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TM Transformadores de Instrumentos Ensaios

O documento aborda a medição de grandezas elétricas, destacando a importância dos transformadores de instrumentos, como transformadores de corrente e de potencial, para medições indiretas em circuitos de alta tensão e corrente. Ele descreve os princípios de funcionamento, a relação de transformação e a polaridade desses transformadores, além de apresentar uma atividade experimental para familiarização com esses equipamentos. O objetivo é capacitar os alunos a realizar medições de tensão e corrente utilizando transformadores de instrumentos.

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Plínio Valdez
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TM Transformadores de Instrumentos Ensaios

O documento aborda a medição de grandezas elétricas, destacando a importância dos transformadores de instrumentos, como transformadores de corrente e de potencial, para medições indiretas em circuitos de alta tensão e corrente. Ele descreve os princípios de funcionamento, a relação de transformação e a polaridade desses transformadores, além de apresentar uma atividade experimental para familiarização com esses equipamentos. O objetivo é capacitar os alunos a realizar medições de tensão e corrente utilizando transformadores de instrumentos.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

DISCIPLINA: TÉCNICAS DE MEDIÇÃO

Ensaios em Transformadores de Instrumentos: Transformador de Corrente e


Transformador de Potencial

Campina Grande, PARAÍBA, BRASIL


julho de 2025
1 INTRODUÇÃO

A medição de grandezas elétricas como corrente e tensão é a base para determinação do


comportamento elétrico de uma instalação elétrica. A medição dessas grandezas seja para fins
de faturamento, monitoramento ou proteção é realizada por um ou vários equipamentos que
possibilitam a quantificação e os registros das grandezas elétricas (tensão, corrente, potência,
fator de potência, harmônicos, etc).
Como os sinais de tensão e corrente serão obtidos depende da ordem de grandeza da
tensão e da corrente do circuito sob análise. Usualmente, a medição de grandezas elétricas em
circuitos de baixa tensão pode ser realizada de forma direta com voltímetros, e em circuitos de
baixa corrente, pode ser realizada de forma direta com amperímetros. Contudo, a depender da
ordem dessas grandezas, a medição direta nem sempre é possível.
Na medição direta, a corrente elétrica é conduzida integralmente através dos amperíme-
tros. Neste caso, os amperímetros são instalados em série com o elemento do circuito elétrico
sob análise. Enquanto que a tensão elétrica é obtida diretamente através dos voltímetros.
Neste caso, os voltímetros de medição são instalados em paralelo com o elemento do circuito
elétrico sob análise, seja através de uma medição fase-neutro ou fase-fase no circuito elétrico
sob análise. Na medição direta, o valor indicado no instrumento de medição representa o
valor real da grandeza elétrica, excluída a incerteza do sistema de medição. Na Figura 1 é
apresentada uma ilustração de um arranjo típico de medição direta.

Figura 1 – Arranjo típico de medição direta de corrente e tensão.

A medição direta apresenta como vantagem a redução da incerteza de medição, tendo


em vista que há um número reduzido de instrumentos de medição. Contudo, há como
desvantagem a limitação dos níveis de corrente e tensão que podem ser medidos.
No caso dos sistemas de transmissão e distribuição, com o objetivo de reduzir as perdas
na rede elétrica, principalmente devido às grandes extensões das redes, o níveis de tensão e
corrente da transmissão tem atingido valores da ordem de 750 kV e até superiores. Para o
monitoramento, o controle e a proteção dessas redes, se faz necessário o uso de instrumentos

1
que recebam informações de tensões e correntes dessas redes. Contudo, é economicamente
inviável, bem como muito inseguro, o uso de instrumentos que meçam as tensões e correntes
diretamente nas linhas elétricas.
Para circuitos de corrente alternada, quando há a necessidade de medição de alguma
grandeza elétrica nos circuitos de alta tensão ou alta corrente, essa medição é feita de forma
indireta, geralmente através de transformadores de instrumentos. Na Figura 2 é apresentada
uma ilustração de um arranjo típico de medição indireta. Para medição indireta de tensão em
circuitos de tensão alternada são utilizados transformadores de potencial (TP), este pode ser do
tipo indutivo, transformador de potencial indutivo (TPI) ou do tipo capacitivo, transformador
de potencial capacitivo (TPC). Já para a medição indireta de corrente em circuitos de corrente
alternada são utilizados transformadores de corrente (TC).

TC

RTC

A
V

TP
RTP

Figura 2 – Arranjo típico de medição indireta de corrente e tensão.

