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Narrativa de Viagem 1

O documento é um roteiro de estudo para a recuperação de Português do 4° ano, abordando três gêneros textuais: Narrativa de Viagem, Bilhete e Diário. Ele inclui orientações para os alunos, características dos gêneros e atividades práticas para reforçar o aprendizado. O material também contém textos para leitura e questões relacionadas aos gêneros estudados.

Enviado por

Neuza Silva
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Narrativa de Viagem 1

O documento é um roteiro de estudo para a recuperação de Português do 4° ano, abordando três gêneros textuais: Narrativa de Viagem, Bilhete e Diário. Ele inclui orientações para os alunos, características dos gêneros e atividades práticas para reforçar o aprendizado. O material também contém textos para leitura e questões relacionadas aos gêneros estudados.

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COLÉGIO MARISTA DOM SILVÉRIO

Recuperação de Português - 4° Ano - 1ª Etapa/2008


Orientações e Roteiro de Estudo
Aluno (a): __________________________________ N°: _____ Turma: _____
C/ NASR

Caro aluno,
Esta é mais uma oportunidade de aprendizagem e recuperação dos conteúdos
trabalhados na 1ª Etapa. Siga as orientações de estudo e faça todas as atividades
propostas com empenho e concentração. Caso tenha dúvidas ou dificuldades em
resolvê-las peça a ajuda de sua professora.
Sua avaliação será no dia____/05/2008 às____ h, na sala n°_____Valor :30
pontos
Bons Estudos!

No decorrer da 1ª etapa foram sistematizados três gêneros textuais: Narrativa de


Viagem, Bilhete e Diário. Na recuperação você também irá trabalhar esse textos, vamos
começar fazendo uma revisão das características dos gêneros textuais trabalhados.

Características do Gênero Narrativa de Viagem.

 Relata fatos vividos por alguém durante uma viagem.


 Normalmente o narrador participa dos fatos ( narrador-personagem).
 Apresenta, geralmente, fatos ou ações que já aconteceram, com verbos no passado.
 Apresenta muitas marcas temporais, ou seja, palavras e expressões que indicam tempo.
 Apresenta descrições da paisagem, dos habitantes e dos costumes dos lugares onde o
narrador esteve.

Características do Gênero Diário.

 O diário é uma forma pessoal de escrita que usamos para registrar acontecimentos e
impressões sobre o cotidiano.
 É escrito na primeira pessoa (ou seja, você mesmo é o narrador dos relatos),
 Suas páginas costumam ser dedicada a um dia vivido por seu autor, que diariamente
faz anotações.
 O texto sempre começa com a data no topo da página, sendo comum mencionar como
está o tempo, se choveu ou fez calor, se é feriado ou dia de ir à escola, por exemplo.
 Geralmente, o relato é destinado ao próprio diário em uma espécie de monólogo.
Alguns escritores preferem dar um nome ao diário, como Anne Frank, que chamava
seu diário de Kitty.
 Apresenta linguagem informal, inclusive com palavras e expressões comuns a
linguagem oral.

Características do Gênero Bilhete.

 È uma texto muito utilizado para a comunicação entre as pessoas.


 Possuiu uma linguagem clara, objetiva e muito direta.
 Apresenta os seguintes elementos: data, saudação, mensagem, despedida e assinatura.
 Podem ser escritos na linguagem formal ou informal, dependendo do leitor ou autor do
mesmo.
-02-

Agora que você já fez a revisão das características dos gêneros


textuais trabalhados na 1ª etapa , é hora de refazer todas as atividades
e avaliações. Para isso providenciamos um xerox de todo material que
o ajudará a se preparar para a Avaliação de Recuperação.

ATIVIDADE N°O1
1 – LEIA o texto com atenção.

