Análise Da Aplicabilidade Da RDC 222/2018: Estudo de Caso No Hospital Municipal de Novo Hamburgo/Rs
Análise Da Aplicabilidade Da RDC 222/2018: Estudo de Caso No Hospital Municipal de Novo Hamburgo/Rs
RESUMO
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 306/2004 foi substituída pela RDC 222/ 2018. Essa
Resolução trouxe novas diretrizes e posicionamentos em relação ao Gerenciamento de Resíduos
de Serviços de Saúde (GRSS). Ela também define o GRSS como um conjunto de procedimentos
de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas e normativas legais,
com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar, aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro e de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação
da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente. Este trabalho objetiva discutir os reflexos da
atualização da RDC 306/2004 para a RDC 222/2018 da ANVISA, no que se refere ao cumprimento
das obrigações desta normativa no que tange a elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e a adequação das Unidades de Saúde na condução de
suas mudanças. Este estudo foi um estudo de caso no município de Novo Hamburgo. O estudo
permitiu evidenciar que a Resolução não é um regulamento que atende a todas as necessidades e
o país segue carente de regulamentação na área de resíduos. No entanto, os questionamentos
sobre RSS biológicos, como o caso dos sacos brancos ou vermelhos, o lançamento em rede de
esgoto e o descarte de resíduos do Grupo A4 em aterros são dubiedades que estão sendo
pacificadas nos campos sanitário e ambiental. Foi possível concluir que nem sempre há a
regulamentação no formato ideal, mas é preciso reconhecer sua importância para o funcionamento
adequado e seguro das instituições e sistemas produtivos.
Palavras-chave: Resíduos de Serviços de Saúde; Gerenciamento de Resíduos Sólidos; Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
www.firs.institutoventuri.org.br
1
format, but it is necessary to recognize its importance in the proper functioning of institutions and
productive systems.
Keywords: Health Services Waste; Solid Waste Management; Health Services Waste Management
Plan.
1. INTRODUÇÃO
A legislação estabelece e propõe metas importantes para as empresas seguirem princípios e
adotarem processos com menores impactos ambientais negativos. Através da publicação de metas,
objetivos e resultados, é possível estabelecer novos programas reguladores baseados inteiramente
em princípios de sustentabilidade, com os custos inevitáveis do desenvolvimento, fornecendo
conhecimento e diretrizes para toda a sociedade (MIKITISH, 2011).
Neste sentido faz-se necessário legislações e normas regulatórias que definam limites, prazos,
responsabilidades e a amplitude dos aspectos relacionados ao gerenciamento dos resíduos sólidos,
e o Brasil possui desde 2010 a Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), a qual trata dos princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo
Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal,
Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente
adequado dos resíduos sólidos. A promulgação da PNRS realinha o cenário do saneamento básico
brasileiro após ter tramitado no congresso nacional por vinte e um anos (OGLIARI, 2015).
Historicamente, a coleta e o transporte de resíduos têm sido o principal alvo de investimento dos
gestores públicos, especialmente em áreas urbanas. Para tanto, basta analisar os valores
relacionados a cobertura de coleta que se estende a mais de 90% da população brasileira, enquanto
a destinação final ambientalmente adequada atinge 59,1% dos resíduos (ABRELPE, 2018). De
acordo com a Lei 11.445 (2007) os serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos urbanos é composto por etapas relacionadas à segregação, transporte, tratamento e
disposição. O gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU) constitui responsabilidade
pública e envolve a limpeza urbana, coleta, transporte, tratamento e a disposição final (JUCÁ, 2014).
A PNRS dispõe como diretrizes que devem ser observadas para o manejo dos resíduos sólidos, a
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Destacam-se os
seguintes instrumentos: a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas
relacionadas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (BRASIL, 2010a;
GONÇALVES, 2010).
A PNRS define os resíduos gerados no interior de Unidades de Saúde como Resíduos de Serviços
de Saúde (RSS), que possuem características próprias e inúmeros cuidados relacionados ao seu
alto risco de contaminação química e biológica, tornando a segurança e o gerenciamento dos RSS
imperativos para a saúde pública e uma responsabilidade de todos (WHO, 2008).
A atividade hospitalar é grande geradora de RSS e os impactos desta geração têm sido motivo de
preocupação para os administradores hospitalares, principalmente devido à falta de informações a
seu respeito, gerando dúvidas e dificuldades de compreensão entre funcionários, pacientes,
familiares e comunidade (OLIVEIRA, 2002).
