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Aula 1 - Introdução - 01.08.2025

O documento aborda a farmacologia, destacando a formação e áreas de atuação de profissionais da saúde, como farmacêuticos e enfermeiros. Ele explora conceitos fundamentais, como farmacocinética, farmacodinâmica, e a classificação de medicamentos, além de discutir a história e evolução da farmacologia. Também são apresentados tipos de medicamentos, suas finalidades e conceitos relacionados à biodisponibilidade e posologia.

Enviado por

Ricardo Lisboa
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Aula 1 - Introdução - 01.08.2025

O documento aborda a farmacologia, destacando a formação e áreas de atuação de profissionais da saúde, como farmacêuticos e enfermeiros. Ele explora conceitos fundamentais, como farmacocinética, farmacodinâmica, e a classificação de medicamentos, além de discutir a história e evolução da farmacologia. Também são apresentados tipos de medicamentos, suas finalidades e conceitos relacionados à biodisponibilidade e posologia.

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FARMACOLOGIA

Um pouco sobre MIM...


Formação

Mestre em Especialista em Especialista em


Especialista em
Farmacêutico – Sistemas Docência do Hematologia
Farmácia Clínica –
FASP (2015) Agroindustriais – Ensino Superior – Clínica – UNIFIP
FSM (2019)
UFCG (2018) FSM (2020) (2022)

Área de Conhecimento e Atuação

Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica Assistência Farmacêutica no SUS Gestão Pública em Saúde
Um pouco sobre VOCÊS
Um pouco sobre FARMACOLOGIA
POR QUE ESTUDAR
FARMACOLOGIA?
CONTEÚDO

Estudo dos princípios básicos da farmacologia aplicada à prática da enfermagem;

Conceitos de farmacocinética e farmacodinâmica;

Noções de interação medicamentosa, efeitos colaterais, reações adversas e controle de


medicamentos;
Classificação dos medicamentos, vias de administração, formas farmacêuticas e cálculos de
dosagem;

Papel do técnico em enfermagem na administração segura de medicamentos;

Observação dos efeitos terapêuticos e registro adequado;

Legislação, ética e biossegurança no manejo e preparo de fármacos.


FARMACOLOGIA

Estudo dos efeitos


Farmakón Lógos dos fármacos no
funcionamento de
sistemas vivos.

Droga /
medicamento Estudo

RANG & DALE, 2011.


FARMACOLOGIA
“Estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos.”

Fármaco Sistema Biológico

Efeito benéfico Efeito maléfico

Farmacologia Toxicologia
HISTÓRICO

Início da civilização
Remédios a base
de ervas

Profissão de Boticário =
NADA aplicado com
PRINCÍPIOS
CIENTÍFICOS!
HISTÓRICO

Meados do século XVIII e início do século XIX

▪ Robert Boyle ▪ Estabeleceu as bases científicas da Química.

▪ Recomendava cocções de
vermes, estrume, urina e musgo
de crânios de pessoas mortas…
HISTÓRICO

Meados do século XVIII e início do século XIX

Oliver Wendell Holmes (médico),


declarou:

“Acredito firmemente que, se


todas as substâncias medicinais
usadas hoje, fossem atiradas ao
fundo do mar, seria muito melhor
para os seres humanos – e bem
pior para os peixes.”
HISTÓRICO

Meados do século XVIII e início do século XIX

Oliver Wendell Holmes (médico), Com isso, podemos concluir:


declarou:
Necessidade de MELHORAR a qualidade da
intervenção farmacológica dos médicos – naquela
“Acredito firmemente que, se época proficientes na clínica e diagnóstico, porém,
sem domínio de Farmacologia.
todas as substâncias medicinais
usadas hoje, fossem atiradas ao Conhecimento sobre Anatomia, Fisiologia e
fundo do mar, seria muito melhor Patologia = RUDIMENTAR!
para os seres humanos – e bem
1858: Virchow propôs a TEORIA CELULAR →
pior para os peixes.” fundamentos seguros para o desenvolvimento da
Fisiologia e Patologia.
HISTÓRICO
1878 – Louis Pasteur demonstrou que as bactérias eram causas de doenças.

