INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CAMPUS CANGUARETAMA
CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA
DISCIPLINA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
PROFESSOR: Maurisete Fernando Ferreira
ALUNO: ___________________________________________________
1) O cabo e a barra formam a estrutura ABC (ver a figura), que suporta uma carga vertical P
= 12 kN. O cabo tem a área da seção transversal Ac = 160 mm 2 , e a barra tem
área Ab = 340 mm2 .
Dados do problema: M
Carga vertical: P =12 kN AM = 1,5 m
Área do cabo: Ac = 160 mm2 BC = 2,0 m
Área da barra: Ab = 340 mm2 MC = 1,5 m
a) Calcular as tensões normais σ AB e σBC no cabo e na barra, respectivamente, e indicar se
são de tração ou compressão.
𝑻
Para calcular as tenções σ, devemos considerar: σ = , onde T é tração e A área
𝑨
do cabo.
Vamos começar calculando o comprimento do cabo AB, por Pitágoras:
𝐴𝐵 = 𝐵𝐶 = √22 + 1,5²➔ A𝐵 = √4 + 2,25
𝐴𝐵 = 𝐵𝐶 = √6,25
AB= BC = 2,5
Aplicando as equações de equilíbrio no ponto B, teremos
• Em x: FBC .cos - FAB. cos = 0, como = , teremos:
FBC .cos = FAB. cos ➔ FBC = FAB
• Em y: FAB .sen + FBC. sen - P = 0:
FAB .sen + FBC. sen = P, como = , teremos
2.FAB sen = P ➔ FAB = P/ 2.sen
Logo:
12 000 𝑁 12 000 𝑁
T = FAB = FBC = 1,5 ➔ T = FAB = FBC =
2.2,5 1,2
T = FAB = FBC = 10000 N
Com isso concluímos que :
𝑻 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎
➢ σ cabo = ➔ σ cabo = ➔ σ cabo = 62,5 M Pa
𝑨 𝟏𝟔𝟎
𝑻 𝟏𝟎 𝟎𝟎𝟎
➢ σ barra =
𝑨
➔σ barra =
𝟑𝟒𝟎
➔ σ barra = 29,4 M Pa
b) Qual será a deformação do cabo se ele se alongar de 1,1 mm?
A deformação (ϵ) é a variação de comprimento (L) dividida pelo comprimento original (L0).
∆𝐿
𝜀=
𝐿𝑜
Como comprimento original do cabo (LAB) = 2,5 m, (calculado na questão anterior), se o alongamento
(LAB) do cabo é 1,1 mm, chegamos a conclusão que a deformação 𝜺, será
1,1
𝜀=
2500
➔ 𝜺 = 0,000 44 mm
c) Qual será a deformação da barra se ela se encurtar de 0,37 mm?
Como comprimento original da barra (LBC) = 2,5 m, (calculado na questão anterior), se o alongamento
(LBC) da barra é 0,37 mm, chegamos a conclusão que a deformação 𝜺, será
0,37
𝜀=
2500
➔ 𝜺 = 0,000 148 mm
2) Uma placa (ou laje) quadrada de concreto armado, de lado 2,44 m e espessura de 22,9 cm, é suspensa
por cabos em seus vértices, como mostrado na figura. Os cabos são presos por um gancho em um ponto a
1,52 m da face superior da placa (laje). Os cabos têm área da seção transversal A = 77,4 mm 2. Determine a
tensão normal σ nos cabos. (Peso específico do concreto armado = 24 kN/m 3 ).
