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A.3 - Geometria do tanque séptico
Alterações: diâmetro interno mínimo passa a ser 1,10m
Tabela A.3 - profundidades úteis mínima e máxima, por faixa de volume útil.
Sem alterações, mas aproveito para destacar que desde a norma anterior Fossa Séptica não precisa ter mais de 2,80m de profundidade
útil, a perda de eficiência no tratamento por falta de contato no lodo com o uso de pequeno diâmetro e grandes profundidades não traz
benefício ao sistema, além de ser perigoso de ser instalado e estar em desacordo com a norma.
A.5 c) tampa de inspeção/acesso localizada sobre dispositivo de entrada, com diâmetro mínimo de 0,60m.
Nova norma deixando claro a necessidade de inspeção e não apenas o popular respiro sobre a tampa da Fossa Séptica.
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Figura A2 - Esquema representativo de tanque séptico circular com tê, opção com séptico
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Alteração aqui é o uso de Tê, ao invés de cotovelo. Sou contrário a essa atualização visto a formação de gases na Fossa Séptica/Tanque
Séptico, que se na edificação não houver ramal de ventilação (veja nosso post sobre o assunto), haverá retorno de odores para o interior
da edificação.
Outra alteração, mas essa bem-vinda é a determinação do prolongador abaixo do Tê, de 1/3 da profundidade útil.
E a inclusão de tubo guia de limpeza, sinceramente é interessante na teoria, mas na aplicação em obra um custo a mais sem muito
benefício prático, e duvido que a equipe de limpa-fossa se utiliza do recuso quando tem uma inspeção para acesso ao tanque.
Figura A.3 - uso de filtro na saída do tanque séptico. Mais um item interessante na teoria, mas de díficil aplicação e cuidado no uso. Se
aplicado só será lembrado que existe quando houver a extravasão de esgoto.
Anexo D - Filtro anaeróbio de leito fixo com fluxo ascendente, filtro anaeróbio.
Assim como no Tanque séptico, houve ajuste nos termos da fórmula, e o tempo de detenção tem uma tabela específica agora em função
da temperatura mínima, na pratica em algumas simulações a variação no volume necessário é pequena, sendo uma alteração quase que
inútil na nova NBR.
Ponto a favor é a abertura a outros meios de suporte (substitutos da brita), que possam ter melhor desempenho e reduzir o volume
necessário.
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Vu = Iv x N x q x T
Vu é o volume útil, expresso em litros (L);
Iv é a taxa de compensação pelo volume ocupado pelo material do meio suporte, depende do índice de vazios do material aplicado. Na
indefinição da taxa para o material específico, adotar 1,6.
N é o número de contribuintes, expresso em unidade (ud);
q é a contribuição de efluentes, expressa em litros/unidade/dia (L/ud/dia);
T é o tempo de detenção hidráulica, expresso em dias (d) - ver a Tabela D.1.
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Anexo K - Disposição final do efluente líquido tratado no solo em sumidouro
Alteração nos termos da fórmula
Qprojeto = N x q fórmula padrão
Q é a vazão, expresso em litros (L);
N é o número de pessoas ou unidades de contribuição, expressa em unidades (ud);
q é a contribuição de efluente (esgoto), expressa em litros/unidade/dia (L/ud/d);
Limitação na profundidade dos sumidouros de até 3,50m, aqui achei muito pertinente, é algo que defendo em que a quanto mais se
aprofunda, mais o solo passa a ser úmido e/ou compactado, o que resulta em menor capacidade de infiltração. Além do risco em
executar sumidouros profundos, estes passam a ser ineficientes em profundidades maiores.
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Distâncias dos sumidouros:
Entre sumidouros deve haver 3 vezes o diâmetro. exemplo para sumidouro de 1,50m a distância entre eles será de 4,50m entre as faces.
Algo muito bem vindo, já adotávamos algo próximo a isso, a proximidade entre sumidouros quando não respeitado esse distanciamento
interfere diretamente na eficiência do sumidouro.
1,50m de muros e divisas
3,00m de edificações e fundações
5,00m de taludes
K.3.1.8 - Alternância de uso
Agora a norma exige a instalação de no mínimo 2 sumidouros, cada um com 100% da capacidade necessária, ou então 3 sumidouros,
cada um com 50% da capacidade necessária, isso para que possa haver a alternância no uso. Concordo muito com essa alteração, um dos
maiores problemas na aplicação deste sistema e a perda da capacidade de infiltração do solo com o passar do uso, a alternância permite
essa recuperação e com isso o sistema passa a ser praticamente eterno* (* se mantido mesma contribuição do dimensionamento,
manutenções periódicas e alternância dos sumidouros, o sistema não terá fim).
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Inspeção no sumidouro, não há um tópico específico na norma, porém temos desenho representando a necessidade de inspeção. Acho
bem-vindo, em industrias é algo tranquilo de ser aplicado, em residênciasvejo resistência visto muitos cliente optarem em esconder até as
inspeções de Fossa Séptica e Filtro Anaeróbio.
Anexo L - Disposição final do efluente líquido tratado no solo em vala de infiltração
Esta norma trouxe mais clareza a especificação de valas de infiltração, segue a mesma fórmula do sumidouro e a necessidade de
alternância com 2 valas com 100% da capacidade necessária ou 3 valas cada uma com 50% da capacidade necessária.
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Anexo N - Procedimento para estimar a capacidade de percolação do solo (k)
Muito bem-vindo essa revisão também, algo que já temos aplicado em muitos sistemas a realização do ensaio de infiltração da muito mais
segurança ao dimensionamento.
Um breve exemplo, para a infiltração de 1000 litros por dia conformo os solos a seguir.
Solo argiloso coeficiente de 40 litros/m².dia temos a necessidade de 25m² de área de infiltração.
Solo típico da região de Sorocaba/SP coeficiente de 70 litros/m².dia temos a necessidade de 14,28m² de área de infiltração.
Solo arenoso coeficiente de 140 litros/m².dia temos a necessidade de 7,14m² de área de infiltração.
Isso demonstra que o solo é determinante no correto dimensionamento da etapa de infiltração, um sistema subdimensionado gera altos
custos com limpezas desnecessárias, e um sistema superdimensionando pode impactar num alto custo de implantação, custo que pode
ser absorvido facilmente com a realização do ensaio.
Outros pontos interessantes a nova NBR trouxe como outras soluções de tratamento como as WETLANDS, VERMIFILTRO E TANQUE
DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO, novas possibilidades agora normatizadas.
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