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Módulo 3

O documento aborda a lubrificação, destacando a formação e propriedades dos lubrificantes, tipos de desgaste e atrito, e regimes de lubrificação. Também explora a formulação de óleos lubrificantes, suas origens e a importância de aditivos, além de discutir graxas e métodos de lubrificação. O conteúdo é dividido em módulos e aulas, abrangendo desde conceitos básicos até práticas de análise e controle de lubrificantes.
Direitos autorais
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LUBRIFICAÇÃO

Anderson Ignacio
- Engenheiro Mecânico formado em 2007 pela Unesp
- Pós Graduação em Engenharia de Manutenção Industrial
- MBA em Gestão de Negócios pela USP
- Mais de 15 anos atuando na área de Manutenção Industial/Lubrificação
- Certificação MLT 1 (Lubrificação)
- Certificação CAMA (Gestão de Ativos)
- Certificação CMRP (Confiabilidade e Manutenção)
- Certificação PMP (Gerenciamento Projetos)
Anderson Ignacio
40 anos

Anderson Ignacio,
CMRP, CAMA,
PMP® | LinkedIn
Módulo
01 Aula 1

Lubrificação, Tribologia, Funções dos Lubrificantes, Tipos de Desgaste, Tipos


de Atrito, Regimes de Lubrificação, Tipos de Películas Lubrificantes.

Aula 2

Formulação do Óleo Lubrificante, Origem do óleo básico, Grupos dos óleos


básicos.

Aula 3

Óleo básico mineral, Óleo básico sintético, Óleo básico vegetal, Lubrificante
Semissintético.

Aula 4

Tipos de óleo básico x Temperatura da faixa de aplicação, Miscibilidade dos


óleos básicos, Compatibilidade dos óleos básicos.
Módulo
02 Aula 1

Propriedades dos lubrificantes, Viscosidade.

Aula 2

Grau ISO VG – Norma ISO 3448, Norma SAE J300, Índice de Viscosidade (IV).

Aula 3

Ponto de Fulgor, Ponto de Combustão e Ponto de Fluidez.

Aula 4

Influência das Propriedades dos óleos básicos nas Aplicações.


Módulo
03 Aula 1

Tipos de Aditivos, Aplicações dos aditivos, Aditivos adicionados ao óleo de


acordo com a classificação DIN.

Aula 2

Aditivos Antidesgaste (AW), ZDDP, Aditivos de Extrema Pressão (EP).

Aula 3

Aumentadores do Índice de Viscosidade (IV), Óleos Monoviscosos x Óleos


Multiviscosos, Classificação API, Classificação ACEA.

Aula 4
Aditivos Antioxidantes, Aditivos Detergentes, Aditivos Dispersantes, Aditivos
Antiespumantes, Aditivos Anticorrosivos, Aditivos Abaixadores do Ponto de
Fluidez.
Módulo
04 Aula 1

Graxas – Composição, Espessantes.

Aula 2

Características das Graxas, Consistência das Graxas, Grau NLGI, Ponto de


Gota, Efeitos da Temperatura nas Graxas

Aula 3
Tipos de ensaios nas Graxas, Seleção da Graxa de acordo com a
Consistência e com a Viscosidade do Óleo Básico, Compatibilidade das
Graxas, Lubrificantes Grau Alimentício.

Aula 4

Aplicações das Graxas de acordo com o Espessante, Diferenças na utilização


entre óleos e graxas. Vantagens e Desvantagens.
Módulo
05 Aula 1
Elementos de Máquinas Lubrificados, Seleção dos Lubrificantes – Mancais de
Rolamentos, Intervalo e Quantidade de Graxa da Relubrificação de Rolamentos,
Consulta aos Manuais dos Equipamentos, Consulta aos Manuais dos Veículos.

Aula 2
Métodos de Lubrificação: Manual, Nível, Salpico, Anel, Gotejamento, Spray
Pressurizado, Névoa, Imersão, Automático, Contínuo, Sistemas Paralelos (não
progressivo), Sistemas em Série (progressivo).

Aula 3

Manuseio e Armazenagem de Lubrificantes, Boas Práticas no Setor de


Lubrificação, Questões de Segurança e Questões Ambientais.

Aula 4
Documentos dos Lubrificantes, FISPQ, Ficha Técnica de Informações do
Produto, Documentos Específicos (Certificações): NSF, ISO 21469, Halal,
Kosher.
Módulo
06 Aula 1

Análise de Óleo, Programa de Análise de Óleo, Coleta do Óleo Lubrificante.

Aula 2

Monitoramento da Saúde do óleo: Viscosidade, Oxidação, TAN, TBN.


Depleção de Aditivos, Relatórios de Análise de Óleo.

Aula 3
Construindo um Plano de Lubrificação, Exemplo de Lubrificação de um
Equipamento, Exemplo de um Plano de Lubrificação.

Aula 4

Etiquetagem, Norma DIN 51502, ISO 6743, Outras maneiras de identificação.


Módulo
07 Aula 1

Contaminação de Lubrificantes, Norma ISO 4406, Norma NAS 1638.

