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Pedagogia PND 2025

A apostila específica de Pedagogia para o concurso de 2025 em Londrina aborda temas essenciais como antropologia da educação, trabalho e educação, e fundamentos metodológicos do ensino de diversas disciplinas. O documento enfatiza a importância da educação na formação cultural e social, a relação entre trabalho e educação, e apresenta metodologias ativas para o ensino de língua portuguesa, matemática e ciências. Além disso, destaca a necessidade de práticas pedagógicas que promovam a justiça social e a formação de cidadãos críticos.
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Pedagogia PND 2025

A apostila específica de Pedagogia para o concurso de 2025 em Londrina aborda temas essenciais como antropologia da educação, trabalho e educação, e fundamentos metodológicos do ensino de diversas disciplinas. O documento enfatiza a importância da educação na formação cultural e social, a relação entre trabalho e educação, e apresenta metodologias ativas para o ensino de língua portuguesa, matemática e ciências. Além disso, destaca a necessidade de práticas pedagógicas que promovam a justiça social e a formação de cidadãos críticos.
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APOSTILA ESPECÍFICA:

PEDAGOGIA

LONDRINA CONCURSOS 2025


INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO EDITAL 2025

CONTEÚDOS
Pedagogia
Para as pessoas com formação na área de Pedagogia o CNU
Professores avaliará os candidatos na parte de
conhecimentos específicos com os seguintes temas:
• Antropologia da educação;
• Trabalho e educação;
• Fundamentos metodológicos específicos do ensino de língua
portuguesa, matemática, ciências, geografia, história, artes e
educação física;
• Corpo, movimento e ludicidade;
• Alfabetização e letramento;
• Letramento literário;
• Políticas de educação infantil;
• Criança e infância (conceitos e características);
• Ensino, currículo e práticas interdisciplinares;
• Atuação de pedagogos em espaços não escolares;
• Concepções de aprendizagem e de desenvolvimento da
criança na educação infantil e nos anos iniciais;
• Concepções de aprendizagem e desenvolvimento de
adolescentes, de jovens, de adultos e de idosos;
• Práticas educativas para o processo de aprendizagem de
crianças, de jovens, de adultos e de idosos;
• Práticas de atendimento educacional especializado;
• Educação do/no campo e movimentos sociais;
• Pedagogia como ciência da prática educativa;
• Relação de ensino e aprendizagem e as dificuldades no
processo de escolarização;
• Práticas de ensino na educação infantil;
• Políticas e práticas de avaliação; e
• Organização, planejamento e gestão da educação.
• Antropologia da educação;

A Antropologia da Educação é um campo de estudo que investiga as


relações entre a cultura, a sociedade e a educação, explorando como
as práticas educativas são moldadas por contextos culturais e
sociais, e como a educação, por sua vez, influencia a formação
cultural e social dos indivíduos.

O que a Antropologia da Educação estuda?

• A relação entre cultura e educação:

A antropologia da educação examina como os valores, crenças,


costumes e práticas culturais de um grupo social são transmitidos
através da educação, tanto formal (na escola) quanto informal (em
casa, na comunidade).

• A influência da sociedade na educação:

O campo investiga como as estruturas sociais, como classes sociais,


gênero, raça e etnia, afetam as experiências educacionais das
pessoas, incluindo acesso à educação, oportunidades e resultados.

• A formação de identidades:

A antropologia da educação explora como os processos educativos


contribuem para a construção da identidade individual e social, tanto
no nível pessoal quanto coletivo.

• A diversidade cultural na educação:

O campo se dedica a entender e valorizar a diversidade cultural nos


contextos educacionais, promovendo a interculturalidade e a
relevância cultural das práticas pedagógicas.
• O papel da escola e outras instituições:

A antropologia da educação analisa o papel da escola, mas também


de outras instituições sociais, como a família e a comunidade, na
formação e socialização dos indivíduos.

Importância da Antropologia da Educação:

• Compreensão da complexidade da educação:

A antropologia da educação oferece uma perspectiva mais ampla e


profunda sobre a educação, considerando seus aspectos sociais,
culturais e históricos.

• Promoção da justiça social na educação:

Ao reconhecer as desigualdades sociais e culturais que afetam a


educação, a antropologia pode contribuir para a criação de
ambientes educacionais mais justos e equitativos.

• Desenvolvimento de práticas pedagógicas mais eficazes:

Ao compreender a cultura e as experiências dos alunos, os


educadores podem criar práticas pedagógicas mais relevantes e
significativas para eles.

• Formação de cidadãos mais conscientes e críticos:

Ao promover a reflexão sobre a cultura e a sociedade, a antropologia


da educação pode ajudar os alunos a se tornarem cidadãos mais
críticos e engajados.

Em resumo, a antropologia da educação é um campo interdisciplinar


que busca entender a educação em sua complexidade cultural e
social, com o objetivo de promover práticas educacionais mais justas,
equitativas e eficazes para todos.
• Trabalho e educação;

A relação entre trabalho e educação é um tema complexo e


multifacetado, com implicações significativas para o
desenvolvimento individual e social. A educação, por um lado,
fornece as ferramentas e conhecimentos necessários para o
exercício profissional, enquanto o trabalho, por outro lado,
oferece oportunidades para a aplicação prática desses
conhecimentos e para o desenvolvimento de novas
habilidades. Essa relação é dinâmica e evolui constantemente,
refletindo as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas.

Relação entre Trabalho e


Educação:

• Educação como preparação


para o trabalho:
A educação formal e informal fornece as bases para o
desenvolvimento de competências e habilidades cruciais para
o mercado de trabalho, como leitura, escrita, raciocínio lógico,
resolução de problemas e comunicação.

• Trabalho como espaço de aprendizagem:

O trabalho não é apenas um meio de sustento, mas também


um espaço onde se adquirem novos conhecimentos,
habilidades e experiências. A prática profissional pode
complementar e aprofundar o aprendizado formal, além de
desenvolver competências socioemocionais como trabalho em
equipe, liderança e adaptabilidade.

• Trabalho como princípio educativo:

A ideia de trabalho como princípio educativo, defendida por


alguns autores, enfatiza a importância de integrar o trabalho no
processo de ensino-aprendizagem, visando uma formação
mais completa e conectada com a realidade social.

• Impacto do trabalho na educação:

As mudanças no mundo do trabalho, como a automação e a


globalização, têm um impacto significativo na educação,
exigindo que as instituições educacionais se adaptem às novas
demandas do mercado e preparem os indivíduos para carreiras
em constante evolução.

Desafios e Oportunidades:

• Desigualdades:
As desigualdades sociais e econômicas podem limitar o acesso
à educação de qualidade e, consequentemente, ao mercado de
trabalho, criando um ciclo de exclusão.

• Formação para o futuro:

É crucial que a educação prepare os indivíduos para as


profissões do futuro, que exigirão habilidades como
pensamento crítico, criatividade, resolução de problemas
complexos e adaptabilidade.

• Valorização do trabalho:

É importante reconhecer a importância do trabalho como um


direito e um meio de realização pessoal e profissional,
promovendo a valorização de todas as profissões e a igualdade
de oportunidades.

Em resumo, a relação entre trabalho e educação é intrínseca e


fundamental para o desenvolvimento humano e social. Uma
educação de qualidade, que prepare os indivíduos para o
mundo do trabalho e que valorize o trabalho como um princípio
educativo, é essencial para a construção de um futuro mais
justo e próspero.
IMPORTANTE

Analisar as relações entre trabalho e sociedade no modo de


produção capitalista, requer um grande esforço teórico e
conceitual, tendo em vista que há uma diversidade de autores
e informações acerca da temática, e requer uma análise
criteriosa de períodos e contextos dimensionados pelo
mesmos, porém entendo ser de fundamental importância esta
conceituação e o recorte temporal para que possamos, ter
clareza dos projetos de sociedades em disputas.

Os processos de conformação do sujeito a ótica da


globalização e mundialização da economia, pode ser assim
disseminados no processo escolar da educação formal, onde a
educação está atrelada aos interesses dominantes da
sociedade global.

A educação neste contexto, subordinada a ótica de produção


capitalista, passou a exigir um trabalhador qualificado e com
conhecimentos e habilidades fragmentados, limitado a função
produtiva no espaço de atuação, seja na indústria ou na
empresa, onde a finalidade está associada a produtividade e
eficiência do uso racional dos meios, tempo e sistema de
produção capitalista.

Concluímos através de nossa investigação que as relações


estabelecidas para a formação do trabalhador se
fundamentam, nas concepções econômicas subjacentes a
lógica do capital em vigência na sociedade. Sendo estas
concepções e fundamentos, norteadores no campo
educacional em todo processo formativo escolar.

Fundamentos metodológicos específicos do


ensino de:

Língua portuguesa
Os fundamentos metodológicos do ensino de língua
portuguesa abrangem a reflexão sobre a língua, a oralidade, a
leitura e a escrita, considerando-as como práticas sociais
interligadas. O ensino deve focar no uso da língua em
diferentes contextos, promovendo a análise linguística e o
desenvolvimento da capacidade comunicativa dos alunos.

Conceitos e abordagens:

• Linguística textual:

A língua é vista como um sistema que se manifesta em textos,


priorizando sua análise em contextos de uso.

• Interacionismo:

A linguagem é entendida como interação social, onde o aluno


constrói conhecimento em colaboração com outros e com o
texto.

• Multiletramentos:
Abordagem que considera a diversidade de linguagens e
mídias na sociedade contemporânea, integrando diferentes
formas de comunicação no ensino.

• Práticas sociais da linguagem:

O ensino deve considerar o uso da língua em diferentes


situações sociais, como leitura de notícias, produção de textos
para redes sociais, entre outros.

• Gêneros textuais:

O ensino deve abordar a variedade de gêneros textuais


(narrativas, artigos de opinião, receitas, etc.) e suas
particularidades em termos de estrutura, estilo e função.

• Análise linguística:

A reflexão sobre a língua deve ser constante, abordando


aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos,
mas sempre em relação ao uso.

• Variação linguística:

O ensino deve considerar a diversidade da língua portuguesa,


incluindo as diferentes modalidades e registros, sem
preconceitos.

Eixos do ensino:

• Oralidade:

Desenvolvimento da capacidade de falar e ouvir, com atenção


à clareza, coerência e adequação à situação comunicativa.

• Leitura:
Promoção da leitura como prática social, desenvolvendo
habilidades de compreensão, interpretação e análise crítica de
textos.

• Escrita:

Desenvolvimento da capacidade de produzir textos escritos


com clareza, coesão e coerência, adequados a diferentes
gêneros e contextos.

• Reflexão sobre a língua:

Análise linguística em seus diversos aspectos, buscando a


compreensão da estrutura e funcionamento da língua.

Metodologias:

• Centradas no aluno:

O aluno é o protagonista do processo de aprendizagem, com


atividades que o envolvem e o desafiam a construir
conhecimento.

• Ativas:

Atividades que estimulam a participação, a colaboração e a


interação entre os alunos, como debates, projetos, produção de
textos em grupo, etc.

• Contextualizadas:

O ensino da língua deve estar relacionado com a realidade dos


alunos, utilizando exemplos e situações do cotidiano.

• Avaliação contínua:
A avaliação deve ser um processo contínuo e formativo, que
acompanha o desenvolvimento do aluno e oferece feedback
para seu progresso.

Em resumo, o ensino de língua portuguesa deve ser pautado


por uma abordagem comunicativa e contextualizada,
considerando a língua como prática social e promovendo o
desenvolvimento integral do aluno em relação à oralidade,
leitura, escrita e reflexão sobre a língua.

Matemática

Os fundamentos metodológicos específicos do ensino de


matemática envolvem a aplicação de princípios e estratégias
que visam facilitar a compreensão e a aprendizagem da
matemática pelos alunos. Isso inclui o uso de diferentes
abordagens, como resolução de problemas, modelagem
matemática, atividades práticas e o uso de tecnologias. Além
disso, é importante considerar a importância da linguagem
matemática, a relação da matemática com o cotidiano e o
desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos.

Principais aspectos:

• Resolução de Problemas:

A resolução de problemas é uma metodologia central, onde os


alunos aprendem a aplicar conceitos matemáticos para
solucionar situações-problema, desenvolvendo habilidades de
raciocínio e tomada de decisão.

• Modelagem Matemática:

Esta abordagem envolve a criação de modelos matemáticos


para representar situações do mundo real, permitindo aos
alunos explorar e analisar fenômenos complexos.

• Atividades Práticas e Materiais Manipulativos:

O uso de materiais concretos, como jogos, quebra-cabeças e


objetos do cotidiano, auxilia na compreensão de conceitos
abstratos e promove uma aprendizagem mais significativa.

• Linguagem Matemática:

É crucial que os alunos desenvolvam habilidades de


comunicação matemática, aprendendo a interpretar e utilizar a
linguagem específica da área.

• Conexão com o Cotidiano:

Relacionar os conteúdos matemáticos com situações do dia a


dia dos alunos ajuda a tornar a aprendizagem mais relevante e
contextualizada.

• Desenvolvimento do Raciocínio Lógico:

O ensino de matemática deve buscar desenvolver o raciocínio


lógico dos alunos, estimulando a capacidade de argumentação,
análise e resolução de problemas de forma sistemática.

• Tecnologias:
O uso de ferramentas digitais, como softwares de geometria e
calculadoras, pode enriquecer as aulas e proporcionar novas
formas de explorar a matemática.

• Diversidade de Abordagens:

É importante que o professor utilize diferentes estratégias e


metodologias, adaptando-se às necessidades e características
de cada aluno.

Metodologias Ativas:

• Aprendizagem Baseada em Projetos:

Os alunos trabalham em projetos que envolvem pesquisa,


resolução de problemas e aplicação de conceitos matemáticos
em situações práticas.

• Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP):

Os alunos são confrontados com problemas desafiadores que


exigem a aplicação de conhecimentos e habilidades para
encontrar soluções.

• Sala de Aula Invertida:

Os alunos estudam o conteúdo em casa e utilizam o tempo em


sala de aula para atividades práticas, discussões e
esclarecimentos de dúvidas com o professor.

• Gamificação:

A utilização de elementos de jogos em sala de aula, como


desafios e recompensas, pode aumentar o engajamento e a
motivação dos alunos.

