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A Tomada de Decisão Na Segurança para Grandes Eventos

O documento apresenta os anais do VIII Encontro sobre Ciência, Tecnologia e Gestão da Informação, realizado em 2018, organizado por Sílvio Luiz de Paula e Nadi Helena Presser. O evento incluiu palestras, mesas redondas e a apresentação de trabalhos acadêmicos, abordando temas como gestão da informação, inovação e tecnologia. O documento também destaca as contribuições de diversos pesquisadores e a programação do evento, que ocorreu de 26 a 29 de novembro de 2018.

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Lucas Guimaraes
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A Tomada de Decisão Na Segurança para Grandes Eventos

O documento apresenta os anais do VIII Encontro sobre Ciência, Tecnologia e Gestão da Informação, realizado em 2018, organizado por Sílvio Luiz de Paula e Nadi Helena Presser. O evento incluiu palestras, mesas redondas e a apresentação de trabalhos acadêmicos, abordando temas como gestão da informação, inovação e tecnologia. O documento também destaca as contribuições de diversos pesquisadores e a programação do evento, que ocorreu de 26 a 29 de novembro de 2018.

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Editora Nectar

VIII ENCONTRO SOBRE


CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
ISBN: 978-85-60323-57-9
2018

ESTUDOS SOBRE
TECNOLOGIA, CIÊNCIA E
GESTÃO DA
INFORMAÇÃO
ANAIS

Organizadores:
Sílvio Luiz de Paula
Nadi Helena Presser
A532 Anais do VIII ENEGI: Indústria da Informação: Tecnologia e
Inovação no Século XXI [recurso eletrônico] / organizadores:
Sílvio Luiz de Paula, Nadi Helena Presser. – Recife: Ed.
Néctar, 2019.

ISBN: 978-85-60323-62-3 (e-book)

1. Ciência da Informação 2. Gestão da Informação 3.


Tecnologia e inovação 4. I. Paula, Sílvio Luiz de. (Org.). II.
Presser, Nadi Helena (Org.).

020 CDD (23.ed.)


Organização
Sílvio Luiz de Paula
Nadi Helena Presser

Realização
InFoco Consultoria Júnior do Curso de Gestão da Informação da UFPE

Comitê Científico
André Felipe de Albuquerque Fell
Antônio de Souza Silva Júnior
Célio Andrade de Santana Júnior
Márcia Ivo Braz
Májory Karoline Fernandes de Oliveira Miranda
Nadi Helena Presser
Sílvio Luiz de Paula

Pareceristas
Adriana Buarque De Holanda
Alexander Willian Azevedo
Amanda Maria De Almeida Nunes
Anderson Diego Farias Da Silva
André Philippi Gonzaga De Albuquerque
Aramis Macêdo Leite Júnior
Bianca Gabriely Ferreira Silva
Bruno Machado Trajano
Camila Oliveira De Almeida Lima
Daniel Mariano Gomes Filho
Denise Braga Sampaio
Denysson Axel Ribeiro Mota
Elanna Beatriz Américo Ferreira
Elinildo Marinho De Lima
Elizângela Fernandes Dos Santos
Felipe Gabriel Gomes De Medeiros
Felipe Mozart De Santana Nascimento
Georgia Ramine Silva De Lira
Gilvanedja Ferreira Mendes Da Silva
Guilherme Alves De Santana
Ismael Rodrigues Dos Santos
João Henriques De Sousa Júnior
João Paulo Moraes De Andrade
Jorge Luís De Araujo Rossiter
José Jonas Alves Correia
Juliana Cardoso Dos Santos
Kézia De Lira Feitosa
Leticia Gorri Molina
Makson De Jesus Reis
Marcela Lino Da Silva
Márcio Henrique Wanderley Ferreira
Maria Falcão Soares Da Cunha
Naia Antunis De Rezende
Nathalia Barbosa Alves
Paula Wivianne Quirino Dos Santos
Raimunda Fernanda Dos Santos
Raimunda Ramos Marinho
Raíssa Corrêa De Carvalho
Roseane Souza De Mendonça
Rúbia Wanessa Dos Reis Cruz
Sonia Aguiar Cruz-Riascos
Stphanie Sá Leitão Grimaldi
Tania Regina De Brito
Vinicius Cabral Accioly Bezerra

Integrantes da Infoco
Gleice Helena da Silva - Diretora Presidente

Aline Santana do Nascimento Pereira - Diretor Administrativo Financeiro


Roberta Barbosa de Souza - Diretora de Recurso Humanos
Maria Eduarda Ramos Pereira - No cargo de Diretora de Marketing
Myllena Laís de Melo Silva - Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento
Thiago Henrique da Silva Brito - Diretor de Comunicação
Cynthia Patrícia de Oliveira - Diretora de TI

