpo.

 Glândulas apocrinas: encontram-se concentradas nas axilas, nas virilhas, nos

genitais, nos escrotos nos grandes lábios e na região Peri anal.
 Glandulas mamarias – situados na parte anterior do tórax. Produzem leite e o
colostro.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

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5 APARELHO LOCOMOTOR

Aparelho locomotor é o conjunto de ossos, articulações e músculos ligados entre si que

constituem parte activa e passiva do corpo humano.

O Aparelho locomotor é constituido por seguintes sistemas:

a) Sistema Esquelético (Osteologia)

b) Sistema Articular (Artrologia)

c) Sistema Muscular (Miologia)

5.1 Sistema Esquelético (Osteologia)

Osteologia é o ramo de Anatomia que se encarrega no estudo dos ossos.

Esqueleto: é o conjunto de estruturas ósseas e cartilagíneas articuladas entre si, constitui a

parte passiva do aparelho locomotor.

5.2 Divisão do esqueleto

O esqueleto humano está dividido em 2 partes:

A primeira é o esqueleto axial, que representa o eixo mediano do corpo, sendo formado por
ossos da cabeça, hioide, coluna vértebral e tronco (costelas, esterno).

A segunda parte é o esqueleto apendicular, que representa os ossos dos membros inferiores e
superiores, junto com os ossos que formam a cintura escapular e pélvica.

O esqueleto humano é constituido por cerca de 206 ossos; 80 óssos localizados no esqueleto
axial e 126 óssos localizados no esqueleto apendicular.

5.3 Funções do esqueleto

1. Sustentação do organismo;

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2. Protecção de estruturas vitais;

3. Base mecânica para o movimento;

4. Armazenamento de sais minerais;

5. Função hematopoiética;

6. Armazenamento de triglicerídeos.

ESQUELETO HUMANO

22
Ossos: São órgãos esbranquiçados muito duros, que unindo-se aos outros por intermédio das
articulações constituem o esqueleto. Um osso é um órgão individual.

4 Classificação dos ossos.

Existem várias formas de classificar os óssos:

 Quanto a localização topografica: os ossos podem ser localizados no esqueleto axial

23
 ou no esqueleto apendicular;
 Quanto ao número: os ossos classificam-se em par e impar; Quanto a morfologia, os
ossos classificam-se em:
1. Ossos longos: são aqueles que o comprimento predomina a largura e a espessura; possui
duas extremidades denominadas epífises (proximal e distal); a parte média denomina-se
diáfise ou corpo, onde o seu interior possui uma cavidade chamada de cavidade medular que
aloja a medula ossea. Ex: fêmur, úmero, clavícula, tíbia, rádio, ulna, metacarpianos,
metatarsianos, etc.

2. Ossos curtos: são aqueles em que as 3 dimensões são semelhantes. Ex: Ossos do carpo e
ossos do tarso.

3. Ossos planos ou laminares: são aqueles em que o comprimento e a largura são

semelhantes e predominam a espessura. Ex: Osso Frontal, Occipital, Parietal, Escápula e os
ossos do quadril.

4. Ossos irregulares: são aqueles que têm uma forma geométrica não definida. Não podem
ser classificados como: longos, laminares ou curtos. Ex: Vértebras, Ossos temporais, etc.

5. Ossos Pneumáticos: são ossos que apresentam uma ou mais cavidades, revestidas por
mucosas e repletas de ar denominados de seios ou sinus. Ex: Osso frontal, maxilar, esfenoide
e etmoide.

6. Ossos sesamoides: Estão localizados no interior de tendões (intratendíneos) ou da cápsula

fibrosa de algumas articulações (intracapsulares). Ex: Patela ou rótula.

O tecido ósseo é uma forma especializada de tecido conjuntivo, no qual as células ósseas
encontram-se em uma matriz extracelular rica em colágeno, fosfato de cálcio e íons.

Existe ainda a classificação Histológica dos ossos, dividida em Macroscópica e

microscópica:

5.4.1 Classificação Macroscópica/olho nú:

 Osso compacto: localiza-se na parte externa do ósso com abundancia nas díafises dos
óssos longos.

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  Osso esponjoso: localizado na parte interna do osso com predominância nas epifises
dos ossos longos.
5.4.2 Classificação Microscópico-Histológica:

 Tecido osseo primário, imaturo ou não lamelar;

 Tecido osseo secundário matura ou lamelar.
5.5 Membranas Osseas:

 Períosteo é a membrana que reveste a parte externa do ósso;

 Endósteo é a membrana que reveste a parte intena do osso.

25
26
5.6 Estudo dos Ossos do Esqueleto Axial

5.6.1 Ossos da cabeça

A cabeça óssea está dividida em crâneo ou neurocâneo e face ou viscerocrâneo:

O crâneo ou neurocrânio está constituido por 8 ossos dos quais dois pares e quatro impar.

Osso frontal: é um osso impar localizado anteriormente na cabeça, forma a fossa craniana
anterior.

Osso occipital: é um osso impar, está localizado na região posterior da cabeça, situado na
região da nuca. Forma a fossa posterior do crânio e apresenta uma grande abertura situada
inferiormente no crânio, esta chama-se forame magno, nele passa o tronco cerebral do SNC.

Osso esfenóide é impar bastante irregular e comumente descrito como um morcego de asas
abertas. Forma a fossa média do crânio e possui um corpo e duas asas maiores, além de duas
asas menores.

Osso etmóide é um osso impar ocalizado no teto da cavidade nasal ou nas paredes mediais
da cavidade orbital, ou ainda, na parte mediana da fossa anterior do crâneo.

Ossos parietais são pares situam-se lateralmente na cabeça e unidos formam o vértice –
ponto de maior estatura do indivíduo ereto.

Ossos temporais são pares localizados lateralmente e abaixo dos ossos parietais.

A face ou viscerocrâneo está constituido por 14 ossos sendo 6 pares e 2 impares:

Ossos maxilares (pare) formam a maxila e são interligados pela sutura intermaxilar. Esses
ossos fixam os dentes por meio dos processos alveolares, eminências ósseas que são
geralmente recobertas pelas gengivas.

Ossos zigomáticos (pare) formam grande parte da maçã do rosto, parte óssea localizada nas
bochechas, e também contribuem para formar a parede lateral da órbita.

Os ossos lacrimais (pare) localizam-se na parte medial da órbita e neles se situam os sulcos

27
que alojam os ductos lacrimonasais, relacionados à drenagem das lágrimas.

Os ossos palatinos (pare) formam o ceu ou o tecto da boca.

Osso vômer (impa) participa na formação do septo nasal ósseo, mas localizado inferiormente.
Este é um ósso mediano que separa a cavidade nasal em duas fossas nasais.

Mandíbula é um ósso impar com aparência de ferradura e formada por corpo e ramos da
mandíbula é nele onde se encontra a arcada dentária inferior.

Ossos cornetos inferiores: é um osso par, plano e enrolado (concha). Localizado: no interior
da cavidade nasal e fixo às paredes laterais. Tem duas superfícies, dois bordos e duas
extremidades.

Ossos nasais – são pares e planos, entre os processos frontais dos ossos maxilares, formando
o dorso do nariz. formam o dorso do nariz.

Obs: o osso Híoide, é um osso em forma U localizado entre a cabeça e o pescoso.

28
5.6.2 Ossos da Coluna Vertebral

A coluna vertebral forma o eixo de sustentação do corpo, assegurando flexibilidade necessária

à movimentação do tronco e manutenção da postura. Além disso, protege a medula espinal e
assegura uma passagem para os nervos espinais. Basicamente, é formada por cerca de 33-34
vértebras (fundidas ou não) que estão articuladas longitudinalmente entre si.

De modo esquemático, dividimos a coluna vertebral nas seguintes regiões:

 Região cervical (composta por 7 vértebras);

 Torácica (12 vértebras);
 Lombar (5 vértebras);
 Sacral ou sagrada (5 vértebras fundidas); Coccígea (4-5 vértebras fundidas).
As vértebras são nomeadas quanto à sua região e seu número. Por exemplo, a vértebra

“VL5 ou L5” denomina a quinta vértebra lombar, enquanto a “VC1 ou C1” refere-se à
primeira vértebra cervical.