Aula 2
Combatendo Contaminantes. Respiros Dessecantes, Respiros Coalecentes,
Vedações (Retentor e Proteção Labirinto), Vedações em Cilindros Hidráulicos
e Cuidados com os reservatórios.

Aula 3
Filtros de Superfície x Filtros de Profundidade, Razão Beta, Eficiência dos
Filtros, Localização dos Filtros, Seleção dos Filtros.

Aula 4

Por que as máquinas falham?


MÓDULO 01
Aula 1
AULA 1

Óleos
lubrificantes
Lubrificação
É o processo ou técnica utilizada na aplicação
de uma camada chamada lubrificante com a
finalidade principal de reduzir o desgaste e o
atrito entre duas superficies em movimento
relativo, separando-as parcialmente ou
completamente. No processo de lubrificação
os lubrificantes mais comuns são as graxas e
os óleos.

Graxas

Tribologia
A tribologia é uma ciência que
estuda o atrito, o desgaste e a
lubrificação em sistemas
mecânicos. Ela é fundamental para
o desenvolvimento de tecnologias
que melhoram a eficiência e a vida
útil de equipamentos e máquinas.
MÓDULO
01
AULA 1

As 7 principais funções dos lubrificantes são:

Diminuir o Desgaste Reduzir o atrito

Auxiliar no controle da Agente facilitador de


temperatura transmissão de força e
movimento

Proporcionar a limpeza Evitar a entrada de


do sistema impurezas

MÓDULO Proteger contra corrosão


01
AULA 1

Tipos de Desgaste: Desgaste Abrasivo e Desgaste Adesivo

Desgaste

Desgaste Abrasivo Desgaste Adesivo


Acontece em peças nas quais as superfícies Geralmente ocorre em condições de
possuem movimentos relativos entre si e há deslizamento relativo entre as superfícies,
uma remoção de material. Pode acontecer de onde as forças de contato são elevadas.
duas formas. A dois corpos (apenas as duas Ocorrem deformações plásticas e a
superfícies deslizam) e a três corpos transferência de material de uma superfície
(presença de partícula entre as duas para a outra.
superfícies).
.

MÓDULO
01
AULA 1

Atrito
Atrito é a resistência ao movimento relativo entre dois corpos que estão em contato .

A força de atrito estática aparece sobre A força de atrito cinética


corpos que estão parados ou quase em aparece sobre corpos em
movimento. movimento.

MÓDULO
01
AULA 1

Tipos de Atrito

Atrito por Delizamento Atrito por Rolamento Atrito Fluido

O atrito de deslizamento é um Esse tipo de atrito ocorre quando a


tipo de atrito que ocorre quando superfície de um corpo rola sobre a O atrito fluido é um tipo
a superfície de um corpo superfície do outro sem escorregar. de atrito em que ocorre
desliza ou escorrega em contato O atrito de rolamento é sempre quando há um fluido
com a superfície de algum outro menor que o atrito de deslizamento separando duas superfícies
corpo. para superfícies do mesmo em contato.
material e sob as mesmas
condições.

MÓDULO
01
AULA 1

Regimes de Lubrificação
Há quatro regimes de
lubrificação relacionados
com a espessura da película
entre duas superfícies:
lubrificação limite,
lubrificação mista,
lubrificação elasto-
hidrodinâmica e lubrificação
hidrodinâmica.

A curva de Stribeck, ao lado, mostra


a variação do coeficiente de atrito em
função da condição de lubrificação.

Portfolio Presentation

MÓDULO
01
AULA 1

Regimes de Lubrificação
Lubrificação Limite Lubrificação Hidrodinâmica
É aquela em que a película de lubrificação Na lubrificação Hidrodinâmica a viscosidade é
é tênue, rompendo-se facilmente e gerando o fator mais importante. Não há,
o desgaste. Os picos de rugosidade entre teoricamente, desgaste, uma vez que as
as peças podem se tocar. Pode ser superfícies lubrificadas nunca entram em
causada por baixa velocidade, cargas muito contato. Após o equipamento iniciar sua
elevadas ou nas partidas dos operação, atingindo certa velocidade, forma-
equipamentos. se, então, a cunha de óleo que permite a
formação deste filme lubrificante.

Lubrificação Mista Lubrificação Elastohidrodinâmica


Á medida que a velocidade relativa entre
A película fluida em condições de lubrificação
dois corpos aumenta, a lubrificação limite
elastohidrodinâmica é muito mais fina do que
é reduzida, então, o coeficiente de atrito
cai, entramos,assim, no regime de a da lubrificação hidrodinâmica, e a pressão
lubrificação mista. Neste regime as partes sobre o filme é maior. É chamada de
em contato ainda não estão totalmente elastohidrodinâmica porque o filme deforma
separadas pelo filme lubrificante. elasticamente a superfície das peças para
Acontece momentos de lubrificação limite lubrificá-la. Ex: Rolamentos, Engrenagens,
MÓDULO e hidrodinâmica.
Cames, entre outros.
01
AULA 1

Tipos de Películas Lubrificantes


Película lubrificante protetora
proporciona um deslizamento fácil
entre os componentes, evitando não
Por Viscosidade de Óleo só o aumento da temperatura e
corrosão, como diminuição do
Em Regimes de Lubrificação
Hidrodinâmico e
Elastohidrodinâmico.
01 desgaste.

