ESTADO DO PARANÁ

POLÍCIA MILITAR/M
ESTADO-MAIOR

Material de Estudo para o CFP

Introdução
Este material se trata das informações básicas que todo candidato deve ter conhecimento ao se apresentar
para o Recrutamento da PMPR/M. O desconhecimento de tais informações desclassificam o candidato de imediato.

Hierarquia

Hierarquia é a ordenada distribuição dos poderes com subordinação sucessiva de uns aos outros , é uma
série contínua de graus ou escalões, em ordem crescente ou decrescente, podendo-se estabelecer tanto uma
hierarquia social, uma hierarquia urbana, militar, eclesiástica etc.
A hierarquia é uma ordenação contínua de autoridades que estabelece os níveis de poder e importância, de
forma que a posição inferior é sempre subordinada às posições superiores.

Níveis hierárquicos da PMPR

Disciplina Militar

Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.

Função da PMPR/M

O trabalho da PM é feito de forma visível, sinalizado através de uniformes, viaturas caracterizadas ou

De uma forma simples, a Polícia Militar preocupa-se com os atos ilícitos em andamento ou que recém
aconteceram, diferente da atuação da Polícia Civil. Esta cuida das infrações que já ocorreram e precisam de
investigação e identificação dos suspeitos.

Além de atuar no policiamento ostensivo (por exemplo, executando prisões em flagrante, mandados de
busca e apreensão, blitzes e revistas) a PM pode ser acionada também para controle da população em situações de
aglomeração pública, como protestos, manifestações, passeatas, eventos de rua (como o carnaval), atuando
estrategicamente para evitar situações de confronto.
 Funções dos Cargos na Hierarquia da PMPR/M

Oficiais

São os cargos gerenciais, a quem cabe a gestão de todos os recursos disponibilizados para o cumprimento
das missões de Polícia Administrativa/Ostensiva. São divididos em Superiores com funções de Comando e Controle,
Intermediários, com atribuição de Supervisão e Subalternos, sendo estes tendo a principal função de coordenação.
Vale ressaltar que um das obrigações de todos os Oficiais é se habilitar como Instrutor.

Praças

São divididos em Especiais, Graduados ou simplesmente Praças. Aspirante à Oficial na condição de sua fase
como estagiário, é considerado Praça Especial. Praças Graduados tem a função de auxiliar na Coordenação dos
Oficiais Subalternos, bem como atuam na função de monitorar e ajudar às demais Praças no processo de
aprendizagem devido sua vasta experiência no serviço Operacional. Já as demais Praças tem a função básica de
execução e prioridade no serviço Operacional.
 PRINCÍPIOS DA ADM PÚBLICA

Conhecidos pela sigla LIMPE, são aplicados em todos os atos do setor Público.

LEGALIDADE – o cumprimento da lei

IMPESSOALIDADE – o tratamento igualitário

MORALIDADE – seguindo os princípios éticos estabelecidos por lei

PUBLICIDADE – a prestação de contas à população

EFICIÊNCIA – a boa gestão dos recursos e serviços públicos

USO SELETIVO OU DIFERENCIADO DA FORÇA

Art. 234. O emprego da força só é permitido quando indispensável, no caso de desobediência, resistência ou
tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de terceiros poderão ser usados os meios necessários para vencê-la
ou para defesa do executor e seus auxiliares, inclusive a prisão do ofensor.

“As práticas da aplicação da lei devem estar em conformidade com os princípios da legalidade, necessidade e
proporcionalidade”.
 TRIÂNGULO DO TIRO (TRINÔMIO)

Como elemento de auxílio ao policial, temos a chamada regra do “triângulo do tiro”. Ou seja, de acordo com
ela, eu devo atirar quando o meu agressor demonstrar “habilidade”, “oportunidade” e “risco”.

Tem “habilidade”, assim, o agressor com capacidade real de, injustamente, causar danos graves ao policial
ou a outra pessoa. Ou seja, ou ele está armado, ou tem compleição física elevada ou habilidades similares que lhe
dão características próprias de uma “arma” (domínio da arte de combate físico, por exemplo), assim entendida como
“algo” apto a causar danos sérios, vitais inclusive.