P = . V, onde: P ➔ peso / V ➔ Volume / ➔ peso especifico do concreto
Como V = l.l.e ➔ V = 2,44.2,44 . 0,229 ➔ V = 1,363 m³
Logo a Força Peso P = = . V ➔ P = 1,363 x24000 ➔ P = 32 720
O comprimento C de cabo será dado por:
𝒅 𝟐
C = √( ) + 𝒉²
𝟐
Onde d é a diagonal da placa e h a altura do Ty = T. sen ,
𝒉
gancho ao centro da placa de concreto. Como sen =
𝑪
𝟏,𝟓𝟐
d² = 2,44² + 2,44² sen =
𝟐,𝟐𝟗
d² = 2 .2,44² sen = 0,7
d = √2.2,44² Assim:
d = 2,44.√2 Ty = T. sen
𝒅 Ty = 0,7T
= 1,22. √2 e h = 1,52, logo
𝟐 Como são 4 cabos e a tração T é a força peso
𝟐 P, ficaremos com:
C = √(𝟏, 𝟐𝟐√𝟐) + (𝟏, 𝟓𝟐)²
4.Ty = P
C = √𝟓, 𝟐𝟖𝟕𝟐 4.(0,7T) = P
C 2,29 m 2,8T = 32720 N
T = 32720 / 2,8
Calculando a componente de tração em y, te- T = 11,7
mos:
Por tanto a tensão normal σ e cada cabo será dado por:
𝑻 𝟏𝟏,𝟕 𝒌𝑵
σ= ➔σ= ➔ σ = 0,15 kMPa
𝑨 𝟕𝟕,𝟒 𝒎𝒎²
3) Três materiais diferentes A, B e C são ensaiados à tração usando corpos de prova com 12mm de diâmetro,
medindo-se a distância entre dois pontos que inicialmente era 50 mm (ver a figura). Quando ocorre a rup-
tura, a distância entre os pontos de referência são 54,1 mm, 63,0 mm e 70,6 mm, respectivamente. Além
disto, os diâmetros são 11,5 mm, 9,46 mm e 6,01 mm, respectivamente, quando a peça se parte. Determine
os percentuais de deformação na direção longitudinal e de redução das áreas dos corpos de prova, e classi-
fique os materiais como dúcteis ou frágeis.
O percentual de deformação na direção longitudinal é dado por:
𝐿
(%L) = x 100 ,
𝑙𝑖
𝐿 → é 𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑙𝐹 𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑙𝑎 𝑙𝑖
onde :{
𝑙𝑖 é 𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Assim teremos:
Para o material A: Para o material B: Para o material C:
54,1−50 63−50 70,6−50
(%LA) = x100 (%LB) = x100 (%LC) = x100
50 50 50
4,1 13 20,6
(%LA) = x100 (%LB) = x100 (%LC) = x100
50 50 50
(%LA) = 8,2 % (%LB) = 26 % (%LC) = 41,2 %
Já redução das áreas dos corpos de prova pode ser calculada por:
𝐴𝑓 − 𝐴𝑖
𝜀= ,
𝐴𝑖
Onde: é a redução (ou ampliação) da área do copro de prova, A f é área final e Ai a área inicial.
Porém como é constante no cálculo da área circula podemos utilizar a expressão:
𝑅²𝑓 − 𝑟²𝑖
𝜀=
𝑟²𝑖
Assim teremos:
Para o material A Para o material B Para o material C
11,52 − 12² 9,462 − 12² 6,012 − 12²
𝜀= 𝜀= 𝜀=
12² 12² 12²
132,25 − 144 88,72 − 144 36,12 − 144
𝜀= 𝜀= 𝜀=
144 144 144
− 11,75 − 55,28 − 107,88
𝜀= 𝜀= 𝜀=
144 144 144
𝜺 = −𝟖, 𝟐 % 𝜺 = −𝟑𝟖, % 𝜺 = −𝟕𝟒, 𝟗 %
Com isso concluímos que o material:
Material A: pouca deformação → frágil
Material B: deformações moderadas → dúctil
Material C: alta deformação → muito dúctil
4) Uma treliça simétrica composta por três barras rotuladas é submetida a uma força P (ver a figura). As
barras inclinadas fazem um ângulo de 50° com a direção horizontal. A deformação axial (εx) medida na
barra do meio é de 0,0025. Determine a tensão normal nas outras barras se elas são feitas de uma liga de
alumínio com módulo da elasticidade de 70 GPa.
