• Secundária: acometimento do palato mole
e palato duro.
- pode ocorrer de forma isolada, sem afetar
as estruturas da primária.
CAVIDADE ORAL *O prognóstico depende do nível de
❑ Anatomia: comprometimento!
*A cirurgia da fissura palatina primária é
estética, uma vez que não compromete a
cavidade nasal/sistema respiratório.
➤ Predisposição:
• Boston Terriers, Pequines, Buldogues,
Beagles, Cocker Spaniels e Dachshunds.
• Felinos: siamês, raças puras e
braquicefálicos.
*A maioria são baquicefálicos.
➤ Causas:
• Fatores hereditários (consanguinidade);
• Hormonais;
+ mandíbula e maxilar. • Nutricionais (↓ vitamina K e vit. E durante a
❑ Exame: gestação);
➤ Anamnese e exame físico. • Mecânicos (trauma).
➤ Exames complementares: ➤ Sinais clínicos:
• Raio-X, citologia, entre outros. • Dificuldade para mamar;
• Regurgitação nasal;
❑ Principais afecções da cavidade oral:
• Descarga nasal;
➤ Congênitas, traumáticas, odontopatias,
• Déficit de desenvolvimento.
doença das gl. salivares e oncológicas.
*Depende do tamanho e localização da
❑ Fissura palatina: fissura.
➤ Comunicação anormal entre as cavidades ➤ Diagnóstico:
oral e nasal.
• Avaliação da cavidade oral;
• Envolve: palato mole, palato duro, pré-
• Histórico;
maxila e/ou lábio.
• Imagem (raio-x de tórax);
O palato se fecha entre o 35º e 38º dia de • Anestesia;
gestação. Se não fechar nesse período, o
• Avaliação laboratorial.
filhote já nasce com fissura (não fecha
sozinho), o tratamento é cirúrgico. ➤ Tratamento:
• Manejo pré-cirúrgico;
*Envolve também o osso incisivo, osso - sonda oro/nasogástrica;
maxilar e osso palatino.
• Hidratação;
➤ Classificação:
• Local apropriado (temperatura, 27-31°);
• Primária: envolve o lábio, pré-maxila e • Estimulação dos reflexos da micção e
plano nasal. defecação (até 20 dias de idade);
- 99% dos casos está associado com a • Pneumonia (broncoaspiração);
fissura palatina secundária
• Antibiótico, fluidoterapia;
• Broncodilatadore/expectorante. - Deve ser trocado periodicamente;
*A cirurgia só é feita a partir de 2 meses de - Pouco usado na medicina veterinária.
idade; antes disso, usa-se uma sonda ➤ Caso clínico:
(orogástrica é a ideal).
Canino macho, braquicefálico, filhote de pais
➤ Procedimentos cirúrgicos: consanguíneos, apresentando apenas fissura
• Retalho bipediculado: palatina primária.
- mais utilizado (prático) Resolução:
Primeiro, é feita uma incisão na gengiva
1° imagem: são realizadas duas incisões superior e outra no arco superior. As duas
mucoperiosteais, bem próximas à arcada incisões se encontram e ajudam a fechar a
dentária, uma de cada lado. comunicação com o nariz.
*As incisões não devem ser profundas para Depois, para corrigir o lábio, são feitas duas
evitar fissura palatina iatrogênica. incisões: uma na diagonal e outra na
2° imagem: utiliza-se o elevador de horizontal, logo abaixo do nariz. Isso permite
periósteo, passando sob as incisões para levantar um retalho em forma de “V”, que é
descolar cuidadosamente os retalhos (flaps) rotacionado para fechar a fissura do lábio.
de ambos os lados. ➤ Pós cirúrgicos:
3° imagem: após levantar os flaps, eles são • Antibioticoterapia;
tracionados ao centro para cobrir a fissura.
• Stmorgyl (7 dias);
*Como a fissura está a cerca de 2 meses, é
• Dipirona (25mg/kg/VO) + Tramadol
feita a escarificação das bordas (com bisturi)
(4mg/kg/BID VO);
para reativar a cicatrização. Em seguida, os
flaps são tracionados e suturados. • Periovet (5 vezes ao dia);
Suturas: • Crioterapia;
- cavidade nasal: swift • Alimentação líquida/pastosa por 15d e
depois fazer transição com a ração seca.