Daniel Máximo Santiago - Analista Financeiro


Ana Terra Meneses Lourenço da Silva Araújo - Analista Administrativo
Henrique Dornelas De Paula Machado - Analista de Recursos Humanos
Mateus Candido dos Santos - Analista de Marketing
Matheus Paiva Bacalhau - Analista de Pesquisa e Desenvolvimento
Juliana Torres do Nascimento - Analista Comunicação
Thomas Dias Ribeiro da Silva - Analista de TI
Programação do Evento
26/nov/2018
Abertura
• Coral: Coral Popular do IFPE
• Infoco Consultoria Júnior
• Departamento de Ciência da Informação
• Coordenação do Curso de Gestão da Informação
Palestras:
• Profo. Sérgio Aguiar e Profa. Solange Coutinho (Positiva Diretoria de Inovação da UFPE)
Tema: Perspectivas de empreendedorismo e Inovação na UFPE
• Sr. Guilherme Calheiros (Porto Digital)
Tema: Porto Digital: ecossistema de inovação do Recife e oportunidades para o profissional da informação
• Prof. Sérgio Cavalcante (Grupo Cornélio Brennand)
Tema: Construindo o futuro agora!
Mediação: Profa. Nadi Helena Presser (UFPE)
27/nov/2018
Atração cultural: Deyverson Barbosa Santana
Business Case
• ACCENTURE (Sra. Fernanda Maranhão e Sr. Richard Lopez)
Case: Client Data Protection (CDP)
• Kurier Tecnologia (Sr. Salvatore Bruno)
Case: Advocacia 4.0: O impacto dos dados no mundo jurídico
Mediação: Profa. Sônia Cruz- Riascos (UFPE)
Palestra
• Prof. Carlos Alberto Ávila (UFMG)
Tema: Práticas informacionais e Cultura informacional
Mediação: Prof. Edvânio Duarte (UFAL)
28/nov/2018
iLabs (roda de conversa)
• Laboratório Agadê
• Laboratório Líber
Exposição de banners
• Tema: ExpoRoi: A representação da informação em foco
Profa.: Márcia Ivo Braz (UFPE)
Apresentação dos trabalhos (GTS)
• GT 1: Organização, representação, produção, uso da informação e do conhecimento
• GT 2: Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações
• GT 3: Políticas da informação qualificação e atuação profissional
• GT 4: Tecnologia da informação e comunicação
• GT 5: Informação, memória e patrimônio
29/nov/2018
II Seminário do Observatório de Cultura de Pernambuco
• Tema: A Economia Colaborativa na Economia Criativa
Mediação: Profa. Celly de Brito (UFPE)
Grupo de Metal
Palestra:
• Prof. Fernando César Lima Leite (UNB)
Tema: Comunicação da Informação, Gestão da Informação e Gestão do Conhecimento
Mediação: Profa.: Marcia Ivo Braz
Mesa redonda: Tema: Indústria 4.0
• Sr. André Ramiro (Ip Rec)
• Prof. Rodrigo Assad (Usto.Re)
Mediação: Prof. Célio Santana (UFPE)
Encerramento
• Prof. Sílvio Luiz de Paula (UFPE)
Trabalhos da exposição de banners ExpoROI: A representação da informação em foco

TAXOMOBI: taxonomia de Mobilidade Urbana para Universidade Federal de Pernambuco


Emanuelly Vilela Lopes de Vasconcelos
Joao Victor Queiroz Silva
Jose Diogo Davi da Silva
Vinicius Francisco Rodrigues da Silva

Projeto Anti Pedofilia


Ivan de Almeida Menezes
Izabel Sizina Sena da Silva
Marco Julio Goveia Cavalcanti Raposo

Taxonomia do Mercado de Consoles


Carlos Henrique das Gracas Soares de Melo
Itapoã Fortunato da Silva
Paulo Henrique Cavalcanti Belaine

Elaboração de uma taxonomia navegacional para construção do site da NELGRAF


Caio Victor Araujo Campos
Evandson da Silva Alves
Juan Pabllo Goncalves de Andrade
Pedro Henrique Albertim da Hora

Taxonomia do Ambiente Web do Departamento de Ciência da Informação da UFPE


Audry Rose Mattos Ávalos Ibragimova
Luan Pedro Teixeira de Araújo

Uma proposta de taxonomia na CBTU/STU-REC/PE


Getulio Valdemir Batista
Mariangela da Silva Simoes
Michelle Celina Silva do Nascimento

Aplicação da Taxonomia no Gerenciamento de Informações no estoque de uma sapataria


Caio Henrique Praxedes Silva de Alcântara
Maria Gabriela Barbosa da Silva
Rafael Felipe da Silva

Uma proposta de classificação para plataformas de jogos digitais


Jailton Assis Carneiro
Rubem Jose Barbosa Damasceno Neto
Vitor Heitor de Paiva

Implementação da taxonomia no SMP-UFPE


Clayton Gonzaga de Freitas
Ellton Rodrigues de Lima

Taxonomia do Repositório do Escritório de Processos da Universidade Federal de Pernambuco


Carlos Alberto da Silva Machado Junior
Lucas Rangel Viegas

Taxonomia de atividades operacionais de recrutamento e seleção


Amanda Frassinetti da Costa Oliveira
Cleide Silvana da Silva
Melhor Trabalho de cada GT Indicado a Fast Track para a Revista Gestão.Org

GT 1 - Organização, representação, produção, uso da informação e do conhecimento


Líder: Márcia Ivo Braz
Artigo: Proposta De Taxonomia Para Atividades No Desenvolvilmento Da Informação
Josceline Lira
Márcia Ivo Braz
Bruno Tenório Ávila

GT 2 - Gestão da informação e do conhecimento nas organizações


Líder: André Felipe de Albuquerque Fell
Artigo: Influência do Clima Organizacional para o Compartilhamento de Conhecimento Tácito no
Desenvolvimento de Software
Leonardo Pereira Pinheiro de Souza
Cássia Regina Bassan de Moraes

GT 3 – Políticas de informação, qualificação e atuação profissional


Líder: Antonio de Souza Silva Júnior
Artigo: Biblioteca Da Escola De Música Da UFRN: Um Estudo Sobre Acessibilidade
Letícia Cruz Vieira
Mônica Araujo Andrade
Paula Regina Souto Soares

GT 4 – Tecnologia da informação e comunicação


Líder: Célio Andrade de Santana Júnior
Artigo: Proposta De Modelo De Criação De Personagens D&d usando BPM
Lucas de Oliveira Lopes
Kátia Kelvis Cassiano
Douglas Farias Cordeiro

