CPC 26 Apresentacao Das DC
CPC 26 Apresentacao Das DC
Objetivos de aprendizagem
iii
Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio
líquido durante um período que resulta de transações e outros
eventos que não sejam derivados de transações com os sócios
na sua qualidade de proprietários.
iv
Sumário
Consistência da apresentação
3.! Demonstrações Financeiras: estrutura e conteúdo
Introdução
Identificação das demonstrações financeir
3.1 Demonstração da posição financeir
! Informações a serem apresentadas na demonstração da
posição financeir
! Segregação circulante/não circulante
! Ativo circulante
IAS 1 e CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis
! Passivo circulante
! Informações a serem apresentadas na demonstração da
1.! Introdução posição financeira ou nas notas explicativas
2.! Demonstrações Financeiras: finalidade e composiçã " 3.2 Demonstração do resultado do exercício (DRE) e de-
2.1 Finalidade das Demonstrações Financeiras monstração do resultado abrangente (DRA)
2.2 Conjunto completo de demonstrações financeira Informações a serem apresentadas na demonstração
2.3 Características Gerais do resultado abrangente
Apresentação adequada e conformidade com as IFRSs Resultado do período
Continuidade operacional Outros resultados abrangentes do período
Contabilização por Regime de Competência Informações a serem apresentadas na demonstração
Relevância e agregação do resultado ou nas notas explicativas
Compensação 3.3 Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Frequência de apresentação das demonstrações fina - Informações a serem apresentadas na demonstração
ceiras das mutações do patrimônio líquido
Informações comparativas
v
Informações a serem apresentadas na demonstração
das mutações do patrimônio líquido ou nas notas expli-
cativas
3.4 Demonstração dos fluxos de caix
3.5 Notas Explicativas
Estrutura
Divulgação das políticas contábeis
Fontes de incerteza na estimativa
Capital
Instrumentos financeiros com opção de venda classif -
cados como patrimônio líquido
Outras divulgações
3.6 Transição e data de vigência
4.! Diferenças entre a IAS 1 e o CPC 26 (R1)
vi
Capítulo 1
1." Introdução
7
dos seus fluxos de caixa futuros. De acordo com a norma, as de-
monstrações devem fornecer os seguintes dados: ativo; passivo;
patrimônio líquido; receitas e despesas, incluindo ganhos e per-
das; contribuições de proprietários e distribuições aos proprietári-
os, na sua capacidade de proprietários; fluxos de caixa
Ainda de acordo com a norma, esses dados possibilitam que os
usuários de demonstrações financeiras, junto com as informações
expressas em notas explicativas, possam prever não apenas os
fluxos de caixa futuros da entidade, mas quando e em que grau de
certeza ocorrerão.
do;
(b)!Uma demonstração do resultado abrangente para o período; (d)!Uma demonstração dos fluxos de caixa para o período
(c)! Uma demonstração das mutações do patrimônio líquido (e)!Notas explicativas, compreendendo um resumo das princi-
para o período; pais políticas contábeis e outras informações; e
No Brasil, o CPC 26 denomina a demonstração (f)! Uma demonstração da posição financeira no início do perío-
da posição financeira como Balanço Patrimonial
do comparativo mais antigo em que uma entidade aplique
8
uma política contábil retrospectivamente, efetue uma repre-
sentação retrospectiva ou quando reclassifique itens em su-
as demonstrações financeiras
9
demonstrações financeiras. Em praticamente todas as circunstânci- O parágrafo 19 da norma (IAS 1 e CPC 26), trata do conceito de
as, a representação apropriada é obtida pela conformidade com Fair Presentation, também conhecido com True and Fair View. De
as referidas IFRSs.De acordo com a norma, uma apresentação acordo com esse conceito, se a empresa perceber que ao aplicar
adequada requer, ainda, que uma entidade: a norma, a apresentação das demonstrações contábeis será enga-
a)! Selecione e aplique as políticas contábeis de acordo com a nosa, então ela deve abandonar esta regra. Esse conceito é tam-
IAS 8 — Políticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Con- bém conhecido, na literatura, como True and Fair Override, ou
tábeis e Erros. A IAS 8 estabelece a hierarquia na orientação seja, uma sobreposição, um override, da apresentação verdadeira
que a administração leva em consideração na ausência de e justa das demonstrações contábeis sobre a própria norma.
