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TCC - 2018 - MANUEL MUTENDE - UZ, FCT - Concluido

A monografia aborda o desenho de um sistema híbrido fotovoltaico-elétrico para o Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis na Beira, focando no dimensionamento do sistema com base nas condições climáticas locais e na demanda de 8kW. O projeto propõe a utilização de painéis solares, inversores e baterias, além da substituição de lâmpadas convencionais por LEDs, visando uma economia de energia. O custo total estimado para a implementação do sistema é de 2.180.900,00 Meticais.

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TCC - 2018 - MANUEL MUTENDE - UZ, FCT - Concluido

A monografia aborda o desenho de um sistema híbrido fotovoltaico-elétrico para o Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis na Beira, focando no dimensionamento do sistema com base nas condições climáticas locais e na demanda de 8kW. O projeto propõe a utilização de painéis solares, inversores e baterias, além da substituição de lâmpadas convencionais por LEDs, visando uma economia de energia. O custo total estimado para a implementação do sistema é de 2.180.900,00 Meticais.

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA

DESENHO DE UM SISTEMA HÍBRIDO: FOTOVOLTAICO – ELÉCTRICO PARA O


CENTRO COMUNITÁRIO MULTIFUNCIONAL DE ENERGIA RENOVÁVEIS –
BEIRA.

MANUEL ALBERTO MUTENDE

BEIRA

2018
MANUEL ALBERTO MUTENDE

DESENHO DE UM SISTEMA HÍBRIDO: FOTOVOLTAICO – ELÉCTRICO PARA O


CENTRO COMUNITÁRIO MULTIFUNCIONAL DE ENERGIA RENOVÁVEIS –
BEIRA.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA

BEIRA

2018
MANUEL ALBERTO MUTENDE

DESENHO DE UM SISTEMA HÍBRIDO: FOTOVOLTAICO – ELÉCTRICO PARA O


CENTRO COMUNITÁRIO MULTIFUNCIONAL DE ENERGIA RENOVÁVEIS –
BEIRA.

Monografia submetida à Faculdade de Ciências e


Tecnologia, Universidade Zambeze, Beira, em
parcial cumprimento dos requisitos para a obtenção
do Grau de Licenciatura em Engenharia
Orientad
Mecatrónica.

Orientadora: MSc. Engª. Beatriz Reyes Collado

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA

BEIRA

2018
iv

DECLARAÇÃO

Eu, MANUEL ALBERTO MUTENDE, declaro que esta Monografia é resultado do meu
próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de licenciatura em Engenharia
Mecatrónica na Universidade Zambeze, Beira.

Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra
universidade.

Beira, ___ de Junho de 20___

____________________________________________
(Manuel Alberto Mutende)
v

AVALIAÇÃO FINAL - PARECER DO ORIENTADOR

Beatriz Reyes Collado, docente do Departamento Engenharia Mecatrónica, na Faculdade de


Ciências e Tecnologias, da Universidade Zambeze, vem na qualidade de orientadora da
Monografia de Licenciatura submetida por Manuel Alberto Mutende, com o tema “Desenho
de um Sistema Híbrido: Fotovoltaico – Eléctrico para o Centro Comunitário
Multifuncional de Energias Renováveis – Munhava na Cidade da Beira”. Declara que o
trabalho de conclusão de curso foi concluído com sucesso.

Assim, o trabalho apresentado pelo candidato reúne qualidade e as condições necessárias para
que o estudante seja submetido à prova de defesa para obter o grau de Licenciatura em
Engenharia Mecatrónica.

Universidade Zambeze, ____ de Junho de 20____

_____________________________________
(MSc. Eng.a. Beatriz Reyes Collado)
vi

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai “Alberto Anguine


Mutende (em memória) ” e a minha mãe “Carolina
Manuel Mavie Mutende”, a quem dou graças pelo facto de
ter-me gerado e com amor e carinho proporcionou-me todo
o apoio indispensável para o meu desenvolvimento físico e
intelectual que permitiu alcançar este êxito. Aos meus
irmãos Pedro Mutende, Emília Mutende, Deolinda
Mutende, José Mutende, Alberto Jr. Mutende e Mónica
Mutende, que com muita paciência consentiram as minhas
ausências motivadas por constantes saídas para a
faculdade em busca do conhecimento.

Dedico a toda comunidade académica e aos estudantes da


Universidade Zambeze de Moçambique - Beira.
vii

EPIGRAFE

1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.


2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu
estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a
minha cabeça, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha
vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Salmos - 23:1-6
viii

AGRADECIMENTO

Com todo respeito e entendimento de valorizar a religião do docente e de cada amigo que terá
acesso ao meu trabalho de conclusão de curso, quero agradecer antes ao criador de todas as
coisas, porque sem ELE nada existiria, ao meu DEUS TODO-PODEROSO “JESUS” por me dar
entendimento e muita energia espiritual para conseguir realizar o majestoso trabalho, e pela rica
e graciosa respiração que tem me dado dia-a-dia.

Agradecer aqui aos meus familiares e aos meus irmãos Pedro, Emília, Deolinda, José, Alberto, e
Mónica, em especial a Chelsea Jaime Rodrigues, aos meus cunhados Alfredo Joaquim e
Helléncia Alberto, aos meus amigos Gonçalves Mairoce, Nelson Batista, Florêncio Chirruque,
Adelaide Jemuce, Meque Batana, Eleutério Tsambe, e os demais, e a todos que directa ou
indirectamente contribuíram para a minha formação académica.

Aos meus colegas do curso Engenharia Mecatrónica, mais concretamente ao meu grupo de
estudo de 2014 à 2017, com quem percorri a caminhada de 4 anos marcado de fortes estudos na
sala de aula, e aos demais colegas funcionários e aos meus docentes, pelo bom ambiente criado,
a nível pessoal, laboratorial e em todas aulas.

Quero agradecer particularmente a minha mãe Carolina Manuel Mavie Mutende, pela confiança
que tem depositado a mim, por me dar força dia-a-dia, e a docente orientadora MSc. Enga.
Beatriz Reyes Collado, que me instruiu com o objectivo de terminar com o presente trabalho de
conclusão de curso.

Por fim, agradecer aos representantes do Centro Comunitário Multifuncional de Energias


Renováveis da Beira, em particular ao Sr. Leonel Machinha e aos dirigentes da Universidade
Zambeze, em especial aos do meu círculo de estudo Faculdade de Ciências e Tecnologias, em
particular ao coordenador do meu curso MSc. Engo. Calulo Artur Chataza.

Muito Obrigado
ix

RESUMO

A presente monografia com o tema “Desenho de um Sistema Híbrido: Fotovoltaico – Eléctrico


para o Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Munhava, na Cidade da
Beira”, apresenta a partir da experiencia de vários autores e tendo em conta o Regulamento
Moçambicano para Energias Renováveis, uma sequencia de passos para o dimensionamento do
dito sistema, tendo em conta as condições climáticas da cidade da Beira, assim como a demanda
de 8kW do CCMER.
O dimensionamento deste sistema visa um consumo energético de baixo custo. O autor aposta
por uma proposta solar – fotovoltaica – eléctrica indo ao encontro de aquilo que mais se esta
aplicando a nível global, composta por painéis solares de 300W, inversores SOLAX SK-
TL5000E de DC-AC, baterias de 24V da UNIPOWER, disjuntores de 32A, entre outros
elementos para a conexão do sistema.
Assim como propõe a substituição de lâmpadas de 23W por lâmpadas LED de 12W o que
representa um nível de poupança de até seis porcentos do consumo actual de energia. Por fim, a
proposta fica orçamentada por 2 180 900,00 Meticais.

Palavras-Chave: Energia solar fotovoltaica, gerador fotovoltaico, poupança energética.


x

ABSTRACT

To present monograph with the theme "Drawing of a Hybrid System: Photovoltaic - Electric for
the Community Center Multifunctional of Renewable Energies of Munhava, in the City of the
Beira", presents starting from it experiences its of several authors and tends in bill the
Regalement Mozambicans for Renewable Energies, a sequence of steps for the drawings of the
statement system, tends in bill the climatic conditions of the city of the Beira, as well as the
demand of 8kW of CCMER.

The drawing of this system seeks an energy consumption of low cost. The author bets for an
intended to sole - photovoltaic - electric going to the encounter from that that more if this
applying at global level, composed by solar panels of 300W, investors SOLAX SK-TL5000E of
DC-AC, batteries of 24V of UNIPOWER, disjuncture’s of 32A, among other elements for the
connection of the system.

As well as it proposes the substitution of lamps of 23W for lamps LED 12W what represents a
level of saving of to six percents of the consumption actual of energy. Finally, the proposal is
ornamented for 2 180 900,00 MZN.

Word-Key: Energy solar photovoltaic, generator photovoltaic, energy saving.


xi

ÍNDICE

DECLARAÇÃO ................................................................................................................................... iv
DEDICATÓRIA ................................................................................................................................... vi
EPIGRAFE .......................................................................................................................................... vii
AGRADECIMENTO .......................................................................................................................... viii
RESUMO .............................................................................................................................................. ix
ABSTRACT ........................................................................................................................................... x
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... xiv
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................... xv
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS................................................................... xvi
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
Justificativa ........................................................................................................................................ 2
Delimitação do tema .......................................................................................................................... 2
Relevância social ................................................................................................................................ 3
Relevância científica .......................................................................................................................... 3
Enquadramento do tema ..................................................................................................................... 4
Problematização ................................................................................................................................. 4
Hipóteses. ........................................................................................................................................... 5
Objectivos .......................................................................................................................................... 5
Objectivo geral ............................................................................................................................... 5
Objectivos específicos .................................................................................................................... 5
CAPÍTULO I – MARCO TEÓRICO..................................................................................................... 8
1. Introdução....................................................................................................................................... 8
1.1. Energia solar fotovoltaica ................................................................................................... 8
1.1.1. Evolução histórica ............................................................................................................... 8
1.1.2. Fontes de energia eléctrica encontradas na natureza .......................................................... 9
1.1.3. Princípio de funcionamento dos painéis solar fotovoltaico .............................................. 10
1.1.4. Análise comparativa da radiação solar no mundo e em Moçambique .............................. 11
1.1.5. Aplicações da tecnologia fotovoltaica .............................................................................. 12
xii

1.2. Importância dos sistemas híbridos .................................................................................... 14


1.3. Instalação de baixa tensão ................................................................................................. 14
1.3.1. Tipos de instalações de baixa tensão ................................................................................ 15
1.3.1.1. Rede monofásica ............................................................................................................... 15
1.3.1.2. Rede trifásica .................................................................................................................... 15
1.4. Disjuntor ........................................................................................................................... 16
1.5. Módulo fotovoltaico.......................................................................................................... 17
1.6. Gerador fotovoltaico ......................................................................................................... 17
1.7. Inversores CC-CA ............................................................................................................. 18
1.7.1. Tipos de inversores usados em sistemas fotovoltaicos ..................................................... 19
1.8. Baterias ............................................................................................................................. 20
1.8.1. O papel das baterias em um sistema fotovoltaico ............................................................. 20
1.9. Análise da determinação da potência ou carga instalada .................................................. 20
1.9.1. Concessão de sistemas híbridos fotovoltaicos – eléctricos ............................................... 20
1.9.2. Selecção do painel solar fotovoltaico ............................................................................... 21
1.9.3. Escolha dos condutores ..................................................................................................... 21
CAPÍTULO II – ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 23
2. Introdução..................................................................................................................................... 23
2.1. Localização do Centro ...................................................................................................... 23
2.1.1. Situação geográfica ........................................................................................................... 23
2.1.2. Local de estudo ................................................................................................................. 24
2.2. Consumo eléctrico dos equipamentos do Centro .............................................................. 25
2.3. Dados climatológicos ........................................................................................................ 26
2.4. Cálculo da radiação solar .................................................................................................. 26
2.4.1. Radiação solar sobre uma superfície inclinada ................................................................. 27
2.4.1.1. Determinação da inclinação dos painéis solares ............................................................... 27
2.4.2. Determinação da incidência solar óptima ......................................................................... 28
2.5. Análise do sistema fotovoltaico ........................................................................................ 29
2.5.1. Determinação da energia total anual ................................................................................. 29
2.5.2. Determinação da potência da demanda ............................................................................. 29
xiii