Este desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os
resíduos sejam ignorados ou recebam um tratamento, cuja complexidade é desnecessária,
onerando as instituições hospitalares. Segundo o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio
Grande do Sul, mais de 70% dos resíduos gerados em unidades de saúde são do tipo D, ou seja a
maior parte dos resíduos gerados não precisam de tratamento térmico, e ainda poderiam ser
reciclados, pois não apresentam risco (PERS-RS, 2014).).
Diversos autores relatam que, dentre os resíduos sólidos, os RSS representam sérios riscos à
saúde e ao meio ambiente se manejados de forma inadequada, pois, além de contarem com a
presença de organismos patogênicos, podem comprometer a qualidade do solo e da água (ANVISA,
2018; COLESANTI e CASTRO, 2007; SHANMUGASUNDARAM; SOULALAY e CHETTIYPPAN,
2011; BUSNELLO; FRANÇA e SILVA, 2011).
www.firs.institutoventuri.org.br
2
Segundo Conrady et al. (2010), o padrão recomendado para porcentagem de resíduos infectantes
gerados nos hospitais deve ser de 15%. Entretanto, de acordo com os mesmos autores, pesquisas
têm mostrado muitos estabelecimentos gerando quase 70% de resíduos infectantes, resultados que
expressam as falhas do gerenciamento, especialmente na etapa de segregação.
As razões para as falhas no gerenciamento dos RSS são: falta de preocupação relacionada aos
resíduos perigosos dos RSS; inadequado treinamento para o gerenciamento de resíduos
apropriados; ausência de gerenciamento de resíduos e disposição; recurso financeiro e humano
insuficientes; e baixa prioridade dos gestores de Unidades de Saúde para o tópico (WHO, 2011;
HAKIM et al., 2012).
O Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS), anteriormente à criação da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), era regulamentado somente por resolução do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Devido à competência legal estabelecida pela Lei
9.782/1999, que criou a ANVISA, definiu sua competência de regulamentar os procedimentos
internos dos serviços de saúde, relativos ao GRSS. Dessa forma, a ANVISA publicou a Resolução
da Diretoria Colegiada (RDC) 306 em 2004, sobre GRSS, com a finalidade de estabelecer os
procedimentos internos nos serviços geradores de RSS e compatibilizar com a resolução do
CONAMA 358/2005, pois as resoluções anteriores divergiam em certos aspectos. Em 2018 a RDC
306 foi substituída pela RDC 222 de 2018 que trouxe novas diretrizes e posicionamentos em relação
ao GRSS (RDC 222, 2018).
A nova resolução definiu o GRSS como um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e
implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas legais, com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e proporcionar, aos resíduos gerados, um encaminhamento
seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos
recursos naturais e do meio ambiente (RDC 222, 2018).
O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é o documento que
aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde às etapas
de: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário,
armazenamento externo, coleta interna, transporte externo, destinação e disposição final
ambientalmente adequada. Deve considerar as características e riscos dos resíduos, as ações de
proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de empregar medidas
técnicas administrativas e normativas para prevenir acidentes (RDC 222, 2018).
Em estudo realizado em 2012, Hidalgo et al. (2013), constataram inexistência do PGRSS em 50
Unidades de Saúde analisadas em 11 municípios da Região Serrana Catarinense, problemática
evidenciada da mesma forma em um município baiano que não disponibilizava o Plano nas suas
Unidades de Saúde, bem como nos setores de assistência farmacêutica e de vigilância sanitária
(ALENCAR et al., 2014).
2. OBJETIVO
Este trabalho objetiva discutir os reflexos da atualização da RDC 306/2004 para a RDC 222/2018
da ANVISA, no que se refere ao cumprimento das obrigações desta normativa no que tange a
elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde e a adequação das
Unidades de Saúde na condução de suas mudanças.
3. METODOLOGIA
A RDC 222/2018 que revogou a RDC 306/2004 apresenta um panorama frente ao gerenciamento
de resíduos sólidos de serviço de saúde, destacando a atuação de alguns atores na temática
abordada, foi realizada uma análise comparativa entre as duas normas, e a sua aplicação em um
Hospital propõe compreender suas implicações, consequências e possibilidades, pois o HMNH é
referência para a região, sendo responsável por 20% do total de leitos disponíveis e 25% dos leitos
do Sistema único de Saúde (SUS) na região (CNES, 2016). Em relação às clínicas especializadas,
a região possui Neurologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia Geral para toda a região; outras
www.firs.institutoventuri.org.br
3
especialidades, como Nefrologia, Cardiologia Intervencionista, Oftalmologia Cirúrgica, Traumato-
Ortopedia e Urologia são referência para municípios de outras regiões.