A “oportunidade” tem a ver com a possibilidade do agressor, sem motivação plausível, usar essa
habilidade, isto é, a efetiva proximidade, atual ou iminente, entre ele e o atacado.

Já o “risco” relaciona-se com a constatação da efetiva intenção do agressor em atacar, sem justa causa,
alguém de maneira potencialmente letal.

2.1 PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM POLICIAL MILITAR (SSRUA)

Ao efetuarmos uma abordagem, devemos observar alguns princípios basilares, que são:

1) Segurança – é a certeza, a confiança e a garantia de que não há perigo a recear, no momento de efetuar uma
abordagem, sabendo o está fazendo e se está empregando o procedimento correto. Portanto, constitui-se no ato de
cerca se de todas as cautelas necessárias para a eliminação dos riscos de perigo, em todas as suas minúcias, para
consecução dos objetivos almejados, lembrando sempre que a ação deve resultar em eficácia.

2) Surpresa – é a ação inopinada do policial, não possibilitando fuga ou reação do abordado. Esse fator, além de
contribuir decisivamente para a segurança dos executantes da abordagem, é dissuasor psicológico da resistência,
propiciando o êxito da ação.

3) Rapidez – é a ação de curta duração na hora de abordar, não devendo esquecer a segurança no que faz. Este
princípio está proporcionalmente ligado à segurança com que é desencadeado e executado a operação.

4) Ação Vigorosa – é a ação resoluta, decidida e firme do policial na hora de abordar. Devendo entender o real
significado de “ação vigorosa” – essa energia fortalecida – nunca a confundindo com violência arbitrária, com
desrespeito ao cidadão, do qual deve obter compreensão da ação e respeito.

5) Unidade de comando – é agir sob comando único, evitar conflito de ordens. É de fundamental importância a
existência desse princípio em uma operação, onde os executores devem ter na mente o objetivo maior da ação,
evitando-se os atropelos, multiplicidade de ordens, indefinição, indecisão e outros fatores prejudiciais à ação
operacional.
 Unidades/Subunidades/Pelotões dentro da PMPR/M

Rádio Patrulha - RPA (12º BPM/M)

Unidade de patrulhamento preventivo e repressivo imediato, em um ou mais subsetores do município, nele

Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas – ROCAM (12º BPM/M)

Nas grandes cidades a complexidade do trânsito impacta na rapidez do atendimento. Nelas, também, a baixa
velocidade de deslocamento, provocada pelo excesso de veículos favorece a ocorrência de delitos cujo modus
operandi tem a motocicleta como meio de transporte. Para prevenir estes eventos, a Polícia Militar criou o programa
de policiamento com motocicletas que, com base na inteligência policial, é empregada principalmente nos grandes
corredores de trânsito dos municípios mais populosos.

Rondas Ostensivas Tático Móvel – ROTAM (12º BPM/M)

Unidade da Polícia Militar treinada para ações táticas de polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública, tais como: repressão ao crime organizado, atuação em locais de alto índice de crimes e violência, controle
de tumultos e ações para restauração da ordem pública de maior magnitude. Realiza o patrulhamento tático
motorizado, executado com viatura de maior porte e com reforço de armamento e equipamento.

Rondas Ostensivas de Natureza Especial – RONE (BPRONE/M)

A RONE se constitui basicamente em uma tropa especializada em combate à criminalidade violenta; tais
como roubos executados por quadrilhas e gangues, latrocínio, extorsão mediante sequestro e tráfico de
entorpecentes. Sua missão é atuar extensivamente nos bairros onde os índices de criminalidade são mais altos,
através de operações de batida policial, bloqueio, presença e cercos policiais. A RONE atua com viaturas de médio
porte, guarnecidas com quatro ou cinco policiais militares, com armamentos e equipamentos específicos; possuindo
forte capacidade de ação e reação, principalmente por meio de abordagens e buscas pessoais, na repressão e
prevenção de crimes. A unidade atua ainda em controle de distúrbios civis, defesa e retomada de pontos sensíveis,
escoltas de dignitários e numerários, e outras atividades de manutenção da ordem pública.