2.6. Escolha de painel solar...................................................................................................... 29


2.6.1. Determinação da quantidade de painéis solares ................................................................ 30
2.7. Escolha do inversor ........................................................................................................... 31
2.7.1. Determinação da quantidade máxima de módulos de inversores ..................................... 31
2.8. Dimensionamento de condutores ...................................................................................... 33
2.8.1. Critério de intensidade admissível .................................................................................... 33
2.8.2. Critério de queda de tensão ............................................................................................... 35
2.9. Dimensionamento dos disjuntores .................................................................................... 36
2.9.1. Determinação da corrente de curto - circuito do sistema .................................................. 36
2.10. Dimensionamento de baterias ........................................................................................... 37
2.10.1. Determinação da capacidade do banco de bateria ............................................................ 38
CAPÍTULO III – ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................ 40
3. Introdução..................................................................................................................................... 40
3.1. Projecção do sistema híbrido: Fotovoltaico - Eléctrica para o Centro .............................. 40
3.1.1. Aplicação da lei de Ohm no sistema híbrido .................................................................... 40
3.2. Mecanismos de poupança de energia eléctrica ................................................................. 41
3.2.1. Determinação do nível de poupança ................................................................................. 42
3.3. Análise do custo em metical de energia eléctrica ............................................................. 43
3.3.1. Determinação do valor por cada kWh de energia ............................................................. 43
3.3.1.1. Cálculo de erro absoluto e relativo ................................................................................... 44
3.3.2. Determinação do valor em metical do consumo diário actual sem carga adicional ......... 44
3.3.2.1. Determinação do valor em metical do consumo diário com carga adicional ................... 45
3.3.3. Determinação do valor em metical do consumo diário sem carga adicional tendo em
conta a poupança energética proposta .............................................................................................. 45
3.3.3.1. Determinação do valor em metical do consumo diário com carga adicional tendo em
conta a poupança energética proposta .............................................................................................. 46
3.4. Orçamento ......................................................................................................................... 47
CONCLUSÕES ................................................................................................................................... 48
RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 50
ANEXOS .................................................................................................................................................. a
xiv

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1. - Efeito fotovoltaico………………………………………………………………....10

Figura 1.2. - Sistema autónomo isolado……………………………………………………........12

Figura 1.3. - Sistema híbrido…………………………………………………………………….13

Figura 1.4. - Diagrama de componentes de uma central fotovoltaica…………………………...13

Figura 1.5. – Ilustra a imagem da uma rede monofásica………………………………………...15

Figura 1.6. – Ilustra a imagem da uma rede trifásica……………………………………………16

Figura 1.7. – Esquema de funcionamento do quadro do centro vs gerador fotovoltaico………..18

Figura 1.8. – Ilustra a imagem de um micro – inversor………………………………………….19

Figura 1.9. – Ilustra a imagem de um inversor string…………………………………………....19

Figura 2.1. – Localização geográfica do CCMER na Cidade da Beira……………………….....24

Figura 2.2. – Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis na Cidade da


Beira……………………………………………………………………………………………...24

Figura 2.3. – Ilustra a imagem de um inversor escolhido……………………………………….31

Figura 2.4. – O Disjuntor seleccionado para o projecto, o disjuntor da Scheneider….………....37

Figura 2.5. – Ilustra a bateria escolhida para armazenar a carga do sistema…………………….39


xv

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.1 – Parâmetros eléctricos para o dimensionamento dos condutores….………………..22

Tabela 2.1. – Consumo de Mensal de Energia……………………….………………………….25

Tabela 2.2. - Dados Climáticos da Cidade de Beira…………………………………………….26

Tabela 2.3. – Total Mensal e Anual de Energia Solar……………….…………………………..27

Tabela 2.4. – Total Mensal e Anual de Incidência Solar Óptima Aproveitável no Período de
Aquecimento……………………………………………………………………………………..28

Tabela 2.5. - Características Eléctricas e Gerais do Painel Solar da BUNDU POWER Modelo
BP300WP………………………………………………………………………………………...30

Tabela 2.6. - Parâmetros para a Escolha do Inversor……………….……………………………32

Tabela 2.7. – Características Eléctricas e Gerais do Inversor SK-TL5000E Hybrid Solar


Inverter……………………………………………………………...……………………………33

Tabela 2.8. - Factor de Correcção para Temperatura Ambiente…………………………………34

Tabela 2.9. - Capacidade de Condução de Corrente em Amperes para os métodos A1, A2, B1,
B2, C e D………………………………………………………………………………………...35

Tabela 2.10. – Características da Capacidade de Bateria………………………………………..38


Tabela 3.1. - Consumo de Mensal de Energia Eléctrica empregando o Uso de Lâmpadas LED no
Sistema…………………………………………………………………………………………...41

Tabela 3.2. - Comparativa de Consumo de Energia Eléctrica…..……………………………….42

Tabela 3.3. – Orçamento do Projecto……………………………………………………………47


xvi

LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

A – Secção do fio.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

C.A. Corrente Alternada.

Capacidade de Bateria [Ah].

C.C. Corrente Continua.

C.D.

CCMER Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis – Beira.

CEPEL – Centro de Pesquisa de Energia Eléctrica.

– Nível de percentagem do consumo de energia actual.

E.A.T. – Energia total anual.

E.D.M. Electricidade de Moçambique.

I.N.A.M. – Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique.

– Corrente admissível para escolha da secção do fio.

Corrente de curto-circuito do painel solar [A].

Corrente total do sistema.

It – Incidência solar.

IST – Incidência solar tabelada.

( ) – Incidência solar óptima.


xvii

– Eficiência da bateria de Chumbo ácido.

– Profundidade de descarga de bateria de Chumbo ácido.

Conexão por módulos dos painéis solares em série [admensional].

Coeficiente de segurança do sistema [1,25] valor admensional.

𝑙 Comprimento do fio.

𝑛 Nível de poupança.

NBr Norma Brasileira.

Número de dias de reserva para o banco de baterias.

P – Potência do equipamento eléctrico [W].

PD – Potência da demanda.

PSV – Potência eléctrica máxima de saída do painel solar.

QPS Quantidade de Painéis Solares.

Quantidade máxima de inversor.

RSIEUEE Regulamento de Segurança de Instalações Eléctricas de Utilização de Energia


Eléctrica.

SFV Sistema Fotovoltaico.

Temperatura referencial da cidade [25 ºC].

Temperatura mínima da cidade [ºC].

TCM Equação Física.

Tensão de bateria escolhida [V].

Tensão máxima no inversor.


xviii

Tensão total do sistema.

Tensão ajustável dos módulos fotovoltaicos.

Tensão Máxima de Potência do painel solar.

Valor Estimado para Compra de Credelec.

, - Valor aproximado em metical de cada kWh.

, - Valor aproximado em metical de cada kWh.

Condutividade de cobre.

Erro absoluto.

Erro relativo.
1

INTRODUÇÃO

A crise energética e a busca de energias renováveis têm reacendido o debate sobre fontes
alternativas de energia. Nesses debates a energia solar vem ganhando cada vez mais espaço, uma
vez que é de fácil implantação, possui custo de manutenção baixo, é uma fonte renovável e ideal
para locais onde as radiações solares são abundantes (ROCHA, Leonardo - 2012).

A forma típica para produzir energia eléctrica é aquela que mais rapidamente se amolda à nova
realidade, o recurso a combustíveis fósseis é insustentável a médio prazo, devido a sua escassez e
o recurso às energias renováveis, concretamente o solar para produção de energia eléctrica, é
cada vez mais uma aposta global.

Moçambique pela localização geográfica é potencialmente favorável para o desenvolvimento de


sistemas fotovoltaicos, é neste âmbito que o autor apresenta o estudo para o Centro Comunitário
Multifuncional de Energia Renovável.

Existem diversas formas de se converter a energia solar em alguma forma utilizável pelo homem
é através do efeito fotovoltaico que ocorre em dispositivos, que são chamados de células
fotovoltaicas. O efeito fotovoltaico consiste na propriedade dos semicondutores de apresentarem
uma diferença de potencial quando atingidos por feixes de luz. O rendimento de uma célula
fotovoltaica é definido como a razão entre a potência da luz incidente e a potência eléctrica
disponível nos terminais.

Segundo CEPEL – 2008, qualquer tipo de carga accionada por electricidade é possível de
alimentação via energia solar fotovoltaica, basta que o sistema seja correctamente projectado.

Moçambique tem grandes rios com enorme potencial para produzir energia. Tem ventos fortes e
constantes junto ao mar e nas regiões altas do interior. Tem sol ao longo de todo o território
nacional. Todas estas fontes renováveis podem ser convertidas em energia (NAMBURETE,
Salvador - 2014).
2

Com isto, a presente monografia propõe a instalação de um sistema híbrido: fotovoltaico –


eléctrico para abastecer de energia eléctrica ao Centro Comunitário Multifuncional de Energia
Renovável cito no bairro da Munhava – Cidade da Beira e assim este funcionar como laboratório
para incubação de projectos que possibilitem além de pesquisas de iniciação científica, visitas
para expor ao público, em geral, novas referências em termos de uso eficiente e racional de
energia solar na região centro do país.

Justificativa

A escolha do tema deve-se ao facto de se ter constatado que o Centro Comunitário


Multifuncional de Energias Renováveis da Munhava, ser um local que recebe várias propostas de
pesquisas, isto é, acolhe projectos sobre energia renováveis, com vista na eficiência energética e
poupança. Também constatou-se que em algumas vezes, o centro fica sem energia, devido
algumas oscilações que tem acontecido no bairro, e por vezes devido a não compra de energia
(vulgo Credelec).

Neste âmbito surge a motivação da projecção de um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico,


para o Centro Comunitário Multifuncional de Energia Renovável, visto que a utilização de fontes
renováveis no local traz consigo várias vantagens, como são menos perdas de energia em forma
de calor na transportação e diminuição da factura eléctrica. Alem disso, será exemplo para que
outros sectores utilizem este tipo de soluções, visto que Moçambique, concretamente a cidade da
Beira apresenta óptima irradiação e ângulo de incidência solar.