uma IFRS que se aplique especificamente a um item
“Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier
b)! Apresente informações, incluindo políticas contábeis, de a concluir que a conformidade com um requisito de Pronunciamento
Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC conduziria a uma apre-
uma forma que forneça estas sejam relevantes, confiáveis,
sentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das d -
comparáveis e compreensíveis. monstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para Ela-
boração e Divulgação de Relatório Contábil Financeiro, a entidade não
c)! Forneça divulgações adicionais quando o cumprimento dos
aplicará esse requisito e seguirá o disposto no item 20, a não ser que
requisitos específicos contidos nas IFRSs for insuficiente esse procedimento seja terminantemente vedado do ponto de vista le-
para permitir que os usuários compreendam o impacto de gal e regulatório.” IAS 1, parágrafo 19.
transações específicas, outros eventos e condições na posi-
ção financeira e no desempenho financeiro da entidade
Isso só vai ocorrer em circunstâncias extremamente raras, como a
própria norma coloca. Quando isso ocorrer, de acordo com a nor-
A escolha das políticas contábeis deve ser reali- ma, deverão ser divulgados os seguintes pontos:
zada de acordo com as referidas IFRS; só se
deve utilizar a IAS 8 na ausência de uma IFRS
que se aplique especificamente a um item a)! Que a administração concluiu que as demonstrações fina -
ceiras apresentam adequadamente a posição financeira, o
desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidad
10
b)! Que cumpriu as IFRSs aplicáveis, exceto pela não aplicação d)! Para cada período apresentado, o efeito financeiro da não
de um requisito específico para obter uma apresentação ade- aplicação em cada item nas demonstrações financeiras, que
quada; teria sido reconhecido caso tivesse sido cumprido o requisi-
to.
c)! O título da IFRS que a entidade não aplicou, a natureza
dessa não aplicação, incluindo o tratamento que a IFRS exi- O que se tem notado é que quase não existem casos em que a
giria, a razão pela qual esse tratamento seria inadequado ao empresa tenha aplicado esse parágrafo. Porém, este é bastante
entrar em conflito com o objetivo das demonstrações fina - importante porque mostra o compromisso das normas internacio-
ceiras definido na Estrutura Conceitual e o tratamento adota- nais com o True and Fair View. A empresa tem a obrigação de fa-
do; e zer um julgamento para apresentar demonstrações contábeis que
efetivamente reflitam a sua realidade e isso está acima da norma.
Continuidade operacional
Quando a administração de uma entidade fizer suas demonstra-
ções financeiras, deve avaliar a sua capacidade de continuar em
operação. Estas demonstrações serão preparadas com base na
continuidade operacional da entidade a menos que a administra-
ção tenha dúvidas em relação a essa capacidade e, nesse caso,
deverá divulgar essas incertezas. Quando uma entidade não elabo-
rar demonstrações financeiras com base na continuidade operacio-
nal, deverá divulgar esse fato juntamente com a base em que ela-
borou as demonstrações e a razão pela qual a entidade não é con-
Veja comentário do Prof. Alexsandro Broedel Lopes sobre o concei- siderada como em continuidade operacional.
to de True and Fair View.
11
Contabilização por Regime de Competência Frequência de apresentação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras, exceto as informações de fluxos de Anualmente, no mínimo, um conjunto completo de demonstrações
caixa, serão elaboradas utilizando a contabilização pelo regime de financeiras deve ser apresentado. Caso haja alteração na periodici-
competência. dade dos relatórios, deve ser divulgado o motivo da alteração e sa-
lientado o fato de que os resultados apresentados em ambas as
Relevância e agregação demonstrações não são totalmente comparáveis.
Como as demonstrações financeiras são resultado do processa-
mento de grande carga de transações ou outros eventos e esses Informações comparativas
são agregados em classes, de acordo com sua natureza e função, A IAS 1 determina que a entidade divulgue informação comparati-
segundo a IAS 1, a entidade deverá apresentar separadamente va com respeito ao período anterior para todos os montantes apre-
cada classe relevante de itens similares e também itens de nature- sentados nas demonstrações contábeis do período corrente, a não
za ou função diferente, exceto se não forem relevantes. Uma enti- ser que as IFRSs permitam ou exijam de outra forma. Quando hou-
dade não precisa fornecer uma divulgação específica exigida por ver mudança na apresentação ou classificação dos itens das de-
uma IFRS se a informação não for relevante. monstrações financeiras, será necessário reclassificar os valores
comparativos, a menos que seja impraticável.
