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Proposta de Conteúdo Pós

O documento apresenta a proposta de um curso de pós-graduação em Ensino de História e Culturas da África e Afro-Brasileira, visando qualificar profissionais da educação para abordar questões raciais e a história africana no Brasil. Destaca a importância de combater o racismo dissimulado na educação e a necessidade de inclusão da história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares, especialmente após a promulgação da Lei n.º 10.639/2003. O curso terá uma carga horária de 432 horas, dividido em três módulos, e busca formar educadores capazes de promover uma educação mais inclusiva e crítica em relação às relações étnico-raciais.

Enviado por

Elias Sanches
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O documento apresenta a proposta de um curso de pós-graduação em Ensino de História e Culturas da África e Afro-Brasileira, visando qualificar profissionais da educação para abordar questões raciais e a história africana no Brasil. Destaca a importância de combater o racismo dissimulado na educação e a necessidade de inclusão da história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares, especialmente após a promulgação da Lei n.º 10.639/2003. O curso terá uma carga horária de 432 horas, dividido em três módulos, e busca formar educadores capazes de promover uma educação mais inclusiva e crítica em relação às relações étnico-raciais.

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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURAS DA ÁFRICA E AFRO-


BRASILEIRA – FUNEMAC/MACAÉ
Coordenação: Prof. Ms. Luiz Elias Sanches

“Não caçamos pretos, no meio da rua, a pauladas,


como nos Estados Unidos. Mas fazemos o que talvez
seja pior. A vida do preto brasileiro é toda tecida de
humilhações. Nós tratamos com uma cordialidade que
é o disfarce pusilânime de um desprezo que fermenta
em nós, dia e noite.”

Nelson Rodrigues

Está coberto de razão o grande dramaturgo brasileiro. O racismo, no


Brasil, nunca foi tão assumido como na terra do “Tio Sam”. Mas, talvez por
isso mesmo, é muito pior. Especialmente porque a dissimulação covarde do
racismo brasileiro dificulta o combate a essa forma de discriminação. Um
importante mecanismo desse racismo dissimulado tem sido, ao longo da
história do Brasil, o silêncio acerca das origens africanas do povo brasileiro
e o silêncio também acerca do próprio racismo, maquiado de democracia
racial.
Esse silêncio está presente na sociedade, de alto a baixo, mas onde ele
se manifesta de forma mais cruel é no sistema educacional. Cruel porque as
instituições formalmente responsáveis pela educação e socialmente
reconhecidas por esse papel, acabam, mesmo que involuntariamente,
legitimando a discriminação disfarçada. Desde a mais tenra idade, às
crianças brasileiras — que em sua maioria possuem origens familiares que
remontam à África e à negritude — nega-se o acesso à uma identidade
integral e, pela omissão, avilta-se aquelas referências identitárias.
Porém, como é óbvio, não seria possível manter durante todo o tempo,
o silêncio sobre algo que é tão gritantemente evidente: O inegável papel dos

1
africanos e de seus descendentes na formação do povo brasileiro e de sua
cultura. Por isso, algumas mudanças começam a ser sentidas na sociedade
brasileira, fruto de um longo acúmulo de lutas sociais e de debates sobre a
questão racial em nosso país. Essas mudanças repercutem nos campos
cultural, social, educacional e legal.
No campo educacional algumas medidas, ainda que tímidas, começam
a ser adotadas. Entre elas, algumas no sentido de se inserir as discussões
acerca da história da África e das questões raciais nos currículos escolares.
Nesse sentido, é preciso que se diga que a FUNEMAC estará, junto a outras
poucas instituições de ensino Superior, priorizando a discussão racial em
educação.
É dentro da perspectiva de aprofundamento dessas iniciativas que se
insere a proposta de um curso de pós-graduação, lato sensu, de “Ensino de
História e Culturas da África e da Cultura Afro-Brasileira”.
Existe hoje, em nosso país, uma forte demanda reprimida por
iniciativas desse tipo. Há um crescimento no interesse da sociedade
brasileira em relação aos estudos históricos, evidenciado pelo aumento da
relação candidato-vaga nos concursos vestibulares para o curso de História
e demais ciências humanas, e pelo aparecimento de várias revistas de
divulgação da questão racial. No bojo desse movimento e paralelamente a
ele, cresce o interesse pelas origens africanas e negras de nosso povo,
interesse que pode ser mensurado pelo fato de que recentemente, o Centro
Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro bateu seu recorde de público em
exposições com uma dedicada à arte africana. Foram mais de setecentas mil
pessoas.