Delimitação do tema

O tema “Desenho de um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para o Centro


Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis - Beira em Sofala” enquadra-se no
plano de formação da Universidade Zambeze, para licenciatura em Engenharia Mecatrónica.
A pesquisa está focada na projecção de um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para o
Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira. O sector foi escolhido por
estar em grande expansão na área de projectos relacionados com as energias renováveis. A
3

pesquisa envolve o dimensionamento de sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para redução da


factura eléctrica e como forma de exemplo aos vários sectores de trabalho e de pesquisa na
região centro do país e assim, conseguir-se levar a mais alto nível do país, sobre esta área de
actuação de fontes alternativas para obtenção de energia eléctrica. O trabalho foi realizado no
bairro da Munhava e na cidade da Beira, num período de 4 meses, ou seja, do mês de Fevereiro
ao de Maio de 2018.

Relevância social

A pesquisa tem relevância social pelo facto de procurar minimizar o custo de energia consumida
a nível do Centro Comunitário, que encontra a sua fonte de alimentação a partir da energia da
rede eléctrica (E.D.M.). O Centro Comunitário tem como objecto social de difundir o uso de
energias renováveis ou forma de minimizar o uso de energia convencional.
O pagamento de energia (Credelec) tem contribuído para a queda dos níveis de orçamento na
parte dos representantes do C.C.M.E.R. da Munhava, facto que influencia directamente nos
gastos financeiros do centro.
A introdução de um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para o abastecimento do Centro
poderá motivar a comunidade ao uso desses tipos de sistema a nível local, bem como a nível da
região centro do país, também poderá aumentar os níveis de orçamento, bem como, melhorar no
Centro o uso de outros tipos de equipamentos, que neste momento não utilizam, pelo facto de
gastar-se rapidamente o Credelec devido o consumo dos mesmos.

Relevância científica

A pesquisa espelha grande relevância científica porque procura resolver um problema que
preocupa os representantes, membros do Centro, bem como de servir de exemplo para a
comunidade em geral, despertar um interesse no uso deste tipo de sistema híbrido, mas
concretamente os do bairro da Munhava, na Cidade da Beira. E este facto, será através de
aplicação de vários métodos científicos.
4

Numa sociedade em que a energia eléctrica é produzida a partir de energia hídrica que é uma
fonte renovável mais é cobrada a valores comparáveis como si se produzira com fontes não
renováveis, devido a estratégias de transformação e transportação é importante que se encontrem
soluções científicas na resolução deste problema para a comunidade, e o do país em geral.
Por um lado, também pode ser tomado como ponto de partida para estudos futuros na busca de
soluções para o abastecimento de energia, através de fontes alternativas, na comunidade ou
outras áreas afins.

Enquadramento do tema

O tema enquadra-se nos objectivos do plano curricular do Curso de Licenciatura em Engenharia


Mecatrónica, administrado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Zambeze,
concretamente nas disciplinas de Instrumentação e Medidas Eléctricas, Materiais
Electrotécnicos, Gestão de Energia, entre outras. Também, enquadra-se nos programas do
governo ligados a acções de promoção da produção de energias renováveis para minimização de
pagamento de energia (credelec) como forma de redução dos níveis de pobreza na comunidade.

Problematização

No Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Cidade da Beira, verifica-se


um elevado gasto financeiro por conceito do consumo de energia eléctrica, o que há provocado
uma redução na área de investimentos de novos equipamentos que são necessários para elevar o
nível de pesquisa laboratorial do Centro.
Entretanto, como o Centro é um local acolhedor de projectos relacionados com o estudo de
energia renováveis, como fontes alternativas na obtenção de energia térmica, mecânica, eléctrica
e outras; e até este momento, o Centro não tem desenvolvido experiencias na transformação da
energia solar fotovoltaica em energia eléctrica.
Portanto, com base na inquietação acima referido o presente trabalho propõe a seguinte pergunta
de partida:
5

De que forma pode-se implementar um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para


geração de energia, como forma de poupança energética para o Centro Comunitário
Multifuncional de Energias Renováveis da Beira?

Hipóteses

Si se dimensionar um sistema híbrido: fotovoltaico - eléctrico em que a geração básica de


electricidade seja a energia solar fotovoltaica e a alternativa a conexão a rede eléctrica para o
Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira, pode-se utilizar está
tecnologia para suportar o funcionamento do Centro e como exemplo na região centro do país.

Objectivos

Objectivo geral

 Dimensionar um sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para o Centro Comunitário


Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.

Objectivos específicos

 Revisar o estado da arte da geração da energia eléctrica utilizando um sistema híbrido


fotovoltaico – eléctrico para uso doméstico no Mundo e em Moçambique.
 Projectar um sistema híbrido fotovoltaico – eléctrico para o Centro Comunitário
Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.
 Propor mecanismos de poupança de energia eléctrica para o Centro Comunitário
Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.
6

Metodologias

Pensamento Metodológico

Neste trabalho, foram usados vários métodos de pesquisa e técnicas que contribuíram nas etapas
da investigação. Utilizaram-se os métodos de pesquisa qualitativa e quantitativo, guiando-se
primeiro pela revisão bibliográfica, e por fim na recolha de dados no Centro Comunitário
Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.

Técnicas de pesquisa

 Observação directa e participativa

Basear-se-á em ver e examinar factos e fenómenos relacionados com o consumo de energia


eléctrica no Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira, qual a
actividade de trabalho do Centro e a maneira como os trabalhadores fazem uso do recurso
energia eléctrica.

Método bibliográfico

Basear-se-á na leitura atenta e sistemática que por sua vez se fará acompanhar de anotações,
analise e interpretação de livros, documentos e mais. Com vista a servir à revisão da literatura ou
bibliográfica sobre o estudo.
7

Organização da monografia

A monografia está estruturada em introdução, 3 capítulos, conclusões e recomendações através


dos quais se pretende seguir a abordagem da pesquisa apresentada:

Introdução – Se expõem de uma forma geral e directa quais os objectivos do sistema híbrido:
fotovoltaico – eléctrico proposto para o C.C.M.E.R. bem como a relevância do tema na situação
actual, qual metodologia a aplicar e a delimitação do tema.

Capítulo I – Marco Teórico – Este capítulo esta dedicado ao actual estado do conhecimento
com base na revisão bibliográfica de publicações e artigos científicos sobre o tema, tratando os
elementos fundamentais no dimensionamento do sistema fotovoltaico.

Capítulo II – Estudo do Caso – Dedicado a interpretação de todos os conceitos fundamentais


usados no presente trabalho, desde a localização do Centro de Energia Renováveis do bairro da
Munhava, bem como uma folha de cálculo sobre o dimensionamento do sistema híbrido:
fotovoltaico – eléctrico para atender as condições do Centro.

Capítulo III – Analise dos Resultados – Neste capítulo serão analisados resultados obtidos do
dimensionamento do sistema híbrido e serão apresentados os mecanismos de poupança de
energia eléctrica para o Centro.

Conclusões e Recomendações – São apresentadas as conclusões sobre a proposta de um sistema


híbrido: fotovoltaico – eléctrico para C.C.M.E.R. como objecto ou foco do caso de estudo e as
recomendações em caso da implementação do projecto.
8

CAPÍTULO I – MARCO TEÓRICO

1. Introdução

Como em 2009, o Governo de Moçambique aprovou a Política de Desenvolvimento das


Energias Novas e Renováveis, tendo estabelecido como uma das prioridades estratégicas de
implementação a avaliação dos recursos de energias novas e renováveis. Entretanto, neste
capítulo é apresentado a fundamentação teórica a partir de uma análise epistemológica do
objecto de estudo. Se descrevem os conceitos teóricos essenciais associados ao fenómeno dos
conceitos sobre a instalação dos equipamentos, bem como os fundamentos relacionados ao
dimensionamento do sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico, o que permitirá servir de base no
desenvolvimento dos conteúdos do capítulo 2.

1.1. Energia solar fotovoltaica

1.1.1. Evolução histórica

A Energia Solar Fotovoltaica é a energia oriunda da transformação directa de luz em energia


eléctrica. O conceito de energia solar fotovoltaica é empregado com sucesso pelo ser humano.
Em várias gerações, o homem pensou em maneiras de tornar agradável os efeitos da geração de
energia por meio de fontes alternativas de energia encontradas na natureza, destacando-se assim,
os sistemas solares híbridos conectados a rede eléctrica.
Em termos de evolução cronológica a energia solar fotovoltaica pode considerar-se em 3
gerações, de acordo com ROLIM, CAVALIERE, e NASCIMENTO - 2009:
1ª Geração – Descrito pela primeira vez em 1839 pelo físico francês Edmond Becquerel, ao
relatar as propriedades do Selénio, que produzia uma corrente eléctrica directamente
proporcional à radiação incidente.

2ª Geração – O assunto passou a receber um grande destaque a partir dos anos 60, durante a
guerra fria, pois apesar de seu custo elevado, essa tecnologia se mostrou apropriada para suprir
as demandas energéticas em missões aeroespaciais bem como para a manutenção de satélites.
9

Devido à crise do petróleo na década de 70, investiram-se vultosos recursos em fontes


alternativas de energia.
As aplicações terrestres divergiam bastante das aplicações espaciais, agora era fundamental ter
um balanço energético positivo, ou seja, os módulos fotovoltaicos deveriam produzir mais
energia do que a energia que foi gasta na sua produção.
Outro grande desafio era reduzir seus custos de fabricação, visando sua popularização. Nessa
época, foram desenvolvidas as células de silício poli-cristalino, que eram muito mais fáceis e
baratas de se fabricar, porém possuíam uma eficiência inferior aos modelos feitos com silício
mono-cristalino. Programas governamentais de países como Alemanha, Espanha e Japão
estimularam a aplicação doméstica dessa tecnologia, o que permitiu uma produção em escala,
reduzindo ainda mais os custos.

3ª Geração – A partir do ano 2000, o processo de mudança nas indústrias era cada vez mais
rápida, as células fotovoltaicas ficaram bastante populares e produzidas com filmes finos, estas
utilizam ainda menos materiais e energia no seu processo de fabricação do que as de silício poli-
cristalino, o que justifica o seu preço mais acessível.
Estas são bastante flexíveis mecanicamente, possibilitando aplicações em diversas situações.
Como desvantagens possuem uma vida útil reduzida e um rendimento inferior às convencionais,
necessitando assim de uma área maior para a mesma produção energética.

1.1.2. Fontes de energia eléctrica encontradas na natureza

As fontes de energia eléctrica encontradas na natureza são chamadas de fontes primárias, sendo
divididas em fontes convencionais e fontes alternativas.
De acordo com FRANÇA, Carlos Renato – 2001, tem-se as seguintes contribuições.
 As fontes convencionais são as principais fontes de energia eléctrica utilizadas, como
exemplo energia hidráulica e nuclear.
 As fontes alternativas são utilizadas de forma descentralizada e são muito importantes
como fontes auxiliares, como exemplo energia solar e a energia eólica.
10

Como elemento básico de energia eléctrica, a corrente eléctrica em sua forma fundamental é a
passagem de corrente por um condutor quando existe diferença de potencial em suas
extremidades.

1.1.3. Princípio de funcionamento dos painéis solar fotovoltaico

Segundo FADIGAS, Eliane e ROCHA, Vinícius o efeito fotovoltaico, acontece quando dois
materiais diferentes em contacto produzem uma tensão eléctrica se sobre eles incidir uma luz
outra energia radiante. A luz ao incidir no silício, um material no qual os electrões normalmente
não são livres para se deslocar de um átomo para o outro, fornece a energia necessária para
libertar alguns electrões da sua condição limitada, como mostra a figura 1.1 o esquema de efeito
fotovoltaico. Os electrões livres atravessam a junção entre dois materiais diferentes mais
facilmente numa direcção que na outra, dando a um lado da junção uma carga negativa e
portanto uma tensão negativa em relação ao outro lado.