Na lubrificação hidrodinâmica, (total


ou fluida) a película lubrificante
separa totalmente as superfícies,
não havendo contato metálico entre
elas, isto é, a película possui
espessura superior à soma das
alturas das rugosidades das
superfícies. Assim, serão

02 resultantes valores baixos de atrito


e desgaste insignificantes.

Por Suspensão Sólida


Grafite, Bissulfato de
Molibdênio e PTFE.

03 Por Película Química


Fósforo, Enxofre (EP)
Dialquilditiofosfato de Zinco (AW)
Agentes de Oleosidade (ácidos
graxos).
MÓDULO
01
AULA 1

Película Lubrificante
A película lubrificante mede em média 10 microns. Um micron é o
milímetro dividido por 1000.

Areia de praia mede de 200 a 500 microns. Cabelo humano 75


microns. A menor partícula visível a olho nú mede 30 microns.

Folgas típicas: Rolamentos: Acima de 10 microns;

Bomba de engrenagens: De 0,5 a 5 microns.

Folgas típicas: Bomba de Palhetas: De 0,5 a 1 micron;


Mancais de biela: de 0,5 a 20 microns.

Caso o lubrificante tenha partículas com tamanhos inferiores as


folgas, pode ocorrer o desgaste abrasivo de 3 corpos.

MÓDULO
01
MÓDULO 01
Aula 2
AULA 2

Formulação do Óleo Lubrificante

Óleo Básico Aditivos Lubrificantes Óleo


Sólidos Lubrificante
Até 90% De 5 a 10% *
Até 5%

Os óleos lubrificantes são compostos basicamente de óleo básico, aditivos e lubrificantes sólidos. Os óleos básicos podem ter
origem mineral, vegetal ou sintética. Aditivos, existem diversos tipos como: Antioxidantes, Antidesgaste, Extrema Pressão,
Melhoradores do Índice de Viscosidade, Inibidores de Corrosão, entre outros. Os lubrificantes sólidos podem ser: Bissulfeto de
Molibdênio e Grafite.
MÓDULO
* Exceto lubrificantes de motores à combustão que podem ter até 30% de aditivos.
01
AULA 2

Origem do Óleo Básico


Mineral x Sintético
A diferença entre um óleo mineral e um óleo 95% do total
Obtidos através do refino do
sintético está justamente no processo de Mineral Petróleo Cru.
obtenção desses óleos básicos que fazem
parte de sua composição. No caso dos
óleos básicos minerais, eles são obtidos da
separação de componentes do petróleo, no
4,8% do total
seu processo de refino, se caracterizando Sintético Fluídos sintéticos
Origem do produzidos pelo homem
por uma mistura de hidrocarbonetos. Já os
Óleo básico a partir de diferentes
óleos básicos sintéticos são produzidos em compostos químicos.

indústrias químicas que utilizam substâncias


orgânicas e inorgânicas para fabricá-los.
Vegetal 0,2% do total
Estas substâncias podem ser silicones, Derivados de óleos
vegetais (colza,
ésteres, resinas, glicerinas, etc. girassol).

MÓDULO
01
AULA 2

Origem do Óleo Básico


Refino Refino do Petróleo

do O refino do petróleo consiste na separação dos seus componentes


através de processos que ocorrem nas refinarias. O objetivo do refino é
transformar o petróleo, uma mistura complexa de hidrocarbonetos com
Petróleo diferentes propriedades físicas e químicas, em frações mais simples e
com grande utilidade. Ex: Oleo básico, diesel, gasolina, nafta, etc.

Destilação Fracionada
A destilação fracionada é utilizada para a separação dos produtos
obtidos a partir do petróleo cru. Ela se baseia na diferença das faixas
das temperaturas de ebulição das frações do petróleo. Para tal, utiliza-se
uma torre de destilação, com vários níveis e bandejas, além de, uma
fornalha na parte inferior, onde o combustível é aquecido. Conforme vai
aumentando a altura da coluna, a temperatura em cada bandeja vai
diminuindo.

Obtenção dos Produtos


O petróleo é aquecido até a sua ebulição, então, os vapores dos
compostos vão subindo pela torre. Os hidrocarbonetos com moléculas
maiores permanecem líquidos na base da torre. Os mais leves são
vaporizados e vão subindo pela coluna até atingirem níveis de
temperaturas menores que o seu ponto de ebulição, e assim se
condensam e saem da coluna. Cada produto possui seu ponto de
temperatura específico de retirada das bandejas da coluna.

