Projecto de Pesquisa - Tese -DDS Actualizado
Projecto de Pesquisa - Tese -DDS Actualizado
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
Projecto de Pesquisa
Tema: Relação entre o Projecto Cadeia de Valor da Mandioca e a (In)Segurança Alimentar no Distrito
de Massingir
1. Introdução.........................................................................................................................................1
1.1. Contexto do projecto cadeia de valor da mandioca no distrito de Massingir...............................3
2. Revisão da literatura..........................................................................................................................4
2.1. O Projecto Cadeia de Valor da Mandioca (PCVM).....................................................................5
2.1.1. Contexto Global e Evolução do Conceito de Cadeia de Valor..................................................5
2.1.2. O PCVM na África e em Moçambique.....................................................................................5
2.2. A (In)Segurança Alimentar: Uma Perspectiva Multidimensional................................................6
2.2.1. Do Debate Global e Regional (África)......................................................................................6
2.2.2. Contexto Moçambicano e Provincial (Gaza).............................................................................7
2.2.3. O Caso Específico de Massingir................................................................................................7
2.3. Aspectos Socioculturais nos Projectos de Desenvolvimento Comunitário..................................8
2.3.1. A Dimensão Cultural e a Participação Comunitária..................................................................8
2.3.2. Desafios de Género e Inclusão em África e Moçambique.........................................................8
2.4. Análise Crítica e Interconexões....................................................................................................9
2.5. Conclusão....................................................................................................................................10
2.6. A Lacuna identificada na Revisão de Literatura.........................................................................10
2.6.1. A Contribuição do Estudo para Preencher a Lacuna...............................................................11
2.6.2. Implicações da Lacuna.............................................................................................................12
2.6.3. Conclusão: A Relevância da Integração Sociocultural para a Segurança Alimentar
Sustentável.........................................................................................................................................13
2.7. Identificação do Problema..........................................................................................................14
2.8. Objetivos da Pesquisa.................................................................................................................15
2.8.1. Objectivo Geral:.......................................................................................................................15
2.8.2. Objectivos Específicos:............................................................................................................15
2.9. Hipótese de trabalho...................................................................................................................15
2.9.1. Operacionalização da Hipótese de Trabalho...........................................................................16
3. Enquadramento Teórico..................................................................................................................17
4. Trajectória metodológica.................................................................................................................19
4.1. Tipo de estudo.............................................................................................................................19
4.2. Método de pesquisa....................................................................................................................19
4.2.1. Abordagem Fenomenológica...................................................................................................20
4.3. Delimitação do campo de análise...............................................................................................20
4.4. Critérios de Elegibilidade...........................................................................................................20
4.5. Métodos de Amostragem............................................................................................................20
4.6. Tamanho da Amostra..................................................................................................................21
4.7. Colecta de dados.........................................................................................................................21
4.8. Questões éticas............................................................................................................................22
4.9. Tratamento e análise de dados....................................................................................................22
i
5. plano de trabalho e cronograma de actividades..............................................................................22
5.1. Plano de trabalho........................................................................................................................22
5.2. Cronograma das actividades.......................................................................................................24
6. Referências......................................................................................................................................25
7. Apêndices........................................................................................................................................30
Apêndice I: Orçamento......................................................................................................................30
Apêndice II: Categorias dos Participantes para Entrevistas em Profundidade..................................31
Apêndice III: Roteiro de Observação................................................................................................32
Quadro1: Proposta de agenda de observação.......................................................................................1
Apêndice IV: Roteiro de Entrevistas em Profundidade.....................................................................34
Apêndice V: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (1)..............................................................36
Apêndice VI: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (2).............................................................35
Apêndice VII: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (3)............................................................37
Apêndice VIII: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (4)..........................................................37
Apêndice IX: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (5).............................................................39
Consentimento Informado..................................................................................................................40
ii
1. Introdução
Os obstáculos à aceitação da mandioca não são apenas culturais, mas também estruturais,
especialmente no que tange à governança do PCVM. Mulheres e líderes tradicionais, que
1
historicamente desempenham um papel central na gestão da produção e consumo de alimentos
(Goulart, 2017), são sistematicamente excluídos dos processos decisórios do projecto
(Nhantumbo, 2019; Macuácua, 2022). Esta exclusão não apenas perpetua desigualdades de
gênero, mas também limita directamente o impacto e a legitimidade do projecto junto às
comunidades. Adicionalmente, a introdução de variedades de mandioca resistentes à seca pelo
PCVM é frequentemente percebida como uma iniciativa externa e desconectada das práticas e
crenças locais (Chichava & João, 2021; Macuácua, 2022; Mutie & José, 2022), gerando
desconfiança entre os agricultores. Agricultores relatam que as novas variedades e técnicas não
foram testadas quanto à sua adaptação ao contexto local nem levaram em conta práticas
ancestrais de cultivo e beneficiamento (Mutie & José, 2022). A falta de diálogo com os saberes
tradicionais e a ausência de sensibilidade cultural no projecto geram percepções de imposição
externa (Gez, 2021), o que reduz a legitimidade do PCVM.
Diante deste cenário, este estudo tem como objectivo geral analisar como os aspectos
socioculturais medeiam a relação entre o PCVM e a segurança alimentar no distrito de
Massingir, utilizando uma perspectiva fenomenológica. Para tanto, busca-se compreender as
experiências vividas pelos agricultores familiares, líderes comunitários e técnicos envolvidos no
projecto, identificando os significados atribuídos à mandioca e aos processos de mudança
tecnológica e organizacional (Van Manen, 2016). Os objectivos específicos incluem:
compreender os valores simbólicos atribuídos à mandioca pelas comunidades locais; identificar
barreiras culturais à adopção do PCVM; avaliar o papel das mulheres na cadeia produtiva da
mandioca; e propor estratégias para integrar conhecimentos locais e dinâmicas culturais na
formulação de políticas de desenvolvimento rural. Para alcançar estes objectivos, foi adoptada
uma metodologia qualitativa, fundamentada na abordagem fenomenológica, com colecta de
dados por meio de entrevistas em profundidade, observação participante e análise documental
(Creswell, 2007; Flick, 2014; Holanda, 2006). A análise temática foi realizada com base na
triangulação de fontes (Creswell, 2013)., visando maior consistência e validade dos resultados. A
amostragem é intencional e a técnica será bola de neve. A análise de dados será realizada com o
auxílio do software NVivo, combinando análise de conteúdo e triangulação de dados (Creswell,
2013). Para validação dos dados faremos a verificação cruzada das informações com diferentes
fontes e a realização de membro checks com os participantes.
Espera-se que os achados contribuam para a reflexão crítica sobre como projectos de
desenvolvimento rural podem ser reformulados para integrar sensibilidade cultural, participação
2
comunitária e equidade social, tornando-se mais eficazes e sustentáveis em contextos
vulneráveis.
1.1. Contexto do projecto cadeia de valor da mandioca no distrito de Massingir
A pobreza na região sul do pais é de 32,8% e da província de Gaza 51,2%. Estimativas apontam
que 5% da população do distrito de Massingir, sobretudo os camponeses de menos posses,
idosos e famílias chefiadas por mulheres, está em situação potencialmente vulnerável aos efeitos
das mudanças climáticas e aos desastres naturais (FAO, 2019; SETSAN, 2023; Abbas, 2023).