Figura 1.1. - Efeito fotovoltaico.

Fonte: ROCHA, Leonardo – 2012.

O efeito fotovoltaico pode continuar a fornecer corrente enquanto a luz continuar a incidir sobre
os dois materiais.
11

Há alguns factores que limitam a conversão da energia solar em energia eléctrica tal como:

 As perdas por reflexão;


 As perdas por não absorção, pois a energia dos fotões é insuficiente;
 As perdas por transmissão, não há criação do par electrão - lacuna.

1.1.4. Análise comparativa da radiação solar no mundo e em Moçambique

De acordo com NAMBURETE, Salvador – 2014, disse que Moçambique tem um bom recurso
solar, consistente ao longo do território e estável ao longo do ano, a radiação solar a uma escala
global vária essencialmente em função da atmosfera, geometria e do movimento do planeta
relativamente ao sol, sendo que numa escala local, a variação da radiação solar encontra-se
maioritariamente associada à morfologia do terreno, ou seja, variações de elevação, declive,
exposição e sombreamento.

Gráfico 1.1. Comparação da Radiação solar

Fonte: Atlas de Energia Renováveis de Moçambique – 2014.

Moçambique apresenta uma radiação global em plano horizontal elevada quando comparada
com bons locais na Europa e Ásia, como é visto no Gráfico 1.1 a cima, mostra a média anual da
12

radiação solar para o período 1990 - 2004, sendo bastante próxima de alguns dos melhores locais
do mundo, como a África do Sul e a Califórnia.

1.1.5. Aplicações da tecnologia fotovoltaica

As aplicações de um sistema fotovoltaico segundo FADIGAS, 1993 e ROCHA, 2010 podem ser
divididas em: Sistemas autónomos isolados, sistemas híbridos e sistemas conectados à rede eléctrica.
 Sistemas autónomos isolados - Consiste no sistema puramente fotovoltaico, não
conectado à rede eléctrica de distribuição. Dentre os sistemas isolados, existem muitas
configurações possíveis, a figura 1.2 mostra o esquema básico de um pequeno sistema
isolado. E as configurações mais comuns que esse sistema apresenta podem ser: Carga
CC com armazenamento – È o caso em que se deseja utilizar equipamentos eléctricos,
em corrente contínua, independente de haver ou não geração fotovoltaica simultânea.
Para que isto seja possível, a energia eléctrica deve ser armazenada em baterias. Carga
CA com armazenamento – Para alimentação de equipamentos que operem em corrente
alternada é necessária que se utilize um inversor. Um caso típico de aplicação destes
sistemas é no atendimento de residências isoladas que, por possuírem um nível de
conforto superior àquelas alimentadas em corrente contínua, permitem o uso de
electrodomésticos convencionais.

Figura 1.2. - Sistema autónomo isolado


Fonte: ROCHA, Vinicius Luís – 2010.

 Sistemas híbridos – São sistemas onde a configuração não se restringe apenas à geração
fotovoltaica. Em outras redes eléctricas, existe mais de uma forma de geração de energia,
como por exemplo, gerador diesel, turbinas eólicas, mesmo com a electricidade
13

residencial e módulos fotovoltaicos, como o esquema básico de um pequeno sistema


híbrido mostrado na figura 1.3. E estes sistemas são mais complexos e necessitam de algum
tipo de controle capaz de integrar os vários geradores, de forma a optimizar a operação para o
usuário.

Figura 1.3. - Sistema híbrido


Fonte: FADIGAS, Eliane Aparecida – 1993.

 Sistemas Conectados à rede – São basicamente de um único tipo e são aqueles em que o
arranjo fotovoltaico representa uma fonte complementar ao sistema eléctrico de grande
porte ao qual está conectado. São sistemas que não utilizam armazenamento de energia,
pois toda a potência gerada é entregue à rede instantaneamente, como mostra na figura
1.4 um exemplo de sistemas conectados a rede para produção de grandes potências.

Figura 1.4. - Diagrama de componentes de uma central fotovoltaica


Fonte: FADIGAS, Eliane Aparecida – 1993.
14

1.2. Importância dos sistemas híbridos

As formas de aproveitamento de energias renováveis têm tomado um papel cada vez mais
importante na média que o controle dos níveis de emissões de gases poluentes é alvo das
preocupações do governo moçambicano. Com isso torna-se importante o estudo de métodos para
o aproveitamento de recursos naturais que causem o mínimo impacto, como é o caso da energia
da energia solar fotovoltaica (NAMBURETE, Salvador - 2014).

Um dos papéis importantes da ciência é o de oferecer instrumentos e informações que permitam


uma melhor formulação de políticas voltadas para a preservação do meio ambiente. Nesse
contexto, a radiação solar e a energia eléctrica podem se combinar em um único sistema de
geração de energia.

A utilização de sistema híbrido fotovoltaico – eléctrico de geração de energia em residenciais e


certas empresas é a melhor opção para reduzir e ou zerar a necessidade de consumo de energia
proveniente da concessionária Electricidade de Moçambique.

Além disso, este sistema híbrido é uma fonte renovável e não poluem o meio ambiente como os
combustíveis fósseis.

1.3. Instalação de baixa tensão

De acordo com o Decreto - Regulamento no 90/84 define instalação de baixa tensão como a
instalação cuja tensão nominal não exceda 1500 V em corrente continua ou 1000 V em corrente
alternada.

Fazendo uma análise do conceito apresentado, pode-se afirmar que o Decreto é unânime na sua
definição. Portanto, entende-se que uma instalação de baixa tensão é aquela instalação feita em
corrente contínua ate 1500 V e equivale a 1000 V em corrente alternada, seja para instalações
industriais, bem como residenciais.
15

1.3.1. Tipos de instalações de baixa tensão

De acordo com DA SILVA JÚNIOR, Joab Silas – 2016 e RSIEUEE, a distribuição da energia
eléctrica é feita de acordo com a necessidade de cada estabelecimento residencial, comercial ou
industrial. Antes de ser utilizada, a energia eléctrica fornecida pelas concessionárias passa por
transformadores instalados em postes. A nível do mundo, e em particular em Moçambique são
predominantes dois tipos de instalações de baixa tensão, que podem ser monofásica, e trifásica.

1.3.1.1. Rede monofásica

Quando a rede é monofásico, a ligação entre ele e o local abastecido pela energia eléctrica é feita
apenas com dois fios: uma fase e um neutro, como mostra na figura 1.5. Esse tipo de instalação
proporcionam tensões eléctricas em média encontrada é de aproximadamente 220 V, aceitando
uma queda de tensão ou sobre tensão de 1% no máximo para cabos alimentadores.

Figura 1.5. Ilustra a imagem da uma rede monofásica.

Fonte: MORENO, Hilton, 2004.

1.3.1.2. Rede trifásica

O fornecimento trifásico, utilizado nas regiões urbanas e por indústrias, e ou centros de grande
dimensões, é a ligação feita por quatro fios: três fases e um neutro, como mostra na figura 1.6.
As tensões eléctricas proporcionadas são de 220 V em tensões simples (na ligação de fios neutro
e fase) ou 380 V em tensões compostas (ligação de fios fase e fase).
16

Figura 1.6. Ilustra a imagem da uma rede trifásica.

Fonte: MORENO, Hilton, 2004.

Este tipo de rede tem oferecido várias vantagens, se de comparar com a rede monofásica, com
base nos autores acima referenciados, destacam-se as seguintes vantagens da rede trifásica:

 Evita quedas inoportunas de energia quando diversos equipamentos estão ligados ao


mesmo tempo;
 A potência total nunca é nula, pois sempre existe fornecimento de energia para os
equipamentos;
 Motores trifásicos são menores que seus correspondentes monofásicos de mesma
potência;
 Sistemas trifásicos precisam de menores quantidades de cobre e alumínio para oferecer a
mesma potência que um sistema monofásico equivalente.

1.4. Disjuntor

No RSIEUEE define-se disjuntor como um aparelho de corte, comando e protecção, dotado de


conveniente poder de corte para corrente de curto-circuito e cuja actuação se pode produzir
automaticamente em condições pré-determinadas.

E nas NBR 5410/2004 se define disjuntor como equipamento de protecção cuja finalidade é
conduzir a corrente de carga sob condições nominais e interromper correntes anormais de
sobrecarga e de curto-circuito.
17

Fazendo uma análise dos conceitos apresentados pelos autores são unânimes, ao afirmar que
disjuntor é aparelho de corte ou equipamento de protecção, cuja finalidade é conduzir a corrente
de carga sob condições nominais, cuja actuação se pode produzir automaticamente em condições
pré-determinadas. De uma forma geral, disjuntor é um equipamento que serve para proteger,
contra uma possível sobrecarga e ou curto-circuito, e que mesma é realizada automaticamente
pelo equipamento.

1.5. Módulo fotovoltaico

Segundo SOUSA, Filipe – 2015, diz que a célula fotovoltaica é o elemento básico do módulo
fotovoltaico. É na célula que se dá a conversão da energia radiante do Sol em energia eléctrica.
Usualmente, tem a forma de pequenos discos ou rectângulos e são fabricadas em grande escala.
Conforme os materiais utilizados e de acordo com a área apresentam características eléctricas
específicas.
Os módulos fotovoltaicos encontram-se electricamente ligados entre si e funcionam como um
único gerador de energia eléctrica. Estes podem ser ligados em paralelo ou em série, dependendo
da sua aplicação. Quando é feita ligação em série, as tensões são somadas e a corrente permanece
inalterada. Quando ligadas em paralelo, as tensões nas células são iguais e as correntes são
somadas. Um conjunto de painéis de uma mesma instalação forma um arranjo. Um arranjo pode
ser composto por apenas um painel ou por milhares de painéis fotovoltaicos, dependendo do
porte da instalação de geração de electricidade.

1.6. Gerador fotovoltaico

FEDRIZZI-1997 define o gerador fotovoltaico como um conjunto de módulos fotovoltaicos que


por sua vez são compostos de células de material semicondutor, chamadas células fotovoltaicas.
Estas são responsáveis pela conversão da energia através do efeito fotovoltaico, que consiste na
conversão da radiação solar em energia eléctrica. Na figura 1.7 mostra-se o esquema de
funcionamento adaptado para o quadro do C.C.M.E.R. vs gerador fotovoltaico.
18

Figura 1.7. Esquema de funcionamento adaptado para o quadro do centro vs gerador fotovoltaico.

Fonte: Adaptado de SCHEIBLER, Gustavo APUDE SANTOS SERRÃO, 2010.

Segundo SOUSA, Filipe – 2015, a célula fotovoltaica utiliza o “efeito fotovoltaico” para
gerar electricidade. Baseia-se na propriedade de certos materiais existentes na natureza,
denominados semicondutores, de possuírem uma banda de valência totalmente preenchida com
electrões e uma banda de condução totalmente vazia a temperaturas muito baixas. Quando os
fotões da luz solar na faixa do espectro de radiação visível incidem sobre este material, excitam
electrões da banda de valência enviando-os à banda de condução. A energia presente nos fotões é
transferida para os átomos, liberando estes electrões com alta energia. Uma barreira consegue
impedir que estes electrões retornem a sua posição anterior, podendo-se direccioná-los para um
circuito eléctrico, gerando uma tensão e uma corrente eléctrica. O elemento semicondutor mais
utilizado actualmente é o silício.