No feriado de 7 de setembro, saímos para


navegar com o veleiro Aysso pela baía de Angra dos
Reis. Chegamos ao Porto Frade de madrugada, fazia
muito frio e a maré estava muito alta devido à ressaca no
mar. No cais tivemos que caminhar com água pelas
canelas e foi difícil entrar no Aysso.
Heloísa e eu saímos cedo com nosso filho Pierre
e sua noiva Fernanda, com tempo bom e vento leve de
sudoeste. Posso dizer sem errar que essa região está
entre os lugares mais bonitos e protegidos para se
navegar. Cada ilha visitada é um ancoradouro diferente e
acredito que é possível navegar por meses indo de ilha
em ilha.
Mas o que mais nos preocupa é a falta de cuidado
com a natureza de alguns navegadores. Estávamos ancorados na Praia do Dentista, na ilha
da Gipóia. Chegamos cedo, e, por volta das 13h00min, já havia mais de 100 embarcações
ancoradas, todas lanchas. Éramos o único veleiro! Ficamos espantados com a sujeira no
mar! Muitas latas de cerveja, sacos plásticos boiando, sem falar da poluição sonora: cada
embarcação colocava o volume mais alto, era uma barulheira infernal. Às 19h00min, o local
volta ao normal e então é necessário fazer uma limpeza na praia e no fundo do mar.
Precisamos fazer campanhas de conscientização e educação ambiental com os
proprietários de embarcações, nas marinas, iates clubes ou capitania dos portos,
disciplinando-os no sentido da preservação do nosso oceano.
Nós, brasileiros, somos privilegiados de termos uma costa sem furacões, terremotos e
tsunamis. Tudo isso representa um grande patrimônio, que precisa urgentemente ser
preservado e poupado de tanta degradação, para que possamos sempre desfrutar dessas
riquezas.
Vilfredo Schürmann
Fonte://www.schurmann.com.br/familiaaventura
Data de publicação: 20/09/2006
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Vocabulário
Ancoradouro - lugar próprio para a ancoragem segura de navios ou outras embarcações.
Baia – porção de mar que entra pela terra e se alarga para o interior.
Capitania de portos - repartição da Marinha que inspeciona e controla os portos e o pessoal
marítimo
Degradação - ato ou efeito de degradar, destruir.
Marina - cais à beira-mar, local para guarda e manutenção de embarcações náuticas.
Ressaca - forte movimento das ondas do mar, resultante de mar muito agitado.
-03-
2 – O texto que você acabou de ler é uma narrativa de viagem.
 CITE duas características desse gênero textual.

3 – No texto ‘Um paraíso em Angra dos Reis’, o narrador conta os fatos que vivenciou durante
sua viagem.
 Consulte o texto e COMPLETE o quadro.

b) Nome do narrador do texto.

b) Tipo de viagem realizada pelo narrador.

c) Local de onde saiu o veleiro e aonde Partida:______________________________


ele chegou.
_
Chegada:_____________________________

d) Nome das pessoas que embarcaram _____________________________________


junto com o narrador.

4 – O narrador do texto é também um personagem da história.


 CIRCULE no texto duas palavras ou expressões que comprovem a participação do
narrador na história.

5 – Consulte o texto e DESCREVA o que o narrador e os viajantes viram ao chegar à Praia


do Dentista.

6 –COPIE do texto uma frase que apresenta a reação do narrador e dos viajantes diante do
que viram.

7 – IDENTIFIQUE e registre duas ações necessárias para a preservação das praias e


oceanos.

8 - Consulte o dicionário e REESCREVA as frases a seguir, substituindo a palavra destacada


por outra de igual significado.

a) Ficamos espantados com a sujeira no mar!


b) É possível desfrutar da beleza das praias, sem destruí-las.
-04-
ATIVIDADE N°02

O texto desta avaliação foi retirado do livro “Viagem de Gulliver”. O livro narra a história
de um médico apaixonado por aventuras no mar. Faça a leitura com atenção e volte sempre ao
texto para resolver as questões propostas.

