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Regras de Voo - VATSIM

O documento descreve as regras de voo VFR (Visual Flight Rules) e IFR (Instrument Flight Rules), incluindo as condições necessárias para cada tipo de voo, como visibilidade, altitudes e distâncias de nuvens. As regras específicas para voos em áreas controladas, noturnos e a possibilidade de mudança entre VFR e IFR também são abordadas. Além disso, o documento inclui exercícios práticos para aplicação do conhecimento adquirido.

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Regras de Voo - VATSIM

O documento descreve as regras de voo VFR (Visual Flight Rules) e IFR (Instrument Flight Rules), incluindo as condições necessárias para cada tipo de voo, como visibilidade, altitudes e distâncias de nuvens. As regras específicas para voos em áreas controladas, noturnos e a possibilidade de mudança entre VFR e IFR também são abordadas. Além disso, o documento inclui exercícios práticos para aplicação do conhecimento adquirido.

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MI 004/08 BR Regras de vôo VFR e IFR 20/04/2008 1 de 4

1. Introdução

Existem 2 tipos de vôos, os vôos conduzidos de acordo com as regras visuais ou por
instrumentos. Em vôos visuais (VFR – Visual Flight Rules) são utilizadas como referências para o
vôo as rodovias, lagos, rios e outras características do terreno. Já em vôos por instrumentos (IFR –
Instrument Flight Rules) é utilizada a radionavegação, visto que o piloto não tem visibilidade
suficiente para saber a sua posição. Então ele segue as cartas de vôos por instrumentos e foca-se
apenas na instrumentação da cabine de comando.

2. Regras de vôo visual

Os vôos VFR deverão ser conduzidos de forma que as aeronaves voem nas condições
especificadas abaixo.

a) Manter a referência com o solo ou água, de modo que as formações


meteorológicas abaixo do nível de vôo não obstruam mais da metade da área de
visão do piloto;
b) Voar abaixo do FL150;
c) Manter-se afastado 1500m de nuvens lateralmente e 1000 pés verticalmente;
d) A visibilidade for maior de 5km abaixo do FL100 e 8km entre o FL100 e FL150;
e) A velocidade de cruzeiro for inferior a 250kt abaixo do FL100 ou abaixo de 380kt
entre o FL100 e FL150.

Resumidademente, as principais regras estão na tabela abaixo:

Abaixo do FL100 Entre FL100 e FL150


Distância de nuvens 1500m lateralmente e 1000pés verticalmente

Visibilidade mínima 5km 8km


Velocidade máxima 250kt 380kt
Distância do solo 500 pés em áreas não povoadas 1000 pés sobre
áreas povoadas

Os vôos VFR não poderão entrar na ATZ (Zona de Tráfego de Aeródromo) ou no


circuito de tráfego de tal aeródromo se:

a) O teto for inferior a 450m (1500 pés); b) Visibilidade no solo for inferior a 5Km;

Exceto em operação de pouso e decolagem, o vôo VFR não será efetuado:

c) Sobre cidades, povoados, lugares habitados ou sobre grupos de pessoas ao ar


livre, em altura inferior a 300m (1000 pés) acima do mais alto obstáculo existente
num raio de 600m em torno da aeronave;
d) Em altura inferior a 150m (500 pés) acima do solo ou da água.
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2.1. Vôo VFR em áreas controladas

As aeronaves em vôo VFR dentro de TMA ou CTR não deverão cruzar as


trajetórias dos procedimentos de saída e descida por instrumentos em altitudes
conflitantes, bem como não deverão bloquear os auxílios à navegação sem autorização
do respectivo órgão ATC. Mesmo em regras de vôo VFR, o piloto está sujeito ao
controle de tráfego, e deverá obedecer as instruções do controlador desde que não
imponha risco a operação da aeronave.
Um dos princípios mais importantes do vôo visual é a regra “ver e evitar”, ou
seja,
o piloto é o responsável por manter sua separação tanto de outras aeronaves, quanto
do terreno.

2.2. Vôo VFR noturno

O vôo visual noturno é permitido, desde que:

a) O piloto deverá possuir habilitação para vôo IFR;


b) A aeronave deverá estar homologada para vôo IFR;
c) Os aeródromos de partida, de destino e de alternativa deverão dispor de
balizamento luminoso das pistas de pouso em funcionamento;
d) Farol de aeródromo em funcionamento; e
e) Indicador de direção do vento iluminado ou órgão ATS em operação.

2.3. Níveis de cruzeiro

Os níveis de cruzeiro deverão sempre terminar em 5, até o teto máximo do nível


145 e separados entre si por 1000 pés. É importante observar a direção do vôo, pois
para Oeste se utilizam níveis Pares e para Leste, níveis Impares. Como todos os níveis
terminam em 5, a diferença entre par ou ímpar se da pelos dígitos que antecedem.

