TCC - 2018 - MANUEL MUTENDE - UZ, FCT - Concluido
TCC - 2018 - MANUEL MUTENDE - UZ, FCT - Concluido
BEIRA
2018
MANUEL ALBERTO MUTENDE
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
BEIRA
2018
MANUEL ALBERTO MUTENDE
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
BEIRA
2018
iv
DECLARAÇÃO
Eu, MANUEL ALBERTO MUTENDE, declaro que esta Monografia é resultado do meu
próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de licenciatura em Engenharia
Mecatrónica na Universidade Zambeze, Beira.
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra
universidade.
____________________________________________
(Manuel Alberto Mutende)
v
Assim, o trabalho apresentado pelo candidato reúne qualidade e as condições necessárias para
que o estudante seja submetido à prova de defesa para obter o grau de Licenciatura em
Engenharia Mecatrónica.
_____________________________________
(MSc. Eng.a. Beatriz Reyes Collado)
vi
DEDICATÓRIA
EPIGRAFE
Salmos - 23:1-6
viii
AGRADECIMENTO
Com todo respeito e entendimento de valorizar a religião do docente e de cada amigo que terá
acesso ao meu trabalho de conclusão de curso, quero agradecer antes ao criador de todas as
coisas, porque sem ELE nada existiria, ao meu DEUS TODO-PODEROSO “JESUS” por me dar
entendimento e muita energia espiritual para conseguir realizar o majestoso trabalho, e pela rica
e graciosa respiração que tem me dado dia-a-dia.
Agradecer aqui aos meus familiares e aos meus irmãos Pedro, Emília, Deolinda, José, Alberto, e
Mónica, em especial a Chelsea Jaime Rodrigues, aos meus cunhados Alfredo Joaquim e
Helléncia Alberto, aos meus amigos Gonçalves Mairoce, Nelson Batista, Florêncio Chirruque,
Adelaide Jemuce, Meque Batana, Eleutério Tsambe, e os demais, e a todos que directa ou
indirectamente contribuíram para a minha formação académica.
Aos meus colegas do curso Engenharia Mecatrónica, mais concretamente ao meu grupo de
estudo de 2014 à 2017, com quem percorri a caminhada de 4 anos marcado de fortes estudos na
sala de aula, e aos demais colegas funcionários e aos meus docentes, pelo bom ambiente criado,
a nível pessoal, laboratorial e em todas aulas.
Quero agradecer particularmente a minha mãe Carolina Manuel Mavie Mutende, pela confiança
que tem depositado a mim, por me dar força dia-a-dia, e a docente orientadora MSc. Enga.
Beatriz Reyes Collado, que me instruiu com o objectivo de terminar com o presente trabalho de
conclusão de curso.
Muito Obrigado
ix
RESUMO
ABSTRACT
To present monograph with the theme "Drawing of a Hybrid System: Photovoltaic - Electric for
the Community Center Multifunctional of Renewable Energies of Munhava, in the City of the
Beira", presents starting from it experiences its of several authors and tends in bill the
Regalement Mozambicans for Renewable Energies, a sequence of steps for the drawings of the
statement system, tends in bill the climatic conditions of the city of the Beira, as well as the
demand of 8kW of CCMER.
The drawing of this system seeks an energy consumption of low cost. The author bets for an
intended to sole - photovoltaic - electric going to the encounter from that that more if this
applying at global level, composed by solar panels of 300W, investors SOLAX SK-TL5000E of
DC-AC, batteries of 24V of UNIPOWER, disjuncture’s of 32A, among other elements for the
connection of the system.
As well as it proposes the substitution of lamps of 23W for lamps LED 12W what represents a
level of saving of to six percents of the consumption actual of energy. Finally, the proposal is
ornamented for 2 180 900,00 MZN.
ÍNDICE
DECLARAÇÃO ................................................................................................................................... iv
DEDICATÓRIA ................................................................................................................................... vi
EPIGRAFE .......................................................................................................................................... vii
AGRADECIMENTO .......................................................................................................................... viii
RESUMO .............................................................................................................................................. ix
ABSTRACT ........................................................................................................................................... x
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... xiv
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... xv
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS................................................................... xvi
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
Justificativa ........................................................................................................................................ 2
Delimitação do tema .......................................................................................................................... 2
Relevância social ................................................................................................................................ 3
Relevância científica .......................................................................................................................... 3
Enquadramento do tema ..................................................................................................................... 4
Problematização ................................................................................................................................. 4
Hipóteses. ........................................................................................................................................... 5
Objectivos .......................................................................................................................................... 5
Objectivo geral ............................................................................................................................... 5
Objectivos específicos .................................................................................................................... 5
CAPÍTULO I – MARCO TEÓRICO..................................................................................................... 8
1. Introdução....................................................................................................................................... 8
1.1. Energia solar fotovoltaica ................................................................................................... 8
1.1.1. Evolução histórica ............................................................................................................... 8
1.1.2. Fontes de energia eléctrica encontradas na natureza .......................................................... 9
1.1.3. Princípio de funcionamento dos painéis solar fotovoltaico .............................................. 10
1.1.4. Análise comparativa da radiação solar no mundo e em Moçambique .............................. 11
1.1.5. Aplicações da tecnologia fotovoltaica .............................................................................. 12
xii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.4. – Total Mensal e Anual de Incidência Solar Óptima Aproveitável no Período de
Aquecimento……………………………………………………………………………………..28
Tabela 2.5. - Características Eléctricas e Gerais do Painel Solar da BUNDU POWER Modelo
BP300WP………………………………………………………………………………………...30
Tabela 2.9. - Capacidade de Condução de Corrente em Amperes para os métodos A1, A2, B1,
B2, C e D………………………………………………………………………………………...35
A – Secção do fio.