5.6.2.1 Características Gerais das Vértebras

A maioria das vértebras apresentam caracteristica semelhantes chamada caracteristicas

comuns das vertebras:

O corpo vertebral situa-se anteriormente e é uma massa óssea espessa e ovalada, a partir da
qual se estende posteriormente o arco vertebral.

Este forma uma abertura chamada de forame vertebral, que abriga a medula espinal. Como as
vértebras estão articuladas umas sobre as outras, a sobreposição de vários forames vertebrais
forma um túnel ósseo, o canal vertebral, que aloja a medula espinal.

Este arco dá suporte a várias projeções ósseas, como o processo espinhoso e os processos
transversos – projeções ósseas posterior e laterais das vértebras. Os processos articulares
também se originam nessa região, mas estão localizados na parte superior e inferior do
referido arco. De forma resumida, podemos dizer que uma vértebra se articula com a outra
pelos discos intervertebrais e pelos seus processos articulares.

29
5.6.2.2 Diferenças regionais das vertebras

a) Região Cervical

Das sete vértebras cervicais, as duas primeiras são consideradas atípicas por não se
assemelharem com nenhuma outra vértebra da coluna vertebral.

O atlas (VC1 ou C1) é uma vértebra que não possui processo espinhoso. Também não possui
um corpo vertebral, mas tem um amplo forame vertebral delimitado pelos arcos anterior e
posterior do atlas.

Logo abaixo do atlas encontra-se o áxis (VC2 ou C2), vértebra que tem como característica
marcante um processo ósseo bastante proeminente chamado dente do áxis (ou processo
odontoide). Diferentemente do atlas, o áxis possui corpo vertebral e processo espinhoso
(bífido).

b) Região sacral

O sacro tem a forma de um triângulo invertido e é composto por cinco vértebras fundidas
entre si. O processo de fusão das vértebras inicia-se após a puberdade e geralmente termina
entre 25 e 30 anos de idade.

Finalmente temos o cóccix, um pequeno ósso composto de cerca de quatro vértebras

coccígeas, considerado o vestígio caudal nos humanos.

30
31
5.6.3 Ossos do Torax

Também chamada de gradil costal ou parede torácica, a caixa torácica é formada pelas
vértebras torácicas, pelas costelas, cartilagens costais e pelo esterno. Abriga os principais
órgãos da respiração e da circulação e cobre a parte superior dos órgãos abdominais
localizados nesta região. Além disso, serve como inserção para músculos respiratórios e está
relacionada com o movimento da cintura escapular.

O tórax está constituído por doze pares de costelas em cada hemitorax. Os sete (7) primeiros
pares de costelas são classificados como costelas verdadeiras, já que, por meio de suas
cartilagens costais, conectam-se diretamente ao esterno. Os pares de costelas de número oito
(8), nove (9) e dez (10) são classificados como costelas falsas, pois não se fixam diretamente
ao esterno, mas por intermédio de cartilagens costais de outras costelas.

Já os dois últimos (11 e 12) pares de costelas são classificados como flutuantes, pois não se
fixam na região anterior. As primeiras costelas são pequenas, mas à medida que seguimos em
direção inferior, tornam-se maiores e possuem uma inclinação oblíqua inferiormente.

O esterno está situado no plano mediano da caixa torácica. É um ósso plano pode ser dividido
em três partes:

1.O manúbrio é a porção mais superior, larga e espessa do esterno.

2.corpo do esterno é a porção média e este encontra-se separado do manúbrio por meio do
ângulo do esterno.

3. Já o processo ou apêndice xifoide é a parte mais inferior do esterno e serve de orientação

para massagem cardíaca e para a fixação de músculos como o diafragma e reto do abdómen.

32
Ossos do torax

33
5.7 Estudo do Esqueleto Apendicular

5.7.1 Ossos dos Membros Superiores

Os membros superiores estão divididos em quatro segmentos que são: cintura escapular (
clavicula e escápula ou omoplata), Braço(Úmero), Antebraço( rádio e ulna) e a mão (óssos do
carpo, metacarpo e as falangens).

5.7.1.1 Cintura Escapular

Os ossos desta cintura conectam o esqueleto axial ao esqueleto apendicular dos membros
superiores, oferecendo a mobilidade necessária à movimentação de outros segmentos.

Clavícula é um osso longo em forma de “s” deitado que possui duas extremidades.
Extremidade esternal (extremidade medial) é globosa e convexa anteriormente, enquanto a
extremidade acromial (extremidade lateral) é achatada e côncava anteriormente.

A escápula ou Omoplata é um ósso plano tem forma triangular localizado no dorso. A

escápula possui três fossas.

Anteriormente, na face costal, identifica-se a fossa subescapular e na face posterior

identificam-se as fossas supra e infra espina. Aproveite e veja que a escápula possui margens
ou bordos – lateral, medial e superior. Identifique também os ângulos superior e inferior da
escápula.

No bordo lateral, destaca se a um receptáculo raso que recebe a cabeça do úmero, chamado de
cavidade glenoidal.

5.7.1.2 Braço

O Úmero é o único ósso do braço e, tal como um típico osso longo, possui um corpo

(diáfise) separado por epífises. Na epífise proximal, encontra-se a cabeça do úmero e seu
estreitamento, o colo anatômico do úmero e o colo cirúrgico do úmero,este último é o local de
maior incidência de lesões e, consequentemente, de necessidade de reparos cirúrgicos.

Já na epífise distal são facilmente palpáveis os epicôndilo medial e lateral. Nessa região

34
distal, observe o côndilo do úmero, formado por duas superfícies articulares separadas por
uma crista.

5.7.1.3 Antebraço

No antebraço encontramos dois (2) óssos:

A Úlna (Cúbito) é um ósso longo com o formato similar a uma chave inglesa, esse osso se
encontra medialmente ao rádio e caminha distalmente na direção do dedo mínimo.

Na epífise proximal, o olécrano da ulna é uma grande expansão óssea que se articula com a
fossa do olécrano quando o cotovelo está estendido.

Na epífise distal, repare na cabeça da ulna e numa proeminência posterior – o processo

estiloide da ulna.

O rádio é um ósso longo que corre lateralmente à ulna, em direção ao polegar. Diferentemente
da ulna, a cabeça do rádio está na epífise proximal e articula se com a ulna e fossa e o úmero,
quando o cotovelo está fletido.

Na epífise distal, identifique inferiormente a face articular carpal que serve para união com os
ossos da fileira proximal do carpo. Lateralmente, facilmente é visualizado o processo estiloide
do rádio.

5.7.1.4 Mão

Os ossos da mão estão agrupados em ossos de carpo, ossos do metacarpo e ossos dos dedos
ou as falangens.

5.7.1.4.1 Ossos do Carpo

No carpo existe 8 ossos curtos distribuídos em duas fileiras. Na fileira próximal de fora para
dentro temos os seguintes ossos:

 Escafóide,
 Semilunar,
 Piramidal

35
  Pisiforme
Na fileira distal temos

 Trapézio,
 Trapezóide,
 Capitato
 Hamato.
5.7.1.4.2 Ossos do metacarpo

O metacarpo é constituído por 5 ossos longos denominados metacarpianos, denominamse em

numeração romana de fora para dentro: I,II,III,IV,V.

Dessa maneira, o metacarpo do polegar é considerado o número I e o metacarpo do dedo

mínimo, número V.

5.7.1.4.3 Ossos dos dedos

As falanges são os óssos dos dedos. O polegar está constituido por duas falanges: proximal e
distal. Para os demais dedos, têm três falanges: proximal, média e distal.

36
37
5.7.2 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES.

38
Os memboros inferiores estão divididos em quatro segmentos que são: Cintura pélvica, coxa,
perna e pé.

5.7.2.1 Cintura Pélvica:

é formada pele união de óssos ilíacos ou pelos ossos do quadril, até a puberdade os ossos do
Quadril são formados por três partes: ílio, ísquio e púbis, que se fundem para formar o ilíaco
na fossa articular chamada de acetábulo que recebe a cabeça do fêmur e forma a articulação
coxofemoral ou articulação do quadril.

A Pélve óssea ou Bacia é formada pela união de óssos ilíacos, sácro e coccix.

