Apostila FFCC2018
Apostila FFCC2018
Fundamentos de
Física para Ciência da
Computação
2018
INFORMAÇÕES GERAIS
Nosso programa inclui a realização de práticas suficientes que permitam utilizar estes novos
conhecimentos na análise de circuitos em Corrente Contínua (CC ou DC em inglês) e em Corrente
Alternada (CA ou AC em inglês). Desta maneira, dividimos o curso em 2 módulos:
MÓDULO I
MÓDULO II
i
INFORMAÇÕES GERAIS
São apresentadas a seguir algumas sugestões que podem ajudar a obter um melhor rendimento para
assimilar os objetivos das práticas:
AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA
A média final (MF) da disciplina é obtida pela expressão abaixo:
0,2 0,8
onde MR –Média aritmética simples dos 11 relatórios e MP – Média aritmética simples de 2 Provas.
PROVAS
Após a prática 6 (no final do Módulo I) será realizada a primeira prova e após a prática 11 (no final
do Módulo II), a segunda prova. Para os alunos que não obtiverem média para aprovação (6,0), será
oferecida uma prova substitutiva, com o conteúdo completo da disciplina.
O assunto para as provas engloba todo o conteúdo trabalhado durante as aulas: estudos teóricos,
técnicas de cálculo, confecção e leitura de gráficos, anotações do caderno de relatórios, relatórios
ii
INFORMAÇÕES GERAIS
corrigidos, roteiros experimentais e a execução das práticas. Estude detalhadamente as duas apostilas
(Roteiros das Práticas e Resumo Teórico). Nas provas o aluno será testado na teoria, na aplicação de TODAS
as técnicas utilizadas nas práticas e na construção de gráficos e dos relatórios.
RELATÓRIOS
Qualquer dúvida a respeito das práticas ou dos relatórios pode ser esclarecida pelo técnico ou pelo
professor. Não deixe acumular dúvidas. Para elaboração dos relatórios adotaremos algumas normas
básicas descritas a seguir.
Repare que é dado um relatório pré-impresso, que pode ser preenchido e entregue com as
complementações pedidas. Os itens abaixo, na ordem indicada, devem necessariamente constar em todos
os relatórios.
1) Folha de rosto: contendo as seguintes informações: Nome da disciplina, Título da experiência,
Data, Turma, Nome e número do RA dos autores;
5) Material utilizado: mencionar marca, modelo, sensibilidade ou precisão dos aparelhos utilizados.
6) Procedimento experimental: Descrição detalhada de como as medidas foram feitas assim como os
esquemas das montagens de forma que um terceiro possa reproduzir seu experimento. Não é uma
cópia do procedimento constante no roteiro.
7) Apresentação dos resultados: Dados obtidos, organizados em forma de tabelas. Cálculos efetuados
(devem ser colocados em um anexo, podem ser os rascunhos, se estiverem organizados).
Resultados finais, com as respectivas incertezas e unidades, quando pedidos. Gráficos e suas
análises, quando for o caso.
9) Bibliografia.
10) Apêndices. Quando necessário, apresente cálculos ou deduções que detalhem o relatório, mas que
não são imprescindíveis para a compreensão do mesmo.
iii
INFORMAÇÕES GERAIS
C. Não copiar os dados (introdução, teoria, etc...) do roteiro ou de livros. Procurar entender o
fenômeno e descrevê-lo com as próprias palavras, fazendo um resumo. Quando possível.
D. Anexar os cálculos, um rascunho organizado, para uma futura comparação dos resultados. É
conveniente que isto seja feito em apêndices, no fim do relatório.
E. Ao analisar um resultado obtido, ser correto. Não se promover ao obter um resultado coerente,
nem culpar os equipamentos em caso contrário.
BIBLIOGRAFIA
Diversos livros podem ser consultados sobre os temas propostos em nossas práticas. A seguir,
iv
INTRODUÇÃO
A compreensão dos fenômenos relacionados à natureza elétrica e magnética faz parte da formação
de cientistas e engenheiros de todas as áreas do conhecimento. Estes fenômenos são fundamentais na
operação de aparelhos como rádios, televisões, motores elétricos, computadores, celulares e dispositivos
eletrônicos utilizados na medicina. Podemos inclusive afirmar que o mundo e a vida atual não seriam os
mesmos sem o controle destas propriedades. Este curso experimental pretende introduzir, auxiliar e
aperfeiçoar a habilidade de confeccionar e projetar circuitos elétricos simples, explorar e quantificar os
fenômenos associados ao uso de corrente contínua e alternada em circuitos resistivos e associados a
capacitores e indutores.
Neste sentido, partiremos do conceito fundamental explorado no Ensino Médio: a carga elétrica. A
carga elétrica é uma propriedade intrínseca da matéria que, sob determinadas condições, pode
movimentar-se. Podemos compreender essa movimentação tal como a movimentação da água em uma
instalação hidráulica. À quantidade de carga em movimento por unidade de tempo chamamos de
intensidade de corrente elétrica. Estudaremos principalmente os efeitos da corrente elétrica através de
instrumentos de medidas diversos.
Experimentalmente, as principais grandezas que exploramos em circuitos elétricos assim como seus
símbolos, unidades no Sistema Internacional de Unidades e abreviatura são:
9
Giga- G 10
6
Mega- M 10
3
Quilo- K 10
–3
Mili- m 10
–6
Micro- 10
–9
Nano- n 10
–12
Pico- p 10
circuito. O amperímetro ideal deve ter uma resistência nula de forma a não interferir no circuito em
medição.
Uma analogia comum para a compreensão do conceito de ddp ou tensão elétrica é a consideração
da queda livre de um corpo a partir de uma altura hA até uma altura hB conforme a figura I.1. Em termos de
potencial gravitacional, a energia potencial é maior em hA e o corpo desloca-se no sentido do menor
potencial. Podemos pretensiosamente dizer que a natureza procura o movimento na direção de menor
potencial. Neste sentido, interpretamos a corrente elétrica (carga em movimento) apenas na presença de
uma diferença de potencial elétrico (ddp).
A medida da ddp ou tensão elétrica é realizada através do voltímetro. Como o objetivo deste
instrumento é medir a diferença entre o potencial de dois pontos, ele está sempre conectado em paralelo
ao componente a ser analisado. De forma a não interferir no circuito em medição, sua resistência deve
tender a infinito em um caso ideal.
Os condutores elétricos possuem uma propriedade denominada resistência, que está associada a
dificuldade da passagem de corrente elétrica. Em um fio condutor de forma cilíndrica, existe uma
dependência com o comprimento L deste fio, a área A de sua secção transversal e o material que o
constitui. Cada material tem uma resistividade característica, de forma que a resistência R do fio é dada
por: . A resistência elétrica R de um resistor também pode ser obtida através de sua definição
, onde U é a tensão ou ddp nos extremos de um resistor e I é a corrente elétrica que o percorre.
2
INTRODUÇÃO
Circuito defasador
Todo elemento a ser adicionado a um circuito deve ficar entre dois destes quadrados como
esquematizado na figura I.3. As cinco conexões em curto (bornes) podem ser entendidas como nós naquele
ponto em particular. A fonte de tensão ou gerador de funções é externa à caixa e alimentará o circuito
através da conexão entre os fios vermelho (polo positivo) e preto (polo negativo ou terra quando for o
caso).
R1
R2
R3
Figura I.3: esquema de um circuito com fonte de tensão e três resistores em série e circuito real montado na
protoboard.
Para operá-lo corretamente como amperímetro ou voltímetro devemos selecionar a sua função
conforme a unidade (A- amperímetro e V – voltímetro), o tipo de tensão (alternada ou contínua) e o fundo
de escala. Uma vez selecionado, acoplamos:
3
INTRODUÇÃO
Caso o amperímetro seja colocado em paralelo, o fato de sua resistência ser pequena fará que a
corrente no circuito seja desviada para o instrumento de medida. Isto acarretará a queima do
amperímetro.
Alguns multímetros possuem outras funções, dentre as quais destacamos as capazes de medir a
capacitância, a indutância, a frequência e a continuidade.
– Ohmímetro
mA – amperímetro
escala até 200 mA Comum
As incertezas instrumentais associadas aos valores medidos com um multímetro digital dependem
da escala utilizada, e vêm especificados no manual de cada instrumento. Por exemplo, nos multímetros
digitais da marca Minipa modelos ET-2095/ET-2510, a incerteza na escala de tensão contínua está dado
por:
± (0.5 % + 2D),
e isso significa: ± (0.5 % do valor da leitura + duas vezes o dígito menos significativo da escala).
Por exemplo, se tivermos uma medida de 2.335 V (na escala até 6.000 V), a incerteza associada
será:
(2,34 ± 0,01) V
O mesmo procedimento é aplicado em qualquer outra escala. As tabelas dos multímetros utilizados
em nosso curso encontram-se no apêndice desta apostila e afixadas no laboratório.
4
INTRODUÇÃO
Por fim, muitas vezes obtemos grandezas indiretamente através dos resultados de outras medidas.