GT 5 – Informação, memória e patrimônio


Líder: Májory Karoline Fernandes de Oliveira Miranda
Artigo: As Memórias Cíbridas No Instagram
Stphanie Sá Leitão Grimaldi
Maria Nilza Rosa
José Mauro Matheus Loureiro
Patrocinador

Apoio
Sumário

APRESENTAÇÃO
GT 1 - ORGANIZAÇÃO, REPRESENTAÇÃO, PRODUÇÃO E USO DA INFORMAÇÃO E DO
CONHECIMENTO

Proposta de Taxonomia para Atividades de Estágio em Gestão da Informação 11


Processos para Organização da Informação: um estudo de caso do repositório institucional do 23
Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP)
As Relações Étnico-Raciais Na Organização Do Conhecimento: Análises No Sistema De 35
Classificação Decimal De Dewey
Relações Científicas entre Big Data e Estudos Métricos da Informação 49
Modelo Básico de Indicadores para Ciência e Tecnologia Aplicados no Repositório Institucional 61
da Universidade Federal de Sergipe
Biblioteca Digital de Monografia e Repositório Institucional da UFRN: A Importância para o 67
Meio Científico
Características da Produção Científica Acerca do Tema Inteligência Competitiva: Uma Análise 76
Bibliométrica
Considerações Sobre a Importância da Organização da Informação para o Processo de Tomada de 91
Decisão em Micro e Pequenas Empresas
Representação Metodológica: Métodos Utilizados nos Trabalhos dos Programas de Pós- 102
Graduação em Ciência da Informação do Nordeste
Paçonomia: Uma Taxonomia para o Acervo do Museu Paço do Frevo 115

GT 2 - GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES

Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento como Suporte Informacional Competitivo: 120


Estudo das Startups Aracajuana
Influência do clima organizacional para o compartilhamento de conhecimento tácito no 131
desenvolvimento de software
A Gestão Do Conhecimento Sob A Perspectiva Do Materialismo Histórico 144
Gestão Da Informação Em Organizações Criminosas: Caso Da Máfia Japonesa Yakuza 156
Gestão Da Informação Em Biblioteca Universitária: Inclusão De Pessoas Com Deficiência Visual 168
O Papel Do Consultor De Projetos Na Implementação Da Estratégia: Uma Reflexão Crítica. 179
Gecopu: À Gestão Do Conhecimento Nas Organizações Públicas De Ensino 192
A Tomada De Decisão Na Segurança Para Grandes Eventos 195
Organizando E Quantificando O Acervo Sonoro Da Rádio Universitária Da Universidade Federal 208
Do Rio Grande Do Norte: Um Estudo Bibliométrico
Relações Disciplinares Da Ciência Da Informação No Âmbito Da Gestão Da Informação 216
Um Estudo De Caso Sobre O Uso Da Gestão Do Conhecimento No Arquivo Central Da 226
Companhia Brasileira De Trens Urbanos (CBTU)

GT 3 - POLÍTICA DE INFORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E ATUAÇÃO


PROFISSIONAL

Biblioteca Da Escola De Música Da UFRN: Um Estudo Sobre Acessibilidade 241

GT 4 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Desinformação E A Sua Manifestação Na Internet: Uma Visão Geral. 251


Proposta De Modelo De Criação De Personagens D&D Usando BPM 264
Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis Para Preservação De Acervos Permanentes 274
Repositórios Eletrônicos Para Dados De Pesquisa: Investigando Sua Adoção Nas Instituições 282
Brasileiras De Ensino Superior
O Caos Da Informação Arquivística: O Uso Das Ferramentas Do Business Inteligence (Bi) Como 290
Proposta De Organização Em Ambiente Empresarial
GT 5 - INFORMAÇÃO, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO
Gestão Da Informação De Memórias Institucionais: O Projeto “Museologia Na UFRGS: 299
Trajetórias E Memórias”
As Memórias Cíbridas no Instagram 305
Percepção dos Aspectos Realistas do Cinema: O Caso do Filme “Aquarius” e suas Implicações 316
Políticas acerca da Preservação e da Manutenção da Memória
Museu Do Brinquedo Popular: Uma Proposta De Plano De Marketing 328
Por Que Falar De Censura Na Ciência Da Informação? 342
As Redes Colaborativas Na Preservação Digital 349
Memória E Patrimônio Cultural Digital: Desafios Contemporâneos 356
Curadoria Digital: Relatório Sobre O Acervo Do Fotógrafo Fidanza 367

Legenda:

Trabalhos premiados
VIII ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE TECNOLOGIA, CIÊNCIA E GESTÃO DA INFORMAÇÃO
MODALIDADE DA APRESENTAÇÃO: TRABALHO COMPLETO

Melquisedeque Cerqueira dos Anjos


Mestrando em Ciência da Informação pelo Instituto de Ciência da Informação (UFBA)
[email protected]

Lidia Maria Batista Brandao Toutain


Professora Associada IV do Instituto de Ciência da Informação (UFBA)
[email protected]

A TOMADA DE DECISÃO NA SEGURANÇA PARA GRANDES EVENTOS

RESUMO: A realização de grandes eventos no Brasil sempre despertou a atenção dos órgãos encarregados em
prover a segurança pública, dado o seu caráter dinâmico e abrangente. Nesse sentido, como parte de uma
pesquisa de mestrado, em andamento, este trabalho teve por objetivo avaliar como a gestão da informação no
contexto das operações de segurança pública favorece o processo de tomada de decisão quando da realização
de grandes eventos. Para tanto, foi utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica para, por meio de
discussão teórica, apoiar as inferências no que se refere ao tema em estudo. Obteve-se como resultado a
indicação de que informação com qualidade se constitui em uma métrica fundamental e extremamente
necessária para as organizações na atualidade havendo, portanto, a necessidade da adequada gestão da
informação a fim de fornecer ao escalão estratégico informações de valor para tomadas de decisões nas
operações de segurança pública em grandes eventos.
Palavras-Chave: Grandes Eventos; Segurança Pública; Gestão da Informação; Tomada de Decisão.