Tendências no Ensino de Matemática:


• Educação Matemática Crítica:

Busca analisar a matemática sob uma perspectiva social e


crítica, questionando seus usos e aplicações na sociedade.

• Etnomatemática:

Estuda as diferentes formas de conhecimento matemático


existentes em diversas culturas, valorizando a diversidade
cultural.

• História da Matemática:

Permite aos alunos conhecer a evolução dos conceitos


matemáticos ao longo do tempo e a importância da matemática
na história da humanidade.

Ao considerar esses fundamentos metodológicos, o ensino de


matemática pode se tornar mais eficaz, relevante e prazeroso
para os alunos, contribuindo para a formação de cidadãos
críticos e competentes.

Ciências

Os fundamentos metodológicos do ensino de


ciências envolvem a adoção de práticas pedagógicas que
visam a construção do conhecimento científico de forma ativa
e significativa pelos alunos. Isso inclui o uso de metodologias
investigativas, a exploração de contextos reais, a promoção da
interação e a valorização da curiosidade natural dos
estudantes.
Princípios e Metodologias:

• Interdisciplinaridade:

Integrar diferentes áreas do conhecimento para uma visão mais


ampla e contextualizada.

• Metodologias Ativas:

Envolver os alunos como protagonistas do processo de


aprendizagem, utilizando atividades como projetos,
experimentos e resolução de problemas.

• Investigação:

Estimular a formulação de perguntas, levantamento de


hipóteses e busca por soluções, seguindo o método científico.

• Contextualização:

Relacionar os conteúdos científicos com o cotidiano dos alunos


e com o mundo ao seu redor.

• Avaliação Contínua:

Observar o progresso dos alunos durante todo o processo de


aprendizagem, utilizando instrumentos diversificados.

Recursos e Ferramentas:

• Recursos Digitais:

Utilizar plataformas online, jogos educativos e simuladores


para enriquecer as aulas.

• Materiais Concretos:

Explorar objetos, instrumentos e equipamentos para atividades


práticas e experimentações.
• Ambientes de Aprendizagem:

Criar espaços que favoreçam a interação, a colaboração e a


descoberta.

Importância da Formação do Professor:

• Conhecimento Científico: É fundamental que o professor


tenha uma sólida base em ciências para mediar o
conhecimento de forma eficaz.

• Didática: Dominar as metodologias de ensino e as estratégias


pedagógicas para tornar as aulas mais dinâmicas e
interessantes.

• Flexibilidade: Adaptar as aulas às necessidades e aos ritmos


de aprendizagem dos alunos.

• Reflexão Crítica: Estar sempre aberto a novas ideias e


práticas pedagógicas.

Geografia

Os fundamentos metodológicos no ensino de


Geografia envolvem a aplicação de princípios e conceitos
geográficos, o uso de diferentes métodos de pesquisa, e a
articulação entre teoria e prática para desenvolver uma
abordagem crítica e reflexiva sobre o espaço geográfico.

Princípios e Conceitos Geográficos:

• Analogia:
Estabelecer comparações entre diferentes lugares ou
situações para entender suas semelhanças e diferenças.

• Atividade:

Reconhecer que o espaço geográfico é resultado de processos


de transformação e interação entre elementos naturais e
sociais.

• Causalidade:

Investigar as causas e consequências dos fenômenos


geográficos, buscando explicações para sua distribuição e
organização no espaço.

• Conexidade:

Compreender as relações entre diferentes elementos e


fenômenos geográficos, reconhecendo que eles estão
interligados e se influenciam mutuamente.

• Extensão:

Analisar a distribuição espacial dos fenômenos geográficos,


considerando a sua localização, delimitação e organização em
diferentes escalas.

• Espaço geográfico:

Entendido como o espaço produzido pelas relações sociais,


resultado da interação entre a natureza e a sociedade.

• Paisagem:

Percepção visual do espaço, resultado da interação entre


elementos naturais e culturais.

• Lugar:
Espaço vivido, com significado e afetividade para o indivíduo.

• Território:

Espaço apropriado e delimitado por grupos sociais, com


relações de poder.

• Região:

Área com características semelhantes, resultado de processos


históricos e sociais.

• Escala:

Nível de análise do espaço, permitindo a observação em


diferentes ampliações.

Métodos de Ensino:

• Método Dialético:

Permite analisar as contradições e transformações do espaço


geográfico, buscando uma compreensão mais profunda das
relações sociais.

• Método Fenomenológico:

Foca na experiência vivida e na percepção do espaço pelos


indivíduos, valorizando o conhecimento local e a subjetividade.

• Observação e Descrição:

Análise detalhada do espaço geográfico, identificando seus


elementos e características.

• Leitura da Paisagem:

Interpretação dos elementos visíveis no espaço, buscando


suas relações e significados.
• Representação do Espaço:

Uso de mapas, gráficos e outras ferramentas para representar


o espaço geográfico.

• Metodologias ativas:

Estratégias de ensino que envolvem a participação ativa dos


alunos na construção do conhecimento, como projetos,
debates e pesquisas.

Orientações Didáticas:

• Articulação entre teoria e prática:

Relacionar os conceitos geográficos com a realidade vivida


pelos alunos, buscando uma compreensão mais significativa
do espaço.

• Desenvolvimento de uma postura crítica:

Estimular a reflexão sobre as questões sociais, econômicas e


ambientais relacionadas ao espaço geográfico.

• Valorização do conhecimento prévio dos alunos:

Integrar o conhecimento adquirido pelos alunos em suas


experiências cotidianas com os conceitos geográficos.

• Utilização de diferentes recursos didáticos:

Explorar materiais como mapas, fotos, vídeos, jogos e


tecnologias digitais para tornar as aulas mais interessantes e
dinâmicas.

• Incentivo à pesquisa e à investigação:


Estimular a busca por informações, a análise crítica de dados
e a produção de conhecimento original.

História
Os fundamentos metodológicos do ensino de história envolvem
a aplicação de abordagens teóricas e práticas para tornar o
aprendizado da disciplina mais eficaz e significativo. Isso inclui
o uso de diferentes fontes históricas, a compreensão de
conceitos-chave como tempo e sujeito histórico, e a adoção de
metodologias que promovam a análise crítica e a participação
ativa dos alunos.

Conceitos e Abordagens:

• Fontes Históricas:

O ensino de história deve utilizar uma variedade de fontes


(escritas, visuais, orais, materiais) para reconstruir o passado.

• Conceitos Fundamentais:

É crucial trabalhar com conceitos como tempo histórico, sujeito


histórico, cultura, sociedade, economia e política para entender
a complexidade dos fenômenos históricos.

• Análise Crítica:

O ensino de história deve estimular o pensamento crítico, a


capacidade de questionar fontes e informações, e a construção
de interpretações próprias.

• Interdisciplinaridade:
A integração com outras áreas do conhecimento, como
geografia, sociologia e literatura, enriquece a compreensão
histórica e contextualiza os fatos.

Metodologias Ativas:

• Estudo de Caso:

Analisar eventos específicos, personagens ou contextos


históricos para promover a imersão e a compreensão
profunda.

• Debates e Discussões:

Estimular a troca de ideias e a construção coletiva de


conhecimento sobre temas históricos.

• Projetos de Pesquisa:

Envolver os alunos na investigação de temas de seu interesse,


incentivando a autonomia e o desenvolvimento de habilidades
de pesquisa.

• Recursos Didáticos:

Utilizar diferentes recursos, como vídeos, mapas, imagens,


músicas e jogos, para tornar o aprendizado mais dinâmico e
atraente.

• Visitas a Museus e Espaços Históricos:

Proporcionar experiências diretas com o passado, permitindo


que os alunos vivenciem a história de forma mais concreta.

O Papel do Professor:

• Professor-Pesquisador:
O professor deve ser um pesquisador constante, atualizado
sobre os conhecimentos históricos e capaz de selecionar e
adaptar materiais e metodologias.

• Mediação:

O professor atua como mediador entre o conhecimento


histórico e o aluno, facilitando a construção do significado e a
apropriação do conteúdo.

• Criação de Ambientes de Aprendizagem:

O professor deve criar um ambiente acolhedor, estimulante e


desafiador, onde os alunos se sintam à vontade para aprender,
questionar e expressar suas ideias.

Em resumo, os fundamentos metodológicos do ensino de


história envolvem a combinação de abordagens teóricas e
práticas que visam desenvolver nos alunos o pensamento
crítico, a capacidade de análise e a compreensão da
complexidade histórica.

Artes

Os fundamentos metodológicos específicos do ensino de


Artes envolvem a compreensão da arte como conhecimento e
prática social, integrando elementos como a expressão, a
apreciação e a reflexão crítica sobre a produção artística. As
metodologias devem promover a interdisciplinaridade, a
contextualização histórica e cultural da arte, e o
desenvolvimento da sensibilidade estética e criatividade dos
alunos.

Fundamentos Teóricos e Metodológicos:

• A Arte como Fonte de Humanização:

A arte na educação busca desenvolver a sensibilidade, a


capacidade de expressão e a compreensão do mundo e da
cultura, contribuindo para a formação integral do indivíduo.

• Abordagem Triangular:

A metodologia triangular, proposta por Barbosa (1999), integra


a produção, a apreciação e a contextualização da arte,
permitindo que o aluno construa seus conhecimentos de forma
crítica e reflexiva.

• Interdisciplinaridade:

O ensino de artes se beneficia da integração com outras áreas


do conhecimento, como história, geografia, literatura, música,
entre outras, enriquecendo a experiência do aluno e
proporcionando uma visão mais ampla e contextualizada.

• Diversidade de Linguagens:

É importante explorar as diversas linguagens artísticas (artes


visuais, música, dança, teatro) e suas manifestações,
valorizando a diversidade cultural e a expressão individual.

• Apreciação e Reflexão Crítica:

O ensino de artes deve promover a apreciação estética, a


análise e a reflexão crítica sobre as obras de arte, incentivando
o aluno a desenvolver seu próprio senso crítico e a
compreender o contexto histórico e cultural em que a arte foi
produzida.

Metodologias Específicas:

• Oficinas de Criação:

Oficinas práticas que estimulem a experimentação com


diferentes materiais e técnicas artísticas, incentivando a
criatividade e a expressão individual.

• Visitas a Museus e Espaços Culturais:

Experiências que proporcionem o contato direto com obras de


arte e manifestações culturais, enriquecendo o repertório visual
e cultural dos alunos.

• Estudo do Meio:

A utilização do contexto local e da realidade dos alunos como


fonte de inspiração e produção artística.

• Uso de Recursos Tecnológicos:

A exploração de ferramentas digitais e recursos tecnológicos


para a produção, pesquisa e divulgação da arte.

• Projetos e Sequências Didáticas:

A organização do ensino em projetos e sequências didáticas


que abordem temas específicos de forma mais aprofundada e
contextualizada.

O Papel do Professor:

• Mediador e Facilitador:
O professor atua como um mediador entre o aluno e o
conhecimento artístico, facilitando a aprendizagem e
incentivando a participação ativa dos alunos.

• Criador de Ambientes de Aprendizagem:

O professor deve criar um ambiente propício para a


experimentação, a expressão e a reflexão, valorizando a
diversidade de ideias e a produção artística dos alunos.

• Reflexão e Atualização Constante:

O professor de artes deve estar em constante atualização,


buscando novas metodologias, ferramentas e conhecimentos
para enriquecer sua prática pedagógica.

Educação física;

Os fundamentos metodológicos específicos do ensino de


Educação Física englobam princípios, teorias e práticas que
orientam o processo de ensino-aprendizagem, visando o
desenvolvimento integral dos alunos através do movimento e
da cultura corporal. Estes fundamentos abrangem abordagens
pedagógicas, como a construtivista e a crítico-emancipatória, e
a utilização de métodos ativos, que valorizam a participação e
a autonomia dos alunos.

Princípios Metodológicos:

• Interação:
Estimular a interação entre alunos e professor, promovendo um
ambiente colaborativo de aprendizagem.

• Contextualização:

Relacionar os conteúdos da Educação Física com a realidade


social e cultural dos alunos, tornando o aprendizado mais
significativo.

• Valorização da Experiência:

Considerar as experiências prévias dos alunos, utilizando-as


como ponto de partida para a construção de novos
conhecimentos.

• Diversidade de Vivências:

Proporcionar uma variedade de atividades e experiências


motoras, explorando diferentes modalidades esportivas, jogos,
danças e ginásticas.

• Problematização:

Apresentar desafios e situações-problema que estimulem o


pensamento crítico e a busca por soluções.

• Autonomia e Criatividade:

Incentivar a autonomia dos alunos na tomada de decisões e na


criação de novas formas de movimento.

• Ludicidade:

Utilizar o jogo e a brincadeira como ferramentas pedagógicas,


promovendo a diversão e o prazer na prática da atividade
física.

• Compreensão e Transferência de Habilidades:


Desenvolver habilidades motoras e cognitivas que possam ser
aplicadas em diferentes contextos e situações.

• Utilização de Recursos Tecnológicos:

Incorporar tecnologias como aplicativos, jogos e dispositivos


eletrônicos para tornar as aulas mais interativas e motivadoras.

• Reflexão sobre a Prática:

Promover a reflexão crítica sobre os conteúdos trabalhados,


incentivando os alunos a questionar, analisar e transformar
suas práticas corporais.

• Singularidade dos Conteúdos:

Reconhecer a especificidade de cada conteúdo da Educação


Física, considerando suas particularidades e potencialidades.

Abordagens Pedagógicas:

• Construtivista:

Considera o aluno como um sujeito ativo na construção do seu


conhecimento, valorizando suas experiências e interações.

• Crítico-Emancipatória:

Busca formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de


transformar a realidade social através do movimento e da
cultura corporal.

• Psicomotora:

Foca no desenvolvimento das capacidades motoras e


cognitivas, relacionando-as com o desenvolvimento emocional
e social.
Métodos Ativos:

• Aprendizagem Baseada em Projetos:

Os alunos desenvolvem projetos relacionados aos conteúdos


da Educação Física, buscando soluções para problemas e
desafios propostos.

