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Módulo 6

O documento aborda a lubrificação em engenharia, detalhando a formação e propriedades dos lubrificantes, tipos de aditivos e graxas, e métodos de lubrificação. Inclui também informações sobre a análise de óleo e contaminação, além de normas e boas práticas na lubrificação industrial. O autor, Anderson Ignacio, possui vasta experiência e certificações na área de manutenção industrial e lubrificação.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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LUBRIFICAÇÃO

Anderson Ignacio
- Engenheiro Mecânico formado em 2007 pela Unesp
- Pós Graduação em Engenharia de Manutenção Industrial
- MBA em Gestão de Negócios pela USP
- Mais de 15 anos atuando na área de Manutenção Industial/Lubrificação
- Certificação MLT 1 (Lubrificação)
- Certificação CAMA (Gestão de Ativos)
- Certificação CMRP (Confiabilidade e Manutenção)
- Certificação PMP (Gerenciamento Projetos)
Anderson Ignacio
40 anos

Anderson Ignacio,
CMRP, CAMA,
PMP® | LinkedIn
Módulo
01 Aula 1

Lubrificação, Tribologia, Funções dos Lubrificantes, Tipos de Desgaste, Tipos


de Atrito, Regimes de Lubrificação, Tipos de Películas Lubrificantes.

Aula 2

Formulação do Óleo Lubrificante, Origem do óleo básico, Grupos dos óleos


básicos.

Aula 3

Óleo básico mineral, Óleo básico sintético, Óleo básico vegetal, Lubrificante
Semissintético.

Aula 4

Tipos de óleo básico x Temperatura da faixa de aplicação, Miscibilidade dos


óleos básicos, Compatibilidade dos óleos básicos.
Módulo
02 Aula 1

Propriedades dos lubrificantes, Viscosidade.

Aula 2

Grau ISO VG – Norma ISO 3448, Norma SAE J300, Índice de Viscosidade (IV).

Aula 3

Ponto de Fulgor, Ponto de Combustão e Ponto de Fluidez.

Aula 4

Influência das Propriedades dos óleos básicos nas Aplicações.


Módulo
03 Aula 1

Tipos de Aditivos, Aplicações dos aditivos, Aditivos adicionados ao óleo de


acordo com a classificação DIN.

Aula 2

Aditivos Antidesgaste (AW), ZDDP, Aditivos de Extrema Pressão (EP).

Aula 3

Aumentadores do Índice de Viscosidade (IV), Óleos Monoviscosos x Óleos


Multiviscosos, Classificação API, Classificação ACEA.

Aula 4
Aditivos Antioxidantes, Aditivos Detergentes, Aditivos Dispersantes, Aditivos
Antiespumantes, Aditivos Anticorrosivos, Aditivos Abaixadores do Ponto de
Fluidez.
Módulo
04 Aula 1

Graxas – Composição, Espessantes.

Aula 2

Características das Graxas, Consistência das Graxas, Grau NLGI, Ponto de


Gota, Efeitos da Temperatura nas Graxas

Aula 3
Tipos de ensaios nas Graxas, Seleção da Graxa de acordo com a
Consistência e com a Viscosidade do Óleo Básico, Compatibilidade das
Graxas, Lubrificantes Grau Alimentício.

Aula 4

Aplicações das Graxas de acordo com o Espessante, Diferenças na utilização


entre óleos e graxas. Vantagens e Desvantagens.
Módulo
05 Aula 1
Elementos de Máquinas Lubrificados, Seleção dos Lubrificantes – Mancais de
Rolamentos, Intervalo e Quantidade de Graxa da Relubrificação de Rolamentos,
Consulta aos Manuais dos Equipamentos, Consulta aos Manuais dos Veículos.

Aula 2
Métodos de Lubrificação: Manual, Nível, Salpico, Anel, Gotejamento, Spray
Pressurizado, Névoa, Imersão, Automático, Contínuo, Sistemas Paralelos (não
progressivo), Sistemas em Série (progressivo).

Aula 3

Manuseio e Armazenagem de Lubrificantes, Boas Práticas no Setor de


Lubrificação, Questões de Segurança e Questões Ambientais.

Aula 4
Documentos dos Lubrificantes, FISPQ, Ficha Técnica de Informações do
Produto, Documentos Específicos (Certificações): NSF, ISO 21469, Halal,
Kosher.
Módulo
06 Aula 1

Análise de Óleo, Programa de Análise de Óleo, Coleta do Óleo Lubrificante.

Aula 2

Monitoramento da Saúde do óleo: Viscosidade, Oxidação, TAN, TBN.


Depleção de Aditivos, Relatórios de Análise de Óleo.

Aula 3
Construindo um Plano de Lubrificação, Exemplo de Lubrificação de um
Equipamento, Exemplo de um Plano de Lubrificação.

Aula 4

Etiquetagem, Norma DIN 51502, ISO 6743, Outras maneiras de identificação.


Módulo
07 Aula 1

Contaminação de Lubrificantes, Norma ISO 4406, Norma NAS 1638.

Aula 2
Combatendo Contaminantes. Respiros Dessecantes, Respiros Coalecentes,
Vedações (Retentor e Proteção Labirinto), Vedações em Cilindros Hidráulicos
e Cuidados com os reservatórios.

Aula 3
Filtros de Superfície x Filtros de Profundidade, Razão Beta, Eficiência dos
Filtros, Localização dos Filtros, Seleção dos Filtros.

Aula 4

Por que as máquinas falham?


MÓDULO 01
Aula 1
AULA 1

Óleos
lubrificantes
Lubrificação
É o processo ou técnica utilizada na aplicação
de uma camada chamada lubrificante com a
finalidade principal de reduzir o desgaste e o
atrito entre duas superficies em movimento
relativo, separando-as parcialmente ou
completamente. No processo de lubrificação
os lubrificantes mais comuns são as graxas e
os óleos.

Graxas

Tribologia
A tribologia é uma ciência que
estuda o atrito, o desgaste e a
lubrificação em sistemas
mecânicos. Ela é fundamental para
o desenvolvimento de tecnologias
que melhoram a eficiência e a vida
útil de equipamentos e máquinas.
MÓDULO
01
AULA 1

As 7 principais funções dos lubrificantes são:

Diminuir o Desgaste Reduzir o atrito

Auxiliar no controle da Agente facilitador de


temperatura transmissão de força e
movimento

Proporcionar a limpeza Evitar a entrada de


do sistema impurezas

MÓDULO Proteger contra corrosão


01
AULA 1

Tipos de Desgaste: Desgaste Abrasivo e Desgaste Adesivo

Desgaste

Desgaste Abrasivo Desgaste Adesivo


Acontece em peças nas quais as superfícies Geralmente ocorre em condições de
possuem movimentos relativos entre si e há deslizamento relativo entre as superfícies,
uma remoção de material. Pode acontecer de onde as forças de contato são elevadas.
duas formas. A dois corpos (apenas as duas Ocorrem deformações plásticas e a
superfícies deslizam) e a três corpos transferência de material de uma superfície
(presença de partícula entre as duas para a outra.
superfícies).
.

MÓDULO
01
AULA 1

Atrito
Atrito é a resistência ao movimento relativo entre dois corpos que estão em contato .

A força de atrito estática aparece sobre A força de atrito cinética


corpos que estão parados ou quase em aparece sobre corpos em
movimento. movimento.

MÓDULO
01
AULA 1

Tipos de Atrito

Atrito por Delizamento Atrito por Rolamento Atrito Fluido

O atrito de deslizamento é um Esse tipo de atrito ocorre quando a


tipo de atrito que ocorre quando superfície de um corpo rola sobre a O atrito fluido é um tipo
a superfície de um corpo superfície do outro sem escorregar. de atrito em que ocorre
desliza ou escorrega em contato O atrito de rolamento é sempre quando há um fluido
com a superfície de algum outro menor que o atrito de deslizamento separando duas superfícies
corpo. para superfícies do mesmo em contato.
material e sob as mesmas
condições.

MÓDULO
01
AULA 1

Regimes de Lubrificação
Há quatro regimes de
lubrificação relacionados
com a espessura da película
entre duas superfícies:
lubrificação limite,
lubrificação mista,
lubrificação elasto-
hidrodinâmica e lubrificação
hidrodinâmica.

A curva de Stribeck, ao lado, mostra


a variação do coeficiente de atrito em
função da condição de lubrificação.

Portfolio Presentation

MÓDULO
01
AULA 1

Regimes de Lubrificação
Lubrificação Limite Lubrificação Hidrodinâmica
É aquela em que a película de lubrificação Na lubrificação Hidrodinâmica a viscosidade é
é tênue, rompendo-se facilmente e gerando o fator mais importante. Não há,
o desgaste. Os picos de rugosidade entre teoricamente, desgaste, uma vez que as
as peças podem se tocar. Pode ser superfícies lubrificadas nunca entram em
causada por baixa velocidade, cargas muito contato. Após o equipamento iniciar sua
elevadas ou nas partidas dos operação, atingindo certa velocidade, forma-
equipamentos. se, então, a cunha de óleo que permite a
formação deste filme lubrificante.

Lubrificação Mista Lubrificação Elastohidrodinâmica


Á medida que a velocidade relativa entre
A película fluida em condições de lubrificação
dois corpos aumenta, a lubrificação limite
elastohidrodinâmica é muito mais fina do que
é reduzida, então, o coeficiente de atrito
cai, entramos,assim, no regime de a da lubrificação hidrodinâmica, e a pressão
lubrificação mista. Neste regime as partes sobre o filme é maior. É chamada de
em contato ainda não estão totalmente elastohidrodinâmica porque o filme deforma
separadas pelo filme lubrificante. elasticamente a superfície das peças para
Acontece momentos de lubrificação limite lubrificá-la. Ex: Rolamentos, Engrenagens,
MÓDULO e hidrodinâmica.
Cames, entre outros.
01
AULA 1

Tipos de Películas Lubrificantes


Película lubrificante protetora
proporciona um deslizamento fácil
entre os componentes, evitando não
Por Viscosidade de Óleo só o aumento da temperatura e
corrosão, como diminuição do
Em Regimes de Lubrificação
Hidrodinâmico e
Elastohidrodinâmico.
01 desgaste.

Na lubrificação hidrodinâmica, (total


ou fluida) a película lubrificante
separa totalmente as superfícies,
não havendo contato metálico entre
elas, isto é, a película possui
espessura superior à soma das
alturas das rugosidades das
superfícies. Assim, serão

02 resultantes valores baixos de atrito


e desgaste insignificantes.