Primórdios da Farmacologia AVANÇO:


NASCEU A ▪ Compreensão dos efeitos de
extratos vegetais. ▪ Purificação dos compostos ativos

a r m co l o gi
a
F

Desenvolvimento da QUÍMICA ORGÂNICA SINTÉTICA


HISTÓRICO
Substâncias derivadas de plantas • Atropina (belladona)

▪ Morfina (ópio) ▪ Salicilatos (salgueiro branco)

• Efedrina (efedra)
• Estricnina (noz vômica)
Século XX – II Guerra
Mundial:
▪ Novos agentes
antibióticos (sulfas e
penicilinas), anestésicos
e barbitúricos.
HISTÓRICO
▪ Descoberta no campo da química e da fisiologia;
▪ Possibilidades tecnológicas...

Claude Bernard (metade do século XIX)


- Ação do curare sob o músculo animal.

- Ação paralisante

Conceito fundamental em
farmacologia:

O organismo
possui receptores
para drogas
Tubocurarina
Strychnos toxifera
HISTÓRICO
“As interações entre as substâncias químicas e os sistemas vivos eram exatamente o
que preocupava os farmacologistas desde o princípio.”
(RANG & DALE, 2011, p. 2).

Interação fármaco-receptor ▪ 1900 – Alemanha


▪ Paul Ehrlich introduziu o termo receptor para
nomear o que Claude Bernard vislumbrara
décadas antes.

Locais na superfície da célula, com


características moleculares específicas, em que
determinadas substâncias interagem de forma
pontual

Semelhante ao modelo chave/fechadura.


HISTÓRICO
Paul Erlich (1909):
▪ Quimioterapia antimicrobiana
Descobriu compostos essenciais para o tratamento da sífilis

Salvarsan – Asfenamina “606” Neosalvarsan


HISTÓRICO
➢ 1921 - Fleming identificou e isolou a lisozima;
Descoberta da penicilina ➢ 1928 - Estudando o comportamento da bactéria
Staphylococcus aureus.
▪ Alexander Fleming (1928)
Observou uma substância que se movia em torno de um fungo da
espécie Penicillium notatum

❖ Em 1941 - Começou a ser


comercializado nos Estados
Unidos, com excelentes
resultados terapêuticos no
tratamento de doenças
infecciosas.
HISTÓRICO

Gerhard Dmagq (1935):


▪ Sulfonamidas

▪ Sulfanilamida
▪ Sulfisoxazol
▪ Sulfacetamida
▪ Ácido para-aminobenzóico
▪ Sulfadiazina
▪ Sulfametoxazol
HISTÓRICO
Outras contribuições importantes no campo da farmacologia

1828 - 1932

▪ Descoberta dos primeiros


agentes antibacterianos

▪ Sulfa (Domagk)
▪ Penicilina (Flaming)

II Guerra Mundial

▪ Desenvolvimento e produção da
PENICILINA por Chaine Florey,
baseado nos trabalhos iniciais de
Alexander Fleming.
HISTÓRICO
Outras contribuições importantes no campo da farmacologia

▪ 1829 - Ácido salicílico: do salgueiro (Salix alba),


• Em 1899, o medicamento foi
planta utilizada desde a Antiguidade para dores e
nomeado Aspirina®.
problemas reumáticos;
▪ Sintetizado em laboratório na segunda metade do
século XIX para ser utilizado como analgésico.

• 1893 teve sua estrutura modificada por Félix Hoffmann, funcionário da Bayer, para ácido
acetilsalicílico (uma forma mais estável, que permitiu melhor administração e comercialização
da droga, nessa época utilizada para dores, febres e problemas reumatológicos).
HISTÓRICO
Outras contribuições importantes no campo da farmacologia
ASPIRINA – O fármaco do Século XX

▪ O AAS foi o primeiro fármaco a ser sintetizado na história e não recolhido na sua forma final
da natureza → 1ª criação da indústria farmacêutica e 1º fármaco vendido e tabletes

▪ Em1971, o farmacologista britânico John Vane, IRRITAÇÃO GÁSTRICA


descobriu o mecanismo da ação do AAS no
corpo humano, recebendo o Prêmio Nobel de
Medicina em1982.