MÓDULO
01
AULA 2

Grupos dos Óleos Básicos

GRUPO I

GRUPO II

GRUPO III

GRUPO IV

GRUPO V

MÓDULO
01
AULA 2

Grupos dos Óleos Básicos

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V

Sintéticos -
Refino por Hidro- Polialfaolefina
solvente Hidrotratado PAG, Ésteres
craqueado (PAO)

São chamados
É o derivado do Engloba os óleos
Apresenta menos É o mais refinado de óleos sintéticos,
petróleo menos básicos que não
impurezas e possui entre os produtos já que as matérias
refinado. Possui são classificados
um desempenho e com base mineral primas sofrem
uma mistura não nos outros quatro
características derivado do reações químicas,
uniforme, contendo grupos. Esses
melhores do que petróleo. Possui originando
diferentes tipos de incluem:
os óleos básicos uniformidade produtos com
cadeias de polialquilenoglicóis
do Grupo I. molecular e uma características
hidrocarbonetos. (PAG), ésteres,
maior estabilidade. totalmente
naftênicos.
modificadas.

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V

MÓDULO
01
AULA 2

Grupos dos Óleos Básicos

Mineral x Sintético
Observe a diferença de uniformidade
e tamanho das moléculas nos óleos
básicos minerais e sintéticos.

Diferenças entre os Grupos dos


Óleos Básicos

Classificação API (American Petroleum


Institute)
Os melhores óleos básicos minerais
possuem baixo índice de enxofre e alto
Índice de Viscosidade (IV).

MÓDULO
01
MÓDULO 01
Aula 3
AULA 3

Óleo Básico Mineral


Os óleos básicos minerais são classificados conforme a natureza dos
hidrocarbonetos predominantes na sua composição. Eles são aromáticos,
parafínicos ou naftênicos. Cada tipo lhes confere diferentes características e
aplicações.
Aromático
Naftênico
Parafínico

Óleo Básico Óleo Básico Óleo Básico


Aromático Naftênico Parafínico
Óleos de
Oleo extensor. Muito Óleos de motores,
transformadores,
usado na indústria da hidráulicos, de
compressores de
borracha. É ruim para engrenagens, de
refrigeração,
lubrificação.
compressores de ar. turbina.
MÓDULO * Os hidrocarbonetos são compostos formados
01 apenas por carbono e hidrogênio.
AULA 3

Óleo Básico Sintético


Os óleos básicos sintéticos são produzidos por síntese química. A reação de síntese se dá quando dois ou mais
reagentes se combinam para originar um único produto. Este tipo de óleo é caracterizados por propriedades
funcionais aprimoradas e possui moléculas mais uniformes.

Pequenas 1. Alta estabilidade a oxidação


moléculas
-Satisfatório em operações a altas temperaturas
quimicamente
combinadas -Maior vida do lubrificante
-Menor tendência a formar depósitos

2. Lubricidade melhorada
Para formar -Película lubrificante de melhor qualidade – redução no desgaste
grandes moléculas -Economia de energia – redução do atrito
(síntese)

3. Alto índice de viscosidade, Baixo


ponto de fluidez
Os lubrificantes sintéticos podem ser fabricados -Ampla faixa de temperatura de operação
usando componentes de petróleo modificados -Satisfatório desempenho a baixas temperaturas
quimicamente, mas também, podem ser
sintetizados a partir de outras matérias-primas, 4. Outros fatores
diferentes do petróleo. -Baixa volatilidade/Alto ponto de fulgor
-Anti-espumante
-Excelente demulsibilidade (capacidade de separação da água)
MÓDULO
01
AULA 3

Óleo Básico
Vegetal

Geralmente são produzidos a


partir do óleo de girassol ou
óleo de colza. São menos
agressivos ao meio ambiente
devido a sua
biodegradabilidade. Mais
prevalecentes na Europa
devido as rigorosas diretrizes
ambientais.

MÓDULO
01
AULA 3

Lubrificante
Semissintético
Através da resolução ANP N°22 de 11
de abril de 2014 podemos dizer que:

- Lubrificante mineral: produto majoritariamente


composto por óleos básicos minerais, podendo conter
óleos básicos sintéticos em teor inferior a 10% em
massa;

- Lubrificante semissintético: produto que possui os


óleos básicos mineral e sintético em sua formulação,
com teor de óleo básico sintético igual ou superior a
10% em massa;

- Lubrificante sintético: produto que não possui em


sua composição outro óleo básico, além dos, óleos
básicos sintéticos;

MÓDULO
01
MÓDULO 01
Aula 4
AULA 4
Tipos de Óleo Básico
X
Faixa deTemperatura

Na imagem ao lado podemos


perceber qual a faixa de temperatura
que cada tipo de óleo básico se
comporta melhor. Notamos que para
temperaturas bem baixas, a
Polioalfaolefina de comporta bem e
para temperaturas mais altas, o Poliol
Esteres são muito recomendados.

