0% acharam este documento útil (0 voto)
22 visualizações3 páginas

Patrik Redacao 2 Serie Proposta Flanelinhas 18 02

O documento discute a atuação dos flanelinhas, guardadores de carros que muitas vezes cobram por serviços não regulamentados, configurando extorsão. A legislação exige que esses profissionais sejam cadastrados e identificados, mas a prática muitas vezes ocorre de forma clandestina. O texto também aborda as consequências legais para flanelinhas que utilizam coação e a necessidade de fiscalização por parte das autoridades.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
22 visualizações3 páginas

Patrik Redacao 2 Serie Proposta Flanelinhas 18 02

O documento discute a atuação dos flanelinhas, guardadores de carros que muitas vezes cobram por serviços não regulamentados, configurando extorsão. A legislação exige que esses profissionais sejam cadastrados e identificados, mas a prática muitas vezes ocorre de forma clandestina. O texto também aborda as consequências legais para flanelinhas que utilizam coação e a necessidade de fiscalização por parte das autoridades.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 3

PROF.

PATRIK

2ª SÉRIE

( Flanelinhas )
DATA DE ENTREGA: 24 / 02

TEXTO I
Mal começou janeiro e já rende frutos para os guardadores de carros, popularmente conhecidos como
flanelinhas. Em Porto Alegre, por exemplo, eles atuam inclusive onde há área azul delimitada, com
parquímetros. Na tarde de 5 de janeiro, a reportagem do Terra acompanhou um deles abordando uma
motorista que manobrava o veículo na lateral do Palácio da Justiça, a uma quadra do Palácio Piratini, sede
do governo estadual. Recebeu o dinheiro da cobrança (a mulher havia depositado moedas no parquímetro)
e retribuiu com um sinal de positivo.

Minutos mais tarde, o mesmo homem - vestindo bermuda e uma camiseta amarela, sem qualquer
identificação - “ajudou” outros motoristas a manusear o parquímetro. “Aperta no verde”, sugeriu a uma das
pessoas.

Em troca do auxílio não solicitado, o guardador sempre espera receber dinheiro quando o carro é
estacionado ou no momento em que o motorista vai embora.

A situação descrita acima pode ser considerada extorsão, crime previsto no artigo 158 do Código Penal,
com pena prevista de quatro a 10 anos de reclusão, além de multa.

“Tem de haver fiscalização”, afirma a coordenadora institucional Maria Inês Dolci, da entidade de defesa do
consumidor Proteste.

Para ela, a prática configura extorsão - a não ser que o guardador seja cadastrado pela prefeitura, use
jaleco de identificação e atue em área permitida pelo município. Um decreto de 1977, assinado pelo então
presidente da República, Ernesto Geisel, regulamenta a profissão e exige registro trabalhista e uso de
cartão de identificação.

Na prática, não é bem assim. Tanto que em Recife a prefeitura iniciou um projeto-piloto de credenciamento
dos guardadores, em dezembro - no qual o motorista decidirá se quer ou não pagar pelo serviço, que não
teve preço estipulado.

1 - Ao estacionar na rua, sou obrigado a pagar para flanelinhas que usam um jaleco de associação
de guardadores de carro?

Quando não é regulamentada a exploração do espaço público, não há obrigação de pagamento. Cobrar
sem ter esse direito é extorsão. Cabe às prefeituras designarem locais públicos para a atividade dos
guardadores de carro. Eles cobram e muitos cidadãos reclamam.

2 - Existe algum limite de valor que possa ser considerado abusivo? Ou só a cobrança em si já é um
abuso?

Não há valor definido nem existe entendimento de quanto seria abusivo. Mas se o guardador não está
cadastrado, a cobrança já é um abuso.

DATA DA AULA: 18 / 02
3 - O que fazer se um flanelinha cobrar por um estacionamento onde já há parquímetro?

Ele não pode cobrar, porque o motorista já pagou o parquímetro. E se cobrar é extorsão.

4 - Não quero pagar e pretendo denunciar um flanelinha. Posso fazer isso? Para quem?