Por Suspensão Sólida


Grafite, Bissulfato de
Molibdênio e PTFE.

03 Por Película Química


Fósforo, Enxofre (EP)
Dialquilditiofosfato de Zinco (AW)
Agentes de Oleosidade (ácidos
graxos).
MÓDULO
01
AULA 1

Película Lubrificante
A película lubrificante mede em média 10 microns. Um micron é o
milímetro dividido por 1000.

Areia de praia mede de 200 a 500 microns. Cabelo humano 75


microns. A menor partícula visível a olho nú mede 30 microns.

Folgas típicas: Rolamentos: Acima de 10 microns;

Bomba de engrenagens: De 0,5 a 5 microns.

Folgas típicas: Bomba de Palhetas: De 0,5 a 1 micron;


Mancais de biela: de 0,5 a 20 microns.

Caso o lubrificante tenha partículas com tamanhos inferiores as


folgas, pode ocorrer o desgaste abrasivo de 3 corpos.

MÓDULO
01
MÓDULO 01
Aula 2
AULA 2

Formulação do Óleo Lubrificante

Óleo Básico Aditivos Lubrificantes Óleo


Sólidos Lubrificante
Até 90% De 5 a 10% *
Até 5%

Os óleos lubrificantes são compostos basicamente de óleo básico, aditivos e lubrificantes sólidos. Os óleos básicos podem ter
origem mineral, vegetal ou sintética. Aditivos, existem diversos tipos como: Antioxidantes, Antidesgaste, Extrema Pressão,
Melhoradores do Índice de Viscosidade, Inibidores de Corrosão, entre outros. Os lubrificantes sólidos podem ser: Bissulfeto de
Molibdênio e Grafite.
MÓDULO
* Exceto lubrificantes de motores à combustão que podem ter até 30% de aditivos.
01
AULA 2

Origem do Óleo Básico


Mineral x Sintético
A diferença entre um óleo mineral e um óleo 95% do total
Obtidos através do refino do
sintético está justamente no processo de Mineral Petróleo Cru.
obtenção desses óleos básicos que fazem
parte de sua composição. No caso dos
óleos básicos minerais, eles são obtidos da
separação de componentes do petróleo, no
4,8% do total
seu processo de refino, se caracterizando Sintético Fluídos sintéticos
Origem do produzidos pelo homem
por uma mistura de hidrocarbonetos. Já os
Óleo básico a partir de diferentes
óleos básicos sintéticos são produzidos em compostos químicos.

indústrias químicas que utilizam substâncias


orgânicas e inorgânicas para fabricá-los.
Vegetal 0,2% do total
Estas substâncias podem ser silicones, Derivados de óleos
vegetais (colza,
ésteres, resinas, glicerinas, etc. girassol).

MÓDULO
01
AULA 2

Origem do Óleo Básico


Refino Refino do Petróleo

do O refino do petróleo consiste na separação dos seus componentes


através de processos que ocorrem nas refinarias. O objetivo do refino é
transformar o petróleo, uma mistura complexa de hidrocarbonetos com
Petróleo diferentes propriedades físicas e químicas, em frações mais simples e
com grande utilidade. Ex: Oleo básico, diesel, gasolina, nafta, etc.

Destilação Fracionada
A destilação fracionada é utilizada para a separação dos produtos
obtidos a partir do petróleo cru. Ela se baseia na diferença das faixas
das temperaturas de ebulição das frações do petróleo. Para tal, utiliza-se
uma torre de destilação, com vários níveis e bandejas, além de, uma
fornalha na parte inferior, onde o combustível é aquecido. Conforme vai
aumentando a altura da coluna, a temperatura em cada bandeja vai
diminuindo.

Obtenção dos Produtos


O petróleo é aquecido até a sua ebulição, então, os vapores dos
compostos vão subindo pela torre. Os hidrocarbonetos com moléculas
maiores permanecem líquidos na base da torre. Os mais leves são
vaporizados e vão subindo pela coluna até atingirem níveis de
temperaturas menores que o seu ponto de ebulição, e assim se
condensam e saem da coluna. Cada produto possui seu ponto de
temperatura específico de retirada das bandejas da coluna.

MÓDULO
01
AULA 2

Grupos dos Óleos Básicos

GRUPO I

GRUPO II

GRUPO III

GRUPO IV

GRUPO V

MÓDULO
01
AULA 2

Grupos dos Óleos Básicos

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V

Sintéticos -
Refino por Hidro- Polialfaolefina
solvente Hidrotratado PAG, Ésteres
craqueado (PAO)

São chamados
É o derivado do Engloba os óleos
Apresenta menos É o mais refinado de óleos sintéticos,
petróleo menos básicos que não
impurezas e possui entre os produtos já que as matérias
refinado. Possui são classificados
um desempenho e com base mineral primas sofrem
uma mistura não nos outros quatro
características derivado do reações químicas,
uniforme, contendo grupos. Esses
melhores do que petróleo. Possui originando
diferentes tipos de incluem:
os óleos básicos uniformidade produtos com
cadeias de polialquilenoglicóis
do Grupo I. molecular e uma características
hidrocarbonetos. (PAG), ésteres,
maior estabilidade. totalmente
naftênicos.
modificadas.

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V

MÓDULO
01
AULA 2

Grupos dos Óleos Básicos

Mineral x Sintético
Observe a diferença de uniformidade
e tamanho das moléculas nos óleos
básicos minerais e sintéticos.

Diferenças entre os Grupos dos


Óleos Básicos

Classificação API (American Petroleum


Institute)
Os melhores óleos básicos minerais
possuem baixo índice de enxofre e alto
Índice de Viscosidade (IV).

MÓDULO
01
MÓDULO 01
Aula 3
AULA 3

Óleo Básico Mineral


Os óleos básicos minerais são classificados conforme a natureza dos
hidrocarbonetos predominantes na sua composição. Eles são aromáticos,
parafínicos ou naftênicos. Cada tipo lhes confere diferentes características e
aplicações.
Aromático
Naftênico
Parafínico

Óleo Básico Óleo Básico Óleo Básico


Aromático Naftênico Parafínico
Óleos de
Oleo extensor. Muito Óleos de motores,
transformadores,
usado na indústria da hidráulicos, de
compressores de
borracha. É ruim para engrenagens, de
refrigeração,
lubrificação.
compressores de ar. turbina.
MÓDULO * Os hidrocarbonetos são compostos formados
01 apenas por carbono e hidrogênio.
AULA 3

Óleo Básico Sintético


Os óleos básicos sintéticos são produzidos por síntese química. A reação de síntese se dá quando dois ou mais
reagentes se combinam para originar um único produto. Este tipo de óleo é caracterizados por propriedades
funcionais aprimoradas e possui moléculas mais uniformes.

Pequenas 1. Alta estabilidade a oxidação


moléculas
-Satisfatório em operações a altas temperaturas
quimicamente
combinadas -Maior vida do lubrificante
-Menor tendência a formar depósitos

2. Lubricidade melhorada
Para formar -Película lubrificante de melhor qualidade – redução no desgaste
grandes moléculas -Economia de energia – redução do atrito
(síntese)

3. Alto índice de viscosidade, Baixo


ponto de fluidez
Os lubrificantes sintéticos podem ser fabricados -Ampla faixa de temperatura de operação
usando componentes de petróleo modificados -Satisfatório desempenho a baixas temperaturas
quimicamente, mas também, podem ser
sintetizados a partir de outras matérias-primas, 4. Outros fatores
diferentes do petróleo. -Baixa volatilidade/Alto ponto de fulgor
-Anti-espumante
-Excelente demulsibilidade (capacidade de separação da água)
MÓDULO
01
AULA 3

Óleo Básico
Vegetal

Geralmente são produzidos a


partir do óleo de girassol ou
óleo de colza. São menos
agressivos ao meio ambiente
devido a sua
biodegradabilidade. Mais
prevalecentes na Europa
devido as rigorosas diretrizes
ambientais.

MÓDULO
01
AULA 3

Lubrificante
Semissintético
Através da resolução ANP N°22 de 11
de abril de 2014 podemos dizer que:

- Lubrificante mineral: produto majoritariamente


composto por óleos básicos minerais, podendo conter
óleos básicos sintéticos em teor inferior a 10% em
massa;

- Lubrificante semissintético: produto que possui os


óleos básicos mineral e sintético em sua formulação,
com teor de óleo básico sintético igual ou superior a
10% em massa;

- Lubrificante sintético: produto que não possui em


sua composição outro óleo básico, além dos, óleos
básicos sintéticos;

MÓDULO
01
MÓDULO 01
Aula 4
AULA 4
Tipos de Óleo Básico
X
Faixa deTemperatura

Na imagem ao lado podemos


perceber qual a faixa de temperatura
que cada tipo de óleo básico se
comporta melhor. Notamos que para
temperaturas bem baixas, a
Polioalfaolefina de comporta bem e
para temperaturas mais altas, o Poliol
Esteres são muito recomendados.

A chamada “Taxa de Arrhenius”, refere-se ao fato de que as reações


químicas dobram a taxa de reação a cada aumento de 10°C na
temperatura. Com os lubrificantes não é diferente. Uma vez que a Portfolio Presentation
temperatura de ativação da base tenha sido ultrapassada, o lubrificante
irá degradar (oxidar) duas vezes mais rápido a cada 10°C de aumento da
temperatura.
MÓDULO
01
AULA 4

Fortalezas
F r a q u e z a s
A p l i c a ç õ e s

Diferentes tipos de óleos básicos

DIESTÉRES
ÉSTER DE FOSFATO

POLIALQUILENO GLICOL

POLIOLÉSTERES

SILICONES

POLIALFAOLEFINAS

MÓDULO
01
AULA 4

Miscibilidade
dos óleos
básicos

A miscibilidade ocorre quando dois ou mais líquidos se


misturam, formando uma solução homogênea e única.
Isto significa que suas moléculas podem se entrelaçar
completamente devido às suas propriedades moleculares
compatíveis. Exemplos:

Água + Óleo = Imiscíveis


Água + Álcool = Miscíveis
.

Cuidado
com a
mistura de
óleos
imiscíveis

MÓDULO
01
AULA 4

Compatibilidade dos Óleos Básicos


Compatibilidade do óleo básico
X
Materiais de contato

Nesta tabela podemos ver a


compatibilidade dos óleos básicos
com os tipos de materiais de itens de
contato, como retentores, vedações,
juntas, mangueiras, entre outros, que
são utilizados nos equipamentos.