C.D.
It – Incidência solar.
𝑙 Comprimento do fio.
𝑛 Nível de poupança.
PD – Potência da demanda.
Condutividade de cobre.
Erro absoluto.
Erro relativo.
1
INTRODUÇÃO
A crise energética e a busca de energias renováveis têm reacendido o debate sobre fontes
alternativas de energia. Nesses debates a energia solar vem ganhando cada vez mais espaço, uma
vez que é de fácil implantação, possui custo de manutenção baixo, é uma fonte renovável e ideal
para locais onde as radiações solares são abundantes (ROCHA, Leonardo - 2012).
A forma típica para produzir energia eléctrica é aquela que mais rapidamente se amolda à nova
realidade, o recurso a combustíveis fósseis é insustentável a médio prazo, devido a sua escassez e
o recurso às energias renováveis, concretamente o solar para produção de energia eléctrica, é
cada vez mais uma aposta global.
Existem diversas formas de se converter a energia solar em alguma forma utilizável pelo homem
é através do efeito fotovoltaico que ocorre em dispositivos, que são chamados de células
fotovoltaicas. O efeito fotovoltaico consiste na propriedade dos semicondutores de apresentarem
uma diferença de potencial quando atingidos por feixes de luz. O rendimento de uma célula
fotovoltaica é definido como a razão entre a potência da luz incidente e a potência eléctrica
disponível nos terminais.
Segundo CEPEL – 2008, qualquer tipo de carga accionada por electricidade é possível de
alimentação via energia solar fotovoltaica, basta que o sistema seja correctamente projectado.
Moçambique tem grandes rios com enorme potencial para produzir energia. Tem ventos fortes e
constantes junto ao mar e nas regiões altas do interior. Tem sol ao longo de todo o território
nacional. Todas estas fontes renováveis podem ser convertidas em energia (NAMBURETE,
Salvador - 2014).
2
Justificativa
Delimitação do tema
Relevância social
A pesquisa tem relevância social pelo facto de procurar minimizar o custo de energia consumida
a nível do Centro Comunitário, que encontra a sua fonte de alimentação a partir da energia da
rede eléctrica (E.D.M.). O Centro Comunitário tem como objecto social de difundir o uso de
energias renováveis ou forma de minimizar o uso de energia convencional.
O pagamento de energia (Credelec) tem contribuído para a queda dos níveis de orçamento na
parte dos representantes do C.C.M.E.R. da Munhava, facto que influencia directamente nos
gastos financeiros do centro.
A introdução de um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para o abastecimento do Centro
poderá motivar a comunidade ao uso desses tipos de sistema a nível local, bem como a nível da
região centro do país, também poderá aumentar os níveis de orçamento, bem como, melhorar no
Centro o uso de outros tipos de equipamentos, que neste momento não utilizam, pelo facto de
gastar-se rapidamente o Credelec devido o consumo dos mesmos.
Relevância científica
A pesquisa espelha grande relevância científica porque procura resolver um problema que
preocupa os representantes, membros do Centro, bem como de servir de exemplo para a
comunidade em geral, despertar um interesse no uso deste tipo de sistema híbrido, mas
concretamente os do bairro da Munhava, na Cidade da Beira. E este facto, será através de
aplicação de vários métodos científicos.
4
Numa sociedade em que a energia eléctrica é produzida a partir de energia hídrica que é uma
fonte renovável mais é cobrada a valores comparáveis como si se produzira com fontes não
renováveis, devido a estratégias de transformação e transportação é importante que se encontrem
soluções científicas na resolução deste problema para a comunidade, e o do país em geral.
Por um lado, também pode ser tomado como ponto de partida para estudos futuros na busca de
soluções para o abastecimento de energia, através de fontes alternativas, na comunidade ou
outras áreas afins.
Enquadramento do tema
Problematização
Hipóteses
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Metodologias
Pensamento Metodológico
Neste trabalho, foram usados vários métodos de pesquisa e técnicas que contribuíram nas etapas
da investigação. Utilizaram-se os métodos de pesquisa qualitativa e quantitativo, guiando-se
primeiro pela revisão bibliográfica, e por fim na recolha de dados no Centro Comunitário
Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.
Técnicas de pesquisa
Método bibliográfico
Basear-se-á na leitura atenta e sistemática que por sua vez se fará acompanhar de anotações,
analise e interpretação de livros, documentos e mais. Com vista a servir à revisão da literatura ou
bibliográfica sobre o estudo.
7
Organização da monografia
Introdução – Se expõem de uma forma geral e directa quais os objectivos do sistema híbrido:
fotovoltaico – eléctrico proposto para o C.C.M.E.R. bem como a relevância do tema na situação
actual, qual metodologia a aplicar e a delimitação do tema.
Capítulo I – Marco Teórico – Este capítulo esta dedicado ao actual estado do conhecimento
com base na revisão bibliográfica de publicações e artigos científicos sobre o tema, tratando os
elementos fundamentais no dimensionamento do sistema fotovoltaico.
Capítulo III – Analise dos Resultados – Neste capítulo serão analisados resultados obtidos do
dimensionamento do sistema híbrido e serão apresentados os mecanismos de poupança de
energia eléctrica para o Centro.