▪ Após mais de 100 anos de sua descoberta:


▪ Fármaco mais largamente utilizado na
atualidade;
▪ Artrite, gota, febre, doenças reumáticas.
HISTÓRICO
Terapêutica alternativa

▪ Medicina moderna: fármaco como principal ferramenta de terapia;


▪ Outros procedimentos terapêuticos: cirurgia, dieta e exercícios.
Antes do advento das abordagens Os remédios que defendia incluíam sangria,
baseadas na ciência eméticos e purgativos, que eram usados até que os
sintomas principais da doença fossem suprimidos.

▪ Tentativas para construir sistemas Homeopatia


terapêuticos. ▪ Hahnemann (inicio do século XIX).

▪ Muitos produziram resultados piores do Princípios:


que os baseados no empirismo puro.
▪ Semelhante cura o semelhante;
Alopatia ▪ A atividade pode ser potencializada por diluição.
▪ James Gregory (1735-1821).
RAMOS DA FARMACOLOGIA

RANG; & DALE, 2011.


RAMOS DA FARMACOLOGIA

RANG; & DALE, 2011.


RAMOS DA FARMACOLOGIA
FARMACOLOGIA COMO DISCIPLINA

▪ A farmacologia como disciplina não inclui a preparação e a dispensação de drogas.

▪ A farmacologia preocupa-se com o ▪ Com o resultado sua abrangência


efeito das drogas nos sistemas inclui desde a compreensão da
vivos ou nos seus componentes tais interação molecular das drogas até
como células, membranas ou enzimas. o efeito das drogas sobre a
população.
CONCEITOS
BÁSICOS
FÁRMACO

Toda substância de estrutura


química definida que, quando
administrada ao organismo,
produzirá um efeito biológico.

Tem como finalidade o uso para um


efeito benéfico no organismo
DROGA
“Qualquer substância que cause alguma alteração no
funcionamento do organismo por ações químicas, com ou sem
intenção benéfica”.

Partindo desse conceito, entendemos que:


1. Todo fármaco é uma droga, mas
2. Nem toda droga é um fármaco

Diclofenaco Ecstasy

Na prática....
VENENO
▪ Toda substância medicamentosa ou não pode se tornar
TÓXICA, dependendo das maneiras seguras de utilização (dose,
via de administração, frequência de administração, posologia,
condições do paciente....)
Todo produto que introduzido no organismo do indivíduo normal é susceptível de provocar
alterações da saúde ou conduzir a morte!
MEDICAMENTO
Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico.
MEDICAMENTO
FINALIDADES DO USO DE MEDICAMENTOS

PROFILÁTICA

ATUALMENTE...

▪ O medicamento tem ação ▪ As vacinas podem atuar na


preventiva contra doenças. prevenção de doenças.
MEDICAMENTO
FINALIDADES DO USO DE MEDICAMENTOS

CURATIVA

▪ O medicamento tem ação curativa, pode curar patologias.

▪ Os antibióticos têm ação terapêutica, curando as doenças.


MEDICAMENTO
FINALIDADES DO USO DE MEDICAMENTOS

PALIATIVA

▪ O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença, mas não promove a cura.

▪ Os anti-hipertensivos diminuem a pressão


arterial, mas não curam a HA. ▪ Os antitérmicos e
analgésicos diminuem a
febre e a dor...

▪ Porém, não curam a patologia causadora dos sinais e


sintomas.
MEDICAMENTO
FINALIDADES DO USO DE MEDICAMENTOS

DIAGNÓSTICA

▪ O medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames radiográficos.