• Estudos de Caso:

Análise de situações reais relacionadas ao movimento


humano, que permitem aos alunos aplicar seus conhecimentos
e desenvolver habilidades de análise e resolução de
problemas.

• Gamificação:

Transformação de atividades em jogos, utilizando regras,


desafios e recompensas para motivar os alunos e tornar o
aprendizado mais divertido.

Ao utilizar esses fundamentos metodológicos, os professores


de Educação Física podem criar aulas mais significativas,
desafiadoras e relevantes para a vida dos alunos, contribuindo
para o desenvolvimento integral de suas capacidades físicas,
cognitivas, sociais e emocionais.
• Corpo, movimento e ludicidade;

Corpo, movimento e ludicidade


são elementos essenciais no
desenvolvimento infantil e na
educação. O corpo e o movimento
são ferramentas primordiais para a
expressão, comunicação e interação
das crianças com o mundo. A ludicidade, por meio do brincar e
do jogo, oferece um ambiente propício para a aprendizagem
significativa, o desenvolvimento cognitivo e a construção da
identidade.

Corpo e Movimento:

• Desde o nascimento, as crianças exploram o mundo através do


corpo e do movimento, aprendendo a se comunicar, expressar
emoções e interagir com o ambiente.

• O movimento é fundamental para o desenvolvimento motor,


cognitivo e socioemocional das crianças.

• Atividades como correr, pular, subir e descer, além de outras


brincadeiras, contribuem para o desenvolvimento da
coordenação motora global.

• A linguagem corporal é uma das principais formas de


expressão e comunicação das crianças.

Ludicidade:
• A ludicidade, que envolve o brincar, o jogo e a recreação, é um
elemento fundamental na educação, especialmente na
infância.

• O brincar permite que as crianças explorem, experimentem,


descubram e construam seu conhecimento de forma prazerosa
e significativa.

• Através do jogo, as crianças desenvolvem a criatividade, a


imaginação, a resolução de problemas e a interação social.

• Atividades lúdicas podem ser adaptadas para diferentes faixas


etárias e contextos, promovendo o desenvolvimento integral.

Relação entre Corpo, Movimento e Ludicidade:

• Corpo, movimento e ludicidade estão intrinsecamente ligados


no processo de desenvolvimento e aprendizagem.

• A ludicidade oferece um contexto para a expressão corporal e


o movimento, enquanto o corpo e o movimento são ferramentas
para a exploração e a aprendizagem lúdica.

• Professores e educadores podem utilizar atividades lúdicas


para promover o desenvolvimento motor, cognitivo e
socioemocional das crianças.

• É importante criar espaços e oportunidades para que as


crianças explorem o corpo, o movimento e o brincar de forma
livre e criativa.

Importância na Educação:

• A ludicidade e o movimento são importantes em todas as


etapas da educação, desde a educação infantil até o ensino
superior.
• O movimento e o brincar contribuem para a construção do
conhecimento, o desenvolvimento da linguagem, a
socialização e a autoestima das crianças.

• A ludicidade pode ser utilizada como uma ferramenta


pedagógica para tornar o aprendizado mais interessante,
divertido e eficaz.

• É fundamental que educadores e escolas valorizem a


importância do corpo, do movimento e da ludicidade no
desenvolvimento infantil, criando ambientes que promovam a
expressão, a criatividade e a aprendizagem significativa.

Em resumo, corpo, movimento e ludicidade são elementos


indissociáveis do desenvolvimento humano, especialmente na
infância, e desempenham um papel fundamental na educação,
promovendo a aprendizagem, a expressão, a interação social
e o desenvolvimento integral da criança.

Durante muito tempo o corpo e o movimento foram colocados


de lado na formação humana, seja ele para questões pessoais
ou para ser trabalhado nas instituições. Para Strazzacappa
(2001), “A noção de disciplina na escola sempre foi entendida
como “não-movimento”. As crianças educadas e comportadas
eram aquelas que simplesmente não se moviam”. O corpo e o
movimento não eram trabalhados, pois não havia relevância.

Trabalhar com o corpo, o movimento e a ludicidade é essencial


e incontestável quando se trata de explorar a aprendizagem
significativa com os alunos, contribuindo para sua formação,
compreensão de si e estabelecendo meios no qual ele seja o
autor da sua aprendizagem.
Os docentes devem criar estratégias que visem a
movimentação do corpo, utilizando de metodologias lúdicas,
assim criando um ambiente propício para o crescimento
voluntário, individual e em grupo. Com atividades simples, que
abram espaço para que os alunos se sintam protagonistas no
processo de aprendizagem, é possível somar com suas
singularidades, manifestando outros sentidos, como: o
desenvolvimento gestual, a fala e a percepção do ambiente.
Conforme citado por Costa, Silva, Lima, Lira e Pinheiro:

É a maneira como as relações e interações que estabelecemos


com o outro e com o mundo influenciam e contribuem para
nossa formação como seres humanos. E, ainda, compreender
o modo como isso vem orientar nossa atuação na sociedade,
enfim, é o olhar sobre o nosso ser estar no mundo.( 2019, p.06)
Para além do pintar, dançar e cantar, quando os discentes se
sentem livres para expressar seus sentimentos e emoções,
tudo o que envolve o desenvolvimento cognitivo passa a ser
uma consequência natural, uma resposta aos estímulos que a
criança recebe.

Contudo, a falta de investimento na capacitação dos


profissionais e as brechas encontradas na BNCC III, tornam
inviável um trabalho mais elaborado nas escolas, como Neira
(2017) complementa, “apesar de manter as dimensões do
conhecimento, a BNCC-III não adotou o mesmo cuidado de
articulá-las a cada uma das práticas corporais em todos os
ciclos.” Reforçando o descaso com essas competências.

Considerando isso, para que uma mudança efetiva aconteça e


esses temas estejam presentes na Educação Básica, sendo
trabalhados desde os primeiros anos da mesma, é necessário
que os pilares que formam as leis e operam os currículos,
tenham um olhar mais amplo e sensível para as diversas
formas e meios de se obter o conhecimento.
• Alfabetização e letramento;

Alfabetização e letramento são dois conceitos distintos, mas


interligados, no contexto da educação. Alfabetização refere-se
ao processo de aprender a ler e escrever, enquanto letramento
envolve o uso funcional e social da leitura e escrita em
diferentes contextos. Em resumo, a alfabetização é a base, e o
letramento é a aplicação e compreensão do que foi aprendido.

Alfabetização:

• É o processo de aquisição do código escrito, envolvendo a


aprendizagem das letras, sílabas, palavras e frases.

• Envolve a decodificação e codificação da linguagem escrita, ou


seja, a capacidade de ler e escrever.

• É um passo fundamental para o desenvolvimento da autonomia


e da cidadania.

Letramento:

• É o uso da leitura e escrita em diferentes contextos sociais e


culturais.

• Envolve a compreensão e interpretação de textos, bem como a


produção de sentidos e significados.

• Permite que o indivíduo participe de forma ativa e crítica na


sociedade, utilizando a linguagem escrita para diversas
finalidades.

Relação entre Alfabetização e Letramento:

• São processos complementares e indissociáveis.


• Não basta apenas saber ler e escrever (alfabetização), é
preciso saber usar a leitura e escrita em diferentes situações
da vida (letramento).

• O letramento potencializa o uso da alfabetização, tornando-a


mais significativa e funcional.

• O processo de alfabetização deve ser acompanhado do


letramento, para que o aluno compreenda a importância e o
significado da leitura e escrita em sua vida.

Importância da Alfabetização e Letramento:

• Garantem o acesso ao conhecimento e à cultura.

• Promovem a autonomia e a participação cidadã.

• Desenvolvem o pensamento crítico e a capacidade de


interpretação.

• Possibilitam a inclusão social e a igualdade de oportunidades.


LETRAMENTO LITERÁRIO

O letramento literário é um conceito que se refere ao processo de


apropriação da literatura enquanto linguagem, indo além da simples
leitura para envolver a compreensão, interpretação e reflexão crítica
sobre as obras. Ele visa formar leitores capazes de dialogar com a
cultura, o mundo e a própria experiência através da literatura,
desenvolvendo autonomia e senso crítico.

Resumo:

• Apropriação da literatura:

O letramento literário não se limita à leitura, mas abrange a


compreensão e interpretação de textos literários.

• Formação de leitores críticos:

Busca desenvolver leitores capazes de refletir sobre as obras,


relacioná-las com suas vidas e dialogar com outros leitores.

• Desenvolvimento de autonomia:

O objetivo é formar leitores autônomos, capazes de construir seus


próprios sentidos e interpretar a literatura de forma crítica.

• Importância na escola:

O letramento literário é fundamental na formação do leitor desde os


anos iniciais da educação, pois permite a compreensão do mundo,
da vida e da sociedade.

• Comunidade de leitores:

A construção de um espaço de compartilhamento de leituras e ideias


é essencial nesse processo.
Em resumo, o letramento literário é um processo contínuo de
apropriação da linguagem literária, que visa formar leitores críticos,
autônomos e capazes de estabelecer diálogos com a cultura e o
mundo.
PARA QUE?
• Políticas de educação infantil;

As políticas de educação infantil no Brasil, em âmbito nacional,


estadual e municipal, visam garantir o acesso e a permanência
de crianças de até 6 anos em creches e pré-escolas. A Política
Nacional de Educação Infantil (PNEI) é a principal política que
direciona as ações nesse campo, com foco na expansão da
oferta de vagas, melhoria da qualidade pedagógica,
infraestrutura adequada e materiais didáticos apropriados.

Principais aspectos das políticas de educação infantil:

• Acesso e Permanência:

As políticas visam garantir que todas as crianças tenham


acesso à educação infantil, desde creches até a pré-escola, e
que possam permanecer nessas instituições.

• Qualidade Pedagógica:

As políticas enfatizam a importância da qualidade do ensino,


incluindo a formação de professores, o desenvolvimento de
materiais didáticos e a implementação de metodologias
adequadas à faixa etária.

• Infraestrutura:

As políticas buscam garantir que as instituições de educação


infantil tenham infraestrutura adequada, com ambientes
seguros, espaços lúdicos e materiais didáticos apropriados.
• Integração:

As políticas de educação infantil devem se integrar a outras


políticas públicas, como as de saúde, assistência social, cultura
e direitos humanos.

• Participação da Família e da Sociedade:

A educação infantil deve envolver a família e a sociedade civil,


buscando a participação e a colaboração de todos na
construção de uma educação de qualidade para as crianças.

• Direitos da Criança:

As políticas devem garantir os direitos das crianças, como o


direito à educação, saúde, lazer, cultura e proteção contra
todas as formas de violência e exploração.

Principais leis e documentos que regem as políticas de


educação infantil:

• Constituição Federal de 1988:

Reconhece a criança como sujeito de direitos e garante o


direito à educação.

• Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):

Define os direitos da criança e do adolescente, incluindo o


direito à educação.

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB):

Define as diretrizes e bases da educação básica, incluindo a


educação infantil.

• Política Nacional de Educação Infantil (PNEI):


É o documento principal que direciona as ações na área.

Desafios da educação infantil:

• Acesso e Permanência:

A falta de vagas em creches e pré-escolas é um desafio


importante, principalmente para as famílias de baixa renda.

• Qualidade do Ensino:

É preciso garantir a formação continuada dos profissionais de


educação infantil e a implementação de metodologias
adequadas à faixa etária.

• Infraestrutura:

A necessidade de investimentos em infraestrutura adequada


para as instituições de educação infantil é outro desafio.

• Financiamento:

A falta de recursos para financiar a educação infantil é um


problema que afeta a qualidade e a expansão da oferta.

PNEI

A Política Nacional de Educação Infantil (PNEI) tem por


finalidade garantir o acesso e a permanência das crianças de
até 6 anos em turmas de creche e pré-escola, por meio de
fomento à expansão da oferta de vagas, ao aprimoramento da
qualidade pedagógica, a boas condições de infraestrutura e
materiais adequados.

Diversos programas, ações e iniciativas são coordenados para


organizar essa etapa, que atende bebês e crianças pequenas.
A Secretaria de Educação Básica (SEB) atua em regime de
colaboração com estados, municípios e o Distrito Federal no
fortalecimento e na gestão da educação infantil,
implementando mecanismos de apoio técnico e financeiro para
estruturar uma educação de qualidade para as crianças,
reconhecidas como sujeitos de direitos, possibilidades e
potencialidades.

Os dois principais eixos da PNEI são o Compromisso Nacional


pela Qualidade e Equidade na Educação Infantil (Conaquei) e
o Programa de Apoio à Manutenção da Educação Infantil (EI
Manutenção). Ambos são aliados das redes de ensino no
cumprimento de objetivos, metas, diretrizes e estratégias
específicas que orientam as práticas pedagógicas na educação
infantil. As ações planejadas e conduzidas nesta etapa devem
considerar os diferentes contextos brasileiros e o compromisso
com as diversidades e especificidades de distintos grupos e
territórios, visando promover a inclusão social e combater a
exclusão.
• Criança e infância (conceitos e
características);

Criança e infância são conceitos distintos, mas


relacionados. Criança refere-se ao indivíduo em fase de
desenvolvimento, enquanto infância é o período da vida
compreendido entre o nascimento e a adolescência.

Conceitos e características:

• Criança:

Uma criança é um ser humano em desenvolvimento, com


características específicas da sua idade, como a dependência,
a curiosidade e a capacidade de aprendizado.

• Infância:

A infância é um período de desenvolvimento físico, cognitivo,


social e emocional, marcado por descobertas, brincadeiras e a
construção da identidade.

Conceito de criança:

• Fase de desenvolvimento:

A criança está em constante desenvolvimento, aprendendo e


crescendo em diferentes aspectos.

• Aprendizado e experimentação:

A infância é um período de exploração, onde a criança aprende


através da brincadeira e da interação com o mundo.

• Ser social:
A criança é um ser social, que interage com outras crianças e
adultos, construindo sua identidade e aprendendo a viver em
sociedade.

Conceito de infância:

• Período de crescimento:

A infância é um período da vida que vai do nascimento até a


adolescência, com suas próprias características e desafios.

• Transformações sociais e culturais:

O conceito de infância é influenciado pelas transformações


sociais, culturais e econômicas de cada época.