A pelve clssifica-se em pelve verdadeira que é inferior e a pelve falsa que é superior. Na pelve
falsa encontramos as ansas dos intestinos, na pelve verdadeira encontramos a bexiga e o recto.
Na mulher encontramos ainda o útero e vagina. A pelve feminina é mais larga é baixa ao
passo que a pelve masculina é mais estreita e alta.

5.7.2.2 Coxa

Fêmur é o maior osso do corpo e localiza-se na região da coxa. Considerando sua epífise
proximal, a cabeça do fêmur é a estrutura que se conecta ao Acetábulo do ósso íliaco; a
epifise distal participa na formação da articulação do joelho.

A patela é o maior ósso sesamóide do corpo humano, repousa na face patelar do fêmur
quando o joelho se encontra estendido. Possui duas faces – a anterior e a posterior da patela.

5.7.2.3 Perna

A tíbia é o osso mais importante da perna e localiza-se anteromedialmente na região da perna.

Olhando-se superiormente, destaca-se o platô tibial na epífise proximal.

No platô, pode-se identificar a face articular do côndilo medial e a face articular do côndilo
lateral na epifise distal encontamos uma projecção óssea chamada de maléolo tibial ou
medial.

Fíbula é o outro osso da perna. Trata-se de um osso fino e longo localizado lateralmente.

39
A cabeça da fíbula está na epífise proximal e distalmente, encontrmos o maléolo lateral
projeta-se na direção lateral.

5.7.2.4 Pé

O pé está constituido por ósso do tarso, metatarso e dos dedos ou falanges.

5.7.2.4.1 Tarso

É constituído pelos ossos curtos em numero de 7,de dentro para fora são: tálus, calcâneo,
navicular, cuboide cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral.

5.7.2.4.2 Ossos do metatarso

O metatarso é constituído por 5 ossos longos denominados metatarsianos. A sua denominação

é feita através da numeração romana: I,II,III,IV,V.

5.7.2.4.3 Os ossos dos dedos

Verifique as falanges dos dedos do pé. O “grande dedo do pé” é chamado de hálux e localiza-
se medialmente se comparado aos demais dedos. Possui apenas as falanges proximal e distal e
é referenciado como o I dedo. Para os demais dedos (II, III, IV e V), temos as falanges
proximal, média e distal.

40
41
Ossos do pé

42
43
6 MIOLOGIA (MÚSCULOS)

A miologia é o ramo da anatomia que estuda os músculos. Órgãos carnudos, moles e de

coloração avermelhada, devido às suas propriedades contrácteis provocam movimento no
corpo humano, constituem o componente activo do movimento e do aparelho locomotor.

Os músculos ligam-se aos ossos por tendões ou directamente assegurando o dinamismo do

esqueleto.

O músculo vivo é de cor vermelha. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.

6.1 Funções dos Músculos:

a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam

as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou
sentar.

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: alimentos, urina e gametas do sistema

reprodutivo.

e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor para manutenção
da temperatura corporal.

6.2 Classificação dos Músculos:

6.2.1 Quanto a Situação:

a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas
inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço
e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma

b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada

profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos.

44
Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado..

6.2.2 Quanto à Forma:

a) Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais
longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial.

b) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não
exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão.

c) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes
cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.

6.2.3 Quanto à Disposição da Fibra:

a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.

b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.

c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.

6.2.4 Quanto à Origem e Inserção:

a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.

b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos.

6.2.5 Quanto à Função:

a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo,

para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os
flexores dos dedos.

b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai,
o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior,
porém os antagonistas são os extensores dos dedos.

c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não

45
ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas
são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.

d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais
eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando movese a parte distal.

6.2.6 Quanto à Nomenclatura:

O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o
topográfico:

a) Ação: Extensor dos dedos.

b) Ação Associada à Forma: Pronador Redondo e Pronador Quadrado.

c) Ação Associada à Localização: Flexor Superficial dos Dedos.

d) Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta).

e) Localização: Tibial Anterior.

f) Número de Origem: Bíceps Femoral e Tríceps Braquial.

6.2.7 Quanto ao movimento podem ser:

a) Flexores

b) Extensores

c) Adutores

d) Abdutores

e) Rotadores

f) Elevadores

g) Abaixadores

46
h) Supinadores

i) Pronadores

6.3 Tipos de Músculos:

a) Músculo Estriado Esquelético (Skeletal Muscle): Localizados juntos ao esqueleto e

conectados através dos tendões, esse tipo de músculo é controlado pelo sistema nervoso
central e caracterizado por movimentos fortes e voluntários, por exemplo, os músculos dos
membros inferiores e superiores: os braços, as mãos, as pernas e os pés.

b) Músculo Liso ou Não-estriado (Smooth Muscle): Músculo com contração lenta e

involuntária, controlado pelo sistema nervoso vegetativo, por exemplo, o músculo dos órgãos
internos (estômago, fígado, intestino), pele, vasos sanguíneos, sistema excretor (possui
movimentos peristálticos), dentre outros.

c) Músculo Estriado Cardíaco (Cardiac Muscle): Localizado no coração (miocárdio), esse

tipo de músculo é controlado pelo sistema nervoso vegetativo e caracterizado por contrações
vigorosas e involuntárias.

6.4 Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:

a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se
contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).

b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para
fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto
morfológico de fitas ou de cilindros.

c) Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos
musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques.

d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas
sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um
deslizamento fácil.

e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São

47
pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento
muscular.

Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:

6.5 Tipos de Contrações:

O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o
topográfico:

a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão,

reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao
encontro da cabeça.

b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a

contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa.

c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são

movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e
sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado

48
em abdução de 90°.

6.6 Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo:

a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele.

b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da
pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.

c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo.

d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-

as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu.

e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada

fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos.

49
50
O sistema muscular humano possui cerca de 600 músculos, agrupados entre si:

51
6.1 Músculos da Cabeça

Estão divididos em: face e mastigação ou atm.

6.1.1 Músculos da Face

1. Epicrânio Couro Cabeludo – Couro cabeludo

2. Temporoparietal – Couro cabeludo

3. Gálea Aponeurótica – Couro cabeludo

1. Orbicular do Olho –Pálpebras

2. Corrugador de Supercílio - Pálpebras

1. Prócero - Nariz

2. Nasal (Transverso do nariz)- Nariz

3. Depressor de Septo - Nariz

1. Auricular Anterior - Orelha

2. Auricular Superior - Orelha

3. Auricular Posterior - Orelha

1. Levantador do Lábio Superior- Boca

2. Levantador do Lábio Superior e Asa do Nariz - Boca

3. Levantador do ângulo da Boca - Boca

4. Zigomático Maior - Boca

5. Zigomático Menor - Boca

6. Risório - Boca

7. Depressor do Lábio Inferior - Boca

8. Depressor do Ângulo da Boca - Boca

9. Mentoniano- Boca

10. Transverso do Mento - Boca

11. Orbicular da Boca - Boca

52
12. Bucinador- Boca

6.1.2 Músculos da ATM ou da Mastigação

1. Temporal

2. Masseter

3. Pterigoideo Medial

4. Pterigoideo Lateral

Músculos da cabeça

53
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

6.2 Músculos do Pescoço

Os músculos da região do pescoço de uma forma didática podem ser divididos em 5 regiões:

Região Anterior do Pescoço

Platisma ou Cutâneo do Pescoço

Músculos Supra-hioideos

 Digástrico

54
  Estiloideo
 Miloiódeo
 Genioideo
Músculos Infra-hioideos

 Esternohióideo
 Esternotireoideo
 Tireoide
 Omoioideo
Região Lateral do Pescoço

 Esternocleidomastoideo
 Escaleno Anterior
 Escaleno Médio
 Escaleno Posterior
 Reto Anterior da Cabeça
Região Pré-Vertebral

 Longo da Cabeça
 Longo do Pescoço
 Reto Lateral da Cabeça
MÚSCULOS DO PESCOÇO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

6.3 MÚSCULOS DO TÓRAX

O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso esterno,

55
lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral.