Sim. Pode denunciá-lo para polícia, Ministério Público estadual e prefeitura. Para denunciar, tem de ter os dados da pessoa. Como
vai conseguir? Tem de denunciar a extorsão ou ameaça que sofreu para que possa haver fiscalização pelo poder público, que
poderia flagrar eventuais irregularidades.
5 - O que devo fazer se um flanelinha me ameaçar, caso eu não queira pagar?
Deve procurar a polícia e denunciar que sofreu extorsão ou ameaça.
6 - Ao estacionar eu disse ao flanelinha que não pagaria, e na volta encontrei meu carro riscado ou danificado. É possível
responsabilizá-lo? Ou tenho de ter uma prova concreta do ocorrido?
Não vai conseguir. Mas o consumidor pode entrar com ação contra o poder público porque não houve fiscalização devida. Pode
demorar, mas é necessário. Ele deve anotar dia, horário e local, mais a abordagem do flanelinha
7 - Posso procurar fiscais de trânsito municipais ou policiais para coibir a atuação de flanelinhas? Eles têm essa
prerrogativa?
O policial tem essa prerrogativa, mas não o agente de trânsito. É uma atividade ilegal para quem não está cadastrado. A polícia
militar pode prender.
8 - Existe alguma lei que trate de guardadores de carro?
Sim, um decreto da Presidência da República, de 1977, que regulamenta as atividades de guardadores e lavadores autônomos de
veículos. Prevê que eles estejam registrados na delegacia do trabalho e que usem crachá de identificação, para fiscalização.

https://www.terra.com.br/economia/direitos-do-consumidor/tire-oito-duvidas-sobre-estacionamento-com-flanelinhas,bd62b8313feba410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

TEXTO II
Não! O cidadão que estacionar o carro em local público não está obrigado a pagar a quem quer que seja, tendo portanto, o direito
de aceitar ou não a atividade oferecida, pagando ao guardador se quiser.
Se o “flanelinha” se impuser a essa recusa, constrangendo ou ameaçando, utilizando-se até mesmo de violência contra o carro do
proprietário, poderá responder criminalmente por isso.
Além disso, não se esqueçam! Os “flanelinhas” são integrantes de uma profissão estabelecida e reconhecida nacionalmente pela
Lei Federal nº 6.242/1975. Para se exercer essa profissão, especialmente no Distrito Federal, deve-se comparecer à
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), para realizar o cadastro e análise de alguns documentos.
Quer outra curiosidade? O “flanelinha”, segundo a lei, atuará em área externas, públicas, destinadas a estacionamento, devendo
inclusive ser habilitado por órgão de trânsito para que possa efetuar manobras utilizando automóvel deixado em sua guarda.

https://www.trt4.jus.br/portais/escola/modulos/noticias/419884#:~:text=N%C3%A3o!,pagando%20ao%20guardador%20se%20quiser.

TEXTO III

http://www.arionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-flanelinha-estacionamento.html

2
TEXTO IV
Flanelinha é o apelido dado a um indivíduo geralmente não regulamentado, que por norma se utiliza de coação para conseguir
remuneração pelos serviços prestados no estacionamento, na limpeza ou na proteção de um veículo em via pública. A ação
dos flanelinhas por si só não representa crime algum, pois não há na lei penal um dispositivo específico para sua tipificação.
Entretanto, a partir da análise de cada caso concreto é possível o enquadramento da conduta dos guardadores clandestinos
em algum delito.
Alguns juízes entenderam pela tipificação da conduta dos flanelinhas como crime. Um magistrado condenou um guardador
clandestino de veículos a quatro anos e seis meses de reclusão pela prática do crime de extorsão. Nesta decisão, o
magistrado aproveitou para chamar atenção do poder público para essa perturbadora situação cotidiana, afirmando que “está
passada a hora das autoridades assumirem uma postura desprovida de hipocrisia em relação à atuação nefasta dos
chamados ‘flanelinhas’ que, a pretexto de trabalho, exigem dos motoristas pagamento por serviços de vigilância para
estacionar em via pública, arvorando-se ‘donos’ do espaço público, quando se sabe que o que se cobra não é vigilância, mas
pagamento para não ter o bem danificado”.
Outra decisão foi proferida por uma Juíza de Balneário Camboriú, em que condenou um flanelinha a quatro anos de prisão
em regime aberto por tentativa de extorsão. Ela também criticou a ação de guardadores de carros nas metrópoles e asseverou
que “não há dúvidas de que vivemos em um país de grandes desigualdades sociais e onde o emprego é escasso. Todavia,
tal fato não implica em flanelinhas lotearem grande parte das vias públicas, exigindo preços altíssimos para que os veículos
permaneçam incólumes”.

https://www.policiacivil.go.gov.br/artigos/flanelinha-crime.html

Com base na leitura dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação-argumentativa, na norma-
padrão da língua portuguesa, sobre o seguinte tema:

Ação dos flanelinhas: crime ou trabalho?

Você também pode gostar