Lembrando que 70 G Pa = 70 000 M Pa
Iremos começar calculando a tensão da barra do meio utilizando a
Lei de Hooke:
𝜎𝑚𝑒𝑖𝑜 = E. 𝜀 ➔ 𝜎𝑚𝑒𝑖𝑜 = 70 000 . 0,0025 ➔ 𝜎𝑚𝑒𝑖𝑜 = 175 M Pa
A estrutura é simétrica e as barras inclinadas fazem 50° com a hori-
zontal. Vamos assumir que os deslocamentos sejam compatíveis.
εinclinada ➔ a deformação nas barras inclinadas:
𝜀
εmeio = εinclinada⋅cos 50°➔ εinclinada = 𝑚𝑒𝑖𝑜
cos 50°
0,0025
εinclinada =
0,6428
εinclinada 0,00389
Agora aplicamos a Lei de Hooke novamente:
𝜎𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 = E. 𝜀 inclinada
𝜎𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 = 70 000. 0,00389
𝜎𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 272, M Pa, essa tensão é de tração.
5) Um corpo de prova de um tipo de plástico é ensaiado à tração à temperatura ambiente (veja a figura),
tendo-se para tensão normal e correspondente deformação os valores dados abaixo, pede-se:
a) Plotar a curva de tensão – deformação.
b) Determinar o limite de proporcionalidade e o módulo de elasticidade.
Usamos os dois primeiros pontos (reta inicial) para calcular:
∆𝜎 17,5−8,0
E=
∆𝜀
➔ E = = 0,0073−0,0032
9,5
E== ≈ 2317 M Pa
0,0041
Logo o limite de proporcionalidade ocorre em 25,6 Mpa com = 0,0111
c) Fornecer a tensão de escoamento (tensão que corresponde à deformação permanente de 0,2%).
Deformação de 0,2% A linha de escoamento com offset 0,002 encontra a curva por volta da primeira re-
gião não linear.
Como os dados mostram que a deformação de 0,0032 já tem tensão de 8 MPa
O ponto de escoamento por 0,2% será bem próximo disso a Aproximação de tensão para ε = 0,002 está
um pouco abaixo de 8 MPa.
Usando a reta inicial com E ≈ 2317 M Pa
σ = E ⋅ ε ➔ σ = 2317⋅0,002
σ = 4,63 M Pa
d) Classificar o material como dúctil ou frágil.
O material atinge até 0,0429 de deformação antes da ruptura — ou seja, mais de 4% de deformação. Ma-
teriais com deformação permanente > 5% geralmente são considerados dúcteis. Esse material atinge quase isso —
e considerando a grande região plástica e faz com que sua classificação seja DÚCTIL
6) Um poste tubular de diâmetro externo de = 90 mm e diâmetro interno di = 78 mm é preso por dois cabos
ajustáveis por esticadores. Quando os cabos são esticados, é produzida tração nos mesmos e compressão
no poste. Ambos os cabos fazem um ângulo de 60° com a direção horizontal. A tensão admissível de com-
pressão no poste (para evitar flambagem) é 10,0 MPa. Os cabos são capazes de resistir a uma força de 29
kN, e é adotado para eles um coeficiente de segurança igual a 3. Qual é a carga máxima que pode ser
imposta pelos cabos ao poste, para satisfazer as condições do problema?
• Diâmetro externo do poste: de=90 mm
• Diâmetro interno do poste: di=78 mm
• Tensão admissível de compressão: σadm=10 Mpa
• Força máxima no cabo: Fcabo,max=29 kN
• Coeficiente de segurança: CS=3
• Ângulo dos cabos: θ=60°
𝐹𝑐𝑎𝑏𝑜,𝑚𝑎𝑥
A força de cada cabo utilizando o coeficiente de segurança: Fcabo, =
𝐶𝑆
29 000 𝑁
Fcabo, =
3
Considerando que existe um equilíbrio do poste teremos que:
Fvertical = 2. Fcabo. sen
29 000
Fpostel = 2. .sen 60°
3
29 000 √3
Fpostel = 2. .
