Resumo de Direito Administrativo
Introdução ao Direito Administrativo
O Direito Administrativo é um ramo do Direito Público que regula as atividades da Administração
Pública, visando equilibrar a supremacia do interesse público com a proteção dos direitos
individuais. Sua essência está na harmonização entre as prerrogativas do Estado e as garantias
dos cidadãos, promovendo a realização concreta e imediata dos fins estatais. Este resumo
aborda sua formação histórica, evolução no Brasil, influências jurídicas, conceitos fundamentais,
fontes, autonomia, administração pública, órgãos e entidades, e servidores públicos, com base
nas anotações fornecidas e complementado pelo documento auxiliar.
1. Formação Histórica do Direito Administrativo
O Direito Administrativo é conhecido como o “direito das revoluções”, emergindo de
transformações históricas e filosóficas que culminaram na consolidação do Estado de Direito. Sua
origem remonta ao século XVI, intensificando-se com a Revolução Francesa de 1789, que
marcou a transição do Estado absolutista para o Estado liberal, fundamentado no governo das
leis.
- Contexto Filosófico: John Locke, em *Two Treatises on Government* (1690), propôs a
divisão das funções estatais em legislativo, executivo e federativo, influenciando
Montesquieu, que em *O Espírito das Leis* (1748) consolidou a teoria da separação dos
poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), base política do Direito Administrativo.
- Revolução Francesa: A revolução trouxe a separação dos poderes, a
representatividade eleitoral e a submissão do Estado à lei, promovendo a isonomia e a
proteção dos direitos individuais contra o absolutismo. A Lei de 28 Pluviôse do Ano VIII
(1800) organizou a Administração Pública francesa, obrigando-a a respeitar os
administrados.
- Caso Blanco (1873): Marco da autonomia do Direito Administrativo, o caso envolveu um
acidente causado por uma empresa estatal em Bordeaux. O Tribunal de Conflitos
reconheceu a competência da jurisdição administrativa, aplicando princípios de Direito
Público distintos do Código Civil, consolidando a autonomia do ramo.
- Estado de Direito: Caracterizado pelo reconhecimento de direitos públicos subjetivos e
pela oferta de meios para sua defesa, conforme Cuesta, o Estado de Direito protege a
liberdade individual e regula a atuação estatal por normas jurídicas.
- Declínio do Liberalismo: A partir do século XIX, o Estado mínimo cedeu lugar ao
Estado intervencionista, que assumiu funções como a prestação de serviços públicos
(estradas, comunicações) e a intervenção econômica (desapropriações, regulações),
expandindo o Direito Administrativo.
2. Evolução do Direito Administrativo no Brasil
No Brasil, o Direito Administrativo desenvolveu-se gradualmente, influenciado pelas
transformações políticas e jurídicas do país:
- Período Colonial: A administração era centralizada nas capitanias hereditárias, com
regime jurídico predominantemente privado, sem autonomia do Direito Administrativo.
- Monarquia (1822–1889): Os poderes concentravam-se no Imperador, que detinha o
Executivo e o Moderador, além do Legislativo e Judiciário. A administração pública existia,
mas seguia normas de Direito Privado, exceto no contencioso administrativo.
- Império: Primeiros sinais de Estado de Direito surgiram com a divisão de poderes, mas o
“privatismo” predominava, conforme Cirne Lima, com a administração subordinada ao
Direito Privado.
- República (1889): A Constituição de 1891, inspirada no *common law* americano, trouxe
a separação de poderes, mas o Direito Administrativo permaneceu subdesenvolvido devido
à influência do Direito Privado. A Constituição de 1934 marcou um avanço, reorganizando
o Estado e introduzindo privilégios para promover o equilíbrio econômico-social, regulando
novas relações jurídicas.
- Era Vargas: Com Getúlio Vargas, o Direito Administrativo ganhou força, com a
reorganização do Estado, subordinação às normas jurídicas e fortalecimento da tripartição
de poderes.