Este tipo de medição indireta implica operações matemáticas ou fórmulas nas quais a incerteza padrão
combinada uC desta grandeza indireta dependerá das incertezas das outras medidas. Se a grandeza indireta
Z é uma função de N grandezas X1, X2, X3,...., XN :
Então a incerteza padrão combinada é:
Para algumas funções envolvendo operações mais simples, podemos deduzir algumas expressões
conforme a tabela abaixo. Por simplicidade, adotemos que
Função
Incerteza Padrão Combinada uC(Z)
5
EXPERIMENTO I
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
MATERIAL UTILIZADO: caixa de montagem (protoboard), fonte de alimentação contínua (DC), multímetros,
resistores e acessórios.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Em um circuito de resistores associados em série a tensão total é igual à soma das tensões em cada
componente, enquanto a corrente é a mesma em todos os componentes. Isto nos leva a dizer que, em um
circuito em série, a resistência equivalente Req é a soma das N resistências:
Do mesmo modo, em uma associação em paralelo a corrente total é igual à soma das correntes em
cada ramo, enquanto a tensão é a mesma em todos os componentes. Desta maneira, a soma dos inversos
das resistências é igual ao inverso da resistência equivalente do circuito:
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A) MEDIDAS
Todas as medidas DEVEM ser estar associadas com as suas respectivas incertezas.
A1) Escolher pelo código de cores dois resistores de valores diferentes R1 e R2. Anote seus valores nominais
considerando o código de cores assim como suas incertezas.
A2) Configure o multímetro para a função ohmímetro. Meça os respectivos valores das resistências e
calcule as incertezas pelas tabelas dos instrumentos. Repare as diferenças dependendo do fundo de escala
utilizado.
6
EXPERIMENTO 1– ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
a) b)
B) CIRCUITO EM SÉRIE
Monte o circuito da figura 1.1a. Ajuste a tensão da fonte VF entre 8,00V e 10,00V e use o voltímetro para
calibrar e medir seu valor.
B.2) Com o amperímetro conectado ao circuito, meça os valores das tensões na fonte (VF), nos resistores R1
e R2 (VR1 e VR2)e nos terminais do amperímetro (VAMP).
C) CIRCUITO EM PARALELO
Usando os mesmos resistores, monte o circuito da figura 1.1b. Calibre a fonte VF com o voltímetro entre
8,00V e 10,00V.
C.1) Meça com o amperímetro, os valores das correntes IT, I1 e I2. CONECTE O AMPERÍMETRO SEMPRE EM
SÉRIE.
Realizaremos uma análise teórica de cada circuito para comparar com os valores obtidos no experimento.
Utilize os valores medidos de VF±u(VF), R1±u(R1) e R2±u(R2) medidos pelo multímetro. Leve em conta as
incertezas e propague-as quando for o caso.
D.1) Para o circuito em série, calcule VR1, VR2 e I e suas respectivas incertezas.
D.2) Compare estes valores com os valores medidos e discuta as eventuais discrepâncias.
D.4) Compare estes valores com os valores medidos e discuta as eventuais discrepâncias.
D.7) Com base nos resultados, calcule o valor da resistência interna do amperímetro na escala utilizada.
7
EXPERIMENTO 1– ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
D.8) Utilizando a corrente e tensão medidas no circuito em série, calcule as resistências Ri±u(Ri).
D.9) Compare os valores das resistências obtidos com o ohmímetro com os obtidos no item anterior. Qual é
o método mais preciso para obter as resistências? Explique.
D.10) Utilize os valores das resistências medidos com o ohmímetro para calcular o valor da resistência
equivalente do circuito (a).
D.11) Compare o valor obtido em D.10) com o valor usando a expressão: REQ=VF/I. Explique a diferença
entre eles. É comparável ao valor da resistência interna do amperímetro?
D.12) Calcular as potências dissipadas em cada resistor, assim como a potência total no circuito (a).
8
EXPERIMENTO 1
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
NOMES RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A) MEDIDAS
B) CIRCUITO EM SÉRIE
C) CIRCUITO EM PARALELO
I-1
Experimento 1 – Física Experimental B
I ± u(I): ____________________
D2) _________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
IT ± u(IT): ________________
D4) _________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
D5)_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
D6)_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
D9)COMPARAÇÃO:____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
D11)________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
COMPARAÇÃO:_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
CONCLUSÕES
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
I-2
EXPERIMENTO 2
MATERIAL UTILIZADO: caixa de montagem (protoboard), fonte de alimentação contínua (DC), dois
multímetros, resistores, lâmpada, diodo e acessórios.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
RL RD
Utilize a tabela de código de cores existente no laboratório e identifique os resistores R1 (menor que
5k ) e R2 (maior que 100k ).
A.1.1) Confira os valores com um ohmímetro e anote as respectivas incertezas.
Com o circuito da figura 2.1(a), conecte o resistor R1 nos pontos X e Y do circuito. Para minimizar as
incertezas associadas às medidas, trabalhe sempre no melhor fundo de escala para o valor medido.
A.1.2) Variar a tensão da fonte em passos iguais, medindo simultaneamente a tensão VR em XY e a
corrente I no circuito, para construir uma tabela com os valores de VR e I, medindo no mínimo 10 pontos
entre -10V e 10V. Colocar a fonte em 0V.
A.1.3) Substituir o resistor R1por R2. Usar escala 200µA e repetir (A.1.2).
A.1.4) Para verificar a influência dos instrumentos de medida, mantenha a tensão aplicada V=10V, e
anote a corrente lida no amperímetro. A seguir, desconecte o voltímetro do circuito e meça novamente a
corrente.
A.1.5) Explique a discrepância entre as duas medidas. Este fato influenciará no cálculo de R2? Efetue os
cálculos para responder. Colocar a fonte em 0V.
D.1) Construir, em papel milimetrado, o gráfico de I versus VR (I no eixo vertical e VR no eixo horizontal)
para os resistores R1 e R2.
D.2) Utilizando o Método dos Mínimos Quadrados (MMQ), obtenha os valores de R1 ± u(R1) e R2 ± u(R2).
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EXPERIMENTO 2 – A LEI DE OHM - CURVAS CARACTERÍSTICAS DE COMPONENTES ELÉTRICOS
D.3) Compare com os valores obtidos nas leituras diretas com o ohmímetro. Os valores coincidem ou
existem discrepâncias? Justifique sua resposta.
D.4) Estes resistores podem ser considerados ôhmicos? Justificar sua resposta.
D.5) Construir, em papel milimetrado, o gráfico de I versus VL para a lâmpada.
D.6) Utilizando o gráfico, obter os valores da resistência da lâmpada nas tensões de -1V, -3V, -5V, 1V, 3V
e 5V.
D.7) A lâmpada pode ser considerada um componente ôhmico? Justificar sua resposta.
D.8) Construir, em papel milimetrado, o gráfico de I versus VD para o diodo. Lembrar que na polarização
reversa, I e VD são negativos e na polarização direta eles são positivos. O eixo horizontal deve ser de -5V a
1V.
D.9) O diodo pode ser considerado um componente ôhmico? Justifique sua resposta.
11
EXPERIMENTO 2
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A) RESULTADOS:
RP ± u(RP): ________________
A.1.4) Corrente:
II - 1
Experimento 2 – Física Experimental B
D.3) ____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
D.4) ____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
D.5) Gráfico de I versus VL para a lâmpada.
D.6) Resistência da lâmpada nas tensões de -1V, -3V, -5V, 1V, 3V e 5V:
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
II - 2
EXPERIMENTO 3
ANÁLISE DE CIRCUITOS
OBJETIVOS: Descobrir, através de medidas de corrente e tensão e das leis de Kirchhoff, o esquema de um
circuito elétrico contido dentro de uma caixa preta, contendo 07 lâmpadas.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Este experimento consiste em uma ótima atividade de aplicação das leis de Kirchhoff. Antes de começar o
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL, vamos efetuar os cálculos e a análise do circuito da Figura 3.1. Este tipo
de exercício contribuirá para a posterior descoberta do esquema do circuito proposto.
Para simplificar, vamos supor que R1=R2=R3=100 e Vf=10V.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A) MEDIDAS
ANOTE A REFERÊNCIA DA CAIXA UTILIZADA POR SEU GRUPO. Será utilizada uma caixa contendo 07
lâmpadas, esquematizada na figura 3.2. Examinando a caixa, observa-se que ela tem uma entrada para
tensão que deverá ser conectada na fonte de tensão contínua regulada em 6,0V (Atenção, não aplicar mais
de 6,0V). A chave seletora modifica o circuito a ser usado. Use primeiro na posição B, que é mais simples e
depois na posição A.
Alinhado com cada lâmpada existe um curto-circuito do tipo ponte, por onde passa a corrente da
respectiva lâmpada. Os curtos devem permanecer encaixados. Para medir a corrente que passa por uma
determinada lâmpada, deve-se retirar o curto correspondente a ela e inserir o amperímetro no local. Após
a medição recolocar o curto.
A tensão em cada lâmpada é medida diretamente nos terminais do soquete que a sustenta,
utilizando o voltímetro. Não é preciso anotar os sinais + e nas medidas e nem as incertezas. Existe uma
lâmpada no circuito na qual a corrente é a própria corrente total no circuito.
12
EXPERIMENTO 3 – ANÁLISE DE CIRCUITOS
Entrada da
alimentação Chave seletora
de circuito
Curtos ou jumpers
Lâmpadas
Figura 3.2: esquema da caixa de montagem contendo 7 lâmpadas com circuito desconhecido.
Circuito B:
A.1) Preencha a tabela 1 do formulário. Ela deverá conter a tensão e a corrente em cada uma das 07
lâmpadas , a corrente total e a tensão de alimentação do circuito.