3 2
Fposte = 16 723,3 N
Vamos determinar a resistência de do poste, para isso devemos utilizar a expressão:
𝐹𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒
σ= ,
𝐴
onde A é área do poste e F a força total do poste, assim teremos que:
𝐹𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒 𝐹𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒 16 723,3
σ=
𝐴
➔ 𝑑2 − 𝑑2
➔ 902−78²
( 𝑒 4 𝑖 ) ( 4
)
16 723,3 16 723,3
σ=
𝜋 .504
➔ σ=
1584,7
σ = 10,57 MPa
Assim podemos determinar a carga máxima que é imposta pelos cabos ao posto utilizando a expressão:
Fpcabo->poste = σ. A
Fposte =10 MPa . 1584,7mm²
Fposte =10 x 106 . 1584,7x 10-6
Fposte = 15840,7 N
7) Uma placa metálica onde são colocados equipamentos pesados é apoiada em 4 pilaretes de seção circular
vazada feitos de ferro fundido. Cada um desses pilaretes deve ser projetado para resistir a uma força de 280
kN. Se a tensão de ruptura do ferro fundido é 350 MPa, o coeficiente de segurança com relação à ruptura é
4, e a espessura da parede dos pilaretes é 10mm, qual o diâmetro externo mínimo que os pilaretes devem
ter? (ver a figura abaixo).
Dados fornecidos:
• Força que cada pilarete deve suportar:F=280 kN
• Tensão de ruptura do ferro fundido: σrup=350 MPa
• Coeficiente de segurança: CS=4
• Espessura da parede do tubo (diferença entre raio ex-
terno e interno): e=10 mm
𝝈𝒓𝒖𝒑
Vamos começar determinando Tensão admissível com segurança, dado por: σadm.=
𝑪𝑺
350
σadm.=
4
➔ σadm = 87,5 M Pa
Para determinar a área da pilareta vamos utilizar a expressão que utilizar tenção em função da força, ou
𝐹 𝐹
seja, a expressão: σadm = ➔ A = , assim teremos:
𝐴 𝜎𝑎𝑑𝑚
280 𝑘𝑁 280 000 𝑁
A=
87,5 𝑀 𝑃𝑎
. ➔ A = 87 500 000 𝑃𝑎.
A = 0, 0032 m² ➔A = 3200 mm²
Conhecendo a área do pilaret, podemos determinar o diâmetro externo,, para isso vamos utilizar a equa-
ção da área da coroa circular, dada por: A = (de2 – di2), lembre que di = de – 20, logo ficaremos com:
4
3200 = (de2- (de – 20)²)➔ 3200 . 4 = .( de2- de2+ 40de - 400)
4
12 800 12 800
40de – 400 =
𝜋
➔ 40de =
𝜋
– 400
40de = 4076,4 + 400 ➔ 40de = 4 476,4
de = 4 476,4/40 ➔ de = 111,91 mm
Daí concluímos que o diâmetro externo do pilarete é de 111,91 mmm
8) Um tubo de alumínio funciona como uma escora na fuselagem de um pequeno avião (ver a figura), e
deve resistir a uma força de compressão P = 2580 N. Para prevenir o efeito de flambagem local nas paredes
do tubo, a razão entre o diâmetro externo d e a espessura t da parede não deve exceder 10. Além disto, para
manter o peso da escora o menor possível, é preciso que sua área seja também a menor possível, o que
significa que a tensão de compressão deve ser igual à admissível de 13,8 MPa. Qual é o maior diâmetro
externo permitido?