- Marcos Acadêmicos: A primeira cátedra de Direito Administrativo foi criada em 1851
(Decreto 608), ministrada em 1856 na Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1857,
Vicente Pereira do Rego publicou *Elementos de Direito Administrativo Brasileiro*, a
primeira obra do gênero na América Latina.
3. Influências Jurídicas no Direito Administrativo Brasileiro
O Direito Administrativo brasileiro foi moldado por dois sistemas jurídicos principais: o
romano-germânico (francês) e o *common law* (anglo-saxão), cada um contribuindo com
características distintas:
Sistema Romano-Germânico (Francês):
➔ Autoexecutoriedade: Permite à Administração executar diretamente seus atos sem
necessidade de ordem judicial, conferindo agilidade.
➔ Responsabilidade Objetiva: O Estado responde pelos danos causados por seus agentes,
independentemente de culpa, conforme o Caso Blanco.
➔ Verticalidade das Relações: A Administração detém supremacia sobre os administrados,
com privilégios como autotutela e ação de ofício.
➔ Separação de Funções: Baseada na tripartição de poderes, com jurisdição administrativa
especializada.
Sistema Common Law:
➔ Unidade de Jurisdição: Todos os litígios, inclusive os envolvendo a Administração, são
julgados pela justiça comum, sem jurisdição administrativa especializada.
➔ Horizontalidade: A Administração submete-se às mesmas normas dos particulares, sem
privilégios como autoexecutoriedade.
➔ Responsabilidade Subjetiva: Historicamente, o Estado não era responsabilizado (*The
King can do no wrong*), mas a partir de 1947 (Crown Proceedings Act), passou a
responder como particular.
➔ Servidores: Nomeação e exoneração discricionárias, com vínculo empregatício,
diferentemente do regime estatutário francês.
➔ Influência no Brasil: O Brasil adotou a autoexecutoriedade, a responsabilidade objetiva e
a verticalidade do sistema francês, mas incorporou a unidade de jurisdição do *common
law*. Até 1988, coexistiram regimes estatutário e celetista para servidores, refletindo
influências híbridas.
4. Conceito e Objeto do Direito Administrativo
O Direito Administrativo é definido como o conjunto de princípios e normas que regulam a
organização e o funcionamento da Administração Pública, visando a realização direta e imediata
dos fins do Estado, equilibrando interesses públicos e privados.
- Hely Lopes Meirelles: “Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos,
os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente
os fins desejados pelo Estado.”
- José dos Santos Carvalho Filho: Conjunto de normas e princípios que, visando o
interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre
as coletividades a quem devem servir.
- Celso Antônio Bandeira de Mello: Ramo do Direito Público que estuda princípios e
regras reguladores da função administrativa para alcançar os objetivos estatais.
● Objeto:
➢ Subjetivo: Pessoas públicas ou privadas que exercem função administrativa (agentes,
órgãos, entidades).
➢ Objetivo: Função administrativa, definida por exclusão (tudo que não é legislar ou julgar),
incluindo poder de polícia, serviços públicos, fomento e regulação.
● Características:
➢ Autonomia com regras próprias, distinta do Direito Privado.
➢ Regime jurídico predominantemente público, com normas cogentes.
➢ Finalidade de satisfazer diretamente os interesses coletivos.
5. Fontes do Direito Administrativo
As fontes do Direito Administrativo são os meios pelos quais suas normas se manifestam,
divididas em:
● Fontes Diretas
➢ Primárias: A lei, principal fonte, incluindo a Constituição, leis ordinárias, complementares,
decretos e regulamentos.
➢ Secundárias: Jurisprudência, doutrina e princípios gerais do Direito.
● Fontes Indiretas: Costumes, que influenciam a interpretação das normas.
● Fontes Supranacionais: Tratados e convenções, como a Convenção Americana dos
Direitos Humanos.
● Interpretação:
➢ Normas cogentes exigem interpretação restritiva para preservar a liberdade.