A tempestade começou de repente. Ondas de mais de 30 metros envolviam o navio e o


jogavam de um lado para o outro como se fosse de brinquedo. Rajadas de vento logo
destruíram as velas. Eu era o médico de bordo e fiquei esperando o pior.
O grito desesperado do marinheiro que estava próximo a vela soou quase ao mesmo
tempo em que o barulho do choque do majestoso veleiro Antílope, no qual viajávamos, com
as pedras.
Estava quase paralisado pelo medo, as mãos segurando firme o barra de ferro do
convés, quando fui cuspido para fora do navio que já se inclinava perigosamente. Senti meu
corpo coberto pela água gelada do mar e no momento em que me dei por mim, estava num
pequeno bote com outros cinco marinheiros, todos remando com força para nos afastarmos o
máximo possível do Antílope, que começava a afundar. Sabíamos que, se ficássemos por
perto afundaríamos junto com ele.
Depois de um tempo remando, estávamos exaustos e largamos os remos um pouco,
deixando as ondas nos levar. De repente, uma onda traiçoeira, jogou o bote longe,
despejando-nos na água outra vez.
Ao voltar à tona, apavorado, tentei enxergar algum companheiro do bote. Gritei por
eles como pude, uma, duas, sei lá quantas vezes. A única resposta foi o estrondo das ondas e
o barulho do vento.
Comecei então a nadar sem rumo, lutando com as ondas durante várias horas. De vez
em quando nadava cachorrinho para esticas as pernas. Foi assim que, ao esticar uma das
pernas, toquei em alguma coisa que parecia o fundo. Estiquei novamente a perna e então
pude ficar de pé, com água batendo no meu queixo. Caminhei em direção à praia, onde
exausto, deixei meu corpo cair na areia fofa. Olhando o céu, ainda com estrelas, a primeira
imagem que me apareceu foi a de minha mulher Mary e das crianças.
Mary havia discordado totalmente desta viagem, fez de tudo para que eu desistisse,
mas a minha paixão pela aventura tinha força irresistível. E contrariando aos pedidos de Mary,
embarquei no Antílope, deixando o porto de Bristol, na Inglaterra, no dia 4 de maio de 1699.
Assim pensando em Mary, nas crianças e em grandes aventuras adormeci
profundamente, longe de imaginar que estava sendo observado por alguns olhinhos.
Não sei quantas horas dormi. Ao acordar, senti o sol nos olhos. Tentei mover a cabeça
e não consegui, meus cabelos estavam presos ao chão. Tentei me levantar e não pude, meu
corpo estava como que colado na areia. Meu Deus! O que estaria acontecendo? Para piorar
senti algo subindo pela minha perna esquerda. Pensei que fosse algum siri ou caranguejo.
Mas aquela coisinha logo alcançou meu peito [...] Baixei bem os olhos , como se fosse
examinar a ponta de meu nariz, e vi uma criaturinha humana de menos de uma palmo de
altura, observando-me com o mesmo olhar de espanto com que eu a encarava.

Jonathan Swift. Viagens de Gulliver. Adaptação em português


de Claúdia Lopes. São Paulo. Scipione. 1998. Série Reencontro.
-05-
1 – O texto “Após a tempestade, um reino em miniatura” é uma narrativa de viagem. CITE
duas características desse gênero textual.

(2 – a) MARQUE com um X a resposta correta.


( ) Nesse texto o narrador não participa da história, ele é um narrador- observador.
( ) Nesse texto o narrador participa dos história, ele é um narrador-personagem.
b) TRANSCREVA do texto uma frase que justifique a sua resposta.

3 – COMPLETE os quadros com as informações do texto.

Nome do veleiro Local da partida Data da partida Tipo de viagem

(4 – a) NUMERE os parágrafos do texto.


b) REGISTRE o número do parágrafo corresponde à idéia principal.
( ) Ao acordar Gulliver tenta se mover, mas percebe que está preso ao chão.
( ) A tempestade pegou os viajantes de surpresa.
( ) Gulliver embarcou no Antílope.
( ) O veleiro Antílope se chocou com as pedras.