3
processamento da mandioca através do acesso a equipamentos mecânicos e manuais de
processamento, divulgação das receitas de mandioca em feiras, mercados e eventos públicos,
explicação sobre as vantagens nutricionais, apoiar os produtores na ligação com o mercado e
estabelecimento de contratos comerciais e feiras de negócios (FAO, 2017).
É a partir deste contexto que incidirá esta investigação para captar a realidade das
comunidades, sobretudo as suas experiencias e perspectivas em relação ao consumo da
mandioca e seus derivados como factor do desenvolvimento e como estratégia para a segurança
alimentar, numa analise sobre a influência dos aspectos socioculturais na rejeição da mandioca e
seus derivados nas comunidades do distrito de Massingir.
2. Revisão da literatura
A segurança alimentar e nutricional (SAN) constitui um dos desafios mais prementes do século
XXI, afectando milhões de pessoas em diferentes regiões do mundo. A Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, 2022) define-a como o acesso regular e
permanente por todos os indivíduos a alimentos suficientes, seguros e nutritivos que satisfaçam
suas necessidades energéticas e preferências culturais. No entanto, autores como Sen (1981), em
sua teoria dos direitos (Entitlement Approach), argumentam que a fome não é apenas
consequência da escassez de alimentos, mas também resultado de dinâmicas socioeconómicas e
políticas que limitam o acesso individual e colectivo aos recursos produtivos.
4
aspectos socioculturais nos projectos de desenvolvimento comunitário, evidenciando como a
desconsideração desses factores pode comprometer a sustentabilidade e o impacto das
intervenções.
O conceito de cadeia de valor, originalmente proposto por Michael Porter (1985), define o
conjunto de actividades interligadas que agregam valor a um produto ou serviço ao longo do seu
ciclo produtivo, da matéria-prima ao consumidor final (Ross & West, 2013; Schnorrenberger et
al., 2010). No contexto agrícola, essa abordagem tem sido amplamente utilizada para integrar
pequenos agricultores em mercados formais, visando aumentar sua renda e reduzir a pobreza
(Ross & West, 2013).
5
Guira & Savadogo, 2016). Apesar do seu potencial, o desenvolvimento da cadeia produtiva da
mandioca na África Austral ainda está em estágios iniciais, com apenas 10 a 30% da produção
formalmente comercializada (Costa, 2019). A falta de infraestrutura de beneficiamento e
integração em cadeias produtivas industriais limita a agregação de valor e a expansão comercial
(Kouakou et al., 2016).
O PCVM em Massingir, inserido no Programa PROSUL (2017-2022), visou melhorar a vida dos
pequenos e médios produtores através da introdução de novas variedades, melhoria das práticas
agrícolas, fortalecimento de organizações de produtores e promoção do processamento e
comercialização (Governo Distrital, 2017; MASA, 2019). As processadoras de mandioca eram
consideradas chave para a sustentabilidade e aumento da renda (Governo do Distrito, 2017;
FAO, 2017; RM, 2022). No entanto, o projecto tem enfrentado baixa adesão dos produtores às
unidades de processamento e abandono de campos (Macuácua, 2022), indicando que a sua
efectividade vai além dos aspectos técnicos e económicos.
6
de distribuição e poder económico (Devereux, 2007; Abbas, 2017). Apesar dos esforços
multilaterais, a assistência emergencial frequentemente carece de continuidade programática,
resultando em respostas fragmentadas e pouco sustentáveis (Vunjanhe & Vicente, 2018).
Autores como Chaka (2023) defendem que a integração entre adaptação climática, paz
duradoura e investimento em infraestrutura rural é essencial para construir sistemas alimentares
resilientes e inclusivos.
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A marginalização da mandioca agrava a insegurança alimentar em Massingir, pois a preferência
por milho e arroz expõe as comunidades a choques climáticos, e a mandioca, apesar de sua
resistência, é subaproveitada. Estudos mostram que apenas 34% das famílias em Massingir
utilizam a mandioca como estratégia de segurança alimentar, mesmo em situações de crise (Bui
& Mkandawire, 2020). Essa contradição entre o potencial da mandioca e sua aceitação prática
reflecte a desconexão entre políticas técnicas e realidades culturais locais.
A teoria de Stuart Hall (1997) sobre identidade cultural é crucial para entender como
projectos podem falhar ao ignorar significados simbólicos, pois a identidade é "socialmente
construída e em constante negociação" (citado em Lee, 2023). Crenças locais, como os mitos
negativos sobre a mandioca no Zimbábue (Zibani, 2010), podem determinar a aceitação ou
rejeição de projectos, gerando desconfiança e falta de comprometimento. A valorização do
conhecimento tradicional é outro pilar essencial, como ilustrado por Shah e Ameta (2009), onde
a combinação de práticas agrícolas ancestrais com inovações técnicas fortalece a autonomia
local. No entanto, políticas culturais pós-independência em Moçambique têm marginalizado
línguas e tradições locais, perpetuando desigualdades (Landgraf, 2014; Manda et al., 2024).
8
A (des)apropriação de projectos de desenvolvimento ocorre quando as comunidades não
internalizam a iniciativa como parte da sua realidade, resultando em abandono ou uso
inadequado. Gez (2021) observa que, mesmo após o término formal, as infraestruturas e
discursos dos projectos continuam a circular, mas nem sempre são reapropriados segundo os
objectivos originais. A ausência de participação real (Nguiraze & Aires, 2011; Tonnie MT,
2010; Macuácua, 2021), assimetrias de poder (Francisco António, 2011; Petrus, 2016) e falta de
comunicação eficaz (Tinga, 2020) são causas comuns da desapropriação. Quando os projectos
são percebidos como impostos de fora, perdem legitimidade e sustentabilidade (Saué, 2017).
A análise crítica aponta para a necessidade de uma mudança de paradigma nos projectos
de desenvolvimento. Em vez de abordagens "de cima para baixo" que priorizam a viabilidade
técnica, é imperativo adoptar métodos que promovam a participação radical (Cleaver, 1999), a
adaptação cultural (Bolacha, 2013; Macuácua, 2022) e a valorização do conhecimento local
(Shah & Ameta, 2009). A eficácia dos projectos depende não apenas do que é implementado,
mas fundamentalmente de como se dá o processo de implementação e de quem são os actores
centrais nesse processo. A construção de parcerias mais equilibradas entre ONGs locais e
internacionais, baseadas no respeito às dinâmicas locais e na transferência real de capacidades,
emerge como um caminho promissor para projectos mais sustentáveis e verdadeiramente
transformadores (Abbas, 2017; Patton, 2017).
9
2.5. Conclusão
A revisão da literatura demonstra que a relação entre o Projecto Cadeia de Valor da Mandioca
(PCVM) e a segurança alimentar no distrito de Massingir é profundamente mediada por
dinâmicas socioculturais complexas. A resistência à adopção da mandioca não se resume a
limitações estruturais, mas resulta de uma desconexão entre as estratégias do projecto e a
identidade cultural local. A mandioca, apesar de seu potencial técnico, é historicamente
marginalizada e associada a crises, enquanto o milho mantém um valor simbólico superior. A
exclusão de mulheres e lideranças comunitárias dos processos decisórios do PCVM reforça
desigualdades de género e limita a eficácia do projecto.