A.2) Preencha a tabela 2 do formulário. Esta segunda tabela está organizada como se fosse uma matriz
7x7. Na 1ª linha estão indicadas as lâmpadas L1, L2, L3, L4,L5, L6 e L 7. À esquerda na 1ª coluna, observamos a
mesma indicação. Cada uma das linhas desta 1ª coluna indica a lâmpada que será retirada do circuito
(excluindo-se o curto).
Ao retirar-se esta lâmpada, anote os resultados das correntes nas outras lâmpadas. Por exemplo, para
preencher a 4ª coluna (correntes em L3), retire o curto de L3, e insira o amperímetro nesta conexão. Retire
o curto da lâmpada 1 e meça e anote a corrente. Retire o curto da lâmpada 2, coloque-o na posição da
lâmpada 1 e meça e anote a corrente em L3 novamente. Repita para as outras lâmpadas.
Atenção: Uma lâmpada aparentemente apagada não significa que está sem corrente. Quando a lâmpada
apagar, mesmo assim deve-se medir a corrente!
Não retirar as lâmpadas de seus soquetes, mas apenas retirar o respectivo conector (curto) e após as
observações, recolocá-lo no lugar ao desligar a próxima lâmpada. Verificar se todas as lâmpadas estão bem
apertadas e se acendem.
Deve-se medir a corrente e confirmar, se o valor for zero ela está realmente apagada (desligada).
Nesse caso colocar zero na tabela. O traço indica quando o curto correspondente foi retirado. Pela análise
das correntes e tensões, combinando-as, pode-se verificar a necessidade de desligar duas ou mais
lâmpadas simultaneamente, para completar a análise. Não deixe de fazer isso.
Circuito A:
A.3) Repita o mesmo procedimento anterior depois de mudar a chave seletora da caixa de montagens.
B) RESULTADOS:
B.1) A partir dos dados obtidos, montar o esquema para a chave na posição B.
B.2) Verificar para cada malha e cada nó do circuito, as leis de Kirchhoff: das tensões e das correntes. Se o
esquema estiver correto, as duas leis serão válidas.
B.3) A partir dos dados obtidos, montar o esquema para a chave na posição A.
B.4) Verificar para cada malha e cada nó do circuito, as leis de Kirchhoff: das tensões e das correntes. Se o
esquema estiver correto, as duas leis serão válidas.
Os esquemas encontrados devem ser apresentados como indicado no modelo de relatório.
B.5) No circuito B, qual pólo da fonte (+ ou ) deve ser desligado e religado em outro ponto do circuito
(assinalar um nó como ponto P) para formar o circuito A?
13
EXPERIMENTO 3
ANÁLISE DE CIRCUITOS
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Tabela 1 - POSIÇÃO B
Lâmpada L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7 Total
Tensão (V)
Corrente
(mA)
Tabela 2 - POSIÇÃO B
Retira L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7
L1 --------
L2 ---------
L3 --------
L4 --------
L5 --------
L6 --------
L7 -------
Tabela 3 - POSIÇÃO A
Lâmpada L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7 Total
Tensão (V)
Corrente
(mA)
Experimento 3 – Física Experimental B
Tabela 4 - POSIÇÃO A
Retira L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7
L1 --------
L2 ---------
L3 --------
L4 --------
L5 --------
L6 --------
L7 -------
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
III - 2
Experimento 3 – Física Experimental B
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
B.5) Mudança do ponto de aplicação de um dos pólos da fonte de alimentação, que transforma um circuito
no outro. Qual é esta modificação?
___________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________
CONCLUSÕES
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
III - 3
EXPERIMENTO 4
TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
OBJETIVOS: Estudar as condições de máxima transferência de potência entre uma fonte e um resistor.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Em eletricidade, a energia é transferida de uma fonte para um receptor, que em nosso caso,
trataremos como um resistor R. É conveniente trabalhar com a energia transferida por unidade de tempo,
ou seja, a potência transferida ao resistor R. Chamaremos esta potência de potência útil (Pu). As
resistências parasitas podem ser tratadas como uma única resistência interna da fonte r, em série com o
receptor conforme o circuito ilustrado na figura 4.1a.
a) b)
Figura 4.1: a) circuito real considerando a resistência elétrica da fonte; b) circuito a ser analisado.
(equação 4.1)
(equação 4.2)
Caso a resistência interna fosse nula, a potência útil para valores muito pequenos de R tenderia a
infinito. No entanto, devido à resistência interna r≠0, a potência útil é nula tanto para R=0 como para R
tendendo a infinito. A potência útil tem um valor máximo para um determinado valor de R que pode ser
obtido através dos testes da derivada primeira e segunda com a equação 4.2. Este valor é R=r e quando
esta condição é atingida, dizemos que há o casamento entre as impedâncias do circuito. (Verifique!)
14
EXPERIMENTO 4 – TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
(equação 4.3)
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A) MEDIDAS
Montaremos o circuito da figura 4.1b, onde r=47 representará a resistência interna da fonte. O
voltímetro medirá apenas a tensão no resistor R. O resistor R será um resistor variável (potenciômetro) já
inserido na placa de montagens. É conveniente testar o potenciômetro com o multímetro e verificar o
intervalo de resistências girar o seletor antes de inseri-lo no circuito.
A fonte deve ser ajustada para VF=5V e será mantida fixa durante o experimento. Observe que, com
o circuito montado, a tensão VR e a corrente I variam conforme se varia o potenciômetro. Mediremos no
mínimo 30 pontos iniciando-se de VR=0 a VR=5V.
Com os valores de VR e I, auxiliados por uma tabela ou planilha de cálculos, poderemos obter a
resistência R, a potência útil Pu, a potência total PT e o rendimento ou eficiência conforme o modelo
abaixo.
RESULTADOS
B1) Construa em duas folhas de papel milimetrado, de forma a superpor os resultados com a mesma escala
horizontal para R, os seguintes gráficos:
i) PuXR e XR
ii) PTXR e PuXR
B2) Encontre no gráfico o valor no qual é Pu é máxima. Compare com o valor de r medido anteriormente.
15
EXPERIMENTO 4
TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________ _______________________________________
A) MEDIDAS
B) RESULTADOS
R=______
IV - 1
Experimento 4 – Física Experimental B
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
=______
B7) Qual a região de valores nos quais o rendimento é máximo? Compare e explique os com os
resultados obtidos.
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Conclusões
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
IV - 2
EXPERIMENTO 5
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Até este momento, exploramos circuitos elétricos submetidos à tensão contínua (CC), ou seja, a
ddp aplicada mantinha-se constante ao longo do tempo. Neste experimento, o circuito elétrico será
submetido a uma tensão que varia ao longo do tempo (CA). A forma desta onda pode ser visualizada
através do osciloscópio. Este instrumento permite obter a tensão em um elemento do circuito em função
do tempo. Através da visualização desta forma de onda, podemos extrair a amplitude ou valor de pico da
ddp, seu período (e frequência) e a diferença de fase com relação a outro sinal.
A forma mais comum desta ddp é a função senoidal expressa por: , onde
V0 é denominada amplitude ou tensão de pico (também VP), é a frequência angular, relacionada com a
frequência f ( f) e período T (f=1/T) e é a diferença de fase com relação a uma referência.
Neste método, a defasagem de tempo entre os dois sinais é medida diretamente em número de
divisões da tela do osciloscópio.
A seguir, mede-se o período também em divisões. Lembrando-se que um período de uma senóide
vale 360 graus ou 2 radianos, calcula-se através de uma regra de três simples a defasagem angular entre
os sinais.
Nas medidas de ângulos de fase entre dois sinais senoidais, os sinais dos dois canais (CH1 e CH2)
podem ser visualizados de outra maneira. No chamado modo XY do osciloscópio, o eixo horizontal (X)
acompanha o sinal proveniente do canal 1 e o eixo vertical (Y) o canal 2. A figura resultante da composição
dos dois sinais é denominada figura de Lissajous. A forma dessa figura depende da diferença de fase entre
os dois sinais e da relação de frequências entre eles. No caso de frequências iguais, podem aparecer na tela
uma reta, uma elipse, ou um círculo. A figura 5.1, mostra as figuras de Lissajous para os ângulos de fase de
0o, 45o e 90o.
EXPERIMENTO 5 – INTRODUÇÃO À CORRENTE ALTERNADA (AC)
Eliminando-se o tempo nas equações de cada onda, podemos prever matematicamente a figura
observada e determinar a diferença de fase através da figura. Adotaremos como notação as letras
minúsculas para indicar as funções temporais e, as letras maiúsculas para indicar as amplitudes destas
funções. Consideremos as ondas:
e ,
17
EXPERIMENTO 5 – INTRODUÇÃO À CORRENTE ALTERNADA (AC)
É interessante notar que substituindo os valores de como 0o, 45o e 90o, devemos obter a equação
das figuras exibidas na figura 5.1. Notemos que é possível obter um ângulo de fase qualquer tomando X=0
(ou Y=0), através da relação (verifique):
caso a figura observada for semelhante à 5.2a. Caso seja semelhante à 5.2b, temos:
(a) (b)
o
Figura 5.2: obtenção da diferença de fase através da figura de Lissajous – (a) ângulos menores que 90 e (b) maiores
o
que 90 (direita).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
ATENÇÃO: JAMAIS TENTE MEDIR A TENSÃO DA REDE ELÉTRICA (TOMADA) COM O OSCILOSCÓPIO!
MEDIDAS DE TENSÃO
Montar o circuito da figura 5.3. Mediremos as diferenças de potencial entre os terminais da fonte e os
resistores R1 e R2 utilizando tanto o multímetro como o osciloscópio.