Os músculos do tórax são estruturados em 2 regiões:

Região Ântero-Lateral Região Costal

Região Ântero-Lateral Região Costal

 Peitoral Maior
 Peitoral Menor
 Intercostais Externos
 Intercostais Interno
 Serrátil Anterior
 Levantadores das Costelas
 Subclávio
 Subcostais
 Transverso do Tórax

6.4 Músculos do Abdómen

Os músculo do abdome podem ser divididos em 4 regiões:

56
1) Região Ântero-Lateral

2) Região Posterior

3) Região Superior

4) Região Inferior

6.4.1 Região Ântero-Lateral

 Reto Anterior do abdome

 Piramidal do abdome
 Oblíquo externo do abdome
 Oblíquo interno do abdome
 Transverso do abdome
6.4.2 Região Posterior

 Quadrado lombar
 Iliopsoas
 Psoas menor (geralmente está ausente)
6.4.3 Região Superior

 Diafragma
6.4.4 Região Inferior

 Levantador do ânus
 Isquiococcígeo

Músculos do abdómen

57
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

6.5 MUSCULOS DO DORSO

6.5.1 Região posterior do tórax

58
1) Trapézio

2) Latíssimo do dorso

3) Romboide

4) Levantador da escápula

5) Serrátil menor póstero-superior

6) Serrátil menor póstero-inferior

6.5.2 Região posterior do pescoço

a) Esplênio da cabeça

b) Esplênio do pescoço

c) Semiespinhal da cabeça

d) Semiespinhal do pescoço.

e) Semiespinhal do tórax

f) Reto posterior maior da cabeça

g) Oblíquo superior da cabeça

h) Oblíquo inferior da cabeça

i) Reto posterior menor da cabeça

7.5.3 Músculos da Goteira Vertebral – Paravertebrais

1) Eretores da espinha

2) Espinhal (+ medial)

3) Dorsal longo (intermédio)

4) Liocostal (+ lateral)

5) Intertransversais

6) Rotadores

59
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

6.6 Músculos do Membro Superior.

60
6.6.1 Ombro

1) Deltoide

2) Supraespinhal

3) Infraespinhal

4) Redondo Menor

5) Redondo Maior

6) Subescapular

6.6.2 Músculos do Braço

Região anterior

1) Bíceps braquial

2) Braquial anterior

3) Coracobraquial

Região posterior

1) Tríceps braquial

6.6.3 Músculos do Braço

6.6.4 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

61
Os músculos do Antebraço são divididos em 3 regiões:

Região Anterior

Região Lateral

Região Posterior

Região Anterior Região Posterior

1ª Camada

Pronador Redondo

Flexor Radial do Carpo

Palmar Longo

Flexor Ulnar do Carpo

2ª Camada

Flexor Superficial dos Dedos

3ª Camada

Flexor Profundo dos Dedos

Flexor Longo do Polegar

4ª Camada

Pronador Quadrado

Região Lateral

Braquiorradial

Extensor Radial Longo do Carpo

Extensor Radial Curto do Carpo Supinador

Músculos do antebraço

Camada Superficial

Extensor dos Dedos

Extensor do 5º Dedo

62
Extensor Ulnar do Carpo

Ancôneo

Camada Profunda

Abdutor Longo do Polegar

Extensor Curto do Polegar

Extensor Longo do Polegar

Extensor do 2º Dedo (Index)

63
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

64
6.6.5 Músculos da mão

Os músculos da mão são agrupados em 3 regiões:

 Região Palmar Lateral (Tenar)

 Região Palmar Medial (Hipotenar)
 Região Palmar Média
 Região Palmar Lateral (Tenar)
Região Palmar Medial (Hipotenar)

 Abdutor Curto do Polegar

 Flexor Curto do Polegar
 Oponente do Polegar
 Adutor do Polegar
Região Palmar Média (11 Músculos)

 Lumbricais
 Interósseos
 Interósseos Dorsais
 Palmar Curto
 Abdutor do Mínimo
 Flexor Curto do Mínimo
 Oponente do Mínimo


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

6.7 Músculos do Membro Inferior

65
6.7.1 Músculos do Quadril

 Glúteo
 Glúteo Glúteo
 Piriforme
 Gêmeo
 Obturatório
 Gêmeo
 Obturatório
 Quadrado Femural

66
67
6.7.2 Músculos da Coxa:

Os músculo da região da coxa podem ser agrupaados em 3 regiões:

 Região Antero-lateral
 Região Posterior
 Região Póstero-medial
Região Ântero-Lateral

 Tensor da Fáscia Lata

 Sartório
 Quadríceps Femoral
Região Póstero-Medial

 Grácil
 Pectíneo
 Adutor Longo
 Adutor Curto
 Adutor Magno
Região Posterior

 Bíceps Femoral
 Semitendíneo
 Semimembranáceo

68
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

69
6.7.3 Músculos da Perna

A musculatura da perna é dividida em três regiões:

 Região Anterior
 Região Lateral
 Região Posterior
Região Anterior

 Tibial Anterior
 Extensor Longo dos Dedos
 Extensor Longo do Hálux
 Fibular Terceiro
Região Lateral

 Fibular Longo
 Fibular Curto
Região Posterior

Camada Superficial

 Gastrocnêmio Medial
 Gastrocnêmio Lateral
 Sóleo
Camada Profunda

 Poplíteo
 Flexor Longo dos Dedos
 Flexor Longo do Hálux
 Tibial Posterior
 Plantar Delgado

70
71
7 SISTEMA ARTICULAR (ARTROLOGIA)

Artrologia é a ciência que estuda as articulações.

Articulação é conjunto de partes moles (cartilagens) e duras (óssos) através das quais se unem
duas ou mais peças ósseas e/ ou cartilagíneas.

7.1 Classificação das Articulações

De acordo com a sua estrutura, isto é, com o tecido de união, as articulações podem ser
classificadas em:

1. Fibrosas, Imóveis ou Sinartroses;

2. Cartilaginosas (Cartilagíneas) Semimóveis ;

3. Sinoviais, Móveis ou Diartroses.

1- Articulações fibrosas, Imóveis ou Sinartrose.

São aquelas que têm como meio de união o tecido conjuntivo fibroso, e são classificadas em
suturas, sindesmoses e gonfoses.

a) Suturas – são articulações unidas por uma fina camada de tecido fibroso e limitam apenas
a cabeça óssea;

Ex: sutura sagital do crânio (entre os dois ossos parietais) e sotura coronal do crânio

(entre os ossos frontal e parietais)

b) Síndesmose – são articulações unidas por uma maior quantidade de tecido fibroso,
constituindo por vezes verdadeiras membranas, (membrana a unir a articulação).

Ex: no antebraço com a membrana interóssea entre o rádio e a ulna, e na perna com a
membrana interóssea entre a tíbia e a fíbula, fontanelas do recem-nascido e dos fetos.

c) Gonfoses – são exemplos: fixação do prego numa madeira. É o que observa na implantação
dos dentes, através da sua raíz, nos alvéolos ósseos dos ossos maxilar e mandibula.

72
2. Articulações cartilaginosas ou cartilagíneas semimaveis / São articulações que têm
como meio de união o tecido cartilaginoso, de acordo com o tipo de cartilagem podem ser
classificadas em sincondroses e sínfises.

 Sincondroses – são articulações cartilagíneas de evolução temporária, é o que se

observa nas etapas de desenvolvimento e crescimento, e que tem como meio de união
a cartilagem hialina.
Ex: união cartilagínea entre a diáfise e as epífises dos ossos longos em crescimento, ou ainda
a união cartilagínea entre as três peças ósseas de um osso iliaco imaturo.

 Sínfises – são articulações em que o meio de união é a cartilagem fibrosa ou

fibrocartilagem. Habitualmente situam – se na linha média do corpo.
Ex: articulações entre os corpos vertebrais através do disco intervertebral ou fibrocartilagem,
a sínfise púbica entre os dois ossos iliacos ou coxais

3. Articulações sinoviais, móveis ou diartrose.

São articulações caracterizadas por apresentarem sempre uma cavidade articular entre os
segmentos ósseos e proporcionarem sempre movimento.