A chamada “Taxa de Arrhenius”, refere-se ao fato de que as reações


químicas dobram a taxa de reação a cada aumento de 10°C na
temperatura. Com os lubrificantes não é diferente. Uma vez que a Portfolio Presentation
temperatura de ativação da base tenha sido ultrapassada, o lubrificante
irá degradar (oxidar) duas vezes mais rápido a cada 10°C de aumento da
temperatura.
MÓDULO
01
AULA 4

Fortalezas
F r a q u e z a s
A p l i c a ç õ e s

Diferentes tipos de óleos básicos

DIESTÉRES
ÉSTER DE FOSFATO

POLIALQUILENO GLICOL

POLIOLÉSTERES

SILICONES

POLIALFAOLEFINAS

MÓDULO
01
AULA 4

Miscibilidade
dos óleos
básicos

A miscibilidade ocorre quando dois ou mais líquidos se


misturam, formando uma solução homogênea e única.
Isto significa que suas moléculas podem se entrelaçar
completamente devido às suas propriedades moleculares
compatíveis. Exemplos:

Água + Óleo = Imiscíveis


Água + Álcool = Miscíveis
.

Cuidado
com a
mistura de
óleos
imiscíveis

MÓDULO
01
AULA 4

Compatibilidade dos Óleos Básicos


Compatibilidade do óleo básico
X
Materiais de contato

Nesta tabela podemos ver a


compatibilidade dos óleos básicos
com os tipos de materiais de itens de
contato, como retentores, vedações,
juntas, mangueiras, entre outros, que
são utilizados nos equipamentos.

MÓDULO
01
MÓDULO 02
Aula 1
AULA 1

Propriedades dos Lubrificantes


PONTO DE COMBUSTÃO
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
Temperatura na qual o
lubrificante produz
É uma medida da vapores inflamáveis em
variação da quantidade suficiente
viscosidade em função para iniciar a
da variação da combustão, na
temperatura presença de uma
chama externa

Viscosidade Índice de Viscosidade Ponto de Fulgor Ponto de Combustão Ponto de Fluidez

Temperatura mínima Temperatura em que o


Resistência de um
na qual o lubrificante óleo, submetido a um
fluido ao escoamento,
passa a produzir resfriamento, deixa de
em determinada
vapores inflamáveis escoar livremente
temperatura

VISCOSIDADE PONTO DE FLUIDEZ


PONTO DE FULGOR

MÓDULO
02
AULA 1

Viscosidade
A viscosidade é a propriedade física que caracteriza a
resistência de um fluido ao escoamento, em determinada
temperatura. Podemos dizer que é o atrito interno entre as
diversas camadas de um fluido.

Option
Option
Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade. E vice versa.
Option

Option

Option
Option

MÓDULO Maior a Temperatura Menor a Viscosidade


02
AULA 1

Viscosidade
Quanto maior a viscosidade, menor será a velocidade com que o
fluido se movimenta. E vice versa.

A viscosidade dos líquidos podem ser


O lubrificante da direita possui uma maior viscosidade que o da medidas usando viscosímetros.
esquerda, consequentemente, ele terá uma velocidade de
movimentação menor que o lubrificante da esquerda.

Maior a Viscosidade Menor a Velocidade


MÓDULO
02
MÓDULO 02
Aula 2
AULA 2
Grau ISO VG - Norma ISO 3448 e Norma SAE J300

Nesta norma específica todo produto pode variar no máximo


Option
± 10% da viscosidade, a partir do ponto médio, como
apresentado na tabela abaixo:

Option

Option
Option

Ao lado, imagem da
placa das
características de um
Redutor Industrial.
A classificação SAE J300 define A unidade de medida da viscosidade é
CLP PG = Óleo sintético diversos graus de viscosidade, o centistokes (cSt) ou mm²/s.
de base para os óleos de motor, a 100ºC.
MÓDULO Polialquilenoglicol (PAG) Viscosidade da água – 1 cSt (20ºC)
02
AULA 2

Índice de Viscosidade (IV)


Índice de Viscosidade por Grupo de óleo básico

O Índice de Viscosidade, representado pela sigla IV, é uma


medida da variação da viscosidade em função da variação da
temperatura. Em outras palavras, conseguimos saber de um óleo
o quanto a viscosidade é afetada pela temperatura.

O quão sensível o lubrificante é, em relação a variação de


temperatura. Válido tanto para altas temperaturas, quanto para
baixas temperaturas.

Viscosidade é diferente de Índice de Viscosidade (IV).

Lubrificantes com maior índice de viscosidade apresentam maior


estabilidade quando submetidos a diferentes temperaturas de
trabalho. Quanto maior o IV, menor é a variação de viscosidade
devido ao aumento de temperatura.

Já um óleo com baixo índice de viscosidade apresenta menor


estabilidade e sofre mais mudanças de viscosidade com a
variação da temperatura.

O índice de viscosidade segue como referência a norma ASTM D


2270 ou a ISO 2909.

Cada grupo de óleo básico apresenta uma faixa de índice de


viscosidade.

O Índice de Viscosidade pode ser facilmente encontrado na ficha


técnica fornecida pelo fabricante do lubrificante.

MÓDULO Exemplo de IV de um óleo básico sintético


02
MÓDULO 02
Aula 3
AULA 3

Ponto de Fulgor de um lubrificante com óleo


Ponto de Fulgor básico mineral

Ponto de Fulgor: Temperatura mínima na qual um combustível


passa a produzir vapores inflamáveis. Na presença de uma fonte
de calor externa (chama) a combustão acontece. Entretanto,
retirada esta chama, a combustão não se mantém.