▪ Os contrastes são medicamentos que, associado aos exames


radiográficos, auxiliam em diagnósticos de patologias.
MEDICAMENTO
Tipos de Medicamentos: Classificação Geral

Alopático Homeopático Fitoterápico


▪ São os medicamentos que ▪ São medicamentos obtidos ▪ São medicamentos obtidos
produzem efeitos contrários por técnicas de diluições, pela utilização exclusiva de
aos da doença. seguidas por sucções e matérias-primas vegetais.
triturações sequenciais.
MEDICAMENTO
Tipos de Medicamentos: Aspectos relacionados à Inovação

Genérico

▪ Produzido após a expiração ou renúncia da proteção


patentária ou de outros direitos de exclusividade;
▪ Comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade;
▪ Designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI;
▪ Bioequivalência e equivalência farmacêutica (exigidos
pela ANVISA).
MEDICAMENTO
Tipos de Medicamentos: Aspectos relacionados à Inovação

Referência / Inovador

▪ É o produto que teve sua eficácia,


segurança e qualidade comprovadas
cientificamente quando da obtenção
do registro;
▪ Geralmente é o primeiro remédio
que surgiu para determinado fim e
sua marca é bastante conhecida.
MEDICAMENTO
Tipos de Medicamentos: Aspectos relacionados à Inovação

Similar

▪ Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos,


mesma concentração, forma farmacêutica, via de
administração, posologia e indicação terapêutica;
▪ Pode diferir somente em características relativas ao
tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículo;
▪ identificado por nome comercial ou marca
MEDICAMENTO
Tipos de Medicamentos: Aspectos relacionados à Inovação

Similar Intercambiável
▪ Medicamento similar que apresenta
equivalência terapêutica com um
medicamento Referência
MEDICAMENTO
Resumindo...
REMÉDIO
Então...
Um termo amplo, referindo-se a
qualquer processo ou meios usados 1. Todo medicamento é um remédio
2. Mas, nem todo remédio é um medicamento
com a finalidade de cura ou
prevenção.
BIODISPONIBILIDADE
▪ Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma
forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação
sistêmica ou sua excreção na urina.

Qual via de
administração tem
melhor
biodisponibilidade?
BIOEQUIVALÊNCIA
Consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob
a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de
princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob
um mesmo desenho experimental.

• A equivalência química indica que as formulações possuem os


mesmos compostos ativos e quantidades, além de obedecerem
aos padrões oficiais atualizados, mas pode haver diferenças
quanto aos ingredientes inativos nas diferentes formulações do
fármaco.

• A equivalência terapêutica indica que as formulações, quando


administradas para o mesmo paciente e no mesmo esquema de
dosagem, têm efeitos terapêuticos e adversos iguais.
POSOLOGIA
▪ Parte da Farmacologia que estuda o estabelecimento
das doses, a sua frequência de administração e a
duração do tratamento.
CONCEITOS QUE CONFUNDEM

DOSE DOSAGEM
▪ É uma determinada quantidade de medicamento
introduzida no organismo para produzir efeito ▪ É o ato de dosar, medir a quantidade
terapêutico e promover alterações ou ou medir a dose.
modificações das funções do organismo ou do
metabolismo celular.

FORMA FÓRMULA

▪ É o conjunto de substâncias que compõem a


▪ É o estado final que as substâncias ativas
forma pela qual os medicamentos são apresentados e
apresentam depois de serem submetidas às
possui os seguintes componentes:
operações farmacêuticas necessárias, a fim de
- Princípio ativo (agente químico);
facilitar a sua administração e obter o maior efeito
- Corretivo (sabor, corantes, açúcares);
terapêutico desejado.
- Veículo (dá volume, em forma de talco, pós)...
DIVISÃO
DIVISÃO

Farmacognosia Farmacotécnica

Farmacologia
Farmacologia Clínica

Farmacocinética Farmacodinâmica

Farmacogenômica Toxicologia
FARMACOCINÉTICA
Estuda tudo aquilo que o organismo faz com o
fármaco

O movimento no fármaco no organismo

Os processos pelos quais o fármaco passa no


organismo, desde a administração até a eliminação
FARMACODINÂMICA

Estuda os mecanismos de ação pelos quais as


substâncias modulam os sistemas, induzindo efeitos
farmacológicos

Mecanismo de ação do fármaco

Como o fármaco manipula o organismo


TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
COMO PODE
OCORRER A
TOXICIDADE DE UM
MEDICAMENTO???