MÓDULO
01
MÓDULO 02
Aula 1
AULA 1

Propriedades dos Lubrificantes


PONTO DE COMBUSTÃO
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
Temperatura na qual o
lubrificante produz
É uma medida da vapores inflamáveis em
variação da quantidade suficiente
viscosidade em função para iniciar a
da variação da combustão, na
temperatura presença de uma
chama externa

Viscosidade Índice de Viscosidade Ponto de Fulgor Ponto de Combustão Ponto de Fluidez

Temperatura mínima Temperatura em que o


Resistência de um
na qual o lubrificante óleo, submetido a um
fluido ao escoamento,
passa a produzir resfriamento, deixa de
em determinada
vapores inflamáveis escoar livremente
temperatura

VISCOSIDADE PONTO DE FLUIDEZ


PONTO DE FULGOR

MÓDULO
02
AULA 1

Viscosidade
A viscosidade é a propriedade física que caracteriza a
resistência de um fluido ao escoamento, em determinada
temperatura. Podemos dizer que é o atrito interno entre as
diversas camadas de um fluido.

Option
Option
Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade. E vice versa.
Option

Option

Option
Option

MÓDULO Maior a Temperatura Menor a Viscosidade


02
AULA 1

Viscosidade
Quanto maior a viscosidade, menor será a velocidade com que o
fluido se movimenta. E vice versa.

A viscosidade dos líquidos podem ser


O lubrificante da direita possui uma maior viscosidade que o da medidas usando viscosímetros.
esquerda, consequentemente, ele terá uma velocidade de
movimentação menor que o lubrificante da esquerda.

Maior a Viscosidade Menor a Velocidade


MÓDULO
02
MÓDULO 02
Aula 2
AULA 2
Grau ISO VG - Norma ISO 3448 e Norma SAE J300

Nesta norma específica todo produto pode variar no máximo


Option
± 10% da viscosidade, a partir do ponto médio, como
apresentado na tabela abaixo:

Option

Option
Option

Ao lado, imagem da
placa das
características de um
Redutor Industrial.
A classificação SAE J300 define A unidade de medida da viscosidade é
CLP PG = Óleo sintético diversos graus de viscosidade, o centistokes (cSt) ou mm²/s.
de base para os óleos de motor, a 100ºC.
MÓDULO Polialquilenoglicol (PAG) Viscosidade da água – 1 cSt (20ºC)
02
AULA 2

Índice de Viscosidade (IV)


Índice de Viscosidade por Grupo de óleo básico

O Índice de Viscosidade, representado pela sigla IV, é uma


medida da variação da viscosidade em função da variação da
temperatura. Em outras palavras, conseguimos saber de um óleo
o quanto a viscosidade é afetada pela temperatura.

O quão sensível o lubrificante é, em relação a variação de


temperatura. Válido tanto para altas temperaturas, quanto para
baixas temperaturas.

Viscosidade é diferente de Índice de Viscosidade (IV).

Lubrificantes com maior índice de viscosidade apresentam maior


estabilidade quando submetidos a diferentes temperaturas de
trabalho. Quanto maior o IV, menor é a variação de viscosidade
devido ao aumento de temperatura.

Já um óleo com baixo índice de viscosidade apresenta menor


estabilidade e sofre mais mudanças de viscosidade com a
variação da temperatura.

O índice de viscosidade segue como referência a norma ASTM D


2270 ou a ISO 2909.

Cada grupo de óleo básico apresenta uma faixa de índice de


viscosidade.

O Índice de Viscosidade pode ser facilmente encontrado na ficha


técnica fornecida pelo fabricante do lubrificante.

MÓDULO Exemplo de IV de um óleo básico sintético


02
MÓDULO 02
Aula 3
AULA 3

Ponto de Fulgor de um lubrificante com óleo


Ponto de Fulgor básico mineral

Ponto de Fulgor: Temperatura mínima na qual um combustível


passa a produzir vapores inflamáveis. Na presença de uma fonte
de calor externa (chama) a combustão acontece. Entretanto,
retirada esta chama, a combustão não se mantém.

Ponto de Combustão
Ponto de Combustão: Temperatura na qual o combustível produz
vapores inflamáveis em quantidade suficiente para iniciar a
combustão, na presença de uma chama externa, e manter o
processo mesmo que a fonte de calor seja removida.

Ponto de auto ignição: A temperatura na qual a produção de


vapores seja suficiente para iniciar a combustão apenas com a
presença de um comburente, sendo dispensada a presença de
uma fonte de calor externa.
Óleos com alto Ponto de
Combustão

MÓDULO
02
AULA 3

Ponto de Fluidez
Ponto de Fluidez: Temperatura em que o óleo, submetido a
um resfriamento, deixa de escoar livremente. Esta
característica tem grande importância no caso especial dos
lubrificantes utilizados em locais muito frios. Se o ponto de
fluidez não for adequado às temperaturas baixas esperadas,
o lubrificante pode se solidificar, dificultando o
bombeamento e lubrificação

Ponto de fluidez de um óleo básico


sintético

MÓDULO
02
MÓDULO 02
Aula 4
AULA 4

Influência das Propriedades dos óleos nas aplicações

MINERAIS
PARAFÍNICOS
NAFTÊNICOS

Influência das SINTÉTICOS


Propriedades POLIALFAOLEFINA (PAO)
dos óleos POLIALQUILENO GLICOL (PG)
básicos ÉSTERES
SILICONES
lubrificantes FLUORADOS
MATURAIS
NATURAIS nas ALQUILBENZENO
Aplicações
VEGETAIS

MÓDULO
02
AULA 4

Influência das Propriedades dos óleos nas aplicações

Aplicações
Propriedades

Content Here
Acima temos diferentes tipos de
Podemos perceber as diferenças dos viscosidade de lubrificantes ISO VG .
valores das propriedades entre os Há uma relação de viscosidade com
diversos tipos de óleos básicos. cargas de trabalho, com velocidades,
Podemos comparar as propriedades do com temperaturas e com resistência a
óleo Mineral com o Sintético, comparar água.
os diferentes tipos de sintéticos entre
eles e comparar os diferentes grupos de
óleos minerais entres eles.

Relações
- Alta Velocidade -> Baixa Viscosidade
- Alta Carga -> Alta Viscosidade
- Alta Temperatura -> Alta viscosidade
MÓDULO
02
MÓDULO 03
Aula 1
AULA 1

Tipos de Aditivos
São substâncias químicas adicionadas a óleos básicos que intensificam suas características, minimizando propriedades indesejáveis e melhorando outras propriedades requeridas.

Aumentadores Inibidores Anti


Antioxidantes
de IV de corrosão desgaste

LUBRIFICANTES

Abaixador
Extrema Anti
Detergentes Dispersantes do ponto de
Pressão espumante
fluidez

MÓDULO
03
AULA 1

Quantidades
Aplicações dos
Aditivos
Óleo de
Podemos observar, na imagem ao lado, que os óleos para Engrenagem
Óleo de Turbina
motores a combustão possuem uma quantidade maior de aditivos
Óleo de
do que os óleos lubrificantes para turbinas, sistemas hidráulicos Óleo de Óleo hidráulico
Compressores
e engrenagens. Isto se deve as altas temperaturas, formação de Motor
Fluido de
depósitos, oxidação, entre outros fatores. Transmissão

Aditivos adicionados ao óleo de


acordo com a classificação DIN
• H, HL, HLP, HLPD = Óleos de sistemas hidráulicos

• CGLP = Óleo para barramento de máquinas de usinagem

• CLP = Óleo para engrenagens (mineral)

• CLP HC = Óleo sintético de base Polialfaolefinas (PAO)

• CLP PG = Óleo sintético de base Polialquilenoglicol (PAG)


MÓDULO
03
AULA 1 Exemplos
• H, HL, HLP, HLPD = Óleos de sistemas hidráulicos

• CLP = Óleo para engrenagens (mineral)

• CLP HC = Óleo sintético de base Polialfaolefinas (PAO)

• CLP PG = Óleo sintético de base Polialquilenoglicol (PAG)

MÓDULO
03
MÓDULO 03
Aula 2
AULA 2

Aditivos
Antidesgaste (AW)
Os aditivos antidesgaste são indicados nas formulações de
lubrificantes com objetivo de prevenir o contato direto metal-
metal entre as superfícies lubrificadas. Desta forma, ele protege
as superfícies de contato contra o desgaste.

São substâncias que, quando adicionadas aos lubrificantes,


possuem a propriedade de melhorar a capacidade da camada de
retenção do lubrificante, evitando o contato direto entre as
superfícies de atrito.

Encontraremos a sigla AW, para aditivos antidesgate, que vem do Os aditivos antidesgaste (AW) são comumente usados ​com
inglês antiwear. aplicações de cargas leves, tais como motores automotivos e
sistemas hidráulicos.

ZDDP
O aditivo antidesgaste mais comum é o dialquil ditiofosfato de
zinco (ZDDP).

O ZDDP é solúvel em óleo e se decompõe sob calor e pressão


para formar uma camada protetora nas superfícies metálicas,
reduzindo o desgaste.
MÓDULO
03
AULA 2

Aditivos de Extrema
Pressão (EP)
São aditivos para lubrificantes cujo papel é diminuir o desgaste
das peças de engrenagens e outros componentes de máquinas
expostas a pressões e cargas elevadas.

O aditivo reage com a superfície do componente produzindo uma


película protetora.

Ele impede que a película formada pelo óleo lubrificante perca a


ineficiência, sob pressão excessiva, expondo as peças metálicas
a um contato direto.
Ao contrário de aditivos AW, aditivos EP são raramente usados ​em
Basicamente, os aditivos EP são a proteção contra o desgaste
óleos de motor. Os compostos de enxofre ou de cloro contidos neles
adesivo quando a própria viscosidade do lubrificante não pode
podem reagir com a água e produtos secundários da combustão,
mais separar as superfícies de trabalho.
formando ácidos que facilitam a corrosão das peças do motor.
Normalmente são utilizados em aplicações tais como, redutores,
engrenagens, caixas de câmbio, transmissões automotivas,
locais onde as pressões de contato, entre os elementos, são
altas.

Seus componentes mais comuns são: Fósforo, Enxofre, Bissulfeto


de Molibdênio, Grafite, Borato, Cloro.

MÓDULO
03
MÓDULO 03
Aula 3
AULA 3

Aumentadores do
Índice de
Viscosidade (IV)
Classe de aditivos que modificam as propriedades reológicas dos
óleos básicos, melhorando suas características de viscosidade
em relação à temperatura (diferentes climas – frio/quente).