Batalhão de Operações Aéreas – BPMOA /M

O BPMOA é a unidade responsável pelo suporte aéreo às ações da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros,
através de salvamentos aquáticos e terrestres, buscas e resgates aeromédicos, combate a incêndios e Defesa Civil,
apoio em grandes eventos, crises, Rádio Patrulhamento aéreo, plataforma de observação, coleta de dados,
acompanhamentos táticos, escoltas, além das Operações de Saúde, envolvendo as remoções inter-hospitalares e
transporte de órgãos e tecidos para transplante.
 Princípio da comunicação via rádio

- clareza da mensagem

Para que seja possível o entendimento, sem qualquer tipo de possibilidade de má interpretação, as
mensagens devem ser claras. Caso o Operador tenha dúvida sobre a utilização do código Q, deve procurar transmitir
a mensagem com calma e de forma cadenciada para melhor compreensão de todos.

- objetividade

As mensagens devem ser objetivas, ou seja, sem rodeios, visando sempre ocupar o menor tempo possível da
frequência utilizada, pois só é permitido que um Operador a utilize por vez.

Priorização nas comunicações

Podemos definir preliminarmente dois níveis de priorização na utilização da rede-rádio:

- sem gravidade

Quando não há nenhum tipo de mensagem urgente a ser informada. Situação de normalidade, neste caso
deve ser dada a prioridade na rede ao Operador do COPOM.

- com gravidade

Quando há mensagem urgente a ser informada, como, por exemplo, acompanhamentos táticos, policiais
feridos, vítimas localizadas e ocorrências de maior potencial ofensivo. Neste caso, a prioridade deve ser dada ao
Operador que se encontra no local da Urgência/Emergência, liberando a frequência (canaleta) para tal situação.
Demais comunicados devem aguardar.

Vícios de fala

- exemplos:
QRR – S.O.S. terrestre – usado pela PMPR apenas “prioridade”
QRF – Usado popularmente como “refeição”, porém significa “voltar para o local”
NIHIL – Usado pela PMESP como “nada ou nenhuma”, na PMPR é substituído pela natureza de encerramento de
ocorrência “fato não constatado”
QAP COPOM – não se comunica apenas chamando a quem se quer dirigir mas também se identificando: COPOM é
a Alpha111. Caso tenho o vício de colocar um QAP antes de qualquer comunicação, abandone, seria o equivalente
a proferir um “CÂMBIO”.

QSV – A PMPR não utiliza essa codificação, apenas chama de Viatura ou vtr.

BILLY, BILÃO – policiais no Paraná não se chamam por tais jargões, portanto, não os use no dia-a-dia.
 *Observação:

-Não fazer “graça” utilizando os canais oficiais “1” ou “2”, são canais destinados às forças
de segurança e devem ser utilizados somente para o serviço policial.
Conclusão

Não é preciso dominar plenamente a codificação para falar, mas é necessário entender e principalmente ser
compreendido.

“O melhor apoio é aquele que chega.” “algum CPU”

“Comunicação não é só falar, ver ou ouvir, é fazer entender.” “Renato Ribeiro AGP Design e Tecnologia”

COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES:

RÁDIO PATRULHA DE ÁREA/M: Mínimo de 2 integrantes e máximo com 3;

ROCAM/M: Mínimo de 2 motocicletas e máximo com 3 motocicletas (máximo de 4 policiais por equipe, devendo um
estar engarupado);

ROTAM/M: Mínimo de 3 integrantes e máximo com 4;

RONE/M: Mínimo de 3 integrantes e máximo com 4;

BPMOA/M (Falcão): Mínimo de 2 integrantes e máximo com 3.

 Q.A.P = Na escuta?
 Q.R.N = Interferência
 Q.R.A = Nome do operador
 Q.R.L = Estou ocupado
 Q.R.M = Interferência humana
 Q.R.T = Fora do ar
 Q.R.U = Tem algo para mim
 Q.R.V = As suas ordens
 Q.R.X = Aguarde
 Q.S.A = Como está recebendo?
 Q.S.L = Entendido
 Q.S.O = Comunicado aviso
 Q.S.P = Fazer ponte
 Q.T.C = Mensagem
 Q.T.H = Endereço
 Q.T.R = Horário exato
 Q.T.A = Última forma
 Q.S.J = Dinheiro
 Q.S.Y = Alterar canal
 T.K.S = Obrigado