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Guilherme Faustino José: Licenciatura em Ensino de Matemática

O trabalho de Guilherme Faustino José discute a importância da avaliação no processo de ensino e aprendizagem, enfatizando a relação entre avaliação e metodologia. O documento explora diferentes tipos de avaliação, como diagnóstica, formativa e sumativa, e destaca a necessidade de instrumentos adequados para cada contexto. Além disso, aborda o papel da avaliação na formação do professor e a reflexão crítica sobre os instrumentos utilizados.

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Vicente Zondane
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Guilherme Faustino José: Licenciatura em Ensino de Matemática

O trabalho de Guilherme Faustino José discute a importância da avaliação no processo de ensino e aprendizagem, enfatizando a relação entre avaliação e metodologia. O documento explora diferentes tipos de avaliação, como diagnóstica, formativa e sumativa, e destaca a necessidade de instrumentos adequados para cada contexto. Além disso, aborda o papel da avaliação na formação do professor e a reflexão crítica sobre os instrumentos utilizados.

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Guilherme Faustino José

Licenciatura em ensino de Matemática

Universidade Púnguè
Tete
2022
2

Guilherme Faustino José

Avaliação

Trabalho de Didática Geral a ser submetido na


plataforma Cedis da universidade púnguè na
extensão de Tete, no departamento de ciências
exatas, curso de ensino de Matemática como
avaliação parcial sob orientação de:

Docente: Sharmila Alibhai

Universidade Púnguè
Tete
2022
3

Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 4

1.2. Objetivo Geral .......................................................................................................................... 4

1.3. Objetivos específicos ........................................................................................................... 4

1.4. Metodologia ......................................................................................................................... 4

2. Avaliação da aprendizagem ..................................................................................................... 5

2.2. Tipos de avaliação.................................................................................................................... 6

2.2.1. Avaliação diagnóstica ............................................................................................................ 6

2.2.2. Avaliação formativa .............................................................................................................. 7

2.2.3. Avaliação sumativa ............................................................................................................... 7

2.3. Avaliação no contexto das teorias educativas e curriculares que lhes dão sentido ............... 8

2.4. papel da avaliação na formação do professor .......................................................................... 9

2.5. Instrumentos de avaliação ........................................................................................................ 9

2.6. Prova ...................................................................................................................................... 10

2.6.1. Observação ......................................................................................................................... 11

2.6.2. Fichas de observação .......................................................................................................... 11

2.6.3. Lista de verificação ou Checklist ....................................................................................... 12

2.6.4. Relatório.............................................................................................................................. 12

2.6.5. Portfólio ............................................................................................................................. 12

2.6.6. Conselho de classe .............................................................................................................. 13

2.6.6.1. Mapa conceitual ............................................................................................................... 14

3. Conclusão .............................................................................................................................. 15

4. Bibliografia ............................................................................................................................ 16
4

1. Introdução
O presente trabalho debruça Uma avaliação que não é questionada e que não se questiona seus
objetivos e finalidades, pode perder seu próprio sentido de um processo avaliativo.
Assim, precisa ser coerente com a forma de ensinar do professor em sala de aula, bem como a que
se destina. A avaliação necessita estar atrelada à prática metodológica do professor. Avaliação e
metodologia são indissociáveis e necessitam estar coerentes. Não há como pensar em avaliação de
maneira isolada da metodologia, dos conteúdos ou dos objetivos. É a relação existente entre esses
elementos que sustenta o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Um ensino reflexivo e
questionador, que problematize e proponha desafios, pressupõe uma avaliação coerente com a
maneira de se realizar. O ato avaliativo envolve os tipos de atividades e maneiras de se articular,
ou seja, seqüências didáticas (Zabala, 1998, p.53). Estas se traduzem em propostas metodológicas
organizadas de forma a propiciar a aprendizagem dos conteúdos necessários ao desenvolvimento
das capacidades definidas nos objetivos educativos, que constituem o referencial teórico básico de
todo processo de ensino.

1.1. Objectivos

1.2. Objetivo Geral


 Conhecer a avaliação no processo de ensino e aprendizagem.