Ponto de Combustão
Ponto de Combustão: Temperatura na qual o combustível produz
vapores inflamáveis em quantidade suficiente para iniciar a
combustão, na presença de uma chama externa, e manter o
processo mesmo que a fonte de calor seja removida.

Ponto de auto ignição: A temperatura na qual a produção de


vapores seja suficiente para iniciar a combustão apenas com a
presença de um comburente, sendo dispensada a presença de
uma fonte de calor externa.
Óleos com alto Ponto de
Combustão

MÓDULO
02
AULA 3

Ponto de Fluidez
Ponto de Fluidez: Temperatura em que o óleo, submetido a
um resfriamento, deixa de escoar livremente. Esta
característica tem grande importância no caso especial dos
lubrificantes utilizados em locais muito frios. Se o ponto de
fluidez não for adequado às temperaturas baixas esperadas,
o lubrificante pode se solidificar, dificultando o
bombeamento e lubrificação

Ponto de fluidez de um óleo básico


sintético

MÓDULO
02
MÓDULO 02
Aula 4
AULA 4

Influência das Propriedades dos óleos nas aplicações

MINERAIS
PARAFÍNICOS
NAFTÊNICOS

Influência das SINTÉTICOS


Propriedades POLIALFAOLEFINA (PAO)
dos óleos POLIALQUILENO GLICOL (PG)
básicos ÉSTERES
SILICONES
lubrificantes FLUORADOS
MATURAIS
NATURAIS nas ALQUILBENZENO
Aplicações
VEGETAIS

MÓDULO
02
AULA 4

Influência das Propriedades dos óleos nas aplicações

Aplicações
Propriedades

Content Here
Acima temos diferentes tipos de
Podemos perceber as diferenças dos viscosidade de lubrificantes ISO VG .
valores das propriedades entre os Há uma relação de viscosidade com
diversos tipos de óleos básicos. cargas de trabalho, com velocidades,
Podemos comparar as propriedades do com temperaturas e com resistência a
óleo Mineral com o Sintético, comparar água.
os diferentes tipos de sintéticos entre
eles e comparar os diferentes grupos de
óleos minerais entres eles.

Relações
- Alta Velocidade -> Baixa Viscosidade
- Alta Carga -> Alta Viscosidade
- Alta Temperatura -> Alta viscosidade
MÓDULO
02
MÓDULO 03
Aula 1
AULA 1

Tipos de Aditivos
São substâncias químicas adicionadas a óleos básicos que intensificam suas características, minimizando propriedades indesejáveis e melhorando outras propriedades requeridas.

Aumentadores Inibidores Anti


Antioxidantes
de IV de corrosão desgaste

LUBRIFICANTES

Abaixador
Extrema Anti
Detergentes Dispersantes do ponto de
Pressão espumante
fluidez

MÓDULO
03
AULA 1

Quantidades
Aplicações dos
Aditivos
Óleo de
Podemos observar, na imagem ao lado, que os óleos para Engrenagem
Óleo de Turbina
motores a combustão possuem uma quantidade maior de aditivos
Óleo de
do que os óleos lubrificantes para turbinas, sistemas hidráulicos Óleo de Óleo hidráulico
Compressores
e engrenagens. Isto se deve as altas temperaturas, formação de Motor
Fluido de
depósitos, oxidação, entre outros fatores. Transmissão

Aditivos adicionados ao óleo de


acordo com a classificação DIN
• H, HL, HLP, HLPD = Óleos de sistemas hidráulicos

• CGLP = Óleo para barramento de máquinas de usinagem

• CLP = Óleo para engrenagens (mineral)

• CLP HC = Óleo sintético de base Polialfaolefinas (PAO)

• CLP PG = Óleo sintético de base Polialquilenoglicol (PAG)


MÓDULO
03
AULA 1 Exemplos
• H, HL, HLP, HLPD = Óleos de sistemas hidráulicos

• CLP = Óleo para engrenagens (mineral)

• CLP HC = Óleo sintético de base Polialfaolefinas (PAO)

• CLP PG = Óleo sintético de base Polialquilenoglicol (PAG)

MÓDULO
03
MÓDULO 03
Aula 2
AULA 2

Aditivos
Antidesgaste (AW)
Os aditivos antidesgaste são indicados nas formulações de
lubrificantes com objetivo de prevenir o contato direto metal-
metal entre as superfícies lubrificadas. Desta forma, ele protege
as superfícies de contato contra o desgaste.

São substâncias que, quando adicionadas aos lubrificantes,


possuem a propriedade de melhorar a capacidade da camada de
retenção do lubrificante, evitando o contato direto entre as
superfícies de atrito.

Encontraremos a sigla AW, para aditivos antidesgate, que vem do Os aditivos antidesgaste (AW) são comumente usados ​com
inglês antiwear. aplicações de cargas leves, tais como motores automotivos e
sistemas hidráulicos.

ZDDP
O aditivo antidesgaste mais comum é o dialquil ditiofosfato de
zinco (ZDDP).

