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INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DE MOÇAMBIQUE

CONTABILIDADE AGRÁRIA /4˚ Ano/1° Semestre 2025

UNIDADE V: DEPRECIAÇÃO NA AGROPECUÁRIA

1. INTRODUÇÃO

A depreciação na agropecuária é o reconhecimento da perda de valor de activos


tangíveis utilizados na actividade rural, como tratores, colhedeiras, animais de
trabalho e reprodutores, culturas permanentes e até florestas.

Juntamente com exaustão (recursos naturais) e amortização (bens intangíveis ou


direitos), forma um trio de conceitos essenciais para a contabilidade rural
moderna.

2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS

� 2.1 Depreciação

 Aplica-se a bens tangíveis com vida útil limitada (máquinas, tratores, animais
de reprodução).
 Representa o custo do desgaste ou uso dos bens ao longo do tempo.
 Método mais comum: linha reta.

2.1.1 DEPRECIAÇÃO DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS (tratores, máquinas)

A depreciação é calculada com base nas horas de uso, não em anos.


Vida útil: trator de pneus = 8.000 h;

trator de esteira = 9.000 h.

Valor depreciável dividido pelo total de horas estimadas


Máquinas e implementos agrícolas como tratores, roçadeiras e colhedeiras não são
usados continuamente. Por isso, calcula-se a depreciação por hora de uso e não
apenas por ano.

Fórmula:

Exemplo 1 – Implemento Agrícola

Dados:

 Trator de pneus: 800.000 Mt


 Vida útil: 8.000 horas
 Uso anual: 1.200 horas

Solução:

a) Depreciação por hora=800.000/8.000h=100 Mt/h

b) Depreciação anual=100×1.200=120.000

 registro contabilistico (6.5 a 3.8)

� 2.2 Amortização

 Refere-se a direitos e bens intangíveis.


 Exemplo: direito de explorar floresta de terceiro por tempo determinado.
 O valor é apropriado proporcionalmente ao longo do contrato.

� 2.3 Exaustão

 Aplicável a recursos naturais exauríveis: florestas, canaviais, pastagens.


 Calculada com base na porção extraída em relação ao volume total.
 Exemplo: reflorestamento para corte, cultura de cana-de-açúcar.
2.3.1. EXAUSTÃO DE CULTURAS E FLORESTAS

➤ Florestas para corte

 A cada colheita, calcula-se a proporção de árvores cortadas em relação ao


total.
 Aplica-se essa proporção ao valor contabilistico da floresta.

Exaustão florestal (ex: reflorestamento)

A cada corte de árvores, calcula-se a proporção extraída da floresta.


Essa porcentagem é aplicada ao valor do ativo florestal no balanço.
Divide-se o valor total da floresta pelo número total de cortes previstos

Exemplo 2 – Exaustão Florestal

Dados:

 Total de árvores: 10.000


 Valor da floresta: 100.000 Mt
 Árvores cortadas: 4.800

Solução:

a) 4.800/10.000=48%

b) Exaustão=48%×100.000=48.000 Mt

➤ Cana-de-açúcar (cultura permanente)

 Cultura plantada que permite 3 a 4 cortes por ciclo.


 A quota de exaustão é proporcional ao número de cortes.

Exaustão da cana-de-açúcar

A cultura é registrada como ativo permanente e sofre exaustão por corte.


A cada safra, aplica-se a taxa de exaustão proporcional ao número de cortes.
Caso a colheita não termine no ano, calcula-se a proporção extraída.

Exemplo 3 – Exaustão de Cana-de-Açúcar

Dados:

 Custo do canavial: 120.000 Mt


 Cortes previstos: 3
 Área total: 2.800 ha
 Área colhida: 1.200 ha

Solução:

a) Quota por corte=100/3=33,33%

b) 1.200ha/2.800ha=42,86%

c) Exaustão do ano=33,33%×42,86%=14,28%

Valor da exaustão=120.000×14,28%=17.136 Mt

Se o corte ainda não foi concluído no exercício, calcula-se a proporção colhida até o
momento.

3. DEPRECIAÇÃO NA PECUÁRIA
Aplica-se a:

 Animais reprodutores (touros, matrizes)


 Animais de trabalho (bois de tração)

5. Gado reprodutor (depreciação animal)

Aplica-se a touros, vacas matrizes e animais de tração.


O método mais comum é o da linha reta com valor residual no abate.
A vida útil varia conforme a raça: de 5 a 10 anos.

Considerações:

 Método mais utilizado: linha reta


 Valor residual: baseado no peso x preço de arroba ao fim da vida útil
 A vida útil varia conforme raça e tipo:

Tipo de animal Vida útil (anos)

Gado reprodutor mestiço 5


Gado matriz mestiça 7
Gado reprodutor puro 8
Gado matriz pura 10

O valor residual pode ser calculado com base no peso e valor de mercado por
arroba.

Dados:

 Valor de compra: 55.000 Mt


 Vida útil: 10 anos (8 de monta + 2 coleta de sêmen)
 Valor residual: 6.000 Mt

Solução:
a) Valor depreciavel=55.000−6.000=49.000

b)Depreciação anual=49.000/10=4.900 Mt/ano

c) valor liquido 55.000−(4.900)=50.100,00

Estimativa de duração de Construções e Melhoramentos

Vida média produtiva de alguns animais


Duração média de Máquinas e Equipamentos
imposto sobre o rendimento- Quatro anos – 25% ao ano
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

 Marion, J. C.(2005). Contabilidade Rural - Contabilidade agrícola, contabilidade da


Pecuária, Imposto de renda, Pessoa Jurídica, 8ª. Edição, São Paulo: Atlas.
 Marion, J. C. & Santos, G. J. dos. (1993). Administração de Custos na Agropecuária.
São Paulo: Atlas
 Crepaldi, S. A. (1993). Contabilidade Rural, Uma abordagem gerencial. São Paulo:
Atlas.
Carneiro, E. (1960). Contabilidade Rural. São Paulo: Biblioteca do Contador. Edições
financeiras, Vol. 3.
 Valle, F. (1985). Manual de Contabilidade Agrária. São Paulo: Atlas.
 Valle, f. & Aloe, A. (1981). Contabilidade Agrícola, 7ª edição, São Paulo: Atlas.
 Decreto nº 70/2009 de 22 de Dezembro “Sistema de Contabilidade para o Sector
Empresarial de Mocambique”PGC-NIRf

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