18
EXPERIMENTO 5 – INTRODUÇÃO À CORRENTE ALTERNADA (AC)
A.1.i) Medir a diferença de potencial nos terminais da fonte e resistores: VF, VR1 e VR2 com o multímetro e
com o osciloscópio.
A.1.ii) Compare estes valores com relação às medidas com o multímetro e com o osciloscópio. Qual o mais
preciso? Explicar.
A.2.i) Medir com o multímetro a d.d.p. entre os dois terminais escolhidos do transformador VF. VR1 e VR2.
Repita as mesmas medidas utilizando o osciloscópio. Para isto, meça a tensão de pico (zero a pico) de VF,
VR1 e VR2.
A.2.ii) Meça o período T e calcule a frequência f da tensão do transformador.
A.2.iii) Compare os valores das tensões obtidas nas medidas com o multímetro e com o osciloscópio e
explique o motivo das discrepâncias.
B) MEDIDAS DE DEFASAGEM:
Desconecte e guarde os componentes utilizados no circuito 5.3. Utilizaremos o circuito defasador
incluído na caixa de montagens. Ele será alimentado pelo gerador de sinais (ou funções). Regule a saída do
gerador de sinais através do osciloscópio, no intervalo 3-5V pico a pico e frequência 1,2kHz. Conecte-a na
entrada do circuito defasador.
Utilize os dois canais do osciloscópio (CH1 e CH2) para visualizar na tela as duas senóides no modo normal
de exibição (YT). A conexão central deve ser usada como terra ou comum.
B.1) Meça a diferença de fase entre as duas senóides para as três posições da chave do circuito defasador,
pelo método das duas ondas. Esboce um período das figuras observadas no osciloscópio para cada posição.
B.2) Mude a base de tempo do osciloscópio para o modo XY e meça a defasagem para as três posições da
chave através das Figuras de Lissajous. Esboce um período da figura observada no osciloscópio para cada
posição.
B.3) Comparar os resultados obtidos pelos dois métodos.
C.1) Calcular a potência dissipada em cada resistor usando a expressão: para cada um dos
valores obtidos com o multímetro e osciloscópio no item A).
C.2)Compare as medidas com os dois instrumentos nas condições de corrente contínua e alternada. Qual o
motivo da discrepância entre os valores?
C.3) Qual a maneira correta para o cálculo das potências dissipadas através dos valor da tensão medido
com o osciloscópio? Usar as equações de definição.
19
EXPERIMENTO 5
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
RESULTADOS
A) MEDIDAS DE TENSÃO
i) Multímetro:
i) Osciloscópio:
ii) Comparação:__________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A.2) TENSÃO ALTERNADA
i) Multímetro:
i) Osciloscópio:
VF ± u(VF): ________________ VR1 ± u(VR1): ________________ VR2 ± u(VR2): ________________
iii) Comparação:__________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
B) DIFERENÇA DE FASE
V-1
Experimento 5 – Física Experimental B
B.3) Comparação:_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
C) POTENCIA DISSIPADA
Tensão Alternada
C.2) Comparação:_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
C.3) Correção:____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Conclusões
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
V-2
EXPERIMENTO 6
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Q C V , (Equação 6.1)
onde C é a capacitância do capacitor, dependente de fatores tais como a geometria do capacitor e o tipo
de isolante entra as placas. No Sistema Internacional de unidades (SI), C é medida em FARAD (F).
O FARAD, entretanto, é uma unidade muito grande. Os capacitores comerciais são medidos em seus
submúltiplos e os mais comuns são:
1F = 10-6 F (micro-farad)
Visualizamos o circuito RC em série na figura 6.1. Quando a chave S está conectada ao ponto 1,
temos o processo de carga do capacitor enquanto que, mudando a chave S para a posição 2, o capacitor
descarregará. Este mesmo esquema pode ser visualizado ao considerarmos como fonte de tensão um
gerador alimentando o circuito com uma onda quadrada. Neste caso, ora teremos uma tensão V0, ora
teremos uma tensão nula, tal como o chaveamento ilustrado pelas posições 1 e 2. Vamos analisar cada um
destes casos.
V0 VR VC
V0
Figura 6.1 – À esquerda, temos o esquema de chaveamento para um processo de carga (chave na posição 1) e
descarga (chave na posição 2). Este chaveamento é semelhante à aplicação de uma onda quadrada por um gerador
de sinais (à direita).
dQ
Sabemos que a corrente é dada por I . Logo, substituindo na lei de Kirchhoff, temos:
dt
dQ Q dQ Q V
V0 R ou 0 0 (Equação 6.2)
dt C dt RC R
t
que nos fornece como solução: Q(t ) C V0 ( 1 e RC
).
Do ponto de vista prático, é interessante obter a solução de grandezas mensuráveis. Desta maneira,
substituindo Q(t) nas equações de VR e VC temos:
t
VR V0 e RC
tensão no resistor no processo de carga. (Equação 6.3)
t
VC V0 ( 1 e RC
) tensão no capacitor no processo de carga. (Equação 6.4)
I0
I ( ) 0,3679 I 0
e
e a carga no capacitor que em t = 0 era Q=0 aumenta para Q () = 0.6312 CV0. Em um tempo muito grande,
a corrente no circuito cai a zero e a carga no capacitor atinge o seu valor máximo Q(t→) = CV0
21
EXPERIMENTO 6 - CIRCUITO RC – RESPOSTA TEMPORAL
Quando a tensão no gerador muda para zero (posição 2 da chave na figura), a 2ª lei de Kirchhoff no
circuito se reduz a 0 V R V C . Nosso problema se reduz portanto a encontrar a solução de:
dQ Q
0.
dt RC
t
Verifique que a solução é Q(t ) C V0 e RC
. Substituindo Q(t), nas equações de VR e VC:
t
VR V0 e RC
tensão no resistor no processo de descarga. (Equação 6.5)
t
VC V0 e RC
tensão no capacitor no processo de descarga. (Equação 6.6)
Agora a corrente flui no sentido contrário ao da situação inicial (este é o motivo do sinal negativo
em VR) e o capacitor, que inicialmente estava carregado com uma carga Q0=CV0, se descarrega até a
situação final Q = 0. Podemos medir a constante de tempo do circuito através do tempo de meia-vida
t T1 / 2 que é o tempo no qual a corrente (ou a tensão em R) cai pela metade do seu valor inicial, ou seja:
T1 / 2
V0
V R ( T1 / 2 ) V0 e RC
2
T1 / 2
1
e RC
2
Aplicando logaritmo neperiano ln , nos dois lados da equação acima, temos:
T1 / 2 R C ln 2
T1 / 2 ln 2 . (Equação 6.7)
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
22
EXPERIMENTO 6 - CIRCUITO RC – RESPOSTA TEMPORAL
A.1) Com a chave na posição B, serão anotadas as medidas de VR e VC em função do tempo, com intervalos
de 5 segundos, até o capacitor se carregar completamente, isto é, até perceber que VC se estabiliza (isto
deve ocorrer por volta de 120 s). Aguarde 5min para o carregamento total do capacitor.
A.2) Passar a chave para a posição A e medir novamente de VR e VC até o capacitor se descarregar
completamente. Prestar atenção à polaridade dos sinais medidos.
A.3) Com base nas tabela de VR e VC construa os gráficos do processo de carga em função do tempo em
uma mesma folha de papel milimetrado.
A.4) Construa o gráfico de VR em função do tempo obtidos durante o processo de carga do capacitor em
uma folha de papel monolog.
A.5) Construa os gráficos de VR e VC relativos ao processo de descarga do capacitor em função do tempo
em uma segunda folha de papel milimetrado.
A.6) Obtenha a partir dos gráficos lineares o tempo de meia-vida T1/2 do circuito.
A.7) Calcule a constante de tempo τ ± u(τ).
A.8) Obtenha a partir do gráfico em papel monolog a constante de tempo τ.
A.9) Compare com o valor esperado. Os resultados são equivalentes? Discuta.
(a) (b)
Figura 6.2 – (a) montagem do circuito para medida da tensão no resistor R e (b) montagem do circuito para medida da
tensão no capacitor C.
Montar os circuitos da Figura 6.2, com R = 560Ω e C = 22nF (ou R =1kΩ e C=4,7nF). As tensões VR e VC
serão medidas com o osciloscópio e a tensão da fonte será fornecida por um gerador de sinais ajustado
para onda quadrada com tensão de pico entre 3 e 5V.
B.1) Medir, a partir das figuras obtidas na tela do osciloscópio, o tempo de meia-vida do circuito, T1/2, para
VR e VC conforme os circuitos da figura 6.2. A partir destes valores, calcule a constante de tempo . Qual o
mais confiável?
B.2) Desenhar um período, preenchendo completamente a tela do osciloscópio, para VR e VC .
B.3) Usando o valor de R medido com o ohmímetro e o valor calculado da constante de tempo mais
confiável, calcule o valor da capacitância C.
B.4) Compare o valor nominal com o valor experimental calculado da Capacitância.