- cavidade oral: isolado simples
➤ Atenção:
*As incisões mucoperiosteais se fecham por
segunda intenção. • Realizar a passagem da sonda esofágica
Fios: PDS (ideal), vicryl (entrar com antes do procedimento cirúrgico.
antibiótico, anti-inflamatório), nylon • Materiais usados:
(desvantagem de retirar depois). - luva e campo estéril;
Cuidados: evitar lesão na artéria palatina - pinça hemostática de Crile ou de Kelly;
maior, pois é essencial para cicatrização. - porta agulha e tesoura;
• Obturadores palatinos: - fios de sutura (absorvível ou nylon);
- Dispositivos protéticos; - sonda; soro + seringa.
- EVA (acetato de etilenovinil), 1 a 3 mm;
- Camada nasal = máx 1mm. • Procedimento:
- medição (até o 7° e 8° espaço intercostal); - Inflamação e destruição de estruturas
- tricotomia da região cervical lateral; periodontais.
- introdução da sonda pela boca até ➤ Prevenção:
esôfago; • Escovação dos dentes a cada refeição.
- incisão atrás da art. temporomandibular • Alimentação secas.
(identificar jugular antes); • Petiscos que auxiliam na saúde bucal
- exteriorizar a sonda; (precisa segurar, para haver a fricção nos
- fixação da sonda (bolsa de fumo ao redor); dentes).
- raio-x para confirmar se a sonda está no ❑ Neoplasias:
local correto.
➤ Acometem 7% dos caninos e 3% dos
❑ Odontopatias: felinos.
➤ Infecção oral que resulta da retenção ➤ Classificação:
crônica de bactérias na junção dente/gengiva. • Odontogênicos: acometem células
➤ Causas multifatoriais: ectomesenquimais e/ou epiteliais
• Alimentação/profilaxia; • Não odontogênicos: acometem estruturas
• Anatomia; da cavidade oral, exceto dos tecidos
dentários
• Idade (+velho,+chances);
• Raça (pequenas; braquicefálicos); ➤ Benígnos: ameloblastoma, cementoma,
odontoma.
• Resposta imune, fluxo salivar, microflora
oral. ➤ Malignos: melanoma, fibrossarcoma,
osteossarcoma.
➤ Pode desencadear complicações, como:
• Meningite, endocardite, hepatopatias, ➤ Diagnóstico:
glomerulonefrite, artrite. • Exame físico, histórico, anamnese;
➤ Diagnóstico: • Citologia (não fecha diagnóstico, apenas
ajuda a direcionar);
• Exame físico;
- para diminuir a proliferação de células
• Radiografia intraoral; tumorais, pode-se usar de corticoide 5 dias
• Sondagem periodontal (mede a antes da coleta.
profundidade das bolsas). • Histopatológico;
- quanto + profundas, + bactérias, e + chances • Raio-x de tórax (3 projeções), para
de comprometer estruturas internas.
pesquisar metástase;
*Determinar o grau da doença e escolher
• USG abdominal, tomografia.
tratamento correto.
*Rx mostra metástase acima de 0,5cm e
➤ Tratamento:
tomografia mostra acima de 0,5cm.
• Limpeza;
➤ Neoplasia mandibular:
• Curetagem (USG odontológico);
• Comum na rotina cirúrgica e oncológica.
• Polimento (reduz as microrranhuras);
• 4° local mais acometido por tumores.
• Extrações dentárias (dentes c/ mobilidade).
• 50% são malignos.
➤ Estágio da doença:
• Complicações:
• Gengivite:
- deformidades;
- Inicial;
- pacientes se adaptam bem;
- Inflamação/edema;
- condição geral do paciente;
- Reversível. - exames pré-cirúrgicos: tomografia importante.
• Periodontite:
• Tratamento:
- A técnica cirúrgica depende da localização • Tratamento:
da neoplasia. - Maxilectomia:
- Mandibulectomia: > A nomenclatura varia de acordo com a
> Localização do tumor na mandíbula: localização do tumor.
> Região rostral: situados do 1º pré-molar
para frente.
> Região distal: situados do 2º pré-molar A) B) C)
para trás.
3)
1) 2)
D) E)
4)
A) hemimaxilectomia (apenas um lado);
5) B) hemimaxilectomia rostral;
C) hemimaxilectomia rostral bilateral (ou pré-
maxilectomia);
Imagem 1: tumor em apenas um lado, na
D) hemimaxilectomia central;
região rostral, realiza-se mandibulectomia
parcial unilateral rostral. E) hemimaxilectomia caudal.