➢ Uso da analogia é limitado, mas permitido para ampliar direitos.
➢ Presunção de legitimidade dos atos administrativos e necessidade de discricionariedade
são considerados.
6. Autonomia do Direito Administrativo
A autonomia do Direito Administrativo decorre de seu corpo de regras e princípios próprios,
distintos do Direito Privado, conforme Rivero e García de Enterría. Ele é um direito estatutário,
aplicável às Administrações Públicas, com características derrogatórias:
- Privilégios: Autoexecutoriedade, imperatividade, iniciativa própria, autotutela, sistema
processual favorecido.
- Garantias: Procedimento administrativo, controle jurisdicional, indenização por prejuízos,
recursos administrativos.
- Núcleo Essencial (Odete Medauar): Inclui autoridade do Estado, personalidade
jurídica estatal, ato administrativo unilateral, interesse público, serviço público, poder de
polícia e contratos administrativos.
- Estado de Direito: Submissão da Administração à lei, com reconhecimento de direitos
subjetivos públicos.
7. Administração Pública
A Administração Pública é analisada em dois sentidos:
● Subjetivo (Orgânico): Conjunto de agentes, órgãos e entidades que exercem a função
administrativa (União, Estados, Municípios, autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, consórcios públicos).
● Objetivo (Funcional): Atividade administrativa, abrangendo:
➢ Poder de Polícia: Limitação de direitos privados em prol do interesse coletivo.
➢ Serviços Públicos: Prestação direta de necessidades coletivas (ex.: saúde, educação).
➢ Fomento: Estímulo ou desestímulo a atividades econômicas.
➢ Regulação: Estabelecimento de normas para atividades econômicas.
● Características (Di Pietro):
➢ Concreta, executando a vontade estatal contida na lei.
➢ Finalidade direta de satisfazer os fins do Estado.
➢ Regime jurídico predominantemente público, com normas de Direito Privado parcialmente
derrogadas.
7.1. Concentração x Desconcentração
- Concentração: Competências exercidas por um único órgão despersonalizado.
- Desconcentração: Distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica,
mantendo hierarquia. Pode ser territorial, material (temática) ou hierárquica (funcional).
7.2. Centralização x Descentralização
- Centralização: Execução direta pelo ente político.
- Descentralização: Transferência de competências para entidades autônomas com
personalidade jurídica (administração indireta).
7.3. Administração Direta x Indireta
- Direta: União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com órgãos despersonalizados.
- Indireta: Entidades com personalidade jurídica, como autarquias, fundações públicas,
empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios públicos.
8. Órgãos Públicos
Órgãos públicos são centros de competências criados por lei, sem personalidade jurídica,
integrando a estrutura do Estado. Suas principais características e classificações são:
● Teoria do Órgão Público (Otto von Gierke):
- Imputação Volitiva: O agente atua em nome do Estado, titular da competência.
- Consequências:
➢ Indenizações são contra a entidade, não o agente (RE 327.904/STF).
➢ Estado não responde por danos fora da função.
➢ Prerrogativas aplicam-se apenas no exercício da função.
● Classificação:
- Posição: Independentes (Presidência), autônomos (Ministérios), superiores (sem
autonomia financeira), subalternos (executórios).
- Estrutura: Simples (unitários) ou compostos (com subórgãos).
- Atuação Funcional: Singulares (decisão individual) ou colegiados (decisão coletiva).
- Atividade: Ativos (execução), consultivos (assessoria), de controle, subordinados,
políticos.
● Órgãos Anômalos: Ex.: regiões metropolitanas (Lei 13.089/2015).
● Órgãos de Natureza Especial: Tribunais de Contas, Ministério Público, Defensoria
Pública, com autonomia e capacidade processual, mas sem personalidade jurídica.