Diminui o efeito das mudanças de temperatura na viscosidade.

Tentam evitar a queda excessiva da viscosidade com o aumento


da temperatura.

Permite uma viscosidade adequada na partida (maior Fluidez) e


melhor lubrificação nas temperaturas de operação normal.

Os componentes mais comuns são: Poliisobutileno (PIB),


Polimetacrilato (PMA), Copolímero de etileno propileno (EPC)
e Copolímeros de olefinas (OCP).

MÓDULO
03
AULA 3
Óleos Monoviscosos
X
Óleos Multiviscosos
Óleos Monoviscosos: Maior variação da viscosidade com as variações
de temperatura. Ex: SAE 30 ou SAE 10W

Óleos Multiviscosos: Viscosidade adequada mesmo com ampla


variação de temperaturas. Ex: SAE 10W30

Nomenclatura: 5W-40, o primeiro número indica a viscosidade do óleo


em baixas temperaturas, quando o motor ainda está em repouso,
enquanto o segundo número indica a viscosidade a 100º C, quando o
veículo já está em operação (W = Winter = Inverno).
MÓDULO
03
AULA 3

Classificação API
API – American Petroleum Institute (Instituto Americano do Petróleo)
desenvolve padrões para aprimorar e estabelecer processos mais
consistentes e padronizados relacionados ao setor em que atua.

O API adota a letra S para motores a gasolina e flex e a letra C


para os motores a diesel. Em seguida, há uma segunda letra, por
exemplo, CI, CJ ou CK. Quanto “maior” for a segunda letra do alfabeto,
mais tecnológico e de melhor qualidade será o lubrificante.

S - Gasolina/Flex SP: Lançado em maio de 2020, desenvolvido para oferecer proteção contra
pré-ignição em baixa velocidade (LSPI), proteção avançada contra resíduos
de alta temperatura para pistões e turbocompressores e controle mais
rigoroso de potencial de formação de verniz e lodo. Combinam o desempenho
com a avançada economia de combustível, além de, proteger o sistema de
controle de emissões e proteção de motores que operam com combustíveis
que contêm etanol.

CK-4: Esses óleos são desenvolvidos para uso em todas as aplicações com diesel que
C - Diesel apresente teor de enxofre de até 500 ppm (0,05% em peso). Entretanto, o uso desses óleos
com mais de 15 ppm (0,0015% em peso) de combustível de enxofre pode afetar a
durabilidade do sistema de pós-tratamento de escape e/ou o intervalo de drenagem do óleo.
Esses óleos são eficazes principalmente para manter a durabilidade do sistema de controle
de emissões, onde são usados filtros de partículas e outros sistemas avançados de pós-
tratamento. Os óleos CK-4 da API são desenvolvidos para oferecerem proteção avançada
contra a oxidação do óleo, perda de viscosidade devido ao cisalhamento e aeração do óleo,
bem como contra envenenamento catalítico, bloqueio do filtro de partículas, desgaste do
motor, resíduos no pistão, deterioração das propriedades de alta e baixa temperatura e
aumento da fuligem relacionada à viscosidade.
MÓDULO DIESEL S500 tem até 500 partículas por milhão (ppm) de enxofre o DIESEL S-10 tem
03 até 10 ppm de enxofre.
AULA 3
Classificação ACEA A viscosidade HTHS (High Temperature,
High Shear) é uma medida que nos indica
A Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis (ACEA) é uma organização que representa os como se comporta um lubrificante em
15 mais importantes fabricantes europeus de veículos automotivos. Ela define especificações para os condições operativas dentro do motor, alta
óleos de motores, que são geralmente atualizadas de tempos em tempos, afim de, incluir os últimos temperatura e alto cisalhamento.
desenvolvimentos na tecnologia de motores e lubrificantes. Última versão ACEA 2021. Aqueles que possuem alta viscosidade
HTHS, tem como característica proporcionar
mais proteção para componentes do motor, já
os lubrificantes com baixa viscosidade HTHS,
privilegiam a economia de combustível.

Lubrificantes com baixos teores de cinzas ou


de low SAPS (Cinzas Sulfatadas (SA) +
Fósforo (P) + Enxofre (S)), são lubrificantes de
última geração para proteger o funcionamento
dos catalisadores e dos filtros de partículas.
Aditivos como fósforo e o enxofre sempre
foram necessários para fornecer alta proteção
ao desgaste e manter a limpeza do motor mas
devido aos seus efeitos para com os
catalisadores (TWC) e filtros (DPF), a
quantidade de aditivos foi significativamente
reduzida.

A /B - Motores à gasolina e diesel de veículos ligeiros


C – Lubrificantes para motores à gasolina ou diesel, compatíveis com os sistemas de pós tratamento de gases de
escape: filtro de partículas (DPF - Diesel Particulate Filtre) e catalisadores de três vias (TWC - Three Way Catalyst)
E - Motores diesel pesados
MÓDULO
03
MÓDULO 03
Aula 4
AULA 4

Aditivos Aditivos
Antioxidantes Detergentes
A oxidação é uma reação química natural causada pela Esses tipos de aditivos são destinados, principalmente, à
combinação do óleo e oxigênio, resultando em degradação. lubrificação de motores.

Este processo é consideravelmente acelerado por calor, água, Eles evitam a formação de resíduos de carbono e controlam os
partículas de desgaste e outros contaminantes. depósitos que podem existir durante a combustão.

Na prática a oxidação causa a formação de ácidos, verniz, borras Eles também neutralizam ácidos corrosivos perigosos gerados
e aumento da viscosidade do óleo, degradando-o aos poucos. durante o processo de combustão.

Para minimizar este problema, os aditivos antioxidantes entram É muito conhecido como o aditivo que mantém a limpeza do motor.
em jogo.

Basicamente, eles decompõem as moléculas reativas do óleo Componentes mais comuns: Cálcio e Magnésio (componentes
(hidroperóxidos e radicais livres) interrompendo o processo de alcalinos).
oxidação, o que, consequentemente, aumenta a vida útil do
lubrificante.

Componentes mais comuns: Dialquilditiofosfato de zinco


(ZDDP), Fenóis, Aminas, Fenatos e Sulfonatos Metálicos.

MÓDULO
03
AULA 4

Aditivos Aditivos
Dispersantes Antiespumantes
Possuem a função de manter os lubrificantes livres das reações Possui a função de desmanchar as bolhas de ar, já que elas retêm
dos óleos com outras substâncias dispersas. calor, aceleram o processo de oxidação do lubrificante e podem
gerar problemas de aeração e cavitação no sistema.
Isso evita que estas substâncias formem depósitos (se agrupem),
além de, manter a superfície interna do equipamento limpa. Estes aditivos, quando entram em contato com a parede das
bolhas, as rompe imediatamente.
Os dispersantes se agregam em volta da partícula de fuligem e
estas partículas permanecem pequenas, separadas e Os compostos utilizados incluem metil silicone e polímeros orgânicos
uniformemente dispersas em todo o óleo por um longo período (polimetacrilato-PMA).
em suspensão.

MÓDULO
03
AULA 4

Aditivos Aditivos abaixadores


Anticorrosivos do ponto de fluidez
Este tipo de aditivo é utilizado para proteger o motor contra Os aditivos abaixadores do ponto de fluidez (Pour-Point Depressants –
agressões químicas decorrentes do processo de combustão, PPDs) auxiliam a melhorar as propriedades dos lubrificantes em
potencializando sua vida útil e dos componentes. temperaturas mais baixas.
Evitam a corrosão nas superfície metálicas em que o lubrificante A estabilidade a menores temperaturas permite que o lubrificante seja
for aplicado. comercializado nos mais diversos climas.

Sua ação é simples: neutralizar contaminantes, neutralizar a ação


da água e de substâncias presentes no próprio óleo lubrificante. Equipamentos utilizados em ambientes com baixa temperatura devem
ser capazes de operar sem perda de lubrificação, uma vez que a
Eles formam um filme polar que se adere as superfícies de aço e redução do ponto de fluidez do lubrificante nessas condições poderia
ferro fundido. O filme repele a água, consequentemente, inibe a acarretar danos ao equipamento.
formação de ferrugem.
Eles são utilizados geralmente em óleos minerais parafínicos, pois as
parafinas e ceras contidas neste tipo de óleo tendem a cristalizar e
Componentes mais comuns: Detergentes muito alcalinos,
aglomerar em condições de baixa temperatura, comprometendo a
dispersantes de água e compostos quelantes de imidazole,
fluidez do lubrificante.
benzotriazol e ZDDP.
Entre os exemplos de aplicação, em que os lubrificantes precisam
manter o desempenho a baixas temperaturas, estão os óleos de motor,
óleos de engrenagem, óleos de transmissão e óleos hidráulicos

Componente mais comum: Polimetacrilatos.

MÓDULO
03
MÓDULO 04
Aula 1
AULA 1

Graxas - Composição
As graxas são lubrificantes semi sólidos compostos por três principais
componentes: óleo base, espessante (sabão) e aditivos.

A função da graxa é permanecer em contato e lubrificar as


superfícies em movimento sem vazamento sob a força da gravidade,
sob ação centrífuga ou espremida sob pressão.

Óleo Básico

Mineral, Sintético e Vegetal.

Espessante
70 a 95%
3 a 30% O espessante ou sabão é a base que mantém o óleo e os aditivos unidos para
Óleo básico
Espessante 0 a 10% que o lubrificante funcione.
Sabões Metálicos Simples: Alumínio (Al), Cálcio (Ca), Lítio (Li), Sódio (Na).
- Mineral Aditivos Sabões Metálicos Complexos: Complexo de Alumínio, Complexo de Bário,
- Sintético - Sabões Complexo de Cálcio, Complexo de Lítio, Complexo de Sódio.
- Vegetal Metálicos Simples Espessantes Não Sabões: Bentonita (Mistura de Argilas), Sílica, Poliuréia,
- Sabões PTFE.
Metálicos
Complexos Aditivos
- Espessantes não
Bissulfeto de Molibdenio, Grafite e Melhoradores das Propriedades
Sabões
físico-químicas estudados anteriormente.
MÓDULO
04
AULA 1

Espessantes
Além dos saponáceos, você pode encontrar também os não
Os espessantes usados nas graxas são classificados conforme a sua saponáceos. Estes incluem substâncias orgânicas e inorgânicas
composição. Dentro dessa classificação encontramos espessantes que, em razão das suas propriedades de superfície porosa, podem
saponáceos, os quais são também designados por sabão metálico, sendo aglutinar os óleos.
subdivididos entre simples e complexos.
Ex: Bentonita, Sílica, Poliuréia, PTFE.