1. Introdução
2ª Geração – O assunto passou a receber um grande destaque a partir dos anos 60, durante a
guerra fria, pois apesar de seu custo elevado, essa tecnologia se mostrou apropriada para suprir
as demandas energéticas em missões aeroespaciais bem como para a manutenção de satélites.
9
3ª Geração – A partir do ano 2000, o processo de mudança nas indústrias era cada vez mais
rápida, as células fotovoltaicas ficaram bastante populares e produzidas com filmes finos, estas
utilizam ainda menos materiais e energia no seu processo de fabricação do que as de silício poli-
cristalino, o que justifica o seu preço mais acessível.
Estas são bastante flexíveis mecanicamente, possibilitando aplicações em diversas situações.
Como desvantagens possuem uma vida útil reduzida e um rendimento inferior às convencionais,
necessitando assim de uma área maior para a mesma produção energética.
As fontes de energia eléctrica encontradas na natureza são chamadas de fontes primárias, sendo
divididas em fontes convencionais e fontes alternativas.
De acordo com FRANÇA, Carlos Renato – 2001, tem-se as seguintes contribuições.
As fontes convencionais são as principais fontes de energia eléctrica utilizadas, como
exemplo energia hidráulica e nuclear.
As fontes alternativas são utilizadas de forma descentralizada e são muito importantes
como fontes auxiliares, como exemplo energia solar e a energia eólica.
10
Como elemento básico de energia eléctrica, a corrente eléctrica em sua forma fundamental é a
passagem de corrente por um condutor quando existe diferença de potencial em suas
extremidades.
Segundo FADIGAS, Eliane e ROCHA, Vinícius o efeito fotovoltaico, acontece quando dois
materiais diferentes em contacto produzem uma tensão eléctrica se sobre eles incidir uma luz
outra energia radiante. A luz ao incidir no silício, um material no qual os electrões normalmente
não são livres para se deslocar de um átomo para o outro, fornece a energia necessária para
libertar alguns electrões da sua condição limitada, como mostra a figura 1.1 o esquema de efeito
fotovoltaico. Os electrões livres atravessam a junção entre dois materiais diferentes mais
facilmente numa direcção que na outra, dando a um lado da junção uma carga negativa e
portanto uma tensão negativa em relação ao outro lado.
O efeito fotovoltaico pode continuar a fornecer corrente enquanto a luz continuar a incidir sobre
os dois materiais.
11
Há alguns factores que limitam a conversão da energia solar em energia eléctrica tal como:
De acordo com NAMBURETE, Salvador – 2014, disse que Moçambique tem um bom recurso
solar, consistente ao longo do território e estável ao longo do ano, a radiação solar a uma escala
global vária essencialmente em função da atmosfera, geometria e do movimento do planeta
relativamente ao sol, sendo que numa escala local, a variação da radiação solar encontra-se
maioritariamente associada à morfologia do terreno, ou seja, variações de elevação, declive,
exposição e sombreamento.
Moçambique apresenta uma radiação global em plano horizontal elevada quando comparada
com bons locais na Europa e Ásia, como é visto no Gráfico 1.1 a cima, mostra a média anual da
12
radiação solar para o período 1990 - 2004, sendo bastante próxima de alguns dos melhores locais
do mundo, como a África do Sul e a Califórnia.
As aplicações de um sistema fotovoltaico segundo FADIGAS, 1993 e ROCHA, 2010 podem ser
divididas em: Sistemas autónomos isolados, sistemas híbridos e sistemas conectados à rede eléctrica.
Sistemas autónomos isolados - Consiste no sistema puramente fotovoltaico, não
conectado à rede eléctrica de distribuição. Dentre os sistemas isolados, existem muitas
configurações possíveis, a figura 1.2 mostra o esquema básico de um pequeno sistema
isolado. E as configurações mais comuns que esse sistema apresenta podem ser: Carga
CC com armazenamento – È o caso em que se deseja utilizar equipamentos eléctricos,
em corrente contínua, independente de haver ou não geração fotovoltaica simultânea.
Para que isto seja possível, a energia eléctrica deve ser armazenada em baterias. Carga
CA com armazenamento – Para alimentação de equipamentos que operem em corrente
alternada é necessária que se utilize um inversor. Um caso típico de aplicação destes
sistemas é no atendimento de residências isoladas que, por possuírem um nível de
conforto superior àquelas alimentadas em corrente contínua, permitem o uso de
electrodomésticos convencionais.
Sistemas híbridos – São sistemas onde a configuração não se restringe apenas à geração
fotovoltaica. Em outras redes eléctricas, existe mais de uma forma de geração de energia,
como por exemplo, gerador diesel, turbinas eólicas, mesmo com a electricidade
13
Sistemas Conectados à rede – São basicamente de um único tipo e são aqueles em que o
arranjo fotovoltaico representa uma fonte complementar ao sistema eléctrico de grande
porte ao qual está conectado. São sistemas que não utilizam armazenamento de energia,
pois toda a potência gerada é entregue à rede instantaneamente, como mostra na figura
1.4 um exemplo de sistemas conectados a rede para produção de grandes potências.
As formas de aproveitamento de energias renováveis têm tomado um papel cada vez mais
importante na média que o controle dos níveis de emissões de gases poluentes é alvo das
preocupações do governo moçambicano. Com isso torna-se importante o estudo de métodos para
o aproveitamento de recursos naturais que causem o mínimo impacto, como é o caso da energia
da energia solar fotovoltaica (NAMBURETE, Salvador - 2014).