• Direitos e proteção:

Na contemporaneidade, a infância é vista como um período que


merece atenção especial, com direitos e proteção garantidos
por lei.

Características da infância:

• Curiosidade e descoberta:

As crianças são naturalmente curiosas e buscam aprender


sobre o mundo ao seu redor.

• Brincadeira e imaginação:

O brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil,


estimulando a criatividade e a interação social.

• Dependência e aprendizado:

As crianças dependem dos adultos para suas necessidades


básicas e para aprender sobre o mundo.
• Plasticidade cerebral:

O cérebro da criança é altamente plástico, o que significa que


está em constante aprendizado e desenvolvimento.
Ensino, currículo e práticas interdisciplinares;

O termo "Ensino, currículo e práticas interdisciplinares" refere-


se à integração de diferentes áreas do conhecimento no
processo de ensino-aprendizagem, com o objetivo de
proporcionar uma visão mais completa e contextualizada da
realidade aos alunos. A interdisciplinaridade busca romper com
a fragmentação do conhecimento, promovendo a conexão
entre disciplinas e a construção de um conhecimento mais
significativo.

Ensino Interdisciplinar:

• Visão holística:

O ensino interdisciplinar visa oferecer uma visão mais ampla e


integrada do conhecimento, conectando diferentes áreas para
que os alunos compreendam a complexidade do mundo.

• Aprendizagem significativa:

Ao relacionar conteúdos de diversas disciplinas, o ensino


interdisciplinar facilita a compreensão e a aplicação do
conhecimento em diferentes contextos, tornando a
aprendizagem mais relevante.

• Desenvolvimento de habilidades:

A interdisciplinaridade estimula o desenvolvimento de


habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas,
comunicação e colaboração, essenciais para a formação
integral dos alunos.

Currículo Interdisciplinar:
• Organização:

Um currículo interdisciplinar é estruturado de forma a promover


a integração entre as disciplinas, seja por meio de projetos,
temas geradores ou outras abordagens que favoreçam a
conexão entre os conteúdos.

• Flexibilidade:

Um currículo interdisciplinar deve ser flexível para permitir a


adaptação às necessidades e interesses dos alunos, bem
como às particularidades do contexto em que a escola está
inserida.

• Parceria entre disciplinas:

O currículo interdisciplinar incentiva a colaboração entre os


professores de diferentes áreas, para que juntos possam
planejar e desenvolver atividades que promovam a integração
do conhecimento.

Práticas Interdisciplinares:

• Atividades integradoras:

As práticas interdisciplinares podem incluir atividades como


projetos de pesquisa, estudos de caso, debates, jogos
educativos e outras atividades que envolvam a participação
ativa dos alunos e a conexão entre diferentes áreas.

• Utilização de diferentes linguagens:

O ensino interdisciplinar valoriza a utilização de diferentes


linguagens e recursos, como vídeos, músicas, imagens e
outras ferramentas que possam enriquecer a experiência de
aprendizagem.
• Abordagem da realidade:

As práticas interdisciplinares buscam abordar a realidade de


forma mais completa, conectando o conhecimento escolar com
o contexto social, cultural e econômico em que os alunos estão
inseridos.

Em resumo, o ensino, currículo e práticas interdisciplinares


representam uma abordagem pedagógica que busca superar a
fragmentação do conhecimento, promovendo a integração
entre as disciplinas e a construção de um conhecimento mais
significativo e contextualizado.

IMPORTANTE

é possível afirmar que todos ganham com o trabalho


interdisciplinar: os professores pela possibilidade de
melhorarem a sua interação com os colegas e de repensarem
suas práticas pedagógicas e os alunos pela interação e debate
com a turma e pela melhor compreensão do mundo que os
cerca. Além disso, os conteúdos e conhecimentos de cada
disciplina podem recuperar sua totalidade e complexidade ao
serem construídos em sala de aula com situações reais de vida
dos estudantes.

Considerando que a interdisciplinaridade é um assunto amplo


e complexo, no que diz respeito às práticas educacionais,
realizamos este trabalho para nortearmos atividades futuras
como educadores e para motivarmos a prática interdisciplinar,
não como atividade isolada, mas como uma prática fundante
das intervenções pedagógicas. Conhecer e vivenciar práticas
interdisciplinares de ensino é um primeiro passo para uma
possível mudança pedagógica na sala de aula e para novos
rumos na pesquisa sobre o tema.

Percebemos que quando o ensino parte da cultura, das novas


mídias e das linguagens utilizadas pelos próprios alunos, a
reflexão sobre o conhecimento e sobre os saberes é
potencializada, o que acaba por viabilizar o desenvolvimento
do letramento crítico no alunado. Nesse sentido, os estudantes
se tornam mais reflexivos e, assim, passam a entender mais
criticamente as representações textuais, os valores, as
ideologias e os discursos da sociedade, como se pôde verificar.
• Atuação de pedagogos em espaços não
escolares;

Libâneo (2005) caracteriza o profissional da Pedagogia como alguém


que pode atuar em várias instâncias da prática educativa, direta ou
indiretamente, dentro ou não de uma organização, porém tendo
objetivos de formação humana definidos. Pode-se dizer então, que o
campo de atuação do pedagogo é bastante amplo, não podendo
apenas ser resumido ao ambiente escolar.

No fim da década de 1960 surge então o termo educação não formal


usado para definir os campos de atuação da educação fora do
ambiente escolar, fator recente para área da educação (ARANHA.
2006). Para Sousa e Ferreira (2014), a atuação do pedagogo em
espaços não escolares possui muitas possibilidades, ele deixa de ser
aquele profissional pronto para atuar somente em salas de aula.
Sendo assim, podemos afirmar que a educação acontece em
diferentes situações, em que há uma relação dos indivíduos e,
simultaneamente, uma troca de conhecimentos e compartilhamento
de suas experiências.

Assim, conforme os autores supracitados, é importante lembrar que


o pedagogo inserido dentro dessa perspectiva de atuação tem
mostrado a profissão com um caráter um tanto quanto multifacetado,
com características variadas, ou seja, tem transpassado uma
profissão em que as atividades docentes não estão centralizadas
somente dentro dos muros da escola e que ela não é resumida
apenas em uma relação entre educador e educando. Dessa forma, é
necessário desenvolver novas competências que exigem ainda mais
da qualidade do período inicial de formação, visto a importância de
sua atuação. Tornando-se fundamental manter a formação do
pedagogo e prepará-lo para uma atuação em diferentes contextos
culturais, sociais e educacionais.
Pedagogia hospitalar

O Pedagogo hospitalar tem um importante papel dentro dos hospitais


e clínicas. Sua finalidade é acompanhar a criança ou adolescente
que está internado, ou realizando algum tipo de tratamento. Dessa
forma, o pedagogo é responsável por acompanhar este paciente no
período de ausência escolar. Ele tem, também, como proposta, a
intervenção terapêutica no resgate à alegria e a autoestima que,
muitas vezes, são perdidos devido à doença e à hospitalização.

Pedagogia em núcleos de Educação a Distância

Nesta área, o Pedagogo trabalha as práticas pedagógicas que


acontecem na organização e dinâmica da Educação a Distância
(EAD). Ou seja, ele é responsável pela elaboração da sala de aula
virtual; pela escolha dos conteúdos e metodologias e elaboração das
atividades.

É preciso pensar na diversificação das ferramentas de


aprendizagem, como a criação das avaliações e os processos das
relações educativas virtuais: professor-aluno; tutor-aluno; aluno-
aluno; professor-conteúdo; aluno-conteúdo; professor-tutor.

Pedagogia em agências ou espaços de turismo

A atuação deste profissional no campo do turismo está relacionada a


projetos e funções de recreação. Assim também, pode ter sua
presença em acompanhamentos durante ocasiões e atividades de
lazer e entretenimento, como excursões, passeios e visitas
escolares; acampamentos.

Pedagogia empresarial

As possibilidades de atuação do Pedagogo nesta área são várias.


Entre elas estão a gestão do conhecimento; comportamento humano
nas organizações; projetos culturais; cultura organizacional; gestão
do processo da qualidade e produtividade; relações interpessoais no
trabalho e outros espaços comuns ao aspecto humano.

Enfim, os conhecimentos do Pedagogo pode colaborar para os


processos e dinâmicas das mais diferentes instituições. É importante
que o profissional esteja bem preparado para mediar, intervir e
canalizar os diversos processos, transformando em fatores positivos
todos os envolvidos.
• Concepções de aprendizagem e de
desenvolvimento da criança na educação
infantil e nos anos iniciais;

Na educação infantil e nos anos iniciais, as concepções de


aprendizagem e desenvolvimento infantil enfatizam a
importância da interação, brincadeira e a construção do
conhecimento pela criança, seja em contextos formais ou
informais. A criança é vista como um sujeito ativo, capaz de
explorar, expressar-se e conhecer o mundo ao seu redor, com
foco no desenvolvimento integral e na construção da
autonomia.

Educação Infantil:

• Interações e brincadeiras:

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) destaca as


interações e a brincadeira como eixos estruturantes da
aprendizagem na educação infantil, garantindo direitos como
conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-
se.

• Desenvolvimento integral:

O trabalho pedagógico visa promover o desenvolvimento


integral da criança, considerando aspectos cognitivos, motores,
sociais e emocionais.

• Cuidar e educar:
Na educação infantil, o educar e o cuidar são vistos como
práticas indissociáveis, com foco no desenvolvimento da
criança em seus diferentes aspectos.

• Concepções de criança:

A criança é vista como um sujeito ativo, capaz de construir


conhecimento a partir de suas experiências e interações com o
mundo.

Anos Iniciais do Ensino Fundamental:

• Alfabetização:

A introdução à alfabetização é um marco importante, ampliando


o acesso ao conhecimento e promovendo a autonomia e a
responsabilidade pelo aprendizado.

• Desenvolvimento e aprendizagem:

A relação entre desenvolvimento e aprendizagem é vista como


um processo contínuo e interdependente, onde o
desenvolvimento ocorre por meio das experiências de
aprendizagem.

• Autonomia e protagonismo:

Busca-se desenvolver a autonomia, a comunicação e a


criatividade da criança, com foco no aprendizado centrado no
aluno.

• Diversidade cultural e social:


É importante considerar a diversidade cultural e social no
currículo, valorizando as experiências e os saberes das
crianças e promovendo a inclusão.

Concepções de desenvolvimento:

• Inatista:

Acredita que o desenvolvimento é determinado por fatores


genéticos, com a criança nascendo com certas habilidades e
capacidades.

• Ambientalista:

Enfatiza a influência do ambiente e das experiências na


aprendizagem e no desenvolvimento da criança.

• Interacionista:

Considera que o desenvolvimento é resultado da interação


entre fatores genéticos e ambientais, com a criança construindo
conhecimento a partir de suas interações com o meio.

Em resumo: Tanto na educação infantil quanto nos anos


iniciais, a aprendizagem é vista como um processo ativo e
interativo, no qual a criança constrói conhecimento a partir de
suas experiências e interações com o mundo.

O desenvolvimento é um processo contínuo e


interdependente, que envolve aspectos cognitivos, motores,
sociais e emocionais. A concepção interacionista, que
considera a interação entre fatores genéticos e ambientais, é
amplamente aceita e valorizada no contexto educacional atual.
CONCEPÇÕES IMPORTANTES

As correntes educacionais inatista, ambientalista e


interacionista oferecem diferentes perspectivas sobre como
ocorre a aprendizagem, cada uma com implicações distintas
para a prática pedagógica e a avaliação educacional.

A concepção inatista postula que a aprendizagem é


determinada por fatores internos e hereditários. Segundo esta
visão, o potencial de aprendizagem de uma pessoa está pré-
determinado ao nascer. Um dito popular que reflete essa
corrente é “Filho de peixe, peixinho é”, sugerindo que as
habilidades e características dos pais são herdadas pelos filhos
de forma inata.

Em contraste, a concepção ambientalista argumenta que a


aprendizagem é moldada pelo ambiente e pelas experiências.
De acordo com esta abordagem, a influência externa, como a
qualidade da educação e as oportunidades oferecidas,
desempenha um papel crucial no desenvolvimento das
habilidades e competências dos indivíduos. Um exemplo de
dito popular que representa essa visão é “É de pequeno que se
torce o pepino”, enfatizando a importância do ambiente e da
educação desde cedo para a formação do indivíduo.

Por fim, a concepção interacionista integra aspectos tanto


inatos quanto ambientais, afirmando que a aprendizagem
resulta da interação entre os fatores internos do indivíduo e as
influências externas. Esta abordagem reconhece que enquanto
as predisposições genéticas fornecem uma base para o
desenvolvimento, é a interação contínua com o ambiente que
molda a aprendizagem. Um dito popular que ilustra essa
concepção é “A prática leva à perfeição”, destacando que os
processos recíprocos entre biológico e meio são fundamentais.

Compreender essas diferentes correntes é crucial para a


elaboração e a aplicação de processos de avaliação da
aprendizagem. Avaliações devem considerar não apenas as
capacidades inatas dos alunos, mas também o impacto do
ambiente e das interações. Essa compreensão permite a
criação de estratégias de ensino mais inclusivas atentas a
diversidade, essenciais para a prática educativa. Para quem se
prepara para concursos na área de educação, dominar esses
conceitos é fundamental, pois eles frequentemente aparecem
em provas e são a base o entendimento de outros conteúdos.

Nessas concepções surgem estudos e teorias que contribuíram


para a história da educação e suas diferentes metodologias ao
longo dos anos, de forma resumida vamos ver as principais
teorias:

▪ Behaviorista (ou Comportamental)

Essa corrente segue a linha da concepção empirista, onde


acredita que o aluno pode ser moldado com os estímulos e
respostas de forma condicionada.

Frederic Skinner (1904-1990) foi um dos precursores dos


estudos comportamentais, conhecido como ‘condicionamento
operante’, onde o comportamento desejado é recompensado
de forma positiva, até que o indivíduo fique condicionado a
associar o estímulo à resposta desejada. O reforço pode ser
positivo (uma recompensa) ou negativo (uma punição).
Apesar de muitas críticas aos métodos behavioristas é possível
identificar muitas ações dessa linha nas escolas,
principalmente as mais tradicionalistas, com um ensino
mecanizado, de memorização e repetição, utilizando de
reforços positivos (o melhor da turma, estrelinhas, …) e
negativos (punições, ficar sem recreio, …).