Dados do problema:
Força de compressão: P = 2580 N
Tensão admissível: σadm = 13,8 M Pa
𝑑 𝑑
≤ 10➔ t ≤
𝑡 10
Vamos começar calculando a área transversal do tudo, o qual
𝑑
deverá ser calculada pela expressão: A = (de2 – di2). Devemos considerar que di = de – 2t, e como t = , ficare-
4 10
mos com:
2𝑑 4𝑑 2 𝑑2 2𝑑 2 𝑑2
A= (de2 – di2) ➔ A = (d² - (d - )²)➔ A = (𝑑² − 𝑑² + − )➔ A= ( − )
4 4 10 4 10 25 4 5 25
10𝑑 2 𝑑2 9𝑑 2
A= = (
4 25
−
25
) ➔A= (
4 25
)
Aplicando a fórmula de tensão:
𝐹 𝑃
σ= ➔σ= 9𝑑2
,
𝐴 ( )
4 25
Deduzindo a expressão para det4emnar o diâmetro, encontraremos:
𝑃 .100
d² =
𝜋.𝜎.9
Substituindo os valores, encontraremos:
2580 .100 25 8000
d² =
3,14 . 13 800 000 .9
➔ d² =
3,14.9.13 800 000
d² = 0,000 6615 m
d = √0,000 6612
d = 0,0257 m
d = 25,7 mm
Daí concluímos que o maior diâmetro permitido d = 25,7 mm
9) Uma coluna de aço com seção transversal circular vazada é suportada por uma placa de aço circular e por um
bloco de concreto (ver a figura). A coluna tem diâmetro externo d e = 250 mm e suporta uma carga P = 750 kN.
Dados do problema:
• Carga total: P=750 kN
• Diâmetro externo da coluna: de=250 mm
a) Se a tensão admissível da coluna é 55 MPa, qual é a espessura t
mínima necessária? Baseado em seu resultado, escolha uma espessura
para a coluna que seja um número inteiro e par em milímetros.
• Tensão admissível da coluna de aço: σadm,coluna = 55 MPa
Vamos começar calculando a área transversal do tudo, o qual deverá ser calculada pela expressão:
A = (de2 – di2).
4
Devemos considerar que di = de – 2t, assim teremos:
A = (de2 – (de – 2t)²)➔ A = (de2 – de2 + 4det - 4t²)
4 4
A = (4det - 4t²)
4
A = (det – t2)
Aplicando a fórmula de tensão:
𝐹
σ = ➔ A. σ = P
𝐴
(250t – t2).55 000 000 = 75 000
75 000
t(250 – t)=
55 000 000 .𝜋
t(250 – t)=0,0004341
t(250 – t) =4341mm
t² - 250t + 4341 = 0
250 − 212,4
t≈
2
t ≈ 18,7 mm
b) Se a tensão admissível no bloco de concreto é 11,5 MPa, qual é o diâmetro mínimo da placa de aço? Baseado em
seu resultado, escolha um diâmetro inteiro em milímetros
Se a tenção admissível do concreto for σadm,concreto = 11, 5 MPa , o para determinar o diâmetro mínimo deve-
𝐹
mos considerar a área A = d², agora aplicando os valores na fórmula de tensão: σ = , obteremos:
4 𝐴
𝐹 𝑃 𝑃
σ=
𝐴
➔σ= 𝐴
➔ σadm = 2
𝑑
4
4𝑃 4𝑃
d² =
𝜋.𝜎
➔ d =√𝜋.𝜎
4 . 750 000 3 000 000
d =√
3,14 .11 500 000
➔ √3,14 .11 500 000
30 30
d =√
3,14 .115
➔ d =√
361,1
d =√0,083 ➔ d =≈ 0,288 m
d ≈ 288 mm
10) Uma barra de aço AD (ver a figura), com área de seção transversal igual a 260 mm 2, é carregada com as forças
P1 = 12 kN, P2 = 8 kN e P3 = 6 kN. Os comprimentos dos segmentos da barra são a = 1,5 m, b = 0,6 m e c = 0,9 m.
Dados:
• Área da seção transversal: A=260 mm²=
• Módulo de elasticidade: E=210 G Pa
• Comprimentos dos trechos: a= 1,5 m, b= 0,6 m e c= 0,9 m
• Cargas: P1=12 kN, P2=8 kN e P3=6 kN
a) Assumindo que o módulo da elasticidade é 210 GPa, calcular a variação do comprimento total da barra. A barra
sofre encurtamento ou alongamento?
A deformação da barra AB, será da pela soma das deformações AB + BC + CD e que a variação de com-
primento é dado por:
𝐹. 𝐿
∆𝐿 =
𝐴.𝐸
Onde:
F – Forção de atração ou compressão
L – Comprimento da barra
A – Área da seção transversal
E – Módulo de elasticidade.