23
EXPERIMENTO 6
CIRCUITO RC –RESPOSTA TEMPORAL
TURMA: ___ DATA: __/__/____
NOME RA
RESUMO:_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
RESULTADOS:
A.9)Discussão:_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Experimento 6 – Física Experimental B
B.3) Capacitância
nominal calculado
C± u(C)
B.4)Comparação:
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
CONCLUSÕES
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
VI - 2
EXPERIMENTO 7
CIRCUITO RC –
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
(equação 7.1)
B (terra)
Sabemos que a tensão no resistor e a tensão no capacitor são dadas respectivamente por:
e (equações 7.2)
I0
V 0 sen ( t ) R I 0 sen t cos t
C
É fácil verificar que a relação acima é válida desde que os termos entre parênteses sejam
nulos. Tem-se então que:
I0
V 0 cos R I0 e V 0 sen (equações 7.3)
C
1
arc tg . (equação 7.4)
R C
1
V 02 ( cos 2 sen 2 ) ( R2 2
) I 02
( C)
2
V 02 V0
I 0 ou I0 (equação 7.5)
2 1 1
R R2
( C )2 ( C )2
1
Note que ( ) tem dimensão de resistência ( ) e recebe o nome de Reatância
C
Capacitiva. A reatância é análoga à resistência dos circuitos de corrente contínua, porém depende
da frequência à qual é submetida. Como a tensão no resistor é diretamente proporcional à
corrente I então pode ser visto como a defasagem no tempo entre a tensão VR e a tensão
aplicada VG.
25
EXPERIMENTO 7 – CIRCUITO RC - RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
A partir das equações (7.2) podemos obter o valor de pico da tensão no resistor e no
capacitor (VERIFIQUE!):
V0 R
VR R I0 (equação 7.6)
1
R2
( C )2
V0
VC (equação 7.7)
(R C )2 1
Das equações 7.3 à 7.5, observa-se que ângulo de defasagem R entre a tensão no
gerador e a tensão no resistor VR e V0 é dado por:
VR
R arc cos (equação 7.7)
V0
VC
C arc cos (equação 7.8)
V0
FREQÜÊNCIA DE CORTE:
VC ( c ) VR ( c )
V0 V0 R
.
(R C )2 1 2 1
R
( C )2
26
EXPERIMENTO 7 – CIRCUITO RC - RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
1
Chamando de c a igualdade acima nos informa que: c
RC
1
fc
2 RC
Substituindo a expressão de f c em V C ( c ) VR ( c ):
V0
VC ( c ) VR ( c ) 0,707 V 0
2
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Montaremos o circuito da figura 7.2, ajustando o gerador de sinais com tensão de pico-
PP
a-pico V 0 =4,0V. Nosso objetivo é medir VR e posteriormente VC em função de um grande
intervalo de frequências. Um dos canais do osciloscópio deve ser mantido no gerador de sinais
de forma a verificar que o valor de V0 é mantido constante. Sempre que V0 variar, ajuste o
PP
gerador para manter V 0 =4,0V.
A) MEDIDAS
A.4) Calcular a diferença de fase, C, entre VR e VG para cada valor de f. Utilize uma planilha de
cálculos se desejar.
27
EXPERIMENTO 7 – CIRCUITO RC - RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
Figura 7.2 – Circuito RC em série alimentado por uma tensão alternada. Nas medidas a serem realizadas, é
importante manter as conexões relativas ao “terra” comuns ao gerador de sinais e osciloscópio. Desta
maneira, a figura à esquerda representa o circuito para medir-se VC. Para medir-se VR, trocamos R e C de
lugar (figura central). Para medir VC, retornamos ao circuito original (à direita).
B) GRÁFICOS:
B.1) Com base nas tabelas obtidas, construir em uma mesma folha de papel mono log, os gráficos
de VR e VC em função da frequência (lançar f na escala logarítmica, na horizontal).
B.2) Construir os gráficos de R e C versus f em uma mesma folha de papel mono-log. No eixo
vertical, posicionar R = C= 0o no meio da folha.
D) QUESTÕES ADICIONAIS:
D.1) Com base nos resultados desta experiência, porque o circuito RC em CA é chamado de
“filtro”?
D.2) O que é um filtro RC passa alta frequência? Exemplo.
D.3) O que é um filtro RC passa baixa frequência? Exemplo.
28
EXPERIMENTO 7
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
DADOS EXPERIMENTAIS
Comparação: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
VII - 1
Experimento 7 – Física Experimental B
PP
C.2) Medidas de V RPP e V C
f= 0,5fC f= fC f= 2fC
V RPP u (V RPP )
_________________ _________________ _________________
Soma algébrica
_________________ _________________ _________________
Explicação:______________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
Conclusões
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
VII - 2
EXPERIMENTO 8
CIRCUITO RL
RESPOSTAS TEMPORAL E EM FREQUÊNCIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Se for aplicada uma variação na corrente, o indutor tentará mantê-la constante, induzindo
uma força eletromotriz ( L) ou tensão (vL) contrária à variação da corrente. Esta diferença de
potencial é dada em módulo por :
di
L . vL L (equação 8.1)
dt
1V .1 s
onde L é a indutância do indutor. Sua unidade é o Henry (H), definido por: 1 H
1A
(a)
(b)
V0
Figura 8.1 – Circuito RL em série alimentado por uma onda quadrada pode ser entendido como um sistema
de chaveamento no qual quando a chave S está conectada ao terminal 1 temos uma tensão contínua V 0
aplicada e quando na posição 2, não temos alimentação.
29
EXPERIMENTO 8 – CIRCUITO RL – RESPOSTAS TEMPORAL E EM FREQUÊNCIA
di
V0 Ri L
dt
di Ri V0
0
dt L L
R R
t t
L L
iR V0 (1 e ) e iL V0 e . (equações 8.3)
L
O quociente tem a dimensão de tempo e recebe o nome de constante de tempo
R
indutiva do circuito .
L
(equação 8.4)
R
Quando t = , a tensão no indutor, que no tempo t = 0 era V L = V 0 , cai para um valor
V0
VL ( ) 0,3679 V 0 e a tensão no resistor, que em t = 0 era V R = 0 , aumenta para
e
VR ( ) 0,6312 V 0 .
Quando a tensão no gerador é mudada para zero (posição 2 da chave na Figura 8.1), a lei
de Kirchhoff no circuito se reduz a:
di
0 = vR + vL ou Ri L 0.
dt
Esta equação diferencial é facilmente integrável, e, supondo que na primeira parte houve
tempo suficiente para a corrente no circuito atingir o seu valor máximo, obtém-se a solução:
R
V0 L
t
i e (equação 8.5)
R
Substituindo i(t), nas equações de vR e vL :
30
EXPERIMENTO 8 – CIRCUITO RL – RESPOSTAS TEMPORAL E EM FREQUÊNCIA
R R
t t
L L
vR V0 e e vL V0 e (equações 8.6)
A equação da corrente mostra que o indutor tenta impedir a variação desta quando a
chave é mudada de posição. A corrente vai decaindo lentamente, mantendo o sentido que ela
tinha quando a bateria estava conectada.
Para medir a constante de tempo indutiva do circuito, pode-se usar o tempo de meia-vida
T1/2, que é o tempo no qual a corrente (ou a tensão em R) cai pela metade do seu valor inicial:
Aplicando logaritmo neperiano ln , nos dois lados da equação acima nos fornece:
L
T1 / 2 ln 2 T1 / 2 ln 2 (equação 8.7)
R
Consideremos agora que o circuito RL ligado em série é alimentado por uma tensão
alternada de forma senoidal v g V 0 sen ( t ) . Logo, a corrente no circuito possui a forma
i I 0 sen t . Aplicando a lei de Kirchhoff ao circuito da figura 8.2, obtemos:
A relação é válida desde que os termos entre parênteses sejam nulos, logo:
V 0 cos R I0 e V 0 sen L I0 (equações 8.8)
L L
O valor de é obtido dividindo-se as equações 8.8: tg → arc tg .
R R
V 02 ( cos 2 sen 2
) [ R2 ( L ) 2 ] I 02
31
EXPERIMENTO 8 – CIRCUITO RL – RESPOSTAS TEMPORAL E EM FREQUÊNCIA
2 2 2
V 02
mas ( cos sen ) 1 ,então: I 0 , ou seja,
R2 ( L)2
V0
I0 (equação 8.9)
R2 ( L)2
onde I0 é a amplitude (ou valor máximo) da corrente e V0 é a amplitude da tensão no gerador.
Note que ( L) tem dimensão de resistência ( ) e depende da freqüência. Esta grandeza
recebe o nome de Reatância Indutiva XL.
A defasagem no tempo entre a corrente no circuito e a tensão aplicada recebe o nome de
fase e é representada por . Como a tensão no resistor é diretamente proporcional à corrente i
então pode ser visto como a defasagem no tempo entre a tensão vR e a tensão aplicada vG . A
tensão no resistor vR e tensão no indutor vL são dadas por:
di
vR Ri R I 0 sen t e vL L L I 0 cos t L I 0 sen ( t )
dt 2
Os valores de pico das tensões no resistor e no indutor podem ser calculados usando a
equação 8.9:
V0 R
VR R I0 e
R2 ( L)2
L V0
VL V0 (equações 8.10)
R2 ( L)2 R2
1
( L)2
Analisando os limites de frequência, temos que:
Quando tende para 0 V R V0 , VL 0 e 0
32
EXPERIMENTO 8 – CIRCUITO RL – RESPOSTAS TEMPORAL E EM FREQUÊNCIA
R
c
L
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Figura 8.3 – Circuito RL em série alimentado por uma onda quadrada. Nas medidas a serem realizadas, é
importante manter as conexões relativas ao “terra” comuns ao gerador de sinais e ao osciloscópio. Desta
maneira, a figura à esquerda representa o circuito para medir-se VR. Para medir-se VL, trocamos R e L de
lugar (direita).