Elementos que estão sempre presentes em todas as articulações sinuviais:

 Superficie articular
 Cartilagem articular
 Cápsula articular
 Membrana sinuvial
 Cavidade articular ou cavidade sinuvial
 Líquido sinovial
Os elementos que nem sempre estão presente numa articulaçáo sinuvial são:

 ligamento articular,
 discos articular, menisco
 bolsa articular.
7.2 Tipos de Movimentos que Realizam

73
  Flexão, Extensão, Abdução, Adução, Rotação, Supinação, Pronação, Eleváção,
Protusão, Retração.
7.3 As Principais Articulações Sinoviais do Corpo Humano

7.3.1 Cabeça e pescoço

 Articulação temporomandibular (popularmente conhecida pelo acrônimo ATM), é

formada pelo processo condilar da mandíbula e a fossa da mandíbula do osso
temporal.
 Articulação atlantoccipital. Trata-se de uma articulação sinuvial formada entre os
côndilos occipitais e as faces superiores do atlas.
7.3.2 Articulações dos Membros Superiores

A articulação do ombro ou glenoumeral sendo uma típica articulação sinovial e triaxial

formada entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoidal, realiza os seguintes movimentos:

 Articulações do cotovelo: referem-se às articulações entre o úmero, a ulna e o rádio,

sendo envolvidas por uma mesma cápsula articular. Trata-se de uma articulação
sinuvial é monoaxial.
 O cotovelo possui três articulações:
Umeroulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da Ulna;

 Umerorradial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio;

 Radiulnar proximal, entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.
 A articulação do punho é denominada de radiocarpal, envolve a face articular do carpo
e um disco articular juntamente com os ossos da fileira proximal do carpo (escafoide,
semilunar e piramidal).
 As articulações carpometacarpianos dos metacarpos II – V são articulações sinuviais
com função de deslizamento entre essas fileiras de ossos.
 As articulações metacarpofalângicas estão dispostas entre as cabeças dos metacarpos e
as bases das falanges proximais.
 As articulações interfalângicas da mão são classificadas como sinuviais e monoaxiais,
realizando movimentos de:
7.3.3 Articulações dos Membros Inferiores

74
Articulação do quadril (coxofemoral). Trata-se da articulação entre a cabeça do fêmur e o
acetábulo, sendo classificada como sinuvial simples, triaxial. Permite realizar movimentos de:

Articulação do joelho – alguns autores a chamam de complexo do joelho, pois é composta por
três ossos,; trata de uma das mais fortes articulações do corpo humano, é formado o fêmur, a
tíbia e a patela, Do ponto de vistafuncional, pode ser dividida em:

 Articulação Femoropatelar, entre o fêmur e a patela; Articulão Femorotibial, entre os

côndilos femorais e tibiais.
 Articulação tíbio-tarsica, tornozelo ou artelhos.
É articulação da perna com o Pé. É constituída pela tíbia, perónio e pelo astrágalo.
Articulações do Pé

 Articulacão astrágalo calcâneo

 Articulação astrágalo-escafoide
 Articulação calcâneo-cuboide
Articulações tarso-metatarsicas

São articulações entre o cubóide, os três cuneiformes e os 5 metatarsianos

Articulações metatarso-falangicas

É feita pelos metatarsianos com as falanges

Articulações interfalangicas

A 1° Entre as falanges:

 proximal,
 inetrmédia e distal.

75
1 - Artic. Fibrosa (Suturas).

76
77
8 SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório ou cardiovascular é o conjunto de órgãos responsáveis pela distribuição

de nutrientes para as células e recolhe de suas excreções metabólicas para serem eliminados
por órgãos excretores.

O sistema circulatório ou cardiovascular é responsável pelo transporte de nutrientes e

oxigénio para as diversas partes do corpo, sendo que a circulação sanguínea corresponde a
todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano, de modo que
no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração.

8.1 Funções:

Este meio de transporte desempenha as seguintes funções:

 Transporte de gases ,
 Transporte de nutrientes,
 Transporte de excretas/restos metabólicos,
 Transporte de secreção – Hormônas ,
 Participar do processo de Regulação da temperatura corpórea Participar da
manutenção da homeostase (PH, etc.) ,
 Proteção dos tecidos ,
 Prevenção da perda de líquido (coagulação),
 Participar da regulação do volume de líquido nos tecidos e seu conteúdo.
8.2 Batimentos Cardíacos

Sucessão de contracções realizadas pelo músculo cardíaco, sendo controlados pelo sistema
nervoso, que desencadea um acto reflexo (involuntário).

O ritmo a que o coração bate e a quantidade de sangue que bombeia em cada batimento
variam de acordo com vários factores.

Diminuição dos batimentos cardíacos:

 Repouso ou Relaxamento ,
Aumento dos batimentos cardíacos:

78
  Exercício físico,
 Digestão,
 Relações sexuais,
 Aumento da concentração sanguínea de adrenalina Stress, medo ou ansiedade.
8.3 Constituição:

 Coração e vasos sanguíneos

8.3.1 Coração

O coração é um órgão muscular oco em forma de uma bomba que se contrai ritmicamente,
impulsionando e promovendo a circulação do sangue através de toda a rede vascular, por
cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011

Órgão formado por um músculo extremamente resistente, capaz de se contrair e relaxar

dezenas de vezes por minuto em média, cerca de 80 batimentos por minuto, graças a força
muscular exercida pelo coração que o sangue é capaz de circular pelos vários quilômetros de
artérias e veias no interior do corpo.

A cada batimento cardíaco, um sistema duplo é activado:

79
Sangue é enviado aos pulmões para ser oxigenado.

Sangue é enviado para o corpo para transporte de substâncias.

8.3.1.1 Forma

 Forma de cone,

 Tamanho do punho fechado,

 Comprimento 12 cm, Largura 9 cm Espessura 6 cm.

8.3.1.2 Localização

Está situado no centro do tórax, num espaço denominado MEDIASTINO entre os pulmões.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011

80
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

Limites do coração

1. Anterior - Osso Esterno e cartilagens costais,

2. Superior - Grandes Vasos,
3. Inferior – Diafragma,
4. Laterais – Pulmões,
5. Posterior - Traquéia, esôfago e aorta descendente.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

81
8.3.1.3 Cavidades ou Configuração Interna

O coração esta dividido em 4 cavidade, duas cavidades superiores que são as aurículas, e duas
cavidades inferiores que são os ventrículos.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011

As duas aurículas estão separadas por septo inter-auricular e os dois ventrículos estão
separados por septo interventricular.

A aurícula direita esta separada do ventrículo direito por septo aurícula ventricular esquerdo.

As aurículas comunicam com os ventrículos através dos orifícios aurícula ventriculares direito
e esquerdo.

Aurícula direita apresenta 3 orifícios uma para veia cava superior, outra para veia cava

82
inferior e uma ainda para veia coronária.

Aurícula esquerda apresenta 4 orifícios são os orifícios para as 4 veias pulmonares que trazem
o sangue dos pulmões, do ventrículo direito sai o tronco pulmonar e do ventrículo esquerdo
sai artéria aorta.

8.3.1.4 Camadas da parede cardíaca

O coração é formado por três túnicas que são, de fora para dentro:

1. Pericárdio (parietal e visceral ou epicardio) ,

2. Miocárdio,
3. Endocárdio.

83
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

8.3.1.5 Valvulas Cardíacas

Quando cada câmara do coração contrai-se, ela impulsiona uma porção de sangue para dentro
do ventrículo ou para fora do coração.

• Para evitar que haja refluxo de sangue o coração apresenta quatro valvulas:

 Valvulas Pulmonar,
 Valvulas Aórtica,
 Valvulas Bicúspide Ou De Mitral ,
 Valvulas Tricúspide.

84
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

8.3.2 Sistema de condução ou ciclo cardíaco

Cada ciclo cardíaco é caracterizado por contracções sucessivas das aurículas e dos
ventrículos, seguidas pelo relaxamento geral (diástole geral), quando o sangue entra no
coração.

A actividade do coração consiste na alternância da contração (Sístole) e do relaxamento

(díastole) das paredes musculares das auriculas e ventriculos.

Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas dilatando-as
de forma gradual.

Ao final deste periodo, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os
ventriculos.

85
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

8.4 Vasos Sanguineos

São tubos que formam uma rede que transportam sangue do coração em direcção aos tecidos
do corpo e de volta ao coração.

Consistem num sistema de tubos fechados que transportam o sangue para todas as partes do
corpo e o trazem de volta ao coração.

Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso. Sistema
Arterial Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada
ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.

Sistema Venoso Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando
em ramos de maior calibre até atingirem o coração.

86
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

Os vasos condutores de sangue são classificados de acordo com a direcção dos líquidos que
levam.