Compensação
Não serão compensados ativos e passivos ou receitas e despe- Consistência da apresentação
sas, exceto se exigido ou permitido por uma IFRS. Isso porque as Serão mantidas a apresentação e classificação dos itens nas de-
compensações, de acordo com a norma, dificultam a análise dos monstrações financeiras de um período para o próximo, de acordo
usuários, exceto quando a compensação reflete a essência da com a norma, exceto se:
transação. a)! For aparente, após uma mudança significativa na natureza
das operações da entidade ou uma revisão de suas demons-
trações financeiras, que outra apresentação ou classificação
12
seria mais apropriada, considerando os critérios para sele- 3." Demonstrações Financeiras: estrutura e conteúdo
ção e aplicação das políticas contábeis na IAS 8; ou
Introdução
b)! Uma IFRS exigir uma mudança na apresentação.
A IAS 1 exige níveis mínimos de itens que devem ser obrigatoria-
mente incluídos em cada demonstração, ao mesmo tempo em que
permite grande flexibilidade de ordem e disposição
13
d) A moeda de apresentação, conforme definida na IAS 21 cas que são suficientemente diferentes na natureza ou função e,
por este motivo, devem ser impreterivelmente incluídas na de-
e) O nível de arredondamento utilizado na apresentação de va-
monstração da posição financeira. São elas
lores nas demonstrações financeiras.
a)! Imobilizado;
g)! Estoques;
14
m)! Passivos financeiros (excluindo os valores demonstrados Deverão ser apresentados rubricas adicionais, títulos e subtotais
em (k) e (l)); quando esses forem necessários à compreensão da posição fina -
ceira da entidade. Ainda, de acordo com a norma, quando uma en-
n)! Passivos e ativos relativos à tributação corrente, conforme
tidade apresentar ativos circulantes e não circulantes e passivos
definido na IAS 1 ;
circulantes e não circulantes como classificações separadas em
o)! Impostos diferidos passivos e ativos, conforme definidos na sua demonstração da posição financeira, ela não classificará os
IAS12; impostos diferidos ativos (passivos) como ativos (passivos) circu-
como mantidos para venda, de acordo com a IFRS 5; Será necessário julgar se itens adicionais deverão ser apresenta-
q)! Participação de acionistas não controladores, apresentada dos separadamente, com base em uma avaliação sobre: natureza
dentro do patrimônio líquido; e e a liquidez dos ativos; a função dos ativos dentro da entidade; e
os valores, a natureza e época dos passivos.
r)! Capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis a
proprietários da entidade controladora. Destaca-se também que essa demonstração aqui no Brasil é tradi-
cionalmente e juridicamente conhecida por Balanço Patrimonial.
Nota-se que as contas são listadas em uma ordem não usual aqui
Porém, o IASB decidiu, em 2007, alterar o nome do Balanço Patri-
no Brasil (essa ordem – crescente de liquidez – é mais comum em
monial para Demonstração da Posição Financeira pois argumenta
países da Europa), porém, como já foi citado, a norma não prescre-
que o novo nome reflete de forma mais apropriada o objetivo da
ve ordem ou formato das contas, por isso, o fato de a listagem de
demonstração. De qualquer modo, o IASB não veda a utilização
contas começar por imobilizado não impede que, no Brasil, faça-
da nomenclatura antiga, e por isso, aqui no Brasil, a Demonstra-
mos o Balanço Patrimonial iniciando com a conta caixa, com o imo-
ção da Posição Financeira continua e continuará sendo denomina-
bilizado sendo uma das últimas contas, ou seja, adotamos uma or-
da de Balanço Patrimonial."
dem decrescente de liquidez para a apresentação das contas do
Balanço Patrimonial.
15
ção for aplicável, todos os ativos e passivos deverão ser apresen-
tados em ordem de liquidez. Esse tipo de prática é bastante co-
mum em demonstrações de instituições financeiras, em que a liqu -
dez dos ativos e passivos é uma informação bastante relevante
para a análise desse tipo de entidade.