RESPOSTA
A toxicidade pode acontecer por descuido ou erro na administração do
medicamento, acidente, uso abusivo, erro na prescrição do medicamento,
automedicação ou até mesmo tentativa de suicídio.
TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
EFEITO COLATERAL

Efeito secundário de um medicamento, prejudicial ou benéfico, que pode ser


esperado e explicado pelo mecanismo de ação. Ocorre com a doses
terapêuticas usuais do medicamento.
TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
Então, um medicamento
pode ser considerado
tóxico mesmo sendo
utilizado em doses
adequadas?

SIM!
Isso ocorre porque não existe nenhum princípio ativo que seja tão específico
para apenas alguma célula ou tecido do corpo humano, e seus efeitos nos
outros órgãos e tecidos acarretam sintomas e efeitos adversos. Isso ocorre
também com o uso excessivo e indiscriminado de medicamentos.
TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
REAÇÃO ADVERSA (RAM)

Qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial não intencional, e


que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos. Não é
explicada ou esperada pelo mecanismo de ação do fármaco.
TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
EVENTO ADVERSO (EAM)

É qualquer dano causado pelo uso de um ou mais medicamentos com


finalidade terapêutica, abrangendo, portanto, reações adversas aos
medicamentos e erros de medicação.

Dano renal

Erro de medicações
TOXICIDADE DE
MEDICAMENTOS
REAÇÃO ALÉRGICA
FORMAS
FARMACÊUTICAS
FORMAS FARMACÊUTICAS
Você já sabe que o princípio ativo age no corpo
humano, quando se ingere um medicamento???

Para que ele seja corretamente absorvido


pelo corpo, será necessário verificar sua
porta de entrada:

Via oral, retal, intravenosa...

Para que esse fármaco fique estável e


consiga assim fazer a sua ação de forma
terapêutica, são adicionados outros
componentes a ele...

ADJUVANTES FARMACÊUTICOS
FORMAS FARMACÊUTICAS
Você já sabe que o princípio ativo age no corpo
humano, quando se ingere um medicamento???
FORMAS FARMACÊUTICAS
▪ Um mesmo princípio ativo pode apresentar formas farmacêuticas distintas...

Mas, porque isso acontece???


RESPOSTA:
▪ Fácil administração ou ingestão do medicamento;
▪ Precisão na dose;
▪ Proteção da substância ativa contra as barreiras do corpo que dificultam a sua
entrada:
- Suco gástrico
▪ Ajuda o fármaco a chegar ao seu local de ação.
FORMAS FARMACÊUTICAS
ISSO É FÁCIL...

Mas, qual a função das ▪ Dissolver, criar uma suspensão, ou misturar os outros
substâncias usadas na ingredientes para facilitar a administração e dar volume e
FÓRMULA para atingir forma podem ser chamadas de veículos ou excipientes.
a FORMA farmacêutica
desejada,? VEÍCULO
▪ É o nome dado à PARTE LÍQUIDA da fórmula em que serão
dissolvidos o princípio ativo e os outros componentes da
formulação.

EXCIPIENTE
▪ COMPONENTE SÓLIDO, que não terá ação nenhuma no corpo, mas será o
responsável por dar volume e forma ao medicamento;
▪ Geralmente esse excipiente é o talco farmacêutico.
FORMAS FARMACÊUTICAS
Classificação: SÓLIDAS SEMISSÓLIDAS LÍQUIDAS

Comprimidos Pomadas Soluções

Drágeas Cremes Suspensões

Comprimidos Géis Xaropes

Supositórios Pastas Elixires

Pós Cataplasmas Colírios

Grânulos Emplastros Emulsões


FORMAS FARMACÊUTICAS
Comprimidos SÓLIDAS

▪ Os comprimidos são a forma farmacêutica mais comumente encontrada


Comprimidos
Mistura de pós e/ou grânulos (processo de compressão) contendo o fármaco
e seus adjuvantes.
Drágeas

