E Book CFC Exame CFC 2025.1 Prova Comentada LP
E Book CFC Exame CFC 2025.1 Prova Comentada LP
1 - Prova Comentada 2
É com imensa satisfação que apresentamos o e-book da prova do Concurso do Exame CFC 2025.1! Nossos melhores
professores resolveram essa prova, explicando cuidadosamente os assuntos mais difíceis!
Como, ao longo de sua preparação, é fundamental que você resolva diversas questões de concursos passados,
sabemos que este material será de grande utilidade. Nosso objetivo é proporcionar mais uma valiosa ferramenta de estudo
para deixá-lo mais perto de sua aprovação.
Estrategiacfc
E-BOOK
CFC
Esse cartaz
Comentários:
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mercadológica e seus efeitos psicológicos no consumidor. É uma questão meramente interpretativa.
Vamos examinar cada alternativa:
(A) aconselha o cliente a economizar.
Alternativa correta. A mensagem "Compre hoje! Amanhã pode estar mais caro!" sugere implicitamente ao
cliente que ele pode evitar gastos futuros maiores realizando a compra no momento atual. Trata-se de uma
estratégia de vendas que apela ao senso de economia do consumidor, mesmo que seu objetivo primário seja
estimular vendas imediatas.
(B) dá ordem ao cliente para ganhar tempo.
Alternativa incorreta. Embora a mensagem tenha caráter imperativo "Compre hoje!", seu propósito não está
relacionado à gestão do tempo do cliente, mas sim a criar urgência de compra baseada em possíveis aumentos
de preço.
(C) chama a atenção do cliente para a possível falta de produtos.
Alternativa incorreta. A mensagem não faz qualquer referência à disponibilidade de estoque ou possibilidade de
falta de produtos. Seu foco está exclusivamente na variação de preços.
(D) pretende ensinar o cliente a controlar seu orçamento.
Alternativa incorreta. Apesar de tangenciar questões financeiras, o objetivo da mensagem não é educacional.
Trata-se claramente de uma tática de vendas para induzir compras imediatas, não de uma orientação sobre
gestão financeira pessoal.
A alternativa A é a única que capta adequadamente o sentido implícito da mensagem, que utiliza o argumento
do possível aumento de preços como forma de aconselhar o consumidor a realizar economias através da compra
imediata, ainda que seu objetivo final seja comercial. As demais alternativas atribuem intenções à mensagem
que não estão presentes no contexto analisado.
Gabarito: A
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C) a leitura enriquece o nosso conhecimento.
Comentários:
Essa questão apresenta uma metáfora clássica sobre os benefícios da leitura, comparando-a aos efeitos da
ginástica no corpo. A análise requer compreensão da figura de linguagem e sua aplicação conceitual. Entretanto,
essa questão foi anulada pela banca examinadora, então vamos examinar cada alternativa e os possíveis motivos
para a sua anulação.
(A) exercícios físicos devem ser feitos todos os dias.
Alternativa incorreta. A frase não trata da frequência dos exercícios físicos, mas sim do efeito da leitura na mente,
usando a ginástica como analogia. A alternativa desvia completamente do foco da metáfora, que é comparar os
benefícios (não a periodicidade) das atividades.
(B) a leitura, como a ginástica, deve ser feita diariamente.
Alternativa incorreta. Embora pareça captar a comparação, ainda se fixa indevidamente na questão da frequência
"diariamente", que não é o cerne da mensagem original. A metáfora não estabelece um paralelo quanto à
regularidade, mas sim à função de desenvolvimento (mente/corpo).
Gabarito: Anulada
03. Uma caixa contém seis bolas brancas e quatro bolas azuis, todas do mesmo tamanho.
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Se sortearmos ao acaso 3 dessas bolas, sem reposição, a probabilidade de que todas sejam brancas é igual a
A) 1/3.
B) 1/4.
C) 1/5.
D) 1/6.
Comentários:
Essa questão avalia o conhecimento sobre probabilidade em eventos dependentes, sem reposição, utilizando um
cenário clássico de extração de bolas de uma caixa.
Vamos analisar passo a passo:
O cenário apresenta uma caixa com 6 bolas brancas e 4 azuis, totalizando 10 bolas, e questiona sobre a
probabilidade de se retirar 3 bolas brancas consecutivamente sem reposição.
Para resolver corretamente, é essencial entender que cada extração altera a composição da caixa, caracterizando
eventos dependentes, ou seja, ao retirar uma bola já não tenho mais 10 bolas na caixa, mas apenas 9, pois os
eventos são sem reposição.