Os transformadores para instrumentos (TIs) são equipamentos elétricos projetados e


construídos especificamente para alimentarem instrumentos elétricos de medição, controle ou
proteção. Os TIs devem fornecer corrente e/ou tensão aos instrumentos conectados aos seus
enrolamentos secundários, de modo a atender às seguintes prescrições:

• alimentar o sistema de proteção e medição com tensão e corrente reduzidas, mas


proporcionais às grandezas dos circuitos primário;

• O circuito secundário deve ser galvanicamente separado do primário, proporcionando


isolamento entre o circuito de alta tensão e o de baixa tensão e, consequentemente
proporcionando segurança aos operadores dos instrumentos conectados ao circuito
secundário;

• padronizar a fabricação dos instrumentos de medição;

2
• A medida da grandeza elétrica deve ser adequada aos instrumentos que serão utilizados.

Os transformadores de instrumentos são dotados de dois circuitos, denominados de


circuito primário e circuito secundário.

• Circuito primário - circuito conectado ao enrolamento primário do TI, onde se tem o


verdadeiro valor da grandeza a ser transformada (circuito de força, geralmente um cabo,
um barramento, etc.);

• circuito secundário - circuito conectado ao enrolamento secundário do TI, onde se tem o


valor proporcional da grandeza do circuito primário, o qual é conectado ao instrumento
de medição (amperímetro, voltímetro, relés, etc.).

Existem alguns conceitos associados aos TI que os profissionais que trabalham com
estes equipamentos devem conhecer, destacando-se:

• Relação de transformação é a relação entre a grandeza elétrica do circuito primário e


a grandeza elétrica do circuito secundário e é determinada pela relação do número de
espiras dos enrolamentos;

• Carga do TI - impedância total do circuito secundário;

• Erro de relação - diferença entre relação de transformação real e a relação de transformação


nominal;

• Classe de exatidão - valor máximo do erro de relação expresso em porcentagem;

• Ângulo de fase - diferença entre o ângulo de fase do sinal do circuito primário e o ângulo
de fase do sinal do circuito secundário.

2 TRANSFORMADORES DE POTENCIAL

2.1 RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DE UM TP

Para medição de altas tensões, o valor da tensão é obtido de forma indireta através de
um transformador de potencial (TP). O TP é um tipo de transformador de instrumentos cuja
função é disponibilizar aos instrumentos conectados ao seu enrolamento secundário, o sinal de
tensão presente no circuito primário do TP, em nível compatível aos instrumentos conectados
aos enrolamento secundário. Conforme ilustrado na Figura 3, o enrolamento primário do TP
(NP ) é formado por muitas espiras, enquanto o enrolamento secundário do TP (NS ) é formado
por poucas espiras e se destina a alimentar as bobinas de potencial de instrumentos de medição
de potencial. Neste caso, a função do TP é transformar (reduzir) níveis de tensão, geralmente

3
Figura 3 – Representação típica de um TP e relação de transformação.

de alta para baixa tensão, de forma a possibilitar a medição da tensão por equipamentos de
medição e proteção, apresentando a relação de transformação apresentada na Figura 3.
Os instrumentos de medição conectados ao secundário devem apresentar elevada
impedância, tais como: voltímetros, wattímetros, relés de tensão, medidores de energia, entre
outros. O primário do TP sempre é ligado em "paralelo"com a rede ou circuito elétrico e o
secundário é ligado à bobina de potencial do instrumento de medição de potencial. No sistema
de medição de tensão, os TPs são conectados ao circuito elétrico principal e replicam os sinais
de tensão, em níveis compatíveis com os instrumentos de medição. Assim, a tensão do circuito
primário é obtida multiplicando se a tensão registrada nos terminais secundários do TP por
uma constante de medição que dependerá da relação de transformação do TP (RTP).
O TP mais comum é do tipo indutivo e, é constituído por dois ou mais enrolamentos
que são montados no mesmo núcleo, semelhante aos transformadores de potência. O princípio
de funcionamento dos transformadores de potencial é a conversão eletromagnética de energia
entre os enrolamentos primário e secundário. Assim, ao ser aplicada uma tensão no enrolamento
primário, será obtida nos terminais secundários uma tensão reduzida, conforme a relação de
transformação do equipamento.
O TP ideal funciona como redutor de tensão, sem causar nenhum tipo de alteração no
sinal (exceto na magnitude) entre o circuito primário e secundário, para qualquer frequência ou
combinações de frequências aplicadas. Já os TPs reais possuem erros associados tanto em
módulo quanto em ângulo. Na Figura 4 são apresentadas ilustrações de TP e seus principais
componentes.