Abstract: The realization of major events in Brazil always aroused the attention of the responsible bodies to
provide public security, given your dynamic and comprehensive character. In this sense, as part of a Masters
research in progress, this study aimed to evaluate how the management of information in the context of the
operations of public security promotes the decision-making process when conducting large events. It was used
as a methodology to bibliographical research for, through theoretical discussion, support the inferences with
regard to the topic under study. It was obtained as a result indicating that information with quality constitutes a
fundamental metric and extremely necessary for organizations currently going on, therefore, the need for
adequate information management in order to provide the step value information for strategic decision making
in public security operations in major events.
Keywords: Major Events; Public Security; Information management; Decision-making.

1 INTRODUÇÃO
O Brasil é reconhecido, mundialmente, pelo seu potencial econômico, turístico,
diversidade cultural e riquezas naturais, e sempre foi palco de realização de grandes eventos,
sendo os mais recentes, de repercussão global, a Jornada Mundial da Juventude 2013, a Copa
das Confederações Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) Brasil 2013, a Copa
do Mundo FIFA Brasil 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016.
As forças de segurança pública necessitam estar preparadas para prevenir e responder
a qualquer tipo de incidente e ameaça que possam afetar a segurança durante a realização de
grandes eventos. As estratégias adotadas devem buscar englobar, necessariamente, a
integração não somente das instituições policiais, mas, sobretudo de outras instituições
públicas ou privadas ainda que não desempenhem, diretamente ou indiretamente, atividades
relacionadas com as de segurança pública (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2012).
Nesse contexto, a atividade de Comando e Controle é utilizada pelas forças de
segurança pública como modelo de gestão nos grandes eventos, por proporcionar a
concentração e articulação de esforços, no sentido de promover a integração, a organização
e a interoperabilidade de recursos humanos e materiais, das estruturas organizacionais e
direcionar a aplicação de fundos públicos com razoabilidade, eficiência e eficácia, visando à
obtenção de um ambiente pacífico e seguro, quando da ocorrência de grandes eventos
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2012; MINISTÉRIO DA DEFESA, 2014).
O termo Comando e Controle pode também ser institucionalmente definido como o
conjunto de recursos humanos e materiais que, juntamente com determinados
procedimentos, permitem comandar, controlar, estabelecer comunicações entre as forças
integrantes de uma operação, além de obter informações sobre a evolução da situação e das
ações desencadeadas (MINISTÉRIO DA DEFESA, 2014).
A eficiência da atividade de Comando e Controle depende, essencialmente, da
qualidade da informação. Nenhum processo de Comando e Controle, por mais elaborado e
complexo que seja, pode produzir resultados desejados se é municiado com dados falsos ou
imprecisos. Para ser usada de modo eficaz, a informação deve, além de estar disponível, ser
confiável (ou ter o seu grau de incerteza claramente definido) e ser oportuna, sendo assim,
pertinente para a tomada de decisão (VIVEIROS, 2007).
Diante do cenário apresentado, o presente trabalho objetivou estudar a importância
da gestão da informação para o processo de tomada de decisão nas operações de segurança
pública em grandes eventos.
A metodologia utilizada para esta pesquisa está constituída em revisão de literatura
por meio de livros e artigos científicos que subsidiaram a construção da fundamentação
teórica.

2 METODOLOGIA
A opção metodológica adotada neste trabalho foi essencialmente bibliográfica, a partir
de uma revisão teórica que contemplou os temas em análise. A pesquisa bibliográfica é
realizada a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas, como
livros, artigos científicos, páginas de internet, e outros (FONSECA, 2002).
De acordo com Fachin (2003) a pesquisa bibliográfica permite observar as discussões
sobre o tema escolhido, sendo possível propor outros desdobramentos relevantes que
contribuam para o avanço das pesquisas. Além disso, o presente trabalho também possui
característica descritiva, na medida em que aborda, do ponto de vista da literatura, a
importância da gestão da informação para obtenção de informação de qualidade quando das
tomadas de decisões no ambiente das operações de segurança pública em grandes eventos.
A pesquisa descritiva “proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua
formação, orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar
investigações, realizar experiências e interpretar os resultados” (FACHIN, 2003, p. 27).
Assim sendo, expostas as questões metodológicas, seguem os resultados provenientes
da coleta, com as discussões pertinentes no que se refere ao tema em estudo e sua
apresentação, com as inferências construídas.

3 RESULTADOS: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO


O fenômeno da informação e suas implicações nos diversos contextos sociais vêm se
desenvolvendo no ritmo do avanço tecnológico, influenciando incisivamente a maneira como
as organizações atuam.
A partir da pesquisa realizada, foi possível discutir a maneira como a gestão da
informação assume um papel fundamental nas operações de segurança pública em grandes
eventos quando propicia o fornecimento ao escalão decisório, informações que contribuem
para o processo de tomada de decisão.