A probabilidade é calculada multiplicando as chances de cada evento sequencial: na primeira extração temos
6/10 (ou 3/5) de chance, na segunda 5/9 (já que uma bola branca foi removida), e na terceira 4/8 (ou 1/2).
Multiplicando essas probabilidades, chegamos ao resultado exato de 1/6.
Gabarito: D
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04. Em 2023, uma universidade tradicional que, até então, só ofertava cursos presenciais de graduação,
resolveu se arriscar em um novo projeto. Tratava-se da abertura de seu primeiro curso 100% à distância a ser
disponibilizado ao mercado. Para tal, ainda em 2023, foram investidos R$ 100.000,00 para a estruturação
do referido curso.
Além disso, foram estimadas despesas e receitas anuais conforme dados apresentados na sequência:
A) 2025.
B) 2026.
C) 2027.
D) 2028.
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Comentários:
A universidade realizou um investimento inicial de R$ 100.000,00 em 2023 para lançar seu primeiro curso EAD.
O payback simples considera o momento em que o somatório dos fluxos de caixa iguala o investimento inicial. Essa
técnica apresenta três limitações: (I) Não se considera o valor do dinheiro no tempo; (II) Desprezam-se os fluxos
futuros após o capital ter sido recuperado, isto é, não considera as entradas que ocorrem após o investimento
inicial ter sido recuperado; e (III) o payback não mede a rentabilidade, apenas o tempo de retorno.
Apenas a título de curiosidade, pois não é o solicitado por esta questão, também temos o payback descontado,
que é uma forma de mitigar a limitação do payback simples. No payback descontado, como o próprio nome
sugere, estima-se o tempo de retorno de um investimento descontando o fluxo de caixa a valor presente. Dessa
forma, o payback descontado sempre será maior que o payback simples.
Pois bem, os fluxos de caixa anuais (receitas - despesas) são calculados com base na tabela fornecida:
Desse modo, perceba que no ano do investimento (2023) não há retorno, mas que a partir de 2024, acumulando
os Fluxos de Caixa, temos um retorno total dos R$ 100.000,00 investidos inicialmente ao final de 2026.
Dessa forma, vamos às alternativas:
(A) 2025.
Alternativa incorreta. O acumulado em 2025 é R$ 50.000,00. Desse modo, não cobre o investimento inicial.
(B) 2026.
Alternativa correta. Em 2026, o acumulado atinge R$ 100.000,00, zerando o saldo do investimento inicial. Não é
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necessário prosseguir para anos posteriores.
(C) 2027.
Alternativa incorreta. O payback já ocorreu em 2026.
(D) 2028.
Alternativa incorreta. O payback já ocorreu em 2026.
Gabarito: B
I. a legalidade;
II. a moralidade;
IV. a publicidade.
A) I e II, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
Comentários:
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Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Além disso, a livre concorrência é um princípio relacionado à ordem econômica (Art. 170, IV, CF/88), mas não é
um princípio específico da Administração Pública.
(...)
IV - livre concorrência;
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III. a livre concorrência;
Afirmativa incorreta. Embora seja um princípio importante na ordem econômica (Art. 170, IV, CF/88), não é um
princípio da Administração Pública. Ele se aplica mais a licitações e políticas de mercado, mas não está no rol do
Art. 37.
IV. a publicidade.
Afirmativa correta. Previsto no Art. 37 da CF/88, determina que os atos administrativos devem ser divulgados,
salvo exceções legais, como sigilo em casos de segurança nacional, por exemplo.
Além dos princípios expostos, ainda temos como princípios da Administração Pública os princípios da
impessoalidade e da eficiência.
O princípio da impessoalidade determina que a Administração Pública deve atuar com neutralidade, sem
favorecimentos pessoais, tratando todos de forma igualitária.
Por outro lado, o princípio da eficiência exige que o serviço público seja prestado com qualidade, produtividade
e economicidade, visando o melhor resultado para a sociedade.
Analisando as alternativas da questão:
(A) I e II, apenas.
Alternativa incorreta. Exclui a publicidade (IV), que também é um princípio expresso da Administração Pública.
Gabarito: C
06. Entre as limitações ao poder de tributar, previstas na Constituição Federal de 1988, estão os princípios
gerais do Direito Tributário que, além de estabelecer limites ao poder de tributar, garantem segurança
jurídica e justiça fiscal.
A) O princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena estabelece que nenhum tributo pode ser cobrado
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antes de decorridos 90 dias da data da publicação da sua instituição ou majoração, exceto as contribuições
sociais, que podem ser exigidas imediatamente.
B) O princípio da legalidade tributária determina que nenhum tributo pode ser instituído ou majorado sem
previsão em lei complementar.
