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Remédios Constitucionais

Direito Constitucional

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Remédios Constitucionais

Profª Roberta Piluso


E-mail: [email protected]
Mandado de Segurança
CRFB/88: Art. 5º, LXIX. “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público”. regulado atualmente pela Lei nº 12.016/09.

Abrangência: Dessa forma, excluindo a proteção de direitos inerentes à liberdade de locomoção e ao


acesso ou retificação de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, através do mandado de
segurança, busca-se a invalidação de atos de autoridade ou a suspensão dos efeitos da omissão
administrativa, geradores de lesão a direito líquido e certo, por ilegalidade ou abuso de poder.
Mandado de Segurança
Rito e natureza: O MS é ação judicial de rito especial. Tem natureza civil, e é cabível contra o
chamado “ato de autoridade”, ou seja, contra ações ou omissões do Poder Público e de particulares no
exercício de função pública (como o diretor de uma universidade, por exemplo). Destaque-se que,
mesmo sendo ação de natureza civil, o mandado de segurança poderá ser usado em processos penais.

Direito Líquido e Certo: O direito líquido e certo é aquele que pode ser demonstrado de plano
mediante prova pré-constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito
“manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da
impetração”. Importante lembrar a correção feita pela doutrina em relação à terminologia empregada
pela Constituição, na medida em que todo direito, se existente, já é líquido e certo. Os fatos é que
deverão ser líquidos e certos para o cabimento do writ. Não há dilação probatória (prazo para
produção de provas)
Mandado de Segurança
Questão complexa/difícil: Havendo prova pré-constituída, não importa se a questão jurídica é difícil,
complexa ou controvertida.

Súmula nº 625 do STF: “controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de
segurança.” o que se exige é que o fato esteja claro, pois o direito será certo se o fato a ele
correspondente também o for.

Ilegalidade ou abuso de poder: O cabimento do MS dá-se quando perpetrada ilegalidade ou abuso de


poder por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público. Portanto, tanto os atos vinculados quanto os atos discricionários são atacáveis por mandado
de segurança, porque a Constituição Federal e a lei ordinária, ao aludirem a ilegalidade, estão se
referindo ao ato vinculado, e ao referirem a abuso de poder estão se reportando ao ato discricionário.
Mandado de Segurança
Legitimado ativo, sujeito ativo ou impetrante: é o detentor de direito liquido e certo não amparado
por HC e Habeas Data. Assim, dentro do rol de direito líquido e certo incluem-se: pessoas físicas
(brasileiras ou não, residentes ou não, domiciliadas ou não), jurídicas, órgãos públicos
despersonalizados, porém com capacidade processual (Chefias dos Executivos, Mesas do Legislativo),
universalidade de bens e direitos (espólio, massa falida, condomínio), agentes políticos (governadores,
parlamentares), o Ministério Público etc.

Legitimado passivo, sujeito passivo ou impetrado: é a autoridade coatora, responsável pela


ilegalidade ou abuso de poder, autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.

Lei nº 12.016/09: Art. 6º, §3o. “Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato
impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”.
Mandado de Segurança
Lei nº 12.016/09: Art. 1º, §1o. “Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem
como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder
público, somente no que disser respeito a essas atribuições”.
Lei nº 12.016/09: Art. 1º, §2o. “Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial
praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de
concessionárias de serviço público.”
Competência: dependerá da categoria da autoridade coatora e sua sede funcional, sendo definida nas
leis infraconstitucionais, bem como na própria CF.
CRFB: Art. 102, I, “d”. “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: [...] o mandado de segurança e
o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio
Supremo Tribunal Federal”.
Mandado de Segurança
CRFB: Art. 102, II, “a”. “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: II – julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de
segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
Superiores, se denegatória a decisão;”
CRFB: Art. 105, I, “b”. “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar e julgar,
originariamente: [...] os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado,
dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
CRFB: Art. 105, II, “b”. “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – julgar, em recurso ordinário:
[...] b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatórias as decisões”.
CRFB: Art. 108, I, “c”. “Compete aos Tribunais Regionais Federais: I – processar e julgar,
originariamente: [...] os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de
juiz federal”.
Mandado de Segurança
CRFB: Art. 109, VIII. “Aos juízes federais compete processar e julgar: os mandados de segurança e
os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais
federais”.
Lei nº 12.016/09: Art. 2º. “Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem
patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou
entidade por ela controlada”.
CRFB: Art. 114, IV. “Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: [...] IV – os mandados de
segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição”.
CRFB: Art. 121, §§ 3º e 4º. “§3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo
as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
§4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: [...] V –
denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
Mandado de Segurança
Repressivo X Preventivo: O MS pode ser repressivo de ilegalidade ou abuso de poder já praticados,
ou preventivo, quando estivermos diante de ameaça a violação de direito líquido e certo do impetrante.
Muitas vezes, para evitar o perecimento do objeto, o impetrante poderá solicitar concessão de liminar.