VANTAGENS:
Comprimidos
▪ Engolir uma forma inteira, diminuem-se o gosto e o odor desagradáveis e apresenta- se uma
dosagem correta e precisa, além de possuírem forma bem estável...
Supositórios

DESVANTAGENS:
Pós
▪ Perda do fármaco pela ação do suco gástrico, a não desintegração do comprimido e a
irritação do TGI
Grânulos
FORMAS FARMACÊUTICAS
Comprimidos SÓLIDAS

▪ Os comprimidos são a forma farmacêutica mais comumente encontrada


Comprimidos
Mistura de pós e/ou grânulos (processo de compressão) contendo o fármaco
e seus adjuvantes.
Drágeas
Drágeas
Tipos de comprimidos “Comprimido revestido”
Cápsulas

▪ Liberação controlada
▪ Efervescente Supositórios

▪ Mastigáveis
Pós
▪ Sublingual
A composição se encontra no interior de um
▪ Vaginal revestimento feito a partir de açúcar e Grânulos
corante
FORMAS FARMACÊUTICAS
Cápsulas SÓLIDAS

▪ As cápsulas têm um formato cilíndrico ou ovoide, coloridas ou incolores Comprimidos


▪ Dentro delas contém tanto matérias líquidas quanto sólidas
▪ O envoltório que forma a cápsula pode ser tanto duro quanto mole Drágeas

Comprimidos
Cápsulas

Supositórios

Pós
Outra forma farmacêutica
Geralmente, as cápsulas duras são feitas de gelatina e as sólida encontrada para
moles de glicerina. Grânulos
alguns fármacos é a pílula.
FORMAS FARMACÊUTICAS
Supositórios SÓLIDAS

▪ Formas farmacêuticas feitas com o intuito de serem administradas no canal Comprimidos


retal.
O formato e seus excipientes são usados de maneira a haver uma boa introdução no
Drágeas
reto e de modo a se fundirem à temperatura do corpo ou então conseguirem se
dispersar em meio à água do corpo.
Cápsulas
Óvulo
Um tipo de
Supositórios
supositório
de uso vaginal
VANTAGENS Pós

▪ Crianças que não conseguem engolir formas orais por


dificuldade ou vômito e até como proteção do TGI Grânulos
FORMAS FARMACÊUTICAS
Pós / grânulos SÓLIDAS

▪ Misturas de fármacos com adjuvantes em formas secas


Comprimidos

▪ Há também algumas preparações que


são feitas em grânulos, em que a Drágeas
mistura de pó é umedecida e depois
passada por uma tela com espaços Cápsulas
entre os fios, a fim de produzir
grânulos do tamanho desejado.
Supositórios

▪ Além desse processo, eles podem ser


Pós
revestidos ou feitos com a mistura que
provoca efervescência na água ou podem
ter a apresentação também apenas em pó. Grânulos
FORMAS FARMACÊUTICAS
Pós /grânulos SÓLIDAS

▪ Misturas de fármacos com adjuvantes em formas secas


Comprimidos

▪ São pós liofilizados ou grânulos, podem


ser solúveis, resultando em soluções, Drágeas
ou insolúveis, resultando em
suspensões.
Cápsulas
São preparações para substâncias que
não são estáveis na presença da água (se
Supositórios
degradam facilmente depois de um curto
tempo de contato).
Pós
Assim, é necessário que as substâncias sejam
acrescentadas à água filtrada ou fervida somente
no momento da administração, para se fazer a Grânulos
solução ou suspensão.
FORMAS FARMACÊUTICAS
As preparações tópicas semissólidas são para aplicação na pele ou SEMISSÓLIDAS
em certas mucosas, para ação local ou penetração percutânea dos
medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora.
Pomadas

Pomadas
Cremes
▪ São preparações semissólidas para aplicação externa que amolecem ou derretem à
temperatura corpórea.
Géis

▪ A substância química sólida é geralmente inserida em uma


base oleosa; Pastas

▪ São usadas em regiões menores, com menos pelos por


serem muito oleosas, não é aconselhável aplicá-las em
Cataplasmas
feridas abertas.