A tendência é de crescimento dessa demanda, por conta do novo


artigo 26A da LDBEN, oriunda da Lei n.º 10.639, de 09 de janeiro de 2003:

Art. 1 o A Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar


acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:

2
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-
se obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afro-Brasileira.
§ 1 o O conteúdo programático a que se refere o
caput deste artigo incluirá o estudo da História da
África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil,
a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do
povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes à História do Brasil.
§ 2 o Os conteúdos referentes à História e Cultura
Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
Educação Artística e de Literatura e História
Brasileiras.
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20
de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência
Negra’."

Art. 2 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182 o da Independência e 115 o da República.


LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque

Essa lei, como se pode imaginar, será um componente à mais no


crescimento de uma demanda reprimida já existente, na medida em que
criará a necessidade de profissionais qualificados para a sua execução.

OBJETIVOS

 Qualificar profissionais da área de educação para o domínio dos conhecimentos


históricos, artísticos e culturais para a educação das relações inter-étnicas;

3
 Promover um diálogo sobre as concepções de trabalho docente, partindo da produção
do conhecimento;
 Reconhecer as várias e novas tendências historiográficas analisando seus pressupostos
teórico-metodológicos.
 Formar profissionais da área de educação para trabalhar com os temas específicos da
História, Artes, produção literária e Culturas do Continente Africano e dos brasileiros
Afro-descendentes.

PÚBLICO – ALVO

Comunidade e Profissionais da educação da rede municipal de Macaé e regiões vizinhas.

PERFIL DO EGRESSO

Ao final do curso, espera-se do concluinte que tenha condições de identificar e


compreender as questões relativas à problemática afro-brasileira, articulá-las com
conhecimentos pedagógicos e com técnicas de pesquisa, de modo a estarem qualificados
para o ensino e a pesquisa relacionados aos temas específicos da História, artes,
conhecimento literário e culturas da África e dos brasileiros afro-descendentes.

ESTRUTURA, CARGA HORÁRIA E DURAÇÃO DO CURSO:

O curso começará em maio de 2005 com uma aula inaugural e reunião sobre a
estrutura do curso. O curso será dividido em 3 (três) Módulos.
O horário das aulas será das 09:00h às 17:00h. Com horário de almoço das 12:00 às
13:00 horas. O curso terá um total de 432 horas/aulas, totalizando quinze meses, assim
distribuídas:

4
Disciplina Professor(a) H/aula
Módulo 1 África e o início da diáspora
Palestra Inaugural: Africanidade Brasileira Dr. Jose Flávio P. de Barros
África: introdução geográfica Ms Michele Tancman 8
África pré-colonial e historiografia Dr. Alain Pascal Kaly 24
Mercantilismo, chegada dos europeus e origem do Atlântico negro. Drª Márcia S. Amantino 16
A Escravidão atlântica Ms. Flávio Gonçalves 16
Reterritorialização da cultura africana Ms. Luiz Fernandes 8
Métodos e Técnicas de Pesquisa Dr. Cesar Honorato 16
Atividades de campo: visita a Quilombos Drª Sônia Santos 16
104
Módulo 2 África-Brasil-África
Palestra Inaugural: Herança Africana no Brasil Dr. Henrique Cunha Jr.
África e imperialismo: século XIX Ms. Flávio Gonçalves 16
Escravidão e resistência na diáspora Ms. Luiz Elias Sanches 16
Abolicionismo e identidade nacional Ms. Luiz Elias Sanches 8

Relações Interraciais no Brasil:


Cultura Afro-brasileira Dr. Jose Flávio P. de Barros 16
Construção da democracia racial Ms Giovana Xavier 16