Além disso, este sistema híbrido é uma fonte renovável e não poluem o meio ambiente como os
combustíveis fósseis.
De acordo com o Decreto - Regulamento no 90/84 define instalação de baixa tensão como a
instalação cuja tensão nominal não exceda 1500 V em corrente continua ou 1000 V em corrente
alternada.
Fazendo uma análise do conceito apresentado, pode-se afirmar que o Decreto é unânime na sua
definição. Portanto, entende-se que uma instalação de baixa tensão é aquela instalação feita em
corrente contínua ate 1500 V e equivale a 1000 V em corrente alternada, seja para instalações
industriais, bem como residenciais.
15
De acordo com DA SILVA JÚNIOR, Joab Silas – 2016 e RSIEUEE, a distribuição da energia
eléctrica é feita de acordo com a necessidade de cada estabelecimento residencial, comercial ou
industrial. Antes de ser utilizada, a energia eléctrica fornecida pelas concessionárias passa por
transformadores instalados em postes. A nível do mundo, e em particular em Moçambique são
predominantes dois tipos de instalações de baixa tensão, que podem ser monofásica, e trifásica.
Quando a rede é monofásico, a ligação entre ele e o local abastecido pela energia eléctrica é feita
apenas com dois fios: uma fase e um neutro, como mostra na figura 1.5. Esse tipo de instalação
proporcionam tensões eléctricas em média encontrada é de aproximadamente 220 V, aceitando
uma queda de tensão ou sobre tensão de 1% no máximo para cabos alimentadores.
O fornecimento trifásico, utilizado nas regiões urbanas e por indústrias, e ou centros de grande
dimensões, é a ligação feita por quatro fios: três fases e um neutro, como mostra na figura 1.6.
As tensões eléctricas proporcionadas são de 220 V em tensões simples (na ligação de fios neutro
e fase) ou 380 V em tensões compostas (ligação de fios fase e fase).
16
Este tipo de rede tem oferecido várias vantagens, se de comparar com a rede monofásica, com
base nos autores acima referenciados, destacam-se as seguintes vantagens da rede trifásica:
1.4. Disjuntor
E nas NBR 5410/2004 se define disjuntor como equipamento de protecção cuja finalidade é
conduzir a corrente de carga sob condições nominais e interromper correntes anormais de
sobrecarga e de curto-circuito.
17
Fazendo uma análise dos conceitos apresentados pelos autores são unânimes, ao afirmar que
disjuntor é aparelho de corte ou equipamento de protecção, cuja finalidade é conduzir a corrente
de carga sob condições nominais, cuja actuação se pode produzir automaticamente em condições
pré-determinadas. De uma forma geral, disjuntor é um equipamento que serve para proteger,
contra uma possível sobrecarga e ou curto-circuito, e que mesma é realizada automaticamente
pelo equipamento.
Segundo SOUSA, Filipe – 2015, diz que a célula fotovoltaica é o elemento básico do módulo
fotovoltaico. É na célula que se dá a conversão da energia radiante do Sol em energia eléctrica.
Usualmente, tem a forma de pequenos discos ou rectângulos e são fabricadas em grande escala.
Conforme os materiais utilizados e de acordo com a área apresentam características eléctricas
específicas.
Os módulos fotovoltaicos encontram-se electricamente ligados entre si e funcionam como um
único gerador de energia eléctrica. Estes podem ser ligados em paralelo ou em série, dependendo
da sua aplicação. Quando é feita ligação em série, as tensões são somadas e a corrente permanece
inalterada. Quando ligadas em paralelo, as tensões nas células são iguais e as correntes são
somadas. Um conjunto de painéis de uma mesma instalação forma um arranjo. Um arranjo pode
ser composto por apenas um painel ou por milhares de painéis fotovoltaicos, dependendo do
porte da instalação de geração de electricidade.
Figura 1.7. Esquema de funcionamento adaptado para o quadro do centro vs gerador fotovoltaico.
Segundo SOUSA, Filipe – 2015, a célula fotovoltaica utiliza o “efeito fotovoltaico” para
gerar electricidade. Baseia-se na propriedade de certos materiais existentes na natureza,
denominados semicondutores, de possuírem uma banda de valência totalmente preenchida com
electrões e uma banda de condução totalmente vazia a temperaturas muito baixas. Quando os
fotões da luz solar na faixa do espectro de radiação visível incidem sobre este material, excitam
electrões da banda de valência enviando-os à banda de condução. A energia presente nos fotões é
transferida para os átomos, liberando estes electrões com alta energia. Uma barreira consegue
impedir que estes electrões retornem a sua posição anterior, podendo-se direccioná-los para um
circuito eléctrico, gerando uma tensão e uma corrente eléctrica. O elemento semicondutor mais
utilizado actualmente é o silício.
Trata-se de um equipamento electrónico que tem como função converter a corrente contínua do
gerador fotovoltaico em corrente alternada. É um elemento importante quando se deseja
optimizar a electricidade gerada por módulos fotovoltaicos. Em estes tipos de sistemas
fotovoltaicos é comum utilizar-se um inversor conectado ao gerador fotovoltaico.