C) O princípio da isonomia garante tratamento igualitário a todos que se encontram em situação equivalente,
sendo proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
D) O princípio da irretroatividade veda a aplicação da lei a ato ou fato pretérito, ainda que a lei seja expressa-
mente interpretativa.
Comentários:
A questão aborda os princípios constitucionais tributários, que limitam o poder de tributar do Estado e garantem
direitos aos contribuintes. Vamos analisar cada alternativa com base na Constituição Federal de 1988 (CF/88) e
no Código Tributário Nacional (CTN).
(A) O princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena estabelece que nenhum tributo pode ser cobrado
antes de decorridos 90 dias da data da publicação da sua instituição ou majoração, exceto as contribuições sociais,
que podem ser exigidas imediatamente.
Alternativa incorreta. O princípio da anterioridade nonagesimal (Art. 150, III, "c", CF/88) exige um intervalo
mínimo de 90 dias entre a publicação da lei e a cobrança do tributo.
[...]
[...]
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Entretanto, possui exceções que vão além das contribuições sociais (PIS/COFINS), como por exemplo os
empréstimos compulsórios, o IOF e os impostos extraordinários de guerra. Segue abaixo um esquema para
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ajudar na memorização das exceções ao princípio da anterioridade nonagesimal:
(B) O princípio da legalidade tributária determina que nenhum tributo pode ser instituído ou majorado sem
previsão em lei complementar.
Alternativa incorreta. O princípio da legalidade (Art. 150, I, CF/88) exige lei em sentido formal (ordinária ou
complementar) para criar ou aumentar tributos, mas nem todos os tributos exigem lei complementar, apenas os
casos expressos na Constituição.
(C) O princípio da isonomia garante tratamento igualitário a todos que se encontram em situação equivalente,
sendo proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
Alternativa correta. O princípio da isonomia (Art. 150, II, CF/88) veda tratamento desigual entre contribuintes
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em situação equivalente.
[...]
Desse modo, ele proíbe discriminações baseadas em profissão, função ou forma jurídica dos rendimentos. Por
exemplo, não pode tributar mais um médico só por ser médico, se sua renda for igual à de outros profissionais.
Assim, esse princípio busca assegurar uma justiça fiscal entre os contribuintes e trazer maior segurança jurídica
para as transações.
(D) O princípio da irretroatividade veda a aplicação da lei a ato ou fato pretérito, ainda que a lei seja
expressamente interpretativa.
Alternativa incorreta. O princípio da irretroatividade (Art. 150, III, "a", CF/88) veda a cobrança de tributos sobre
fatos geradores ocorridos antes da lei, mas possui exceções como as leis interpretativas, que podem retroagir
(Art. 106, CTN), pois apenas esclarecem o sentido de normas já existentes.
[...]
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b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou
omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em
falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente
ao tempo da sua prática.
Gabarito: C
07. A empresa Alfa Indústria Ltda. realizou, ao final do mês de julho, o levantamento de suas obrigações
tributárias, verificando os seguintes tributos devidos:
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): incidente sobre as operações de vendas
realizadas no período.
• IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas): apurado sobre a renda tributável do exercício.
Com base nessas informações, a contabilidade da empresa elaborou um demonstrativo das obrigações
tributárias a pagar.
A) O ISS e o ICMS são impostos de mesma competência tributária, pois ambos são devidos aos Estados.
B) A obrigação tributária principal consiste no pagamento do tributo devido, enquanto a obrigação tributária
acessória está relacionada a deveres instrumentais, como a emissão de notas fiscais e declarações ao Fisco.
C) O IRPJ, por ser um imposto sobre a renda, é classificado como um tributo indireto, pois seu ônus pode ser
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repassado ao consumidor.
D) O fato gerador do ICMS ocorre quando a empresa apura seus lucros ao final do exercício contábil.
Comentários:
A questão aborda conceitos fundamentais do Direito Tributário, como classificação de tributos, obrigações
tributárias (principal e acessória) e fatos geradores. Vamos analisar cada alternativa com base na Constituição
Federal de 1988 (CF/88) e no Código Tributário Nacional (CTN).
(A) O ISS e o ICMS são impostos de mesma competência tributária, pois ambos são devidos aos Estados.
Alternativa incorreta. Essa alternativa trata das competências tributárias. Antes de tecer maiores comentários,
vamos analisar como funciona a competência ativa dos impostos, de acordo com a CF/88:
Desse modo, vemos que na verdade, nossa Constituição Federal estabelece uma clara divisão de competências: o
ICMS é imposto estadual (artigo 155, II), enquanto o ISS é municipal (artigo 156, III). Essa distinção é fundamental
no sistema tributário brasileiro, pois determina qual ente federativo tem poder para legislar sobre cada tributo.