A.1) A partir das figuras visualizadas no osciloscópio, desenhar as formas das tensões observadas,
no resistor VRx t e no indutor VLX t.
33
EXPERIMENTO 8 – CIRCUITO RL – RESPOSTAS TEMPORAL E EM FREQUÊNCIA
A.2) Medir a partir das figuras obtidas na tela do osciloscópio a meia-vida do circuito ea
partir destas, calcular as duas constantes de tempo .
A.3) Comparar as duas constantes de tempo τ. O que se pode concluir?
A.4) Compare os valores experimental e teórico de ±u( ).
A.5) Nomeie como circuito integrador ou diferenciador as tensões de saída VR e VL.
PP
Ajuste o gerador com a função onda senoidal e V 0 =4,0V. Varie a frequência do gerador e
observe a variação da tensão no osciloscópio. Escolha uma faixa de frequências com uma variação
PP
na tensão de pico-a-pico medida entre 0,4V e 3,8V. Verifique sempre o valor da tensão V 0 e
ajuste quando for necessário.
B.1) Com o auxílio do osciloscópio, meça a tensão de pico a pico no resistor V RPP em função da
frequência f e construa uma tabela de V RPP versus f com pelo menos 20 pontos. Na mesma tabela
PP
coloque o valor do ângulo de fase R entre V RPP e V 0 para cada frequência
B.2) Com base nas tabelas obtidas, construa em uma folha de papel mono-log, os gráficos de VR e
VL em função da frequência f (lançar f na escala logarítmica, na horizontal).
B.3) A partir destes dois gráficos, encontre a frequência de corte fC do circuito. Compare com o
valor teórico estimado.
34
EXPERIMENTO 8
CIRCUITO RL
RESPOSTAS TEMPORAIS E EM FREQUÊNCIA
TURMA: ___ DATA: __/__/____
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
RESULTADOS:
CONCLUSÕES
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
VIII - 2
CIRCUITO LC EM SÉRIE
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O capacitor começa então a descarregar-se através do indutor. Isto significa que uma
d q
corrente i i estabelece-se no circuito. Adotaremos a seguinte notação: para as
d t
grandezas elétricas que oscilam senoidalmente, tais como a carga, a corrente ou a diferença de
potencial, representaremos os seus valores instantâneos por letras minúsculas (q, i e v) e
utilizaremos letras maiúsculas para designar as amplitudes destas grandezas (Q, I e V).
Raciocinando como antes, chega-se à conclusão que o sistema retorna finalmente à sua
situação inicial e que o processo se repete iniciando um novo ciclo, com uma freqüência
determinada f à qual corresponde uma freqüência angular , dada por f. Uma vez
iniciadas, essas oscilações LC (no caso ideal descrito, em que o circuito não possui resistência)
continuam indefinidamente, com uma contínua troca de energia entre o campo elétrico do
capacitor e o campo magnético do indutor.
Li2 q
U U B U E (equação B.3)
2 2C2
Esta equação traduz o fato de que, num instante arbitrário, a energia estará armazenada,
parte no campo magnético do indutor e parte no campo elétrico do capacitor. Como supõem-se
não haver resistência no circuito, não há dissipação de energia sob a forma térmica e U
permanece constante com o tempo, embora i e q variem. Numa linguagem mais formal,
dU
0 logo,
dt
dU d Li2 q2 di q dq
( )Li 0.
dt dt 2 2C dt C dt
dq di d2 q
Mas, lembrando que: i e que: temos que:
dt dt dt2
d2 q q
L 0 (equação B.4)
dt2 C
onde Q é a amplitude das variações da carga, ou seja, é a carga máxima que se acumula no
capacitor e é a freqüência natural de oscilação do circuito.
d2q
Substituindo q e na equação B.4, temos que:
dt2
36
CIRCUITO LC EM SÉRIE
Q
2 L Q cos ( t ) cos ( t ) 0
C
que fornece:
1
2 (equação B.5)
LC
Na prática, não se consegue um circuito LC puro, pois o fio que constitui o indutor possui
uma resistência R (mesmo que pequena) e o circuito será sempre um circuito RLC. Isto significa
que, em um circuito LC real, as oscilações não continuam indefinidamente porque sempre existe
alguma resistência presente que retira gradualmente energia dos campos elétrico e magnético e a
dissipa sob a forma de energia térmica. As oscilações, uma vez iniciadas, vão sendo amortecidas e
acabam se extinguindo.
37
EXPERIMENTO 9
CIRCUITO RLC EM SÉRIE –
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
OBJETIVOS: Obter a curva de ressonância de um circuito RLC em série alimentado com tensão
alternada. Determinar o fator de qualidade Q0 deste circuito.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
(a) (b)
Figura 9.1 – (a) Circuito RLC em série alimentado por uma onda senoidal. Em (b), temos o comportamento
temporal da tensão do gerador VG defasada de um ângulo com relação à corrente no circuito (direita).
q I0 di
v R R i R I 0 sen t vC cos t vL L L I 0 cos t
C C dt
1
V 0 sen ( t ) V 0 ( sen t cos sen cos t ) R I 0 sen t I 0 ( L ) cos t
C
O valor de é:
1
L
C
arc tg ( )
R
Logo:
1 2 2
V 02 ( R 2 ( L ) ) I0,
C
que fornece o valor da corrente de pico I0, correspondente à amplitude (ou valor máximo) da
corrente, em função de V0 (amplitude da tensão no gerador):
V 02 V0
I 2
0 ou I0
1 2 1 2
R2 ( L ) R2 ( L )
C C
FREQÜÊNCIA DE RESSONÂNCIA:
Note que vR e vC estão sempre defasados de /2, assim como vR e vL também estão
sempre defasados de/2 . Logo vL e vC estão sempre defasados de.
Existe uma freqüência angular chamada freqüência de ressonância, na qual a tensão
no capacitor é igual à tensão no indutor, no entanto como elas estão sempre defasadas de ,o
1
termo ( L ) se anula, ou seja, nesta frequência:
C
39
EXPERIMENTO 9 – CIRCUITO RLC EM SÉRIE – RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
1 1
(0 L ) ou 0
0 C LC
V0
Nesta freqüência tem-se que I 0 e o circuito se comporta como se existisse apenas
R
o resistor. Neste caso, a curva de corrente em função da freqüência apresenta um máximo.
A) Monte o circuito da figura 9.2 usando R = 100Ω e C = 22nF e L = 100mH e ajuste a tensão de
pico-a-pico no gerador entre 1V < V0PP < 2V.
Figura 9.2 – Circuito RLC em série alimentado por uma onda senoidal. Nas medidas a serem realizadas, é
importante manter as conexões relativas ao “terra” comuns ao gerador de sinais e ao osciloscópio. Desta
maneira, a figura à esquerda representa o circuito para medir-se VR. Para medir-se VL, trocamos R e L de
lugar (centro) e à direita visualizamos a forma para medir-se VC.
40
EXPERIMENTO 9 – CIRCUITO RLC EM SÉRIE – RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
A.1) Varie a frequência do gerador até observar que a tensão no resistor atinge um valor máximo
V RMAX . Esta é a frequência de ressonância f0 do circuito. Um modo rápido é: com os dois sinais
senoidais na tela, ajuste a frequência, obtendo uma diferença de fase 0o entre os sinais VF e VR.
MAX
Medir e anotar os valores de f0, f, VF, V R , VL e VC nesta frequência. Note que para isto é preciso
ir trocando as posições dos componentes em relação ao terra, de acordo com a figura 9.X.
A.2) Encontre a frequência de ressonância através da figura de Lissajous. Nesta frequência,
esboce a figura observada e determine a diferença de fase L e C em relação à fonte.
A.3) Construir uma tabela com aproximadamente 25 pontos da tensão no resistor em função da
frequência, começando com valores abaixo da Frequência de Ressonância e terminando com
valores de frequência acima desta.
A.4) Procurar e medir as duas frequências de meia potência f1 e f2. Estas são as frequências nas
VRMAX
quais a tensão no resistor corresponde ao valor V R ( f 1 ; f 2 ) . Meça também as
2
diferenças de fase entre VR e VF.
A.5) Nas frequências f1 e f2, medir a tensão pico a pico em R, em L e em C.
A.6) Construir o gráfico da tensão no resistor em função da frequência f.
A.7) Obter do gráfico a frequência de ressonância e as frequências de meia potência.
A.8) Calcule o valor teórico da frequência de ressonância do circuito e compare com o valor
experimental de f0.
A.9) Calcular o Fator de Qualidade Q0 do circuito.
A.10) Usando os valores medidos das tensões de pico a pico em R , L , C e na fonte, na frequência
de Ressonância f0, construir o diagrama fasorial e verificar a validade da Lei de Kirchhoff.
A.11) Usando os valores medidos das tensões de pico a pico em R , L , C e na fonte, nas
frequências de meia potência f1 e f2, construir os diagramas fasoriais e verificar a validade da Lei
de Kirchhoff.
A.12) Identificar em qual faixa de frequências o circuito é mais capacitivo ou indutivo.