Para que a mandioca se torne um recurso estratégico eficaz para a segurança alimentar em
Massingir, é fundamental que as políticas públicas de desenvolvimento rural priorizem a
diversidade cultural, evitando soluções padronizadas. Isso implica incorporar saberes locais na
formulação do PCVM, promover campanhas educativas sensíveis à cultura local, fortalecer a
participação feminina e adoptar uma abordagem fenomenológica que priorize a "experiência
vivida" das comunidades. Em última análise, o sucesso dos projectos de desenvolvimento rural
depende de uma abordagem que transcenda o técnico e abrace integralmente o sociocultural,
garantindo que a mandioca seja revalorizada culturalmente e integrada às identidades e práticas
locais, transformando-a num verdadeiro símbolo de resiliência e desenvolvimento sustentável.
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ela não detalha com a profundidade necessária como essa desconexão entre o "saber técnico"
imposto e o "saber local/cultural" enraizado perpetua a insegurança alimentar, mesmo diante de
avanços técnicos significativos e da implementação de projectos como o PCVM. A falha reside,
portanto, na abordagem dos próprios projectos. A lacuna aponta para a ausência de estratégias
eficazes dentro dos projectos de desenvolvimento agrícola para incorporar e valorizar estes
aspectos culturais. O PCVM, por exemplo, é percebido pelas comunidades como uma
"imposição externa" e desconectado de suas práticas e crenças locais, o que gera desconfiança e
resistência. A literatura compulsada, embora aponte para a necessidade de repensar a abordagem
do projecto para garantir maior inclusão e integração cultural, não explora em profundidade a
natureza dessa desconexão e suas implicações operacionais e simbólicas.
Esta observação central pode ser compreendida como uma "lacuna de implementação" no
próprio corpo da literatura. Ela vai além de uma simples descrição de problemas para uma
avaliação crítica de como as intervenções de desenvolvimento são concebidas e executadas. A
literatura existente identifica as barreiras, mas não explora adequadamente os mecanismos de
falha na integração dessas dimensões culturais. Isto sugere que futuras pesquisas e práticas de
desenvolvimento precisam mudar o foco da mera identificação de problemas para a
compreensão e o enfrentamento das falhas sistêmicas na integração de contextos culturais no
projecto e execução de iniciativas. A persistência de "percepções de imposição externa" e a
consequente "redução da legitimidade do PCVM junto às comunidades" indicam uma crise de
legitimidade e confiança. Isto implica que a solidez técnica do projecto se torna irrelevante se ele
carece de aceitação social e confiança. A desconexão não é apenas um mal-entendido cultural; é
uma ruptura fundamental na relação entre os implementadores do projecto e os beneficiários,
resultando em resistência activa em vez de uma simples não-adopção passiva. A legitimidade do
projecto, construída sobre a confiança e a cocriação com as comunidades locais, é tão crucial
quanto a eficácia técnica para resultados de desenvolvimento sustentáveis.
Para abordar a lacuna fundamental identificada na literatura, o estudo adopta uma metodologia
qualitativa baseada na abordagem fenomenológica. Esta escolha metodológica não é arbitrária;
ela é uma resposta directa à necessidade de compreender as "experiências vividas" dos
agricultores familiares, líderes comunitários e técnicos envolvidos no PCVM. Ao focar nos
"significados atribuídos à mandioca e aos processos de mudança tecnológica e organizacional", o
estudo transcende a simples identificação de barreiras, aprofundando-se nas subjectividades e
11
percepções culturais que moldam a aceitação ou rejeição da mandioca. A fenomenologia, ao
priorizar a experiência vivida e a construção de significados, busca inerentemente compreender
as realidades subjectivas e as construções culturais, o que contrasta fortemente com abordagens
puramente técnicas que podem negligenciar estas dimensões. O estudo, portanto, argumenta
implicitamente que, para preencher a lacuna entre o técnico e o cultural, é preciso primeiro
compreender profundamente a perspectiva cultural a partir de dentro.
O estudo, ao adoptar a fenomenologia, não faz apenas uma escolha metodológica, mas
oferece uma ponte entre a compreensão técnica e cultural. Esta abordagem é essencial para
desvendar as causas-raiz da falha dos projectos e para conceber intervenções verdadeiramente
sensíveis ao contexto. Além disso, os objectivos específicos do estudo, que incluem a proposta
de estratégias para integrar conhecimentos locais e dinâmicas culturais em políticas de
desenvolvimento rural , posicionam a pesquisa como uma ponte entre a compreensão teórica e a
aplicação prática. Ao focar em como integrar o conhecimento local e as dinâmicas culturais, o
estudo visa fornecer caminhos concretos para superar a desconexão identificada.
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participativa deve ser fortalecida, priorizando a "experiência vivida" das comunidades para que
as políticas considerem os impactos simbólicos e culturais, não apenas os econômicos ou
nutricionais. Estratégias de comunicação e educação nutricional sensíveis à cultura local são
cruciais. Campanhas devem desmistificar mitos e integrar a mandioca a festividades,
preparações culinárias tradicionais e narrativas orais, redefinindo seu valor simbólico e
transformando sua percepção de "alimento de última necessidade" para um símbolo de
resiliência. Dada a centralidade das mulheres nas atividades de beneficiamento da mandioca, é
fundamental criar cotas de representação em conselhos de cooperativas e oferecer capacitação
técnica específica para agricultoras, reconhecendo seu papel e abordando as barreiras estruturais
que enfrentam, como o acesso limitado a crédito e terra. Os projetos devem priorizar a
compreensão profunda das percepções e significados locais. Isso garante que as políticas
considerem os impactos simbólicos e culturais, não apenas os econômicos ou nutricionais,
promovendo uma aceitação mais orgânica e duradoura.
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O sucesso de projectos de desenvolvimento rural, especialmente em contextos de alta
vulnerabilidade, depende de uma abordagem que transcenda o técnico e abrace integralmente o
sociocultural. A segurança alimentar, como evidenciado, não é meramente uma questão de
acesso físico a alimentos, mas fundamentalmente de como esses alimentos são valorizados
culturalmente e integrados ao tecido social das comunidades. A transformação da mandioca de
um "alimento de emergência" – associado a crises e escassez – em um símbolo de resiliência e
desenvolvimento sustentável exige um profundo respeito pela identidade local e uma integração
profunda dos saberes e práticas culturais nas estratégias de intervenção.
O caso da mandioca em Massingir serve como uma metáfora poderosa para os desafios
mais amplos do desenvolvimento. Sua jornada de "alimento de última necessidade" para um
potencial "símbolo de resiliência e desenvolvimento sustentável" espelha a própria
complexidade do desenvolvimento. O insucesso do PCVM, em muitos aspectos, é um
microcosmo de questões sistêmicas maiores na ajuda ao desenvolvimento: a imposição de
soluções externas sem uma compreensão adequada das realidades locais, o que invariavelmente
leva à resistência e a resultados subótimos. Em última análise, a relevância da integração
sociocultural é primordial para a formulação de estratégias mais sensíveis ao contexto cultural,
garantindo a sustentabilidade e a equidade dos esforços de desenvolvimento.
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a confiança das comunidades no projeto, mas também a viabilidade económica da cadeia de
valor da mandioca, colocando em risco os objetivos de segurança alimentar e desenvolvimento
local propostos pela iniciativa.
A partir deste problema central, a pergunta de pesquisa que emerge é: quais são os
fatores que influenciam a apropriação e a utilização do PCVM no distrito de Massingir?