Segundo a norma, ativos circulantes e não circulantes e passivos a)! Esperar realizar o ativo, ou pretende vendê-lo ou consumi-lo,
circulantes e não circulantes serão apresentados como classific - em seu ciclo operacional normal;
ções separadas na demonstração da posição financeira, exceto
b)! Detiver o ativo basicamente para fins de comercialização
quando uma apresentação baseada em liquidez fornecer informa-
ções que sejam mais confiáveis e relevantes. Quando essa exc -
16
c)! Esperar realizar o ativo dentro de doze meses após o perío- Informações a serem apresentadas na demonstração da posição
do de relatório; financeira ou nas notas explicativas
Segundo a IAS 1, serão divulgadas na demonstração da posição
d)! O ativo constituir caixa ou equivalentes de caixa (conforme
financeira ou nas notas explicativas outras subclassificações das
definido no IAS 7), exceto se o ativo estiver restrito para ser
rubricas apresentadas, classificadas de forma apropriada às opera-
trocado ou usado para liquidar um passivo por, no mínimo,
ções da entidade
doze meses após o período de relatório.
Os seguintes itens deverão ser divulgados seja na demonstração
Os demais ativos serão classificados como não circulantes
da posição financeira ou demonstração das mutações do patrimô-
Passivo circulante nio liquido ou, ainda, nas notas explicativas:
Considerando a norma, a entidade classificará um passivo como
a)! Para cada classe de capital acionário: o número de ações
circulante quando:
autorizadas; o número de ações emitidas e totalmente in-
a) Esperar liquidar o passivo em seu ciclo operacional normal;
tegralizadas, e emitidas, porém não totalmente integraliza-
b) Detiver o passivo basicamente para fins de comercialização das; valor nominal por ação, ou que as ações não tem va-
lor nominal; uma conciliação do número de ações em cir-
c) O passivo tiver liquidação prevista dentro de doze meses
culação no início e no final do período; os direitos, prefe-
após o período de relatório;
rências e restrições inerentes a essa classe, incluindo res-
d) Não tiver o direito incondicional de diferir a liquidação do trições sobre a distribuição de dividendos e a restituição
passivo por, no mínimo, doze meses após o período de rela- do capital; ações na entidade mantidas pela entidade ou
tório. Os termos de um passivo que, por opção da contrapar- por suas subsidiárias ou coligadas; ações reservadas
te, puderem resultar em sua liquidação mediante a emissão para emissão em opções e contratos para a venda de
de instrumento de patrimônio não devem afetar sua classific - ações, incluindo os prazos e valores;
ção.
b)! Uma descrição da natureza e finalidade de cada reserva
Os demais passivos serão classificados como não circulantes dentro do patrimônio líquido.
17
Se uma entidade tiver reclassificado um instrumento financeir
com opção de venda classificado como um instrumento de patrim - Teste seu conhecimento
Tempo estimado: 12 minutos
nio ou um instrumento que impõe uma obrigação de entregar a ou-
Quiz 2: Clique aqui para realizar a
tra parte uma parcela pro rata dos ativos líquidos de entidade ape-
atividade proposta no ambiente
nas por ocasião de sua liquidação e que é classificado como um
de aprendizagem.
instrumento de patrimônio entre passivos financeiros e patrimônio
líquido, ela divulgará o valor reclassificado para/de cada categoria
(passivos financeiros ou patrimônio líquido) e a época e o motivo
3.2 Demonstração do resultado do exercício (DRE) e demonstração
dessa reclassificação.
do resultado abrangente (DRA)
A ULA V IRTUAL 5 sentada e tem consequências legais, como por exemplo, a apre-
18
sentação do resultado que é base para a distribuição de dividen-
dos.
a)! Receita;
lência patrimonial;
c-2) se um ativo financeiro for reclassificado de modo e)! Um único valor compreendendo o total de:
que seja mensurado pelo valor justo, qualquer resulta-
e-1) resultado após tributos das operações descontinu-
do decorrente de uma diferença entre o valor contábil
adas e
anterior e seu valor justo na data de reclassificação
(IFRS 9); e-2) resultado após tributos reconhecidos na mensura-
ção ao valor justo menos despesas de venda ou na ali-
d)! Despesa com tributos sobre o lucro;
19
enação dos ativos ou grupos de alienação que constitu- traordinários. Em função dessa vedação, a legislação societária no
em a operação descontinuada; Brasil foi alterada e eliminou a classificação de resultados não op -
racionais, porém, nada impede que, caso sejam relevantes, tais
f)! Resultado líquido do exercício;
resultados sejam apresentados em linha separada, contanto que
g)! Cada componente de outros resultados abrangentes não sejam denominados de “não operacionais” ou mesmo “extraor-
classificados por natureza dinários”.