1.3. Objetivos específicos


 Identificar os tipos de avaliação no PEA

 Mencionar os instrumentos da avaliação

 Descrever os processos avaliativos no PEA

1.4. Metodologia
Como metodologia optou-se por uma pesquisa de caráter exploratório por uma abordagem
qualitativa, partindo de fontes bibliográficas, onde buscou-se na literatura documentos que
aprimorassem as idéias sobre o tema proposto.
5

2. Avaliação da aprendizagem
Para Kraemer (2006), avaliação vem do latim, e significa valor ou mérito ao objeto em pesquisa,
junção do ato de avaliar ao de medir os conhecimentos adquiridos pelo individuo. È um
instrumento valioso e indispensável no sistema escolar, podendo descrever os conhecimentos,
atitudes ou aptidões que os alunos apropriaram. Sendo assim a avaliação revela os objetivos de
ensino já atingidos num determinado ponto de percurso e também as dificuldades no processo de
ensino aprendizagem.

Sob a ótica de Sant’Anna avaliação é: Um processo pelo qual se procura identificar, aferir,
investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do
sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou
prático. (SANT’ANNA, 1998, p.29, 30).

Na leitura de Libâneo avaliação é vista como: Uma tarefa didática necessária e permanente do
trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem.
Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e
dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades,
e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é uma reflexão sobre o nível de
qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. Os dados coletados no decurso
do processo de ensino, quantitativos ou qualitativos, são interpretados em relação a um padrão de
desempenho e expressos em juízos de valor (muito bom, bom, satisfatório, etc.) (LIBÂNEO, 1994,
p. 195).

O professor necessita compreender a avaliação como parte do processo educativo. Isso implica em
avançar no sentido de analisar suas finalidades ou funções. O professor necessita compreender
para que avaliar.
Avalia-se para informar, para situar o professor e o aluno no percurso escolar, para aperfeiçoar o
ensino, para acompanhar e regular a aprendizagem do aluno. de ter clara a finalidade da avaliação,
o professor precisa conhecer o que deve ser avaliado, ou seja, quais são os dados relevantes,
conforme explicita Luckesi (1996).
6

O processo de avaliação deve contemplar o que o aluno sabe ou o que aprendeu, o que ainda não
sabe ou ainda não aprendeu, o que deveria saber, o ensino realizado na sala de aula e as
experiências anteriores do aluno. O professor precisa definir ainda, o como avaliar, situando aqui,
a seleção das técnicas e dos instrumentos de avaliação.
Nesse caminho, para realizar a avaliação, o professor necessita considerar alguns aspectos que
interferem na condução do seu processo avaliativo, ou seja, os dados relevantes que permitam o
reconhecimento da aprendizagem do aluno, a forma de avaliar que mais se aproxime e melhor
atenda à metodologia trabalhada em sala de aula, o reconhecimento de quem são os alunos e seu
perfil maturacional, social, econômico e outros.

Nesse contexto, o professor precisa refletir ainda, o que será feito com os resultados, como serão
analisados, como serão devolvidos, o que será realizado após os resultados, conforme o nível de
aprendizagem dos alunos, bem como, definir qual a melhor forma de avaliar seus alunos,
considerando o momento e a modalidade de avaliação.

2.1. Funções da avaliação


A avaliação nos diferentes espaços de produção do conhecimento, têm sido tradicionalmente
considerada como um fator que ocorre no final do processo de produção do conhecimento. Sob
esta ótica, foi fundamental perceber que a avaliação ocorre no decorrer de todo processo ensino
aprendizagem.

Dessa forma, pode-se falar em três modalidades de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa.
Para Kraemer (2006) a avaliação diagnóstica é baseada em averiguar a aprendizagem dos
conteúdos propostos e os conteúdos anteriores que servem como base para criar um diagnóstico
das dificuldades futuras, permitindo então resolver situações presentes.

2.2. Tipos de avaliação


Segundo Bloom (apud SANT’ANNA, 1995) o professor pode realizar avaliação de forma
diagnóstica, formativa e sumativa, conforme o fim a que se destina.