9. Entidades da Administração Indireta
As entidades da administração indireta possuem personalidade jurídica e desempenham funções
descentralizadas. São criadas ou autorizadas por lei específica (art. 37, XIX, CF):
9.1. Autarquias
➔ Conceito: Pessoas jurídicas de Direito Público, criadas por lei específica para executar
serviços públicos típicos (ex.: INSS, IBAMA). Possuem autonomia administrativa,
financeira e patrimonial.
➔ Características:
- Regime estatutário para pessoal (exceto terceirização, Lei 9.507/2018).
- Responsabilidade objetiva (art. 37, §6º, CF).
- Imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, CF).
- Afastamento do regime falimentar.
➔ Espécies:
- Administrativas: Prestam serviços clássicos (ex.: INSS).
- Especiais: Prerrogativas diferenciadas (ex.: Bacen, SUDAM).
- Corporativas: Conselhos profissionais (ex.: CREA, exceto OAB).
- Fundacionais: Procon, Funai, Funasa.
- Regulatórias: Alto grau de especialização, poder normativo, dirigentes com mandato fixo
(ex.: ANEEL, ANATEL).
- Associativas: Consórcios públicos (art. 241, CF; Lei 11.107/2005).
- Territoriais: Art. 33, CF.
➔ Princípio da Especialidade: Atuam em serviço específico, sem fins lucrativos.
9.2. Fundações
● Conceito: Patrimônio público dotado de personalidade jurídica para realizar atividades de
interesse público.
● Fundações Públicas:
- Direito Público, criadas por lei, integram a administração indireta.
- Extintas por lei, prestam contas ao Tribunal de Contas.
- Consideradas espécie de autarquia.
● Fundações Governamentais:
- Direito Privado, autorizadas por lei, não recebem prerrogativas estatais.
- Personalidade surge com registro em cartório, extintas por baixa.
- Prestam contas ao Ministério Público.
9.3. Empresas Estatais
● Empresas Públicas:
- Capital 100% público, forma societária flexível (ex.: Caixa Econômica Federal).
- Personalidade de Direito Privado, criadas por lei específica.
● Sociedades de Economia Mista:
- Capital misto (público e privado), forma de sociedade anônima (ex.: Banrisul).
- Controle acionário público, regidas pela Lei 6.404/1976.
● Características Comuns:
- Sujeição à Lei 13.303/2016 para licitações e contratos.
- Controle pelo Tribunal de Contas, Legislativo e Judiciário.
- Pessoal celetista, contratado por concurso público, sem estabilidade (art. 41, CF).
- Dispensa de empregados exige motivação escrita (RE 589.998/STF).
- Não sujeitas à falência (Lei 11.101/2005).
- Bens privados, mas os afetados a serviços públicos essenciais são impenhoráveis (ADPF
789/STF).
● Diferenças:
- Forma Jurídica: Sociedades de economia mista são S/A; empresas públicas têm
flexibilidade.
- Capital: Empresas públicas, 100% público; sociedades de economia mista, misto.
- Foro Processual: Empresas públicas federais, Justiça Federal; sociedades de economia
mista, Justiça Estadual.
● Regime Jurídico:
- Atividades Econômicas: Predominantemente Direito Privado, sem responsabilidade
objetiva.
- Serviços Públicos: Predominantemente Direito Público, com responsabilidade objetiva (art.
37, §6º, CF).
- Imunidade tributária recíproca para serviços públicos não concorrenciais, sem fins
lucrativos (RE 1.320.054/STF).
9.4. Consórcios Públicos
● Conceito: Pessoas jurídicas formadas por entes federados para cooperação (Lei
11.107/2005).
● Natureza: Direito Público (autarquias interfederativas) ou Direito Privado (associações
civis).
● Criação: Protocolo de intenções ratificado por lei.
● Gestão Associada: Planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos, com
contrato de programa.
● Características:
- Sujeição a licitações, contratos e normas de Direito Público.
- Pessoal celetista, sem estabilidade.
- Fiscalização pelo Tribunal de Contas.