15
2.9.1. Operacionalização da Hipótese de Trabalho
Ao operacionalizar a hipótese desta forma, a pesquisa busca não apenas confirmar a influência
dos fatores socioculturais, mas também desvendar os mecanismos pelos quais esta influência se
manifesta, contribuindo para a formulação de projectos de desenvolvimento mais eficazes e
culturalmente sensíveis em Massingir.
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3. Enquadramento Teórico
Em vista dos argumentos dos autores acima mencionados, esta pesquisa será baseada na teoria
construtivista, visto que o paradigma construtivista pressupõe que todo o conhecimento sobre a
realidade depende das práticas humanas e é construído por meio da interação entre as pessoas e o
mundo no qual vivem, sendo transmitido em um contexto social (Creswell, 2007). Além disso,
os pesquisadores qualitativos podem usar uma estrutura interpretativista geral ou estrutura
interpretativista específica, que inclui o construtivismo social como teoria social crítica (Ibidem).
A abordagem construtivista mostra-se vantajosa para esta pesquisa porque vai permitir
uma compreensão profunda das experiências e significados relacionados ao Projecto Cadeia de
Valor da Mandioca, levando em consideração a diversidade de perspectivas e a multiplicidade de
factores que influenciam a produção, processamento e consumo da mandioca e seus derivados.
Também vai possibilitar a análise crítica do projecto e a formulação de propostas para sua
melhoria.
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atribuídos à mandioca? Como as
Significados, pessoas percebem o projecto e seus
Alfred percepções, impactos? Quais as expectativas dos
Fenomenológica Schutz valores, beneficiários em relação ao projecto?
(1967) experiências Como as experiências subjectivas
subjectivas influenciam as práticas alimentares e as
decisões relacionadas à produção e
consumo da mandioca?
Quais as práticas sociais envolvidas no
cultivo, processamento e consumo da
Práticas sociais, mandioca? Como o projecto influencia
Prática Theodore rotinas, essas práticas? Quais são os
Schatzki habilidades, conhecimentos tradicionais e as novas
(2002) conhecimentos, habilidades adquiridas pelos
contextos agricultores?
Como os contextos social, cultural e
histórico moldam as práticas
relacionadas à mandioca?
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É importante destacar que esta pesquisa não se limitará apenas às três teoria acima
apresentadas, mas sim buscará integrar diferentes perspectivas para construir uma compreensão
mais completa do fenômeno em análise.
Ao utilizarmos estas teorias de forma integrada e crítica, o estudo poderá contribuir para
uma compreensão mais profunda das experiências dos participantes do Projecto Cadeia de Valor
da Mandioca, dos factores que influenciam a (des)apropriação do projecto e do impacto do
projecto na segurança alimentar das comunidades do distrito de Massingir.
4. Trajectória metodológica
4.1. Tipo de estudo
Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, pois envolve processos de pesquisa sistemáticos e
contextualizados para interpretar as maneiras como os humanos dão sentido às suas
experiências, contextos e ao mundo (Sage, 2021).
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& Poth, 2018). Pois, busca estudar as estruturas essenciais dos fenômenos na consciência e
compreender como os aspectos socioculturais se relacionam com o consumo da mandioca, a
política, o poder e a construção de significados sobre o projeto.
Também, através do foco nas experiências dos participantes, a pesquisa vai-se concentrar
nas experiências dos produtores, processadores, consumidores e líderes comunitários em relação
ao projeto explorando as percepções, sentimentos, crenças e valores relacionados à mandioca e
ao projeto.
ii. Representatividade: A pesquisa terá que assegurar que os diferentes grupos de interesse
estejam representados nas entrevistas.
iii. Experiência: Priorizar participantes que tenham experiência direta com o projeto cadeia
de valor da mandioca.
iv. Disponibilidade: A pesquisa vai selecionar participantes que estejam disponíveis para
participar da entrevista.
20
4.5. Métodos de Amostragem
Amostragem é intencional. Este método permitirá a seleção estratégica de participantes com
base em sua capacidade de fornecer “insights” ricos e relevantes para o estudo. Pois, vai permitir
obter uma compreensão profunda das experiências e perspectivas relacionados à produção e
consumo de mandioca, segurança alimentar e aspectos socioculturais.
A técnica de seleção é bola de neve (Creswell, 2013). Esta técnica permite começar com
um pequeno número de participantes que serão pedidos que indiquem outros com experiências
relevantes.
A pesquisa também irá trabalhar com grupos focais para promover a discussão e a troca
de experiências entre os participantes.
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Notas de campo dos entrevistadores contendo informações demográficas dos
participantes (sexo, idade, identidade étnica, nível de escolaridade, local de nascimento, estado
civil e ocupação actual), serão utilizadas para contextualizar as entrevistas.
O controle de qualidade das entrevistas será mantido por meio de sessões regulares de revisão
por pares, entrevistadores e o supervisor de campo bem como os participantes (Sage, 2021).
Também haverá “briefing” entre pares que fornecerá um ambiente no qual hipóteses
podem ser desafiadas. A análise de dados será realizada com base nas características
demográficas dos grupos por preferências alimentares amostrais para identificar diferenças entre
as categorias com auxílio de ferramentas de analise de dados (Creswell, 2007: 197) como o
Nvivo ou Maxda.
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É um esclarecimento e um controle do tempo necessário ao desenvolvimento da pesquisa.
Detalha as diferentes fases do projecto, apresentando numa tabela o período correspondente a
cada actividade da execução do projecto (Fonseca, 2012. p. 49).
b) Identificação da metodologia
Selecionar a metodologia e (tipo de abordagem, método, técnicas de colecta e analise dos
dados). Estabelecer critérios de selecção da amostra. Conceber os guiões de entrevistas
semiestruturados. Realizar os testes dos instrumentos de recolha de dados para o ajuste dos
guiões e a metodologia. O estabelecimento dos critérios metodológicos vai decorrer nos meses
de janeiro e fevereiro de 2024 e vai decorrer na sala de aulas, biblioteca e em outros locais de
estudo. A testagem dos instrumentos de colecta de dados será no distrito de Massingir a realizar
no mês de fevereiro de 2024.
Revisão do projecto de pesquisa junto com o supervisor (março a abril de 2024). Submissão da
proposta de projecto à banca examinadora (junho de 2024).
e) Redação
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contudo o estudante vai proceder a actualização mediante o envio de relatórios das actividades
desenvolvidas mensalmente.
Fazer a revisão completa da tese. Preparar a apresentação para a defesa. Preparar a tese para
publicação. A revisão vai decorrer nos meses de janeiro a maio de 2026, vai contar com
colaboração do supervisor e de um revisor linguístico. Nesta vai-se fazer a verificação da
adequação as normas e regulamento de culminação de cursos de pós-graduação da UEM. a
verificação da coerência da escrita, verificação da inclusão de toda a bibliografia na lista de
referências bibliográficas. A preparação da defesa inclui a preparação da apresentação em PPT e
ensaio junto com o supervisor e pares para refinamento, nos meses de Novembro a Dezembro de
2026 e neste ultimo realizar a defesa pública, publicação da tese no mês de Dezembro de 2026.
24
6. Referências
a) Livros:
1. Afonso, C. (2019). Apropriação social de projectos de desenvolvimento rural: um estudo de caso
no distrito de Massingir. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane.
2. Afonso, José Carlos. (2016). Apropriação e reprodução social: a dinâmica das relações sociais de
produção e reprodução da mandioca no distrito de Massingir. Dissertação (Mestrado em
Sociologia) - Universidade Eduardo Mondlane, Maputo.