▪ Cognitivista
Essa corrente é baseada no trabalho de Jean Piaget, biólogo
suíço, dedicou-se a estudar como se desenvolve a inteligência
e contribuiu de forma significativa com seu trabalho sobre a
Epistemologia Genética, onde afirma que todo ser humano tem
a capacidade de construir conhecimento, desde o aprendizado
das primeiras letras na alfabetização até a estruturação de
teorias científicas. Ele investigou o desenvolvimento cognitivo
da criança, acreditando que a aprendizagem é precedida pelo
seu desenvolvimento biológico. Dessa forma essa teoria rompe
a dicotomia entre as concepções Inatista, onde o sujeito é o
conhecimento e a Empirista, onde o ambiente é quem
influencia o conhecimento.

▪ Na corrente cognitivista acredita-se que o homem influencia o


ambiente, que é transformado e influencia novamente o
indivíduo.

▪ Sociointeracionista (ou Sociocultural)

Essa corrente tem Lev Vygotsky como principal pensador, um


intelectual multidisciplinar dedicou-se ao estudo dos processos
mentais complexos, como o pensamento e a linguagem, a ação
intencional e o controle consciente do comportamento. Foi um
dos principais críticos da teoria behaviorista, acreditando que a
construção do conhecimento é um processo de
desenvolvimento que envolve a interação do indivíduo com o
meio físico e social em que vive, ou seja, o conhecimento é um
processo sócio-histórico, que ocorre entre o indivíduo e o
ambiente, de forma mediada pelos sistemas simbólicos
(dedicarei um post para tratar somente desse autor e ampliar
esses conceitos).

Essas são as três principais correntes que inspiraram e


inspiram até hoje estudos acerca da natureza do conhecimento
e como o ser humano aprende. A educação não é estática, por
isso não é imutável, por ser constituída por e para a sociedade
ela é comparada a um organismo vivo, que sofre mudanças
pelas influências dos meios interno e externo, por isso há novas
tendências pedagógicas com novas teorias que buscam
contribuir continuamente para que o processo de ensino-
aprendizagem seja assertivo para suprir as necessidades
sociais e do indivíduo.
• Concepções de aprendizagem e
desenvolvimento de adolescentes, de jovens,
de adultos e de idosos;

As concepções de aprendizagem e desenvolvimento variam


significativamente entre adolescentes, jovens, adultos e idosos,
refletindo suas diferentes fases de vida e experiências. Enquanto
adolescentes estão em um período de transição e desenvolvimento
rápido, jovens e adultos possuem experiências de vida que
influenciam seu aprendizado. Já os idosos, embora possam enfrentar
desafios físicos e cognitivos, trazem consigo um vasto conhecimento
e buscam novas formas de interação social e desenvolvimento
através da educação.

Adolescentes:

• Desenvolvimento:

Nesta fase, a adolescência é marcada por intensas transformações


físicas, psicológicas e sociais, incluindo a busca por identidade,
autonomia e relações interpessoais.

• Aprendizagem:

A aprendizagem na adolescência é influenciada por essa fase de


transição, buscando atividades que estimulem a autonomia, a
resolução de problemas e a interação com o mundo. O
desenvolvimento cognitivo e social também são cruciais.

• Desafios:
A escola muitas vezes enfrenta desafios como a evasão escolar e a
falta de motivação, que podem ser superados com metodologias
ativas e um ambiente acolhedor.

Jovens e Adultos:

• Desenvolvimento:

A aprendizagem e o desenvolvimento de jovens e adultos são


marcados pela experiência de vida, pela necessidade de aplicar o
conhecimento na prática e pela busca por novas habilidades para o
mercado de trabalho e para a vida em sociedade.

• Aprendizagem:

A aprendizagem pode ocorrer de forma mais autônoma e


direcionada, com foco em objetivos específicos. A interação social e
o diálogo são ferramentas importantes no processo de
aprendizagem.

• Desafios:

Os jovens e adultos podem enfrentar desafios como a falta de tempo,


a dificuldade de conciliar estudos com trabalho e a necessidade de
atualização constante.

Idosos:

• Desenvolvimento:

A aprendizagem na terceira idade pode ser uma forma de manter a


mente ativa, melhorar a qualidade de vida e promover a interação
social.

• Aprendizagem:
Idosos buscam novas formas de conhecimento, seja por prazer, por
necessidade ou por busca de sentido na vida. A aprendizagem pode
ser mais lenta, mas a experiência acumulada ao longo da vida é um
recurso valioso.

• Desafios:

A adaptação a novas tecnologias, a superação de barreiras físicas e


cognitivas e a busca por atividades que se encaixem nas suas
necessidades são desafios comuns.

Em resumo: Cada faixa etária possui suas particularidades em


relação à aprendizagem e desenvolvimento. É fundamental que
educadores e instituições de ensino considerem essas diferenças
para criar ambientes de aprendizagem mais eficazes e acolhedores,
promovendo o desenvolvimento integral de cada indivíduo.

Na EJA, os jovens e adultos pouco ou não escolarizados - oriundos,


portanto, de uma cultura não escolar -, ao ingressarem na escola,
terão que se inserir e interagir com os modos de funcionamento
particulares da instituição. Entretanto, o aprendizado desses sujeitos
inicia-se muito antes de frequentarem a escola, uma vez que eles
aprendem a lidar com as situações, as necessidades e as exigências
cotidianas da sociedade contemporânea. Portanto, quando
começam a estudar, já tiveram experiência com medidas, cálculos
matemáticos, materiais impressos, língua materna falada,
ferramentas de trabalho e equipamentos elétricos e/ou eletrônicos.

Esse aprendizado ocorrera nas interações com outras pessoas, por


meio de perguntas, respostas, instruções, informações e imitação,
possibilitando que eles desenvolvessem um repertório de
atividades/capacidades que lhes permitiu ocupar seus espaços
dentro de seus grupos sociais. Isso mostra que "aprendizado e
desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de
vida da criança" (VYGOTSKY, 2008, p. 95) que um dia os jovens e
adultos foram.

Ressalta-se, então, que ao ingressarem na escola, jovens e adultos


que já adquiriram um aprendizado informal terão acesso ao
aprendizado escolar que está direcionado para a assimilação de
fundamentos do conhecimento científico de modo sistematizado.
Assim, esse aprendizado produzirá algo novo no desenvolvimento
mental desses sujeitos (VYGOTSKY, 2008). E para compreender
essa relação entre a capacidade de aprendizagem e o processo de
desenvolvimento, de acordo com Vygotsky, não se pode ater-se às
etapas de desenvolvimento. Corrobora-se essa ideia, pois, do
contrário, como explicar as aprendizagens e o desenvolvimento que
se realizam ao longo da vida? Como explicar por que eles passam
pelas mesmas fases de compreensão da língua escrita por crianças
em início do processo de alfabetização? (GOMES; DALBEN;
COSTA, 2009; ALBUQUERQUE; LEAL, 2004).

Conforme as proposições de Vygotsky, existem pelo menos dois


níveis de desenvolvimento: o real e o iminente. Neste artigo,
passamos a fazer uso da expressão zona de desenvolvimento
iminente, em lugar de zona de desenvolvimento proximal, por
concordarmos com Zoia Prestes (2012) quando chama a atenção
para as traduções que vêm sendo feitas dos conceitos de zonas de
desenvolvimento propostos por Vygotsky com base nas traduções
para o inglês (zone of proximal development). Para a autora, há
incorreções nessas traduções porque elas não atentam para a
importância da instrução como uma atividade que pode ou não
possibilitar o desenvolvimento, criar condições, mas não é garantia
do desenvolvimento. Outro aspecto é que essas relações de
mediação pela instrução não se limitam à relação entre professor e
aluno, à atividade escolar, mas também estão presentes nas
imitações e brincadeiras. Por isso, a autora apresenta como tradução
dos termos russos zona blijaicheg o razvitia a expressão zona de
desenvolvimento iminente, que diz da característica essencial do
conceito: a possibilidade de desenvolvimento, mais do que o
imediatismo ou a obrigatoriedade de sua ocorrência. Ainda segundo
essa autora, Vygotsky não fala de zona de desenvolvimento
potencial, até porque o desenvolvimento não está pronto para ser
ativado, mas pode ou não acontecer a partir das interações ou
mediações de outros.

Vygotsky faz essa discussão sempre em relação ao conceito de zona


de desenvolvimento real ou atual, que reflete o que as pessoas já
sabem fazer sem ajuda do outro. Ou seja, o nível de desenvolvimento
real refere-se às funções mentais que já amadureceram "como
resultados de certos ciclos de desenvolvimento já completados"
(VYGOTSKY, 2008, p. 95-96). Sendo assim, o que uma pessoa faz
de modo independente nos diz que as funções para a execução
dessa atividade já amadureceram; trata-se, pois, de uma visão
retrospectiva do desenvolvimento. Entretanto, o autor ainda
demonstrou que, com a colaboração de outras pessoas, o sujeito
pode resolver problemas com graus de dificuldade acima do que foi
padronizado para a etapa do desenvolvimento mental de sua faixa
etária. Essa diferença foi por Vygotsky (2008, p. 97)
denominada zona de desenvolvimento iminente, que consiste na
distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma
determinar através da solução independente de problemas, e o
desenvolvimento iminente, determinado através da solução de
problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes.

O aprendizado, assim, quando bem organizado, é capaz de


desencadear vários processos internos de desenvolvimento que só
podem ser operados quando a pessoa interage com outros ou em
colaboração com seus pares. Ao serem internalizados, esses
processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento do
sujeito, as quais, por sua vez, passam a ser autônomas. O autor,
então, conclui:

O aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de


desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente
organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 2008, p.
103)

Uma vez que os processos de desenvolvimento não coincidem com


os processos de aprendizagem, que um se converte no outro e que
os dois não são realizados na mesma medida e paralelamente, pode-
se afirmar que existem relações dinâmicas e complexas no curso dos
processos de desenvolvimento e de aprendizado de jovens e adultos.
Assim sendo, conforme já anunciado, este estudo pretende mostrar
os sentidos que jovens e adultos constroem ao serem alfabetizados
e, ainda, verificar se o ensino de conceitos científicos e escolares
desencadeia neles processos de desenvolvimento mental e cultural.
• Práticas educativas para o processo de
aprendizagem de crianças, de jovens, de
adultos e de idosos;

Práticas educativas eficazes para


crianças, jovens, adultos e
idosos devem ser adaptadas às
necessidades e contextos de cada
grupo, utilizando metodologias ativas e
considerando as experiências prévias
dos aprendizes. Para crianças, o lúdico e a interação são
fundamentais, enquanto para jovens e adultos, a contextualização
com a vida cotidiana e a valorização da experiência são
importantes. Para idosos, o foco deve estar na manutenção da
autonomia, no estímulo cognitivo e na promoção da interação social.

Crianças:

• Linguagem lúdica:

Utilizar jogos, brincadeiras, histórias e atividades que estimulem a


criatividade e a imaginação.

• Interação social:

Promover atividades em grupo, onde as crianças possam interagir,


colaborar e aprender umas com as outras.

• Aprendizagem sensorial:

Explorar diferentes formas de aprendizado, como o toque, a visão, a


audição, o olfato e o paladar, para enriquecer a experiência.

• Estímulo à curiosidade:
Incentivar a exploração, a investigação e a descoberta, permitindo
que as crianças façam perguntas e busquem respostas.

Jovens e Adultos:

• Metodologias ativas:

Utilizar métodos como aprendizagem baseada em projetos, sala de


aula invertida e grupos operativos, que incentivam a participação
ativa e a resolução de problemas.

• Contextualização:

Relacionar o conteúdo aprendido com a realidade dos alunos, suas


experiências de vida e suas necessidades.

• Valorização da experiência:

Reconhecer e integrar o conhecimento prévio dos alunos,


construindo a partir dele o novo conhecimento.

• Diálogo e reflexão:

Promover a discussão, o debate e a troca de ideias, incentivando a


construção coletiva do conhecimento.

Idosos:

• Manutenção da autonomia:

Oferecer atividades que estimulem a independência e a capacidade


de tomar decisões.

• Estímulo cognitivo:

Utilizar jogos, desafios e exercícios que mantenham a mente ativa e


ajudem a prevenir o declínio cognitivo.

• Promoção da interação social:


Criar espaços de convívio, onde os idosos possam socializar, trocar
experiências e fazer novas amizades.

• Adaptação às necessidades:

Considerar as limitações físicas e sensoriais dos idosos, oferecendo


recursos e apoio adequados.

Considerações Gerais:

• Flexibilidade:

Adaptar as práticas pedagógicas às características e necessidades


de cada grupo, considerando suas diferenças individuais.

• Inclusão:

Garantir que todos os alunos tenham acesso a práticas educativas


de qualidade, independentemente de sua idade ou condição.

• Formação continuada:

Oferecer oportunidades de formação para os educadores, para que


possam aprimorar suas práticas e se manter atualizados.

• Avaliação formativa:

Utilizar a avaliação como ferramenta para acompanhar o progresso


dos alunos e ajustar as práticas pedagógicas, quando necessário.