Lei nº 12.016/09: Art. 7º, III. “Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: [...] III - que se suspenda o ato
que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução,
fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica”.
Mandado de Segurança
Prazo: O prazo para impetração do mandado de segurança, de acordo com o art. 23 da lei, é de 120
dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato a ser impugnado. não é passível de suspensão ou
interrupção.

STF: Posiciona-se pela natureza decadencial do prazo, mesmo porque o que se opera é a extinção do
prazo para impetrar o writ, e não a extinção do próprio direito subjetivo, que poderá ser amparado por
qualquer outro meio ordinário de tutela jurisdicional (RMS 21.362).

Súmula nº 632/STF: “É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de
mandado de segurança”.

Súmula nº 266/STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”.


Mandado de Segurança
MS Coletivo: A grande diferença reside no objeto e na legitimidade ativa. As ponderações sobre
“direito líquido e certo”, “ilegalidade e abuso de poder”, “legitimação passiva”, “campo residual”, já
examinadas, deverão ser adotadas no estudo do mandado de segurança coletivo.
Objeto: visa a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data
(campo residual), contra atos ou omissões ilegais ou com abuso de poder de autoridade, buscando a
preservação (preventivo) ou reparação (repressivo) de interesses transindividuais, sejam os individuais
homogêneos, sejam os coletivos.
Lei nº 12.016/09 : Art. 21, parágrafo único. “Os direitos protegidos pelo mandado de segurança
coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de
natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica básica; II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito
desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de
parte dos associados ou membros do impetrante.”
Mandado de Segurança
CRFB/88: Art. 5º, LXX. “o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político
com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados”.
Partidos Políticos: bastará a existência de um único parlamentar na Câmara ou Senado, filiado ao
partido, para que se configure a “representação no Congresso Nacional”. Há entendimento no sentido
de que o partido político pode defender qualquer direito inerente à sociedade, pela própria natureza do
direito de representação. O STJ, porém, não segue essa tendência:
STJ: “Quando a Constituição autoriza um partido político a impetrar mandado de segurança coletivo,
só pode ser no sentido de defender os seus filiados e em questões políticas, ainda assim, quando
autorizado por lei ou pelo estatuto. Impossibilidade de dar a um partido político legitimidade para vir a
Juízo defender 50 milhões de aposentados, que não são, em sua totalidade, filiado ao partido e que não
autorizam ao mesmo tempo impetrar mandado de segurança em nome deles” (MS 197/DF).
Mandado de Segurança
Lei nº 12.016/09: Art. 21, caput. “O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido
político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a
seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de
direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos
seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização
especial.”

Org. sindicais, entidades e associações: deverão preencher os requisitos (“estar legalmente


constituída” e “atuar na defesa dos interesses dos seus membros ou associados”). O requisito de
estarem em funcionamento há pelo menos 1 ano é exclusivo das associações, não sendo exigida
referida pré-constituição anual para os partidos políticos, organizações sindicais e entidades de classe.
Mandado de Segurança
STF: “Tratando-se de mandado de segurança coletivo impetrado por sindicado, é indevida a exigência
de um ano de constituição e funcionamento, porquanto esta restrição destina-se apenas às associações,
nos termos do art. 5º, LXX, ‘b’, in fine, da CF” (RE 198.919-DF. Inf. 154/STF).