19
Micro - inversores: é uma tecnologia mais recente, que possibilita que um SFV esteja
constituído de pequenos inversores colocados em cada painel individualmente (uma ilustração
pode ser vista na figura 1.8). Normalmente, esses inversores têm de 25-30 anos de garantia e são
5% a 10% mais caros que os inversores string (ver figura 1.9), sendo operados em voltagens
menores do que os strings (BERNAL, Jonathas Luiz de Oliveira - 2014).
Inversores string: são ligados em série e em linhas do painel fotovoltaico, podendo existir
associações em paralelo ao string, apresentando garantia normalmente de 10 anos. Assim, como
a perda de energia em quedas de voltagem é maior para correntes CA do que CC e nos strings a
conversão só acontece no fim (BERNAL, Jonathas Luiz de Oliveira - 2014).
1.8. Baterias
Um dos desafios das energias renováveis é que seu consumo não se dá necessariamente no
momento de sua geração. Sendo assim, faz-se necessária a utilização de baterias para armazenar
esta energia gerada para ser consumida quando necessário (SCHEIBLER, Gustavo APUDE
SANTOS SERRÃO, 2010).
Neste ponto são descritos os passos para a escolha dos equipamentos do sistema híbrido
fotovoltaico – eléctrico, bem como os acessórios a utilizarem-se como o caso dos cabos
condutores, demonstram-se aqui de modo geral as principais regras para a selecção adequada
destes componentes que fazem parte desse sistema a desenvolver-se ao longo da monografia.
De acordo com DA CRUZ GOMES, David Brian – 2014, deve-se ter em conta vários aspectos
para determinação da potência da demanda, o que permite a escolha da capacidade do sistema
híbrido para um certo local. Os mais importantes são a área mínima necessária para instalar, o
21
Em seguida, a selecção dos módulos fotovoltaicos deve ser efectuada em função do tipo de
material que constitui as células fotovoltaicas, ou seja, células de silício mono-cristalino, poli-
cristalino ou de filme fino. As especificações técnicas (obtidas através do catálogo do fabricante)
do módulo seleccionado determinam as etapas seguintes conducentes ao dimensionamento do
sistema.
Por último, deverá ser determinado o número máximo de módulos que podem ser instalados na
área disponível. Este número permitirá estimar de forma aproximada a potência total que é
possível instalar na área que se tem ao dispor.
A quantidade de painéis solares é a razão entre a potência da demanda do local devido o uso dos
equipamento pela potência de saída do painel solar fotovoltaica. Como mostrada no capítulo 2,
sobre a determinação de painéis solares.
Comprimento do cabo 𝑙 m
Corrente de trabalho I A
Queda de tensão Ve V
Potência P W
Considerações do capítulo
2. Introdução
O edifício é composto pelos seguintes sectores, sendo respectivamente: uma sala de Conferência,
uma Cozinha, duas salas (Sala do Chefe do Centro e Sala de Técnico), um Corredor e duas casas
de Banho (Masculino e Feminino). Fora de obter o gás para cozinhar através do bio – digestor
actualmente, o Centro Comunitário tem como função de alargar os trabalhos sobre fontes
alternativas, sendo elas: energia solar fotovoltaica, eólica, biomassa e outras.
Existe uma infinidade de tipos de instalações eléctricas, neste sistema fotovoltaico será utilizado
instalação de acordo com a Resolução no 10/2009 sobre energias solar fotovoltaica o qual será
seleccionado de acordo com as necessidades do trabalho do C.C.M.E.R. - Beira.
Salientar que para o cálculo de consumo de energia eléctrica dentro do C.C.M.E.R. – Beira, faz-
se a análise do consumo dos equipamentos e aparelhos eléctricos, nesse caso iremos ter em conta
a potência de cada equipamento, como pode ser observado na tabela 2.1.
Consumo Consumo
Potencia Quantidade diário mensal
Equipamentos [W] [u] Horas/dia [kW/dia] [kWh]
Carga em uso
Computador 300 2 8 5 106
Impressora 45 1 6 0,3 6
Forno eléctrico 1500 1 4 6 132
Geladeira simples 250 1 24 6 132
Bomba eléctrica 400 1 3 1,2 26
Lâmpadas 23 26 8 4,8 105
Previsão de carga
Ar condicionado 1400 3 8 34 739
Projector 200 1 5 1 22
Televisão 90 1 8 1 16
Total 58,4 1285
Fonte: Autor
O consumo eléctrico mensal do CCMER da Beira é de ate 1285 kWh, provocado pelo
funcionamento dos equipamentos em plena carga, bem como com a previsão de carga adicional
para o mesmo.
26
Segundo MENDES, (2016) a cidade da Beira, possui clima tropical quente e húmido, com
temperatura média anual de 24,2ºC. O regime de chuvas caracteriza-se por dois períodos
distintos: uma estação seca, que se prolonga de Maio a Janeiro (verão) e uma estação chuvosa, de
Fevereiro a Abril. Como mostrado na tabela 2.2.
Para realização deste cálculo de incidência solar, baseia-se nos dados climatológicos da Cidade
da Beira, Moçambique como mostrado na tabela 2.2 acima, visto que a inclinação dos painéis
fotovoltaicos pode ser ajustada, com objectivo de ganhar a produção de energia ao longo do ano,
optimizando para o inverno devido a época de alto nível de resfriamento tropical. Com esses
dados, é possível dimensionar o sistema fotovoltaico.
27
A inclinação dos painéis fotovoltaicos condiciona directamente a energia que é produzida pelo
sistema fotovoltaico do quadro do C.C.M.E.R. – Beira.