Arte africana e afro-brasileira Esp. Cristina Cardoso 24


Literatura africana Drª Sônia Santos 24
Literatura Afro-brasileira Ms. Selma Maria da Silva 16
África século XX Dr. Alain Pascal Kaly 24
Movimentos, resistência e Afirmação negra. Ms. Giovana Xavier 24
Ms. Isabel Lopes/ Ms. Flávio
Técnicas de Elaboração de Projetos de Pesquisa e Monografia
Gonçalves
24
Gênero e Raça / etnia Ms. Luciene Lacerda 8
Atividades de campo: visita a terreiros. Ms. Luiz Fernandes 16
232
Módulo 3 Educação e Relações raciais.
Palestra inaugural: Multiculturalismo e Formação docente Drª Ana Canen
O negro na história da educação no Brasil Ms. Mônica Lins 16
Currículo, multiculturalismo e diversidade. Ms. Luiz Fernandes 16
Didática, Prática de ensino e relações raciais. Ms. Luiz Fernandes 16
Materiais didáticos e relações raciais Ms. Azoilda Trindade 16
Educação das séries iniciais e relações raciais Ms. Mônica Lins 16
Seminário de Pesquisa Ms. Mônica Lins 8
88

5
CORPO DOCENTE (todos confirmados)

Profº Dr. Alain Pascal Kaly (UFF)


Prof. Dr. Ângelo do Prado Pessanha (UFF- Macaé/Campos)
Profª Doutoranda Azoilda Loretto Trindade (Professora da Faculdade de Educação da
Estácio de Sá)
Prof. Dr. Cesar Honorato (Prof. História da UFF)
Profª Esp. Cristina Cardoso (Professora de Educação Artística da FAETEC)
Profº Doutorando Flávio Gonçalves (UFBA)
Profº Ms Giovana Xavier (Pesquisadora e Especialista em História da África e dos Negros
no Brasil)
Profª Ms. Isabel Lopes (Professora da Faculdade de Serviço Social da UFF-Campos)
Profº Ms Luciene Lacerda (Psicóloga e especialista em Saúde e relações raciais UFRJ)
Profº Ms Luiz Elias Sanches (Professor de História da rede municipal de Niterói)
Profº Ms Luiz Fernandes de Oliveira (Professor de Sociologia da rede municipal de
Macaé e Prof. Substituto da Faculdade de Educação da UFRJ)
Profª Drª Márcia Sueli Amantino (Historiadora)
Profº Ms Michele Tancman (Professora do CECIERJ e da UCAM)
Profº Ms Mônica Regina Ferreira Lins (Professora do CAP da UERJ)
Profº Ms Selma Maria da Silva (Professora do Instituto Superior de Educação do RJ)
Profª Drª Sônia Santos (Professora da rede municipal de Macaé e da FAFIMA)

Palestrantes convidados:

Profª Drª Ana Canen (Professora da Faculdade de Educação da UFRJ)


Profº Dr. Jose Flávio Pessoa de Barros (Professor da UERJ)
Prof. Dr. Dr. Henrique Cunha Jr (Professor da Universidade Federal do Ceará)

AVALIAÇÃO

Ao término do curso, o aluno terá um prazo de 3 meses (três meses) para entregar
sua monografia final ou projeto educacional para as escolas ou produção de material
didático. Somente entregando a/o mesma/o o aluno terá o direito de receber o certificado de
Pós Graduação Lato Sensu em Ensino de História e Culturas da África e dos Afro-
Brasileiros.
Os trabalhos finais de monografia valerão de zero a dez e deverão obedecer as
normas técnicas da ABNT, tendo um mínimo de 15 páginas e um máximo de 40 e, os

6
projetos e materiais didáticos serão avaliados de acordo com a coerência em relação aos
conteúdos do curso.

REGIME DE APROVAÇÃO E FREQUÊNCIA

É obrigatória a freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga


horária prevista.
Será aprovado o aluno que, além da freqüência mínima mencionada, obtiver nota
mínima de 7 (sete), no trabalho final.

DISCIPLINAS

Módulo 1
Formar professores sobre a história da África e suas culturas a partir das novas literaturas
traduzidas em português e desmistificar a invisibilidade, no Brasil, da história do continente
e suas culturas.