É necessário buscar a construção de uma prática educativa


dinâmica e flexível, que venha atender aos anseios do discente
da Educação de Jovens e Adultos, pois quando este procura a
escola é um sinal de que quer alguma coisa, cabendo a nós,
educadores a tarefa de conscientizarmos a trabalharmos uma
educação significativa e inovadora, que possa dar condições de
empreender as exigências cognitivas e formativas do cidadão.
• Práticas de atendimento educacional
especializado;
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) envolve
práticas pedagógicas que visam complementar ou suplementar
o ensino regular, promovendo a inclusão e o desenvolvimento
de alunos com necessidades educacionais específicas. Essas
práticas buscam identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos e de acessibilidade para eliminar barreiras que
impeçam a plena participação desses alunos no processo de
aprendizagem.
Práticas centrais do AEE:
• Identificação das necessidades:
O AEE começa com a identificação das necessidades
específicas de cada aluno, considerando suas particularidades
e desafios.
• Desenvolvimento de habilidades:
São desenvolvidas atividades que visam o desenvolvimento de
funções cognitivas, vida autônoma, e enriquecimento curricular,
com foco na autonomia e independência do aluno.
• Recursos e materiais:
O AEE envolve a produção de materiais acessíveis e
adaptados, além da utilização de tecnologias assistivas e a
organização de espaços como as Salas de Recursos
Multifuncionais.
• Parceria com professores:
O profissional do AEE atua em parceria com os professores do
ensino regular, auxiliando na adaptação de metodologias e
estratégias de ensino para atender às necessidades dos
alunos.
• Inclusão e acessibilidade:
O AEE busca garantir que todos os alunos, independentemente
de suas necessidades, tenham acesso ao currículo e
participem ativamente da comunidade escolar.
Exemplos de práticas:
• Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras):
Para alunos surdos ou com deficiência auditiva, o AEE pode
incluir o ensino de Libras para promover a comunicação e a
participação na escola.
• Desenvolvimento de habilidades de comunicação:
Para alunos com dificuldades de comunicação, o AEE pode
utilizar recursos como a comunicação alternativa e aumentativa
(CAA).
• Adaptação de materiais:
O AEE pode adaptar materiais didáticos, como livros e
atividades, para torná-los mais acessíveis aos alunos com
diferentes necessidades.
• Estratégias de organização:
O AEE pode auxiliar os alunos na organização de tarefas,
materiais e rotinas, promovendo a autonomia e a
independência.
O AEE é um componente essencial da educação inclusiva,
buscando garantir que todos os alunos tenham acesso a uma
educação de qualidade, com oportunidades de
desenvolvimento e participação plena na escola e na
sociedade.

• Educação do/no campo e movimentos


sociais;

Os movimentos sociais do campo, que


incluem organizações como o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
a Comissão Pastoral da Terra (CPT),, entre
outros, desempenham um papel crucial na
educação do campo. Esses movimentos
lutam pela educação do campo como um direito e como um
instrumento de transformação social, buscando uma educação que
seja pertinente à realidade do campo e que atenda às necessidades
dos seus habitantes.

A importância dos movimentos sociais para a educação do campo:

• Luta por políticas públicas:

Os movimentos sociais têm sido agentes ativos na construção de


políticas públicas de educação do campo, como o Programa Nacional
de Educação no Campo (Pronacampo).

• Defesa da escola pública:

Eles defendem a escola pública, gratuita e de qualidade para todos,


incluindo a educação infantil e a universidade, com foco na
identidade própria das escolas rurais.
• Reconstrução do conhecimento:

Promovem a construção de saberes que valorizam a cultura, a


identidade e as experiências dos povos do campo.

• Promoção da educação inclusiva:

Buscam garantir que a educação do campo seja inclusiva,


considerando as diferentes características e necessidades dos
alunos, como gênero, etnia e deficiência.

• Luta por direitos:

Os movimentos sociais do campo lutam por direitos básicos, como o


direito à terra, à saúde, à educação e ao trabalho, reconhecendo que
a educação é fundamental para o desenvolvimento humano.

• Educação como práxis:

A educação do campo é entendida como um processo educativo que


acontece tanto nas escolas quanto nos movimentos sociais, com foco
na transformação social e no empoderamento dos sujeitos.

• Organização e mobilização:

Os movimentos sociais organizam e mobilizam a comunidade


escolar, os estudantes, os professores e as instituições de ensino
para construir uma educação do campo mais justa e relevante.

Exemplos de atuação dos movimentos sociais na educação do


campo:

• MST:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem uma


atuação histórica e significativa na defesa da educação do campo,
buscando a educação para os trabalhadores rurais, incluindo os
acampados e assentados.

• Fórum Nacional de Educação do Campo (FONEC):

É uma articulação que reúne movimentos sociais, estudantes,


docentes e instituições de ensino para discutir e construir propostas
para a educação do campo.

• ProJovem Campo:

O ProJovem Campo, do Ministério da Educação, oferece qualificação


profissional e escolarização a jovens agricultores familiares,
buscando diminuir as desigualdades educacionais entre o campo e a
cidade.

Em resumo, os movimentos sociais do campo são protagonistas na


luta por uma educação do campo que seja pertinente, inclusiva e
transformadora, contribuindo para a construção de um futuro mais
justo e igualitário para os povos do campo.
• Pedagogia como ciência da prática
educativa;

A pedagogia é frequentemente entendida como a ciência da prática


educativa, pois estuda e busca compreender os processos de ensino
e aprendizagem, visando aprimorar as ações educativas e o
desenvolvimento humano no contexto educacional. Ela se dedica a
analisar e sistematizar o conhecimento sobre a educação, buscando
soluções para os desafios enfrentados no campo educacional.

Pedagogia como ciência:

• Objeto de estudo:

A pedagogia tem como objeto central de estudo a educação em suas


diversas dimensões, incluindo o processo de ensino-aprendizagem,
o desenvolvimento humano e as práticas educativas.

• Foco na prática:

A pedagogia não se limita à teoria, mas busca aplicar seus


conhecimentos na prática educativa, buscando soluções para os
problemas e desafios encontrados no cotidiano escolar e em outros
contextos de ensino.

• Metodologia:

A pedagogia utiliza diferentes métodos e abordagens para investigar


e compreender os fenômenos educativos, buscando embasamento
em diversas áreas do conhecimento, como psicologia, sociologia e
filosofia.

• Finalidade:
A pedagogia visa aprimorar a qualidade da educação, buscando
promover o desenvolvimento integral dos indivíduos e contribuir para
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Relação com a prática educativa:

• Base teórica:

A pedagogia fornece a base teórica para a prática educativa,


oferecendo referenciais para a organização do ensino, a escolha de
métodos e a avaliação do processo de aprendizagem.

• Intervenção:

A pedagogia atua como um guia para a intervenção pedagógica,


auxiliando os profissionais da educação a tomar decisões
conscientes e eficazes em relação ao ensino e à aprendizagem.

• Reflexão:

A pedagogia também promove a reflexão sobre a prática educativa,


incentivando os profissionais a questionar suas ações, analisar os
resultados obtidos e buscar constantemente o aprimoramento de
suas práticas.

Em resumo: A pedagogia, como ciência da prática educativa, busca


unir a teoria e a prática, fornecendo conhecimentos e ferramentas
para que os profissionais da educação possam planejar, implementar
e avaliar ações educativas de forma mais eficaz e consciente,
visando o desenvolvimento integral dos indivíduos e a construção de
uma sociedade mais justa e igualitária.
• Relação de ensino e aprendizagem e as
dificuldades no processo de escolarização;

A relação entre ensino e aprendizagem é complexa e


multifacetada, com o processo de escolarização muitas vezes
enfrentando desafios que podem dificultar a aprendizagem dos
alunos. As dificuldades podem surgir de fatores diversos, como
metodologias de ensino inadequadas, falta de estímulo,
problemas de comunicação, apoio familiar insuficiente,
questões emocionais e até mesmo problemas de saúde.

Relação Ensino-Aprendizagem:

• A aprendizagem não é um processo unilateral, mas sim uma


construção conjunta entre professor e aluno.

• A interação e a colaboração são essenciais para a construção


do conhecimento.

• O professor deve ser um mediador, criando um ambiente


propício para a aprendizagem e incentivando a reflexão crítica.

Dificuldades no Processo de Escolarização:

• Dificuldades de Aprendizagem:

Podem manifestar-se de diversas formas, como problemas na


leitura, escrita, compreensão de textos, cálculo, atenção e
memória.

• Fatores Sociais e Familiares:


A falta de apoio familiar, condições de vida precárias,
problemas de saúde e questões emocionais podem impactar
negativamente a aprendizagem.

• Metodologias de Ensino:

Metodologias inadequadas, falta de contextualização dos


conteúdos e excesso de memorização podem dificultar a
compreensão e o interesse do aluno.

• Desinteresse e Falta de Motivação:

A falta de estímulo, o tédio em sala de aula e a falta de


significado dos conteúdos podem levar à desmotivação e ao
fracasso escolar.

• Questões de Saúde:

Problemas de saúde, como cansaço, má alimentação,


transtornos de atenção e dificuldades de linguagem podem
interferir na aprendizagem.

Desafios na Escola:

• Individualização do Ensino:

A escola precisa reconhecer e respeitar as diferenças


individuais de cada aluno, buscando metodologias e
estratégias que atendam às suas necessidades específicas.

• Formação de Professores:

A formação continuada dos professores é fundamental para


que eles estejam preparados para lidar com as dificuldades de
aprendizagem e para utilizar metodologias mais eficazes.

• Apoio Multidisciplinar:
É importante que a escola conte com o apoio de profissionais
como psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos para
auxiliar os alunos que apresentam dificuldades.

• Parceria com as Famílias:

A colaboração entre escola e família é essencial para criar um


ambiente de apoio e incentivo à aprendizagem.

É importante que a escola, a família e a sociedade trabalhem


juntos para criar um ambiente escolar positivo, onde todos os
alunos se sintam acolhidos, motivados e capazes de aprender,
superando as dificuldades e alcançando seu potencial
máximo.

O problema da dificuldade de aprendizagem no Brasil

Os problemas relacionados à dificuldades de aprendizagem


escolar dos alunos, é uma situação preocupante para os
professores que atuam no ensino Fundamental I. Para Antunes
(1997) essas dificuldades podem ser percebidas nas crianças
que não tem um bom rendimento escolar em uma ou mais
áreas, mostrando problemas na: expressão oral, compreensão
oral, expressão escrita com ortografia apropriada, desenvoltura
básica de leitura, compreensão da leitura, cálculo matemático.

“Dificuldade de Aprendizagem (D.A.) é um problema que está


relacionado a uma série de fatores e podem se manifestar de
diversas formas como: transtornos, dificuldades significativas
na compreensão e uso da escuta, na forma de falar, ler,
escrever, raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas.
Esses transtornos são inerentes ao indivíduo, podendo ser
resultantes da disfunção do sistema nervoso central, e podem
acontecer ao longo do período vital. Podem estar também
associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas
relacionados as condutas do indivíduo, percepção social e
interação social, mas não estabelecem, por si próprias, um
problema de aprendizagem. (GARCÍA, 1998, p. 31-32)”.

Já na concepção de Fernández (1990), as dificuldades de


aprendizagem são “fraturas” no processo de aprendizagem,
onde essencialmente estão em jogo quatro fatores: o
organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. Os problemas de
aprendizagem são consequências da anulação das
capacidades de aprender e bloqueio das possibilidades de
assimilação do aluno. E podem estar ligados à fatores
individuais e relativos à estrutura familiar que indivíduo faz
parte.

Enquanto que, Campos (1997) acredita que o problema da


dificuldade de aprendizagem nas escolas é proveniente de
fatores reversíveis e não há causas orgânicas. Embora muitos
alunos que sentem dificuldades em aprender, mostram-se
felizes e acomodados, outros apresentam problemas
emocionais, muitos desistem de aprender e demonstram não
gostarem da escola, questionam sobre sua própria inteligência,
ficando socialmente isolado da realidade escolar, isso muitas
vezes faz com que aluno deixe de acreditar que a escola o
proporcionará um futuro melhor, levando-o a evasão escolar.

As crianças com dificuldades de aprendizagem, geralmente


não conseguem um bom desempenho na vida escolar. A sua
capacidade intelectual parece congelar fazendo com que o seu
desempenho na escola seja inconsistente. Os alunos com
dificuldades de aprendizagem podem manifestar
comportamentos problemáticos, apresentarem problemas
como: falta de atenção, distração, perca do interesse por novas
atividades, deixar atividades ou trabalhos inacabados,
dificuldade para seguir instruções do professor, faltar às aulas.

Gusmão (2001) aponta as dificuldades de aprendizagem como


uma falha no processo da aprendizagem que ocasionou o não
aproveitamento escolar. Refletindo não apenas em termos de
falhas na aprendizagem, como também no ato de ensinar,
essas dificuldades não se traduzem apenas em um problema
próprio do sujeito aprendiz no que diz respeito a competências
e potencialidades, mas sim em série de fatores que envolvem
direta ou indiretamente o processo de ensino.

Quando o aluno não consegue aprender começa a ficar


desmotivado, perde o interesse pela escola, muitas vezes
apresentam problemas comportamentais e também
transtornos emocionais. Para Furtado (2007):

Quando a aprendizagem não se desenvolve conforme o


esperado para a criança, para os pais e para a escola ocorre a
"dificuldade de aprendizagem". E antes que a "bola de neve" se
desenvolva é necessário a identificação do problema, esforço,
compreensão, colaboração e flexibilização de todas as partes
envolvidas no processo: criança, pais, professores e
orientadores. O que vemos são crianças desmotivadas, pais
frustrados pressionando a criança e a escola. Furtado (2007, p.
03)
Para Jacob e Loureiro (1996), a dificuldade escolar representa
para o aluno um retrocesso nos processos intrapsíquicos
relativos à formação da identidade, gerando dificuldades
afetivas, também.

De acordo com Major (1987) o termo dificuldades de


aprendizagem não é um problema resultante da falta de
inteligência da criança, mas sim, pode se resultar do meio
social em que a mesma ocupa. Isso pode partir da natureza
emocional ou motora da criança, a mesma poderá apresentar
algumas dificuldades nas atividades escolares habituais, sendo
que a criança não é um aprendiz vagaroso que não tem
habilidade para aprender em ritmo normal, mas sim, uma
criança emocionalmente perturbada e emocionalmente mal
ajustada.

De acordo com Weiss (1997): o problema da dificuldade do


aluno em aprender pode estar ligado a fatores tanto internos
quanto externos:

Essa insuficiência na aprendizagem escolar pode estar ligada


à ausência de estrutura cognoscitiva, que permite a
organização dos estímulos e favorece a aquisição dos
conhecimentos. Todavia, a dificuldade em aprender pode estar
relacionada a determinantes sociais, da escola e do Olhar de
professor, próprio aluno, ou seja, ligada a fatores internos
(cognitivos e emocionais) e a fatores externos (culturais, sociais
e políticos) (Weiss. 1997, p. 16)

Em muitos casos as dificuldades no aprendizado têm causas


ligadas a fatores diversos, a forma como as crianças são
afetadas por esses fatores é determinada pelo ambiente em
que vivem. Para Souza (1996) a convivência no lar e na escola
pode fazer a diferença entre uma deficiência propriamente dita,
e um problema que torna o aluno incapaz de assimilar o
conteúdo escolar. O ambiente familiar e escolar no qual o
indivíduo convive pode afetar o seu desempenho intelectual ou
desfavorecer o seu potencial de aprendizagem.