Imagem 2: tumor acomete ambos os lados, ➤ Cuidados pós cirúrgico de
na região rostral, realiza-se mandibulectomia mandibulectomia e maxilectomia:
parcial bilateral rostral. • Internamento (sempre);
Imagem 3: tumor na região distal, envolvendo • Sonda (esofágica);
a articulação temporomandibular e o ramo da • Alimentação líquida/pastosa via sonda;
mandíbula, indica-se mandibulectomia parcial
• Fornecer água após 48h e observar o
em ramo distal.
paciente;
Imagem 4: tumor na região distal, sem
• Inserir alimentação pastosa espontânea
acometer o ramo mandibular, mas acomete
após 72h;
toda estrutura óssea da mandíbula, realiza-se
mandibulectomia parcial em corpo distal. • Epistaxe, descarga de muco nasal seroso e
dor são esperados após maxilectomia;
Imagem 5: tumor em região distal, acomete
tanto o corpo da mandíbula quanto sua porção • Enfizema, formação de crostas e secreção
total, realiza-se mandibulectomia parcial em nasal são sequelas de curta duração que
meia-lua distal. usualmente se resolvem em alguns dias ou
semanas;
> Atenção: cuidado para não lesionar a
artéria mandibular, para isso é necessário • Pode ocorrer protrusão da língua, mas a
seu isolamento com o uso de Hemospon maioria dos animais é capaz de manter a
(esponja hemostática). língua retraída.
➤ Neoplasias maxilares: ESÔFAGO
• Neoplasias agressivas; ❑ Definições:
• Parte ou toda a maxila é removida; ➤ Esofagotomia: incisão dentro do lúmen
• Procedimento agressivo; esofágico.
• Levar em consideração se o paciente está ➤ Esofagectomia: ressecção/retirada parcial
preparado para a cirurgia; do esôfago.
• Adaptação do paciente.
➤ Esofagostomia: criação de uma abertura ➤ Principais afecções cirúrgicas:
no esôfago para colocação de um tubo de • Corpo estranho esofágico, neoplasia
alimentação. esofágica, estreitamento esofágico
➤ Função: carrear óbolo alimentar da boca (cicatrização lenta), divertículo esofágico,
em direção ao estômago. hérnia hiatal, megaesôfago, anomalias do
anel vascular, intussuscepção
➤ Procedimento cirúrgico delicado devido
gastroesofágica (dilatações).
a:
❑ Corpo estranho esofágico:
• Estruturas ao redor (risco de complicação);
- traqueia, tronco vagosimpático, veia ➤ Principal casuística.
jugular. ➤ Acomete mais animais jovens.
• Vascularização segmentar; • Cães filhotes ou adultos de raças
- depende de suas camadas para receber específicas (golden retriever, labrador),
vascularização. idosos (raro).
- qualquer lesão nessas estruturas ➤ Obstrução total ou parcial do lúmen.
adjacentes pode causar necrose.
➤ Localização:
• Esôfago não tem a camada serosa;
• Entrada do tórax;
- isso o torna menos protegido e menos
• Base do coração (+comum);
maleável.
• Área epifrênica (entrada do diafragma).
- a camada serosa é mais resistente e, em
cirurgias, ajuda a proteger a sutura e evitar ➤ Fisiopatologia:
a deiscência. 1- CE (bolo alimentar) preso no esôfago;
➤ As cirurgias de esôfago apresentam maior 2- Peristaltismo tenta empurrar o CE até o
risco de deiscência. estômago, irritando a região acima da
obstrução;
❑ Camadas do esôfago:
3- Vários dias, causa necrose (pressão) e
➤ Ancorar sutura na perfuração do esôfago;
submucosa.
4- Esofagite;
• Na sutura do esôfago,
usa-se técnica swift na 5- Distensão esofágica proximal (cranial ao
camada interna e isolado CE);
simples na externa. 6- Interrupção peristaltismo;
Ambas devem incluir a 7- Pneumonia aspiração (falsa via).
submucosa, para evitar
deiscência. ➤ Sinais clínicos:
• Dependem do local de obstrução/tempo;
Uma vez que o esôfago não tem uma
camada serosa, vedação de fibrina
• Regurgitação (início agudo);
precoce de sítios de esofagotomia pode • Anorexia/dor;
ocorrer de forma mais lenta do que em • Sialorréia;
outras regiões do trato gastrointestinal.