3 TRANSFORMADORES DE CORRENTE

3.1 RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DE UM TC

Para medição de altas correntes, o valor da corrente é obtido de forma indireta através
de um transformador de corrente (TC). O TC é um tipo de transformador de instrumentos cuja
função é disponibilizar aos instrumentos conectados ao seu enrolamento secundário, o sinal de
corrente presente no circuito primário do TC, em nível compatível aos instrumentos conectados
aos enrolamento secundário. Conforme ilustrado na Figura 5, o enrolamento primário do TC

4
Terminal primário

Sistema de expansão

Óleo isolante

Pó de quartzo

Terminal primário
Isolador (porcelana ou
material polimérico)

Papel isolante

Enrolamento primário
Enrolamento secundário

Núcleo magnético
Terminal de Terminais Caixa de ligação
aterramento secundários (terminais secundários)

Figura 4 – Ilustração de um TP e partes constituintes.

(NP ) é formado por poucas espiras, enquanto o enrolamento secundário do TC (NS ) é formado
por muitas espiras e se destina a alimentar as bobinas de corrente de instrumentos de medição
de corrente. Neste caso, a função do TC é transformar (reduzir) níveis de corrente, de forma
a possibilitar o seu uso por equipamentos de medição e proteção, apresentando a relação de
transformação apresentada na Figura 5.

Figura 5 – Representação típica de um TC e relação de transformação.

Os instrumentos de medição conectados ao secundário devem apresentam baixíssima


impedância, tais como: amperímetros, relés de corrente, medidores de energia, entre outros.
O primário do TC sempre é ligado em "série"com a rede ou circuito elétrico e o secundário é
ligado a bobina de corrente do instrumento de medição de corrente. No sistema de medição de

5
corrente, os TCs são conectados ao circuito elétrico principal e replicam os sinais de corrente,
em níveis compatíveis com os instrumentos de medição. Assim, a corrente do circuito primário
é obtida multiplicando se a corrente registrada nos terminais secundários do TC por uma
constante de medição que dependerá da relação de transformação do TC (RTC).
Existem alguns tipos de TCs, os mais comuns são:

• TC tipo janela - possui enrolamento secundário isolado e montado no núcleo, sendo


o enrolamento primário representado por um condutor que é inserido na abertura
"janela"localizada no centro do TC. Na Figura 6 é apresentada uma ilustração de um
TC tipo janela. É muito utilizado em circuitos de baixa tensão e média tensão;

Figura 6 – Ilustração de TC tipo janela. Fonte: KRON Instrumentos Elétricos Ltda.

• TC tipo barra - possui os enrolamentos primário e secundário isolados e montado no


núcleo. O enrolamento primário consiste de uma barra (condutor) que é colocada no
interior da janela do núcleo. Na Figura 7 é apresentada uma ilustração de um TC tipo
barra. É muito utilizado em circuitos de baixa e média tensão.

• TC tipo pedestal - possui os enrolamentos primário e secundário enrolados em um núcleo


toroidal. É muito utilizado em circuitos de alta tensão, com tensões superiores a 25
kV. Na Figura 8 é apresentada uma ilustração de um TC tipo pedestal e seus principais
componentes.

O TC ideal funciona como redutor de corrente, sem causar nenhum tipo de alteração
no sinal (exceto na magnitude) entre o circuito primário e secundário, para qualquer frequência
ou combinações de frequências aplicadas. Já os TCs reais possuem erros associados tanto em
módulo quanto em ângulo.