2.2.1. Avaliação diagnóstica


o professor e aluno no início de um processo de ensino e aprendizagem. É realizada sempre de
forma inicial, não se prendendo somente ao início de um novo ano letivo. Aplica-se ao início de
7

um período específico, de uma unidade ou de um novo assunto a ser trabalhado, cuja função é
diagnosticar os conhecimentos que os alunos já possuem cobre o conteúdo. Traduz-se em uma
sondagem sobre o desenvolvimento e a aprendizagem do conteúdo a ser trabalhado, possibilitando
definir o caminho e os pré-requisitos que ainda precisam ser construídos. Por meio da avaliação
diagnóstica, o professor, pode averiguar as causas das dificuldades de aprendizagem apresentadas
repetidamente pelo aluno.

Avaliação Diagnóstica tem dois objetivos básicos: identificar as competências do aluno e adequar
o aluno num grupo ou nível de aprendizagem. No entanto, os dados fornecidos pela avaliação
diagnóstica não devem ser tomados como um "rótulo" que se cola sempre ao aluno, mas sim como
um conjunto de indicações a partir do qual o aluno possa conseguir um processo de aprendizagem.
(BLAYA, 2007).

2.2.2. Avaliação formativa


Situa o professor e aluno durante um processo de ensino e aprendizagem. É realizada durante o
processo, isto é, durante o trabalho do professor com os alunos. Informa os resultados parciais da
aprendizagem ainda no decorrer do desenvolvimento das atividades. Possibilita reformulações
necessárias, a fim de assegurar o curso da aprendizagem do aluno. Indica se os objetivos propostos
estão sendo alcançados pelos alunos. Avaliação somativa: Situa o professor e aluno no final de um
processo de ensino e aprendizagem. É realizada ao final de um estudo, de uma unidade, de uma
período de tempo determinado, que pode ser um bimestre, um semestre ou um ano letivo. Tomando
como base os objetivos propostos, expõe os resultados alcançados pelo aluno ou as competências
necessárias à determinada aprendizagem.

2.2.3. Avaliação sumativa


E a forma de avaliação mais realizada na escola, muitas vezes sendo utilizada com função
classificatória. Assim, como definir formas de avaliar e contemplar a modalidade de avaliação, o
professor necessita selecionar o instrumento mais adequado a sua metodologia e conteúdo. Para
escolher o instrumento de avaliação, é necessário conhecer as possibilidades, aplicação e
limitações dos instrumentos.
8

Por sua vez, Gil descreve como: Uma avaliação pontual, que geralmente ocorre no final do curso,
de uma disciplina, ou de uma unidade de ensino, visando determinar o alcance dos objetivos
previamente estabelecidos. Visa elaborar um balanço somatório de uma ou várias seqüências de
um trabalho de formação e pode ser realizada num processo cumulativo, quando esse balanço final
leva em consideração vários balanços parciais. ( GIL, 2006,p. 248)

2.3. Avaliação no contexto das teorias educativas e curriculares que lhes dão sentido
Considerando a importância da avaliação nos diferentes ambientes educacionais, percebeu-se que
no decorrer de sua historicidade agregou-se as tendências educacionais que representam um dos
aspectos fundamentais do processo educacional. Partindo desse pressuposto, a avaliação será
apresentada como conservadora e crítica. Na conservadora destacou-se a abordagem tradicional,
escola nova e a tecnicista.

Busca respostas prontas, e quando as perguntas são propostas que objetivam respostas pré-
determinadas, não possibilitam a formulação de novas perguntas. Este fator impede os alunos de
serem criativos, reflexivos e questionadores. A avaliação, de maneira geral, única e bimestral,
contempla questões que envolvem a reprodução dos conteúdos propostos, enfatizando e
valorizando a memorização, a repetição e a exatidão, perguntas que envolvem reprodução buscam
respostas prontas, ela é única e bimestral impede aos alunos ao questionamento, valorizando a
memorização. (BEHRENS, 2005, p. 46).

Nesse repensar, observou-se que o paradigma tradicional prioriza a memorização e a repetição, ao


aluno destaca-se a passividade, apenas receptor de conteúdos, sem questionamentos ou
interferências no processo de ensino aprendizagem, sendo o professor autoritário, dono do saber.

Para Shudo (2007), a pedagogia conservadora tradicional tem como propósito priorizar a avaliação
de conteúdos livrescos, tendo como pano de fundo destacar a importância das medidas de
dimensões ou aspectos quantificáveis, considerando a importância da periodicidade do processo
de avaliação e do registro de seus resultados.