Org. sindicais, entidades e associações [cont.]: acompanhando o STF, entende-se que não há
necessidade de autorização dos membros ou associados, desde que haja previsão expressa no estatuto
social.

Pertinência temática: Ao se referir à defesa dos interesses dos membros ou associados, a


Constituição determinou a necessária existência de pertinência temática do objeto da ação coletiva
com os objetivos institucionais do sindicato, entidade de classe ou associação. Cuida-se de verdadeira
substituição processual (legitimação extraordinária) das entidades representando direitos alheios de
seus associados.
Mandado de Segurança
STF: “concluindo julgamento de uma série de recursos extraordinários nos quais se discutia sobre o
âmbito de incidência do inciso III do art. 8º da CF/88 (‘ao sindicato cabe a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judicias ou administrativa’)
[...], conheceu dos recursos e lhes deu provimento para reconhecer que o referido dispositivo assegura
ampla legitimidade ativa ad causam dos sindicatos como substitutos processuais das categorias que
representam na defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais de seus integrantes.” (RE
193.503/SP; RE 208.983/SC; RE 213.111/SP, dentre outros).

Objetivos: Os dois objetivos buscados com a criação do mandado de segurança coletivo são: I.)
fortalecimento das organizações classistas; II.) pacificar as relações sociais pela solução que o
Judiciário dará a situações controvertidas que poderiam gerar milhões de litígios com a consequente
desestabilização da ordem social.
Habeas Data
CRFB/88: Art. 5º, LXXII. “conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;”

Interpretação: A garantia constitucional do habeas data, regulamentada pela Lei nº 9.507/97, destina-
se a disciplinar o direito de acesso à informações, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público, para conhecimento ou retificação (tanto informações
erradas como imprecisas, ou, apesar de corretas e verdadeiras, desatualizadas), todas referentes a
dados pessoais, concernentes à pessoa do impetrante.
Habeas Data
Não abrange certidões: Essa garantia não se confunde com o direito de obter certidões (art. 5º,
XXXIV, “b”), ou informações de interesse particular, coletivo ou geral (art. 5º, XXXIII). Havendo
recusa no fornecimento de certidões (para defesa de direitos ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal, próprio ou de terceiros), ou informações de terceiros, o remédio próprio é o
mandado de segurança, e não o habeas data. Se o pedido for para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, aí sim o remédio será o habeas data, isto é, este remédio
ampara o simples desejo de conhecer as informações relativas à pessoa, independentemente da
demonstração de que elas se prestarão à defesa de direitos.

Legitimidade ativa: qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá ajuizar a ação constitucional de
habeas data para ter acesso às informações a seu respeito.
Habeas Data
Legitimidade passiva: o polo passivo será preenchido de acordo com a natureza do banco de dados.
Em se tratando de registro ou banco de dados de entidades governamental, o sujeito passivo será a
pessoa jurídica componentes da administração direta e indireta do Estado. Na hipótese de registro de
banco de dados de entidade de caráter público, a entidade que não é governamental, mas, de fato,
privada, figurará no polo passivo da ação.

Lei nº 9.507/97: Art. 1º, parágrafo único. “Considera-se de caráter público todo registro ou banco de
dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam
de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações”.
Habeas Data
SPC: Assim, perfeitamente enquadradas as empresas privadas de serviço de proteção ao crédito (SPC)
no polo passivo na ação de habeas data. O próprio CDC, em seu art. 43, §4°, estabelece que os bancos
de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são
considerados entidades de caráter público”.

Procedimento: O art. 8º da Lei nº 9.507/97 exige prova da recusa de informações pela autoridade, sob
pena de, inexistindo pretensão resistida, a parte ser julgada carecedora da ação, por falta de interesse
processual. Além disso, o art. 21 da lei, em cumprimento ao art. 5º, LXXVII da CRFB/88, previu
serem gratuitos o procedimento administrativo para acesso a informações e retificação de dados e para
anotações de justificação, bem como a ação de habeas data.
Habeas Data
Competência: As regras sobre competência estão previstas na Constituição e no art. 20 da Lei nº
9.507/97.