Pares Impares
De 180º a 359º De 360º a 179º
FL Altitude FL Altitude
45 4500 35 3500
65 6500 55 5500
85 8500 75 7500
105 10500 95 9500
125 12500 115 11500
145 14500 135 13500
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2.4. Mudança de regras de vôo

Qualquer aeronave pode alterar sua regra de vôo de VFR para IFR, desde que o
piloto tenha condições de voar IFR. Para tal, ele deve solicitar a alteração de regras ao
ATC e informar as alterações necessárias para ele se adequar à regra que planeja
seguir.

3. Regras de vôo instrumentos

Os vôos IFR devem ser conduzidos somente por aeronaves que possuam instrumentação
suficiente para tal e pilotos que tenham o conhecimento adequado. As condições mínimas para
decolagem podem ser observadas nas cartas do aeródromo, pois variam com a quantidade de
auxílios-rádio disponíveis. Seguem as condições mínimas para condução de vôos por instrumentos:

a) Os aeródromos de partida, de destino e de alternativa deverão estar homologados para


operação IFR diurna;

b) Caso o aeródromo de partida não esteja homologado para operação IFR, as condições
meteorológicas predominantes nesse aeródromo deverão ser iguais ou superiores aos
mínimos estabelecidos para operação VFR;

c) As condições meteorológicas predominantes no aeródromo de partida deverão ser iguais ou


superiores aos mínimos estabelecidos para operação IFR de decolagem;

d) A aeronave deverá estar em condições de estabelecer comunicações bilaterais com os


órgãos ATS que existirem nos aeródromos de partida, de destino, de alternativa e com
aqueles.

3.1. Vôo IFR em áreas controladas

É essencial a correta interpretação e o cumprimento das instruções previstas nas cartas de


vôo por instrumentos. Como as aeronaves não mantém referências visuais, o correto cumprimento
das autorizações do ATC ou dos perfis laterais e verticais evitam conflitos e eventuais colisões.
A qualquer momento, quando julgar necessário, um controlador pode alterar a saída, rota ou
chegada que está sendo executada, devendo o piloto seguir a instrução do ATC ou informar a
impossibilidade de cumprir tal instrução. Em momento algum, o piloto pode aceitar instruções que
não tem como cumprir ou que não saiba obedecer, devendo informar ao controle algum
procedimento alternativo.

3.2. Vôo IFR noturno

O vôo por instrumentos noturno poderá ser conduzido desde que:

a) O aeródromo de partida deverá estar homologado para operação IFR noturna, caso
contrário, o vôo deverá ser iniciado no período diurno, atendidas as exigências para o vôo
IFR diurno;

b) Os aeródromos de destino e de alternativa deverão estar homologados para operação IFR


noturna; caso a hora estimada de chegada ao aeródromo de destino ocorra no período
diurno, bastará que esse aeródromo esteja homologado para operação IFR diurna. Idêntico
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critério aplicar-se-á à alternativa, se a hora estimada sobre esta (via aeródromo de destino ou
ponto de desvio) ocorrer no período diurno;

c) As condições meteorológicas predominantes no aeródromo de partida deverão ser iguais ou


superiores aos mínimos estabelecidos para operação IFR de decolagem;

d) Aeronave deverá estar em condições de estabelecer comunicações bilaterais com os


órgãos ATS que existirem nos aeródromos de partida, de destino, de alternativa com
aqueles responsáveis pelos espaços aéreos que forem sobrevoados.

4. Exercícios

a) Uma aeronave solicita um vôo VFR de SBCT para SBLO, mas a visibilidade em Curitiba
está 3000m e o teto é 500 pés. É possível prosseguir? Por quê?

b) O PT-ABC envia um plano de vôo IFR de SBKP para SDYM. Está correto? Explique.

c) Você está voando em condições VFR, mas no destino, repentinamente a visibilidade cai
para 1500m e o teto para 1000 pés e a sua aeronave não possui instrumentação para voar
IFR. O que você faz?

d) Qual a velocidade máxima para voar VFR abaixo do FL100 em áreas controladas? E acima
do FL100?

e) Um aeródromo que não possua balizamento noturno pode receber vôos VFR noturnos? E
vôos IFR?

f) Você deseja voar VFR de Cessna 172 entre Bauru (SBBU) e Marília (SBML), o rumo
magnético ideal é o 300, qual dos níveis abaixo pode ser utilizado?
a. FL010
b. FL065
c. FL075
d. FL090

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