São formados a partir da reação de hidróxidos metálicos com ácidos graxos, Sabão
resultando água + sal de ácido graxo (sabão). Os ácidos graxos são ácidos Metálico Óleo
Aditivos
Graxa
ou Não Básico Lubrificante
monocarboxílicos obtidos a partir de óleos e gorduras (vegetais, animais). Saponáceo

Á Além das diferenças na composição, os espessantes,


Ácido Graxo Hidróxido Metálico Sabão Metálico G dependendo de sua formação, têm propriedades distintas,
(Cadeia Longa) (Li, Ca, Al, Na) Simples U funcionam em faixas de temperatura variadas e são resistentes
A
a determinados tipos de substâncias.

Ácido Ácido Hidróxido Á


Graxo Sabão
Graxo Metálico G
Metálico
(Cadeia (Cadeia (Li, Ca, Al, U
Complexo A
Longa) Curta) Na)

MÓDULO
04
MÓDULO 04
Aula 2
AULA 2

Características das Graxas


Consistência
Resistência a água
É a sua resistência a deformação
quando se aplica uma força O quanto a graxa é resistente a água,
sem perder suas características

Estabilidade dinâmica
Examina as propriedades da
graxa em movimento
Estabilidade a oxidação
Option A
A capacidade da graxa resistir a
Separação do Óleo reações químicas com o oxigênio
O quanto a graxa perde o óleo
lubrificante
Option B
Compatibilidade
Avalia as reações com outras
Ponto de Gota graxas e materiais de contato
Indicador da resistência da
graxa ao calor
Estabilidade Estática
Bombeabilidade Avalia a graxa em ambientes sem
movimentos
O quanto a graxa pode fluir, ser
bombeada em sistemas
MÓDULO
04
AULA 2

Consistência das
Grau NLGI
Graxas
Consistência é a resistência a deformação que uma graxa se opõe sob O National Lubricating Grease Institute (NLGI), ou Instituto Nacional de
a aplicação de uma força mecânica. Graxas Lubrificantes, é a entidade norte-americana que estabelece uma
classificação para as graxas com base na medida de sua consistência,
Ela está relacionada com alguns fatores:
dada pelo método ASTM D217. É o chamado Grau NLGI para graxas.
Formulação: Viscosidade do óleo básico, Tipos de espessante,
Concentração de espessante.
Condições de Campo: Temperatura, Trabalho e Cisalhamento,
Pressão, Contaminação, Exudação.

Graxas mais macias (menos consistentes), com baixo teor de


espessantes, tendem a liberar óleo mais prontamente e, desse modo,
são frequentemente preferidas em temperaturas operacionais mais
baixas para facilitar a liberação adequada de óleo lubrificante.

Em geral, graxas baseadas em sabões simples apresentam liberação


de óleo superior à das graxas de sabões complexos, todas as outras
variáveis sendo mantidas constantes (aditivos, tipo de óleo básico,
etc.)

Assim como acontece na classificação ISO VG (para óleos lubrificantes),


há, também, intervalos entre cada grau. A classificação começa com o
grau NLGI 000, o grau menos consistente e mais fluido e vai até o grau
MÓDULO
NLGI 6, a graxa mais dura, mais consistente.
04
AULA 2

Ponto de Gota Efeitos da Temperatura nas graxas


O ponto de gota da graxa é a temperatura na qual o espessante perde sua
Altas temperaturas prejudicam mais as graxas do que prejudicam os óleos lubrificantes.
capacidade de manter o óleo básico dentro da matriz do espessante. É quando
ocorre o desprendimento da primeira gota. Isto pode ser causado pelo A graxa, por sua natureza, não pode dissipar o calor por convecção como um óleo. Ou
derretimento do espessante ou o óleo afinar-se tanto, que a tensão superficial e seja, o óleo consegue retirar calor muito mais fácil do que uma graxa.
ação capilar se tornam insuficientes para manter o óleo dentro da matriz do
Consequentemente, sem a capacidade de transferir o calor, temperaturas excessivas
espessante.
resultam em oxidação acelerada ou até mesmo na carbonização, desta forma, a graxa
Ele indica a resistência da graxa ao calor ou a temperatura. À medida que a endurece ou forma uma crosta. O uso de uma quantidade excessiva de graxa num
temperatura na qual a graxa está exposta aumenta, a resistência mecânica da componente vai resultar em maior dificuldade na transferência de calor e aumento da
graxa diminui até que a graxa se liquefaz e a consistência desejada é perdida. temperatura operacional. Ou seja, o excesso de graxa é extremamente prejudicial e
deve ser evitado.

Se a temperatura a que a graxa está submetida for reduzida demasiadamente, ela vai
se tornar tão viscosa (tão grossa) que pode ser classificada como uma graxa dura. A
Importante destacar que não é esta a temperatura máxima em que
capacidade de bombeabilidade é extremante reduzida e a operação das máquinas
uma graxa pode ser usada.
pode se tornar impossível devido às limitações de torque e aos requisitos de potência.
Na prática, deve-se considerar como limite operacional, cerca de
Como diretriz, o ponto de fluidez do óleo básico é considerado o limite de menor
50ºC inferior ao seu ponto de gota
MÓDULO temperatura a que uma dada graxa pode ser usada.
04
MÓDULO 04
Aula 3
AULA 3

Tipos de Ensaios nas Graxas


Four Ball
O teste consiste em girar uma esfera de aço sob
carga contra três esferas estacionárias de aço Ensaio de Bombeabilidade da Graxa
revestidas com o lubrificante a ser testado. O ensaio O ensaio prediz a habilidade de uma graxa
se finaliza quando as esferas se soldam, após o lubrificante para fluir em um sistema de distribuição
aumento gradativo da pressão feita pela esfera de graxa sob condições de fluxo regular e
superior. Tudo isso serve para avaliar as propriedades temperatura constante.
de extrema pressão de um lubrificante.

Ensaio por lavagem de água


Teste de Estabilidade Mecânica Ensaio determina a resistência da graxa em
É um teste que mostra a habilidade da relação a água.
graxa em resistir a perda de consistência
por cisalhamento.
Ensaio do Ponto de Gota
Executa determinações do ponto de gota em graxas
lubrificantes. A amostra é aquecida gradativamente até
Ensaio Timken que a primeira gota de óleo se desprenda do
espessante.
Trata-se de um método para avaliar a
resistência da película lubrificante. Neste
ensaio um bloco estacionário é carregado com Teste de Penetração
uma força contra um anel rotativo lubrificado. É realizado utilizando o Penetrômetro, com o objetivo de
As cargas são aumentadas até que ocorra identificar qual a consistência da graxa.
ranhuras no bloco, neste momento é anotada a
MÓDULO carga TIMKEN para aquele tipo de lubrificante.
04
AULA 3

Seleção da Graxa de acordo com a Consistência e com a Viscosidade


do Óleo Básico
Em condições de baixa carga e alta velocidade, recomenda- Baixa Consistência (NLGI mais baixos)
se graxa de alta consistência e viscosidade ISO VG baixa; ao
contrário, para altas cargas e baixas velocidades, sugere- - Operações em baixas temperaturas
se graxa de baixa consistência e viscosidade ISO VG alta. - Necessidade de bombeabilidade

- Caixa de engrenagens lubrificadas para a vida

- Mancais de rolamentos de baixas velocidades (óleo básico


de alta viscosidade)

- Engrenagens com altas cargas

Alta Consistência (NLGI mais altos)


- Altas temperaturas ou temperatura ambiente

- Vedar contra entrada de poeira e contaminantes

- Auxilia a evitar a remoção por lavagem com água

- Evita problemas excessivos com vazamentos

- Evitar cisalhamento da graxa

- Mancais de rolamentos de altas velocidades (óleo


básico de baixa viscosidade)
MÓDULO
04
AULA 3

Compatibilidade das Graxas


A mistura de graxas de diferentes tipos de
espessantes podem causar alterações na
performance ou propriedades físicas, as quais,
podem levar a um desempenho inferior em
relação a graxa original.
A mistura de graxas incompatíveis pode alterar
propriedades como: Consistência, estabilidade
a oxidação, bombeabilidade, estabilidade ao
cisalhamento e separação de óleo. Estas
alterações podem danificar o seu equipamento

Uma forma de evitar o problema da mistura


de graxas incompatíveis é criar um quadro
de cores para cada tipo de graxa e
posteriormente identificar as bombas,
pistolas graxeiras e pontos de lubrificação. Caso queira substituir a graxa utilizada, é recomendado fazer uma limpeza nos
Essa simples ação reduz o risco da componentes do equipamento, antes da aplicação do novo lubrificante.
aplicação errada de graxa e aumenta a
confiabilidade no processo de lubrificação

MÓDULO
04
AULA 3

Lubrificantes Grau Alimentício


National Sanitation Foundation
A NSF é a entidade que registra
ISO 21469
produtos para compostos não
alimentícios, como lubrificantes, Oferece certificação para o processo de
produtos de limpeza e produtos fabricação de lubrificantes usados em
químicos para tratamento de água, indústrias especializadas, como alimentos,
usados no processamento de produtos farmacêuticos, cosméticos e
alimentos e bebidas, após a avaliação fabricação de ração animal.
toxicológica completa.
Certificação Halal
Certificação Kosher Lubrificantes O Certificado Halal é um documento fiel de
Grau Alimenticio garantia emitido por uma instituição
A Certificação Kosher pode ser certificadora Halal reconhecida por países
definida como o selo de qualidade são certificados
islâmicos, para atestar que a empresas,
usado para comprovar que um pelo NSF e
processo e produtos seguem os requisitos
determinado produto está apropriado devem ser legais e critérios determinados pela
ao consumo, dentro de uma série de utilizados em jurisprudência islâmica
requisitos da lei judaica. indústrias
específicas
Certificação ISO 22000 Certificação FSSC 22000
A ISO 22000 é uma norma internacional A FSSC 22000 é um sistema de
de Gestão de Segurança de Alimentos certificação robusto, baseado na ISO
que define os requisitos de um sistema 22000, e internacionalmente aceito para
de gestão de segurança de alimentos, auditoria e certificação de segurança de
para os setores de produção de alimentos no setor de fabricação de
alimentos, bebidas, entre outros. alimentos, bebidas, entre outros.