3.1 OPERAÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA EM GRANDES EVENTOS


Segundo o Ministério da Justiça (2014, p. 31), “historicamente, há registro de vários
incidentes de segurança em grandes eventos que resultaram em vítimas fatais e não fatais,
especialmente, em eventos esportivos”. Portanto, em razão de sua complexidade, os grandes
eventos demandam uma resposta extraordinária e não convencional das forças de segurança
pública (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2012).
Assim, dada a crescente vulnerabilidade dos grandes eventos, maior do que as já
significativas ameaças do dia-a-dia, o planejamento das operações de segurança pública deve
ser mais avançado (UNITED NATIONS INTERREGIONAL CRIME AND JUSTICE RESEARCH
INSTITUTE, 2006).
Dada a ausência de uma definição universalmente aceita sobre grandes eventos, o
United Nations Interregional Crime and Justice Research Institute (2006) recorreu à
assistência de peritos e participantes internacionais da Coordinating Research Programmes on
Security during Major Events in Europe. Para explorar o conceito, os representantes dos países
participantes disponibilizaram um conjunto de informações detalhadas sobre medidas de
segurança, que conceberam e implementaram quando da organização de grandes eventos
passados.
Assim, considerando o estudo dos peritos participantes da Coordinating Research
Programmes on Security during Major Events in Europe, um grande evento pode ser definido
como um evento previsível que deve ter, pelo menos, uma das características indicadas no
Quadro 1.

Quadro 1: Características de um grande evento


Significado Histórico, político, cultural, ou popular.
Tamanho Grande alcance e abrangência.
Duração Várias horas ou vários dias.
Grande número de organizadores, espectadores, atletas,
Participantes celebridades, dignitários, chefes de estado, turistas, e/ou
possível grupo alvo.
Nível de importância Pessoas famosas e/ou muito importantes com atenção
dos participantes especial da segurança.
Participação Especialmente nas áreas de infraestrutura, saúde, e
do governo segurança.
Gera muita preocupação e requer nível elevado de
Segurança do evento
proteção e segurança.
Incidentes graves Resultam em impacto político e comprometem a imagem
de segurança do país.
Cobertura da mídia e
Repercussão regional, nacional ou internacional.
visibilidade do evento
São alvos de oportunidades para ações criminosas,
Ameaças gerais
terroristas e extremistas.
Ameaças Vulneráveis a eventos da natureza, catástrofes, desastres
ambientais/acidentais e acidentes diversos.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base em
United Nations Interregional Crime and Justice Research Institute (2006)

Portanto, nota-se que para enquadrar um evento como grande evento, não se deve
levar em consideração simplesmente questões quantitativas, mas questões qualitativas
relacionadas à sua natureza ou dinâmica. Tais eventos, a despeito das características do
Quadro 1, geralmente, tendem a ter caráter urbano, podem ser regulares ou não regulares, e
demandam requisitos adicionais de segurança (UNITED NATIONS INTERREGIONAL CRIME AND
JUSTICE RESEARCH INSTITUTE, 2006).
Apesar da origem militar, é possível estabelecer o emprego do termo Comando e
Controle em outras áreas, onde não mais a figura de um comandante militar, mas a de um
gestor que de igual modo também tem a função de coordenar e controlar. Para corroborar a
validade de tal assertiva, Campos (2011) cita o exemplo da obra de Sun Tzu (544 - 496 A.C.),
importante estrategista militar da antiguidade. Em seu livro “A Arte da Guerra”, Sun Tzu relata
manobras estratégicas militares que foram estudadas por autores das mais diversas áreas.
A atividade de Comando e Controle não está limitada apenas aos conflitos militares
armados, mas, sobretudo, desastres, operações, crises e afins, pois tais situações
correspondem a eventos cujas características marcantes são a incerteza, a complexidade e a
ausência de tempo para tomar decisões (UNITED STATES OF AMERICA, 1995).
Nesse sentido, a principal função do Comando e Controle é prover as condições
necessárias para que os objetivos de uma determinada operação sejam devidamente
alcançados, a tempo e com o menor risco possível, o que se dá por intermédio da congregação
de recursos humanos e materiais, gestão das informações e dos esforços dos atores e das
organizações participantes (ALBERTS e HAYES, 2006).
Segundo United States of America (1995), o principal desafio do Comando e Controle
é encontrar o equilíbrio entre a redução da incerteza, que envolve tempo para a coleta e
processamento das informações, e a oportunidade das tomadas de decisões. Em razão disso,
este modelo de gestão guarda plena aplicabilidade nas operações de segurança pública em
grandes eventos, onde as operações são desencadeadas num contexto singularizado pela
incerteza e alta complexidade, havendo necessidade, portanto, do gerenciamento adequado
das informações a fim de superar as adversidades que podem resultar em perdas de vidas
humanas (ALBERTS e HAYES, 2006).
Após a Segunda Guerra Mundial foram consolidados, basicamente, dois conceitos de
comando e planejamento para operações tipicamente militares, a saber: as operações
conjuntas, que ocorrem com a convergência de duas ou mais forças singulares, onde o
planejamento e a execução das ações são realizados por coordenação, sem a existência de um
comando único por uma determinada instituição; e as operações combinadas, onde o
planejamento e a execução das ações, ainda que de modo integrado com outras forças
singulares, são dirigidas por um único comando, servido por um Estado-Maior Combinado
(BITTENCOURT, 2009).
Assim, tanto as operações militares conjuntas quanto as operações militares
combinadas priorizam a integração como catalisadora dos processos existentes. Contudo, as
operações militares conjuntas aproximam-se mais do modelo utilizado nas operações de
segurança pública em grandes eventos, pois, nestas as instituições envolvidas, por não
possuírem vínculo de hierarquia e subordinação entre si, atuam em regime de coordenação
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2013).
O fato das operações de segurança pública em grandes eventos se desencadearem por
coordenação indica que não há sobreposição de uma instituição a outra, o comando não é
único, e sim compartilhado. Neste tipo de operação o estabelecimento do comando ou
liderança é situacional, ou seja, assumirá a condução de determinada situação a instituição
que tem atribuição legal para tal, podendo ser apoiada por outras forças envolvidas, que
disponibilizarão recursos para a solução do problema (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2014).