CRFB/88: Art. 102, I, “d”. “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: [...] d) [...] o habeas data contra
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal
Federal”.

CRFB/88: Art. 102, II, “a”. “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I – julgar, em recurso ordinário: [...] a) [...] o habeas data e o mandado de
injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.
Habeas Data
CRFB/88: Art. 105, I, “b”. “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar e julgar,
originariamente: [...] b) [...] o habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.

CRFB/88: Art. 108, I, “c”. “Compete aos Tribunais Regionais Federais: I – processar e julgar,
originariamente: c) [...] os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal”.

CRFB/88: Art. 109, VIII. “Aos juízes federais compete processar e julgar: VIII – [...] os habeas
data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais”.

TSE: julga, em grau de recurso, habeas data denegado pelo TRE (art. 121, §4º, V).
Estado: a competência será definida pela Constituição Estadual.
Habeas Data – Aplicação na
prática
HD nº 0000586-19.2012.04.01.3600/MT (TRF1): A 5ª Turma do TRF1, por unanimidade, confirmou
sentença que concedeu HD à microempresa, determinando à Receita Federal que apresente, no prazo
de 15 dias, informações referentes ao impetrante contidas no sistema conta-corrente. O relator,
desembargador federal Souza Prudente, entendeu que a sentença não merece reparo, pois o HD
“assegura o acesso às informações relativas à pessoa do impetrante, constantes dos registros públicos
ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público (art. 5º, LXXII, ‘a’), como no
caso dos autos, em que a empresa quer ter acesso a seus dados, em poder da Receita Federal, contidos
no sistema de conta-corrente para demonstração de eventuais créditos em seu favor no período de
1990 a 2010”.
Habeas Corpus
CRFB/88: Art. 5º, LXVIII. “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder”.

Histórico: foi a primeira garantia de direitos fundamentais, concedida por “João Sem Terra”, monarca
inglês, na Magna Carta, em 1215, e formalizada, posteriormente, pelo Habeas Corpus Act, em 1679.
No Brasil, a primeira manifestação o instituto deu-se em 1821, através de um alvará emitido por Dom
Pedro I, pelo qual se assegurava a liberdade de locomoção. A terminologia “habeas corpus” só
apareceria em 1830, no Código Criminal. Foi garantido a partir de 1891, permanecendo nas
Constituições subsequentes, inclusive na de 1988, conforme dispositivo acima citado.
Habeas Corpus
Partes: o autor da ação constitucional de HC recebe o nome de impetrante; o indivíduo em favor do
qual se impetra, paciente (podendo ser o próprio impetrante), e a autoridade que pratica a ilegalidade
ou abuso de poder, autoridade coatora ou impetrado.

Impetrante: pode ser qualquer pessoa física (nacional ou estrangeira) em sua própria defesa, em favor
de terceiro, podendo ser o Ministério Público ou mesmo pessoa jurídica (mas, é claro, em favor de
pessoa física).

Magistrado: na qualidade de juiz de direito, no exercício da atividade jurisdicional, a Turma Recursal,


o Tribunal poderão concedê-lo de ofício, em exceção ao princípio da inércia do órgão jurisdicional.
Cuidado: o juiz de direito, o desembargador, os Ministros, quando não estiverem exercendo a
atividade jurisdicional, impetrarão, e não concederão de ofício, naturalmente, o habeas corpus, já que
atuando como pessoa comum.
Habeas Corpus
Forma e Advogado: referida ação pode ser formulada sem advogado, não tendo de obedecer a
nenhuma formalidade processual ou instrumental, sendo, por força do art. 5º, LXXVII, gratuita.

CRFB/88: Art. 5º, LXVIII. “são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei,
os atos necessários ao exercício da cidadania”.

Particular: Pode o HC ser impetrado para trancar ação penal ou inquérito policial, bem como em face
de particular, como no clássico exemplo de hospital psiquiátrico que priva o paciente de sua liberdade
de ir e vir, ilegalmente, atendendo a pedidos desumanos de filhos ingratos que abandonam os pais.