9.5. Agências Executivas
- Autarquias ou fundações qualificadas por plano estratégico e contrato de gestão (art. 37,
§8º, CF).
9.6. Entes de Cooperação
- Direito Privado, autorizados por lei, prestam serviços estatais sem concurso ou licitação
(ex.: Sesc, Senac).
*Terceiro Setor: OSCIPs, organizações de utilidade pública, parcerias voluntárias.
10. Servidores Públicos
Servidores públicos são agentes que exercem funções estatais sob vínculo de subordinação,
divididos em:
● Agentes Públicos
- Políticos: Eleitos ou nomeados para cargos de alta direção (ex.: ministros, prefeitos).
- Honoríficos: Títulos honorários (ex.: embaixador da Copa).
- Colaboradores: Terceiro setor, com convênios.
- Administrativos: Servidores stricto sensu, celetistas, temporários.
● Servidores Públicos
- Estatutários: Ocupam cargos públicos por concurso ou nomeação, com estabilidade após
estágio probatório (art. 41, CF).
- Celetistas: Contratados por concurso, regidos pela CLT, sem estabilidade.
- Temporários: Contratação simplificada para urgência, sem estabilidade.
● Cargos Públicos
- Menor centro de competências, criados por lei.
- Provimento: Originário (sem vínculo anterior) ou derivado (decorrente de cargo anterior).
- Classificação: Efetivos (permanentes), políticos (eleição), vitalícios (estabilidade após 2
anos), temporários.
● Acesso
- Concurso público, com edital regulador.
- Cláusula de barreira define pontos de corte.
- Nomeação é discricionária, mas aprovados dentro das vagas têm direito à posse (STF).
● Remuneração
- Básico + vantagens (por cargo, tempo, atividades).
- Sujeita a tetos constitucionais para empresas estatais que recebem recursos públicos (art.
37, §9º, CF).
● Aposentadoria
- Incapacidade Permanente: Extingue o vínculo.
- Compulsória: Aos 75 anos, por média de contribuição.
- Geral: 62 anos (mulheres), 65 anos (homens), com 20 anos de contribuição mínima (60%
+ 2% por ano adicional).
- Especial: Professores e atividades insalubres, com tempo reduzido.
11. Princípios da Administração Pública
Os princípios orientam a atuação da Administração, conforme art. 37, CF:
- Legalidade: Só faz o que a lei permite.
- Legitimidade: Presunção de conformidade dos atos com a lei.
- Supremacia do Interesse Público: Prioridade do coletivo sobre o particular.
- Indisponibilidade do Interesse Público: Limites legais na gestão de bens públicos.
- Autoexecutoriedade: Execução direta de atos administrativos.
- Autotutela: Capacidade de anular ou revogar atos próprios.
- Processualidade: Garantia de devido processo aos administrados.
12. Transformações do Direito Administrativo
O Direito Administrativo evolui com influências contemporâneas:
- Constitucionalização: Normas constitucionais (arts. 37–41, 40, 182, 184) reduzem a
discricionariedade e ampliam o controle judicial.
- Democratização: Direito à informação (art. 5º, XXXIII), participação popular (art. 198, III) e
controle social.
- Consensualidade: Atuação via contratos (ex.: parcerias público-privadas, Lei
11.079/2004).
- Agências Reguladoras: Autarquias especiais com poder normativo, sujeitas a controle de
razoabilidade.
- Subsidiariedade: Prioridade da iniciativa privada, com o Estado como regulador.
- Reforma Administrativa: Contratos de gestão ampliam autonomia e controle por
resultados.
Conclusão
O Direito Administrativo é um pilar do Estado de Direito, regulando a Administração Pública com
base em princípios que equilibram eficiência estatal e proteção cidadã. Sua evolução reflete a
transição de regimes absolutistas para democráticos, com influências do sistema
romano-germânico e do common law. No Brasil, consolidou-se com a Constituição de 1934 e
avança com a constitucionalização, democratização e consensualidade.