O caminho proposto pela autora, revela que a função é classificar, referenciando modelos
aceitáveis, com base nos padrões historicamente consagrados.
9

2.4. Papel da avaliação na formação do professor


No decorrer do curso de Pedagogia, pudemos vivenciar diferentes instrumentos avaliativos, dentre
eles provas com consulta, sem consulta, seminários, apresentações de trabalhos entre outros. Foi
visível perceber que a instituição propiciou aos docentes uma tendência pedagógica que priorizasse
liberdade de expressão e autonomia no processo de produção do conhecimento. Durante esses
quatro anos, pudemos observar e vivenciar diferentes professores, alguns apresentaram uma
prática pedagógica repetitiva e outros uma prática pedagógica crítica.
Evidenciamos que cada profissional apropriava-se do instrumento avaliativo que se identificava,
atrelado à tendência pedagógica que acreditava.
É oportuno destacar que ao ingressarmos no curso de Pedagogia, tivemos um grande privilégio em
partilhar o conhecimento com vários perfis de professores, alguns com sucesso na produção do
conhecimento agregados ao papel da avaliação e outros não.
Na visão de Sant’Anna (1998) a avaliação não é instrumento para medir o rendimento do aluno,
mas o conjunto de ensino-aprendizagem. A este propósito, pudemos fazer a ligação com a
realidade presenciada nesses quatro anos, que propiciou um embasamento teórico.
Nas disciplinas cursadas no 3º período de Pedagogia vivenciamos diferentes modalidades de
avaliação, seguidas por várias tendências pedagógicas, realizou-se um panorâmico avaliativo em
cada tendência pedagógica, tanto na conservadora como na crítica, prevalecendo a concepção
progressista na prática pedagógica dos docentes.

2.5. Instrumentos de avaliação


Os instrumentos de avaliação possibilitam o acompanhamento da aprendizagem do aluno, visto
que expressam o que o aluno aprendeu, deixou de aprender ou ainda precisa aprender. Os
instrumentos apresentam registros de diferentes naturezas: expresso pelo próprio aluno (provas,
cadernos, textos e outros) ou expresso pelo professor (pareceres, registro de observação, fichas e
outros).
Há instrumentos de avaliação que são mais utilizados e precisam ser refletido quanto a sua
elaboração; adequação aos objetivos, conteúdo e metodologia; aplicabilidade; correção e
devolução dos resultados. Segundo Vasconcellos (2003), a reflexão crítica dos instrumentos de
avaliação remete o professor a alguns questionamentos voltados ao como são preparados os
instrumentos, como analisados e corrigidos, como é feita a comunicação dos resultados e o que se
faz com os resultados obtidos. Todos esses aspectos necessitam ser amadurecidos pelo professor.
10

Porém, a elaboração do instrumento é um ponto crucial nessa reflexão


Ao elaborar um instrumento de avaliação, Vasconcellos (2003), chama a atenção para alguns
critérios que o professor necessita considerar, ou seja, verificar se são essenciais, reflexivos,
abrangentes, contextualizados, claros e compatíveis com o trabalho realizado pelo professor com
o aluno. Ao lado dos aspectos que envolvem a escolha do instrumento de avaliação, professor
dispõe ainda, de um número significativo de instrumentos.

Na impossibilidade de se esgotar as a totalidade dos instrumentos, foi realizado um recorte, para


a apresentação nesse estudo. Utilizou-se como critério, os instrumentos mais comuns no uso diário
do professor e que propiciam maior possibilidade de aplicação na prática diária.
São abordados, a prova, a observação, o portfólio, o relatório, conselhos de classe e o mapa
conceitual. No entanto, vale ressaltar que a limitação desse trabalho, impossibilita a apresentação
de todos os instrumentos de avaliação que, igualmente, são importantes de serem considerados no
processo educativo.

2.6. Prova
A prova é o instrumento de avaliação mais comumente utilizado na escola. Em algumas escolas
todo seu processo avaliativo é centrado em provas, visto que possibilita fidedignidade na
aprovação do aluno e na devolução dos resultados a comunidade escolar.