5 – Consulte o texto e RESPONDA.


a) IDENTIFIQUE e registre o fato que dá início à aventura.
b) DESCREVA o momento de maior perigo enfrentado pelo narrador.
c) EXPLIQUE como o narrador conseguiu vencer o perigo citado por você na questão
anterior( letra b).

6 - No texto “Após a tempestade, um reino em miniatura” o narrador salvou-se do


naufrágio, mas isso parece não ter resolvido todos os seus problemas. JUSTIFIQUE.
7– Numa narrativa de viagem o narrador procura marcar bem o tempo, isto é, informar
exatamente quando aconteceram os fatos. DESTAQUE no texto duas marcas temporais,
isto é, palavras ou expressões que indicam quando os fatos aconteceram.
-06-
8 – RESOLVA as questões a seguir de acordo com seus estudos.

“ A tempestade começou de repente. Ondas de mais de 30 metros


jogavam o navio de um lado para o outro como se fosse de brinquedo.
Rajadas de vento logo destruíram as velas. Eu era o médico de bordo e
fiquei esperando o pior.”
a) DESTAQUE no trecho acima 2(dois) verbos que indicam ação.
b) O trecho acima foi escrito no passado. REESCREVA – O como se os fatos ainda
fossem acontecer, ou seja, no futuro.

=======================================================================

ATIVIDADE N°03
O texto desta atividade foi retirado do livro “Cem dias entre céu e mar”. Nesse livro,
Amyr Klink relata os perigos e os desafios vividos por ele durante a travessia do Atlântico. Faça
a leitura com atenção e volte sempre ao texto para resolver as questões propostas.

O domingo terminou sem que eu pudesse tocar nos remos. Fiz uma tentativa de ir ao
trabalho logo cedo, mas ondas desencontradas que vinham estourando de toda parte
indicavam ser mais prudente passar o fim de semana em casa. Paciência. Poderia descansar
um pouco e, quem sabe começar a organizar a bagunça instalada nas sacolas e nos
pequenos compartimentos do barco que ainda não tinham sido visitados.
Parecia difícil ter que permanecer o dia todo trancado num espaço onde mal podia me
sentar e onde a cada hora precisava abrir os respiros para permitir a entrada de ar, mas,
estranhamente, eu me sentia bem ali.
Ainda que o mar parecesse uma pedreira em atividade, completamente cinza, com
explosões sucessivas e britadeiras ensurdecedoras que não paravam, dessa vez o vento
soprava firme [...] e me jogava em direção favorável. Sabia que mesmo sem remar deveria
avançar durante o mau tempo e, meio em dúvida, decidi pela primeira vez recolher a âncora
de mar. Havia o risco de, sem ela, ser surpreendido por uma onda de lada e capotar, mas
resolvi arriscar. [...]
Não havia por que insistir em enfrentar a violência do mar. As previsões eram de que
as condições meteorológicas não melhorariam. Eu deveria ser paciente e aguardar o
momento certo de continuar em frente.
A tempestade durou sete dias e durante esse período eu fiquei trancado na cabine,
sacudido por ondas enormes, flutuando em meio à espuma revolta do mar. Fechado. Sem
poder sair. Simplesmente esperando. Ouvindo ondas que vinham arrebentando de longe sem
saber se me alcançariam, ou sendo surpreendido por golpes de mar que à noite surgiam do
nada. Situação de aspecto tenebroso, uma verdadeira tragédia!
Pois não foi. È engraçado, mas confesso que sinto saudades daquela semana. Pode
parecer incrível, mas poucas vezes na minha vida fui tão feliz.
Fonte: Amyr Klink. Cem dias entre o céu e o mar.
32ª ed. São Paulo, Cia das Letras, 1997

-07-
1 – No primeiro parágrafo Amyr Klink afirma que seria mais prudente passar o final semana
em casa .
a) EXPLIQUE o que significa a palavra casa nessa frase.
b) CONSULTE o dicionário e registre o melhor significado para a palavra prudente na frase
acima.

2 – No final do segundo parágrafo, Amyr Klink afirma que estranhamente se sentia bem
dentro da cabine do barco.
REGISTRE a sua opinião.
a) Por que Amyr Klink fez essa afirmação?
b) Como você se sentiria vivendo essa situação?