Este estudo foi realizado no Hospital Municipal de Novo Hamburgo/RS (HMNH), gerenciado pela
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), uma instituição pública de direito privado
vinculada à prefeitura municipal através da secretaria de saúde. O Hospital, no período estudado,
contava com 240 leitos, realizando uma média mensal de 1.000 internações. Ele presta atendimento
ininterrupto em urgência e emergência, na sua totalidade pelo SUS. Atingiu em 2013, uma média
de 57.000 procedimentos ambulatoriais, distribuídos em diagnósticos, clínicos e cirúrgicos (SMS,
2017). O HMNH, que adotou este nome a partir de 2001, quando se tornou uma autarquia municipal
foi inaugurada em 1947, e é administrada pela FSNH desde 2009.
Quanto aos meios de coleta de dados, foi definido um cronograma de visitas à Unidade de Saúde
três vezes por semana em dias e turnos aleatórios durante um mês para evidenciar a aplicabilidade
da RDC 222/2018 em diferentes equipes de profissionais. Desta forma, pretende-se confirmar se
esta aplicabilidade é institucional. O mês definido pela direção do Hospital foi junho de 2018.
Durante as visitas, foi possível identificar visualmente a presença ou não das obrigatoriedades
exigidas pela resolução em todos os setores hospitalares, tanto assistenciais como administrativos,
internos e externos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A ANVISA publicou a RDC 306 em 2004, sobre GRSS, com a finalidade de estabelecer os
procedimentos internos nos serviços geradores de RSS e compatibilizar com a resolução do
CONAMA 358/2005, pois as resoluções anteriores divergiam em certos aspectos. A Resolução de
2004 tinha a obrigação de atender os princípios da prevenção de risco a saúde e meio ambiente
gerados pela atividade da prestação de serviços de saúde (RDC 222, 2018).
Passados alguns anos da entrada em vigor da RDC 306/2004, devido aos questionamentos
recebidos durante esse tempo, bem como a evolução das tecnologias e ainda a entrada em vigor
da Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), verificou-se a
necessidade de revisar essa RDC e publicar uma nova normativa que contemple as novidades
legais e tecnológicas que surgiram nesse período (ANVISA, 2018). A RDC 222 que entrou em vigor
em março de 2018, observa qual o campo da competência da vigilância sanitária, para não avançar
em competências, por exemplo, do órgão ambiental, pois se hoje um estabelecimento de saúde
buscar auditar e verificar o atendimento das legislações e normas vigentes sobre o tema,
certamente irá se deparar com alguns impasses e dificuldades no cumprimento de todo o arcabouço
legal de normas e padrões nacionais, estaduais e até municipal.
As resoluções definem quem são os geradores de resíduos de serviços de saúde abrangidos pela
norma, mantendo o que já estava vigente na RDC nº 306/2004 e enfatizando a inclusão dos serviços
de estética e embelezamento. Em seu parágrafo único do artigo 23, o texto da nova resolução
determina que o transporte destes RSS pode ser feito no próprio veículo utilizado para o
atendimento e deve ser realizado em coletores de material resistente, rígido, identificados e com
sistema de fechamento dotado de dispositivo de vedação, garantindo a estanqueidade e o não
tombamento.
Uma definição importante é que nos serviços de atenção domiciliar os RSS podem ser
transportados no mesmo veículo que faz o atendimento, pois a ANVISA (2018) considera os riscos
desse transporte mínimos, desde que respeitadas as condições de acondicionamento e transporte,
respeitando também, dentro do veículo, o espaço para os profissionais e colocando estes RSS num
local isolado do veículo, como o porta-malas por exemplo.
No Hospital Municipal de Novo Hamburgo, o PGRSS estava à disposição para consulta, mas
algumas informações foram omitidas, como as informações sobre os horários das coletas e o
quantitativo de resíduos gerados. Amarante, Rech e Siegloch (2017) enfatizam em seu estudo a
falta de planejamento dos estabelecimentos quanto à gestão de seus resíduos, pois a maioria
desconhece a quantidade de resíduos gerados. Apesar dos inúmeros problemas associados à
produção e ao descarte dos resíduos, ainda há poucas iniciativas para reduzir a geração de RSS e
www.firs.institutoventuri.org.br
4
preocupação com as consequências negativas à saúde e ao meio ambiente (MORESCHI et al.,
2014).
Conforme o Art. 15, os RSS do Grupo A não precisam ser obrigatoriamente tratados, mas quando
tratados, são considerados rejeitos e devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Os rejeitos,
tratados ou não, acondicionados em sacos brancos devem ser encaminhados para disposição final
ambientalmente adequada. Os resíduos dos Grupos A1, A2, A3 e A5, após tratamento, serão
acondicionados em saco branco ao invés do saco preto/cinza ou azul, mas mantém-se a dúvida se
serão considerados resíduos equivalentes aos domiciliares ou não perigosos, podendo resultar num
risco de provocar descontrole dos resíduos enviados aos aterros de resíduos Classe II.