3.2 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO


As organizações se desenvolvem a partir da aprendizagem organizacional, cujo alicerce
está relacionado à informação. Desse modo, a busca, o uso e a apropriação da informação
assumem um papel extremamente relevante para distintos contextos (CHOO, 2003;
VALENTIM, 2008).
A informação é insumo para qualquer tarefa, seja no âmbito acadêmico, seja no âmbito
empresarial. Os ambientes organizacionais complexos são apoiados por informação e, por
esta razão, destacamos o papel desse insumo para amenizar ou reduzir a incerteza para
tomadas de decisões efetivas (FADEL, 2010).

3.2.1 VALOR DA INFORMAÇÃO


Viveiros (2007) menciona que a informação sempre se constituiu em um elemento
fundamental para que o homem percebesse e interpretasse uma situação e, a partir dela,
gerasse decisões que também seriam transmitidas por meio de informação. O valor que a
informação adquire é representado pelo entendimento comum de que informação é poder
necessitando, portanto, de mecanismos de controle e restrição de acesso.
A informação é originada de um dado coletado do ambiente, que interpretado e
tratado corretamente, torna-se uma informação. Aplicada à cognição, ela se transforma em
conhecimento, sobre o qual é realizado um julgamento para, finalmente, resultar na
compreensão que é exteriorizada com a efetiva tomada de decisão (UNITED STATES OF
AMERICA, 1995).
Atualmente, a quantidade de informações e a velocidade na qual elas tramitam
tiveram um considerável crescimento. Daí surge a necessidade de qualificar a informação para
não sobrecarregar o decisor, desviando-o do ambiente que está em foco, perturbando, dessa
forma, o processo decisório.
Essa enorme quantidade de informação que é produzida conduz, necessariamente, a
uma seletividade para avaliar a sua qualidade. Assim, a fim de que haja um valor considerável
a informação deve ter: precisão, correspondendo à realidade; relevância, sendo aplicável à
missão; oportunidade, compreendida pelo intervalo de tempo entre a disponibilização da
informação e quando poderia ser usada na tomada da decisão; facilidade de uso, cujo
formato, apresentação e legibilidade são facilmente assimilados; suficiência, atendendo às
necessidades do decisor; brevidade, contendo apenas o nível mínimo de detalhe requerido; e
segurança, tendo que ser protegida ao ser encaminhada (MINISTÉRIO DA DEFESA, 2014).
Portanto, o desafio que se apresenta é como alcançar o equilíbrio entre a ação de
canalizar o fluxo de informação para a estrutura decisória estabelecida e os efeitos negativos
de assoberbar o decisor com um excesso de dados a serem interpretados. A informação deve
ser tratada de forma a definir sua prioridade, para que possa ser acessada pela pessoa certa,
no instante apropriado e que seja válida para a compreensão do cenário. Em outras palavras,
a relevância, a tempestividade e a precisão são atributos que possibilitam a obtenção de
informação de qualidade (CEBROWSKI, 2003).
3.2.2 GESTÃO DA INFORMAÇÃO
A informação é considerada componente fundamental da qual dependem os
processos de decisão. Para Silva e Araújo (2014), se por um lado as instituições não funcionam
sem informação, por outro, é importante saber gerir a informação a fim de que a instituição
funcione melhor, isto é, para que se torne mais eficiente.
Assim, quanto mais importante for determinada informação e quanto mais rápido for
o acesso a ela, mais depressa qualquer organização poderá alcançar seus objetivos. Ao
considerar-se que a informação é para a empresa um ativo valioso, necessita e deve ser
gerido, portanto, este se constitui o objetivo principal da gestão da informação (SILVA;
ARAÚJO, 2014).
Assis (2008) considera que um dos objetivos para a implantação da gestão da
informação em uma organização é o de garantir que a informação seja administrada como um
recurso indispensável e valioso, bem como garantir que essa gestão esteja alinhada com os
objetivos e metas da empresa. Assim, a gestão da informação assume significativo papel no
ambiente corporativo.
A gestão da informação é um conjunto de estratégias que visam identificar
as necessidades informacionais, mapear os fluxos formais (conhecimento
explícito) de informação nos diferentes ambientes da organização, assim
como sua coleta, filtragem, análise, organização, armazenagem e
disseminação, objetivando apoiar o desenvolvimento das atividades
cotidianas e a tomada de decisão no ambiente corporativo (VALENTIM, 2002,
p. 78).

Do conceito trazido por Valentim (2002), depreende-se que a melhor maneira de


subsidiar o processo de tomada de decisão é conceber um gerenciamento adequado da
informação. Tal processo depende que as informações sejam revestidas de qualidade para
que, dessa forma, as decisões possam ser bem-sucedidas.
Para Silva e Araújo (2014), a gestão da informação requer o estabelecimento de
processos, etapas sistematizadas, organizadas e estruturadas das quais os fluxos
informacionais são responsáveis.

Fluxos não representam apenas um elemento da organização social: são a


expressão dos processos que dominam nossa vida econômica, política e
simbólica. [...] Por fluxos, entendo as sequências intencionais, repetitivas e
programáveis de intercâmbio e interação entre posições fisicamente
desarticuladas, mantidas por atores sociais nas estruturas econômica,
política e simbólica da sociedade (CASTELLS, 2003, p. 501).