Aula Inaugural: Africanidade Brasileira


África: introdução geográfica
África pré-colonial e historiografia
Mercantilismo, chegada dos europeus e origem do Atlântico negro.
A Escravidão atlântica

Reterritorialização da cultura africana (8 horas)

OBJETIVOS: Estudar o contexto histórico das re-elaborações sócio-culturais na diáspora e


a crítica ao pensamento eurocêntrico sobre a modernidade. Compreender a religiosidade
como reterritorialização dos modos africanos de organização sócio-cultural e identificar as
reinvenções sócio-culturais e a expansão da experiência histórico-cultural negra da
diáspora.

7
EMENTA: A partir do conceito de reterritorialização, socializar uma análise das origens e
perspectivas dos conflitos, acertos, negociações dos africanos e seus descendentes na
diáspora e na África e, como estes elementos constituíram a trajetória negra e africana nas
Américas, na própria África e no contexto da modernidade.

BIBLIOGRAFIA

LUZ, M. Aurélio. Agadá. Dinâmica da Civilização africano-brasileira. Salvador: SECNEB, 1995.


REIS, J.J. e SILVA, E. Negociação e conflito. Resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Cia das
Letras, 1989.
SODRÉ, M. O terreiro e a Cidade. A forma social negro-brasileira. Salvador: Imago, 2002.
SODRÉ, M. A verdade Seduzida. Por um conceito de cultura no Brasil. Rio de Janeiro: CODECRI, 1983.

Métodos e Técnicas de Pesquisa


Atividades de campo: visita a Quilombos

Módulo 2
Formar os professores na perspectiva de desconstrução do mito da democracia racial,
incentivar pesquisas interdisciplinares, e promover a construção de um novo olhar para as
questões raciais entre os docentes.

África e imperialismo: século XIX


Escravidão e resistência na diáspora
Abolicionismo e identidade nacional
Cultura Afro-brasileira
Construção da democracia racial
Arte africana e afro-brasileira
Literatura africana
Literatura Afro-brasileira
África século XX
Movimentos, resistência e Afirmação negra.
Técnicas de Elaboração de Projetos de Pesquisa e Monografia

8
Gênero e Raça / etnia
Atividades de campo: visita a terreiros. (16 horas)
A atividade de campo será programada e agendada no início do módulo.
Tem como objetivo, a partir das discussões de conteúdo, identificar os elementos
num espaço de terreiro, próprio das religiões de matriz africana, da presença do legado
cultural africano na diáspora brasileira.
No campo será discutido, junto aos ocupantes e integrantes do terreiro, as
pertinências e confirmações da presença desse legado cultural.

Módulo 3
Com base no multiculturalismo crítico, formar professores na perspectiva de produção de
novas relações pedagógicas e didáticas para a educação das relações étnico-raciais em
educação.

Palestra de abertura: Multiculturalismo e formação docente

EMENTA: Discutir a emergência e as abordagens do multiculturalismo. Analisar desafios


e potenciais do multiculturalismo crítico para uma perspectiva de transformação social.
Debater implicações pedagógicas, curriculares e de pesquisa no cotidiano escolar do
multiculturalismo, focalizando categorias identitárias étnico-raciais, de gênero e de
pluralidade cultural.

BIBLIOGRAFIA

O negro na história da educação no Brasil (16 horas)

9
OBJETIVOS: Conceituar a educação como um elemento do patrimônio histórico e cultural
dos afrodescendentes e africanos. Identificar-se como sujeito de sua própria história,
articulando seus conhecimentos prévios e a diversidade social e cultural com a qual
convivem. Conhecer as concepções cientificistas e racistas que marcaram o pensamento
social no século XIX e seu impacto na organização escolar brasileira. Produzir reflexões
sobre as interpretações sobre a existência de relações raciais harmoniosas entre negros e
brancos e seus reflexos na educação ao longo da história. Situar o negro nos diferentes
períodos históricos da educação brasileira. Reconhecer a contribuição dos negros e de suas
organizações sociais para o pensamento educacional brasileiro.Analisar historicamente e
qualitativamente os índices de analfabetismo, de escolarização e de pobreza entre os
negros e os reflexos na educação brasileira. Identificar os elementos de dominação, de
uniformização do pensamento e de exclusão dos negros nas diferentes reformas da
educação brasileira.