6
Figura 7 – Ilustração de TC tipo barra. Fonte: KRON Instrumentos Elétricos Ltda.

4 POLARIDADE DE UM TI

O estudo da polaridade é de suma importância na aplicação de transformadores,


pois serve para identificar terminais de mesma polaridade instantânea. Enrolamentos em
transformadores ou em outras máquinas elétricas são marcados para indicar sua polaridade.
Se esses dois enrolamentos são ligados de maneira que o fluxo que enlace estas duas bobinas
tenham o mesmo sentido, tensões serão induzidas nesses enrolamentos, e elas estarão em fase.
A Figura 9 mostra duas situações distintas para as tensões induzidas em um transfor-
mador monofásico. Na figura da esquerda, as tensões no primário e no secundário estão em
fase ou "mesma polaridade instantânea", enquanto que na figura da direita, as tensões no
primário e no secundário estão defasadas de 180º.
Para facilitar a identificação da polaridade em transformadores utiliza-se a simbologia do
ponto em um dos terminais dos enrolamentos, conforme demonstrado nas Figuras 10(b) e 10(a).
Quando dois terminais de enrolamentos diferentes estiverem identificados pelo ponto, significa
que possuem a mesma polaridade instantânea, ou seja, as tensões terminais destes enrolamentos
estarão em fase (para TP) e as correntes terminais destes enrolamentos estarão em fase (para
TC). A não observância pode provocar indicações e operações incorretas, e até mesmo a
destruição dos transformadores ou equipamentos a ele ligados. Esse sentido instantâneo da
corrente define dois diferentes tipos de polaridade nos transformadores: Subtrativa e Aditiva.
A marcação da polaridade para TIs é geralmente subtrativa.
A polaridade de um TP pode ser definida como o sentido da tensão induzida nos
terminais primários (de H1 para H2) quando comparada com a tensão induzida nos terminais
secundários (de X1 para X2). A polaridade de um TC pode ser definida como o sentido da
corrente induzida nos terminais primários (de P1 para P2) quando comparada com a corrente
induzida nos terminais secundários (de S1 para S2).

• Polaridade subtrativa - é aquela em que as tensões e correntes induzidas no primário e

7
Figura 8 – Ilustração de TC tipo barra. Fonte: Artech.

Figura 9 – Relação entre a direção relativa dos enrolamentos e o ângulo de fase.

secundário estão em mesmo sentido, conforme ilustrado na Figura 11 (esquerda).

• Polaridade aditiva - é aquela em que as tensões e correntes induzidas no primário e


secundário estão em sentidos opostos, conforme ilustrado na Figura 11 (direita).

8
(a) Marcação de TP. (b) Marcação de TC.

Figura 10 – Marcação em TIs. Fonte: Rehtom.

Iprimário Isecundário Iprimário Isecundário


H1 X1 H1 X1

Vprimário Vsecundário Vprimário Vsecundário


H2 X2 H2 X2

Figura 11 – Marcação da polaridade de TPs.

5 ATIVIDADE EXPERIMENTAL

O objetivo deste experimento é familiarizar os alunos com os transformadores para


instrumentos, os quais constituem elementos essenciais nos circuitos de proteção, medição e
controle dos sistemas elétricos de potência. Ao término desta atividade o aluno deverá ser
capaz de identificar as partes constituintes de um transformador de instrumentos, de conectar
estes equipamentos em circuitos elétricos e de realizar medições de tensão e corrente com TIs.

5.1 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL

Os ensaios em transformadores de potencial serão realizados seguindo as diretrizes da


NBR ABNT NBR 6855:2021 - Transformador de potencial indutivo com isolação sólida para
tensão máxima igual ou inferior a 52 kV - Especificação e ensaios, que normatiza os métodos
de ensaios em transformadores de potencial.

5.1.1 Inspeção do Transformador de Potencial

Para os TPs disponibilizados verifique a placa de identificação e anote os dados da


placa. Na Figura 12 é apresentada a ilustração de uma placa de típica de identificação de um
TP. Adicionalmente, faça uma inspeção e registro fotográfico dos equipamentos. Verifique se
os equipamentos apresentam fissuras, pontos de oxidação, indicação de pontos quentes, etc.

9
NOME DO FABRICANTE TRANSFORMADOR DE POTENCIAL TIPO _______________

ANO ___________ Nº SÉRIE ___________ MASSA _________ kg


1a – 1n ______ V 2a - 2n ______ V da - dn ______ V
A-N ____/√3 kV VA ________ VA ________ VA ________
Classe ________ Classe ________ Classe ________
Frequência _____Hz Um _____ kV IA/IM/TSFI ___ kV/ ____kV / _____kV __sec
o
Mec. ___kN Temp. -___/+___ C Fv ___ Por ____ Classe Isol. ________
Medições adicionais quando necessário

Fluido de enchimento Pressão de enchimento Pressão mín Volume do fluido


______ _ _ _ _ _ _ kPa _ _ _ _ _ _ kPa _ _ _ _ _ _ litros
IEC 1304/11

Figura 12 – Placa típica de um TP.

Antes de iniciar as montagens, assimile a distribuição dos componentes (fontes, instru-


mentos de medição, TPs, etc), a localização deles no circuito e a respectiva polaridade. Antes
de energizar o circuito, solicite ao professor que analise o arranjo de montagem.