Competência: O órgão competente para apreciar a ação de HC será determinado de acordo com a
autoridade coatora, e a Constituição prevê algumas situações atribuindo previamente a competência a
tribunais, em razão do paciente:
Habeas Corpus
CRFB/88: Art. 102, I, “d”. “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: d) o habeas corpus, sendo paciente
qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores [alínea “b” – Presidente da República, Vice-
Presidente da República, membros do Congresso Nacional, Ministros do STF e o Procurador-Geral da
República; alínea “c” – Ministros de Estado, Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica,
membros dos Tribunais Superiores, do TCU e chefes de missão diplomática de caráter permanente];
[...].

CRFB/88: Art. 102, I, “i”. “o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o
coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância.”
Habeas Corpus
CRFB/88: Art. 102, II, “a”. “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: II – julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de
segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
Superiores, se denegatória a decisão”.

CRFB/88: Art. 105, I, “c”. “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar e julgar,
originariamente: [...] c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea "a“ [Governadores dos Estados e do Distrito Federal; desembargadores dos
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; membros dos Tribunais de Contas dos Estados
e do Distrito Federal, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do
Trabalho; membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público
da União que oficiem perante tribunais], ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição,
Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral.”
Habeas Corpus
CRFB/88: Art. 105, II, “c”. “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II –julgar, em recurso
ordinário: [...] a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for
denegatória.”
CRFB/88: Art. 108, I, “d”. “Compete aos Tribunais Regionais Federais: I – processar e julgar,
originariamente: [...] d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal.”
CRFB/88: Art. 108, II. “Compete aos Tribunais Regionais Federais: II – julgar, em grau de recurso, as
causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da
área de sua jurisdição.”
CRFB/88: Art. 109, VII. “Aos juízes federais compete processar e julgar: VII – os habeas corpus, em
matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos
não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição.”
Habeas Corpus
Espécies: o HC será preventivo quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (a restrição à locomoção ainda não se
consumou). Nessa situação poder-se-á obter um salvo-conduto para garantir o livre trânsito de ir e vir.
Quando a constrição ao direito de locomoção já se consumou, estaremos diante do HC liberatório ou
repressivo, para cessar a violência ou coação.

CRFB/88: Art. 142, §2º. “Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.”
Para o STF, no entanto, essa impossibilidade não abrange o exame de pressupostos de legalidade
(hierarquia, poder disciplinar, ato ligado à função e pena suscetível de ser aplicada disciplinarmente –
HC 70.648).
Habeas Corpus
HC Coletivo: A doutrina debate acerca do cabimento do habeas corpus coletivo, isto é, quando
impetrado em favor de pacientes não integralmente identificados na petição (ex: detentos de um
determinado presídio, presas que preencham determinadas características, dentre outros).
Jurisprudência: Antes de 2018, o STF já se inclinava favoravelmente ao instituto do habeas corpus
coletivo, na medida em que alguns foram impetrados e não deixaram de ser reconhecidos (embora não
tivessem sido providos), como o Habeas Corpus 118.536 MC/SP e o Habeas Corpus 119.753/SP. Não
obstante, em fevereiro de 2018, em decisão paradigmática, o STF (no HC 143.641) concedeu habeas
corpus coletivo para determinar a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar para
mulheres presas, em todo o território nacional, que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos
ou de pessoas com deficiência, como determina o art. 318, IV e V, do Código de Processo Penal.
Dessa maneira, admite-se atualmente o habeas corpus coletivo, desde que os pacientes sejam
identificados ou identificáveis. Tal medida, embora fruto de construção jurisprudencial, evitará a
multiplicação desnecessária de processos, e levando a justiça, sobretudo para os pacientes mais
hipossuficientes.
Habeas Corpus
Legitimados Ativos: Como não há previsão legal, aplica-se, conforme jurisprudência do STF, por
analogia, o conteúdo da Lei do Mandado de Injunção (Lei n. 13.300/2016) aos legitimados ativos para
impetração de HC coletivo. Segundo o Pretório Excelso, “legitimidade ativa do habeas corpus
coletivo, a princípio, deve ser reservada àqueles listados do art. 12 da lei n 13.300/2016, por analogia
ao que dispõe a legislação referente ao mandado de injunção coletivo (HC 143.641/SP). Dessa
maneira, poderão impetrar o habeas corpus coletivo: I) Ministério Público; II) Partido político com
representação no Congresso Nacional; III) Organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há mais de um ano; e IV) Defensoria Pública.
Impeachment: Conforme afirmou o STF, o HC não é instrumento adequado para o trancamento de
processo de impeachment. Isso porque o remédio constitucional em análise não se destina à defesa de
direitos desvinculados da liberdade de locomoção, “como é o caso do processo de impeachment pela
prática de crime de responsabilidade, que configura sanção de índole político-administrativa, não
pondo em risco a liberdade de ir, vir e permanecer do Presidente da República”. (HC 70.055/DF, Rel.
Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, DJ de 16.04.1993, e entendimento reafirmado no HC 134.315 AgR/DF,
Rel. Min. Teori Zavascki, j. 16.06.2016).
Ação Popular
CRFB/88: Art. 5º, LXXIII. “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. busca-se a proteção da res
publica, ou, utilizando uma nomenclatura mais atualizada, tem por escopo a proteção dos interesses
difusos.