Latitude é um dado que extraímos a partir da tabela 2.2. – referente aos Dados Climatológicos da
cidade em destaque. Esta latitude para a cidade da Beira é de .
A inclinação do sistema no período de inverno é dada pela equação TCM – 2.1 que se segue
abaixo.
𝑛 𝑙 ` TCM – 2. 1
A inclinação solar óptima do sistema no período de verão é dada pela equação TCM – 2.2 que se
segue abaixo.
28
𝑙 TCM – 2.2
( )
( )
( )-
TCM – 2.3
, ) (
Tabela 2.4. – Total Mensal e Anual de Incidência Solar Óptima Aproveitável no Período de Aquecimento.
A potência necessária é a relação da energia total anual da fábrica (energia para accionar os
equipamentos do C.C.M.E.R. – Beira) com a incidência solar total anual.
PD = 8 kW
Logo o sistema será dimensionado para este valor de potência, que vai suprir a demanda exigida,
devido o uso racional dos equipamentos dentro do C.C.M.E.R. – Beira.
Portanto, para o projecto teremos em conta os mesmos tipos de painéis solares fornecidos pela
Fábrica de Painéis Solares da África de Sul, sendo a empresa escolhida por ser vizinha do nosso
país Moçambique e pela qualidade dos painéis solares fornecidos pela empresa, com potência
eléctrica máxima (PSV) de 300 W.
30
Tabela 2.5. - Características Eléctricas e Gerais do Painel Solar da BUNDU POWER Modelo BP300WP.
A quantidade necessária de painéis solares para atender a carga média anual, tendo em conta a
relação mês do ano e atendendo com os requisitos de sobra de energia será de:
Tendo em conta as perdas que podem acontecer dentro das instalações eléctricas, sempre que
houve necessidade, o autor optou em método de acréscimo dos valores, como forma de reduzir
as perdas que podem acontecer dentro do nosso sistema.
31
Portanto, neste trabalho, propõe-se a inserção de uso do inversor que mostra na figura 2.3 abaixo,
de modelo SOLAX SK-TL5000E Hybrid Solar Inverter, que está protegido com uma camada
galvânica e possui tecnologia com controlo activo de temperatura.
Tendo feito a escolha deste equipamento, devido a conexão em serie que existe entre os módulos
fotovoltaicos, com o equipamento inversor, é possível determinar os parâmetros de composição
do sistema, como quantidade mínima e máxima de módulos por inversor, valores de corrente e
quantidades de inversores.
Corrente DC do inversor 15 A
𝑚 TCM – 2.7
𝑚
𝑚 𝑜 𝑙𝑜
Porque a ligação de painel solar a rede eléctrica esta directamente relacionada ao número de
inversores necessários a conectar-se, devido o esquema e ou a divisão de circuitos dentro do
C.C.M.E.R. – Beira, e ao tipo de carga em sua faixa de tensão de rede para o apropriado
funcionamento diário.
33
Tabela 2.7. – Características Eléctricas e Gerais do Inversor SK-TL5000E Hybrid Solar Inverter.
A corrente de curto-circuito para cada série de módulos é de 9,0 A, entretanto, multiplica-se esse
valor por um factor de protecção de 1,25. Este valor visa a protecção do cabo em caso de curto-
circuito.
Neste caso, obtêm-se uma corrente de 11,25 A e como estes cabos estarão expostos directamente
ao sol devido ao sistema fotovoltaico, deve ser utilizado o factor de exposição ao sol que varia de
[0,5 a 1], então escolhe-se 0,9 e além disto, utilizar o factor de temperatura como mostra na
tabela 2.8 abaixo, a máxima temperatura possível, então será 0,5 para o ambiente tendo em conta
cabo PVC.
34
Para a determinação da corrente admissível, calcula-se a partir da equação TCM – 2.8 a seguir
mostrada.
TCM – 2.8
çã
Deste modo, para condutores PVC, na categoria B1 de acordo com a tabela 2.9 abaixo, o
condutor obtido foi de 4 mm².
35
Tabela 2.9. - Capacidade de Condução de Corrente em Amperes para os métodos A1, A2, B1, B2, C e D.
Cada módulo tem uma tensão de circuito aberto de 45,0 V e multiplica-se este valor por 14
porque são 14 módulos em série, obtemos, 630,0 V de tensão.
No entanto, limita-se a queda de tensão para 0,01.Vmáx, assim, a queda de tensão máxima ( )
será de 6,30 V. Será utilizado 50 metros de cabo para fazer a ligação entre os módulos e como o
comprimento da linha (𝑙) tem que levar em consideração (positivo e negativo, usaremos o dobro
deste valor).
É sabido também que a condutividade de cobre ( ) a 90°C é de 44 m/Ω.𝑚𝑚2, esta é uma das
assunções mais desfavorável para regime permanente quando a instalação recebe uma radiação
de 1000 W/m2.
O cálculo então é realizado a partir da equação TCM – 2.9 da seguinte maneira:
TCM – 2.9
𝑚𝑚
36
Deste modo, para condutores PVC, na categoria B1 de acordo com o resultado encontrado pelo
critério de queda de tensão, o condutor obtido foi de 4 mm², como encontrado aplicando o
método de intensidade admissível.
Em sistemas de geração de energia usa-se basicamente vários tipos de disjuntores, nesse projecto
recomenda-se o uso de disjuntores da Scheneider, devido a sua capacidade de adaptação ao meio
ambiente e o seu tempo de vida.