EMENTA: A educação dos negros na colônia, no império e na república. A memória e a


tradição oral como fonte histórica. As concepções cientificistas e racistas do século XIX. A
ideologia do branqueamento. O mito da democracia racial. A escola como “espaço
civilizador” do povo negro. A produção das desigualdades, do analfabetismo e da exclusão
social. O processo de crescimento das cidades: aumento da pobreza urbana e a
“favelização” irreversível. A infância nas ruas, narcotráfico, violência e juventude negra.
As organizações sociais dos negros e o pensamento educacional brasileiro.

BIBLIOGRAFIA:

ALVES, C., GONDRA, J. G. & MAGALDI, A. M. (orgs). Educação no Brasil: história, cultura e política.
Bragança Paulista: EDUSF, 2003.
BARBOSA, L M de A, SILVA, P.B.G. (orgs). O pensamento negro em educação no Brasil: expressões do
movimento negro
BARBOSA, L. M. de A., SILVA, P.B.G. & SILVÉRIO, V. R. (orgs). De preto a afro-descendente: trajetos
de pesquisa sobre relações etnico-raciais no Brasil. São Carlos: EDUFSCAR, 2003.
CASSAB, M.A.T. Jovens pobres e o futuro: a construção da subjetividade na instabilidade e incerteza.
Niterói: Intertexto, 2001.

10
CATANI, A. M., GILIOLI, R, PORTO, M.doR.S & PRUDENTE, R. (orgs). Negro, educação e
multiculturalismo. São Paulo: Editora Panorama, 2002
FILHO, L. M. F, LOPES, E. M. T. & VEIGA, C. G. (orgs). 500 anos de Educação no Brasil. Belo
Horizonte: Autêntica , 2000.
GUIMARÃES, E. Escola, galeras e narcotráfico. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003.
KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
OLIVEIRA, I. (org.). Desigualdades raciais: Construções da infância. Niterói: Intertexto, 1999.
_____________(org.). Relações raciais e educação: novos desafios. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
SANTOS. G.A.dos. A invenção do ser negro: um percurso das idéias que naturalizam a inferioridade dos
negros. Rio de Janeiro: Palas, 2002.
SILVA, J. da. Violência e racismo no Rio de Janeiro. Niterói: EDUFF, 2003.
VIDAL, D. & HILSDORF, Mª L. 500 anos – Tópicas em história da educação. São Paulo: EDUSP, 2000.

Currículo, multiculturalismo e diversidade (16 horas)

OBJETIVOS: Estudar um panorama das concepções dominantes da noção de currículo.


Compreender as tendências contemporâneas. Discutir o multiculturalismo e suas vertentes
nas elaborações de novas abordagens curriculares, na perspectiva de pensar a diversidade
educacional brasileira.

EMENTA: As teorias tradicionais, críticas e pós-críticas no campo do currículo. O


multiculturalismo como construção de novas perspectivas curriculares. A diversidade
educacional brasileira e os desafios teóricos e práticos.

BIBLIOGRAFIA

CANDAU, V. M. Reformas educacionais hoje na América Latina. In: MOREIRA, A. F. B. (org.). Currículo:
políticas e práticas. Campinas, São Paulo: Papirus. 1999, p. 29-42.
CANEN, A. Relações Raciais e Currículo: reflexões a partir do multiculturalismo. In: Oliveira, I. (org.),
Cadernos PNESB, n. 3, pp. 63 - 77. Niterói: EdUFF. 2001b.
____. Sentidos e dilemas do multiculturalismo: desafios curriculares para o novo milênio. In: LOPES, A.C. e
MACEDO, E. Currículos: debates contemporâneos. São Paulo: Cortez editora, 2002.
____. Refletindo sobre Identidade Negra e Currículo nas Escolas Brasileiras: contribuições do
multiculturalismo, Estudos, Periódico do Mestrado em Educação da UCDB, p. 49-58, 2003.