Requisitos: Deve haver lesividade: I.) ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe
(entendam-se entidades da administração direta, indireta, incluindo portanto as entidades paraestatais,
como as empresas públicas, sociedades de economia mista...., bem como toda pessoa jurídica
subvencionada com dinheiro público); II.) moralidade administrativa; III.) meio ambiente; IV.)
patrimônio histórico e cultural.
Ação Popular
Lesão ao patrimônio público: Exemplo de atentado ao patrimônio público é a ausência de licitação,
nos casos em que o Poder Público deveria fazê-la. Nesse sentido, já julgou o TJSP: “Anulação de ato
ilegal. Falta de licitação. Dano ao patrimônio público configurado. Afronta aos princípios da
moralidade administrativa e da legalidade. Sentença mantida” (Ap 994.060.583166. rel. Antonio
Carlos Malheiros).

Lesão à moralidade administrativa: O STF já proferiu algumas decisões com base nesse princípio:
“por ofensa à moralidade administrativa, é inválida a nomeação para o cargo público quando o
nomeado não exibe um mínimo de pertinência entre suas qualidades intelectuais e o ofício a ser
desempenhado” (RE 167. 137, rel. Min. Paulo Brossard, Primeira Turma, DJ de 25-11-1994).
Ação Popular
Lesão ao meio ambiente: O STJ já admitiu ação popular para defesa do meio ambiente: “a ação
popular é instrumento jurídico que qualquer cidadão pode utilizar para impugnar atos omissivos ou
comissivos que possam causar dano ao meio ambiente. Assim, pode ser proposta para que o Estado
promova condições para a melhoria da coleta de esgoto de uma penitenciária com a finalidade de que
cesse o despejo de poluentes em um córrego” (REsp 889.766/SP, rel. Min. Castro Meira, j. 4-10-
2007).

Lesão ao patrimônio histórico e cultural: O patrimônio cultural abrange os bens de valor histórico,
um acervo ou conjunto de bens de natureza material ou imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto. Por exemplo, qualquer cidadão poderá ajuizar essa ação contra ato do poder público que visa
a impedir a realização de uma manifestação cultural.
Ação Popular
Legitimidade Ativa: Somente poderá ser autor da ação popular o cidadão, assim considerado o
brasileiro nato ou naturalizado, desde que esteja no pleno gozo de seus direitos políticos, provada tal
situação (e como requisito essencial da inicial) pelo título de eleitor, ou documento que a ele
corresponda.
Lei nº 4.717/65: Art. 1º, §3º. “A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título
eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”.
Excluídos: Assim, excluem-se do polo ativo os estrangeiros, os apátridas, as pessoas jurídicas e
mesmo os brasileiros que estiverem com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos.
Súmula 365/STF: “Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação”.
Adolescente: Posição majoritária sustenta que, entre 16 e 18 anos de idade, se já detentor de título de
eleitor, pode ajuizar ação popular sem a necessidade de assistência, porém, sempre por advogado
(capacidade postulatória).
Ação Popular
STF: “A Constituição da República estabeleceu que o acesso à justiça e o direito de petição são
direitos fundamentais (art. 5º, XXXIV, ‘a’, e XXXV), porém estes não garantem a quem não tenha
capacidade postulatória litigar em juízo, ou seja, é vedado o exercício do direito de ação sem a
presença de um advogado, considerado ‘indispensável à administração da justiça’ (art. 133 da
Constituição da República e art. 1º da Lei n] 8.906/94), com as ressalvas legais. [...] Incluem-se, ainda,
no rol das exceções, as ações protocoladas nos juizados especiais cíveis, nas causas de valor até vinte
salários mínimos (art. 9º, da Lei nº 9.099/95) e as ações trabalhistas (art. 791 da CLT), não fazendo
parte dessa situação privilegiada a ação popular” (AO 1.531 – AgR).