dos pelo método de equivalência patrimonial; e Todos os itens de receitas e despesas de um período serão reco-
nhecidos em resultado do período, exceto se uma IFRS exigir ou
i)! Resultado abrangente total.
permitir outro método.
De acordo com a norma, os seguintes itens deverão ser divulga- Outros resultados abrangentes do período
dos na demonstração do resultado abrangente como alocações do O valor do efeito tributário relacionado a cada componente de ou-
período: tros resultados abrangentes, incluindo ajustes de reclassificação,
a)! Resultados do período atribuíveis a participações de acionis- deverá ser divulgado na demonstração do resultado abrangente
tas não controladores e proprietários da controladora; ou nas notas explicativas.
Poderão ser apresentados componentes de outros resultados
b)! Resultado abrangente total do período atribuível a participa-
abrangentes: líquidos dos respectivos efeitos tributários ou antes
ções de acionistas não controladores e proprietários da con-
dos respectivos efeitos tributários com um valor demonstrado para
troladora.
o valor total do efeito tributário relacionado a esses componentes.
Deverão ser divulgados os ajustes de reclassificação relacionados
Além disso, a entidade não deve apresentar na DRE, na DRA e aos componentes de outros resultados abrangentes.
em notas explicativas rubricas ou itens de resultado como itens ex-
20
Informações a serem apresentadas na demonstração do resultado
De acordo com as Definições da IAS 1: “os componentes dos outros
resultados abrangentes incluem: ou nas notas explicativas
De acordo com a IAS 1, para itens de receitas ou despesas rele-
(a) mudanças no superávit de reavaliação (vide IAS 16 – Imobilizado e
IAS 38 – Ativos Intangíveis); vantes deverão ser separadamente divulgados natureza e valor.
As circunstâncias que originariam essa divulgação separada inclu-
(b) ganhos e perdas atuariais em planos de benefício definido reconh -
em:
cidos de acordo com parágrafo 93A da IAS 19 – Benefícios a Emprega-
dos; a)! Reduções dos estoques ao seu valor líquido realizável ou do
imobilizado ao seu valor recuperável, bem como reversões
(c) ganhos e perdas decorrentes da conversão de demonstrações fina -
dessas reduções;
ceiras de operações no exterior (vide IAS 21 – Os Efeitos das Mudan-
ças nas Taxas de Câmbio); b)! Reestruturações das atividades de uma entidade e rever-
(d) ganhos e perdas resultantes de investimentos em instrumentos de sões de quaisquer provisões para os custos de reestrutura-
patrimônio mensurados ao valor justo por meio de outros resultados ção;
abrangentes de acordo com o parágrafo 5.7.5 da IFRS 9 Instrumentos
Financeiros; c)! Alienação de itens do imobilizado;
(e) a parcela efetiva de ganhos e perdas de instrumentos de cobertura d)! Alienação de investimentos;
em uma cobertura de fluxo de caixa (vide IAS 39 – Instrumentos Fina -
ceiros: Reconhecimento e Mensuração); e e)! Operações descontinuadas;
(f) para passivos específicos designados como ao valor justo por meio f)! Resoluções de litígios;
do resultado, o valor da mudança no valor justo que é atribuível a mu-
g)! Outras reversões de provisões.
danças no risco de crédito do passivo (vide parágrafo 5.7.7 da IFRS 9)”
Deverá ser apresentada análise das despesas reconhecidas no
resultado do exercício utilizando uma classificação baseada em
sua natureza ou função, a que fornecer informações que sejam
mais confiáveis ou relevantes. No caso da classificação das despe-
21
sas por função, deverão ser divulgadas informações adicionais so-
bre a natureza das despesas, incluindo a despesa de depreciação
e amortização e despesas de benefícios aos empregados.