Emplastros
FORMAS FARMACÊUTICAS
Cremes SEMISSÓLIDAS

▪ São emulsões (preparação do tipo água/óleo) contendo o princípio


ativo imerso neles. Pomadas

▪ Possui efeitos mais lentos, porém mais intensos,


quando comparados às pomadas. Cremes

CURIOSIDADE:
Géis

Pastas
▪ Fora a especialidade
dermatológica, que usa
amplamente essa preparação, São mais aplicadas para áreas Cataplasmas
ela também é muito usada na extensas do corpo e também
ginecologia. em regiões com pelos.
Emplastros
FORMAS FARMACÊUTICAS
Géis SEMISSÓLIDAS

• O gel é um sistema semissólido em que uma fase líquida fica retida


em um polímero, que pode ser tanto uma goma natural quanto Pomadas
sintética.

▪ São preparações a base de água, portanto, não contém Cremes


óleo
Géis
▪ São utilizadas em regiões muito úmidas. Também são
utilizados para reduzir a oleosidade da pele.
Pastas

Cataplasmas

Emplastros
FORMAS FARMACÊUTICAS
Pastas SEMISSÓLIDAS

▪ Preparação com uma quantidade muito mais elevada de material sólido,


em que o pó é finalmente disperso em um ou mais excipientes. Pomadas

Cremes
▪ Difere das pomadas por sua grande quantidade de
sólidos, o que dá um efeito secante;
Géis

▪ Usada estritamente na pele, já que a Pastas


penetração do fármaco é dificultada;
▪ Geralmente, é usada em doenças em que
haja tendência de formação de vesículas Cataplasmas
ou crostas na pele.

Emplastros
FORMAS FARMACÊUTICAS
Cataplasmas SEMISSÓLIDAS

▪ O cataplasma, na maioria das vezes, são preparações magistrais, de


Pomadas
uso externo. Muitas das vezes, é feito com plantas medicinais
esmagadas com alguma base de sustentação mole e úmida de uma
matéria sólida, por exemplo farinha de trigo úmida. Cremes

Géis

Pastas

Cataplasmas

▪ Uma das grandes desvantagens desse método é a facilidade de contaminação por micro-
Emplastros
organismos.
FORMAS FARMACÊUTICAS
Emplastos SEMISSÓLIDAS

▪ O emplastro consiste em um suporte com função adesiva à pele,


Pomadas
contendo uma base com um ou mais princípios ativos.

Essa formulação faz com que os Cremes


princípios ativos fiquem em contato
íntimo com a pele, ao mesmo tempo
protegendo os fármacos do meio Géis
externo e imobilizando a área
afetada.
Pastas

Cataplasmas

Emplastro natural
– “caseiro” Emplastros
FORMAS FARMACÊUTICAS
▪ Por via oral, a maioria das soluções líquidas é mais usada para LÍQUIDAS
crianças e idosos, devido à fácil administração e deglutição
quando comparadas a cápsulas e comprimidos.
Soluções
▪ Por serem líquidas, também admitem a variação de dosagem pela
mudança do volume a ser administrado.
Suspensões

Soluções
Xaropes
▪ As soluções são misturas de caráter homogêneo, em que um solvente em maior quantidade
dissolve um ou mais solutos, resultando em uma preparação com uma única fase, de aspecto
límpido. Elixires

▪ Solução oral
▪ Solução oftálmica Colírios
▪ Solução nasal
▪ Solução otológica
▪ Solução injetável* Emulsões
FORMAS FARMACÊUTICAS
Suspensões LÍQUIDAS

▪ As suspensões são preparações em uma base


líquida na qual os princípios ativos sólidos não se Soluções
dissolvem e são apenas dispersos no meio.
Suspensões
▪ Com o tempo, as partículas sólidas começam a descer para o fundo
do frasco (sedimentação Xaropes

NECESSITANDO, SEMPRE ANTES DO Elixires


USO, UMA AGITAÇÃO FORTE

Colírios
Para que as partículas fiquem uniformemente
distribuídas na suspensão. Emulsões
FORMAS FARMACÊUTICAS
Xaropes LÍQUIDAS

São preparações farmacêuticas que contêm açúcar em grandes concentrações. Soluções

▪ Resultando em uma mistura com água e açúcar


Suspensões
▪ somente após essa preparação receberá o fármaco.