TCM – 2.10
Portanto, neste trabalho, propõe-se a inserção de uso do disjuntor, com a seguinte descrição
Disjuntor Scheneider 1000DC 32A.
37
E este é um factor muito interessante, visto que a maior época da região para a implementação do
sistema tem sido o verão. E quanto maior a temperatura, maior e melhor a capacidade da bateria.
Portanto, neste trabalho, propõe-se a inserção de uso da bateria do modelo da UNIPOWER feito
de Chumbo ácido, de = 24V, = 0,60, = 0,65 e = 3 dias.
38
TCM – 2.11
Portanto, neste trabalho precisa-se uma bateria com aproximadamente 2000 Ah de capacidade,
com isto, o sistema fica sobredimensionado principalmente para o período de verão. Tendo em
conta a composição tem-se os seguintes valores para a escolha da bateria.
Descrição Valores
Modelo UNIPOWER
Fonte: Autor.
A capacidade total da bateria de acumuladores é de 2000 Ah. Onde será conectado em duas
fileiras paralelas para aumentar a capacidade de carga da bateria e dez em series, a seguir esta
ilustrada a figura 2.5 a bateria escolhida para armazenar a carga do sistema.
39
Selecciona-se as baterias da UNIPOWER devido o seu uso, essas baterias de ácido chumbo são
as mais potentes e apresentam um tempo de vida muito longo de 4 anos a 6 anos de vida, em
ambientes de temperatura média a 25ºC e a cidade da Beira encontra-se nessas condições
ambientais medias.
Para instalações fotovoltaicas, estas baterias são as mais recomendáveis, porque não precisam de
manutenção diária e assim como as demais baterias, conectadas em misto (série – paralela)
produz a tensão desejada e boa capacidade para armazenamento.
Considerações do capítulo
Neste capítulo foi apresentado o estudo de caso, de um modo geral, considera-se que para
o dimensionamento foram avaliados alguns factores importantes que influenciam no
funcionamento do sistema híbrido fotovoltaico – eléctrico para o CCMER - Beira: condições de
trabalho, consumo dos equipamentos, dados climatológicos da cidade da Beira, entre outros,
visando particularmente o seu balanço anual ou mensal, para a selecção adequada dos módulos
fotovoltaicos para serem usados no sistema.
40
3. Introdução
Neste capítulo é apresentado os resultados pertinentes da pesquisa, como resultado da
fundamentação teórica, e do dimensionamento que houve no caso de estudo e bem como uma
demonstração de poupança energética a partir de utilização de outros equipamentos para o
Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.
O sistema foi projectado a uma potência de ate 8 kW, o que corresponde a um total de 28 painéis
solares e cada equipamento com uma potência de saída de 300 W, sendo a conexão em circuito
misto, isto é, uma parte com ligação série: tendo 14 ligações série entre os módulos, e uma parte
paralela: com 2 ligações paralelas, como mostrado em anexo 5.
Portanto, entende-se da lei de Ohm, que num circuito série soma-se as tensões como mostra na
equação TCM – 3.1, e cada módulo, de acordo com a tabela 2.5, apresenta uma tensão máxima
de 36,0 V.
Dentro do nosso sistema como vimos acima no cálculo da tensão do sistema fotovoltaico é de
504 V, e sendo a corrente igual a 8,33 A.
Deste modo como temos conexão paralela, sabe-se também que as correntes são somadas, como
mostra na equação TCM – 3.2, e cada módulo, de acordo com a tabela 2.5, apresenta a corrente
de 8,33 A.
É importante notar que esses valores não devem estar acima da faixa de trabalho do inversor
como pode-se comparar os mesmos a partir da tabela 2.7.
Neste ponto é importante ter em consideração alguns pressupostos abordados no Capítulo II, para
avaliarmos uma redução do custo de energia eléctrica a partir do uso de lâmpadas LED para
alguns locais, dentro do Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.
Na varanda temos uso de 8 lâmpadas para uma boa iluminação, visto que é um local aberto o
autor propõe o uso de uma lâmpada LED de 12 W, visto que a mesma apresenta 50% de potência
e o uso destas lâmpadas, traz consigo muitos ganhos porque reduz o consumo energia, isto é,
90% mais económico que as lâmpadas de 23 W instalada.
Tabela 3.1. Consumo de Mensal de Energia Eléctrica empregando o Uso de Lâmpadas LED no Sistema.
Consumo Consumo
Potencia Quantidade diário mensal
Equipamentos [W] [u] Horas/dia [kW/dia] [kWh]
Carga em uso
Computador 300 2 8 5 106
Impressora 45 1 6 0,3 6
Forno eléctrico 1500 1 4 6 132
Geladeira simples 250 1 24 6 132
Bomba eléctrica 400 1 3 1,2 26
Lâmpadas LED 12 13 8 1 27
Previsão de carga
Ar condicionado 1400 3 8 34 739
Projector 200 1 5 1 22
Televisão 90 1 8 1 16
Total 54,8 1206
Fonte: Autor
42
Fonte: Autor
Com os resultados acima encontrados é de notar que o sistema usando as lâmpadas LED são as
mais que poupam o consumo energético no Centro, e deste modo, o autor aconselha ao seu uso,
de modo a obter os bons resultados o Centro necessita, os que foram referidos no capítulo
introdutório do presente trabalho.