41
EXPERIMENTO 9
CIRCUITO RLC EM SÉRIE
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
TURMA: ___ DATA: __/__/____
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A) RESULTADOS
; = ____________ ; VF = _____________ V R
MAX
f0=____________ = ___________
f1:_______________R:_________________ f2:________________R:_________________
A.5)
VR VL VC
em f1:
em f2:
IX - 1
Experimento 9 – Física Experimental B
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A.10) Diagrama fasorial na frequência de ressonância f0 dos valores de pico de VR, VL, VC e V0 e verificação
da validade das Leis de Kirchhoff:
A.11) Diagrama fasorial dos valores de pico de VR, VL, VC e V0 nas frequências de meia potência f1 e f2
verificando a validade das Leis de Kirchhoff:
IX - 2
Experimento 9 – Física Experimental B
CONCLUSÕES
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
IX - 3
EXPERIMENTO 10
CIRCUITO RLC EM SÉRIE
RESPOSTA TEMPORAL
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Na prática, não se consegue um circuito LC puro, pois o fio que constitui o indutor possui
uma resistência R (mesmo que pequena) e o circuito será sempre um circuito RLC. Como o
resistor é um elemento dissipativo, a energia eletromagnética total deixará de ser constante,
diminuindo com o tempo, à medida que é transformada em energia térmica no resistor. Isto
causará um amortecimento das oscilações que observaríamos sem a presença de R.
vL vC vR 0
di q
L Ri 0.
dt C
dq di d2 q
Usando: i e vem:
dt dt dt2
d2 q q dq
L R 0 (equação 10.1)
dt2 C dt
R
t
2L ,
q Qe cos ( t ) (equação 10.2)
42
EXPERIMENTO 10 – CIRCUITO RLC EM SÉRIE– RESPOSTA TEMPORAL
, 1 R 2
onde: ( )
LC 2L
Repare que a equação 10.2 pode ser descrita como uma função co-senoidal cuja
amplitude decresce exponencialmente com o tempo. Note também que a freqüência ' é menor
1
que a freqüência natural de oscilação das oscilações não amortecidas
LC
2L
O termo é chamado de fator de amortecimento do circuito (é a constante de
R
tempo do circuito) .
q
Como a tensão no capacitor é dada por V C , podemos denominá-la como:
C
R
Q 2L
t
,
vC e cos ( t ) (equação 10.3)
C
R
t R
2L , ,
vR RQe cos ( t ) sen ( t )
2L
Note que, pelas equações obtidas acima, é mais fácil analisar a tensão VC no capacitor do
que a tensão no resistor VR. A figura 10.3 mostra como VC aparece na tela.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O circuito da Figura 10.2 pode ser montado usando o gerador de onda quadrada para
substituir o chaveamento de tensão da Fig.10.1. Regule o gerador de funções para onda quadrada
com amplitude de 2VPP (pico a pico). Inicialmente, ajuste a frequência da onda para 0,1 KHz. Use L
= 200mH (ou seja, os dois indutores já inseridos na caixa de montagem associados em série),
C=22nF e R = 100Ω e ajuste o osciloscópio para visualizar um período da tensão do gerador no
canal 2 e da tensão do capacitor no canal 1.
43
EXPERIMENTO 10 – CIRCUITO RLC EM SÉRIE– RESPOSTA TEMPORAL
Figura 10.2 – Circuito RLC em série alimentado por uma onda quadrada. Note que um dos terminais do
capacitor deve estar conectado ao terra do gerador e que o terra do osciloscópio também deve estar
conectado neste ponto para que seja possível medir VC.
Use o mesmo procedimento utilizado nas experiências dos circuitos RC e RL pulsados, isto
é, anotar o primeiro máximo da senóide A1 e procurar um máximo que corresponda ao valor
(mais aproximado possível) da metade do valor da amplitude do primeiro máximo. O tempo entre
estes dois pontos será o tempo de meia vida T1/2.
A1
A2
2
Portanto, medir o tempo de meia vida, 1/2 (como nos experimentos 6, 7 e 8) e calcular a
constante de amortecimento τ do circuito, que é dada por:
T1 / 2
T1 / 2 ln 2 logo:
ln 2
A.1) Desenhar o sinal que está sendo observado. Meça o período, T’. Calcule as frequências f’ e
’. Meça o tempo de meia vida T1/2 e calcule a constante de amortecimento .
44
EXPERIMENTO 10 – CIRCUITO RLC EM SÉRIE– RESPOSTA TEMPORAL
Figura 10.3 – Visualização da tensão no capacitor VC em função do tempo em um circuito RLC em série
alimentado por uma onda quadrada. Note que a amplitude de oscilação decresce exponencialmente e é
possível obter o tempo de amortecimento através do tempo de meia vida T1/2.
A.2) Troque o resistor de 100Ω por 560Ω. Desenhe o sinal que está sendo observado. É possível
ainda observar a oscilação do circuito? Meça o período T’ e calcule as frequências f’ e ’. Meça o
tempo de meia vida T1/2 e calcule a constante de amortecimento .
A.2.a) Comparar os valores de ' e de τ obtidos experimentalmente nos itens acima, com os
respectivos valores teóricos. Houve discrepância entre os valores experimentais e os valores
teóricos? Se houve discrepância, quais devem ser os motivos causadores destas diferenças?
A.3) Troque o resistor de 560Ω para 1KΩ. Repita os itens A.2) e A.2.a) nesta configuração.
A.4) Use o resistor R = 100Ω e o capacitor de C = 4,7nF e observe o que acontece com a
frequência de oscilação e a constante de amortecimento do circuito. Repita os itens A.2) e A.2.a)
nesta configuração.
A.5) Usando R = 100Ω e C = 22nF, mude a indutância para a metade do número de espiras inicial,
usando um dos indutores de 100mH. O que acontece com a frequência de oscilação e com a
constante de amortecimento do circuito? Repita os itens A.2) e A.2.a) nesta configuração.
A.6) Usar o indutor com 200mH (retornando à configuração inicial) e aumente a frequência
lentamente observando as mudanças que vão ocorrer na forma de onda. Explique o motivo
destas mudanças. Desenhe a figura final observada.
45
EXPERIMENTO 10
CIRCUITO RLC – RESPOSTA TEMPORAL
TURMA: ___ DATA: __/__/____
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
RESULTADOS:
X-2
Experimento 10 – Física Experimental B
_______________________________________________________________________________________
__________________________________ _______________________________________________
Discrepância entre os valores experimentais e os teóricos? ___________Explicação:
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A.4) Sinal observado para a medida de VC para L= 200mH, C = 4,7nF e R= 100Ω.
X-3
Experimento 10 – Física Experimental B
A.6) Para R= 100Ω, C = 22nF e L=200mH, esboce o sinal observado para a medida de VC aumentando-se a
frequência:
Explicação:_______________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
________________________________
CONCLUSÕES
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
X-4
EXPERIMENTO 11
RETIFICADOR DE TENSÃO
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A.1) Observe com o osciloscópio as tensões nas saídas VS1 (no canal 1) e VS2 (no canal 2), com o
osciloscópio na posição YT (os fios terra do osciloscópio devem ser conectados no encaixe central
do transformador) e desenhe os sinais observados. Meça as tensões de pico-a-pico, o período T e
o ângulo de fase φ entre as duas tensões. Calcule a frequência f das senóides.
A.3) Com o osciloscópio em DC, desenhe as tensões no Relatório, indicando qual é VS1 e VA e
meça seus períodos. Calcule as frequências dos sinais e explique os resultados obtidos em
observações. Por que as figuras visualizadas são diferentes no modo AC e DC?
EXPERIMENTO 11 – RETIFICADOR DE TENSÃO
A.4) Retire o Diodo D2 e, com o osciloscópio em AC, desenhe as tensões no Relatório, indicando
qual é VS1 e VA e meça seus períodos. Calcule as frequências dos sinais e explique os resultados
obtidos em observações. Qual a diferença com relação ao sinal visualizado em A.2?
A.5) Com o osciloscópio em DC, desenhe as tensões no Relatório, indicando qual é VS1 e VA e
meça seus períodos. Calcule as frequências dos sinais e explique os resultados obtidos em
observações. Qual a diferença com relação ao sinal visualizado em A.3?
Note que se o osciloscópio for colocado em AC, observa-se na tela apenas a componente
alternada da tensão (uma ligeira ondulação) e se ele for colocado em DC, observa-se que a
ondulação fica superposta (somada) ao sinal DC.
A.6) Retificador de Onda Completa com o Capacitor de 100µF e o osciloscópio em AC: mesmo
procedimento de A.2.
A.7) Retificador de Onda Completa com o Capacitor de 100µF e o osciloscópio em DC: mesmo
procedimento de A.2.
A.8) Estudaremos a seguir algumas configurações para obter a melhor saída retificada. Monte as
8 (oito) combinações da tabela do formulário e efetue as medidas calculando os fatores de
ondulação das fontes obtidas. O fator de ondulação r (ou ripple factor) de uma fonte é definido
como a relação entre o valor eficaz (ou r.m.s) da componente alternada da tensão Vef e o valor
Ve f V AC
médio da tensão VDC, ou seja: r ou r onde VAC é o valor de pico da
V DC V DC 2
componente alternada da tensão. Compare os resultados e responda as questões abaixo.
i. O que se pode concluir desta experiência, sobre a construção de uma fonte de tensão
contínua, a partir de uma fonte de tensão alternada, ou seja, quais são os pontos mais
importantes a serem seguidos?
ii. Qual a função do transformador no circuito da fonte retificadora?
iii. Qual a função dos dois diodos no circuito da fonte retificadora?
iv. Qual a função da resistência no circuito da fonte retificadora?
v. Qual a função do capacitor no circuito da fonte retificadora?