Por sua vez, a informação estratégica ou competitiva é necessária para auxiliar a criar
e manter uma vantagem competitiva, e sendo a informação um recurso estratégico
fundamental ao processo de tomada de decisão, a utilização eficiente deste recurso fornecerá
um forte diferencial, uma vez que a informação permite o conhecimento pelo tomador de
decisão da sua organização, do seu negócio e do ambiente no qual ela está inserida.
Portanto, da necessidade de gerenciar as informações, visando a efetiva tomada de
decisão, surgem os sistemas de informação, que como define O’ Brien (2002, p. 20): “é um
sistema que recebe recursos de dados como entrada e os processa em produtos de
informação como saída”. Tais sistemas pressupõem, então, o uso de tecnologia que devem
ter a capacidade de coletar dados transformando-os em informações com rapidez de forma
precisa, contínua e seletiva, propiciando informação de valor e qualidade, para formar um
quadro preciso do cenário sob foco.

3.2.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


O processo de tomada de decisão está diretamente relacionado o uso de informação,
esta que deve ter qualidade e tempestividade. Contudo, como já asseverado por Valentim
(2002), a forma mais eficaz de produzir informação para a tomada de decisões bem sucedidas
é através de um gerenciamento adequado da informação.
O uso de tecnologias da informação e comunicação, através dos sistemas de
informação que segundo O’ Brien (2002), potencializam a capacidade de transformar dados
em informações, favorece a efetiva tomada de decisão na medida em que disponibiliza
informação de valor e qualidade.
Assim, a implementação de recursos tecnológicos no ambiente de tomada de decisão,
cria uma rede de conexões providas pelas tecnologias da informação e comunicação, que
constituem um espaço que contempla diferentes modalidades comunicativas, chamada por
Corrêa (2009) de ambiência digital.
Nesse ambiente, as trocas comunicacionais são caracterizadas pela multiplicidade e
não linearidade das mensagens, a flexibilização do tempo e a virtualização dos
relacionamentos e intercâmbios. Tais características favorecem o processo de tomada de
decisão, pois, alia ao uso de tecnologias de registro e circulação, com as estruturas e circuitos
pelos quais a informação passa a ser processada, organizada e disseminada (PIERUCCINI,
2007).
O adequado processo de gestão da informação permite formular a informação e
transformá-la em conhecimento, contribuindo assim para o processo de tomada de decisão,
pois, o uso de ferramentas e procedimentos que proporcionam a adequada ordenação,
organização, e difusão da informação oferecem condições para que o decisor tenha uma
melhor consciência situacional.
Desse modo, observa-se que o permanente e acelerado avanço das tecnologias da
informação e comunicação têm modificado significativamente o modo de gerenciar a
informação das mais variadas naturezas. O emprego destes recursos, através dos sistemas de
informação configura-se como uma fonte de inovação e competitividade, além de favorecer
o fluxo informacional no processo de tomada de decisão.
Dessa forma, as tecnologias da informação e comunicação podem ser consideradas
tecnologias aplicadas à geração, processamento, armazenamento e transmissão de
informação em formato digital, interferindo no processo comunicativo e viabilizando a
tomada de decisão.

3.2.4 TOMADA DE DECISÃO EM COMANDO E CONTROLE


A obtenção de informações se constitui no principal elemento da atividade de
Comando e Controle. O fluxo da informação e sua adequada fusão com os outros elementos
dessa atividade, como pode ser visto na Figura 1, propiciam ao comandante o conhecimento
oportuno, possibilitando o uso racional dos recursos disponíveis no lugar e tempo certos,
através de tomadas de decisões efetivas.
Figura 1: Moldura de Comando e Controle

Fonte: Barrios (2008)

O processo de tomada de decisão, inserido no contexto das operações de segurança


pública em grandes eventos, apresenta algumas particularidades que acabam por torná-lo
extremamente complexo (RICHARDS, 2011). A escassez de tempo e a incerteza das
informações são os dois principais fatores que corroboram para o aumento da referida
complexidade, pois, o acesso indiscriminado à informação pode trazer consequências
nefastas, resultando em danos ao patrimônio público e privado, inclusive, perdas de vidas
humanas.
Portanto, a gestão da informação tem papel crucial no Comando e Controle,
principalmente, quando se busca a habilidade de tomar decisões e executá-las no mais curto
prazo possível. Assim, estas decisões devem ser pautadas em informações fidedignas para que
sejam adequadas a cada situação (ALBERTS e HAYES, 2006).
Por isso, é importante entender como ocorre o processo decisório, para que ele possa
ser aperfeiçoado. Decisões sólidas e oportunas constituem o grande objetivo da atividade de
Comando e Controle. Em que pese o emprego de métodos científicos, no geral, as decisões
são tomadas em um ambiente de incerteza e, com isso, não há solução perfeita para qualquer
problema, simplesmente adota-se um curso de ação promissor com um grau de risco aceitável
(UNITED STATES OF AMERICA, 1995).
O desafio está justamente em encontrar a medida certa entre a redução da incerteza,
que envolve tempo para a coleta e processamento dos dados, e a oportunidade das decisões
tomadas, ou seja, não atrasá-las de modo que percam a eficiência e eficácia (UNITED STATES
OF AMERICA, 2003).
Segundo Richards (2011) em um ambiente complexo o decisor deve dispor de um
modelo suficientemente capaz de lidar com as restrições supracitadas, bem como com as
especificidades que permeiam os conflitos e demais situações extremas. O autor considera
que o método elaborado por Boyd (1987), que estruturou a tomada de decisão em Comando
e Controle no denominado Ciclo OODA de Boyd, atende às adversidades do cenário
apresentado.
Boyd (1987) foi Coronel da Força Aérea dos Estados Unidos da América e piloto de
aviões de combate. As raízes do Ciclo OODA de Boyd encontram-se na investigação por ele
realizada acerca dos motivos que levaram a aeronave de combate F-86s, dos norte-
americanos, a levar vantagem nos combates aéreos sobre os MIG-15s norte-coreanos durante
a Guerra da Coréia (1950-1953), apesar de quase todas as suas medidas de desempenho
serem inferiores (ANGERMAN, 2004).
Conforme Angerman (2004); Boyd (1987) foi constatado que dois fatores forneciam
vantagens decisivas no combate aéreo aos pilotos norte-americanos: primeiro, a melhor
visibilidade oferecida pelo F-86s permitia uma maior consciência situacional no ambiente
aéreo; segundo, o comando hidráulico do F-86s fazia com que as transições entre as manobras
fossem mais rápidas. Sua conclusão foi de que estes fatores levavam os pilotos norte-
americanos a ter um ciclo decisório, composto de Observação, Orientação, Decisão e Ação,
mais rápido que o do inimigo e esta era uma vantagem competitiva considerável, como se vê
na Figura 2.