O ZDDP é solúvel em óleo e se decompõe sob calor e pressão


para formar uma camada protetora nas superfícies metálicas,
reduzindo o desgaste.
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Aditivos de Extrema
Pressão (EP)
São aditivos para lubrificantes cujo papel é diminuir o desgaste
das peças de engrenagens e outros componentes de máquinas
expostas a pressões e cargas elevadas.

O aditivo reage com a superfície do componente produzindo uma


película protetora.

Ele impede que a película formada pelo óleo lubrificante perca a


ineficiência, sob pressão excessiva, expondo as peças metálicas
a um contato direto.
Ao contrário de aditivos AW, aditivos EP são raramente usados ​em
Basicamente, os aditivos EP são a proteção contra o desgaste
óleos de motor. Os compostos de enxofre ou de cloro contidos neles
adesivo quando a própria viscosidade do lubrificante não pode
podem reagir com a água e produtos secundários da combustão,
mais separar as superfícies de trabalho.
formando ácidos que facilitam a corrosão das peças do motor.
Normalmente são utilizados em aplicações tais como, redutores,
engrenagens, caixas de câmbio, transmissões automotivas,
locais onde as pressões de contato, entre os elementos, são
altas.

Seus componentes mais comuns são: Fósforo, Enxofre, Bissulfeto


de Molibdênio, Grafite, Borato, Cloro.

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Aula 3
AULA 3

Aumentadores do
Índice de
Viscosidade (IV)
Classe de aditivos que modificam as propriedades reológicas dos
óleos básicos, melhorando suas características de viscosidade
em relação à temperatura (diferentes climas – frio/quente).

Diminui o efeito das mudanças de temperatura na viscosidade.

Tentam evitar a queda excessiva da viscosidade com o aumento


da temperatura.

Permite uma viscosidade adequada na partida (maior Fluidez) e


melhor lubrificação nas temperaturas de operação normal.

Os componentes mais comuns são: Poliisobutileno (PIB),


Polimetacrilato (PMA), Copolímero de etileno propileno (EPC)
e Copolímeros de olefinas (OCP).

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Óleos Monoviscosos
X
Óleos Multiviscosos
Óleos Monoviscosos: Maior variação da viscosidade com as variações
de temperatura. Ex: SAE 30 ou SAE 10W

Óleos Multiviscosos: Viscosidade adequada mesmo com ampla


variação de temperaturas. Ex: SAE 10W30

Nomenclatura: 5W-40, o primeiro número indica a viscosidade do óleo


em baixas temperaturas, quando o motor ainda está em repouso,
enquanto o segundo número indica a viscosidade a 100º C, quando o
veículo já está em operação (W = Winter = Inverno).
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Classificação API
API – American Petroleum Institute (Instituto Americano do Petróleo)
desenvolve padrões para aprimorar e estabelecer processos mais
consistentes e padronizados relacionados ao setor em que atua.

O API adota a letra S para motores a gasolina e flex e a letra C


para os motores a diesel. Em seguida, há uma segunda letra, por
exemplo, CI, CJ ou CK. Quanto “maior” for a segunda letra do alfabeto,
mais tecnológico e de melhor qualidade será o lubrificante.

S - Gasolina/Flex SP: Lançado em maio de 2020, desenvolvido para oferecer proteção contra
pré-ignição em baixa velocidade (LSPI), proteção avançada contra resíduos
de alta temperatura para pistões e turbocompressores e controle mais
rigoroso de potencial de formação de verniz e lodo. Combinam o desempenho
com a avançada economia de combustível, além de, proteger o sistema de
controle de emissões e proteção de motores que operam com combustíveis
que contêm etanol.

CK-4: Esses óleos são desenvolvidos para uso em todas as aplicações com diesel que
C - Diesel apresente teor de enxofre de até 500 ppm (0,05% em peso). Entretanto, o uso desses óleos
com mais de 15 ppm (0,0015% em peso) de combustível de enxofre pode afetar a
durabilidade do sistema de pós-tratamento de escape e/ou o intervalo de drenagem do óleo.
Esses óleos são eficazes principalmente para manter a durabilidade do sistema de controle
de emissões, onde são usados filtros de partículas e outros sistemas avançados de pós-
tratamento. Os óleos CK-4 da API são desenvolvidos para oferecerem proteção avançada
contra a oxidação do óleo, perda de viscosidade devido ao cisalhamento e aeração do óleo,
bem como contra envenenamento catalítico, bloqueio do filtro de partículas, desgaste do
motor, resíduos no pistão, deterioração das propriedades de alta e baixa temperatura e
aumento da fuligem relacionada à viscosidade.
MÓDULO DIESEL S500 tem até 500 partículas por milhão (ppm) de enxofre o DIESEL S-10 tem
03 até 10 ppm de enxofre.
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Classificação ACEA A viscosidade HTHS (High Temperature,
High Shear) é uma medida que nos indica
A Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis (ACEA) é uma organização que representa os como se comporta um lubrificante em
15 mais importantes fabricantes europeus de veículos automotivos. Ela define especificações para os condições operativas dentro do motor, alta
óleos de motores, que são geralmente atualizadas de tempos em tempos, afim de, incluir os últimos temperatura e alto cisalhamento.
desenvolvimentos na tecnologia de motores e lubrificantes. Última versão ACEA 2021. Aqueles que possuem alta viscosidade
HTHS, tem como característica proporcionar
mais proteção para componentes do motor, já
os lubrificantes com baixa viscosidade HTHS,
privilegiam a economia de combustível.