Classificações dos Lubrificantes Grau Alimentício (Food Grade): H1: é quando o óleo pode acidentalmente entrar em contato com a comida, bebida, remédio, etc. H2: é o lubrificante que pode ser usado em ambientes
MÓDULO fabris de alimentos, mas não existe possibilidade de contato direto com o alimento, remédio, etc. H3: são óleos comestíveis e são, frequentemente, usados para limpar e prevenir ferrugem em equipamentos.
04
MÓDULO 04
Aula 4
AULA 4

Aplicações das Graxas de acordo com o Espessante


Graxa de Sódio
Graxa de Alumínio Graxa de Poliuréia
A graxa de sódio é amplamente utilizada em aplicações de
A graxa de poliuréia é conhecida por sua estabilidade
alta temperatura, além de proteger contra a corrosão. Ela A graxa de alumínio é muito boa para engrenagens
tem uma excelente estabilidade térmica e pode suportar mecânica excepcional e longa vida útil. Ela possui boa
abertas. Possuem ótimo rendimento em resistência à oxidação e ao cisalhamento, além de,
condições extremas sem perder suas propriedades. Por
outro lado, não é resistente à água. Essa graxa é equipamentos que sofrem atuação de altas cargas, suportar altas temperaturas. É utilizada em aplicações
encontrada em fornos industriais, motores elétricos de alta como os dentes de engrenagem nas indústrias. automotivas, como juntas homocinéticas, buchas de
potência e sistemas de rolamentos em alta velocidade. Possuem excelentes propriedades de lubrificação, suspensão e articulações. Muito usada em motores
. são resistentes a temperaturas (Complexo Al), a elétricos e aplicações que usam rolamentos blindados.
oxidação, corrosão e a água. Muito utilizada nas
Graxa de Cálcio indústrias de alimentos.
A graxa de cálcio é conhecida por sua estabilidade
mecânica e capacidade de carga. Ela é bem Graxa de Silicone
resistente à água e possui boa aderência a A graxa de silicone é adequada para aplicações de
superfícies metálicas, tornando-a ideal para alta temperatura. Possui excelente estabilidade
aplicações em ambientes úmidos e corrosivos. Por térmica, resistência química e propriedades
outro lado, como desvantagem, tem baixa
isolantes. É amplamente usada em sistemas de
resistência a altas temperaturas. A graxa de cálcio é
frequentemente usada em aplicações marítimas, freios automotivos, válvulas de alta pressão e
como guinchos, cabos e equipamentos de convés. componentes eletrônicos.
.

Graxa de Lítio
Graxa Grafitada
A graxa de lítio é um dos tipos mais comuns e versáteis
disponíveis no mercado. Ela possui boas propriedades de A graxa de grafite (aditivo) é conhecida por sua
resistência à água e à oxidação, bem como uma ampla capacidade de suportar altas cargas e altas
faixa de temperatura de trabalho. É amplamente utilizada temperaturas. Ela oferece propriedades de
em rolamentos, mancais e engrenagens, em automóveis,
lubrificação sólida e é ideal para aplicações de
máquinas agrícolas e equipamentos industriais. Não é
recomendada para indústria alimentícia, onde pode haver alta pressão, como engrenagens abertas,
possível contato com o produto. correntes, cabos de aço e acoplamentos em
MÓDULO condições extremas.
04
AULA 4
Diferenças na utilização entre óleos e graxas.
Vantagens e Desvantagens
Graxas

- Melhor desempenho nas partidas e paradas.


Em alguns sistemas, quando eles páram, o
óleo é drenado. Já as graxas ficam fixas onde Óleos Lubrificantes
são aplicadas.
- Com a graxa ocorre menos risco de faltar ou - O fluxo de óleo tende a remover o calor no ponto de
vazar todo o lubrificante. Ao contrário do óleo geração. A graxa tende a manter o calor no mesmo local.
que pode vazar completamente pelos - A alta viscosidade efetiva da graxa impõe limitações de
retentores, vedações e selos. velocidade aos rolamentos, assim, para altas velocidades
- Proteção de componentes. A graxa excedente ocorre excessiva geração de calor. Intensificado pela
atua como vedação efetiva contra água, baixa transferência de calor que a graxa possui.
partículas externas e corrosão. - O óleo é menos suscetível a oxidação do que alguns
- O risco de contaminação de produtos espessantes de graxa.
alimentícios e farmacêuticos é reduzido devido - Óleos lubrificantes controlam a contaminação, pois
a resistência em fluir. Diferentemente do óleo, conduzem as partículas de impurezas para os filtros, além
que possui um bom escoamento, em de, permitir que as partículas se assentem pela força de
vazamentos. gravidade. As graxas suspendem as partículas, expondo-
- Lubrificação para a vida. Como em caixas de as a ocorrer abrasão nos componentes.
engrenagens fechadas e rolamentos blindados. - Saúde do lubrificante. É muito mais fácil e viável fazer
- Aditivos como grafite e bissulfeto de molibdênio uma análise de lubrificante no óleo do que na graxa.
se mantém suspensos na graxa, enquanto no - No óleo é mais fácil controlar o volume/quantidade do que
óleo tendem a se assenter. na graxa. Na graxa é difícil aferir a quantidade adequada
de graxa a adicionar, especialmente, durante a
relubrificação, o que leva ao frequente uso excessivo (que
pode gerar aquecimento) ou a falta de graxa (que pode
levar a falha).
MÓDULO
04
MÓDULO 05
Aula 1
AULA 1

Elementos de máquinas lubrificados


Mancais de
Rolamentos Rolamentos Correntes
Mancais de
Deslizamento

Acoplamentos Cabos de
aço
Motores à
Engrenagens combustão

MÓDULO
05
AULA 1

Seleção dos Lubrificantes - Mancais de Rolamentos

O Fator de Velocidade do rolamento é comumente


conhecido como Fator DN (velocidade angular em
mm/min). Abaixo é mostrado como ele é calculado:

N = Velocidade (rpm)
Do = Diâmetro externo (mm)
Di = Diâmetro interno (mm)
Dm = Diâmetro médio (diâmetro primitivo)

MÓDULO
05
AULA 1 Intervalo e Quantidade de graxa da
Relubrificação de Rolamentos

T = Tempo até a próxima relubrificação em horas


K = Multiplicação de todos os fatores de correção da tabela
n = velocidade (rpm)
d = diâmetro interno (mm)

V = Quantidade necessária, em gramas


D = diâmetro externo do rolamento
B = largura do rolamento

A frequência da relubrificação dependerá de muitos fatores: velocidade, carga, temperatura,


ambiente, contaminantes. Recomenda-se utilizar a experiência com base em dados de
aplicação e testes reais, assim como, as observações sensoriais: visão, cheiro, som,
aquecimento, etc.
MÓDULO
05
AULA 1
Consulta aos Manuais dos Equipamentos

MÓDULO
05
AULA 1
Consulta aos Manuais dos Veículos

MÓDULO
05
MÓDULO 05
Aula 2
AULA 2

Métodos de Lubrificação Lubrificação por Gotejamento

Lubrificação por Nível Constante

Lubrificação Manual

Almotolia
Lubrificação Manual

Spray Aerosol Lubrificação por Salpico

Pincel
Graxeira
Manual
Motor Elétrico - Lubrificação com
Graxeira Manual

Lubrificação por Anel

Bomba de
Graxa Manual
Bicos Graxeiros
MÓDULO
05
AULA 2
Métodos de Lubrificação
Lubrificação por Imersão
Sistema de Lubrificação Contínua

Lubrificação por Spray Pressurizado

Lubrificação por Névoa


Lubrificação Ponto
Único Automático

MÓDULO
05
AULA 2
Métodos de Lubrificação
Sistemas Paralelos (também conhecido como Sistema Paralelo - Linha Simples
“não progressivo”)
• Todos os dosadores operam independentemente e
simultaneamente. A desvantagem é que se uma das
válvulas falhar não haverá nenhuma indicação na estação
de bombeamento. O restante das válvulas continuará
operando.
Sistemas em Série (também conhecido como
“progressivo”)
• Todas as válvulas se encontram na linha de distribuição
principal.
• Quando a linha de distribuição principal for pressurizada, a
primeira válvula entrará em operação. Após o seu ciclo de
funcionamento o fluxo passa para a segunda válvula. Neste
sistema, se umas das válvulas falhar, o restante pára de
funcionar. Sistema em Série - Linha única

Componentes Sistema Paralelo - Linha Dupla


• Reservatório
4 6
4
• Estação de Bombeamento 6
5 3 7
• Válvulas de Controle 1
2
• Dosadores (injetores)
6
• Aplicadores
MÓDULO
05
MÓDULO 05
Aula 3
AULA 3

Manuseio e Armazenagem de Lubrificantes


As graxas e óleos lubrificantes se ✓ Recipientes danificados
não forem manuseados e
armazenados adequadamente ✓ Condensação de umidade
podem sofrer contaminação ou até
mesmo se deteriorarem. ✓ Armazenamento inadequado ao ar livre
É obrigação manter a sala de ✓ Exposição a poeira, vapores, chuvas
lubrificação limpa e organizada.
✓ Exposição a calor ou a frio excessivo
As causas mais comuns de ✓ Mistura de diferentes marcas e tipos
contaminação e deterioração dos
lubrificantes no manuseio e ✓ Equipamentos de distribuição sujos
armazenagem estão ao lado:
✓ Prazo de validade excedido

É muito importante usar os produtos na mesma sequência em que


foram comprados:
PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, ou FIFO- Inglês) Lubrificantes
armazenados por
PEPS muito tempo
podem ter sofrido
alterações físico-
químicas. É
importante realizar
Rotação do uma análise de
Estoque óleo antes de
MÓDULO utilizá-los.
05
AULA 3
Boas Práticas no Setor de Lubrificação

Easy to
change Bicos Graxeiros tampados e organizados
colors, por cores. Evite misturar graxas!
photos
Sala de Lubrificação Limpa e Organizada.
and Text.
Recipientes Identificados por cores. Evite!
Evite Misturar Óleos!

Utilização de respiros dessecantes.


Armário organizado, recipientes identificados e
acessórios limpos.

MÓDULO
05
AULA 3
Questões de Segurança e Questões Ambientais

Derramamentos de óleo
• O primeiro procedimento é conter o
vazamento.

• Tenha Kits contra vazamentos na área com


instruções de uso. O pessoal deve estar
treinado.

