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Texto Complementar2 Aula5

O documento discute a evolução da gestão democrática na educação brasileira, destacando a importância de movimentos educacionais e legislações que moldaram a estrutura educacional do país. A Constituição de 1988 e a LDB 9394/96 estabeleceram princípios fundamentais para a educação, incluindo a autonomia escolar e a participação da comunidade. O Projeto Político Pedagógico (PPP) é apresentado como um instrumento essencial para promover a inclusão e a transformação social nas escolas, enfatizando a colaboração entre todos os envolvidos na educação.

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O documento discute a evolução da gestão democrática na educação brasileira, destacando a importância de movimentos educacionais e legislações que moldaram a estrutura educacional do país. A Constituição de 1988 e a LDB 9394/96 estabeleceram princípios fundamentais para a educação, incluindo a autonomia escolar e a participação da comunidade. O Projeto Político Pedagógico (PPP) é apresentado como um instrumento essencial para promover a inclusão e a transformação social nas escolas, enfatizando a colaboração entre todos os envolvidos na educação.

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Gestão Democrática e PPP

Durante décadas a educação brasileira “sobreviveu” sob a égide de desmandos,


descasos e de falta de legislações que atendessem os anseios dos educadores. Apesar
disto, os professores brasileiros buscaram diversas formas de interferir nos destinos e na
organização da educação nacional. Alguns destes momentos foram marcantes, como:
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932 redigido por Fernando de Azevedo,
tendo Anísio Teixeira entre outros intelectuais e educadores), que teve influência na
Constituição de 1934; Manifesto dos Educadores (1959), que influenciou na elaboração
da LDB 5024/61, a primeira Lei orgânica da Educação brasileira e, mais recentemente,
as Conferências Brasileiras de Educação (1981, 1983 e 1985) que tiveram alguns de
seus objetivos contemplados na Constituição 1988.

A Constituição Cidadã estabeleceu princípios de ensino e concepções para


educação brasileira em seu capítulo III Seção I: Da Educação, que afirma no Art. 206:

I-igualdade de condições de acesso e permanência na escola;

II-liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber ;

III-pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e


privadas de ensino;

IV- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V- valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de


carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes
públicas;

VI- gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII- garantia de padrão de qualidade;

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos
termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da


educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de
carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão


financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão.

§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na


forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.


Art 208 - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I- educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria;

Essas concepções foram regulamentadas pela LDB 9394/96, em primeira instância e,


posteriormente, por leis complementares conforme quadro que disponibilizamos a
seguir:

Artigos itens e parágrafos lei complementar

Artigo 206 item V Emenda Constitucional 53, de 2006

Artigo 206 item VIII Criado pela lei complementar 53, de 2006

Parágrafo único Criado pela lei complementar 53, de 2006

Artigo 207, parágrafo§1º Incluído pela Emenda Constitucional nº11, de


1996

Artigo 207, parágrafo§2º Incluído pela Emenda Constitucional nº11, de


1996

Artigo 208, item I Redação dada pela Emenda Constitucional


59, de 2009

São os movimentos dos educadores, junto com outras organizações da


sociedade civil que, pressionando os legisladores, geraram lei orgânica da Educação em
20 dezembro de 1996, a LDBEN 9394/96. Esta vem normatizar de maneira democrática
a construção de um novo caminho para a educação brasileira. Temos então art. 214 da
Constituição Federal, normatização da elaboração do Plano Nacional de Educação –
PNE (art. 9º), resguardando os princípios constitucionais, inclusive o de gestão
democrática.

O PNE foca nas diferenças socioeconômicas, políticas e regionais, bem como


às que se referem à qualidade do ensino e à gestão democrática, trata dos diferentes
níveis e modalidades da educação escolar, bem como da gestão, do financiamento e dos
profissionais da educação. O primeiro plano, aprovado em 2001 pela (Lei nº.
10.172/2001), traz diagnósticos, diretrizes e metas que deveriam ter sido discutidos,
examinados e avaliados, tendo em vista a democratização da educação. Assim vemos a
gestão democrática como uma realidade construída coletivamente, com projetos
educacionais inovadores que visam o desenvolvimento de toda uma comunidade
alavancando a sociedade como um todo.
Citamos aqui os princípios de gestão democrática em nossas escolas:

*autonomia pedagógica e administrativa;

* a autonomia da escola na aplicação dos recursos financeiros que lhe sejam legalmente
destinados;

* a transparência dos atos pedagógicos, administrativos e financeiros;

* a valorização dos profissionais da educação;

* a efetiva participação da comunidade (pais, lideranças comunitárias e estudantes) nos


órgãos colegiados e nos processos decisórios da unidade escolar;

Projeto Político Pedagógico e as Ações Escolares

O movimento de autonomia na educação, que sempre foi bandeira dos educadores


desde os primeiros movimentos em 1930, concretizou-se com a normatização a Gestão
democrática na letra da lei. Coube então à escola em sua melhor composição
colaborativa tendo por integrantes o corpo técnico-administrativo, o corpo docente e a
comunidade escolar (responsáveis e alunos) a organizar as ações tão ansiadas por toda
uma sociedade no âmbito educacional.