3. Aires, J. S. et al. (2012). (In) Segurança alimentar em famílias de pré-escolares de uma zona rural
do Ceará. São Gerardo, Fortaleza (CE), Brasil. Acta Paul Enferm. 2012;25(1):102-108.
4. Albino, João Bernardo. (2002). As culturas tradicionais e o desenvolvimento sustentável em
Moçambique. Maputo: Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário.
5. Amaral, A. (2018, 21 de dezembro). O quotidiano sociológico. Em homenagem ao sociólogo
moçambicano Elísio Macamo alusivo ao seu aniversário.
https://okotidianosociologico.blogspot.com/
6. António, J. (2018). A cadeia de valor da mandioca no distrito de Massingir: desafios e
perspectivas. Dissertação (Mestrado em Economia Agrícola) - Universidade Eduardo Mondlane,
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Massingir, Província de Gaza, Moçambique. Universidade Eduardo Mondlane. Maputo
d) Monografias:
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Nutricional (ENSAN II). Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar. Maputo.
29
7. Apêndices
Apêndice I: Orçamento
Quadro 03: Orçamento do projecto de pesquisa
Descrição Quant. Custo unitário Factor Custo total
multiplicad
or
Subsídio para inquiridores 4x300x20di
01. Pessoal de locais e guias distritais 04 300,00mt as 24000,00mt
apoio
Subtotal 01 24000,00mt
Resma de papel 03 450,00mt 3x450 1350,00mt
02. Canetas 2 Cxs 480,00mt 2 x 480 1500,00mt
Consumíveis de Blocos de notas 10 Unid 90,00mt 10x90 900,00mt
escritório Marcadores 06 Unid 30,00mt 6x30 180,00mt
Agrafadores 03 Unid 120,00mt 3 x 120 360,00mt
Envelopes 25 Unid 15,00mt 25 x 15 375,00mt
Subtotal 02 4665,00mt
03. Material de Flash drive de 8GB 03 750,00mt 2x750 1500,00mt
consumo para Máquina fotográfica 01 Unid 15000,00mt 15000,00mt
informática Celular Smart 02 Unid 12000,00mt 2x12000 24000,00mt
Laptop HP 01Unid 25000,00mt 25000,00mt
Data show 01 Unid 16000,00mt 16000,00mt
Internet/credito 3000,00mt
Impressão 12 300,00mt 12x300 3600,00mt
Encadernação 12 300,00mt 6x300 1800,00mt
Subtotal 03 89900,00mt
04. Diesel (litros) para 1 100Lts 91,23mt 100x91,3 9123,00mt
Combustíveis e (uma) viatura
lubrificantes Gasolina (litros) para 2 60 Lts 86,25mt 2x30x86,5 5190,00mt
(dois) motociclos
Lubrificantes (litros) 10Ltrs 240,00mt 10x240 2400,00mt
Subtotal 04 16713,00mt
05 Almoços/dia 40 dias 1750,00mt/dia 5x40x350 70000,00mt
05. Ajudas de 05 Lanches/dia 40 dias 1250,00mt/dia 11x10x200 50000,00mt
custos Alojamento 40 dias 1500,00mt/dia 40x1500 60000,00mt
30
Retiro 5 dias 5000,00mt/dia 5x5000 25000,00mt
10L Água (litros) /dia 40 dias 160,00mt 40x10x40 4600,00mt
Subtotal 05 149600,00mt
Total = 284.878,00mt
Fonte: Pesquisador (2024)
31
Apêndice II: Categorias dos Participantes para Entrevistas em Profundidade:
1. Beneficiários do Projeto Cadeia de Valor da Mandioca:
1.1. Agricultores que cultivam mandioca no âmbito do projecto.
1.2. Famílias que consomem a mandioca e seus derivados.
1.3. Beneficiários que utilizam as unidades processadoras de mandioca.
1.4. Beneficiários que não utilizam as unidades processadoras de mandioca.
2. Lideranças Locais:
2.1. Líderes comunitários.
2.2. Líderes religiosos.
2.3. Líderes tradicionais.
2.4. Agentes de saúde.
2.5. Professores.
3. Representantes das Unidades Processadoras:
3.1. Proprietários das unidades processadoras.
3.2. Gerentes das unidades processadoras.
3.3. Funcionários das unidades processadoras.
4. Técnicos e Extensionistas do Projecto:
4.1. Técnicos agrícolas.
4.2. Extensionistas rurais.
4.3. Nutricionistas.
4.4. Especialistas em desenvolvimento rural.
5. Outros Actores Relevantes:
5.1. Representantes de organizações não governamentais (ONGs).
5.2. Representantes do governo local.
5.3. Pesquisadores e acadêmicos.
32
Apêndice III: Roteiro de Observação para Analise da Relação entre o Projecto Cadeia de
Valor da Mandioca e a Segurança Alimentar em Massingir
33
Como as mulheres participam da produção e do consumo da mandioca?
Quais as relações entre os agricultores e os compradores?
4. Poder e desigualdade:
Acesso a recursos:
Quais as desigualdades no acesso à terra, água, crédito e tecnologias?
Como essas desigualdades influenciam a participação no projeto?
Relações de poder:
Quem toma as decisões sobre a produção e a comercialização da mandioca?
Quais os grupos sociais mais vulneráveis?
Empoderamento:
Como o projeto contribui para o empoderamento das comunidades locais?
Quais os desafios para o empoderamento das mulheres?
34
Quadro1: Proposta de agenda de observação
Objectivo da Participantes-
Data Local Áreas de Foco Questões Guias Observações Adicionais
Observação chave
22/03/2025 Feira local em Analisar a Comercialização, Quais produtos à base de mandioca são Vendedores, Observar a variedade
Zulo comercialização preços, vendidos? compradores, de produtos, a forma de
da mandioca e preferência do consumidores negociação e a
Quais são os preços praticados?
seus derivados consumidor embalagem.
1
Quem são os principais compradores?
Como os produtos são armazenados e
expostos?
31/03/2025 Reunião com a Analisar a Organização de Quais são os principais objectivos da Membros da Observar a dinâmica da
associação de organização dos produtores, associação? associação, reunião, a participação
produtores em produtores e demandas, líderes dos membros e as
Como as decisões são tomadas na
Madingane suas demandas desafios decisões tomadas.
associação?
Quais são os principais desafios
2
enfrentados pelos produtores?
Como o projecto tem contribuído para a
organização dos produtores?
11/04/2025 Visita a uma Analisar o Segurança Quais produtos à base de mandioca são Directores, Observar as refeições,
escola rural consumo de alimentar, oferecidos na alimentação escolar? professores, conversar com os alunos
produtos à base hábitos alunos e professores sobre seus
Qual a frequência com que esses
de mandioca na alimentares, hábitos alimentares.
produtos são servidos?
alimentação programas
escolar governamentais Como os alunos recebem esses produtos?
Quais são os desafios para garantir uma
3
alimentação saudável nas escolas?
20/04/2025 Reunião com Analisar as Políticas Quais são as políticas públicas que Representantes Analisar os documentos
representantes políticas públicas, incentivam a produção da mandioca? do governo, e discutir as políticas
do governo públicas incentivos, Quais são os desafios para a técnicos com os representantes
relacionadas à desafios implementação dessas políticas? do governo.
produção e
4
Como os agricultores se beneficiam
comercialização dessas políticas?
da mandioca Quais são as futuras perspectivas para o
sector?