O professor já traz na sua bagagem a cultura da prova, considerando que, em sua vida escolar,
repetiu inúmeras vezes o ritual da prova e do exame (Luckesi, 1996, p.17). A prova é utilizada
tanto na educação básica como no ensino superior. Assim, em toda sua formação, o professor
vivencia situação de prova. Na sua prática de aula, o professor segue a tendência em reproduzir
modelos vivenciados, visto que essa lhe oferta segurança ao devolver os resultados aos alunos,
pais, direção, equipe pedagógica e sociedade, transformando-se em uma rede de segurança do
professor, como explicita Hoffmann (1993, p. 18).

A prova promove uma sensação de justiça e igualdade ao professor, visto que utilizou o mesmo
instrumento, com as mesmas questões para avaliar todos seus alunos igualmente. Porém, essa
sensação pode ser falsa, visto que a prova pode ser utilizada como instrumento para correção de
atitudes comportamentais, ser elaborada com alto ou baixo grau de dificuldade, desrespeitar o
contrato didático, não apresentar questões de forma clara, entre alternativas.
11

Prova objetiva: é um teste, no qual a opinião do aluno e a sua interpretação dos fatos não
determinam a resposta correta, visto que ela já é expressa no texto.
Necessita ser organizada com número suficiente de itens de acordo com o conteúdo e ser
distribuída em questões fáceis, médias e difíceis. É aconselhável que não se use mais que três tipos
de questões em uma mesma prova.
A prova objetiva contempla dois grupos de questões. Aquele em que o aluno precisa escrever uma
resposta: questões com lacunas ou respostas curtas e únicas e aquele em que o aluno precisa
escolher uma alternativa correta entre várias que se apresentam ou emitir um julgamento sobre
determinado item. São exemplos de itens: questões de múltipla escolha, verdadeiro ou falso,
ordenação, asserção e razão, certo ou errado e verdadeiro ou falso.

2.6.1. Observação

A observação é um instrumento de avaliação utilizado na escola com fim informal. Nem sempre é
reconhecida pelo professor e outros envolvidos como parte do processo avaliativo ou como
instrumento que traduz resultados significativos. Utilizada dessa forma, os dados colhidos que
poderiam tornar-se valiosas informações para a condução do processo de ensino e aprendizagem,
são desprezados na tomada de decisão.

O valor da observação como instrumento de avaliação é caminhar no sentido de construção de


uma avaliação mais formativa. No entanto, para isso, necessário utilizá-la com de forma direta e
organizada. Realizada de forma direta e no dia a dia, a observação proporciona continuidade,
possibilitando o acompanhamento e a regulação da aprendizagem do aluno. Porém, alguns
cuidados devem ser tomados pelo professor ao adotar esse instrumento. Um deles é a atenção para
se evitar a subjetividade. Para isso, o professor necessita organizar formas de registros que
expressem os dados coletados durante a observação.

2.6.2. Fichas de observação


Possibilita uma observação mais dirigida. Para isso, seleciona-se antecipadamente um roteiro ou
questionamento, contendo o que se deseja observar. O item a ser observado pode proveniente de
um objetivo, devendo ser demonstrado na sala de aula, durante a realização da determinada
atividade. É indicado para trabalhos em grupo, mas podem ser também elaboradas fichas
12

individuais. Essas ficham possibilitam o acompanhamento detalhado da aprendizagem do aluno.


É muito indicada na associação com outros instrumentos de avaliação como pareceres descritivos
e portfólio.

2.6.3. Lista de verificação ou Checklist


Consiste no registro objetivo de desempenhos, comportamentos ou de demonstração de
apropriação de conteúdos. Pode ser elaborada em forma de lista única para toda a turma, tendo
como base os objetivos ou comportamentos esperados, como por exemplo, nos casos de atividades
em grupo. É construída pelo professor, tendo como referencial a atividade realizada, os objetivos
e conteúdo. Demanda maior tempo na elaboração, porém possibilita um registro rápido, visto que
o professor apenas assinala quando e se o aluno demonstrou determinado comportamento ou ação.

2.6.4. Relatório
Relatório escolar pode ser utilizado como instrumento de avaliação. Constitui um documento
escrito pelo aluno, em forma de narrativa, a fim de expressar um estudo ou uma atividade
desenvolvida. “Tem por finalidade informar, relatar, fornecer resultados, dados experiências”
(Sant’Anna ,1995, p.120) ao professor e a todos os envolvidos.
A estrutura do relatório, tanto com relação a forma quanto ao conteúdo, pode ser pré-definida pelo
professor ou definida em conjunto com os alunos, em conformidade da atividade desenvolvidos,
com os objetivos e conteúdo trabalhado.