No caso dos resíduos que supostamente não precisam ser tratados, como os do Grupo A4, são
considerados rejeitos mas a dubiedade do artigo está no risco de acondicionar em saco branco
leitoso para encaminhamento a disposição final estes resíduos, pois o saco branco com símbolo de
infectante é tradicionalmente um sinal de resíduo perigoso ou de risco biológico e neste cenário é
extremamente complexo a fiscalização e controle dos veículos que podem transportar, conforme os
requisitos de segurança das normas da Agência Nacional de Transportes (ANTT). Além disso, os
Aterros Sanitários utilizam como referência a cor do saco de acondicionamento juntamente com o
tipo de veículo para o controle da classe do resíduo que está recebendo, se perigoso ou não, este
controle é fragilizado no momento que recebem resíduos em sacos brancos identificados com risco
biológico.
O Art. 16 vincula a obrigatoriedade do tratamento dos RSS do Grupo A, ao acondicionamento em
sacos vermelhos. Em seu parágrafo único, é informado que esses sacos podem ser substituídos
pelo saco branco leitoso sempre que as regulamentações estaduais, municipais ou do Distrito
Federal exigirem o tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, exceto para
acondicionamento dos RSS do subgrupo A5. Este artigo delega aos estados e municípios a
definição da cor do saco (vermelho ou branco), suscitando diferentes interpretações, considerando
a substituição por saco branco somente se houver legislação referente ao tratamento, mas nos
Entes que não possuem legislação específica sobre a cor do saco, fica a dúvida se predomina cor
branca ou vermelha.
Se houver resíduos do grupo A4 na instituição sendo enviados a aterro sanitário (o que a lei
permite), estes devem ser acondicionados em sacos brancos. Tanto os sacos vermelhos quanto os
brancos usados no acondicionamento de RSS infectantes, devem ter o símbolo de risco biológico.
A RDC 222 prevê ainda uma simplificação, quando em determinado sistema de coleta de RSS
(abrangendo uma cidade ou região) todos os resíduos infectantes (Grupo A) são enviados para
tratamento, não sendo utilizada a solução de aterro sanitário, admite-se o uso do saco branco
mesmo para os RSS enviados para tratamento. Isso explica por que em muitas regiões, continuou-
se a usar apenas o saco branco (RDC 222, 2018).
O Art. 37 da RDC 222/2018 fala sobre armazenamento interno e não estava previsto na RDC nº
306/2004, pois esta é uma nova modalidade de armazenamento e foi criada para atender geradores
de resíduos dos grupos B e C que apresentam volumes pequenos de resíduos destes grupos, e
estes poderão ficar armazenados em um local específico dentro da própria área de trabalho. Com
isso, estes resíduos podem ficar armazenados até que haja um volume significativo que justifique o
custo com a coleta e o tratamento, respeitadas todas as condições inerentes às características
destes resíduos, como os níveis de dispensa para os rejeitos radioativos, estabelecidos pela
Comissão Nacional de Energia Nuclear.
O novo texto da norma procurou tornar mais clara a determinação de que quando não houver
indicação específica, o tratamento do RSS pode ser realizado dentro ou fora da unidade geradora.
Essa situação sempre foi motivo de questionamentos por parte dos geradores de RSS e da
vigilância sanitária. Para os RSS que precisarem de tratamento mais específico, será informado no
artigo respectivo onde deve se dar o tratamento, que pode ser no local em que este foi gerado, ou
dentro do estabelecimento como um todo, ou seja, não necessariamente no local em que o RSS foi
gerado, ou ainda fora do estabelecimento (RDC 222, 2018).
www.firs.institutoventuri.org.br
5
O Art. 42 define que as embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas
constem no Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como rejeitos e não precisam de
tratamento prévio à sua destinação. O problema deste texto se aplica na dificuldade de
compreensão se os resíduos de medicamentos estarão em alguma embalagem e essas estarão
contaminadas. Também, como suas embalagens primárias vazias podem ser consideradas rejeitos
e irem para aterro sanitário, possuem risco ou não, e no caso de não ter risco, por que não serem
encaminhados para reciclagem. Como serão descartados os produtos químicos contidos nessas
embalagens primárias no esgoto do estabelecimento de saúde é outro aspecto que deve ser
verificado, assim como, em relação ao profissional que deverá validar as técnicas de limpeza das
embalagens primárias contaminadas por produtos químicos para ir ao aterro sanitário.