• Relate o derramamento de acordo com o


risco, políticas de segurança e empresarial.
Manuseio de Tambores com • Descarte o material do vazamento de
Segurança acordo com as diretrizes e políticas
adequadas.
É necessário que se tenha dispositivos adequados para
movimentação de tambores, minimizando riscos de • Preserve o Meio Ambiente!
prensamentos de membros, esmagamentos, fraturas,
etc. Utilize Equipamentos de Proteção Individual.
Evite acidentes de trabalho!

MÓDULO
05
MÓDULO 05
Aula 4
AULA 4
Documentos dos Lubrificantes

MÓDULO
05
AULA 4

FISPQ
FISPQ – FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE
PRODUTOS QUÍMICOS

➢ Identificação do Produto e da Empresa


➢ Identificação dos Perigos
➢ Composição e Informações sobre os ingredientes e
misturas
➢ Medidas de Primeiros Socorros
➢ Medidas de Combate a Incêndio
➢ Medidas de Contole para Derramamento ou Vazamento
➢ Manuseio e Armazenamento
➢ Controle de Exposição e Proteção Individual
➢ Propriedades Físicos e Químicas
➢ Estabilidade e Reatividade
➢ Informações Toxológicas
➢ Informações Ecológicas
➢ Considerações sobre Destinação Final
➢ Informações sobre Transporte
➢ Imformações sobre Regulamentações
➢ Outras Informações

MÓDULO
05
AULA 4
Ficha Técnica de Informações do Produto
FICHA TÉCNICA DE INFORMAÇÕES DO PRODUTO
- Descrição
- Campo de Aplicação
- Registros
- Dados Técnicos (físico, químicos)
- Compatibilidade
- Manuseio e armazenamento
- Temperatura de Serviço

MÓDULO
05
AULA 4
Documentos Específicos – Certificações: NSF

CERTIFICAÇÃO NSF

A NSF (National Sanitary Foundation ) é uma instituição americana


renomada internacionalmente que desenvolve normas e
certificações para diversos setores.

Ela estabeleceu padrões que os lubrificantes usados na indústria


alimentícia devem atender.

A Certificação NSF é um processo de avaliação e verificação


realizado para garantir que o lubrificante (food grade) atenda aos
padrões de qualidade, segurança e desempenho estabelecidos pela
organização.

Por que a Certificação NSF é Importante?

- Segurança ao Consumidor: garante que os


produtos atendam aos padrões de segurança e
qualidade, o que protege os consumidores contra
riscos à saúde.

- Conformidade com regulamentações: na indústria


de alimentos e bebidas, a certificação NSF é
necessária para garantir a conformidade com as
normas de higiene e segurança alimentar.

- Credibilidade e Confiança: Ter um produto


certificado pela NSF pode aumentar a
credibilidade da empresa e a confiança dos
clientes, pois demonstra o compromisso em
fornecer produtos seguros e de alta qualidade.
MÓDULO
05
AULA 4
Documentos Específicos – Certificações: ISO 21469

CERTIFICAÇÃO ISO 21469

A ISO 21469 é
uma certificação específica
para fabricantes de
lubrificantes e certifica que a
fábrica tem condições de
projetar, desenvolver, fabricar
e fornecer lubrificantes
seguros no caso de contato
incidental com o produto
(alimentício, farmacêutico,
cosmético ou direcionado
para alimentação animal).

Os lubrificantes são
certificados pela NSF e levam
a marca oficial de certificação
NSF ISO 21469 em suas
embalagens e rótulos.

*A NSF qualifica o lubrificante


como alimentício (food grade)
e a ISO 21469 qualifica o
processo de fabricação do
MÓDULO lubrificante.
05
AULA 4
Documentos Específicos – Certificações: HALAL

CERTIFICAÇÃO HALAL

A palavra Halal vem do árabe que significa


lícito, permitido. É um conceito que permeia
a alimentação e o uso de produtos
cosméticos e farmacêuticos por
muçulmanos em todo o mundo. Pela
Sharia, o código de leis islâmico, os
seguidores da fé de Maomé só podem
consumir produtos que se encaixem nessa
categoria porque seriam aqueles permitidos
por Deus.

Resumidamente, os alimentos Halal


permitidos para consumo devem seguir as
seguintes condições:

• Alimentos e produtos industrializados


devem estar livres de carne de porco e
seus derivados.
• Devem estar, também, livres de
impurezas (najis), conforme determinado
pela Sharia.
• Os alimentos não podem conter
elementos venenosos, intoxicantes e
perigosos a saúde.

Os óleos lubrificantes e as graxas, também,


precisam ser certificados Halal, para que
possam ser utilizados em indústrias que
fornecem produtos para os muçulmanos.
Se o lubrificante tem esta certificação,
significa que houve uma avaliação
documental sobre os ingredientes e
materiais utilizados em sua fabricação.

MÓDULO
05
AULA 4
Documentos Específicos – Certificações: KOSHER

CERTIFICAÇÃO KOSHER

Kosher é um termo que faz referência aos alimentos


que são adequados ou permitidos pelas leis alimentares
do judaísmo.

As leis que determinam a dieta Kosher são bastante


complexas e exigentes, sendo todas derivadas,
principalmente, de dois principais livros do Torá (livro
sagrado para os judeus): o Levítico e o Deuteronômio.

Algumas empresas passam por certificações que


atestam o cumprimento de todos os processos que
fazem parte das leis de alimentação judaica, sendo
assim, estão aptas a fornecer produtos para os países
Judeus.

Durante as inspeções para certificação Kosher, são


verificados todos os produtos que possam ter contato
com o alimento, inclusive a graxa e óleo o lubrificante.

Resumindo a Certificação Kosher é o selo de


aprovação Kosher concedido por uma Agência rabínica
atestando que os ingredientes dos produtos, as
instalações de produção e a produção em si foram
verificados para garantir que todos os ingredientes,
derivados, ferramentas e maquinários não apresentam
nenhum traço de substâncias não Kosher.

MÓDULO
05
MÓDULO 06
Aula 1
AULA 1

Análise de óleo Onde você pode utilizar a análise de óleo?

A análise de óleo, que é uma técnica de manutenção


preditiva, possibilita saber as condições físicas e químicas dos
lubrificantes, sendo uma das principais ferramentas que
permite apontar falhas prematuras nos equipamentos,
principalmente, falhas relacionadas as condições dos
lubrificantes.

Lubrificantes em
Lubrificantes Lubrificantes
uso nos
Recebidos -Novos Armazenados
equipamentos

7 Atitudes para uma boa Análise de Óleo:


✓ A análise indica se o óleo está ou não adequado para
continuar em uso. ➢ Coletar corretamente a amostra na máquina.
✓ Determina se existe alguma condição anormal.
➢ Ter uma frequência correta de amostragem.
✓ Interpretando as informações, os problemas podem ser
identificados e corrigidos antes que causem danos ➢ Saber a localização correta do ponto de amostragem.
permanentes.
✓ Ajuda a maximizar o desempenho dos equipamentos. ➢ Possuir o procedimento correto de amostragem.
✓ Avalia os dados de desgaste.
✓ Avalia se existe contaminações no óleo (partículas, água). ➢ Selecionar corretamente o Laboratório de Análise.
✓ Avalia a viscosidade.
✓ Avalia a acidez do óleo lubrificante. ➢ Estabelecer Alarmes e Limites corretamente.
✓ Os intervalos de troca de óleo podem ser otimizados.
✓ As revisões dos equipamentos podem ter seus períodos ➢ Ter a estratégia correta para interpretação dos laudos e tomada de
MÓDULO ampliados ou encurtados. ações.
06
AULA 1

Programa de Análise de óleo


Selecionar as máquinas e
periodicidade que serão Selecionar o Laboratório de Definição dos alarmes para
analisadas ** Análise intervenção nos equipamentos

Definir o conjunto de Definição do ponto de Interpretação dos laudos


parâmetros a serem analisados amostragem, procedimentos e e tomadas de decisões
em cada máquina acessórios a serem utilizados

** Cada equipamento pode possuir uma periodicidade única de amostragem dependendo de suas características:
- Importância no processo (criticidade);
- Severidade do ambiente (contaminantes, temperatura, ciclo de trabalho);
- Idade da máquina;
- Tempo de operação do óleo;
- Exigência do sistema;
MÓDULO A periodicidade pode ser ajustada de acordo com o histórico das análises.
06
AULA 1

Coleta do óleo lubrificante

Análises de Óleo bem sucedidas começam com uma


amostragem adequada.
Alguns cuidados na obtenção destas amostras são
essenciais para um resultado mais preciso, portanto:

✓ É preciso garantir a homogeneidade da amostra;


✓ A coleta deve ser feita, preferencialmente, com o equipamento
em operação, em condições típicas de trabalho. Sempre atente-se
a segurança do local;
✓ Não pode haver contaminação no frasco de coleta e no local de
retirada da amostra. Limpeza é primordial, para evitar amostras
errôneas;
✓ O ponto de coleta, preferencialmente, deve ser sempre o
mesmo;
✓ Retire amostras de zonas “vivas”, turbulentas, como cotovelos,
após a bomba e antes do filtro. As linhas de retorno, são uma boa
opção, após passar pelos componentes do equipamento.
✓ É recomendado deixar escoar um pouco de lubrificante antes da
coleta. Eliminando, assim, o lubrificante estagnado no local. Não
tire amostras de zonas estagnadas; Fundos de reservatórios misturam condições
atuais com as condições históricas, melhor
✓ Normalmente a quantidade ideal para coleta é de 250 ml; evitá-los para as coletas de óleo.
Utilize-os apenas para inspeções rotineiras
para análises de sedimentos de fundo e de
Informações importantes na identificação das amostras:
• Dados das máquinas, TAG, componente • Lubrificante utilizado • Data da amostragem
água.
• Horímetro • Última troca completa de óleo • Último complemento de nível de óleo
MÓDULO
06
MÓDULO 06
Aula 2
AULA 2