O uso do relatório é indicado para situações que envolvam relatos de experimentos ou práticas
vivenciadas pelo grupo, como excursões, visitas a museus, feiras ou outros ambientes e outras
situações de ensino, nas quais prevaleça a necessidade de um relato.

2.6.5. Portfólio
O portfólio é um instrumento de avaliação constituído pela “organização de uma coletânea de
registros sobre aprendizagens do aluno que favoreçam ao professor, aos próprios alunos e às
famílias uma visão evolutiva do processo” (HOFFMANN, 2002, p.201). Deve ser organizado pelo
aluno, sob orientação do professor. Porém, uma simples coletânea na constitui um portfólio. È
preciso que contribua para entender o processo de aprendizagem do aluno e indicar ao professo
que caminho seguir. São as intenções de quem o organiza o torna significativo.
13

Para se organizar um portfólio é preciso ter clareza dos propósitos que se pretende com esse
instrumento. É necessária uma organização de atividades que proporcionem a percepção do
desenvolvimento, da aprendizagem do aluno e o progresso na construção do conhecimento.
“Precisa constituir-se em um conjunto de dados que expresse avanços, mudanças conceituais,
novos jeitos de pensar e fazer, alusivos à progressão do estudante” (HOFFMANN, 2002, p.202).

Segundo Okuda (2001), o portfólio estimula o aluno a desenvolver habilidades necessárias para
ser um estudante independente. Por meio dele, o aluno obtém uma visão compreensiva e
contextualizada do seu desempenho, possibilitando ao professor, o acompanhamento da sua
aprendizagem.

2.6.6. Conselho de classe


O conselho de classe constituiu um instrumento de avaliação do aluno, usado às vezes com
propósito de aprovação ou reprovação do aluno. É relido por meio de reuniões periódicas dos
professores de uma mesma série, diretor, supervisor, coordenador, orientador, representante de
pais ou alunos, com o fim de analisar e conhecer mais a turma e o aluno individualmente.
Para ver o aluno no grupo e de acordo com sua própria medida, considerando sua capacidade
pessoal e seu esforço, é preciso pensar a avaliação como um procedimento referente não apenas
ao aluno como indivíduo; é preciso levar em conta toso o processo escolar e em particular todos
os aspectos do currículo. (SANT’ANNA, 1995, p.89)
O conselho de classe não deve avaliar somente o aluno, destacando seu comportamento, como
algumas vezes é encontrado na escola. Mas, necessita ser um momento de discussão e reflexão, no
sentido de buscar alternativas e propor ações que promovam a melhoria da turma como um todo e
do aluno em particular.

É a instância que permite acompanhamento dos alunos, visando a um conhecimento mais


minucioso da turma e de cada um e análise do desempenho do professor com base nos resultados
alcançados. Tem a responsabilidade de formular propostas referentes à ação educativa, facilitar e
ampliar as relações mútuas entre os professores, pais e alunos, e incentivar projetos de investigação.

A formulação de propostas com vista à intervenção na prática e melhoria a ação educativa é o


propósito máximo do conselho de classe. Porém, na realidade escolar, muitas vezes é deixado de
lado, permanecendo o conselho apenas como uma discussão e desabafo do professor com ralação
14

ao aluno, destituída de encaminhamentos. Nesse sentido, precisa ter bem claro e definido o
objetivo de cada conselho. Pose ser realizado no início do ano letivo para se fazer o diagnóstico
da turma, ao final de um período (um bimestre, por exemplo) para propor ações intervenções que
resultem em melhorias ou ao final do ano letivo com o fim de análise para possível promoção do
aluno.