5.1.2 Ensaio de relação de transformação em TP

• Para o arranjo da Figura 13 aplique as tensões indicadas na Tabela 1 e meça a tensão no


secundário do TP. Os valores equivalem as faixas de 80% a 120% da tensão nominal do
primário do TP (V1 ). Adicionalmente, meça a tensão no secundário do TP (V2 ) e anote
na Tabela 1. Para cada nível de tensão, repita o ensaio três vezes, variando a tensão de
0 (zero) ao valor indicado em cada nível.

A H1 X1 a
n:1
V1 V2
B H2 X2 b

Figura 13 – Arranjo para ensaio de relação de transformação do TP.

5.1.3 Ensaio de polaridade em TP

• Para o arranjo da Figura 14 aplique uma tensão de 30% da tensão nominal do primário
do TP (V1 ). Adicionalmente, meça a tensão no secundário do TP (V2 ) e entre os

10
Tabela 1 – Relação de transformação do TP.
Tensão no secundário
Tensão no primário
Med1 Med2 Med3 Média
V1 (80% VM ax )
V2 (100% VM ax )
V3 (120% VM ax )

enrolamentos primário e secundário (terminais H1 e X1 ). Qual a relação entre as tensões


(V1 ), (V2 ) e (V3 )?

V31

A H1 X1 a
n:1
V1 V2
B H2 X2 b

Figura 14 – Arranjo para ensaio de polaridade do TP.

5.2 TRANSFORMADOR DE CORRENTE

Os ensaios em transformadores de corrente serão realizados seguindo as diretrizes da


NBR ABNT NBR 6856:2021 - Transformador de corrente com isolação sólida para tensão
máxima igual ou inferior a 52 kV - Especificação e ensaios, que normatiza os métodos de
ensaios em transformadores de corrente.

5.2.1 Inspeção do Transformador de Corrente

• Para os TC’s disponibilizados verifique a placa de identificação e anote os dados da placa.


Na Figura 15 é apresentada a ilustração de uma placa de típica de identificação de um
TC.

• Para os TC’s disponibilizados, faça uma inspeção e registro fotográfico dos equipamentos.
Verifique se os equipamentos apresentam fissuras, pontos de oxidação, indicação de
pontos quentes, etc.

11
Figura 15 – Placa típica de um TC.

5.2.2 Ensaio de relação de transformação em TC

Antes de iniciar as montagens, assimile a distribuição dos componentes (fontes, instru-


mentos de medição, TC’s, etc), a localização deles no circuito e a respectiva polaridade. Antes
de energizar o circuito, solicite ao professor analisar o arranjo de montagem.

• Para o arranjo da Figura 16 aplique as correntes indicadas na Tabela 2 e meça a corrente


no secundário do TC. Os valores equivalem as faixas de 10% e 100% da corrente nominal
do primário do TC (A1 ). Adicionalmente, meça a corrente no secundário do TC (A2 ) e
anote na Tabela 2.

1P1 1S1 2S1 2P1


A A1 a
n:1 1:n

Variac ~ A2

1P2 1S2 2S2 2P2


B b

TC sob ensaio

Figura 16 – Arranjo para ensaio da relação de transformação do TC.

5.2.3 Ensaio de polaridade em TC

• 1º Passo: executar a instalação do voltímetro (V) no enrolamento de maior número de


espiras e a instalação da fonte CC conforme o arranjo da Figura 17. Para o TC objeto
de ensaio, o enrolamento secundário apresenta maior número de espiras;

12
Tabela 2 – Relação de transformação do TC.
Corrente no secundário
Corrente no primário
A1 /A2 A1 /A2 A1 /A2
I1 (10% IN )
I2 (50% IN )
I3 (100% IN )
I4 (200% IN )
I5 (400% IN )

• 2º Passo: aplicar tensão ao enrolamento até que ocorra a deflexão do ponteiro do


voltímetro, observando o sentido de deflexão do ponteiro.

• 3º Passo: Conectar o terminal (+) da bateria no terminal P1 do primário do TC, ponto


A (Figura 17). Aplicar tensão ao enrolamento até que ocorra a deflexão do ponteiro do
voltímetro, observando o sentido de deflexão do ponteiro. Ao fechar o circuito da fonte,
se a deflexão momentânea do ponteiro for no mesmo sentido da anterior, a polaridade
será subtrativa, isto é, os terminais correspondentes terão a mesma polaridade.

Figura 17 – Arranjo para ensaio de polaridade do TC.

13

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