Figura 2: Ciclo (teórico) OODA de Boyd

Fonte: Osinga (2005)

Segundo Daniels e Jonhson (2002), a função “Observar” representa a obtenção, no


ambiente, de todas as informações necessárias à consecução da missão, incluindo as
relacionadas à própria força, ao cenário e ao inimigo.
A função “Orientar” engloba todas as ações necessárias à compilação das informações
relevantes obtidas na fase de observação, e como consequência são geradas estimativas,
suposições e julgamentos sobre o panorama para criar um modelo consistente da realidade.
(DANIELS; JONHSON, 2002).
Tomando por base a avaliação do modelo criado na orientação, o comandante toma
as decisões julgadas mais adequadas, sendo estas transmitidas aos subordinados, é a função
“Decisão”. Por fim, a função “Ação” inclui o supervisionamento, para assegurar a execução
correta das ações, e o monitoramento dos resultados, que fornece o feedback aos órgãos
superiores (DANIELS e JONHSON, 2002).
O Ciclo OODA de Boyd representado na Figura 2 tornou-se o principal modelo de
tomada de decisão militar no mundo. Adicionalmente, em função da sua consistência teórica
e empírica e da sua robustez e simplicidade, a sua aplicação no universo dos negócios e nas
situações que demandam gerenciamento de crises também se tornou comum (VON LUBITZ,
BEAKLEY e PATRICELLI, 2008).
Osinga (2005) de forma mais abrangente, aprofunda estudos acerca do conceito de
OODA de Boyd, uma vez que o ciclo decisório consiste num processo contínuo, muito além de
uma mera sequência de passos, todas as partes do ciclo estão ativas simultaneamente. Assim,
enquanto se está reunindo informações, estabelecendo julgamentos e tomando decisões para
futuras ações, ao mesmo tempo, outras ações são executadas. Dessa forma, o ciclo OODA
também vem sendo expressado conforme a Figura 3.

Figura 3: Ciclo (prático) OODA de Boyd

Fonte: Osinga (2005)

Nota-se na Figura 3 que, apesar da sequência de passos no ciclo teórico apresentado


na Figura 2, as fases interagem entre si, principalmente a fase de observação que recebe
constante feedback das demais, assim como a própria ação pode ser ajustada, se necessário,
diretamente pela orientação. Questão relevante neste diagrama está na fase de orientação
que é representada por um conjunto de fatores, entre os quais, destacam-se as experiências
prévias, heranças genéticas e tradições culturais (BARRIOS, 2008).
O processo de tomada de decisão em Comando e Controle estudado sob a ótica de
Boyd (1987), importante estrategista militar do século XX, tornou-se uma poderosa
ferramenta não apenas para o escopo militar, mas também para qualquer outra atividade civil
que demande o monitoramento de pessoas, veículos, embarcações ou quaisquer outros
elementos de interesse (CAMPOS, 2011). Nesse sentido, Vasconcelos (2007, p. 19) considera
que “sem sombra de dúvidas, ações de Comando e Controle extrapolam a área militar e hoje
podem ser observadas em segmentos como o governo, a indústria, a economia etc.”

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista o quanto exposto no bojo do presente trabalho, os resultados
indicaram que informação com qualidade é uma métrica fundamental e extremamente
necessária para as organizações na atualidade, pois, através dela é possível potencializar a
competitividade. De acordo com Beuren (2000) a informação é considerada um recurso cuja
diferenciação depende hoje do volume e da qualidade de dados coletados, decodificados e
distribuídos.
A informação sendo válida e utilizada em tempo hábil é um subsídio fundamental para
o apoio dos gestores nas tomadas de decisão. Desse modo, as organizações que atuam nas
operações de segurança pública em grandes eventos necessitam dispor desse importante
ativo devendo, inclusive, se preocupar em buscar novas ferramentas tecnológicas para obter
informação precisa, tempestiva e relevante.
Diante do exposto, conclui-se que as organizações precisam gerenciar a informação
com tecnologias da informação e comunicação de forma interoperável, a fim de usá-las no
momento da tomada de decisão assegurando, dessa forma, sua sobrevivência, crescimento e
evolução.
Notadamente, no contexto das operações de segurança pública em grandes eventos,
existe ainda a dificuldade imposta pela possibilidade de perda de vidas humanas, e tomar
decisões em um ambiente com escassez de tempo e incerteza das informações reforça ainda
mais a complexidade desse cenário.
Portanto, nesse ambiente complexo o decisor deve dispor de sistemas de informação
que sejam suficientemente capazes de realizar a gestão da informação, superando as
restrições supracitadas, a fim de fornecer ao escalão estratégico informação de qualidade para
a correta tomada de decisão.

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