1.7. Inversores CC-CA

Trata-se de um equipamento electrónico que tem como função converter a corrente contínua do
gerador fotovoltaico em corrente alternada. É um elemento importante quando se deseja
optimizar a electricidade gerada por módulos fotovoltaicos. Em estes tipos de sistemas
fotovoltaicos é comum utilizar-se um inversor conectado ao gerador fotovoltaico.
19

1.7.1. Tipos de inversores usados em sistemas fotovoltaicos

Micro - inversores: é uma tecnologia mais recente, que possibilita que um SFV esteja
constituído de pequenos inversores colocados em cada painel individualmente (uma ilustração
pode ser vista na figura 1.8). Normalmente, esses inversores têm de 25-30 anos de garantia e são
5% a 10% mais caros que os inversores string (ver figura 1.9), sendo operados em voltagens
menores do que os strings (BERNAL, Jonathas Luiz de Oliveira - 2014).

Figura 1.8. – Ilustra a imagem de um micro – inversor.

Fonte: BERNAL, Jonathas APUDE Enphase Energy.

Inversores string: são ligados em série e em linhas do painel fotovoltaico, podendo existir
associações em paralelo ao string, apresentando garantia normalmente de 10 anos. Assim, como
a perda de energia em quedas de voltagem é maior para correntes CA do que CC e nos strings a
conversão só acontece no fim (BERNAL, Jonathas Luiz de Oliveira - 2014).

Figura 1.9. – Ilustra a imagem de um inversor string.

Fonte: BERNAL, Jonathas APUDE Fronius.


20

1.8. Baterias

Um dos desafios das energias renováveis é que seu consumo não se dá necessariamente no
momento de sua geração. Sendo assim, faz-se necessária a utilização de baterias para armazenar
esta energia gerada para ser consumida quando necessário (SCHEIBLER, Gustavo APUDE
SANTOS SERRÃO, 2010).

1.8.1. O papel das baterias em um sistema fotovoltaico

As baterias, ou banco de baterias possuem um papel essencial em um sistema fotovoltaico


isolado, pois elas efectuam o armazenamento da energia eléctrica em energia potencial química
e, posteriormente, podem converter essa energia novamente em eléctrica (SCHEIBLER, Gustavo
- 2015).
As baterias são compostas por células que são as unidades básicas de sua constituição, as quais
são responsáveis pelo acúmulo de energia. São formadas por dois eléctrodos, isolados e de
diferentes polaridades, um positivo e outro negativo, separador, electrólito e material activo.
Quando ocorre uma descarga o material activo dos eléctrodos reage quimicamente com o
electrólito convertendo assim a energia potencial química em energia eléctrica (SERRÃO
SANTOS, 2010).

1.9.Análise da determinação da potência ou carga instalada

Neste ponto são descritos os passos para a escolha dos equipamentos do sistema híbrido
fotovoltaico – eléctrico, bem como os acessórios a utilizarem-se como o caso dos cabos
condutores, demonstram-se aqui de modo geral as principais regras para a selecção adequada
destes componentes que fazem parte desse sistema a desenvolver-se ao longo da monografia.

1.9.1. Concessão de sistemas híbridos fotovoltaicos – eléctricos

De acordo com DA CRUZ GOMES, David Brian – 2014, deve-se ter em conta vários aspectos
para determinação da potência da demanda, o que permite a escolha da capacidade do sistema
híbrido para um certo local. Os mais importantes são a área mínima necessária para instalar, o
21

tipo de módulo solar, especificações do inversor, número de fileiras e espaçamento entre os


mesmos (a distância mínima necessária é a que minimiza o efeito de sombreamento entre
fileiras), as protecções do sistema, e a secção dos cabos do sistema.

Em seguida, a selecção dos módulos fotovoltaicos deve ser efectuada em função do tipo de
material que constitui as células fotovoltaicas, ou seja, células de silício mono-cristalino, poli-
cristalino ou de filme fino. As especificações técnicas (obtidas através do catálogo do fabricante)
do módulo seleccionado determinam as etapas seguintes conducentes ao dimensionamento do
sistema.

Por último, deverá ser determinado o número máximo de módulos que podem ser instalados na
área disponível. Este número permitirá estimar de forma aproximada a potência total que é
possível instalar na área que se tem ao dispor.

1.9.2. Selecção do painel solar fotovoltaico

Nesta fase, é já poss vel “desenhar” a configuração do sistema fotovoltaico. O sistema é


constituído por um conjunto de módulos ligados em série e por fileiras de módulos ligados em
paralelo, perfazendo um número total de módulos a usar-se.

A quantidade de painéis solares é a razão entre a potência da demanda do local devido o uso dos
equipamento pela potência de saída do painel solar fotovoltaica. Como mostrada no capítulo 2,
sobre a determinação de painéis solares.

1.9.3. Escolha dos condutores

No processo de dimensionamento da secção dos cabos, deve também ter-se em consideração a


necessidade de se reduzir quanto possível as perdas resistivas. A norma Portuguesa a partir do
Regulamento de Segurança de instalações Eléctricas para Utilização de Energia Eléctrica,
sugere que a queda da tensão máxima admissível, e no circuito do condutor não deve ser superior
a 3% da tensão de trabalho do sistema. Este critério limita a 3% as perdas de potência através dos
cabos do sistema fotovoltaico. Os parâmetros a considerar para o dimensionamento da secção
transversal dos cabos, são apresentados na tabela 1.1. a seguir.
22

Tabela 1.1 – Parâmetros eléctricos para o dimensionamento dos condutores.

Parâmetros Eléctricos Símbolo Unidade

Comprimento do cabo 𝑙 m

Secção transversal do cabo A mm2

Resistividade eléctrica m/Ω.𝑚𝑚2

Corrente de trabalho I A

Queda de tensão Ve V

Potência P W

Fonte: WWW.PORTAL-ENERGIA.COM acesso no dia 06/03/2018 pelas 17h23.

Considerações do capítulo

Neste capítulo foi apresentado o marco teórico, de um modo geral, considera-se


importante para o desenvolvimento do projecto, por isso buscou-se as teorias importantes para o
correcto dimensionamento do sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico para o CCMER – Beira.
No âmbito da avaliação dos recursos, a Estratégia para o Desenvolvimento das Energias Novas e
Renováveis, aprovada em 2011, vêm estabelecer como medidas a desenvolver, designadamente,
o mapeamento do potencial solar, bem como a identificação e mapeamento dos locais de
ocorrência. Assim sendo, no próximo capítulo a parte referente a proposta do projecto
acompanhado de uma parte introdutório sobre o estudo de caso e os principais pontos para o
dimensionamento do presente trabalho.
23

CAPÍTULO II – ESTUDO DE CASO

2. Introdução

Neste capitulo se faz um diagnóstico detalhado acerca da localização do Centro Comunitário


Multifuncional de Energia Renovável, bem como do dimensionamento do sistema fotovoltaico
para ser implementado no C.C.M.E.R. da Munhava na Cidade da Beira. Os resultados obtidos
neste capítulo foram possível obtê-los a partir da observação directa e participativa no Centro
Comunitário. Assim, os demais resultados de análises da bibliografia actualizada sobre a
temática feita no capítulo I, que dos conjuntos mencionadas dão a possibilidade de mostrar a
quantidade de painéis solares necessários para a instalação do sistema em estudo.

2.1. Localização do Centro

2.1.1. Situação geográfica

O Centro Comunitário Multifuncional de Energia Renovável localiza-se na província de Sofala,


na cidade da Beira, distrito de Beira, no bairro da Munhava, na estrada Kruss Gomes como se
mostra na figura 2.1. O bairro faz limites, ao Norte com o bairro de Aeroporto, ao Sul com o de
Esturro, ao Este com o de Pioneiros e ao Oeste com os bairros de Matacuane e Macurrongo,
através dos bairros da Muchatazina e Maraza (ADMINISTRAÇÃO DISTRITAL DE BEIRA –
2016).

O bairro da Munhava é o bairro mais populoso da cidade da Beira que se encontra na


província de Sofala. É o bairro que apresenta as piores condições em termos de urbanização e
unidades sanitárias, e o povo ainda apresenta em alguns momentos a cultura de fecalismo ao céu
aberto, e o Centro começa seus trabalhos nas energias renováveis com a implementação de um
bio - digestor para obtenção de gás para cozinhar.
24

Figura 2.1. Localização geográfica do CCMER na Cidade da Beira.

Fonte: Adaptado de Administração Distrital de Beira - 2016.

2.1.2. Local de estudo

O ambiente de estudo utilizado neste trabalho de conclusão de curso é o Centro Comunitário


Multifuncional de Energias Renováveis (C.C.M.E.R.), como mostra na figura 2.2, localizado na
região centro de país, concretamente na cidade da Beira.

Figura 2.2. Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis na Cidade da Beira.

Fonte: Conselho Municipal da Beira - 2018.


25

O edifício é composto pelos seguintes sectores, sendo respectivamente: uma sala de Conferência,
uma Cozinha, duas salas (Sala do Chefe do Centro e Sala de Técnico), um Corredor e duas casas
de Banho (Masculino e Feminino). Fora de obter o gás para cozinhar através do bio – digestor
actualmente, o Centro Comunitário tem como função de alargar os trabalhos sobre fontes
alternativas, sendo elas: energia solar fotovoltaica, eólica, biomassa e outras.

2.2. Consumo eléctrico dos equipamentos do Centro

Existe uma infinidade de tipos de instalações eléctricas, neste sistema fotovoltaico será utilizado
instalação de acordo com a Resolução no 10/2009 sobre energias solar fotovoltaica o qual será
seleccionado de acordo com as necessidades do trabalho do C.C.M.E.R. - Beira.

Salientar que para o cálculo de consumo de energia eléctrica dentro do C.C.M.E.R. – Beira, faz-
se a análise do consumo dos equipamentos e aparelhos eléctricos, nesse caso iremos ter em conta
a potência de cada equipamento, como pode ser observado na tabela 2.1.

Tabela 2.1. – Consumo de Mensal de Energia

Consumo Consumo
Potencia Quantidade diário mensal
Equipamentos [W] [u] Horas/dia [kW/dia] [kWh]
Carga em uso
Computador 300 2 8 5 106
Impressora 45 1 6 0,3 6
Forno eléctrico 1500 1 4 6 132
Geladeira simples 250 1 24 6 132
Bomba eléctrica 400 1 3 1,2 26
Lâmpadas 23 26 8 4,8 105
Previsão de carga
Ar condicionado 1400 3 8 34 739
Projector 200 1 5 1 22
Televisão 90 1 8 1 16
Total 58,4 1285

Fonte: Autor

O consumo eléctrico mensal do CCMER da Beira é de ate 1285 kWh, provocado pelo
funcionamento dos equipamentos em plena carga, bem como com a previsão de carga adicional
para o mesmo.
26

2.3. Dados climatológicos

Segundo MENDES, (2016) a cidade da Beira, possui clima tropical quente e húmido, com
temperatura média anual de 24,2ºC. O regime de chuvas caracteriza-se por dois períodos
distintos: uma estação seca, que se prolonga de Maio a Janeiro (verão) e uma estação chuvosa, de
Fevereiro a Abril. Como mostrado na tabela 2.2.