47
EXPERIMENTO 11
RETIFICADOR DE TENSÃO
TURMA: ___ DATA: __/__/____
NOME RA
RESUMO:_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
A) Medidas:
XI - 1
Experimento 11 – Física Experimental B
XI - 2
Experimento 11 – Física Experimental B
XI - 3
Experimento 11 – Física Experimental B
XI - 4
Experimento 11 – Física Experimental B
1 120 1 100
2 120 1 220
3 120 5,6 100
4 120 5,6 220
5 60 1 100
6 60 1 220
7 60 5,6 100
8 60 5,6 220
COMPARAÇÃO E QUESTÕES
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Explicação____________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
CONCLUSÕES____________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
XI - 5
FASORES Adaptado do texto de
14. Soma de fasores
MINIPA modelo ET – 2042C MINIPA modelo ET – 2082B Goldstar modelo DM – 311 Goldstar modelo DM – 341
Função
Faixa Resolução Precisão Faixa Resolução Precisão Faixa Resolução Precisão Faixa Resolução Precisão
200 mV 0.1 mV 200 mV 0.1 mV 200 mV 0.1 mV 200 mV 0.1 mV
2V 1 mV 2V 1 mV 2V 1 mV 2V 1 mV
Tensão ± (0.5%+3D) ± (0.5%+1D) ± (0.5%+4D)
20 V 10 mV 20 V 10 mV 20 V 10 mV ± (0.5%+1D) 20 V 10 mV
CC (DC)
200 V 100 mV 200 V 100 mV 200 V 100 mV 200 V 100 mV
1000 V 1V ± (1.0%+5D) 1000 V 1V 1000 V 1V 1000 V 1V ± (0.15%+4D)
2V 1 mV 200 mV 0.1 mV ± (0.75%+3D) 200 mV 0.1 mV 200 mV 0.1 mV
20 V 10 mV ± (0.8%+5D) 2V 1 mV 2V 1 mV 2V 1 mV
Tensão ± (0.75%+3D)
200 V 100 mV 20 V 10 mV ± (0.8%+5D) 20 V 10 mV 20 V 10 mV ± (0.5%+10D)
CA (AC)
200 V 100 mV 200 V 100 mV 200 V 100 mV
750 V 1V ± (1.2%+5D)
750 V 1V ± (1.2%+5D) 750 V 1V ± (1.2%+5D) 750 V 1V
20 mA 10 A ± (0.8%+4D) 200 A 0.1 A 200 A 0.1 A 20 mA 1 A
± (1.0%+2D)
Corrente 200 mA 100 A ± (1.2%+4D) 2 /20 mA 1 / 10 A 2/20 mA 1 / 10 A ± (1.0%+2D) ± (0.5%+1D)
CC (DC) 200 mA 100 A 200 mA 100 A 200 mA 10 A
20 A 10 mA ± (2.0%+5D)
10 A 10 mA ± (1.5%+2D) 10 A 10 mA ± (1.5%+2D) 10 A 1 mA ± (0.75%+3D)
20 mA 10 A ± (1.0%+5D) 200 A 0.1 A 200 A 0.1 A 20 mA 1 A
± (2.0%+2D)
Corrente 200 mA 100 A ± (2.0%+5D) 2 /20 mA 1 / 10 A 2/20 mA 1 / 10 A ± (2.0%+2D) ± (0.75%+5D)
CA (AC) 200 mA 100 A 200 mA 100 A 200 mA 100 A
20 A 10 mA ±(3.0%+10D)
10 A 10 mA ±(3.0%+2D) 10 A 10 mA ±(3.0%+2D) 10 A 10 mA ±(1.5%+10D)
200 Ω 0.1 Ω ± (0.8%+5D) 200 Ω 0.1 Ω 200 Ω 0.1 Ω 200 Ω 0.01 Ω ± (3.0%+2D)
2 KΩ 1Ω 2 KΩ 1Ω 2 KΩ 1Ω 2 KΩ 0.1 Ω
± (0.5%+1D)
20 KΩ 10 Ω 20 KΩ 10 Ω 20 KΩ 10 Ω ± (0.5%+1D) 20 KΩ 1Ω ± (0.2%+2D)
Resistência ± (0.8%+3D)
200KΩ 100 Ω 200KΩ 100 Ω 200KΩ 100 Ω 200KΩ 10 Ω
2 MΩ 1 KΩ 2 MΩ 1 KΩ 2 MΩ 1 KΩ 2 MΩ 100 Ω
± (0.5%+2D)
200 MΩ 100kΩ ± (5%+20D) 20 MΩ 10 KΩ ±(1.0%+1D) 20 MΩ 10 KΩ ± (1.0%+1D) 20 MΩ 1 KΩ
20 nF 10 pF 20/200nF 10/100pF 2000 pF 0.1 pF
±(2.5%+20D) ± (2.0%+6D)
Capacitância 2 F 1 nF ± (2.5%+20D) 2/20 F 1/10 nF 200 nF 1 pF
200 F 100 nF 200 F 100 nF ±(5.0%+5D) 20 F 0.1 nF ± (5.0%+6D)
2/ 20mH 1/10 H
Indutância 200 mH 100 H ±(2.5%+20D)
2/ 20 H 1/10 mH
Politerm modelo VC – 9802A HGL modelo HGL – 2000N Minipa modelo ET – 2700 Victor modelo VC – 9804A
Função Faixa Resolução Precisão Faixa Resolução Precisão Faixa Resolução Precisão Faixa Resolução Precisão
200 mV 0.1 mV 200 mV 0.1 mV 200 mV 0.01 mV 200 mV 0.1 mV
2V 1 mV 2V 1 mV 2V 0.1 mV 2V 1 mV
Tensão ± (0.5%+3D) ± (0.5%+1D) ± (0.5%+3D)
20 V 10 mV 20 V 10 mV 20 V 1 mV ± (0.05%+3D) 20 V 10 mV
CC (DC)
200 V 100 mV 200 V 100 mV 200 V 10 mV 200 V 100 mV
1000 V 1V ± (1.0%+5D) 1000 V 1V ± (0.8%+1D) 1000 V 0.1 V 1000 V 1V ± (0.8%+10D)
2V 1 mV 200 mV 0.1 mV ± (1.2 %+3D) 200 mV 0.01 mV
2V 1 mV
20 V 10 mV ± (0.8%+5D) 2V 1 mV 2V 0.1 mV
Tensão ± (1.0%+10D) ± (0.8%+5D)
200 V 100 mV 20 V 10 mV ± (0.8%+3D) 20 V 1 mV 20 V 10 mV
CA (AC)
750 V 1V 200 V 100 mV 200 V 10 mV 200 V 100 mV
± (1.2%+5D)
750 V 1V ± (1.2%+3D) 750 V 0.1 V ± (2.0%+20D) 750 V 1V ±(1.2%+10D)
20 mA 10 A ± (0.8%+4D) 200 A 0.1 A 200 A 0.01 A
200 mA 100 A 2 /20 mA 1 / 10 A ± (1.8%+3D) 2 /20 0.1 / 1 A 20 mA 10 A ± (0.8%+10D)
Corrente ± (1.2%+4D) ± (0.5%+5D)
mA
CC (DC)
20 A 10 mA 200 mA 100 A ± (1.0%+3D) 200 mA 10 A 200 mA 100 A ± (1.2%+8D)
± (2.0%+5D)
10 A 10 mA ± (3.0%+7D) 20 A 1 mA ± (2.0%+10D) 20 A 10 mA ± (2.0%+5D)
20 mA 10 A ± (1.0%+5D) 200 A 0.1 A 200 A 0.01 A
200 mA 100 A 2 /20 mA 1 / 10 A ± (2.0%+2D) 2 /20 0.1 / 1 A 20 mA 1 A ± (1.0%+5D)
Corrente ± (2.0%+5D) ± (0.8%+10D)
mA
CA (AC)
20 A 10 mA 200 mA 100 A 200 mA 10 A 200 mA 100 A ± (2.0%+5D)
±(3.0%+10D)
10 A 10 mA ±(3.0%+2D) 10 A 1 mA ±(2.5%+10D) 20 A 10 mA ±(3.0%+10D)
200 Ω 0.1 Ω ± (0.8%+5D) 200 Ω 0.1 Ω ± (0.8%+3D) 200 Ω 0.1 Ω 200 Ω 0.1 Ω ± (0.8%+5D)
2 KΩ 1Ω 2 KΩ 1Ω 2 KΩ 1Ω 2 KΩ 1Ω
± (0.15%+3D)
20 KΩ 10 Ω 20 KΩ 10 Ω ± (0.8%+1D) 20 KΩ 10 Ω 20 KΩ 10 Ω
Resistência ± (0.8%+3D) ± (0.8%+3D)
200KΩ 100 Ω 200KΩ 100 Ω 200KΩ 100 Ω 200KΩ 100 Ω
2 MΩ 1 KΩ 2 MΩ 1 KΩ 2 MΩ 1 KΩ ± (0.25%+10D) 2 MΩ 1 kΩ
200 MΩ 100kΩ ± (5%+10D) 20 MΩ 10 KΩ ±(1.0%+2D) 20 MΩ 10 KΩ ± (1.0%+10D) 200 MΩ 100 KΩ ± (5.0%+30D)
20 nF 10 pF 2/20nF 1/10pF 20 nF 10 pF
± (2.5%+20D)
Capacitância 2 F 1 nF ± (2.5%+20D) 200 nF 100 nF ±(2.5%+3D) 2 F 1 nF
200 F 100 nF 2/20 F 1/10 nF 200 F 100 nF ± (5.0%+10D)