3 – EXPLIQUE por que Amyr Klink compara o mar a uma pedreira?

4 – Amyr Klink percebeu que não havia por que insistir com a violência do mar.
“ Entendi que de nada adiantaria medir braços com algo maior que minhas forças, e
que, em vez de teimar com o tempo e correr o risco de quebrar o barco, deveria ser paciente
e saber aguardar o momento certo de continuar em frente.”
 EXPLIQUE o significam as expressões em destaque.

5 – CITE 3 características do viajante Amyr Klink.

6 – O texto “ Sete dias de tempestade” é uma narrativa de viagem.


 CITE 4 características desse gênero textual.

7 – NUMERE os parágrafos do texto e REGISTRE a idéia principal de cada um.

8 - DESCREVA o momento de maior perigo enfrentado pelo narrador.

9 - DESTAQUE no texto as marcas temporais, isto é, palavras ou expressões que indicam


quando os fatos aconteceram.

10 – “O domingo terminou sem que eu pudesse tocar nos remos. Fiz uma tentativa de ir ao
trabalho logo cedo, mas ondas desencontradas que vinham estourando de toda parte
indicavam ser mais prudente passar o fim de semana em casa.”
a) O trecho acima foi escrito no passado. REESCREVA – O como se os fatos estivem
acontecendo, ou seja, no presente.
b) RETIRE do texto dois verbos no infinitivo.
c) ESCREVA os verbos da questão anterior no passado, no presente e no futuro.

-08-
ATIVIDADE N°04

É mês de setembro, a lua está cheia, o tempo está gostoso. Não está fazendo
muito calor, nem muito frio.
Diário,
Já faz mais de um mês que eu ganhei você de presente de aniversário
e guardei na gaveta. Não sabia o que fazer, juro. Já tinha ouvido falar de gente
que fazia diário, contava segredos pra ele, e não deixava ninguém ler depois.
Mas hoje de manhã acordei com vontade de fazer mais ou menos a
mesma coisa. Eu digo mais ou menos porque não pretendo escrever todos,
todos os dias, nem pretendo contar alguns segredos, e pode ser até que eu
deixe algumas pessoas lerem o que escrevi.
Sabe por que me deu essa vontade justo hoje? É porque tive um sonho
bonito e achei que devia escrever para não se esquecer dele nunca.
Então, a partir de hoje, você vai se transformar num diário, no meu
futuro querido diário, para não me deixar esquecer coisas que eu quero
lembrar.
Semana passada seu Nono me levou ao circo. Um circo com
malabaristas, trapezistas, palhaços e elefantes. Tinha um casal de elefantes
que fazia de tudo, era só o domador mandar e eles obedeciam. Tinham outros
bichos também, mas eu fiquei impressionada mesmo foi com os elefantes. É
que eles tinham um olhar tão triste que me dava uma pena danada.
Eu gostei muito do espetáculo, comi pipoca e amendoim torrado, voltei
pra casa conversando com seu Nono, mas não conseguia tirar os elefantes da
cabeça.
Só que tudo isso foi verdade, diário. Eu fui mesmo ao circo e fiquei
pensando nos elefantes depois, com uma vontade de fazer alguma coisa
por eles.
E durante esta noite eu fiz! Em sonho, mas eu fiz. Fui sozinha até o
circo, abri a porta da jaula dos elefantes e soltei os dois. Depois resolvi não
voltar pra casa e fui morar na floresta com meus amigos.
A gente foi conversando pelo caminho e eu era capaz de entender tudo o
que os olhos dos meus amigos queriam dizer. É que antes eles estavam tristes,
sabe? E olhos tristes ficam mudos, acho...
Bom, quando a gente chegou lá na floresta, eu fui morar numa casa de
João-de-barro, imagine! Ela ficava bem no alto de uma paineira cheinha de
flores, mas sem nenhuma folha. Eu não sei se a casinha aumentou, ou se fui
eu que diminuí, mas só sei que acabei cabendo direitinho dentro dela.
Daí começou minha vida nova. Os elefantes iam me visitar todos os dias
e com eles eu passeava por toda a floresta, montava cada dia em um,
passeava e só voltava para casa de noitinha.
Mas um belo dia aconteceu um desastre: uma borboleta xereta inventou
de fazer cosquinha bem no nariz do elefante que estava me carregando e foi a
conta, o coitado não aquentou, deu um bruta de um espirro, e eu subi feito um
balão.
-09-