Legitimidade Passiva: No polo passivo, de acordo com o art. 6º da lei, que é extremamente
minucioso, figurarão o agente que praticou o ato, a entidade lesada e os beneficiários do ato ou
contrato lesivo ao patrimônio público.
Ação Popular
Lei nº 4.717/65: Art. 6º, caput. “A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as
entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem
autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. §1º. Se não houver benefício direto
do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as
outras pessoas indicadas neste artigo. [...] §4º. O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe
apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem,
sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. §5º.
É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.”
Ação Popular
Competência: A regra geral é que seja ajuizada no juízo de primeiro grau. As regras de competência
dependerão da origem do ato ou omissão a serem impugnados. Para exemplificar, se o patrimônio
lesado for da União, competente será a Justiça Federal e assim por diante.
STF: Segundo entendimento do Supremo, em regra, a ação popular será proposta na primeira
instância, até mesmo contra ato do Presidente da República, salvo nas hipóteses do art. 102, I, ‘f’ e ‘n’.
(ACO 622-QO).
Interpretação: Nesses termos, o STF só julgará a ação popular em duas hipóteses: a) nas causas e nos
conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as
respectivas entidades da administração indireta; b) na ação em que todos os membros da magistratura
sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal
de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados. Assim, salvo essas duas
exceções, a causa será julgada, no local do ato, pelo Juiz estadual ou federal de primeira instância, a
depender do direito violado, se municipal, estadual ou federal.
Ação Popular
Liminar: Desde que presentes os requisitos legais (periculum in mora e fumus boni iuris), é possível a
concessão de liminar, podendo a ação popular ser tanto preventiva, visando evitar a atos lesivos, como
repressiva, buscando o ressarcimento do dano, a anulação do ato, a recomposição do patrimônio
público lesado, indenização, etc.

Coisa julgada: opera-se se a ação for julgada procedente ou improcedente por ser infundada,
produzindo em ambas hipóteses efeito da coisa julgada oponível erga omnes. No entanto, se a
improcedência se der por deficiências de provas, haverá apenas a coisa julgada formal, podendo
qualquer cidadão intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova (art. 18 da
lei), já que não terá sido analisado o mérito.

Custas: o autor da ação popular é isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência, salvo
comprovada má-fé.
REFERÊNCIAS
BARROSO, Luis Roberto. O controle da constitucionalidade no direito brasileiro. 8. ed. São
Paulo: Saraiva Jur, 2019.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Tutela de interesses difusos e coletivos. 13. ed. São Paulo:
Saraiva Jur, 2019.
STRECK, Lenio Luiz. Jurisdição constitucional. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
DANTAS, Paulo Roberto de Figueiredo. Direito processual constitucional. 10. ed. Indaiatuba: Foco,
2021.
DIMOULIS, Dimitri; LUNARDI, Soraya. Curso de processo constitucional: controle de
constitucionalidade e remédios constitucionais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
LUNARDI, Soraya. Teoria do processo constitucional: análise de sua autonomia, natureza e
elementos. São Paulo: Atlas, 2013.
MESSA, Ana Flávia. Curso de direito processual penal. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
PEREIRA, Jane Reis Gonçalves. Interpretação constitucional e direitos fundamentais. 2. ed. São
Paulo: Saraiva Jur, 2018.

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