Monitoramento da saúde do óleo


Viscosidade Oxidação
A viscosidade é uma das principais características de um óleo, estando A oxidação nada mais é do que a reação do oxigênio com a molécula do
diretamente ligada à resistência ao cisalhamento do filme lubrificante óleo lubrificante, seja o oxigênio do próprio ar ou o oxigênio presente na
quando submetido a cargas. A utilização da viscosidade correta, nos própria água e na umidade. Entre os fatores que levam à degradação, e
equipamentos, contribui para evitar inúmeros problemas e falhas. posteriormente a substituição do óleo, sem dúvida, a oxidação é o
A variação aceitável para a viscosidade é de 10%, tanto para mais principal deles.
quanto para menos.
Essa oxidação do óleo pode ser identificada muitas vezes, tanto
visualmente pelo escurecimento do óleo, como pela formação de borra
e de vernizes no equipamento. A análise de óleo pode apontar a
Causas da Queda de Viscosidade: Causas do Aumento da Viscosidade:
✓ Contaminação com combustível;
presença de acidez. Quanto maior é a acidez maior é o indicativo de
✓ Oxidação;
✓ Reposição com outro tipo de ✓ Formação de óxidos insolúveis; que está ocorrendo a oxidação do lubrificante.
óleo; ✓ Perdas por evaporação;
✓ Contaminação cruzada; ✓ Contaminação por água;
✓ Redução da capacidade de ✓ Fuligem em motores;
aditivos; ✓ Reposição com outro tipo de óleo; Causadores da Oxidação do óleo: Efeitos da Oxidação:
✓ Alteções químicas no óleo. ✓ Contaminação cruzada; ✓ Operação com temperaturas ✓ Aumento da Acidez;
muito elevadas podem levar a ✓ Aumento da Viscosidade;
um colapso térmico que ✓ Aumento de compostos
fatalmente alterará a estrutura insolúveis;
química do óleo, diminuindo ✓ Entupimento dos filtros;
Efeitos da Queda de Viscosidade: Efeitos do Aumento da assim, a eficiência de ✓ Acumulação de depósitos e
✓ Menor resistência do filme Viscosidade: lubrificação como um todo; sedimentos;
lubrificante; ✓ Maior geração de calor no ✓ Contaminação por agentes ✓ Perda de aditivos;
✓ Maior chance de vazamentos sistema; externos (água) leva a ✓ Desgaste corrosivo;
internos em sistemas; ✓ Maior consumo de energia; diminuição da quantidade de ✓ Diminuição da vida útil do
✓ Aumento do atrito entre as ✓ Maior consumo de aditivos que estão presentes no óleo.
peças em movimento relativo; combustível; óleo. Quanto menor a quantidade
✓ Aumento do desgaste. ✓ Aumento da resistência na de aditivos no óleo, menor será a
bombeabilidade. sua via útil.
MÓDULO
06
AULA 2

TAN e TBN
TAN - Número de Acidez Total: TBN - Número de Basicidade Total:

O TAN é a medida da concentração ácida TBN é a quantidade de ácido expresso em mg


total em um óleo lubrificante (realizado através KOH/g (miligrama de hidróxido de potássio por
de ensaio) e os valores são expressos em grama de óleo) necessário para neutralizar
volume de hidróxido de potássio (KOH) todos os componentes alcalinos presentes em
necessário para neutralizar todos os lubrificantes para motores de combustão.
compostos ácidos em uma grama de amostra
de óleo (mgKOH/g). Ele tem a capacidade de indicar a quantidade
de reserva alcalina (BN) que ainda está ativa no
Com o envelhecimento do óleo e sua lubrificante, ou seja, que ainda não reagiu com
oxidação, são formadas pequenas compostos ácidos, uma vez que quando o
quantidades de produtos ácidos que aditivo reage com os compostos ácidos, ele
provocam um aumento do Número de Acidez perde a sua capacidade de neutralizar.
(AN). Um TAN alto é uma clara indicação de
que a vida útil do lubrificante chegou ao fim e De modo geral, quanto maior for o TBN, melhor
que ele necessita ser substituído. Os ácidos a capacidade do lubrificante para neutralizar
são altamente prejudiciais aos elementos do contaminantes, como, subprodutos da
sistema (corrosão). combustão que apresentam caráter ácido, que
combinado com outros materiais, como água de
Vários fatores contribuem para a formação de condensação podem provocar reações
ácidos no óleo lubrificante. Entre eles, os mais paralelas podendo formar ácidos como o ácido
relevantes são a operação em temperaturas Sulfúrico HSO, uma vez que a alta temperatura
elevadas, as variações frequentes da favorece a ocorrência da reação química.
temperatura, a presença de ar, água ou
umidade, a presença de metais de desgaste, Lubrificantes novos possuem um TBN mais alto,
como o cobre, que catalisam a oxidação, etc. que tende a reduzir à medida que o lubrificante
Em motores diesel, a presença de enxofre no permanece em serviço, devido aos aditivos
combustível favorece a formação de ácido trabalharem neutralizando os compostos ácidos
sulfúrico, que desce para o cárter e contamina gerados.
o lubrificante.
MÓDULO
06
AULA 2

Depleção de Aditivos
A depleção dos aditivos em um lubrificante é a diminuição gradual da concentração e eficácia dos aditivos químicos adicionados ao lubrificante.

Separação Adsorção Decomposição

Centrifugação Atração por Oxidação e


Decantação
Aditivos de alto partículas Degradação
Os aditivos se
tornam insolúveis e peso, podem ser Aditivos são Térmica
precipitam separados do óleo atraídos pelas
Processo de
partículas e levados
Oxidação e Altas
Filtragem Atração pela água ao fundo ou a filtros Neutralização temperaturas
Os aditivos sólidos A água conduz os Os ácidos reagem decompõem os
são filtrados do óleo aditivos para o com os aditivos aditivos
fundo dos depósitos

MÓDULO
06
AULA 2
Relatórios de análise de óleo

MÓDULO
06
AULA 2
Relatórios de análise de óleo

MÓDULO
06
AULA 2
Relatórios de análise de óleo

MÓDULO
06
MÓDULO 06
Aula 3
AULA 3

Construindo um Plano de Lubrificação


O plano de lubrificação nada mais é que um documento que mantém todas as informações necessárias relacionadas ao serviço de lubrificação dos equipamentos .

Mapear os pontos de lubrificação nos


Defina a quantidade
equipamentos
- Consulte os manuais.
- Consulte os desenhos dos equipamentos.
1 4 - Verifique o manual do equipamento.
- Verifique o tipo de elemento a ser lubrificado.
- Verifique as condições do equipamento:
- Visite o local do equipamento e análise-o. Temperatura, rotação, contaminação, carga.

Definir as atividades de cada ponto Plano de Defina a Periodicidade


- Engraxar.
Lubrificação
- Verificar nível do óleo.
- Substituir o óleo.
- Limpeza do reservatório.
2 5 - Verifique o manual do equipamento.
- Monitore o equipamento.

- Substituir filtros, respiros.


- Filtragem do óleo.
Detalhe as atividades. Crie padrões
- Crie rotas de lubrificação.
Defina os lubrificantes - Crie prodedimentos padrões. Passo a passo.
- Verifique as ferramenas necessárias.
- Verifique o manual do equipamento.
- Verifique as condições do equipamento:
Temperatura, rotação, contaminação, carga.
3 6 -
-
Determine os responsáveis das atividades.
Defina se atividade será realizada com o
equipamento parado ou em funcionamento.

O plano de lubrificação faz parte do programa de manutenção preventiva responsável por manter o equipamento
MÓDULO funcional sob 3 aspectos: disponibilidade, confiabilidade e produtividade. Nunca esqueça de atualizá-lo!
06
AULA 3

Exemplo de Lubrificação de um Equipamento


Desenho do Equipamento e
orientação dos pontos de
atividades do plano de
lubrificação (Decanter Flotweg).

Descrição dos pontos de


lubrificação, periodicidade,
tipo de lubrificante e
quantidade.

MÓDULO
06
AULA 3

Exemplo de um Plano de Lubrificação

Acima mostramos a Planilha de um Plano de Lubrificação de alguns equipamentos de um determinado


setor de uma planta industrial.
A mesma possui os Tag’s e a descrição dos equipamentos, o item a ser checado, o nº de pontos, o tipo de
lubrificante , a atividade a ser desenvolvida, a quantidade de lubrificante, a periodicidade/nome da rota,
e os dias em que estão programados a execução da atividade.
** As rotas otimizam as atividades de lubrificação (por setor, por atividade).
MÓDULO
06
MÓDULO 06
Aula 4
AULA 4

Etiquetagem
Evite contaminação cruzada e mistura de óleos lubrificantes:
TELLUS
- Use etiquetas codificadas por cor/formatos indicando o
68 nome e a viscosidade do lubrificante e fixe-as nos
equipamentos.
- Faça o mesmo nos recipientes de armazenamento dos
OMALA lubrificantes. Utilize diferentes cores para os recipiente e
220 use etiquetas de identificação. Quanto mais visual for o
sistema, melhor.
- Treine os colaboradores que realizarão as lubrificações.
Mobilgear
680 Tudo isso reduz em muito a possibilidade de erros nas
lubrificações e facilita as Rotas de Lubrificação.

Evite contaminação cruzada e mistura de graxas:


CASSIDA
220
(FOOD) - Use pinos graxeiros coloridos, nos pontos de
lubrificação, para cada tipo de graxa.
Atlas - Cole etiquetas de identificação do tipo de graxa
Copco nos equipamentos. Torne o sistema bem visual.
X Tend
- Faça o mesmo nos baldes de graxa e pistolas
Duty
graxeiras manuais.
- Treine os colaboradores que realizarão as
lubrificações.

Tudo isso reduz em muito os problemas com a


incompatibilidade de lubrificantes.

MÓDULO
06
AULA 4

Norma DIN 51502

MÓDULO
06
AULA 4

ISO 6743 e Outras maneiras de Identificação


TIPO GRAXA:
CL- COMPLEXO DE LÍTIO
CC – COMPLEXO D CÁLCIO
GRAU NLGI:
00, 1, 2
ORIGEM:
M- MINERAL
S-SINTÉTICO
VISCOSIDADE ÓLEO BASE:
150, 460

FORMATO:
PG-220-S DIFERENCIA ÓLEO DE
COR: GRAXA
CADA COR RETANGULAR: ÓLEO
IDENTIFICA UM TIPO LOSANGO: GRAXA
ISO VG
PG 220
DE ÓLEO
PG – VERDE
HC - AMARELO
COR:
CADA COR
TIPO ÓLEO: IDENTIFICA UM TIPO
PG – POLIGLICOL
HC-680-S DE GRAXA
COR:
HC – POLIALFAOLEFINA CL - AZUL
PODE-SE FAZER
VISCOSIDADE: CC - VERMELHO
ISO VG DIFERENTE CORES

MÓDULO
220, 680
ORIGEM:
M- MINERAL
S-SINTÉTICO
HC 680
PARA DIFERENTES
VISCOSIDADES, SE
PREFERIR
06

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