11
CANEN, A. e MOREIRA, A.F.B. (orgs) Ênfases e omissões no currículo. São Paulo: Papirus, 2000.
CANEN, A. e OLIVEIRA, A. M. A. de Multiculturalismo e currículo em ação. Revista Brasileira de
Educação, São Paulo, n.21, p.61-74, set./dez. 2002.
GONÇALVES, L. A. O. e SILVA, P. B. G. O Jogo das Diferenças: O Multiculturalismo e seus Contextos.
Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
MOREIRA, A. F. B. Currículo: políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999.
____. A recente produção científica sobre currículo e multiculturalismo no Brasil (1995-2000): Avanços,
desafios e tensões. Revista Brasileira de Educação, Campinas: Autores Associados/Anped, 2001, nº 18,
p. 65-81.
MOREIRA, A.F.B.; MACEDO, E.F. "Currículo, identidade e diferença". In: MOREIRA, A.F.B. e
MACEDO, E.F. (Orgs.), Currículo, práticas pedagógicas e identidades, Porto: Porto Editora, 2002, p.
11-33.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: História e Geografia / Secretaria de Educação
Fundamental. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
SANTOMÉ, J. T. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, T. T. Alienígenas na sala de
aula. Uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995: 159-177.
SILVA, T.T. Documentos de identidade. Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Ed.
Autêntica, 2003.

Didática, Prática de ensino e relações raciais (16 horas).

OBJETIVOS: Estudar os modelos tradicionais que permearam as teorias em didática,


compreendendo-os como norteadores de práticas de ensino. Discutir as novas perspectivas
teóricas em didática, a partir das teorias reflexivas e problematizadoras das teorias
tradicionais. Refletir sobre as possibilidades de uma prática reflexiva e multicultural como
postulado de combate ao racismo no processo ensino-aprendizagem.

EMENTA: A realidade pedagógica das Escolas. A perspectiva da racionalidade técnica no


processo ensino-aprendizagem. As novas perspectivas em didática e prática de ensino: o
modelo reflexivo como crítica aos modelos tradicionais. A emergência das discussões
raciais e multiculturais na prática de ensino. A prática reflexiva e o combate ao racismo.

12
BIBLIOGRAFIA

ANDRÉ, M.E.D.A.de Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus. 1995.


CANEN, A. Formação de professores e diversidade cultural. In: CANDAU, V. (org) Magistério Construção
cotidiana. Petrópolis: Ed. Vozes, 2001a.
____. Refletindo sobre Identidade Negra e Currículo nas Escolas Brasileiras: contribuições do
multiculturalismo, Estudos, Periódico do Mestrado em Educação da UCDB, p. 49-58, 2003.
CANEN, A. e OLIVEIRA, A. M. A. de Multiculturalismo e currículo em ação. Revista Brasileira de
Educação, São Paulo, n.21, p.61-74, set./dez. 2002.
CAVALLEIRO, E. (Org) Racismo e anti-racismo na educação - repensando nossa escola. São Paulo:
Summus, 2001.
____. Do silêncio do lar ao silêncio escolar. Educação e Poder -racismo, preconceito e discriminação na
Educação Infantil. São Paulo: Summus, 2000.
DUBET, F. Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor. Espaço Aberto, nº 5 e 6 mai/dez 1997.
SILVA, P. B. G. e BARBOSA, Lucia Maria de Assunção (orgs.). O pensamento negro em educação no
Brasil: expressões do Movimento Negro. São Carlos-SP: Editora da UFSCar, 1997. p. 17-30.
NÓVOA, A. (org.) Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote,1995.
OLIVEIRA, I. de. (org.) Relações raciais e educação. Novos desafios. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
PERRENOUD, P. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
SCHON, D. "Formar professores como profissionais reflexivos." In NÓVOA,A.(org.) Os professores e sua
formação. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1995.
SILVA, P. B. G. Prática do racismo e formação de professores. In: DAYRELL, J. (ORG.) Múltiplos olhares
sobre educação e cultura. Belo Horizonte: editora UFMG, p. 168-178. 2001
TARDIF, M. e Raymond, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educ.
Soc. vol.21 no.73 Campinas Dec. 2000
TOMAZI, N. D. e LOPES JUNIOR, E. Uma angústia e duas reflexões. In: CARVALHO, Lejeune M.G.
Sociologia e Ensino em debate. Ijuí: ED. Unijui, 2004.

Materiais didáticos e relações raciais


Educação das séries iniciais e relações raciais
Seminário de Pesquisa

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Autoria e produção:

Luiz Elias Sanches


Luiz Fernandes de Oliveira
Mônica Regina Ferreira Lins

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