Vamos identificar as forças internas em cada trecho com base nas cargas externas:
• Trecho AB (de A até B): Força interna P1 =12 kN (tracionando o trecho)
• Trecho BC Força interna = P1 − P2 = 12− 8= 4 kNP (também tração)
Trecho CD: Força interna = P1 − P2 − P3 = 12 – 8 – 6 =−2 kN (compressão)
Cálculo de cada deformação:
Trecho AB:
𝑃1 .𝐿1 12000 . 1,5 12 . 1,5 18
∆𝐿𝐴𝐵 =
𝐴 .𝐸
➔ ∆𝐿𝐴𝐵 = 0,000 260 .210 000 000000
➔ ∆𝐿𝐴𝐵 = 260 .210
➔ ∆𝐿𝐴𝐵 = 54 600
➔ ∆𝐿𝐴𝐵 0,0003297 m
Trecho BC:
𝑃2 .𝐿2 4 000 . 0,6 4 . 0,6 2,4
∆𝐿𝐵𝐶 =
𝐴 .𝐸
➔ ∆𝐿𝐴𝐵 = 0,000 260 .210 000 000000
➔ ∆𝐿𝐵𝐶 = 260 .210
➔ ∆𝐿𝐵𝐶 = 54 600
➔ ∆𝐿𝐵𝐶 0,00004396 m
Trecho CD (compressão):
𝑃1 .𝐿3 −2000 . 0,9 −2 . 0,9 −1,8
∆𝐿𝐶𝐷 =
𝐴 .𝐸
➔ ∆𝐿𝐴𝐵 = 0,000 260 .210 000 000000
➔ ∆𝐿𝐶𝐷 = 260 .210
➔ ∆𝐿𝐶𝐷 = 54 600
➔ ∆𝐿𝐶𝐷 -0,00003296 m
Assim temos que a variação total da barra será dado:
L = ∆𝐿𝐴𝐵 +∆𝐿𝐵𝐶 + ∆𝐿𝐶𝐷
L = 0,0003297 +0,00004396 - 0,00003297
L = 0,00034 07 m ➔ L 0,34 mm
b) De qual valor P a carga P3 pode ser aumentada para que o ponto D da barra não se mova quando as cargas forem
aplicadas?
Para que o ponto D não se mova, a variação total de comprimento deve ser zero:
ΔLAB+ΔLBC+ΔLCD=0
𝑃1 .𝐿1 𝑃2 .𝐿2 𝑃1 .𝐿3
+ − =0
𝐴 .𝐸 𝐴 .𝐸 𝐴 .𝐸
P1L1 + P2L2 – P3L3 = 0
𝑃1 𝐿1 +𝑃2 𝐿2
P3 =
𝐿3
12 .1,5 + 4 .0,6
P3 =
0.9
20,4
P3 =
0.9
P3 22,67 kN
11) Um tubo de aço com módulo de elasticidade de 207 GPa é carregado com as forças P 1, P2 e P3 (ver a
figura do exercício anterior). O tubo tem 3657 mm de comprimento e as distâncias entre os pontos de
aplicação de carga são a = b = 914 mm e c = 1829 mm. As cargas são P1 = 18 kN, P2 = 13 kN e P3 = 13
kN, e a área da seção transversal é A = 1810 mm2.
a) Calcular os deslocamentos δB, δC e δD das seções onde são aplicadas as cargas.