O Grupo B possui como principal exemplo os produtos farmacêuticos que são desenvolvidos para
cura e tratamento de doenças, a fim de melhorar a saúde e aumentar a expectativa de vida das
pessoas. No entanto, seu uso e descarte inadequado favorecem sua introdução, e de seus
metabólitos, no ambiente aquático. Alguns desses fármacos e seus metabólitos não são
completamente removidos nos sistemas de tratamento de águas residuárias e podem persistir
tempo suficiente para atingir os sistemas de água de abastecimento. A exposição humana pode
ocorrer através do consumo de água e de organismos aquáticos contendo resíduos desses
medicamentos (CUNNINGHAM; BINKS e OLSON, 2009).
Embora seja obrigatória a segregação de todos os tipos de resíduos, preconizada pelo Art. 14 da
Resolução CONAMA nº 358/2005, percebeu‑se que o acondicionamento diferenciado dos RSS no
município pesquisado ocorre com maior relevância em relação ao grupo de resíduos biológicos
(Grupo A) e perfurocortantes (Grupo E). Isso porque foi informada a utilização apenas de sacos
brancos específicos (que se destinam aos resíduos biológicos) e caixas para perfurocortantes.
Outro fato relevante observado é que os resíduos com risco químico (Grupo B) gerados no
estabelecimento sequer foram mencionados na pesquisa, o que sinaliza que não têm recebido a
atenção necessária, sendo, provavelmente, descartados sem a devida segregação. Esses resíduos,
segundo a Resolução CONAMA nº 358/2005 e RDC 222/2018, podem ser perigosos por possuir
característica química de inflamabilidade, corrosividade, reatividade ou toxicidade, conforme
definido na NBR 10.004/2004, da ABNT, e devem ser submetidos a acondicionamento,
armazenamento, coleta, tratamento e disposição final específicos. Dentre os resíduos com risco
químico, podem‑se citar os produtos hormonais, antimicrobianos, quimioterápicos, antineoplásicos
e citostáticos, resíduos contendo metais pesados, alguns tipos de reagentes de laboratório, dentre
outros. A inexistência do gerenciamento dos resíduos químicos, detectada na pesquisa, demonstra
um cenário preocupante.
A nova RDC 222/2018 assumiu mais explicitamente uma postura que era apenas insinuada na
antiga RDC 306/2004, que é a da dupla (ou tripla) identificação. Nos artigos 74, 79 e, principalmente
o 88, que citam o uso de símbolos referentes à cada uma das características de periculosidade
apresentadas pelo resíduo. Importante citar que símbolos diferentes aplicados simultaneamente à
embalagem de resíduos podem representar mais de uma característica de periculosidade.
Esta abordagem é controversa pois envolve dificuldades, sendo o mais evidente delas, a
possibilidade de que, em contexto desfavorável, alguém veja um dos símbolos e, por algum motivo,
não veja o outro, gerando falha de informação. Normalmente, as pessoas não se dedicam a procurar
um segundo símbolo, após visualizar o primeiro. Isso poderia ser minimizado, destacando que os
símbolos deveriam ser aplicados lado a lado, bem juntos.
A exigência de dois símbolos é muito positiva, porque melhora a comunicação de risco, permitindo
informar ao trabalhador sobre todos os riscos a que ele está exposto, de forma que ele possa adotar
as medidas de segurança preconizadas. Se um resíduo é biológico (Grupo A) e químico (Grupo B),
usar apenas o símbolo de químico, tóxico, por exemplo, deixa o trabalhador desinformado em
relação ao rico biológico e, se ele tiver uma exposição à tal resíduo, não tomará precauções nesse
sentido, como a terapia profilática contra HIV.
Mas nas Unidades de Saúde, sem a identificação das diferentes características de periculosidade
envolvidas num determinado resíduo, não há como saber que há um segundo (e eventualmente
www.firs.institutoventuri.org.br
6
terceiro) risco. A perda definitiva desta informação após o encaminhamento do resíduo terá como
primeira consequência a impossibilidade de enviar esse resíduo para o tratamento correto, pois se
ele estiver identificado apenas como radioativo, não teremos como saber se ele é também infectante
ou químico.
A recomendação da RDC 222/2018 sobre a múltipla identificação, além de definir os riscos
presentes, é uma forma também de facilitar/direcionar o fluxo do resíduo desde sua geração até a
disposição final, fora da instituição. Na assistência feita no Hospital estudado a presença de
múltiplos riscos em um resíduo é constante. E para a proteção dos funcionários que manipulam os
resíduos, estes são orientados a usar os EPIs que os protejam de todos esses riscos, tais como
luvas, máscaras, aventais, calçados fechados e óculos além de seguir os cuidados recomendados
durante a coleta e o armazenamento.