• Dispneia aguda (se impedir a passagem de
*Evitar cirurgias no esôfago. Em casos de ar);
corpo estranho, a endoscopia é preferida para • Tosse e febre (pneumonia);
remover ou empurrar o material até o • Dispneia (se houver perfuração).
estômago.
➤ Diagnóstico:
*Além disso, a ausência de omento reduz a
• Exame físico:
proteção, atrasa a cicatrização e aumenta o
risco de deiscência e infecção. - Palpação do CE (localização);
- Má condição corporal.
- CE esôfago caudal:
• Exames complementares: > Toracotomia 8 ou 9° EIC direito ou
- Raio-x simples; esquerdo (+comum);
- Raio-x contrastado (se não houver > Esofagotomia.
suspeita de ruptura da parede esofágica); - Síntese da esofagotomia:
- Endoscopia (padrão ouro).
➤ Conduta:
➤ Tratamento:
• Endoscopia.
> Swift: submucosa e mucosa.
• Abordagem cirúrgica: esofagotomia.
> Isolado: submucosa, muscular e
- CE esôfago cervical: adventícia.
> Incisão na linha média cervical,
➤ Tratamento pós operatório:
lateralizada para o lado esquerdo;
• Observação 2 a 3 dias (sinais de
> Esofagotomia ou esofagectomia parcial.
extravasamento esofágico e infecção);
• Tratar esofagite e pneumonia por
aspiração;
• Antibióticos, antiácidos(gaviz/omeprazol) e
analgésicos;
• Restrição alimentar, mínimo 24h após
remoção do CE (erosão/ulcera);
• Ausência regurgitação (início água seguido
de alimentação pastosa 5 a 7d).
➤ Prognóstico:
- CE esôfago torácico (base do coração):
• Bom: sem perfuração; remoção não
> Toracotomia lateral direita (4 ou 5°
cirúrgica; endoscopia 98% de sucesso.
espaço intercostal/EIC);
• Reservado: mortalidade 57% nas
> Esofagotomia e esofagectomia em caso
perfurações esofágicas tratadas
de necrose.
cirurgicamente.
❑ Anomalias do anel vascular:
➤ Derivados dos arcos aórticos embrionários.
➤ Persistência do 4° arco aórtico direto
(PAAD):
• 95% dos casos; má formação congênita;
• Obstrui (enlaça) o esôfago;
• Ducto arterioso continua esquerda;
• Forma faixa que atravessa o esôfago;
• Conecta artéria pulmonar e aorta direita
anômala;
• Pode ou não virar ligamento arterioso; • Tamanho e motilidade do esôfago volta ao
• Ocorre compressão do esôfago (fica normal 2 meses após cirurgia (também pode
circundado pelo ligamento); não voltar).
• Dilatação cranial (regurgitação). • Regurgitação com frequência menor.
➤ Sinais clínicos: ESTÔMAGO
• Observados no momento do desmame; ❑ Definições:
• Idade avançada (obstrução parcial); ➤ Gastrotomia: incisão através da parede
• Regurgitação; sialorreia; gástrica para o interior do lúmen.
• Retardo no crescimento; ➤ Gastrectomia parcial: ressecção de uma
• Apetite voraz; porção do estomago.
• Tosse e dispneia (falsa via); ➤ Gastrostomia: criação de uma abertura
• Sem alteração hemodinâmica. artificial no interior do lúmen gástrico.
➤ Diagnóstico: ➤ Indicações de cirurgia gástrica:
• Predisposição racial (Pastor alemão, Setter • Remoção de CE;
irlândes, Boston terrier, Greyhound; Siamês • Distensão vólvulo gástrica;
e Persa). • Ulcerações; Obstrução;
• Raio-x (com contraste): esôfago dilatado • Neoplasias.
cranialmente a base do coração e desvio da
❑ Síndrome dilatação vólvulo gástrica:
traqueia para a esquerda.
• Esofagograma: estreitamento esôfago ➤ Emergência médico cirúrgica;
base do coração ➤ Alterações fisiopatológicas locais e
• Endoscopia (padrão ouro). sistêmicas;
➤ Tratamento cirúrgico: ➤ Mortalidade 20 a 45% dos animais tratados.