As coisas lá embaixo começaram a ficar pequenininhas e, quando eu vi,


estava entrando numa nuvem pretinha, pronta pra soltar um chuvão. E me soltar
junto, claro. Mas eu não estava com medo, não. Só estava curiosa para saber
onde eu ia cair, isso sim...
De repente, ouvi o barulho de um trovão, a nuvem preta estremeceu, eu
estremeci junto, e a água despencou. Mas despencou bem de mansinho e eu...
bem, eu acordei com o barulhinho da chuva caindo no meu telhado...
Acabou, diário. Quase todo sonho acaba de repente, né? Mas que foi
bonito foi, hein? Bonito e gostoso também. Você não imagina como foi bom subir
feito balão e descer feito chuva...

Agora vou dormir.

Tchau.

Fonte: Se...Será, Serafina? O diário de


Serafina. Cristina Porto. Ed. Ática.

1 – Resolva de acordo com o texto, as questões propostas.


a) IDENTIFIQUE e registre o motivo que levou Serafina a iniciar a escrita de seu diário.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Serafina foi ao circo com seu Nono na semana passada. CITE 4(quatro) atrações do circo
descritas por Serafina.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) REGISTRE o fato que mais chamou a atenção de Serafina durante o espetáculo.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) NUMERE os parágrafos do texto.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

e) RELACIONE os parágrafos do texto à sua idéia principal.


2° Parágrafo ( ) Serafina começa a narrar o seu sonho.
5° Parágrafo ( ) Serafina conta para o diário como era sua casa.
8° Parágrafo ( ) Serafina decide começar a escrever o diário.
10° Parágrafo ( ) Serafina narra como foi parar em uma nuvem.
12° Parágrafo ( ) Serafina narra como foi sua ida ao circo.
14° Parágrafo ( ) Serafina termina de narrar o seu sonho.
-10-

2 -. Consulte o texto, para resolver às questões a seguir.

Serafina conta para o diário o seu sonho como se fosse uma história.

a) REGISTRE o local onde se passa a história sonhada por Serafina.


b) CITE 2 personagens da história sonhada por Serafina.
c) IDENTIFIQUE e registre o fato que fez com que Serafina se separasse de seus amigos
durante o sonho.

3 – Em um diário, é comum o autor empregar palavras e expressões próprias da fala, isto é,


próprias da linguagem oral.
a) IDENTIFIQUE e destaque no parágrafo a seguir 2(dois) palavras ou expressões utilizadas
normalmente na linguagem oral.

“Acabou diário. Quase todo sonho acaba de repente, né? Mas que foi bonito
foi, hein? Bonito e gostoso também. Você não imagina como foi bom subir feito
balão e descer feito chuva...”

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) REESCREVA a frase abaixo, empregando a linguagem formal( variedade padrão).

“A gente foi conversando pelo caminho...”

ATIVIDADE N°03
Belo Horizonte, de maio de 2008.

Querido aluno,
Espero que tenha estudado bastante e que agora após esta revisão , você
possa ter um bom desempenho na avaliação.Gostaria de saber se você ainda
tem alguma dúvida e de que forma eu posso lhe ajudar.
Um grande abraço.
Profª do 4° Ano

a) IDENTIFIQUE e grife as partes do bilhete de acordo com a legenda.


 Data - amarelo
 Saudação - verde
 Mensagem - azul
 Despedida - vermelho
 Assinatura - laranja

b) ESCREVA um bilhete-resposta para sua professora.

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