2.6.6.1. Mapa conceitual


O Mapa conceitual pode ser utilizado como recurso de ensino ou como instrumento de avaliação.
Quando inserido como parte do processo avaliativo, é necessário que os alunos sejam informados
e sejam orientações quanto à construção da atividade, visto que essa possui características
específicas.
Os Mapas Conceituais podem ser realizados a partir de um conteúdo trabalhado em sala de aula e
indicam conceitos e as relações existentes entre esses conceitos, desenvolvidos em uma disciplina
ou em uma parte dela ou ainda, em qualquer outra fonte de conhecimento.
Para Moreira & Buchweitz (1987, p. 9) o mapa conceitual “é uma técnica de análise que pode ser
usada para ilustrar a estrutura conceitual de uma fonte de conhecimentos”.
O uso de mapa conceitual possibilita ao professor, verificar as concepções prévias dos alunos e
acompanhar a evolução durante o processo de aprendizagem. Por meio dele, o professor pode
ainda, relacionar as concepções dos alunos com conceitos mais inclusivos do conteúdo trabalhado.

O mapa conceitual utilizado antes do início de um novo conteúdo, ou seja, como avaliação
diagnóstica, propicia verificar o conhecimento que o aluno desse conteúdo, o ponto de partida do
estudo, a s decisões a serem tomadas e os encaminhamentos a serem realizados. Quanto construído
durante o processo, permite averiguar as mudanças ocorridas após a intervenção do professor sobre
o conteúdo e a evolução da aprendizagem do aluno. Evidencia conceitos ou ligações equivocadas
apresentadas pelo aluno, permitindo ao professor reformulação ações ainda durante o processo.
Quando utilizado ao final de um trabalho com determinado conteúdo, retrata a aprendizagem
apropriação realizada pelo aluno, transparecendo sua evolução.
15

3. Conclusão
Esta pesquisa desenvolveu-se com o objetivo de analisar os diferentes conceitos de avaliação e
seus pressupostos. Fundamentos teóricos deste trabalho, foram de suma importância realizar um
estado do conhecimento, principalmente em autores referenciados, em obras que apontam o que
se entende por avaliação. A partir dos referenciais teóricos estudados percebemos a importância
da avaliação.
Percebeu-se que a avaliação vem sendo um tema muito discutido e polêmico entre educadores, e
muitas vezes esquecido o seu real significado. Revelou-se como um instrumento valioso no
processo ensino aprendizagem, podendo ser uma via de mão dupla, possibilitando um possível
diagnóstico do aluno sobre os conhecimentos adquiridos em um período. Para o professor
propiciou verificar e refletir a sua prática pedagógica constantemente no ato de auto-avaliar-se,
podendo assim haver uma melhoria no processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação como verificação é limitada por apenas coletar informações sobre o que o aluno
conseguiu resolver na prova, sem rever as possibilidades para a aprendizagem de conteúdos não
assimilados, portanto, não considera alguns aspectos que podem interferir nos resultados dessa
verificação, tornando-se somente uma medida para a classificação e que ainda continua sendo o
método mais praticado. Dessa forma, por meio desses quatros anos de estudos vivenciados no
curso de Pedagogia, percebeu-se a importância da avaliação como um instrumento de reflexão que
poderá gerar mudanças na prática pedagógica, objetivando perceber que esta não é um fim, mas
sim um meio. Vale ressaltar que nesta pesquisa, foi possível conhecer a avaliação nas diferentes
tendências da educação, evidenciando-se que não há fórmulas, mas esta, contribui para o processo
de produção do saber docente.
16

4. Bibliografia
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma emergente e a prática pedagógica. 4ª Edição,
Curitiba, PR: Editora Universitária Champagnat. 2005.

BOTH, Ivo José. Avaliação planejada, aprendizagem consentida: a filosofia do conhecimento. 1ª


Edição, Curitiba, PR: IBPEX, 2007.

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 6ª Edição, Campina, SP: Autores Associados, 1999.
GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior. São Paulo: Atlas, 2006.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Avaliação da aprendizagem como construção do saber.
19/07/2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 2ª edição
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 6ª Edição,
São Paulo, SP: Editora Cortez, 1997.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo:EPU, 1986
PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente. 2ª edição, São Paulo, SP
Editora Cortez, 2000.

ROMANOWSKI, Joana Paulim, WACHOWICZ, Lílian Anna. Processos de ensinagem na


universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. , Lea das Graças Camargo. SC:
UNIVILLE, 2003.
SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar?: Como avaliar?: Critérios e instrumentos.3ª Edição,
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora
Alternativa, 2004.

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