Os que conduzem os líquidos que saem do coração são chamados artérias que, ao diminuírem
de calibre, passam a chamar se arteríolas, e os vasos que conduzem para o coração são
chamados veias que, ao diminuírem de calibre, passam a chamarem-se vênulas.

87
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011

8.4.1 Artérias

•Carregam o sangue do coração para o corpo, e são vasos sanguíneos mais grossos e
resistentes, possuindo paredes com mais camadas de células para que possam suportar
pressões sanguíneas maiores.

•As artérias conduzem o sangue do coração para todo o corpo, e durante esse trajecto, as
artérias vão mudando de calibre, ficando cada vez mais finas a medida que vão adentrando os
órgãos.

•A maior artéria do corpo se chama aorta, saem do coração levando sangue para os órgãos e
tecidos do corpo.

Compõem-se de três camadas: a mais interna, chamada endotélio, formada por uma única
camada de células achatadas; a mediana, constituída por tecido muscular liso; a mais
externa, formada por tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas.

88
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

8.4.2 Veias

São vasos sanguíneos mais lisos, com paredes menos resistentes e quase não há pressão

89
sendo exercida nas veias.

A função delas é levar o sangue de volta ao coração, sendo que as veias possuem válvulas
que impedem o retorno do sangue evitando que a circulação seja interrompida.

Quando há problemas nessas válvulas, o sangue vai se acumulando e podem se formar

pequenos coágulos que são nocivos, por isso, exercitar-se é sempre necessário para evitar esse
tipo de problema.

•As maiores veias do corpo se chama cavas.

•Ao contrário da ideia muitas vezes generalizada não transportam apenas sangue oxigenado,
mas também arterial (ex. Veias pulmonares).

As Veias são vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos, e as
parede das veias, como a das artérias, também é formada por três camadas.

A diferença, porém, é que a camada muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas
correspondentes arteriais, além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre
apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de sangue e garante sua
circulação em um único sentido.

Depois de passar pelas arteríolas e capilares, a pressão sanguínea diminui, atingindo valores
muito baixos no interior das veias.

O retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte, às contracções dos músculos

esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-se em seu
interior, devido às válvulas, o sangue só pode seguir rumo ao coração.

90
91
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

92
8.4.3 Vasos Capilares

São vasos sanguíneos extremamente finos que penetram no interior de órgãos e tecidos para
levar substâncias directamente para as células.

São nos vasos capilares que também ocorre a hematose entre sangue e tecidos, o sangue
chega através das artérias que vão diminuindo cada vez mais de calibre, penetram nos tecidos
através dos capilares, realizam as trocas, e o sangue retorna ao coração através de veias.

93
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

Veias Dos Membros Superiores

Veias Dos Membros Inferiores

94
8.4.4 Principais artérias e veias do corpo humano

Algumas principais artérias

 Artéria vertebral
 Artéria braquial
 Artéria basilar
 Artéria carótida
 Artéria subclávia
 Artéria aorta
 Artéria ilíaca etc.
Algumas principais veias

 Veia braquial
 Veia cava
 Veia jugular
 Veia ilíaca

95
  Veia safena
 Veia cefalica
 Veia dorsais
 Veias metacarpianas.
8.4.5 Tipos de circulação sanguínea

Faz-se por duas fases: a grande e a pequena circulação

Na grande Circulação o sangue com (O2) sai do ventrículo esquerdo transportado pela
artéria aorta que o leva às células. Nas células, passa a sangue com (CO2) volta ao coração
transportado pelas veias cavas que se abrem na aurícula direita.

Na pequena circulação O sangue com (CO2) sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar
que o leva aos pulmões onde se dá a hematose. O sangue com (O2) volta ao coração
transportado pelas veias pulmonares que se abrem na aurícula esquerda.

Grande Circulação: coração » todos tecidos do corpo » coração. Pequena circulação:

coração » pulmões » coração.

Tipos de circulação sanguínea

96
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

8.5 Sangue

O sangue humano é constituído por um líquido amarelado, o plasma, e por células e pedaços
de células, genericamente denominados elementos figurados.

97
O sangue é um líquido vermelho vivo nas artérias e vermelho escuro nas veias de um sabor
salgado.

8.5.1 Elementos Figurados:

1- Eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias): transporte de oxigénio dos pulmões para

os tecidos, através da hemoglobina. São produzidas no interior dos ossos, a partir de células
da medula óssea vermelha.

São as células mais numerosas do sangue, têm a forma de disco bicôncavo (pouco espessas no
centro), o que lhes permite passar pelos capilares mais estreitos.

Na sua constituição encontra-se um pigmento vermelho – a hemoglobina – que dá a cor ao

sangue. A hemoglobina é uma proteína que contém ferro.

Têm como funções: o transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células e tecidos do
organismo, onde o trocam por dióxido de carbono. O número normal de glóbulos vermelhos
no sangue é de 4.500.000 – 5.000.000/mm3. A quantidade normal de HG no sangue é de
14,9% na mulher e 16,4% no homem e se estes valores tiverem diminuído considera-se
anemia. Tenha a função de transportar o O2 dos pulmões para as células e para diversas partes
do corpo, e atrás destas células o CO2 que é excretado pelas vias respiratórias.

Os glóbulos vermelhos vivem cerca de 120 dias e são destruídos no fígado e no baço.

2- Leucócitos (glóbulos brancos): São as células sanguíneas de maiores dimensões e as

únicas que possuem núcleo (de diferentes formas) e são menos numerosas do que os glóbulos
vermelhos que têm como função proteger o organismo contra certos microrganismos e
agentes estranhos especializadas na defesa do organismo, combatendo vírus, bactérias e
outros agentes invasores que penetram no corpo. Os glóbulos brancos ou leucócitos
são células de defesa do organismo que pertencem ao sistema imunológico.

8.5.1.1 Constituição dos glóbulos brancos

Os leucócitos são células incolores e maiores que as hemácias. Os leucócitos possuem núcleo,
o número normal de leucócitos são de 5000-8000/mm cubo, em determinadas situações
patológicos estes valores podem aumentar e chamar-se de leucocitose ou leucemia e podem

98
diminuir e chamar-se e leucopenia.

Função dos leucócitos

Os leucócitos tem a função de defender o organismo contra os micróbios. Os leucócitos

vivem cerca de 7 dias. Origem dos leucócitos

Os leucócitos mononucleares formam-se nos gânglios linfáticos e no baço. Os leucócitos

polinucleares formam-se na medula óssea.

3- Plaquetas ou trombócitos: são minúsculos discos redondos ou ovais, de cerca de 2 mm de

diâmetro que participam do processo de coagulação sanguínea. São fragmentos de células,
sendo por isso os constituintes mais pequenos do sangue, com aproximadamente um quarto
do tamanho dos glóbulos vermelhos, as plaquetas intervêm no processo de coagulação do
sangue, que ocorre sempre que os vasos sanguíneos ou um tecido for danificado. São
fragmentos celulares, sem núcleo, incolores, se não forem coradas, intervém na coagulação do
sangue. Assim, a trombina, juntamente com a fibrina, resultante do fibrinogénio do plasma,
formam um coágulo que impede a saída do sangue. Este processo, que resulta da intervenção
das plaquetas designa-se por coagulação do sangue e é a principal função das plaquetas.

A coagulação do sangue é a passagem do sangue no estado liquido para sólido, quando o

sangue sai nos vasos sanguíneos. Em um indivíduo normal, a coagulação é iniciada dentro de
20 segundos após a lesão ocorrer ao vaso sanguíneo causando dano às células endoteliais As
plaquetas formam imediatamente um tampão plaquetário no local da lesão. Essa é a chamada
hemostasia primária. A coagulação ocorre graças a uma série de reações que acontece entre
proteínas chamadas de fatores de coagulação.

Ao contrário da crença comum, a coagulação a partir de um corte na pele não é iniciada pelo
ar ou através da secagem da área, na verdade ocorre através das plaquetas que se aderem e
que são activadas pelo colágeno do endotélio do vaso sanguíneo que fica exposto, quando
cortado o vaso.

Constituição de plaquetas

As plaquetas encontram no sangue em número de 150-450 mm cubo, a duração de vida de

99
plaquetas é de 2-4 dias. As plaquetas têm a função de intervir na coagulação do sangue, o
aumento de número de plaqueta chama-se de trombocitose e a sua diminuição por
trombopeneia.