Patto (1998) acredita que as dificuldades de aprendizagem


estão relacionadas à carência cultural, de certa forma, uma
criança pobre tem menor desenvoltura no processo de
aprendizagem. Segundo Valla (1994), o enraizamento cultural
é um fator determinante no processo de aprendizagem,
problemas como a desnutrição e a pobreza, são fatores que
contribuem para o fracasso escolar.

Para Dell Prette e Dell Prette (1998) “as dificuldades de


aprendizagem é um problema psicossocial”, as crianças que a
família incentivam a estudar e recebem acompanhamento dos
pais ou responsáveis na vida escolar, são mais positivas, tanto
na capacidade em aprender, quanto no relacionamento com os
demais colegas. Enquanto que as crianças que não são
estimuladas pelas suas famílias a estudarem, já de início
começam a enfrentarem obstáculos, mesmo não tendo
deficiências cognitivas ou físicas, elas tendem a desenvolver
as habilidades básicas de forma mais lenta e geralmente não
apresentam um bom relacionamento com os outros colegas.

Fracasso escolar afeta o aprender do sujeito em suas


manifestações sem chegar a aprisionar a inteligência: muitas
vezes surge do choque entre o aprendente e a instituição
educativa que funciona de forma segregadora. “Para entendê-
lo e abordá-lo, devemos apelar para a situação promotora do
bloqueio” (FERNANDEZ, 2001, p.33).

Smith e Lisa Atrick (2001) afirmam que as dificuldades de


aprendizagem podem resultar-se de problemas como violência
doméstica, fatores emocionais, escolas superlotadas, mal
estruturadas, turmas multisseriadas, falta de material didáticos,
professores mal preparados e desmotivados, são variáveis que
podem afetar diretamente o desenvolvimento do ensino e
aprendizagem no Ensino Fundamental e podem diminuir de
maneira significativa as chances de uma criança superar as
dificuldades de aprendizagem.

O estresse emocional também compromete a capacidade das


crianças para aprender. A ansiedade em relação a dinheiro ou
mudança de residência, a discórdia familiar ou doença pode
não apenas ser prejudicial em si mesma, mas com o tempo
pode corroer a disposição de uma criança para confiar, assumir
riscos e ser receptiva a novas situações que são importantes
para o sucesso na escola. E trágico percebermos que números
crescentes de crianças não estão realmente disponíveis para a
aprendizagem, porque suas vidas são dominadas pelo medo:
perigos em seus lares ou na vizinhança fazem com que
precisem dedicar a maior parte de sua energia mental à
questão urgente da proteção pessoal. Se a própria escola não
for segura, as perspectivas acadêmicas de todo um grupo
estudantil poderão ser prejudicadas. (Smith e Lisa Atrick 2001,
p. 19)

Segundo Johnson e Myklebust (1987) para que a


aprendizagem de uma criança aconteça sem haver
dificuldades é necessário que o sistema nervoso periférico
Central esteja intacto, dessa forma a aprendizagem se
consolida quando a criança recebe informações através de
seus receptores e estando apta a aprender.

Cool, Marchesi e Palácios (2004) afirmam que “nem sempre o


que o cérebro funciona mal é por culpa de uma falha cerebral:
pode ser resultado de um ambiente nocivo”. O ser humano
quando nasce já está potencialmente preparado aprender, mas
ele, certamente precisará de estímulos externos e internos para
desenvolver a sua capacidade de aprendizagem, como
motivação e a necessidade de inserção social.

Leite (1998) relaciona o fracasso escolar a fatores


extraescolares como a realidade socioeconômica a que está
inserida a maioria da população brasileira, resultantes das
relações de trabalho e pobreza. E também a fatores
interescolares como a distância cultural entre a escola pública
e sua população formação inadequada de professores e
problemas de natureza metodológica.

Para que seja identificada uma dificuldade de aprendizagem é


preciso uma avaliação, e a partir dos resultados obtidos, deve
ser planejada a aplicação de um programa de intervenção
pedagógica, problemas de aprendizagem precisam ser
identificados e trabalhados, o profissional deve conhecer o
conjunto das variáveis e a origem do problema para que possa
trabalhar de forma específica e tentar resolver.

3.2.1. Dificuldades na leitura no Ensino Fundamental I


O processo de leitura não se trata apenas de um produto final
do processo escolar, mas sim, uma importante conquista para
o desenvolvimento de uma sociedade. O aluno ao aprender a
ler e começa a desenvolver melhor a linguagem tornando-se
mais comunicativo, fazendo parte de um grupo social com vida
e histórias individuais.

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo


de compreensão e interpretação de texto, a partir de seus
objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor,
de tudo o que sabe sobre a linguagem e etc. não trata de extrair
informações decodificando letra por letra, palavra por palavra.
Trata-se de uma atividade que implica estratégia, de seleção,
antecipação, inferência e verificação sem as quais não é
possível proficiência. É o uso desses procedimentos que
possibilita controlar o que vai ser lido, permitindo tomar
decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na
busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.
(Parâmetros Curriculares do Ensino Fundamental, 1998, p. 69)

Segundo Fonseca, (1984), a linguagem conta com uma


estrutura que abrange: fonologia, léxico, morfologia, semântica
e sintaxe. Para Cruz (2009) a leitura é composta por dois
elementos: a descodificação e a compreensão. A
descodificação acontece através do reconhecimento e
identificação das palavras, e a compreensão é um processo
voltado para assimilação da informação escrita.

Na descodificação destacam-se não só as formas de


diferenciação e identificação das letras e palavras, como
também a junção dos símbolos gráficos com os sons. As
dificuldades que podem surgir neste processo são: os erros na
leitura de letras, erros na leitura de sílabas e palavras, leitura
lenta e vacilações e repetições. Na compreensão da leitura, o
que interessa é assimilar a mensagem grafada em um texto, a
compreensão ocorre por meio dos processos de extração e
organização da linguagem escrita, Cruz (2009).

Citoler (1996) menciona que as dificuldades de aprendizagem


na leitura podem ser resultantes de: problemas na
descodificação; pobreza de vocabulário; falta de
conhecimentos anteriores; problemas na memória; falta de
táticas de captação; e confusão nas exigências da tarefa ou
desinteresse.

Lyon (2003) aponta quatro variáveis que podem interferir na


aprendizagem da leitura, designadamente: déficits na
consciência fonética e na forma de desenvolver o princípio
alfabético; déficits na obtenção de estratégias de compreender
a leitura e sua aplicação; déficits em desenvolver e manter a
motivação para a leitura; e falta de preparação dos professores.

As dificuldades na leitura ocorrem geralmente no


reconhecimento e na compreensão da palavra escrita, o
reconhecimento é o mais básico de todos os processos, ele é
anterior à compreensão da palavra, portanto, esse transtorno
pode ser apresentado por uma leitura oral lenta, com omissões,
distorções e substituições de palavras, com interrupções,
correções e bloqueios (DOCKRELL; MCSHANE, 1997).

Há crianças que sentem dificuldades apenas no


reconhecimento das palavras, e conseguem compreender uma
explicação falada. Existem também crianças que sabem ler as
palavras, mas sentem dificuldades para compreender o que foi
lido. E em casos extremos existem crianças que leem mal as
palavras e sentem dificuldades tanto na compreensão oral,
quanto na escrita (SÁNCHEZ MIGUEL; MARTÍNEZ MARTÍN,
1998).

As dificuldades na leitura faz com que o aluno sinta dificuldade


em lembrar as palavras vistas antes, dificuldade em soletrar,
perca do interesse por leitura, fazem contraversões de letras e
palavras, têm vocabulário curto e uma memória visual pobre e
problemas no processamento auditivo.

A leitura é de fundamental importância para a obtenção de


novas aprendizagens, é necessário observar com atenção os
sinais de dificuldades neste elemento de formação de ideias e
opiniões, tendo por finalidade de evitar dificuldades e
comprometimentos das aprendizagens escolares. Nielsen
(1999).

Dificuldades na escrita

A escrita é um elemento de comunicação muito importante para


o processo de aprendizagem, ela exerce um papel eficaz na
vida em sociedade, representando assim um elemento de
fundamental relevância para a cidadania. (Santana, 2007).

De acordo com Ajuriaguerra e Grajan (1995), a escrita é


resultante de uma aprendizagem que está ligada a diversos
fatores e especialmente a adaptação afetiva na escola e da
individualidade das crianças, entre os quais se podem
mencionar o gosto pela escola, às relações entre a família e a
escola.
Na visão de Ellis, (1995), a aprendizagem da escrita é precisa
ser bem trabalhada, já que envolve o domínio de distintas
habilidades, tanto no desenvolvimento motor, quanto nas
habilidades ortográficas, e trata-se de um processo relacionado
com o estilo de aprendizagem, por meio dos níveis estruturais.

Para Cruz (1999), a escrita é determinada por quatro aspectos


fundamentais: O primeiro aborda o processo construtivo, que
consiste na elaboração, interpretação e construção do
significado. O segundo processo enfatiza a necessidade do
sujeito em agir de maneira ativa para aprender o conteúdo,
desenvolvendo estratégias cognitivas e metacognitivas que
podem ser utilizadas para resolver de problemas. O terceiro
trata-se do processo afetivo que engloba o desejo de escrever,
a estabilidade emocional e o interesse pela aprendizagem; e o
quarto aspecto são os fatores afetivo-motivacionais que estão
relacionados ao rendimento do aluno.

Segundo Vygotsky (1991), as dificuldades na escrita é um


problema que não significa falta de capacidade de uma criança,
mas sim, um problema onde a mesma tem o desenvolvimento
da escrita obstaculizado por algum tipo de déficit. O
desenvolvimento pode estar qualitativamente diferente e não
mais lento ou inferior ao das outras crianças.

As dificuldades de aprendizagem na escrita para Escoriza Nieto


(1998) é uma realidade que precisa ser analisada, e
transformada enfocando a interação ativa e simultânea das
características e a natureza dos três elementos básicos dos
processos de ensino-aprendizagem: o sujeito que aprende, o
professor que intermedia o processo de aprendizagem do aluno
e os conteúdos que compõem o objeto de ensino
aprendizagem, ou analisar os processos de interação aluno-
professor-conteúdo como a unidade de análise mais conexa e
relevante, referindo-se à explicação, diagnóstico e interferência
nas dificuldades de aprendizagem.

De acordo com Escoriza Nieto (1998), para que as dificuldades


de aprendizagem possam ser avaliadas, precisam ser
entendidos, não como atribuíveis às propriedades específicas
(biológicas e cognitivas), e sim como conhecimentos cuja
internalização pode exigir, em determinadas crianças, ajudas
educativas individualizadas, diversificadas e diagnosticadas
nos processos de influência educativa.

Os problemas na escrita são relativos às dificuldades no


desenvolvimento das habilidades da escrita (disgrafia) e, pode
ir desde erros na soletração até erros na sintaxe, estruturação
ou pontuação das frases, ou na organização de parágrafos,
(García, 1998).

Existem alunos com boa capacidade de expressão oral, mas


com dificuldades para escrever as palavras (disgrafia); alunos
que conseguem expressarem-se oralmente com dificuldade e
escrevem, também, as palavras de modo deficitário, e
indivíduos que escrevem bem as palavras; mas se expressam
mal (Sánchez Miguel e Martínez Martín, 1998).
• Práticas de ensino na educação infantil;

As práticas de ensino na Educação Infantil, focadas no


desenvolvimento integral da criança, incluem aprendizagem
lúdica, socialização, interdisciplinaridade, autonomia,
educação digital e conscientização. Estas práticas visam criar
um ambiente estimulante onde a criança possa explorar,
brincar e interagir, construindo conhecimento de forma lúdica e
significativa.
Práticas Pedagógicas na Educação Infantil:
• Aprendizagem Lúdica:
A brincadeira é um instrumento fundamental para o
desenvolvimento da criança, permitindo-lhe explorar,
experimentar e aprender sobre o mundo ao seu redor.
• Socialização:
A interação entre as crianças e os adultos é essencial para o
desenvolvimento social e emocional, promovendo a troca de
experiências e a construção de relações.
• Interdisciplinaridade:
A abordagem interdisciplinar permite que as crianças conectem
diferentes áreas do conhecimento, promovendo uma visão
mais ampla e integrada do mundo.
• Autonomia:
A Educação Infantil deve estimular a autonomia da criança,
incentivando-a a tomar decisões, resolver problemas e se
expressar de forma criativa.
• Educação Digital:
O uso das tecnologias na Educação Infantil pode ser um
recurso poderoso para estimular a aprendizagem e a
criatividade, desde que seja feito de forma adequada e com a
supervisão do professor.
• Conscientização:
A Educação Infantil também deve promover a conscientização
da criança sobre questões sociais e ambientais, preparando-a
para ser um cidadão engajado e responsável.
Outras práticas importantes:
• Escuta atenta e observação dos interesses das crianças:
O professor deve estar atento às necessidades e interesses
das crianças, adaptando suas práticas para atender a essas
demandas.
• Organização do ambiente e materiais:
O ambiente escolar deve ser acolhedor e estimulante, com
materiais adequados para a idade e interesses das crianças.
• Planejamento, reflexão, avaliação e documentação:
O professor deve planejar, refletir sobre sua prática, avaliar o
processo de aprendizagem das crianças e documentar suas
experiências.
• Apostar em materiais como argila:
A argila é um material versátil que permite às crianças
explorarem formas e texturas, estimulando a criatividade e a
motilidade.
• Contação de histórias:
A contação de histórias é uma prática rica que estimula a
imaginação, a linguagem e o desenvolvimento emocional das
crianças.
• Leitura:
A leitura em sala de aula, seja pelo professor ou pelas próprias
crianças, estimula o desenvolvimento da linguagem, a
capacidade de compreensão e a abertura para novos mundos.
Em suma, as práticas de ensino na Educação Infantil devem
ser lúdicas, dinâmicas, criativas e, sobretudo, devem
considerar as necessidades e interesses de cada criança,
promovendo um desenvolvimento integral e a construção de
um futuro promissor.