A identificação do recipiente coletor com diversos símbolos de risco, certamente causará uma série
de transtornos, inclusive no momento da incineração pois ainda temos empresas que rejeitam o
resíduo químico se estiver identificado com o símbolo de risco biológico.
A realidade da RDC 222/2018, necessita de muito engajamento para iniciar uma mudança de
cultura, envolvimento que será possível com um plano de treinamento e capacitações continuados,
pois os funcionários de limpeza que fazem coleta interna e os que fazem a coleta externa de
resíduos possuem baixa escolaridade, isto dificulta identificar e reconhecer os símbolos e as cores,
mas às vezes confundem os símbolos, não prestam atenção nas cores e armazenam em locais
errados.
A Unidade de Saúde possui dupla identificação de seus resíduos, com riscos biológicos e riscos
químicos perigosos, os quais são encaminhados como resíduos do Grupo A. Ambos devem ser
tratados, porém, na realidade do Hospital de Novo Hamburgo, deveriam seguir fluxos diferentes
pois são tratados de forma distinta. A identificação deve considerar o risco e o fluxo, evitando assim,
erros de acordo com a realidade em que estou inserida.
Para adequação à RDC 222/2018 é necessário orientar os fabricantes para que sejam impressos
todos os símbolos nos coletores e para que sejam impressas outras orientações que facilitem o
manejo correto, ou até fabricar coletores com cores diferentes de acordo com o fluxo que cada
resíduo deverá seguir, desta forma, criar normas, mas existe a possibilidade de adaptar os coletores
existentes e acrescentar adesivos neles de identificação, a fim de reduzir custos com a compra de
novos coletores.
Resíduos químicos não são mais perigosos que biológicos, são perigos diferentes que precisam de
manejos diferentes, desde a geração até a disposição final e desta forma ao definir todas ações no
PGRSS, para garantir o manejo correto e seguro de cada tipo de resíduo gerado. A RDC 222/2018
definiu esta regra de dupla identificação que se tornou difícil e demorada para cumprir, pois não foi
pensado na operacionalização.
No modelo adotado no Brasil, tem-se adequado rigor científico, mas a classificação adotada tornou-
se pouco prática. Isso se evidencia quando se observa que RSS que estão classificados no mesmo
grupo, e até no mesmo subgrupo, estão obrigados a ter tratamentos diferentes. Assim, a normativa
brasileira confunde muito a grande maioria dos profissionais que buscam apenas saber como
gerenciar seus resíduos e não estão muito interessados em aspectos teóricos da microbiologia ou
infectologia.
Devido a este mesmo apego à fundamentação teórica, mas em detrimento dos aspectos
operacionais (o que torna sua popularização e aplicação muito complicada), as regulamentações
da CONAMA e da ANVISA falham ao não dar indicações simples sobre como classificar riscos
associados, como no caso de químicos e infectantes ou radioativos e químicos, entre outros. Para
resolver esse problema, poderia haver grupos definidos com base operacional, ou seja, agrupados
considerando a combinação de periculosidade com a forma de manejo e de destinação.
Da parte das organizações de saúde, existe o interesse em reduzir custos tratando apenas os
resíduos que justificadamente apresentem essa necessidade. Trata-se de disputa de interesses que
acontece em quase todo o mundo. A fundamentação teórica presente no texto da RDC 222/2018 é
bastante consistente e suficiente para dar conta da mediação dessas tensões, mas não parece que
www.firs.institutoventuri.org.br
7
se tenha a necessária estabilidade para planejar e gerenciar os sistemas de destinação dos RSS
sem uma normativa que contemple o caráter mais operacional, com regras mais claras e diretas.
Resumindo, no caso dos RSS químicos, a principal carência não é da RDC 222, e sim da legislação
ambiental nacional, que é deficiente em normas e regulamentações mais claras e aplicáveis.
Por fim a RDC busca encurtar o caminho para a responsabilização do profissional que tem efetivo
poder de decisão na organização. O responsável final pelo PGRSS e pelo gerenciamento dos
resíduos é o Responsável Técnico do estabelecimento. Se for um hospital, será um médico ou
enfermeiro, se for uma clínica odontológica, um dentista, assim por diante. Como nenhum
estabelecimento de assistência à saúde pode funcionar sem esse responsável técnico, isso
aumenta a responsabilidade do dirigente da organização pelas consequências de eventuais erros
no gerenciamento dos resíduos, ou seja, se algo der errado, ele será cobrado diretamente, sem
intermediários.