Lubrificantes com baixos teores de cinzas ou


de low SAPS (Cinzas Sulfatadas (SA) +
Fósforo (P) + Enxofre (S)), são lubrificantes de
última geração para proteger o funcionamento
dos catalisadores e dos filtros de partículas.
Aditivos como fósforo e o enxofre sempre
foram necessários para fornecer alta proteção
ao desgaste e manter a limpeza do motor mas
devido aos seus efeitos para com os
catalisadores (TWC) e filtros (DPF), a
quantidade de aditivos foi significativamente
reduzida.

A /B - Motores à gasolina e diesel de veículos ligeiros


C – Lubrificantes para motores à gasolina ou diesel, compatíveis com os sistemas de pós tratamento de gases de
escape: filtro de partículas (DPF - Diesel Particulate Filtre) e catalisadores de três vias (TWC - Three Way Catalyst)
E - Motores diesel pesados
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Aula 4
AULA 4

Aditivos Aditivos
Antioxidantes Detergentes
A oxidação é uma reação química natural causada pela Esses tipos de aditivos são destinados, principalmente, à
combinação do óleo e oxigênio, resultando em degradação. lubrificação de motores.

Este processo é consideravelmente acelerado por calor, água, Eles evitam a formação de resíduos de carbono e controlam os
partículas de desgaste e outros contaminantes. depósitos que podem existir durante a combustão.

Na prática a oxidação causa a formação de ácidos, verniz, borras Eles também neutralizam ácidos corrosivos perigosos gerados
e aumento da viscosidade do óleo, degradando-o aos poucos. durante o processo de combustão.

Para minimizar este problema, os aditivos antioxidantes entram É muito conhecido como o aditivo que mantém a limpeza do motor.
em jogo.

Basicamente, eles decompõem as moléculas reativas do óleo Componentes mais comuns: Cálcio e Magnésio (componentes
(hidroperóxidos e radicais livres) interrompendo o processo de alcalinos).
oxidação, o que, consequentemente, aumenta a vida útil do
lubrificante.

Componentes mais comuns: Dialquilditiofosfato de zinco


(ZDDP), Fenóis, Aminas, Fenatos e Sulfonatos Metálicos.

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Aditivos Aditivos
Dispersantes Antiespumantes
Possuem a função de manter os lubrificantes livres das reações Possui a função de desmanchar as bolhas de ar, já que elas retêm
dos óleos com outras substâncias dispersas. calor, aceleram o processo de oxidação do lubrificante e podem
gerar problemas de aeração e cavitação no sistema.
Isso evita que estas substâncias formem depósitos (se agrupem),
além de, manter a superfície interna do equipamento limpa. Estes aditivos, quando entram em contato com a parede das
bolhas, as rompe imediatamente.
Os dispersantes se agregam em volta da partícula de fuligem e
estas partículas permanecem pequenas, separadas e Os compostos utilizados incluem metil silicone e polímeros orgânicos
uniformemente dispersas em todo o óleo por um longo período (polimetacrilato-PMA).
em suspensão.

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Aditivos Aditivos abaixadores


Anticorrosivos do ponto de fluidez
Este tipo de aditivo é utilizado para proteger o motor contra Os aditivos abaixadores do ponto de fluidez (Pour-Point Depressants –
agressões químicas decorrentes do processo de combustão, PPDs) auxiliam a melhorar as propriedades dos lubrificantes em
potencializando sua vida útil e dos componentes. temperaturas mais baixas.
Evitam a corrosão nas superfície metálicas em que o lubrificante A estabilidade a menores temperaturas permite que o lubrificante seja
for aplicado. comercializado nos mais diversos climas.

Sua ação é simples: neutralizar contaminantes, neutralizar a ação


da água e de substâncias presentes no próprio óleo lubrificante. Equipamentos utilizados em ambientes com baixa temperatura devem
ser capazes de operar sem perda de lubrificação, uma vez que a
Eles formam um filme polar que se adere as superfícies de aço e redução do ponto de fluidez do lubrificante nessas condições poderia
ferro fundido. O filme repele a água, consequentemente, inibe a acarretar danos ao equipamento.
formação de ferrugem.
Eles são utilizados geralmente em óleos minerais parafínicos, pois as
parafinas e ceras contidas neste tipo de óleo tendem a cristalizar e
Componentes mais comuns: Detergentes muito alcalinos,
aglomerar em condições de baixa temperatura, comprometendo a
dispersantes de água e compostos quelantes de imidazole,
fluidez do lubrificante.
benzotriazol e ZDDP.
Entre os exemplos de aplicação, em que os lubrificantes precisam
manter o desempenho a baixas temperaturas, estão os óleos de motor,
óleos de engrenagem, óleos de transmissão e óleos hidráulicos

Componente mais comum: Polimetacrilatos.

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