Tabela 2.2. - Dados Climáticos da Cidade de Beira

Fonte: MENDES, Michael – 2016.

2.4. Cálculo da radiação solar

Para realização deste cálculo de incidência solar, baseia-se nos dados climatológicos da Cidade
da Beira, Moçambique como mostrado na tabela 2.2 acima, visto que a inclinação dos painéis
fotovoltaicos pode ser ajustada, com objectivo de ganhar a produção de energia ao longo do ano,
optimizando para o inverno devido a época de alto nível de resfriamento tropical. Com esses
dados, é possível dimensionar o sistema fotovoltaico.
27

Tabela 2.3. – Total Mensal e Anual de Incidência Solar

Mês Media Dias Incidência


(horas solar ( )
radiação)
Jan 6,08 31 188,48
Fev 5,87 28 164,36
Mar 5,47 31 169,57
Abr 4,96 30 148,8
Mai 4,49 31 139,19
Jun 4,01 30 120,3
Jul 4,16 31 128,96
Ago 4,88 31 151,28
Set 5,62 30 168,6
Out 5,87 31 181,97
Nov 6,07 30 182,1
Dez 5,99 31 185,69
Total 1929,3

Fonte: MENDES, Michael - 2016

2.4.1. Radiação solar sobre uma superfície inclinada

A inclinação dos painéis fotovoltaicos condiciona directamente a energia que é produzida pelo
sistema fotovoltaico do quadro do C.C.M.E.R. – Beira.
Latitude é um dado que extraímos a partir da tabela 2.2. – referente aos Dados Climatológicos da
cidade em destaque. Esta latitude para a cidade da Beira é de .

2.4.1.1. Determinação da inclinação dos painéis solares

A inclinação do sistema no período de inverno é dada pela equação TCM – 2.1 que se segue
abaixo.

𝑛 𝑙 ` TCM – 2. 1

Substituindo o valor na equação TCM – 2.1 temos o seguinte resultado:

A inclinação solar óptima do sistema no período de verão é dada pela equação TCM – 2.2 que se
segue abaixo.
28

𝑙 TCM – 2.2

Substituindo o valor na equação TCM – 2.2 temos o seguinte resultado:

2.4.2. Determinação da incidência solar óptima

Para a determinação da incidência solar óptima, tem-se em avaliação o período de aquecimento,


deve-se a razão deste ser o período com maior rentabilidade dos painéis solares e devido o alto
nível de aquecimento na cidade da Beira, sendo nossa fonte dependente deste factor climático,
surge a necessidade de determinar-se esta incidência solar óptima, representa-se por [ ( )] com
a equação TCM – 2.3 abaixo:

( )
( )
( )-
TCM – 2.3
, ) (

Substituindo o valores na equação TCM – 2.3 obtemos os seguintes resultados apresentados na


tabela 2.4 a seguir:

Tabela 2.4. – Total Mensal e Anual de Incidência Solar Óptima Aproveitável no Período de Aquecimento.

Mês Media Dias Incidência Incidência


(horas solar solar
radiação) (IST) óptima
Jan 6,08 31 188,48 189
Fev 5,87 28 164,36 165
Mar 5,47 31 169,57 170
Abr 4,96 30 148,8 149
Mai 4,49 31 139,19 140
Jun 4,01 30 120,3 121
Jul 4,16 31 128,96 129
Ago 4,88 31 151,28 152
Set 5,62 30 168,6 169
Out 5,87 31 181,97 182
Nov 6,07 30 182,1 183
Dez 5,99 31 185,69 186
Total 1929,3 1935
Fonte: Autor
29

2.5. Análise do sistema fotovoltaico

Com o cruzamento da informação da Tabela 2.1, de Média Mensal de Consumo de Energia, é


possível determinar a quantidade de painéis solares necessários para o suprimento Anual, de
modo a garantir o bom funcionamento dos equipamentos do C.C.M.E.R. – Beira.

2.5.1. Determinação da energia total anual

Energia total anual (ETA) = 1285 kWh/mês x 12 meses

ETA = 15418 kWh/ano

A potência necessária é a relação da energia total anual da fábrica (energia para accionar os
equipamentos do C.C.M.E.R. – Beira) com a incidência solar total anual.

2.5.2. Determinação da potência da demanda

Potência da demanda (PD) = ⁄ ( ) TCM – 2.4

Substituindo o valor na equação TCM – 2.4 temos o seguinte resultado:

PD = 8 kW

Logo o sistema será dimensionado para este valor de potência, que vai suprir a demanda exigida,
devido o uso racional dos equipamentos dentro do C.C.M.E.R. – Beira.

2.6. Escolha de painel solar

Segundo a BUNDU POWER, Fábrica de Painéis Solares da África de Sul, (revendedores de


painéis solares), os painéis solares que a empresa possui tem até 300W de potência.

Portanto, para o projecto teremos em conta os mesmos tipos de painéis solares fornecidos pela
Fábrica de Painéis Solares da África de Sul, sendo a empresa escolhida por ser vizinha do nosso
país Moçambique e pela qualidade dos painéis solares fornecidos pela empresa, com potência
eléctrica máxima (PSV) de 300 W.
30

Tabela 2.5. - Características Eléctricas e Gerais do Painel Solar da BUNDU POWER Modelo BP300WP.

Parâmetros Eléctricos do Módulo

Potência Eléctrica Máxima 300 W

Corrente Máxima de Potência 8,33 A

Tensão Máxima de Potência ( ) 36,0 V

Corrente de Curto-circuito 9,0 A

Tensão de circuito aberto 45,0 V

Máxima tensão do sistema 1000 V

Peso 25,0 kgs

Dimensões 1946 x 980 x 40 mm

Coeficiente Temperatura da Voltagem - 0,37 MV/K

Fonte: BUNDU POWER SOLAR – 2018.

2.6.1. Determinação da quantidade de painéis solares

A quantidade necessária de painéis solares para atender a carga média anual, tendo em conta a
relação mês do ano e atendendo com os requisitos de sobra de energia será de:

Potência de saída do painel a venda - PSV

Quantidade de painéis solares (QPS) = ⁄ TCM – 2.5

Substituindo o valor na equação TCM – 2.5 temos o seguinte resultado:

QPS = 28 painéis solares.

Tendo em conta as perdas que podem acontecer dentro das instalações eléctricas, sempre que
houve necessidade, o autor optou em método de acréscimo dos valores, como forma de reduzir
as perdas que podem acontecer dentro do nosso sistema.
31

2.7. Escolha do inversor

Portanto, neste trabalho, propõe-se a inserção de uso do inversor que mostra na figura 2.3 abaixo,
de modelo SOLAX SK-TL5000E Hybrid Solar Inverter, que está protegido com uma camada
galvânica e possui tecnologia com controlo activo de temperatura.

Figura 2.3. – Ilustra a imagem de um inversor escolhido.

Fonte: SOLAX BUNDU POWER - 2018.

Tendo feito a escolha deste equipamento, devido a conexão em serie que existe entre os módulos
fotovoltaicos, com o equipamento inversor, é possível determinar os parâmetros de composição
do sistema, como quantidade mínima e máxima de módulos por inversor, valores de corrente e
quantidades de inversores.

2.7.1. Determinação da quantidade máxima de módulos de inversores

Tendo em conta a padronização da temperatura referencial dos módulos fotovoltaicos, assume-


se: Temperatura referencial da cidade da Beira, que é de 25 ºC = 298 K e o painel solar tem
coeficiente de temperatura de tensão de - 0,37 . A partir da equação TCM – 2.6, determina-se a
tensão ajustável dos módulos fotovoltaicos.

𝑚 *( [ 𝑚𝑛 ] ( ))+ TCM – 2.6


32

A partir da Tabela 2.2, retira-se a temperatura mínima que é de e tendo em


conta a temperatura referencial ou ambiente, calcula-se a tensão ajustável, e obtemos o seguinte
resultado abaixo:

Para a determinação da quantidade máxima de inversores tem-se em consideração a equação


TCM – 2.7, para conhecer o número exacto de módulos a instalar-se, a tabela 2.6 abaixo mostra
alguns parâmetros para determinação da quantidade máxima de inversor. E na tabela 2.7 mostra-
se de um modo geral as características eléctricas gerais do inversor escolhido para o presente
trabalho.

Tabela 2.6. - Parâmetros para a Escolha do Inversor.

Corrente DC do inversor 15 A

Tensão máxima no inversor ( ) 550 V

Fonte: BUNDU POWER – 2018

𝑚 TCM – 2.7
𝑚

Substituindo o valor na equação TCM – 2.7 temos o seguinte resultado:

𝑚 𝑜 𝑙𝑜

Para a determinação, toma-se em consideração a temperatura mínima da cidade para a efectuação


do projecto, e esta sendo a temperatura de operação para ajudar na determinação da quantidade
de módulos de inversores a usar no sistema. Para a tensão máxima de 101 V por módulo, é
possível ligar o máximo de 3 módulos, devido o número de painéis solares determinado acima
na equação TCM – 2.7.

Porque a ligação de painel solar a rede eléctrica esta directamente relacionada ao número de
inversores necessários a conectar-se, devido o esquema e ou a divisão de circuitos dentro do
C.C.M.E.R. – Beira, e ao tipo de carga em sua faixa de tensão de rede para o apropriado
funcionamento diário.
33

Tabela 2.7. – Características Eléctricas e Gerais do Inversor SK-TL5000E Hybrid Solar Inverter.

Potência máxima DC 5000 W


(cos φ=1)
Tensão máxima – entrada 550 V
MPP – faixa de tensão 125 V – 530 V
Tensão nominal de operação 360 V
Corrente máxima 15 A
SAÍDA (AC)
Potência nominal 4600W
Tensão de saída (faixa) 180 V – 270 V
Alcance da faixa de 50 Hz - 60 Hz
frequência
Corrente máxima 22,1 A
EFICIÊNCIA
Eficiência máxima 97,60 %
DADOS GERAIS
Dimensões (L x A x P) 490x595x167 mm
Peso 23,5 kg
Temperatura de operação - 20 °C a +60 °C
Altitude <2000 m

Fonte: SOLAX BUNDU POWER – 2018

2.8. Dimensionamento de condutores

No RSIEUEE e nas NBR 5410/2004, o dimensionamento técnico de um circuito corresponde à


aplicação dos diversos pontos relativos à escolha da secção de um condutor, é dado de acordo
com dois critérios.

2.8.1. Critério de intensidade admissível

A corrente de curto-circuito para cada série de módulos é de 9,0 A, entretanto, multiplica-se esse
valor por um factor de protecção de 1,25. Este valor visa a protecção do cabo em caso de curto-
circuito.
Neste caso, obtêm-se uma corrente de 11,25 A e como estes cabos estarão expostos directamente
ao sol devido ao sistema fotovoltaico, deve ser utilizado o factor de exposição ao sol que varia de
[0,5 a 1], então escolhe-se 0,9 e além disto, utilizar o factor de temperatura como mostra na
tabela 2.8 abaixo, a máxima temperatura possível, então será 0,5 para o ambiente tendo em conta
cabo PVC.
34

Tabela 2.8. - Factor de Correcção para Temperatura Ambiente

Fonte: NBR 5410:2004.

Para a determinação da corrente admissível, calcula-se a partir da equação TCM – 2.8 a seguir
mostrada.