SEGUNDO A BNCC

As práticas pedagógicas na educação infantil, segundo a


BNCC, devem ser organizadas em torno de eixos estruturantes
como a interação e a brincadeira, promovendo seis direitos de
aprendizagem e desenvolvimento: conviver, brincar, participar,
explorar, expressar-se e conhecer-se. A BNCC propõe ainda a
organização por Campos de Experiências, que integram
brincadeiras, investigações e interações no cotidiano escolar,
colocando a criança no centro do seu processo de
aprendizagem.
Campos de Experiência e suas Práticas:
A BNCC estabelece cinco campos de experiência:
1. 1. O eu, o outro e o nós:
Estimula a construção da identidade e subjetividade,
promovendo interações positivas e a ampliação do
conhecimento de si e do outro.
2. 2. Corpo, gestos e movimentos:
Foca na exploração do corpo, gestos e movimentos,
desenvolvendo a consciência corporal e a relação com o
espaço e o mundo.
3. 3. Traços, sons, cores e formas:
Explora diferentes linguagens artísticas e expressivas, como
música, dança, desenho e modelagem, incentivando a
criatividade e a expressão.
4. 4. Escuta, fala, pensamento e imaginação:
Promove o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, a
capacidade de escuta e a exploração do mundo da fantasia e
da imaginação.
5. 5. Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações:
Estimula a exploração do mundo físico, social e natural, a
construção de noções matemáticas e o desenvolvimento do
pensamento científico.
Outras Práticas Importantes:
• Intencionalidade pedagógica:
É fundamental que as atividades propostas tenham um objetivo
claro de desenvolvimento para as crianças.
• Mediação docente:
O professor atua como mediador, propondo desafios,
organizando o ambiente e as atividades, e incentivando a
participação das crianças.
• Protagonismo da criança:
As crianças devem ser protagonistas do seu aprendizado,
participando ativamente das decisões e da construção do
conhecimento.
• Organização e atividades significativas:
As atividades devem ser planejadas de forma a promover
experiências ricas e diversificadas, respeitando os interesses e
necessidades das crianças.
• Reflexão sobre a prática:
O professor deve refletir constantemente sobre suas ações e o
processo de aprendizagem das crianças, buscando aprimorar
sua prática pedagógica.
• Planejamento:
O planejamento é essencial para organizar o trabalho
pedagógico, garantindo que as crianças tenham acesso a
experiências ricas e diversificadas.
• Concepção de experiência:
As experiências vividas pelas crianças são a base para a
construção do conhecimento e do desenvolvimento.
• Ambientes de aprendizagem:
É importante criar ambientes que estimulem a exploração, a
descoberta e a interação.
• Parceria com as famílias:
A participação das famílias é fundamental para o sucesso da
educação infantil.
• Políticas e práticas de avaliação;

As políticas e práticas de avaliação na educação referem-se


aos princípios, diretrizes e métodos utilizados para medir o
desempenho e o progresso dos alunos, bem como a eficácia dos
processos de ensino e aprendizagem. Essas políticas podem variar
em escopo e propósito, desde avaliações em sala de aula até
sistemas de avaliação em larga escala.

Políticas de Avaliação:

• Definem o que e como será avaliado:

Determinando os objetivos da avaliação, os critérios de desempenho


e os instrumentos a serem utilizados.
• Podem ser centralizadas ou descentralizadas:

Variando desde sistemas de avaliação nacionais até avaliações mais


locais, feitas pelas escolas ou professores.

• Influenciam as práticas pedagógicas:

As políticas de avaliação podem direcionar o foco do ensino e


aprendizagem, incentivando o desenvolvimento de certas
habilidades e competências.

Práticas de Avaliação:

• Englobam diferentes métodos e instrumentos:

Desde provas tradicionais e trabalhos escritos até observação em


sala de aula, autoavaliação e feedback contínuo.

• Podem ser formativas ou somativas:

A avaliação formativa visa monitorar o progresso e fornecer feedback


para aprimorar o aprendizado, enquanto a avaliação somativa avalia
o resultado final.

• Devem ser contextualizadas:

Adaptando-se às necessidades e características dos alunos, do


contexto escolar e da realidade local.

Importância:

• Melhoria da qualidade da educação:

A avaliação permite identificar áreas de sucesso e de fragilidade,


auxiliando na tomada de decisões e no planejamento de ações para
melhorar o ensino e a aprendizagem.

• Promoção da equidade:
Ao avaliar o desempenho de todos os alunos, a avaliação pode
ajudar a identificar desigualdades e a promover ações para garantir
que todos tenham acesso a uma educação de qualidade.

• Responsabilização e transparência:

A avaliação pode fornecer informações sobre o desempenho das


escolas e dos sistemas educacionais, promovendo a transparência e
a responsabilização dos agentes envolvidos.

Exemplos de Políticas e Práticas:

• Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica


(SAEB): Avaliação em larga escala que visa monitorar o
desempenho dos alunos do ensino fundamental e médio,
segundo o INEP.

• Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM): Avaliação


utilizada para o acesso ao ensino superior, segundo o INEP.

• Avaliações internas nas escolas: Práticas como provas,


trabalhos, projetos e observação em sala de aula, com o
objetivo de monitorar o progresso dos alunos e fornecer
feedback.

Desafios:

• Garantir a validade e a confiabilidade dos instrumentos de


avaliação:

É fundamental que os instrumentos utilizados sejam adequados para


medir o que se propõem a medir.

• Evitar o uso da avaliação como instrumento de controle:


A avaliação deve ser utilizada para promover o aprendizado e não
para punir ou excluir alunos.

• Considerar o contexto sociocultural dos alunos:

É importante que a avaliação leve em conta as diferenças entre os


alunos e as suas realidades.

A avaliação educacional é um campo complexo e multifacetado, que


envolve diferentes atores e contextos. Ao compreender as políticas e
práticas de avaliação, é possível promover uma educação mais justa,
equitativa e eficaz.
• Organização, planejamento e gestão da
educação.

A organização, o planejamento e a gestão da educação são pilares


cruciais para o bom funcionamento de qualquer instituição de
ensino. Envolvem a estruturação de processos, a definição de metas,
a alocação de recursos e a coordenação de atividades para garantir
um ambiente de aprendizado eficaz e de qualidade.

Organização: Refere-se à estruturação interna da instituição,


incluindo a divisão de tarefas, a definição de rotinas administrativas
e pedagógicas, e a organização do espaço físico. Uma boa
organização garante que todos os membros da comunidade escolar
saibam suas responsabilidades e como contribuir para o bom
funcionamento da escola.

Planejamento: É o processo de definir objetivos, metas, conteúdos,


metodologias e estratégias de avaliação para o ensino-
aprendizagem. O planejamento escolar deve ser abrangente,
envolvendo tanto o planejamento estratégico da instituição quanto o
planejamento pedagógico detalhado de cada disciplina e
atividade. Um bom planejamento ajuda a direcionar as ações da
escola, otimizar o uso de recursos e garantir a qualidade do ensino.

Gestão: É a área responsável por administrar e otimizar os recursos


da instituição, incluindo recursos humanos, financeiros e materiais. A
gestão educacional envolve a tomada de decisões, a coordenação
de equipes, a implementação de políticas educacionais e a busca por
melhorias contínuas na escola. Uma gestão eficaz promove um
ambiente escolar positivo, engajador e propício ao aprendizado.
Interconexão: A organização, o planejamento e a gestão da educação
estão interligados. Uma boa organização facilita o planejamento,
que, por sua vez, é fundamental para uma gestão eficaz. Juntos,
esses três elementos criam as condições necessárias para que a
escola alcance seus objetivos e promova um ensino de qualidade.

Exemplos práticos:

• Organização:

Definir horários de aula, distribuir tarefas entre os professores e


organizar os espaços físicos da escola.

• Planejamento:

Elaborar o Projeto Político-Pedagógico (PPP), definir metas de


aprendizagem para os alunos e planejar as atividades pedagógicas
de cada disciplina.

• Gestão:

Administrar o orçamento da escola, contratar e gerenciar a equipe, e


garantir a infraestrutura necessária para o funcionamento da
instituição.

A gestão escolar eficaz é fundamental para garantir o bom


funcionamento das instituições educacionais, promovendo um
ambiente propício ao aprendizado e ao desenvolvimento dos alunos.
Nesse contexto, a organização e o planejamento desempenham
papéis cruciais. Este artigo explora os princípios fundamentais da
organização e planejamento na gestão escolar, com ênfase nas
ideias do renomado educador brasileiro José Carlos Libâneo. Além
disso, examinaremos como a tecnologia pode ser uma aliada
poderosa nesse processo.
Planejamento Estratégico na Educação:

José Carlos Libâneo destaca a importância do planejamento


estratégico como um alicerce para a gestão escolar eficiente. Em
suas palavras, “o planejamento estratégico na educação é essencial
para a definição de metas claras e para a tomada de decisões que
impactarão diretamente o processo educacional.”

Exemplo: Um diretor escolar que implementa um plano estratégico


para melhorar o desempenho acadêmico dos alunos, identificando
áreas de melhoria, estabelecendo metas específicas e
desenvolvendo estratégias para alcançá-las.

Organização Curricular:

A organização curricular é um elemento crucial na gestão escolar.


Libâneo ressalta a necessidade de uma abordagem integrada, que
considere não apenas as disciplinas isoladamente, mas também sua
interconexão e relevância para os objetivos educacionais.

Exemplo: Uma escola que adota um currículo que integra disciplinas


tradicionais com projetos interdisciplinares, proporcionando uma
abordagem mais holística e contextualizada ao aprendizado.

Avaliação Educacional:

A avaliação educacional é uma ferramenta essencial na gestão


escolar. Libâneo destaca que uma avaliação abrangente não deve se
limitar apenas ao desempenho dos alunos, mas também incluir a
avaliação de professores, métodos de ensino e eficácia da gestão.

Exemplo: Implementação de métodos de avaliação formativa para


monitorar o progresso contínuo dos alunos, identificando áreas de
dificuldade e ajustando as estratégias de ensino.
Gestão de Pessoas na Educação:

A gestão de pessoas é um aspecto crítico da administração escolar.


Libâneo enfatiza a importância de desenvolver equipes motivadas e
capacitadas.

Exemplo: Um diretor que promove o desenvolvimento profissional


contínuo dos professores, oferecendo oportunidades de treinamento
e apoio para fortalecer suas habilidades pedagógicas.

Desafios e Tendências na Gestão Escolar:

Libâneo aborda os desafios contemporâneos enfrentados pela


gestão escolar, como a diversidade cultural e a integração de
tecnologias educacionais.

Exemplo: Implementação de programas que promovem a inclusão e


a diversidade, ao mesmo tempo em que integra recursos
tecnológicos para melhorar a eficiência administrativa.

Tecnologia na Organização Escolar:

A tecnologia desempenha um papel vital na modernização da gestão


escolar. Ferramentas como sistemas de gestão escolar online,
plataformas de aprendizado virtual e aplicativos de comunicação
facilitam a administração, melhoram a comunicação e otimizam
processos.

Exemplo: Utilização de uma plataforma online para gerenciar


informações acadêmicas, facilitar a comunicação entre pais, alunos
e professores, e fornecer dados analíticos para tomada de decisões
informadas.

A gestão escolar eficaz requer uma abordagem integrada,


fundamentada nos princípios de planejamento, organização e
adaptação às demandas contemporâneas. As ideias de José Carlos
Libâneo oferecem uma base sólida, enquanto a incorporação
cuidadosa da tecnologia pode potencializar esses princípios,
transformando a gestão escolar em um processo mais eficiente e
dinâmico. Ao implementar esses conceitos, as instituições
educacionais podem criar ambientes propícios ao aprendizado e ao
desenvolvimento contínuo.

Organizar uma agenda de trabalho produtiva e realista para um


gestor escolar exige uma abordagem estratégica e eficiente,
especialmente considerando as múltiplas demandas e a
complexidade da Matriz Comum Curricular. Aqui estão algumas
estratégias práticas que podem auxiliar o gestor no dia a dia:

Estabelecer Prioridades:

Identificar as prioridades de curto, médio e longo prazo com base nas


metas institucionais e na Matriz Comum Curricular.

Priorizar tarefas críticas, como implementação de projetos


educacionais, acompanhamento de desempenho dos alunos e
desenvolvimento profissional da equipe.

Planejar Reuniões Estratégicas:

Agendar reuniões regulares com a equipe de liderança, professores


e outros membros relevantes para discutir metas, progresso e
desafios.

Utilizar reuniões para alinhar estratégias, promover a colaboração e


fornecer oportunidades para a equipe expressar suas necessidades
e ideias.

Utilizar Ferramentas Tecnológicas:


Implementar sistemas de gestão escolar que facilitem o
acompanhamento de dados acadêmicos, desempenho dos alunos e
outros indicadores-chave.

Usar plataformas de comunicação online para manter uma linha


aberta com a comunidade escolar, permitindo um fluxo eficiente de
informações.

Delegar Responsabilidades:

Identificar membros da equipe com habilidades específicas e delegar


responsabilidades de acordo.

Estimular a autonomia e responsabilidade, permitindo que


professores e funcionários assumam papéis ativos em projetos e
iniciativas.

Agendar Tempo para Desenvolvimento Pessoal e Profissional:

Reservar tempo na agenda para o desenvolvimento pessoal,


participação em workshops, conferências e leituras relevantes.

Promover uma cultura de aprendizado contínuo, incentivando a


equipe a buscar oportunidades de aprimoramento profissional.

Adotar Estratégias de Comunicação Eficientes:

Implementar um sistema eficaz de comunicação interna para garantir


que todos os membros da comunidade escolar estejam informados
sobre eventos, decisões importantes e mudanças na programação.

Estabelecer canais de feedback para incentivar a participação e


garantir que as preocupações dos alunos, pais e professores sejam
ouvidas.
ÓTIMOS ESTUDOS!!!

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