8.5.1.2 Plasma sanguíneo

É uma substancia intercelular liquida do tecido sanguíneo. É construído por substâncias

solúveis do sangue, ou seja, substâncias nutritivas, resíduas, secreções internas e gases.

1° Substancias nutritivas: água 90%, sais minerais, glicidos1°, líquidos e prótidos 07%.

2° Substancia resíduas: urea 0,05% ácido úricos 0,005%.

3° Gases: O2 CO2, azoto.

8.5.1.3 Papel do plasma

Tem o papelde onde os órgãos encontram substâncias nutritivas necessárias, e nele se

desembocam os produtos resíduos das células.

9 SISTEMA LINFÁTICO

9.1 O sistema linfático é uma rede complexa de vasos e pequenas estruturas chamadas
de nódulos linfáticos (linfonodos) que transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos de
volta para o sistema circulatório.

O sistema linfático estabelece uma ligação essencial entre a corrente sangüínea e o fluído que
banha as células desempenhando uma função adicional na defesa que é lançar na corrente
sanguínea anticorpos para a defesa do corpo contra invasores externos.

Inclui um elaborado sistema de vasos semelhantes aos capilares e veias, que desembocam no
interior de grandes veias do sistema circulatório. Uma é o canal torácico, que se abre na veia
subclávia esquerda, e a outra é a grande veia linfática, que termina na veia subclávia direita.

Apesar do sangue levar os materiais às células e remover todos os restos da actividade celular,
ele não entra em contacto directo com essas células, sendo que a comunicação entre o sangue
e os tecidos é feita pelo sistema linfático.

100
No sistema linfático os capilares são extremamente "mal vedados", permitindo a passagem de
leucócitos e uma variedade de nutrientes, algumas pequenas proteínas e água. A passagem se
dá através de aberturas entre as células de suas paredes ou através de suas próprias células por
difusão.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

101
Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

102
9.2 Funções do sistema linfático

O sistema linfático possui três funções inter-relacionadas:

 remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais,

 absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema
circulatório e,
 produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de
anticorpos conhecidas como plasmócitos).
9.3 Constituição

O sistema linfático e constituído por: órgãos linfoides e vasos linfáticos

9.3.1 Órgãos linfoides

Os órgãos que compõem o sistema linfático são classificados em primários e secundários.

Os primários são órgãos onde os linfócitos se originam ou se diferenciam, e os secundários
são órgãos onde os linfócitos são encontrados em abundância e atuam na resposta imune.

Fonte: Manual de Anatomia e Fisiologia Humana, volume II, 2021.

9.3.1.1 Órgãos linfoides primários

103
Os órgãos linfoides primários são a medula óssea e o timo.

 Medula óssea: possui função hematopoiética, que é a produção das células do sangue,
os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas.
Ainda que alguns tipos celulares terminem sua maturação em outras regiões do
organismo, ela é o principal órgão hematopoiético.

 Timo: é um órgão que possui dois lobos. A área externa recebe o nome de córtex e
abrange uma grande quantidade de linfócitos T imaturos, macrófagos e células
dendríticas. A região interna do timo é conhecida como medula, e nela a concentração
de células imunes é menor.

Localização do timo no corpo humano: entre os pulmões e logo abaixo da traqueia.

O sistema linfático inclui dois órgãos adicionais, o baço e o timo. O timo encontra-se na parte
superior do tórax, acima do coração, e é responsável pela produção de linfócitos.

104
9.3.1.2 Órgãos linfoides secundários

Os órgãos linfoides secundários ou periféricos são os linfonodos, o baço e as tonsilas

palatinas, que são aglomerados de nódulos linfáticos.

 Linfonodos: são agregados nodulares de tecido linfoide que se localizam ao longo dos
canais linfáticos. De modo geral, possuem a função de filtrar resíduos e
microrganismos presentes na linfa, que são capturados por capilares linfáticos e
transportados a um linfonodo regional, onde haverá células fagocíticas que farão a
digestão.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

 Baço: é um órgão abdominal que, assim como os linfonodos, trabalha na resposta

imunológica em relação às infecções que chegam ao sangue. O baço está localizado no
lado esquerdo da cavidade abdominal entre o estômago e diafragma e também produz
linfócitos, embora também tenha outras funções. Apenas os nódulos linfáticos filtram
a linfa, o baço filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos, que destroem as
partículas estranhas e os eritrócitos mortos.
O baço é elástico e serve como um reservatório de sangue em condições normais. Quando é
preciso mais sangue, como durante exercícios intensos ou em resposta a uma hemorragia, o

105
baço se contrai, suplementando o fornecimento de sangue.

Localização do baço no corpo humano: entre o estômago e o diafragma.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

 Nódulos linfoides: são basicamente um aglomerado de células T sem uma cápsula

fibrosa envolvendo-o. Essas estruturas estão presentes em lugares que estão
constantemente em contato com microrganismos presentes no ar atmosférico, como a
via oral. Um exemplo são as tonsilas, popularmente chamadas de amígdalas, que
possuem função de promover o combate a bactérias e corpos estranhos que tentam
adentrar o organismo.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

9.4 Vasos linfáticos

os capilares linfáticos formam uma complexa rede de vasos com paredes muito finas no

106
interior das quais substâncias podem mover-se facilmente, Este movimento é facilitado por
uma única estrutura de capilares linfáticos, que são formados de células com aberturas entre
elas que funcionam como uma válvula de passagem única.

A pressão causada pelo acúmulo gradual do fluído intersticial força o excesso a entrar nos
capilares linfáticos através dessas aberturas, logo que entra nos vasos linfáticos, esse fluído
recebe o nome de linfa.

Os grandes vasos linfáticos são interrompidos periodicamente por estruturas chamadas

nódulos linfáticos, em forma de grão de feijão e com aproximadamente 2,5 cm de
comprimento. Dentro do nódulo a linfa é conduzida através de canais também ocupados com
massas de células chamadas macrófagos, que são especializadas em digerir corpos estranhos.

Nestes nódulos também são encontrados e produzidos os linfócitos. Os linfócitos têm como
função produzir anticorpos que inativarão substâncias estranhas e/ou microrganismos
patogênicos. O aumento dos nódulos linfáticos em certas doenças, como a caxumba, é o
resultado da acumulação dos linfócitos e macrófagos com os vírus mortos que eles
capturaram.

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

107
Fonte: American Cancer Society (14/04/2015).

108
Vasos linfáticos e outros órgãos do sistema linfático.

Fonte: American Cancer Society (14/04/2015).

9.5 Linfa

A linfa é um líquido transparente ou de coloração clara com aspecto leitoso, que circula
lentamente através dos vasos linfáticos.

Funções da Linfa

 Realização da comunicação entre o sangue e tecidos;

 Nutrição das células;

 Eliminação de impurezas produzidas durante o seu metabolismo;

 Drenagem de substâncias e água dos espaços entre as células.

109
10 SISTEMA RESPIRATÓRIO

É o conjunto de vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades
pulmonares.

10.1 Função do Sistema Respiratório:

É facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente

concentração de oxigénio no sangue, necessária para as reacções metabólicas, e em
contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas
reacções que são representadas pelo gás carbónico.

10.2 Constituição Sistema Respiratório

Este sistema é constituído pelos tratos (vias):

1. Vias; respiratórios superiores.

2. Vias; respiratórios inferiores.
O trato respiratório superior; é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica.

 Nariz externo,
 Cavidade nasal,
 Faringe ,
 Laringe,
 Parte superior da traqueia.
O trato respiratório inferior; consiste em órgãos localizados na cavidade torácica:

 Parte inferior da traqueia,

 Brônquios,
 Bronquíolos,
 Alvéolos,
 Pulmões.
As camadas da pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do
trato respiratório inferior. O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para
atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome

110
conjunto de vias aerificas.

Esses órgãos, no seu conjunto são:

 As fossas nasais,
 A Boca,
 Faringe,
 A Laringe,
 A traqueia,
 Os brônquios,
 Os bronquíolos
 Os alvéolos.
10.2.1 Fossas Nasais

São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são
separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. No seu
interior há dobras chamada cornetos nasais. Possuem um revestimento dotado de células
produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias
aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. Os cornetos: São
divididas em superior, média e inferior.