Essa escolha deverá estar embasada em fatores históricos e in-
dustriais, de acordo com a natureza da entidade. A norma esclare-
ce que ambos os métodos fornecem uma indicação dos custos
que podem variar, direta ou indiretamente, com o nível de vendas
ou produção e como cada um dos métodos de apresentação pode
atender melhor a um tipo de entidade, cabe à administração esco-
lher aquele que for mais confiável e relevante
No Brasil, o CPC 26 destaca que a entidade deve obedecer as de-
terminações legais. Isso significa que, além das previsões da no -
ma contábil, a Lei das Sociedades por Ações deve ser seguida.
A ULA V IRTUAL 6
Neste caso, a Lei define a apresentação da DRE por função, o
que, naturalmente, faz com que as entidades brasileiras que ado-
tam as IFRSs façam a escolha do modelo de apresentação por fun-
3.3" Demonstração das mutações do patrimônio líquido
ção.
22
c)! Para cada componente do patrimônio líquido, uma concilia-
ção entre o valor contábil no início e no final do período, di-
vulgando separadamente as mudanças resultantes de: resul-
tado do exercício; outros resultados abrangentes; transações
com proprietários, apresentando separadamente as contribui-
ções feitas pelos proprietários e distribuições aos proprietári-
os e mudanças nas participações societárias em subsidiárias
que não resultam em perda do controle.
23
plo, a integralização de capital e a distribuição de dividendos e dos
custos de transação relacionados diretamente a essas transações.
24
3.5 Notas Explicativas
Estrutura
Segundo a norma, as notas explicativas devem:
a)! Apresentar informações sobre a base de preparação das
demonstrações financeiras e as políticas contábeis especif -
cas;
26
Fontes de incerteza na estimativa
“Uma entidade divulgará informações sobre as premissas que fizer s -
A mensuração de alguns ativos e passivos exige que sejam realiza- bre o futuro e outras fontes importantes de incerteza na estimativa no
das estimativas dos efeitos de eventos futuros incertos sobre es- final do período de relatório, que possuam um risco significativo de -
sultar em um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passi-
ses ativos e passivos que envolvem premissas e outras fontes de
vos dentro do próximo exercício financeiro. Em relação a esses ativos e
incerteza. As estimativas cujos julgamentos por parte da adminis-
passivos, as notas explicativas incluirão detalhes de: "
tração são os mais difíceis, subjetivos ou complexos, devem ser a) sua natureza; e "
tratados de acordo com o parágrafo 125 da IAS 1 (e CPC 26 b) seu valor contábil no final do período de relatório.
27
Instrumentos financeiros com opção de venda classificados como
patrimônio líquido
De acordo com a IAS 1, para estes instrumentos, uma entidade
divulgará (se não houve divulgação anterior):
a)! Dados quantitativos resumidos sobre o valor classificado
como patrimônio líquido;
Outras divulgações
Conforme a IAS 1, uma entidade divulgará nas notas explicativas: b)! O valor de quaisquer dividendos preferenciais acumulados
demonstrações financeiras sejam autorizadas para emissão, Ainda, de acordo com a norma, caso a entidade não tenha divulga-
porém não reconhecidos com uma distribuição aos proprietá- do em nenhum outro lugar as informações publicadas com as de-
rios, e o correspondente valor por ação; monstrações financeiras, deverá divulgar: o domicílio e a natureza
28
jurídica da entidade, seu país de constituição e o endereço de sua 4. Diferenças entre a IAS 1 e o CPC 26 (R1)
sede registrada; uma descrição da natureza das operações da enti-
dade e suas principais atividades; o nome da controladora e a con- Embora o CPC 26 seja uma tradução quase literal da IAS 1, po-
troladora final do grupo; e se tratar de uma entidade por prazo d - dem ser observadas algumas diferenças entre as duas normas de-
terminado, informações sobre o prazo de duração. correntes fundamentalmente de imposições legais no Brasil. Algu-
mas dessas diferenças foram destacadas ao longo do texto. Abai-
29
IAS 1
Demonstração da Posição Financeira
Permite a utilização de nomes diferentes nos títulos das peças das demonstrações
financeiras
30
CPC 26
Balanço Patrimonial
32
Bibliografia Recomendada
Arquivos de Impressão
xxxiii