27/04/2025 Campo Analisar Pragas e Quais pragas e doenças afectam a Pesquisadores, Visitar os campos
experimental pesquisas sobre doenças, produção da mandioca? técnicos experimentais e
de uma a resistência da biotecnologia, conversar com os
Quais são as pesquisas em curso para
universidade mandioca a segurança pesquisadores.
controlar as pragas e doenças?
pragas e alimentar
em Chokwe
doenças Como as novas variedades resistentes
podem contribuir para a segurança
5
alimentar?
6
Quais os principais compradores de
Analisar a mandioca no mercado atacadista?
Observar a
Mercado comercialização Comerciantes,
Comercialização, Como os preços são definidos? movimentação de
07/05/2025 atacadista em da mandioca compradores,
preços, logística Quais são as dificuldades na produtos, negociar com
Maputo em grande transportadores
comercialização da mandioca? os comerciantes.
escala
Como a logística influencia os preços?
19/05/2025 Reunião com Analisar os Empoderamento Quais os principais desafios enfrentados Mulheres Discutir os desafios e as
associações de desafios e as feminino, acesso produtoras, oportunidades, ouvir as
7
pelas mulheres produtoras de mandioca?
8
Apêndice IV: Roteiro de Entrevistas em Profundidade
1. Introdução e Contextualização
Apresentação do pesquisador e do objetivo da pesquisa.
Explicação sobre a importância da participação do entrevistado.
Garantia de anonimato e confidencialidade das informações.
34
Como você avalia o papel das associações e cooperativas na sua comunidade?
7. Capacidades e bem-estar
Quais as suas capacidades de produção e comercialização da mandioca?
Como o projeto contribuiu para o aumento das suas capacidades?
Como você avalia o seu bem-estar em relação à alimentação e à saúde?
35
Apêndice V: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (1)
Guião de Entrevistas em Profundidade para Beneficiários do Projeto Cadeia de Valor
da Mandioca
Objetivo: Explorar as experiências e perspectivas dos beneficiários do projeto cadeia de
valor da mandioca em relação ao consumo da mandioca e seus derivados, focando na
influência dos aspectos socioculturais na (in)segurança alimentar no distrito de Massingir.
1. Introdução
Apresentação do entrevistador e do objetivo da pesquisa.
Explicação do procedimento da entrevista e garantia de anonimato.
Obtenção do consentimento livre e informado do entrevistado.
Seção 1: O Beneficiário e o Projeto
Perfil do Beneficiário:
o Nome, idade, sexo, comunidade de residência.
o Nível de escolaridade, ocupação principal.
o Tamanho da família e composição.
Participação no Projeto:
o Como você ficou sabendo do projeto?
o Quais foram as principais atividades realizadas no âmbito do projeto?
o Qual a sua principal motivação para participar do projeto?
Seção 2: Impactos do Projeto na Vida Cotidiana
Segurança Alimentar:
o Como o projeto influenciou a sua segurança alimentar?
o Houve mudanças na sua dieta após a participação no projeto?
o Quais os alimentos derivados da mandioca que você e sua família consomem
com mais frequência?
Renda e Economia Familiar:
o Como o projeto impactou a sua renda familiar?
o Quais as principais fontes de renda da sua família?
o Como você utiliza o dinheiro obtido com a venda da mandioca?
Qualidade de Vida:
o Como o projeto influenciou a sua qualidade de vida em geral?
o Houve mudanças em sua autoestima ou na sua relação com a comunidade?
Seção 3: Aspectos Socioculturais e a Mandioca
Significado da Mandioca:
o Qual o significado da mandioca na sua cultura e tradição?
o Quais os pratos típicos preparados com mandioca na sua família?
o Como a mandioca é utilizada em eventos sociais e celebrações?
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Conhecimento Tradicional:
o Quais os conhecimentos tradicionais sobre o cultivo e processamento da
mandioca que você possui?
o Como esses conhecimentos foram transmitidos para você?
o Como você avalia a importância de preservar esses conhecimentos?
Mudanças nas Práticas:
o Houve mudanças nas suas práticas de cultivo e processamento da mandioca
após a participação no projeto?
o Quais dessas mudanças você considera mais importantes?
o Quais as dificuldades encontradas para implementar essas mudanças?
Seção 4: Desafios e Oportunidades
Desafios:
o Quais os principais desafios enfrentados na produção e comercialização da
mandioca?
o Quais os problemas relacionados ao acesso à terra, água e outros recursos?
o Como as mudanças climáticas afetam a produção de mandioca?
Oportunidades:
o Quais as oportunidades de melhoria da produção e comercialização da
mandioca?
o Quais os produtos da mandioca com maior potencial de mercado?
o Como a comunidade pode se organizar para fortalecer a cadeia de valor da
mandioca?
Seção 5: Sugestões e Recomendações
Sugestões para o Projeto:
o O que você sugere para melhorar o projeto?
o Quais as suas expectativas para o futuro do projeto?
o Quais as suas necessidades que ainda não foram atendidas pelo projeto?
Encerramento:
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Apêndice VI: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (2)
Guia de Entrevistas em Profundidade para Lideranças Locais em Massingir
Objectivo: Compreender a percepção das lideranças locais sobre o impacto do projeto da
cadeia de valor da mandioca na comunidade, identificar os desafios e oportunidades, e coletar
sugestões para melhorar a implementação do projeto, levando em consideração as dinâmicas
de poder, as práticas culturais e as percepções locais sobre a segurança alimentar.
Duração: 60 minutos.
Abertura:
Apresentação do entrevistador e do objetivo da pesquisa.
Explicação dos procedimentos da entrevista e garantia do anonimato.
Obtenção do consentimento livre e informado do participante.
Seção 1: A Comunidade e o Projeto
Contexto Histórico e Social:
o Qual a importância histórica da mandioca na comunidade?
o Quais as principais mudanças socioeconômicas ocorridas na comunidade nos
últimos anos?
o Quais os principais desafios enfrentados pela comunidade antes do início do
projeto?
Implementação do Projeto:
o Como a comunidade foi informada sobre o projeto e qual foi a receptividade
inicial?
o Quais as etapas de implementação do projeto que foram mais bem sucedidas e
quais as que enfrentaram mais dificuldades?
o Como a liderança local participou das decisões relacionadas ao projeto?
Seção 2: Impactos do Projeto na Comunidade
Segurança Alimentar:
o Como o projeto contribuiu para a melhoria da segurança alimentar na
comunidade?
o Quais os indicadores utilizados pela comunidade para avaliar a segurança
alimentar?
o Houve aumento na produção e consumo de mandioca após a implementação
do projeto?
Desenvolvimento Econômico:
o Como o projeto impactou a renda das famílias?
o Quais as novas oportunidades de negócio geradas pelo projeto?
o Houve aumento da comercialização de produtos da mandioca?
Desenvolvimento Social:
o Como o projeto contribuiu para o desenvolvimento social da comunidade?
o Houve mudanças nas relações sociais e na organização da comunidade?
o Quais os grupos sociais mais beneficiados pelo projeto?
Seção 3: Desafios e Oportunidades
Desafios:
o Quais os principais desafios enfrentados pela comunidade após a
implementação do projeto?
o Quais as dificuldades encontradas na comercialização dos produtos da
mandioca?
o Existem conflitos ou disputas relacionadas ao projeto?