No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfacto.
Têm as funções de; filtrar, humedecer e aquecer o ar, os pêlos do interior das narinas filtram
grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. O esqueleto ósseo do nariz; é formado
pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.

A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios
paranasais é drenado.

Os seios paranasais compreendem:

 Os seios maxilares,
 frontal, etmoidal e o esfenoidal.

111
Cornetos nasais ou seios paranasais.

112
10.2.2 Faringe

A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se
situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é
composta de músculos esqueléticos e revestida de mucosa. A faringe funciona como
uma passagem de ar e alimento.

A faringe é dividida em três regiões anatômicas:

1. Nasofaringe

2. Orofaringe

3. Laringofaringe.

1. A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as

seguintes comunicações: Duas com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas auditivas e
com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngeo
da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade média
timpânica do ouvido.

2. A parte intermediária da faringe, a orofaringe; situa-se atrás da cavidade oral e

estende-se do palato mole até o nível do hióide. A parte da orofaringe tem comunicação
com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento.

3. A laringofaringe; estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com o

esófago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a
parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestora.

10.2.2 Faringe

113
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artm, 2000.

10.2.3 Laringe

É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do

pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço,
faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de cartilagem
denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe
sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre
nas vias respiratórias.

O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir
sons durante a passagem de ar.

É um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do
pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.

A laringe tem três funções:

1. Actua como passagem para o ar durante a respiração

2. Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz)

3. Impede que o alimento e objectos estranhos entrem nas estruturas respiratórias

(como a traqueia).

114
A epiglote; se fixa no osso hióide e na cartilagem tiróide. A epiglote é uma espécie de
"porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já
substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e estes se
dirigem ao esófago.

10.2.4 Traqueia

É um tubo de aproximadamente 2,5 cm de diâmetro por 10-12,5 centímetros de

comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua
região inferior, originando os (2) dois brônquios principais dierito e esquerdo que
penetram nos pulmões.

Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes

em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao
movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Traqueia é constituído
aproximadamente por; 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são
denominados cartilagens traqueais.

115
10.2.5 Brônquios

Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados

um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos
de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e
glândulas.

O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o
esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem
incompletos.

Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada Hilo. Ao atingirem os

pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios
lobares.

Os brônquios lobares; subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes

distribuindo-se a um segmento pulmonar.

116
Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados

117
bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem
cartilagem.

Os bronquíolos, continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos

denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com
forma de uva chamados alvéolos.

Alvéolos

Os pulmões humanos apresentam milhões de alvéolos pulmonares, o que proporciona

um aspecto esponjoso ao órgão e promove um grande aumento na superfície de contato.
Cada pulmão apresenta em média 200 milhões dessas estruturas pequenas que se
enchem de ar.

É nos Alvéolos pulmonares onde ocorrem as trocas gasosas e constituem a última

porção da árvore brônquica. Essas estruturas fazem parte do sistema respiratório e são
um dos componentes da chamada porção respiratória, a qual é formada pelos
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.

Os alvéolos; são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos; é trocar oxigénio e
dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.

Alvéolos pulmonares

118
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Art, 2000.

O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore

respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células
epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos,
denominadas alvéolos pulmonares.

NB: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax
do abdómen (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos
intercostais, os movimentos respiratórios.

 Localizado acima do estômago, o nervo frénico é que controla os movimentos do

diafragma.

 Hematose é a trocas gasosas.

119
Alvéolos

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

10.2.6 Pulmões

Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada
lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue
circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (Hematose). Eles estendem-se do
diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão
direito; é o mais espesso e mais largo do que o esquerdo. Ele também é um pouco mais

120
curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado.

O pulmão esquerdo; tem uma concavidade que é a incisura cardíaca.

Cada pulmão têm uma forma de uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordos e
três faces.

O pulmão de cada lado apresenta três faces:

Face Costal (face lateral): É a face relativamente lisa e convexa, voltada para a
superfície interna da cavidade torácica.

Face Diafragmática (face inferior): É a face côncava que assenta sobre a cúpula
diafragmática.

Face Mediastínica (face medial): É a face que possui uma região côncava onde se
acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do
pulmão.

Os pulmões estão divididos em lobos e apresentam características morfológicas

diferentes.

O pulmão direito; é constituído por três lobos divididos por duas fissuras.

1. Uma fissura horizontal, que separa o lobo superior e o lobo médio.

2. Uma fissura obliqua, que separa o lobo inferior e o lobo médio

O pulmão esquerdo; é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma

fissura oblíqua.

10.2.7 Pleuras:

É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. “Pleura
parietal e visceral”.

A camada externa; é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é

121
denominada Pleura Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para formar a pleura
visceral).

A camada interna; a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente

à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). Entre as pleuras visceral e
parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena
quantidade de líquido lubrificante, decretando pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito
entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a
respiração.

Pleura

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011

O hilo pulmonar é uma estrutura anatômica localizada na região central de cada

pulmão, por onde entram e saem os vasos sanguíneos, os brônquios e os nervos. É
composto por vasos sanguíneos, brônquios e tecido conjuntivo que mantém essas
estruturas unidas. Sua principal função é permitir a comunicação entre os pulmões e o
resto do corpo, garantindo a entrada de oxigênio e a saída de dióxido de carbono durante
a respiração.

Hilo do pulmão é a região localizada na face mediastinal de cada pulmão formado pelas
estruturas que entram e saem do pulmão, onde temos:

122
 Os brônquios Principais,

123
  Veias pulmonares,

 Artérias e veias bronquiais,

 Vasos linfáticos.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Art 2000.

124
 PULMÕES

Fonte: Manual de anatomia e fisiologia humana volume II.

125
10.2.8 Diafragma

Fonte: Atlas de Anatomia Humana 2011.

126
O diafragma é um músculo estriado esquelético, em formato de cúpula, principal
músculo da respiração que separa as cavidades torácica e abdominal. O diafragma é o
principal músculo da respiração. Ele é responsável por separar as cavidades torácica e
abdominal. O diafragma é um músculo estriado esquelético, em formato de cúpula.

As funções do diafragma estão relacionadas ao processo de respiração, estabilização da

coluna vertebral e auxílio na expulsão de urina, fezes e vômitos.

O movimento do diafragma também contribui para espirros e tosses, sendo que o soluço
é resultado de movimentos involuntários do diafragma. O diafragma apresenta três
aberturas que permitem a passagem de estruturas, como vasos sanguíneos, nervos e
estruturas, como o esôfago.

10.3 Fisiologia do Aparelho Respiratório

Processo da respiração:

a) Inspiração

b) Expiração

 O 1° tempo da respiração chama-se inspiração. O ar inspirado encontra-se; O2,

uma parte deste O2 passado ar para o sangue e o sangue em troca dá para o ar o
CO2;

 O 2° tempo da respiração chama-se expiração o ar expirado tem CO2, e este ar

expirado esta saturado de dioxido de carbono, encontrados durante as trocas
gasosas.

10.4 Características da respiração

O conjunto de uma inspiração e expiração chama-se ciclo respiratório e o n° normal de

ciclo por minuto é de 16-20 no adulto.

Se estes valores estiverem aumentando chama-se poligopnea ou taquipnea, e a sua

diminuição por oligopnea ou bradipnea.

127
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Título:Manual de Anatomia e fisiologia humana -Volume ll

Autores:Maria António(Médica pela Universidade Jean Piaget de Luanda)

Auria Patrícia António Capassola Cazola (Médica pela Universidade Jean Ppt)

Carlos Júnior Xavier (Enfermeiro pela Universidade ISPAJ)

Adilson Pedro (Informático pela Universidade Metodista).

Design gráfico:Palavras e contexto, Lda · Nova Editora Angola, Lda.

Editora:Nova Editora Angola, Lda.

Rua João Lourenço, casa n· 1

Bairro Samba - Luanda

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Telefone:00244922910090

Revisão feita por:Dra. Maria Antónia Oliveira Marques (Licenciada em línguas e

Literaturas)

Ano de edição:2021

Ano de impressão:2021

Depósito legal:

ISBN: 978-989-5497-0-7

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