Esse tema causava muitos problemas para a vigilância sanitária porque a ANVISA não tem nenhum
poder sobre questões de exercício profissional, que são exclusividade dos conselhos de cada
categoria e, com isso, ficava sempre a dúvida sobre que profissional estaria habilitado por seu
conselho a se responsabilizar por cada tipo de situação envolvendo RSS e isso nunca ficou claro,
dada a diversidade de profissionais que atuam em serviços de saúde e a diversidade de processos
envolvendo o gerenciamento de resíduos.
No entanto, o Art. 22 da PNRS exige que as etapas dos Planos de Gerenciamento devem ser
elaborados e supervisionados por um responsável técnico devidamente habilitado, neste caso
existe uma relevante divergência, pois a Política Nacional subintende que o responsável deve ter
formação com os conhecimentos técnicos necessários, como engenheiros e gestores ambientais
que possuem todo o conhecimento para propor e acompanhar todas as etapas, por exemplo, se um
advogado ou um administrador pode se responsabilizar pelo PGRSS de um hospital. Afinal, se fosse
um engenheiro poderia ter facilidade com alguns aspectos técnicos, mas teria mais dificuldade com
questões jurídicas (advogado), ou de gestão (administrador). Num estabelecimento pequeno, o
próprio profissional de saúde, proprietário e/ou administrador pode assumir o PGRSS sem
comprometer sua aplicabilidade, mas um estabelecimento de alta complexidade, serão necessários
vários profissionais trabalhando em grupo e com boa coordenação.
Um Serviço de Nutrição e Dietética (SND) deve ter o nutricionista responsável, no SESMT o médico
do trabalho, no Laboratório, o biólogo ou bioquímico, mas para o PGRSS não existe uma associação
direta com determinada categoria profissional. Outro problema é quando ocorre não conformidades
relacionadas aos RSS numa unidade de saúde e, o órgão fiscalizador busca o responsável,
encontra o RT do PGRSS, mas este profissional muitas vezes, não está em posição de real
coordenação para assumir decisões.
5. CONCLUSÃO
O principal instrumento de gerenciamento de RSS encontra-se fragilizado por trazer metas,
obrigações e cuidados que não acompanharam a prática, principalmente nas pequenas Unidades
de Saúde, como salões de beleza, pequenos laboratórios e funerárias, que não possuem recursos
para a elaboração de um PGRSS, tão pouco sua implementação na íntegra. Portando, pode-se
afirmar que ainda há muito a ser feito visando uma situação sustentável em matéria de gestão de
resíduos de serviços de saúde. As limitações dos sistemas de informações sobre os RSS, como a
baixa divulgação, dificuldade de acesso, dados incompletos, entre outros, seja quanto sua geração
quanto sua destinação com suas corretas segregações, dificultam uma análise mais abrangente e
detalhada dos reflexos da RDC 222/2018 nesta escala de observação. Por fim, como observado no
estudo, o Hospital Municipal de Novo Hamburgo/RS ainda caminha lentamente para a efetivação
da RDC 222/2018 na integra, sendo identificadas ações pontuais, porém ainda não de forma
integrada. Para estudos futuros seria interessante, após aprofundamento, propor soluções para que
gerem efeitos concretos, observando os indicadores propostos pelo PGRSS.
A Resolução não é um regulamento que atende a todas as necessidades e o país segue carente
de aplicação e implantação da regulamentação na área de resíduos, no entanto, os
www.firs.institutoventuri.org.br
8
questionamentos sobre RSS biológicos, como o caso dos sacos brancos ou vermelhos, lançamento
em rede de esgoto, descarte de resíduos do Grupo A4 em aterros, são dubiedades que estão sendo
pacificadas nos campos sanitário e ambiental.
Nem sempre há a regulamentação no formato ideal, mas é preciso reconhecer sua importância no
bom funcionamento das instituições e sistemas produtivos, bem como na redução de impactos
ambientais negativos.
1. REFERÊNCIAS
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004: resíduos sólidos: classificação. Rio
de Janeiro, 2004.
ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2017. 2018. Disponível em: http://www.abrelpe.org.br/
Panorama/panorama2017.pdf. Acesso em: 12 maio 2019.
ALENCAR, T. O. S. et al. Descarte de medicamentos: uma análise da prática no Programa Saúde
da Família. Ciência e Saúde Coletiva, v. 19, n. 7, p. 2157-2166, 2014.
AMARANTE, J. A. S.; RECH, T. D.; SIEGLOCH, A. E. Gerenciamento de resíduos de medicamentos
e RSS. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 22, n. 2, p. 317-326, mar./abr. 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. RDC 222/18 – Regulamenta as Boas
Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Brasília,
2018.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC nº 222, de 28 de março de 2018
– Comentada – Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de
Saúde e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária,
cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 fev. 1999.
BRASIL. Lei Federal nº11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o
Saneamento Básico; altera (...) e dá outras providências.