Forças internas nos trechos:
• Trecho AB (de A a B): FAB=18 kN
• Trecho BC (de B a C): FBC = P1 – P2 = 5 kN
• Trecho CD (de C a D): FCD= P1 – P2 – P3= - 8 kN
Vamos calcular os respectivos deslocamentos utilizando a fórmula do deslocamento ou lei de Hooke, o
qual é dada por:
𝐹. 𝐿
𝛿=
𝐴 .𝐸
Onde:
F➔ é a força / L ➔ é o comprimento / A ➔ é a área da seção transversal / E ➔ é o módulo de elasticidade
Assim para cada deslocamento teremos:
𝐹 .𝐿 18 000 . 914 16452
δB = 𝐴𝐵 .𝐸 𝐵 , ➔ 1810 .207 000 ➔ δB = 374670➔ δB =0,0439 mm
𝐵 𝐵
𝐹𝐶 . 𝐿𝐶 5000 . 914 4 570
δC = δB + 𝐴𝐶 .𝐸𝐶
,➔
1810 .207 000
➔ δC = δ B + 374670
➔ δC =0,0439 +0,0121 ➔ δC = 0,0560 mm
𝐹 .𝐿 −8 000 . 1829 − 14 632
δD = δC + 𝐴𝐷 .𝐸 𝐷, ➔ 1810 .207 000 ➔ δD = δC + 374670
➔ δD =0,0560 – 0,0390➔ δD = 0,0170 mm
𝐷 𝐷
b) Determinar a distância X a partir do apoio esquerdo da seção transversal cujo deslocamento é nulo
O deslocamento será nulo no segmento CD, pois δC positivo e δD também positivo, porém FCD
deverá ser negativa.
Considerando k a distância apartir de C no segmento CD, onde o deslocamento é nulo teremos que:
𝐹𝐶𝐷 .𝐾 −8 000 .𝐾 −8 .𝐾
δC + = 0 ➔ 0,0560 + =0 ➔ 0,0560 + =0
𝐴 .𝐸 1810 .207 000 374670
−8 .𝐾
= - 0,056 ➔ - 8K = -0,056 . 374670
374670
-8K = -20 981,52
K 2 622 mm
Logo a distância X, a partir da esquerda do apoio é:
X=a+b+k
X 914 + 914 + 2622
X 4450 mm
No entanto contradiz o enunciado uma vez que o total do tubo é de 3 657 mm, então o deslocamento nulo
não ocorre dentro do tubo.
12) A barra ABC é composta de dois materiais, tem comprimento total igual a 1 m e diâmetro de 50 mm
(ver a figura). O trecho AB é de aço (Ea= 210 GPa) e o trecho BC é de alumínio (EAl = 70 GPa). A barra
está sujeita a uma força de tração F = 110 kN. Determine os comprimentos L1 e L2 para os segmentos de
aço e de alumínio, respectivamente, para que os dois tenham as mesmas variações de comprimento.
Vamos começar retirado das questões os dados informados:
A barra ABC tem:
Comprimento total: L = 1 m
Diâmetro: d=50 mm
Força de tração: F=110 kN
Material AB: aço → Ea=210 GPa
Material BC: alumínio → EAl=70 GPa
Para determinar os comprimentos L1(aço) e L2(alumínio) de forma que ambos tenham o mesmo alongamento:
ΔL1 = ΔL2
Usando a Fórmula de alongamento (Lei de Hooke):
𝐹. 𝐿
∆𝐿 =
𝐴.𝐸
Onde:
F➔ é a força
L ➔ é o comprimento
A ➔ é a área da seção transversal
E ➔ é o módulo de elasticidade
Assim teremos que ΔL1 e ΔL2 são as variações de comprimento do aço e do alumínio respectivamente, logo
isso implica que:
𝐹1 . 𝐿1 𝐹2 . 𝐿2
ΔL1=ΔL2 ➔ =
𝐴1 .𝐸1 𝐴2 .𝐸2
Nesse caso como as forçar de tração F1 = F2 se anulam, assim com a área da seção transversal da barra
tem o mesmo diâmetro, isso implica que A1 = A2, logo também se anulam, assim ficaremos com:
𝐿1 𝐿2 𝐿 𝐸 𝐿 210
= ➔ 1= 1➔ 1=
𝐸1 𝐸2 𝐿2 𝐸2 𝐿2 70
Como L1 + L2 = 1 teremos que:
𝐿1+ 𝐿2 210+70 1 280
𝐿1
=
210
➔ 𝐿 = 210
1
210
280.L1 = 210 ➔ 𝐿1 = ➔ L1= 0,75 m do aço
280
Como isso temos que L2 = 1 – L1, logo L2 = 0,25 m do alumínio.