TCM – 3.3
𝑛 𝑝 TCM – 3.4
𝑛
43
Com a inserção do sistema actual proposto, usando as lâmpadas LED de baixo consumo e maior
lúmen em relação as lâmpadas encontradas no C.C.M.E.R da Beira ira poupar ate um nível de
6% do consumo total de energia diariamente, e isto reduzirá o gasto financeiro do Centro.
De acordo com o anexo 3, Matriz de Sistema Tarifário da E.D.M., refere que o custo de compra
de credelec, vária de acordo com o tipo de instalação encontrado no local, e isto, reflecte-se no
valor de compra de cada 1 kWh de energia.
Deste modo, determina-se por cálculos aproximado o valor em MZN equivalente a 1 kWh, numa
instalação trifásica como a do Centro da Munhava, e de seguida determina-se o nível percentual
do erro, para obter o valor aproximado de 1kWh, com ajuda do anexo 4, Talão de Compra de
Energia (vulgo credelec) em períodos distintos e valores de compra diferente.
O valor equivalente 1kWh é dado a partir da equação TCM – 3.5 que se segue abaixo:
, - e , - TCM – 3.5
De acordo com o anexo 4, valor de umas das facturas (Total Pago) é 4000,00 MZN, e com 336,1
kWh de Unidades de Energia, assim sendo, substituindo o valor na equação TCM – 3.5 teremos:
, -
Tendo em conta mais uma vez, o anexo 4, valor de umas das facturas (Total Pago) é 2000,00
MZN, e com 166,5 kWh de Unidades de Energia, assim sendo, substituindo o valor na equação
TCM – 3.5 teremos:
, -
44
| , - , -| TCM – 3.6
Erro relativo
TCM – 3.7
, -
Tendo em conta a análise do custo actual, de acordo com a tabela 3.2, sabe-se que o consumo
diário é de 23,3 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh de acordo com o talão
de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e TCM – 3.7 foi de 12,00
MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor estimado diário de
credelec.
TCM – 3.8
De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 6157,40 MZN, valor este que reflecte-se através do talão
de compra de credelec apresentado no anexo 4.
45
Tendo em conta a análise do custo actual com previsão de carga, de acordo com a tabela 3.2,
sabe-se que o consumo diário é de 58,4 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh
de acordo com o talão de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e
TCM – 3.7 foi de 12,00 MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor
estimado diário de credelec tendo em conta as cargas adicionais.
De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 15 417,60 MZN.
Tendo em conta a análise do custo actual sem previsão de carga, de acordo com a tabela 3.2,
sabe-se que o consumo diário é de 19,5 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh
de acordo com o talão de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e
TCM – 3.7 foi de 12,00 MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor
estimado diário de credelec tendo em conta as cargas adicionais.
De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 5150,00 MZN.
46
Tendo em conta a análise do custo actual sem previsão de carga, de acordo com a tabela 3.2,
sabe-se que o consumo diário é de 54,8 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh
de acordo com o talão de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e
TCM – 3.7 foi de 12,00 MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor
estimado diário de credelec tendo em conta as cargas adicionais.
De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 14 470,20 MZN.
De acordo com valores acima encontrado tendo em consideração cada regime, como mostrado na
tabela 3.2, chega-se ao seguinte resultado mostrado no gráfico 3.1.:
16000
Valor em metical [MZN]
14000
12000
10000
8000 Actual SC
6000 Actual KC
4000 Proposto SC
2000
Proposto KC
0
Consumo Consumo
diario mensal
SC - Sem Carga adicional.
KC - Com Carga adicional.
Fonte: Autor.
47
Feito o gráfico, nota-se que ao empregar-se o sistema de poupança ate 94% mais eficiente, temos
um nível de poupança de ate 6% do gasto actual, o que sugere-se a inserção do sistema, visto que
ira reduzir o valor monetário dos representantes do C.C.M.E.R.-Beira.
3.4. Orçamento
Acessórios
Nº Designação Quantidade Preço Unitário (MT) Valor (MT)
1. Cabos ABC
Baixo Consumo (BC)
2x10 mm² 25 m 1m x38,03 951,00
4x16 mm² 20 m 1m x50,32 1007,00
Consumo de Rede
3x50+55+25 mm² 30 m 1m x155,41 4664,00
Cabos PVC
2. Consumo de Rede
4 mm² 100 m 1m x 55,00 5500,00
3. Disjuntores (32A) 12 1x 400 4800,00
4. Abraçadeiras 2 Caixa-1x24 1CX x 1000,00 2000,00
5. Tomadas 2 1 x 75,00 150,00
6. Lâmpadas LED (12W) 28 1 x 100,00 2 800,00
Total 21 900,00
Equipamentos
1. Painéis Solares (300W) 28 1 x 43 800,00 1 226 400,00
2. Inversor CC/AC 3 1 x 116 200,00 348 600,00
3. Baterias de 24 V 20 1 x 15 500,00 310 000,00
3. Controlador de carga Solar 1 1 x 120 960,00 120 960,00
MPPT MI4860 de 60A
Total 2 130 000,00
Total 2 180 900,00
Geral
48
CONCLUSÕES
RECOMENDAÇÕES
A realização da pesquisa serviu para revelar e confirmar cada vez mais, a importância dos
sistemas híbridos: Fotovoltaico – Eléctrico no seio da comunidade, como forma de melhorar as
necessidades da população moçambicana, bem como da região centro do nosso país, por isso
recomenda-se:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
b
Anexo 5. Representação do sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico proposto para o CCMER – Beira.