BRASIL. Lei Federal n.º 12.305, de 02 de agosto de 2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União, Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, 10 de dezembro de
2004.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Resolução CONAMA n° 358, de 29 de
abril de 2005. Diário Oficial da União, 4 de maio de 2005. Seção 1, p. 63-65.
BUSNELLO, G. F.; FRANÇA, R. G.; SILVA, P. S. Diagnóstico do gerenciamento de resíduos sólidos
de serviços de saúde nas unidades básicas do município de Chapecó-SC. In: 26º Congresso
Brasileiro De Engenharia Sanitária Ambiental, 26 Anais eletrônicos... Porto Alegre: ABES, 2011.
CNES. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, 2016. Disponível em:
http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/cadastros-nacionais/cnes. Acesso em: 22 mar.
2018.
COLESANTI, N. F.; CASTRO, M. C. A. A. Subsídios para o gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde em municípios de médio porte: estudo de caso do município de Araraquara-SP. In:
Simpósio Internacional em Gestão Ambiental e Saúde, 2, São Paulo, 2007. Disponível em:
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/tcc/brc/67051/2008/colesanti_nf_tcc_rcla.pdf.
Acesso em: 20 maio 2019.
CONRADY, J. et al. Reducing medical waste. AORN Journal, v. 91, n. 6, p. 711-721, 2010.
Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001209210003327#. Acesso em:
1 mar. 2018.
CUNNINGHAM, V. L.; BINKS, S. P.; OLSON, M. J. Human health risk assessment from the presence
of human pharmaceuticals in the aquatic environment. Regulatory Toxicology and Pharmacology, v.
53, n. 1, p. 39‑45, 2009.
www.firs.institutoventuri.org.br
9
GONÇALVES, S. Revista Limpeza Pública. Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza
Pública – ABLP. São Paulo, SP. 4º Trimestre, p. 8-13, 2010.
HAKIM, S. T. et al. Reuses of Syringes: a social crime related to health care waste management.
2012. Disponível em:
http://academicjournals.org/article/article1380717978_Hakim%20et%20al.pdf/. Acesso em: 22 maio
2018.
HIDALGO, L. R. C. et al. Gerenciamento de resíduos odontológicos no serviço público. Revista de
Odontologia da UNESP, v. 42, n. 4, p. 243-250, 2013.
JUCÁ, J. F. T. Análise das Diversas Tecnologias de Tratamento e Disposição Final de Resíduos
Sólidos Urbanos no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão. Jaboatão dos Guararapes PE. Grupo
de Resíduos Sólidos. UFPE, 2014.
MIKITISH, J. P. Achieving Sustainability Through Existing Environmental Regulations. Arizona State
Law Journal, v. 43, n. 3, p. 835, out. 2011.
MORESCHI, C. et al. A importância dos resíduos de serviços de saúde para docentes, discentes e
egressos da área da saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 35, n.2, p. 20-26, 2014.
OGLIARI, E. M. Avaliação de duas Cooperativas de Catadores de resíduos Sólidos Urbanos para
Identificação de Parâmetros Operacionais e de Gerenciamento que Influenciam na Quantidade de
Rejeitos Gerados no Processo de Coleta e Triagem. 2015. Dissertação (mestrado) – Universidade
do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, 2015.
OLIVEIRA, J. M. Análise do Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde nos Hospitais de
Porto Alegre. 2002. 102 f. Dissertação (Mestrado) – UFRGS, Escola de Administração, 2002.Plano
Estadual de Resíduos Sólidos Rio Grande do Sul PERS – RS. Porto Alegre, 15 de outubro de 2014.
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE (SMS). Dados do HMNH. Novo Hamburgo, 2017. Disponível
em: https://www.novohamburgo.rs.gov.br/saude. Acesso em: 20 jan. 2018.
SHANMUGASUNDARAM, J.; SOULALAY, V.; CHETTIYPPAN, V. Geographic information system-
based healthcare waste management planning for treatment site location and optimal transportation
routeing. International Solid Waste Association – ISWA, 2011. Disponível em:
http://wmr.sagepub.com/content/30/6/587.full.pdf+html. Acesso em: 04 out. 2018.
WHO. Patel A. Preventing tubing and catheter misconnections. J Clin Eng, v. 33, n. 2, p. 82-4, 2008.
World Health Organization. Patient safety solutions. 2007. Disponível em:
http://www.who.int/patientsafety/solutions/patientsafety/PS-Solution7.pdf. Acesso em: 11 abr. 2018.
WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Waste From Health – care activities. Factsheet nº 253.
Geneva: WHO, 2011. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs253/en/. Acesso
em: 15 mar. 2018.
www.firs.institutoventuri.org.br
10