TCM – 2.8
çã

Substituindo o valor na equação TCM – 2.8 temos o seguinte resultado:

Tendo em conta o tipo de instalação proposta para os condutores isolados em eletrodutos de


secção circulares em alvanarias, então o método de referência adequada será a B1, como é
mostrado em anexo A2.

Deste modo, para condutores PVC, na categoria B1 de acordo com a tabela 2.9 abaixo, o
condutor obtido foi de 4 mm².
35

Tabela 2.9. - Capacidade de Condução de Corrente em Amperes para os métodos A1, A2, B1, B2, C e D.

Fonte: NBR 5410:2004.

2.8.2. Critério de queda de tensão

Cada módulo tem uma tensão de circuito aberto de 45,0 V e multiplica-se este valor por 14
porque são 14 módulos em série, obtemos, 630,0 V de tensão.
No entanto, limita-se a queda de tensão para 0,01.Vmáx, assim, a queda de tensão máxima ( )
será de 6,30 V. Será utilizado 50 metros de cabo para fazer a ligação entre os módulos e como o
comprimento da linha (𝑙) tem que levar em consideração (positivo e negativo, usaremos o dobro
deste valor).
É sabido também que a condutividade de cobre ( ) a 90°C é de 44 m/Ω.𝑚𝑚2, esta é uma das
assunções mais desfavorável para regime permanente quando a instalação recebe uma radiação
de 1000 W/m2.
O cálculo então é realizado a partir da equação TCM – 2.9 da seguinte maneira:

TCM – 2.9

Substituindo o valor na equação TCM – 2.9 temos o seguinte resultado:

𝑚𝑚
36

Deste modo, para condutores PVC, na categoria B1 de acordo com o resultado encontrado pelo
critério de queda de tensão, o condutor obtido foi de 4 mm², como encontrado aplicando o
método de intensidade admissível.

2.9. Dimensionamento dos disjuntores

Em sistemas de geração de energia usa-se basicamente vários tipos de disjuntores, nesse projecto
recomenda-se o uso de disjuntores da Scheneider, devido a sua capacidade de adaptação ao meio
ambiente e o seu tempo de vida.

2.9.1. Determinação da corrente de curto - circuito do sistema

Coeficiente de segurança do sistema [1,25] valor admensional.

TCM – 2.10

Substituindo o valor na equação TCM – 2.10 temos o seguinte resultado:

Normalizando o valor encontrado, recomenda-se a divisão de 70%, devido a temperatura


ambiente que o mesmo disjuntor ira ser submetido no seu trabalho será igual a 16,07 A.

Portanto, neste trabalho, propõe-se a inserção de uso do disjuntor, com a seguinte descrição
Disjuntor Scheneider 1000DC 32A.
37

Figura 2.4. – O Disjuntor seleccionado para o projecto, o disjuntor da Scheneider.

Fonte: Schneider Electric Global, 2018.

O disjuntor possui as seguintes especificações técnicas, 800V de voltagem de operação,


número de pólos de disjuntor Scheneider 1000DC, Dimensões: 77,4x132,7x72 mm, com 0,545
kg de peso, apresentando 2,5 Nm de torque de aperto e grau de protecção nos terminais: EN/IE
60947-2.

2.10. Dimensionamento de baterias

Em sistemas de geração de energia usa-se basicamente vários tipos de baterias. A escolha de


baterias para estar conectado a um sistema fotovoltaico, depende do factor de capacidade, e este
é influenciado com a temperatura de operação da bateria, porque normalmente os fabricantes
especificam as baterias para operarem a temperatura referencial de 25ºC.

E este é um factor muito interessante, visto que a maior época da região para a implementação do
sistema tem sido o verão. E quanto maior a temperatura, maior e melhor a capacidade da bateria.

Portanto, neste trabalho, propõe-se a inserção de uso da bateria do modelo da UNIPOWER feito
de Chumbo ácido, de = 24V, = 0,60, = 0,65 e = 3 dias.
38

2.10.1. Determinação da capacidade do banco de bateria

TCM – 2.11

Substituindo o valor na equação TCM – 2.11 temos o seguinte resultado:

Portanto, neste trabalho precisa-se uma bateria com aproximadamente 2000 Ah de capacidade,
com isto, o sistema fica sobredimensionado principalmente para o período de verão. Tendo em
conta a composição tem-se os seguintes valores para a escolha da bateria.

Tabela 2.10. – Características da capacidade de bateria.

Descrição Valores

Capacidade de cada bateria 200Ah

Quantidade das baterias 20 Baterias

Modelo UNIPOWER

Baterias de Chumbo – ácido 24 Volts

Fonte: Autor.

A capacidade total da bateria de acumuladores é de 2000 Ah. Onde será conectado em duas
fileiras paralelas para aumentar a capacidade de carga da bateria e dez em series, a seguir esta
ilustrada a figura 2.5 a bateria escolhida para armazenar a carga do sistema.
39

Figura 2.5. – Ilustra a bateria escolhida para armazenar a carga do sistema.

Fonte: BERNAL, Jonathas – 2014.

Selecciona-se as baterias da UNIPOWER devido o seu uso, essas baterias de ácido chumbo são
as mais potentes e apresentam um tempo de vida muito longo de 4 anos a 6 anos de vida, em
ambientes de temperatura média a 25ºC e a cidade da Beira encontra-se nessas condições
ambientais medias.

Para instalações fotovoltaicas, estas baterias são as mais recomendáveis, porque não precisam de
manutenção diária e assim como as demais baterias, conectadas em misto (série – paralela)
produz a tensão desejada e boa capacidade para armazenamento.

Considerações do capítulo

Neste capítulo foi apresentado o estudo de caso, de um modo geral, considera-se que para
o dimensionamento foram avaliados alguns factores importantes que influenciam no
funcionamento do sistema híbrido fotovoltaico – eléctrico para o CCMER - Beira: condições de
trabalho, consumo dos equipamentos, dados climatológicos da cidade da Beira, entre outros,
visando particularmente o seu balanço anual ou mensal, para a selecção adequada dos módulos
fotovoltaicos para serem usados no sistema.
40

CAPÍTULO III – ANÁLISE DOS RESULTADOS

3. Introdução
Neste capítulo é apresentado os resultados pertinentes da pesquisa, como resultado da
fundamentação teórica, e do dimensionamento que houve no caso de estudo e bem como uma
demonstração de poupança energética a partir de utilização de outros equipamentos para o
Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.

3.1. Projecção do sistema híbrido: Fotovoltaico - Eléctrica para o Centro

O sistema foi projectado a uma potência de ate 8 kW, o que corresponde a um total de 28 painéis
solares e cada equipamento com uma potência de saída de 300 W, sendo a conexão em circuito
misto, isto é, uma parte com ligação série: tendo 14 ligações série entre os módulos, e uma parte
paralela: com 2 ligações paralelas, como mostrado em anexo 5.

3.1.1. Aplicação da lei de Ohm no sistema híbrido

Portanto, entende-se da lei de Ohm, que num circuito série soma-se as tensões como mostra na
equação TCM – 3.1, e cada módulo, de acordo com a tabela 2.5, apresenta uma tensão máxima
de 36,0 V.

Circuito série: ∑ TCM – 3.1

Substituindo o valor na equação TCM – 3.1 teremos:

Dentro do nosso sistema como vimos acima no cálculo da tensão do sistema fotovoltaico é de
504 V, e sendo a corrente igual a 8,33 A.

Deste modo como temos conexão paralela, sabe-se também que as correntes são somadas, como
mostra na equação TCM – 3.2, e cada módulo, de acordo com a tabela 2.5, apresenta a corrente
de 8,33 A.

Circuito paralelo: ∑ TCM – 3.2


41

Substituindo o valor na equação TCM – 3.2 teremos:

E obtendo assim uma corrente total de 16,66 A.

É importante notar que esses valores não devem estar acima da faixa de trabalho do inversor
como pode-se comparar os mesmos a partir da tabela 2.7.

3.2. Mecanismos de poupança de energia eléctrica

Neste ponto é importante ter em consideração alguns pressupostos abordados no Capítulo II, para
avaliarmos uma redução do custo de energia eléctrica a partir do uso de lâmpadas LED para
alguns locais, dentro do Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis da Beira.

Na varanda temos uso de 8 lâmpadas para uma boa iluminação, visto que é um local aberto o
autor propõe o uso de uma lâmpada LED de 12 W, visto que a mesma apresenta 50% de potência
e o uso destas lâmpadas, traz consigo muitos ganhos porque reduz o consumo energia, isto é,
90% mais económico que as lâmpadas de 23 W instalada.

Tabela 3.1. Consumo de Mensal de Energia Eléctrica empregando o Uso de Lâmpadas LED no Sistema.

Consumo Consumo
Potencia Quantidade diário mensal
Equipamentos [W] [u] Horas/dia [kW/dia] [kWh]
Carga em uso
Computador 300 2 8 5 106
Impressora 45 1 6 0,3 6
Forno eléctrico 1500 1 4 6 132
Geladeira simples 250 1 24 6 132
Bomba eléctrica 400 1 3 1,2 26
Lâmpadas LED 12 13 8 1 27
Previsão de carga
Ar condicionado 1400 3 8 34 739
Projector 200 1 5 1 22
Televisão 90 1 8 1 16
Total 54,8 1206

Fonte: Autor
42

Tabela 3.2. Comparativa de Consumo de Energia Eléctrica.

Consumo diário Consumo diário


[kW/dia [kW/dia
Equipamentos Potencia [W] Equipamentos Potencia [W]
Carga em uso Carga em uso

Computador 300 5 Computador 300 5


Impressora 45 0,3 Impressora 45 0,3
Forno eléctrico 1500 6 Forno eléctrico 1500 6
Geladeira Geladeira
simples 250 6 simples 250 6
Bomba eléctrica 400 1,2 Bomba eléctrica 400 1,2
Lâmpadas 23 4,8 Lâmpadas LED 12 1
Total actual 23,3 Total proposto 19,5
Previsão de carga Previsão de carga

Ar condicionado 1400 34 Ar condicionado 1400 34


Projector 200 1 Projector 200 1
Televisão 90 1 Televisão 90 1
Total 58,4 Total 54,8

Fonte: Autor

Com os resultados acima encontrados é de notar que o sistema usando as lâmpadas LED são as
mais que poupam o consumo energético no Centro, e deste modo, o autor aconselha ao seu uso,
de modo a obter os bons resultados o Centro necessita, os que foram referidos no capítulo
introdutório do presente trabalho.

3.2.1. Determinação do nível de poupança

TCM – 3.3

Substituindo o valor na equação TCM – 3.3 teremos:

O nível de poupança é dado a partir da equação TCM – 3.4 abaixo:

𝑛 𝑝 TCM – 3.4

Substituindo o valor na equação TCM – 3.4 teremos:

𝑛
43

Com a inserção do sistema actual proposto, usando as lâmpadas LED de baixo consumo e maior
lúmen em relação as lâmpadas encontradas no C.C.M.E.R da Beira ira poupar ate um nível de
6% do consumo total de energia diariamente, e isto reduzirá o gasto financeiro do Centro.

3.3. Análise do custo em metical de energia eléctrica

De acordo com o anexo 3, Matriz de Sistema Tarifário da E.D.M., refere que o custo de compra
de credelec, vária de acordo com o tipo de instalação encontrado no local, e isto, reflecte-se no
valor de compra de cada 1 kWh de energia.