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Oportunidades:
o Quais as oportunidades de melhoria do projeto?
o Quais os produtos da mandioca com maior potencial de mercado?
o Como a comunidade pode se organizar para aproveitar as oportunidades
geradas pelo projeto?
Seção 4: Relações de Poder e Equidade
Relações de Poder:
o Quais as relações de poder existentes na comunidade e como elas influenciam
a implementação do projeto?
o Existem grupos sociais que têm mais poder de decisão e influência?
o Como as decisões sobre o uso da terra e dos recursos naturais são tomadas na
comunidade?
Equidade de Gênero:
o Como as mulheres participam do projeto e como seus papéis foram
transformados?
o Existem desigualdades de gênero no acesso aos benefícios do projeto?
Seção 5: Percepções e Expectativas Futuras
Percepções sobre o Projeto:
o Qual a avaliação geral da comunidade sobre o projeto?
o Quais os aspectos mais positivos e negativos do projeto, na visão da
comunidade?
Expectativas Futuras:
o Quais as expectativas da comunidade para o futuro do projeto?
o Quais as medidas que poderiam ser tomadas para garantir a sustentabilidade
do projeto a longo prazo?
Encerramento:
Agradecimento ao participante pela sua colaboração.
Espaço para o participante fazer perguntas ou comentários.
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Apêndice VII: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (3)
Guia de Entrevistas em Profundidade para Representantes das Unidades Processadoras
do Projeto da Cadeia de Valor da Mandioca
Objetivo: Compreender a perspectiva das unidades processadoras sobre o projeto, os
desafios e oportunidades na cadeia de valor da mandioca, e identificar as principais barreiras
e facilitadores para o crescimento do setor.
Duração: 60 minutos.
Abertura:
Apresentação do entrevistador e do objetivo da pesquisa.
Explicação dos procedimentos da entrevista e garantia do anonimato.
Obtenção do consentimento livre e informado do participante.
Seção 1: A Unidade Processadora e o Projeto
Perfil da Empresa:
o Qual o tamanho da sua empresa e há quanto tempo atua no setor de
processamento de mandioca?
o Quais produtos são processados e quais os principais mercados?
o Qual a capacidade de produção atual e a capacidade instalada?
Participação no Projeto:
o Como sua empresa se envolveu no projeto da cadeia de valor da mandioca?
o Quais os principais benefícios obtidos através da participação no projeto?
o Quais os desafios enfrentados ao participar do projeto?
Seção 2: Cadeia de Valor e Relações com os Produtores
Abastecimento:
o De onde vem a maior parte da matéria-prima (mandioca)?
o Quais os critérios utilizados para a seleção dos fornecedores?
o Existem contratos ou acordos formais com os produtores?
Relações com os Produtores:
o Como são as relações com os produtores de mandioca?
o Quais as principais dificuldades encontradas na relação com os produtores?
o Existem iniciativas para fortalecer a relação com os produtores, como
assistência técnica ou formação?
Seção 3: Processamento e Qualidade
Processos Produtivos:
o Descreva o processo de produção dos seus produtos, desde a recepção da
matéria-prima até a distribuição.
o Quais as principais tecnologias utilizadas no processo de produção?
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o Quais os principais desafios enfrentados na garantia da qualidade dos
produtos?
Inovação:
o A empresa investe em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos?
o Quais as principais dificuldades para a inovação no setor?
o Existem parcerias com instituições de pesquisa ou universidades?
Seção 4: Mercado e Comercialização
Mercado:
o Quais os principais mercados para os seus produtos?
o Quais os principais concorrentes e como a empresa se diferencia?
o Quais as principais dificuldades encontradas na comercialização dos produtos?
Marketing e Promoção:
o A empresa investe em marketing e promoção dos seus produtos?
o Quais os canais de distribuição utilizados?
o Como a marca da empresa é percebida pelos consumidores?
Seção 5: Desafios e Oportunidades
Desafios:
o Quais os principais desafios enfrentados pela empresa no dia a dia?
o Como as políticas públicas influenciam as atividades da empresa?
o Quais as principais dificuldades relacionadas à infraestrutura e logística?
Oportunidades:
o Quais as principais oportunidades de crescimento para a empresa?
o Como o projeto da cadeia de valor da mandioca pode contribuir para o
crescimento da empresa?
o Quais as principais tendências de mercado que podem impactar a empresa no
futuro?
Seção 6: Futuro da Empresa
Planos Futuros:
o Quais os planos da empresa para os próximos anos?
o Quais os investimentos previstos em novas tecnologias e produtos?
o Como a empresa pretende aumentar sua participação no mercado?
Encerramento:
Agradecimento ao participante pela sua colaboração.
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Apêndice VIII: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (4)
Guião de Entrevistas em Profundidade para Técnicos e Extensionistas do Projecto
Cadeia de Valor da Mandioca
Objectivo: Compreender as percepções dos técnicos e extensionistas sobre o projecto, as
relações de poder e os impactos na segurança alimentar, a fim de identificar oportunidades de
melhoria e garantir a sustentabilidade do projecto.
Duração: 60 minutos
Abertura:
Apresentação do entrevistador e do objetivo da pesquisa.
Explicação dos procedimentos da entrevista e garantia do anonimato.
Obtenção do consentimento livre e informado do participante.
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Relações de Poder:
o Quais as principais relações de poder existentes entre os diferentes atores
envolvidos no projeto (agricultores, comerciantes, líderes comunitários,
técnicos)?
o Como essas relações de poder influenciam a tomada de decisões e a
implementação do projecto?
Equidade de Gênero:
o Como o projecto abordou a questão de gênero? As mulheres participaram
ativamente do projecto?
o Quais os desafios enfrentados pelas mulheres no acesso aos recursos e
benefícios do projecto?
Inclusão Social:
o Quais os grupos sociais mais vulneráveis que foram beneficiados pelo
projecto?
o Existem diferenças significativas entre os benefícios obtidos pelos diferentes
grupos sociais?
Seção 4: Desafios e Oportunidades
Desafios:
o Quais os principais desafios enfrentados na implementação do projecto?
o Como as mudanças climáticas e outros fatores externos influenciam o
projecto?
Oportunidades:
o Quais as oportunidades para melhorar o projecto e aumentar seu impacto na
segurança alimentar?
o Como o projecto poderia ser adaptado para atender às necessidades específicas
das comunidades?
Futuro do Projeto:
o Quais suas expectativas para o futuro do projecto e da cadeia de valor da
mandioca na região?
o Quais as medidas que poderiam ser tomadas para garantir a sustentabilidade
do projecto a longo prazo?
Encerramento:
Agradecimento ao participante pela sua colaboração.
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Apêndice IX: Estrutura da Entrevista para Público-alvo (5)
Guia de Entrevista para Outros Atores Relevantes:
Objetivo: Compreender as percepções, avaliações e sugestões de outros actores relevantes
sobre o projeto, focando em seu impacto na segurança alimentar das comunidades.
Duração: 60 minutos.
1. Abertura:
Apresentação do entrevistador e do objetivo da pesquisa.
Explicação dos procedimentos da entrevista e garantia do anonimato.
Obtenção do consentimento livre e informado do participante.