Passam a ser valorizadas toda a bagagem e as realidades existentes nas


comunidades e os saberes docentes, então a comunidade escolar como um todo percebe-
se responsável agora com vez e voz para construir uma Nova Escola.

A palavra projeto traz imiscuída a ideia de futuro, de


vir-a-ser, que tem como ponto de partida o presente (daí
a expressão “projetar o futuro”). É extensão, ampliação,
recriação, inovação, do presente já construído e, sendo
histórico, pode ser transformado: “um projeto necessita
rever o instituído para, a partir dele, instituir outra coisa.
Tornar-se instituinte”. (GADOTTI, 2000).

Não se constrói um projeto sem objetivos, sem direção; é uma ação orientada pela
intencionalidade, tem um sentido explícito, um compromisso e, no caso da escola, um
compromisso coletivamente firmado. Ainda conforme Gadotti (2000), não se constrói um
projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da
escola é também político, O projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um
processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da
escola (GADOTTI, 2000).

Dois pontos importantíssimos precisamos discutir para compreendermos o caráter


político da escola e de seu projeto pedagógico (PPP) são eles:

• A função social da escola em nossa sociedade excludente;

• A organização dos anseios da comunidade escolar no PPP, que será o norteador


do trabalho Pedagógico e social a ser construído e efetivado legitimamente por
todos os segmentos da comunidade escolar;

É esse compromisso do PPP com os interesses reais e coletivos da escola que materializa seu
caráter político e pedagógico, posto que essas duas dimensões são indissociáveis, como destaca
Saviani (1983, p. 93), ao afirmar que a “dimensão política se cumpre na medida em que ela se
realiza enquanto prática especificamente pedagógica”.

As autonomias pedagógica e administrativa possibilitam as mudanças qualitativas em


toda uma sociedade, e será a coerência entre o PPP e a realidade social de cada
comunidade que gerará o exercício de práticas emancipatórias, tendo assim cada escola
uma “personalidade própria“. Vemos claramente essa representatividade nos conselhos
escolares onde todos professores, funcionários, responsáveis e alunos desenham um
novo tempo de construção colaborativa.

“Numa perspectiva emancipatória, o PPP apresenta as seguintes características:

*é um movimento de luta em prol da democracia da escola; não esconde as dificuldades, os


pessimismos da realidade educacional, mas não se deixa imobilizar por estes, procurando
assumir novos compromissos em direção a um futuro melhor; orienta a reflexão e ação da
escola;

*está voltado para a inclusão – observa diversidade de alunos, suas origens culturais, suas
necessidades e expectativas educacionais;

*por ser coletivo e integrador, é necessário, para sua elaboração, execução e avaliação, o
estabelecimento de um clima de diálogo, de cooperação, de negociação, assegurando-se o
direito de as pessoas intervirem e se comprometerem na tomada de decisões de todos os
aspectos que afetam a vida da escola (VEIGA, 2003)

*há vínculo muito estreito entre autonomia escolar e PPP;

*sua legitimidade reside no grau e tipo de participação de todos os envolvidos com o ambiente
educativo; supõe continuidade de ações;

*apresenta uma unicidade entre a dimensão técnica e política; preocupa-se com trabalho
pedagógico, porém não deixa de articulá-lo com o contexto social (articulação da escola com a
família e comunidade);

E qual sua vivência de Gestão democrática em sua escola e em sua comunidade?


Referências Webgráficas:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acesso em
05/02/2017

http://escoladegestores.mec.gov.br/site/4-sala_politica_gestao_escolar/pdf/texto2_1.pdf
acesso em 05/02/2017

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 3 ed. São Paulo: Cortez,


1992. Acessado em 17/02/2017

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. acessado
em 17/02/2017

http://escoladegestores.mec.gov.br/site/2-
sala_projeto_vivencial/pdf/dimensoesconceituais.pdf acessado em 22/02/2017

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