▪ Pela grande quantidade de açúcar que eles apresentam,


Xaropes
são ótimas preparações para fármacos que apresentam
sabor desagradável
Elixires
RESTRIÇÃO COMPLETA
PARA DIABÉTICOS
Colírios
Xaropes sem açúcar para
diabéticos são chamados de
edulito. Emulsões
FORMAS FARMACÊUTICAS
Elixires LÍQUIDAS

▪ Os elixires são soluções à base de álcool com um sabor levemente


Soluções
adocicado, devido ao uso de sacarina e/ou outros glicóis.

▪ São bem menos viscosos Suspensões


devido à presença do álcool
e por este ser a base
principal da formulação. Xaropes

Elixires

Atualmente,
começaram a Colírios
entrar em desuso.
Emulsões
FORMAS FARMACÊUTICAS
Colírios LÍQUIDAS

▪ Soluções para uso oftálmico com um pH de aproximadamente 7,4, de


caráter estéril. Soluções

Geralmente, são postos em frascos conta-gotas, devido ao seu uso ser


Suspensões
comumente em gotas

▪ Existem também soluções para uso no Xaropes


ouvido que são chamadas de
otológicas e soluções para uso nasal.
Elixires

Colírios

Emulsões
FORMAS FARMACÊUTICAS
Emulsões LÍQUIDAS

▪ As emulsões também podem ser líquidas e, assim como os cremes,


Soluções
consistem em um componente disperso no outro por meio de um
agente emulsionante.
Suspensões

Xaropes

Elixires

Colírios

Emulsões
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?
ASPECTOS DA INOVAÇÃO TECNOLOGICA
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?
▪ A criação de medicamentos tem uma série de etapas para garantir que eles sejam eficazes e
seguros e envolve cientistas de várias áreas...

Farmacêuticos, biólogos, químicos e médicos....

▪ Mas, tudo isso só é possível depois que é identificado o ▪ Até estar disponível para os pacientes, todo
mecanismo de funcionamento de uma doença e medicamento passa por um longo e custoso
descoberta uma molécula capaz de influenciá-lo. processo de pesquisa e desenvolvimento
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?
Fatores que podem dar início à criação de medicamentos:
▪ Novas abordagens sobre o mecanismo de uma doença

▪ Testes que revelam efeitos de compostos moleculares que podem ser benéficos no tratamento de problemas
de saúde;

▪ Tratamentos já existentes que apresentam um ▪ Surgimento de novas tecnologias que permitem, por
efeito inesperado que pode ser útil para exemplo, levar uma substância até um local específico
tratar alguma outra condição de saúde; sem afetar o resto do organismo.
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?
Estudos pré-clínicos (eficácia e segurança)

OBJETIVO ▪ Testes pré-clínicos laboratoriais (in vitro);


▪ Determinar a segurança para ser ▪ Em animais (in vivo).
testado em humanos.

▪ Logo, o dossiê de pesquisa é


apresentado aos órgãos regulatórios
e a comitês de ética em pesquisa...

Aprovam (ou não) se o novo


medicamento pode ser testado
em pessoas.
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?

A etapa seguinte, de
ensaios clínicos, é a mais
longa e custosa do
processo, sendo dividida
em três fases:
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?

EM
SÍNTESE...

https://www.roche.com.br/pt/por-dentro-da-roche/como-nasce-um-medicamento.html
COMO SURGEM NOVOS
MEDICAMENTOS?

EM
SÍNTESE...
CLASSIFICAÇÃO DOS
MEDICAMENTOS

▪ Composição: simples e composto


▪ Uso: interno e externo
DE ACORDO ▪ Prescrição: alopático e homeopático
COM:
▪ Preparação: oficinal, magistral, especialidade
farmacêutica (referência e similar), genérico e
placebo
▪ Ação: local e sistêmica
CLASSIFICAÇÃO DOS
MEDICAMENTOS

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