2. Perfil do Actor:
2.1. Qual é a sua função/atuação em relação ao projecto?
2.2. Há quanto tempo você acompanha/está envolvido com o projecto?
2.3. Quais são as suas principais atividades relacionadas ao projecto?
2.4. Quais são os principais desafios que você enfrenta em relação ao projecto?
3. Percepção sobre o Projecto:
3.1. Como você conheceu o projecto cadeia de valor da mandioca?
3.2. Na sua opinião, quais foram os principais objectivos do projecto?
3.3. Como você avalia a participação dos diferentes actores no projecto?
3.4. Você considera que o projecto foi bem-sucedido? Por quê?
4. Impacto na Segurança Alimentar:
4.1. Na sua opinião, o projeto cadeia de valor da mandioca contribuiu para a
segurança alimentar das comunidades?
4.2. Como o projeto impactou o acesso à mandioca e seus derivados pelas famílias?
4.3. Você observou alguma mudança nos hábitos alimentares das comunidades após o
início do projeto?
4.4. Quais são os principais desafios para garantir a segurança alimentar das
comunidades no contexto do projeto?
5. Desafios e Sugestões:
5.1. Quais foram os principais desafios enfrentados pelos outros atores relevantes na
implementação do projeto?
5.2. Como os diferentes atores podem contribuir para a valorização da mandioca e
seus derivados?
5.3. Quais são as suas sugestões para melhorar o projeto cadeia de valor da mandioca?
6. Encerramento:
Agradecimento ao participante pela sua colaboração.
Espaço para o participante fazer perguntas ou comentá rios.
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Consentimento Informado
Título do Projecto de Pesquisa: Relação entre o Projecto Cadeia de Valor da Mandioca e
a Segurança Alimentar no Distrito de Massingir
Patrocinador: UEM
Investigador Principal: Artur Horácio Macuácua
Contacto: 849363488
Endereço: Faculdade de Letras e Ciências Sociais
Universidade Eduardo Mondlane
Maputo
1. Introdução
Porque a pesquisa é o meio pelo qual nós investigadores sociais, colhemos informações nas
comunidades para perceber e melhor interpretar algumas situações que acontecem na
sociedade, a sua participação nesta pesquisa como voluntário, reveste-se de uma grande
importância, por isso mesmo, queremos desde já endereçar o nosso agradecimento especial
pela disponibilidade para permitir que seja possível concretizarmos este nosso objectivo,
através da entrevista que poderá nos conceder.
Este é um Termo de Consentimento informado que contém informações sobre a
pesquisa intitulada “Relação entre o Projecto Cadeia de Valor da Mandioca e a Segurança
Alimentar no Distrito de Massingir”. O estudo pretende compreender a complexidade das
relações entre o projecto cadeia de valor da mandioca e a segurança alimentar, considerando
as nuances culturais e sociais que moldam as experiências dos agricultores. Esta pesquisa vai
contribuir para o desenvolvimento de projectos mais eficazes e sustentáveis, que atendam às
necessidades e aspirações das comunidades locais.
Para assegurar que você esteja informado sobre a sua participação nesta pesquisa,
pedimos que leia (ou peça que alguém leia) este Termo de Consentimento Informado que
deverá assinar (ou fazer sua marca perante uma testemunha) e receberá uma cópia deste
termo.
Este termo de consentimento pode ter algumas palavras com as quai s você não esteja
familiarizado, pergunte sobre qualquer coisa que você não compreender.
2. Motivo da pesquisa
Pedimos que você participe nesta pesquisa de natureza académica, para ajudar a compreender
como funcionam os projectos nas comunidades do vosso distrito, ou seja, recolher opiniões,
sentimentos dos membros da comunidade em relação ao estado (situação) dos projectos de
desenvolvimento implementados aqui no distrito.
Estas entrevistas visam proporcionar momentos de conversa, de aprendizagem tendo
em vista colher opiniões e perceções de várias pessoas na comunidade (Líderes, Membros de
Comités de Gestão e elementos da comunidade), sobre processos de desenvolvimento
comunitário e concretamente sobre projectos das comunidades.
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3. Como a conversa vai ser feita?
Sua participação consistirá em conversa, onde poderá, sentindo-se a vontade, fornecer
informações sobre projectos implementados aqui na comunidade
e se você concordar em participar nesta pesquisa, explicamos aqui, como as coisas serão
diferentes do que simplesmente obter esclarecimentos sobre como elevar seu nível de
conhecimentos sobre projectos em que esteja inserido, esclarecimentos que não seria possível
obter sem fazer parte desta pesquisa.
Os resultados desta pesquisa serão divulgados ocultando a sua identidade e estarão
disponíveis para você, mesmo que não concorde em participar da pesquisa não será excluído
da compartilha dos mesmos.
4. Sobre sua Parte na Pesquisa
Se você concordar em participar na pesquisa, sua participação vai durar quase uma hora de
tempo e vai abranger várias pessoas desta e de outras comunidades.
Você pode sair da pesquisa a qualquer momento. Se você escolher participar, pode
mudar sua decisão a qualquer momento e abandonar a pesquisa, ou se a pesquisa for
interrompida. No caso de desistência na sua participação, não haverá nenhuma consequência.
5. Riscos
Do princípio, sua participação na pesquisa não representa nenhum risco previsto. Caso
ocorra em decorrência desta pesquisa, poderá ser trado de acordo com normas de ética na
pesquisa social.
6. Benefícios
Por que se trata de uma pesquisa de índole académico que visa informar, não há benefício
directo para o participante. O resultado desta pesquisa é meramente informacional que poderá
orientar os tomadores de decisões na dinamização dos projectos, para o sucesso,
sustentabilidade e garantia de continuidade dos projectos locais.
Você não receberá nenhum pagamento, porque você não tem a obrigação de participar
nesta pesquisa.
7. Se Você Decidir Não Participar na Pesquisa
Você é livre para decidir se quer participar ou não nesta pesquisa.
8. Privacidade
Protegeremos as informações sobre você e sobre sua participação nesta pesquisa, da melhor
maneira possível. O seu nome não aparecerá em nenhum relatório.
Entretanto, os leitores podem, algumas vezes, olhar os seus registos relacionados com
a pesquisa. Qualquer pessoa da comunidade, do distrito ou da universidade, pode querer fazer
perguntas sobre a sua participação na pesquisa, mas você não precisa responder.
Uma decisão de um tribunal de justiça pode solicitar que as suas declarações sejam
mostradas a outras pessoas, mas não é provável que isto aconteça.
Se você perder uma visita programada, poderemos entrar em contato por telefone ou
pessoalmente para programar outra visita e ver se você ainda quer participar da pesquisa.
Quando fizermos este contacto, você não será identificado como participante da pesquisa.
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9. Se tiver algum problema ou se tiver outras perguntas
Se você tiver algum problema que pensa que pode estar relacionado com sua participação
nesta pesquisa, ou se tiver qualquer pergunta sobre a pesquisa, ligue para o pesquisador pelo
número de celular/ WhatsApp 849363488 ou e-mail: [email protected]
10. Declaração de Consentimento
Concordo em participar do estudo intitulado: “Relação entre o Projecto Cadeia de Valor da
Mandioca e a Segurança Alimentar no Distrito de Massingir”.
__________________________________
Nome do participante ou responsável
Eu, Artur Horácio Macuácua, pesquisador principal, declaro cumprir as exigências contidas
nas normas da ética de pesquisa
__________________________________
Assinatura do Pesquisador Data: _____/_____/_____
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