• Toracotomia lateral 4° ou 5° EIC esquerdo; ➤ Fisiopatologia:
• Transecção cirúrgica do ligamento 1- Distensão gástrica (acúmulo de gás e
arterioso; fluido);
• Cateter balão esôfago (para dilatar); 2- Mau posicionamento;
• Colocar tubo de toracostomia (aspirar a 3- Falha eructação (compressão do piloro e
cada 15-30min) e fechar tórax. do cárdia);
➤ Pós operatório: 4- Acúmulo de gás (fermentação e
• Internamento; aerofagia);
• Analgesia, infusões (remifentanil, 5- Compressão da parede torácica
metadona, fentanil); (taquipneia);
• Tramadol 4mg/kg/VO + Dipirona 6- Rotação do estômago;
25mg/kg/VO; 7- Compressão venosa (veia cava);
• Antibioticoterapia; 8- Choque hipovolêmico.
• Plano alimentação (megaesôfago); • Rotação sentido horário (comum):
• Refeições frequentes e pouca quantidade - 270° a 360°;
com posição vertical (elevado); - omento recobre a face ventral do
• Manter 10-15min na posição após estômago dilatado;
alimentação (evitar regurgitação); - posição do baço depende grau de vólvulo.
• Dieta mais líquida. • Rotação anti-horaria:
➤ Prognóstico: - raro, máximo 90°;
• Ruim: cirurgia tardia. - fundo e corpo, mínimo deslocamento.
➤ Fatores de risco: - Exteriorização do estômago e baço
• Cães de grande porte e tórax profundo; (pesquisa de necrose);
• Cães velhos (+comum); - Realiza-se ou não uma gastrectomia
parcial;
• Dieta: n° e tipo de refeições, exercício após
refeição, ingestão rápida, ingestão de água; - Utilizam-se pinças hemostáticas
atraumáticas (Doyen);
• Estresse.
- Sutura: isolado simples ou evaginante,
➤ Sinais clínicos (ocorrem sequência): utilizando fio absorvível monofilamentar
• Abdômen cranial distendido e timpânico; (nunca multifilamentar);
• Ânsia de vômito improdutiva; - Fixação do estômago na parede abdominal
• Hiperventilação; (gastropexia).
• Inquietação; • Gastropexia:
• Apatia e prostração à síncope. - Técnicas mais usadas: por flap de
muscular; em alça “belt loop”.
➤ Diagnóstico:
- Simples e rápida.
• Exame físico:
- Gastropexia Belt-Loop:
- palpação abdominal (graus variáveis de
timpanismo ou aumento do tamanho
abdominal).
- pode ser difícil sentir uma distensão
gástrica em animais de raças grandes
muito musculosos ou obesos.
• Raio-x após estabilização;
> 2 incisões: peritônio e m. transverso
- decúbito lateral direito.
abdominal (3 a 4 cm caudal - 13° costela);
- estômago distendido com área
> Flap seromuscular (no antro pilórico);
radiodensa central (compartimentação).
*o flap é elevado, passado pela incisão na
- piloro deslocado cranialmente.
parede abdominal (como um túnel) e
➤ Tratamento pré operatório: suturado com fio absorvível, isolado
• Reposição volêmica; simples.
• Restabelecimento desequilíbrio hidro, - Gastropexia flap muscular incisional:
eletrolítico e ácido-básico; > 2 incisões seromusculares: peritônio lado
• Descompressão: direito; entre as curvaturas.
- passagem sonda orogástrica; > Sutura uma “ferida” na outra.
- gastrocentese (impossibilidade de > Vantagem: técnica simples
entubar). > Desvantagem: não é tão forte quanto o
➤ Tratamento cirúrgico (objetivos): belt-loop.
• Reposicionar estômago e baço, avaliando ➤ Tratamento pós operatório:
viabilidade; • Hospitalização;
• Remoção de partes comprometidas • Jejum alimentar 24h (controverso);
(necrose gástrica, esplênica); • Ingestão de água em 12h;
*esplenectomia total. • Fluido e equilíbrio hidroeletrolítico
• Fixação do estomago (prevenir recidivas). • Antibióticos, antinflamatórios, protetores de
• Passo a passo cirúrgico: mucosa, analgésicos, antieméticos;
- Celiotomia (incisão na linha alba da região • Oxigenioterapia.
xifoide até o púbis); ➤ Prognóstico:
• Reservado a ruim:
- tempo é importante;
- quanto pior condição inicial e choque, pior
prognóstico.
• Recidiva depende da gastropexia (inferior a
10% se realizada).
➤ Prevenção:
• Mudança na alimentação: fracionar em
várias refeições com pequenas quantidades;
• Evitar ingestão de grande quantidade de
água logo após a refeição;
• Comedouros especiais;
• Exercícios: nunca após as refeições;
• Profilaxia:
- Gastropexia (raças/genética).