Deste modo, determina-se por cálculos aproximado o valor em MZN equivalente a 1 kWh, numa
instalação trifásica como a do Centro da Munhava, e de seguida determina-se o nível percentual
do erro, para obter o valor aproximado de 1kWh, com ajuda do anexo 4, Talão de Compra de
Energia (vulgo credelec) em períodos distintos e valores de compra diferente.

3.3.1. Determinação do valor por cada kWh de energia

O valor equivalente 1kWh é dado a partir da equação TCM – 3.5 que se segue abaixo:

, - e , - TCM – 3.5

De acordo com o anexo 4, valor de umas das facturas (Total Pago) é 4000,00 MZN, e com 336,1
kWh de Unidades de Energia, assim sendo, substituindo o valor na equação TCM – 3.5 teremos:

, -

Tendo em conta mais uma vez, o anexo 4, valor de umas das facturas (Total Pago) é 2000,00
MZN, e com 166,5 kWh de Unidades de Energia, assim sendo, substituindo o valor na equação
TCM – 3.5 teremos:

, -
44

3.3.1.1. Cálculo de erro absoluto e relativo


Erro absoluto

| , - , -| TCM – 3.6

Substituindo o valor na equação TCM – 3.6 teremos:

Erro relativo

TCM – 3.7
, -

Substituindo o valor na equação TCM – 3.7 teremos:

De acordo com os valores é possível, aproxima o valor de 1kWh em sistema de instalação


trifásico é correspondente a 12,00 MZN.

3.3.2. Determinação do valor em metical do consumo diário actual sem carga


adicional

Tendo em conta a análise do custo actual, de acordo com a tabela 3.2, sabe-se que o consumo
diário é de 23,3 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh de acordo com o talão
de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e TCM – 3.7 foi de 12,00
MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor estimado diário de
credelec.

TCM – 3.8

Substituindo o valor na equação TCM – 3.8 teremos:

De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 6157,40 MZN, valor este que reflecte-se através do talão
de compra de credelec apresentado no anexo 4.
45

3.3.2.1. Determinação do valor em metical do consumo diário com carga


adicional

Tendo em conta a análise do custo actual com previsão de carga, de acordo com a tabela 3.2,
sabe-se que o consumo diário é de 58,4 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh
de acordo com o talão de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e
TCM – 3.7 foi de 12,00 MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor
estimado diário de credelec tendo em conta as cargas adicionais.

Substituindo o valor na equação TCM – 3.8 teremos:

De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 15 417,60 MZN.

3.3.3. Determinação do valor em metical do consumo diário sem carga adicional


tendo em conta a poupança energética proposta

Tendo em conta a análise do custo actual sem previsão de carga, de acordo com a tabela 3.2,
sabe-se que o consumo diário é de 19,5 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh
de acordo com o talão de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e
TCM – 3.7 foi de 12,00 MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor
estimado diário de credelec tendo em conta as cargas adicionais.

Substituindo o valor na equação TCM – 3.8 teremos:

De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 5150,00 MZN.
46

3.3.3.1. Determinação do valor em metical do consumo diário com carga


adicional tendo em conta a poupança energética proposta

Tendo em conta a análise do custo actual sem previsão de carga, de acordo com a tabela 3.2,
sabe-se que o consumo diário é de 54,8 kWh/dia, a partir da aproximação do valor de cada kWh
de acordo com o talão de compra de energia encontrada acima a partir da equação TCM – 3.6 e
TCM – 3.7 foi de 12,00 MZN, então a partir da equação TCM – 3.8 a seguir determina-se o valor
estimado diário de credelec tendo em conta as cargas adicionais.

Substituindo o valor na equação TCM – 3.8 teremos:

De acordo com o valor estimado encontrada, conclui-se que a tendência máxima do gasto para
compra de energia (credelec) é de ate 14 470,20 MZN.

De acordo com valores acima encontrado tendo em consideração cada regime, como mostrado na
tabela 3.2, chega-se ao seguinte resultado mostrado no gráfico 3.1.:

Grafico 3.1. - Valor Estimado resultante do Consumo Eléctrico

16000
Valor em metical [MZN]

14000
12000
10000
8000 Actual SC
6000 Actual KC
4000 Proposto SC
2000
Proposto KC
0
Consumo Consumo
diario mensal
SC - Sem Carga adicional.
KC - Com Carga adicional.

Fonte: Autor.
47

Feito o gráfico, nota-se que ao empregar-se o sistema de poupança ate 94% mais eficiente, temos
um nível de poupança de ate 6% do gasto actual, o que sugere-se a inserção do sistema, visto que
ira reduzir o valor monetário dos representantes do C.C.M.E.R.-Beira.

3.4. Orçamento

A seguir mostra-se as tabelas de orçamentos, para o caso de implementação do projecto, tendo


em consideração que o mundo actual, esta sendo mais globalizado, é necessário sempre ter em
conta a subida súbita dos preços dos materiais apresentados, sendo assim uma breve revisão pelo
mercado para confirmação dos valores.

Tabela 3.3. – Orçamento do projecto.

Acessórios
Nº Designação Quantidade Preço Unitário (MT) Valor (MT)
1. Cabos ABC
Baixo Consumo (BC)
2x10 mm² 25 m 1m x38,03 951,00
4x16 mm² 20 m 1m x50,32 1007,00
Consumo de Rede
3x50+55+25 mm² 30 m 1m x155,41 4664,00
Cabos PVC
2. Consumo de Rede
4 mm² 100 m 1m x 55,00 5500,00
3. Disjuntores (32A) 12 1x 400 4800,00
4. Abraçadeiras 2 Caixa-1x24 1CX x 1000,00 2000,00
5. Tomadas 2 1 x 75,00 150,00
6. Lâmpadas LED (12W) 28 1 x 100,00 2 800,00
Total 21 900,00
Equipamentos
1. Painéis Solares (300W) 28 1 x 43 800,00 1 226 400,00
2. Inversor CC/AC 3 1 x 116 200,00 348 600,00
3. Baterias de 24 V 20 1 x 15 500,00 310 000,00
3. Controlador de carga Solar 1 1 x 120 960,00 120 960,00
MPPT MI4860 de 60A
Total 2 130 000,00
Total 2 180 900,00
Geral
48

CONCLUSÕES

1. Através da pesquisa bibliográfica sobre os sistemas híbridos fotovoltaico – eléctrico de


uso doméstico nota-se que Moçambique em relação a alguns países desenvolvido
apresenta um nível alto para implementação desse tipo de sistema com base no óptimo
ângulo de incidência solar e alta radiação solar ao longo do ano como mostra nos dados
climatológicos, com isto a cidade da Beira apresenta condições climáticas adequada para
a inserção deste tipo de sistema.

2. O trabalho resume também uma sequência de passos necessários para o dimensionamento


de um sistema híbrido fotovoltaico – eléctrico para o Centro Comunitário Multifuncional
de Energias Renováveis – Beira, neste caso, com uma demanda de 8 kW.

3. O sistema é constituído basicamente por 28 painéis solares de 300W, 3 inversores de DC-


AC, 100 metros de cabos de 4 mm² de condutividade de cobre e este para a conexão dos
painéis solares, 20 baterias de 24 V da UNIPOWER, com 12 disjuntores de 32A, entre
outros elementos para a conexão do sistema. O projecto fica orçamentado em
2 180 900,00 de Meticais.

4. O sistema desenhado será utilizado no Centro Comunitário Multifuncional de Energias


Renováveis da Beira, o que vai aumentar a productividade, isto é, reduzir o custo da
factura eléctrica até em 6% do consumo actual, além de minimizar as perdas de energia
em forma de calor devido a transportação.
49

RECOMENDAÇÕES

A realização da pesquisa serviu para revelar e confirmar cada vez mais, a importância dos
sistemas híbridos: Fotovoltaico – Eléctrico no seio da comunidade, como forma de melhorar as
necessidades da população moçambicana, bem como da região centro do nosso país, por isso
recomenda-se:

1. O dimensionamento de um sistema automático para captação da luz solar por meio de


sensores e outros dispositivos necessários na instalação.
2. Cálculo do orçamento da construção da casa de controlo mais detalhado e outros itens
que não foram apresentados bem aprofundado.
50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Energia solar fotovoltaica - Terminologia. ABNT - Associação Brasileira de Normas
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RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO - SÃO PAULO – 2014.
 BOLETIM DA REPÚBLICA –Resolução no 10/2009 “Aprova a Estratégia de Energia
e revoga a Resolução n.º 24/2000, de 3 de Outubro” – PUBLICAÇÃO OFICIAL DA
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, 4 de Junho de 2009.
 CONSELHO MUNICIPAL DA BEIRA – Inauguração do Centro Comunitário
Multifuncional da Munhava, Artigos reservados na página de conselho Municipal,
Moçambique para todos – 2018.
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Dissertação de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Especialização em
Energia, Setembro De 2014.
 DA SILVA JÚNIOR, Joab Silas – Manual de instalação eléctrica residencial, de baixa
tensão – Wikipedia a enciclopédia livre – Abril de 2018.
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índice de perda de suprimento e sua aplicação para atendimento à localidades
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Paulo, 1993.
 FEDRIZZI, Maria Cristina – Sistema fotovoltaico de abastecimento de água para uso
comunitário – Trabalho de Pós Graduação em Energia, USP – 1997.
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 LAKATOS, EVA Maria - Sociologia Geral - 4ªEd, são Paulo. Atlas, 1982.
 LYRA, F. & FRAIDENRAICH, N. - Energia Solar. Fundamentos e Tecnologias de
Conversão termo eléctrica e Fotovoltaica. - Edição do Centro Universitário da
UFPE.1995.
51

 MENDES, Michael - Trabalho Prático Final, Certificação Energética – mestrado em


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projectos para produção de energia – 2014.
 PINHO, João Tavares & GALDINO, Marco António – Manual de Engenharia para
Sistemas Fotovoltaicos. CEPEL-CRESESB, Edição Revisada e Actualizada – Rio de
Janeiro – Março de 2014.
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5a edição, México, McGraw - Hill, 2002.
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Regulamento no 90/84 de 26 de Dezembro.
 ROCHA, Leonardo – Trabalho de meio ambiente, energia solar. Uni - Evangélica
Centro Universitário – 2012.
 ROCHA, Vinicius Luís - Casa Eficiente, Bioclimatologia e Desempenho Térmico –
Volume I e II, Florianópolis, UFSC, 2010.
 ROLIM, L. G. B., CAVALIERE, R., NASCIMENTO, J. L. - Energia Solar
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Ciências Exactas e Tecnológicas (CETEC) do Centro Universitário UNIVATES – 2015.
 SERRÃO SANTOS – Energia Solar Fotovoltaica: caso de estudo no sistema de
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 UNIVERSIDADE ZAMBEZE – Normas para Apresentação Trabalhos Científicos -
Projectos de Pesquisa, Dissertações e Tese – UZ DP DC 2012.
a

ANEXOS
b

Anexo 1. - Dados Climatológicos da Cidade da Beira.


c

Anexo 2. - Eletroduto de PVC para Método de Referência Adequado.


b

Anexo 3. - Matriz de Sistema Tarifário da E.D.M.


c

Anexo 4. - Talão de Compra de Energia.


4

Anexo 5. Representação do sistema híbrido: fotovoltaico – eléctrico proposto para o CCMER – Beira.

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