(B) A obrigação tributária principal consiste no pagamento do tributo devido, enquanto a obrigação tributária
acessória está relacionada a deveres instrumentais, como a emissão de notas fiscais e declarações ao Fisco.
Alternativa correta. Apresenta com precisão a distinção entre obrigação tributária principal e acessória. Conforme
o CTN, a obrigação principal consiste efetivamente no pagamento do tributo (artigo 113, §1º), enquanto as
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obrigações acessórias compreendem todos os deveres formais advindos da legislação tributária, como emissão
de documentos fiscais, escrituração de livros e prestação de informações ao fisco (artigo 113, §2º).
(C) O IRPJ, por ser um imposto sobre a renda, é classificado como um tributo indireto, pois seu ônus pode ser
repassado ao consumidor.
Alternativa incorreta. Na realidade, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas é o exemplo clássico de tributo
direto, pois incide diretamente sobre a capacidade contributiva do titular do patrimônio ou da renda, sem
possibilidade de transferência do ônus tributário a terceiros. Já os tributos indiretos, como ICMS e IPI, são aqueles
que podem ser repassados aos preços das mercadorias e serviços, ou seja, repassados a terceiros.
(D) O fato gerador do ICMS ocorre quando a empresa apura seus lucros ao final do exercício contábil.
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Alternativa incorreta. Totalmente desconexa da realidade. Esse imposto não tem qualquer relação com a
apuração de lucros, que é fato gerador do IRPJ e da CSLL. O ICMS incide sobre a circulação de mercadorias e
alguns serviços específicos, sendo seu fato gerador completamente distinto e anterior à apuração de resultados
do exercício, ocorrendo sobre o faturamento bruto da entidade.
Gabarito: B
“Este código de ética profissional do contador se aplica também ao _____, no exercício de suas prerrogativas
profissionais.”
A) empresário contábil.
B) técnico em contabilidade.
C) administrador de empresas.
D) gestor financeiro.
Comentários:
A questão é estilo decoreba e avalia o conhecimento sobre o alcance do Código de Ética Profissional do Contador
(NBC PG 01/2019), especificamente quanto aos profissionais aos quais suas disposições se aplicam.
Conforme o item 3 da NBC PG 01/2019, o código não se restringe apenas aos contadores graduados, mas também
se estende ao técnico em contabilidade, desde que esteja no exercício de suas prerrogativas profissionais.
Essa inclusão é fundamental, pois reconhece que tanto contadores quanto técnicos em contabilidade
desempenham atividades regulamentadas pelos Conselhos de Contabilidade, portanto, devem seguir os mesmos
preceitos éticos.
Dessa forma, vamos às alternativas:
(A) empresário contábil.
Alternativa incorreta. O empresário contábil não é uma categoria profissional reconhecida pela legislação
contábil.
(B) técnico em contabilidade.
Alternativa correta. Reproduz exatamente o texto normativo, mencionando o técnico em contabilidade como
sujeito às regras do Código de Ética, dentre os seus demais objetivos:
Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar a conduta do contador, quando no exercício
da sua atividade e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.
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Gabarito: B
09. A NBC PG 01 tem por objetivo fixar a conduta do contador, quando no exercício da sua atividade e nos
assuntos relacionados à profissão e à classe.
A) se utilizar de posição ocupada em entidades de classe para benefício próprio ou para proveito pessoal.
B) fazer afirmações desproporcionais sobre os serviços que oferece, sua capacitação ou sobre a experiência que
possui.
C) se apropriar de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, dos quais não tenha participado,
apresentando-os como próprios.
Comentários:
A questão aborda as permissibilidades éticas estabelecidas pela NBC PG 01/2019 (Código de Ética Profissional
do Contador), destacando condutas permitidas aos profissionais da contabilidade. A análise deve ser feita com
base no texto normativo, que estabelece tanto deveres e vedações quanto ações permitidas.
Vamos examinar cada alternativa:
(A) se utilizar de posição ocupada em entidades de classe para benefício próprio ou para proveito pessoal.
Alternativa incorreta. O item 19 “g” da NBC PG 01/2019 expressamente veda ao contador "utilizar-se de
posição ocupada em entidades de classe para benefício próprio ou para proveito pessoal". Essa proibição
visa garantir a transparência e a imparcialidade nas atividades de representação da classe contábil, evitando
conflitos de interesse.
[...]
CFC
(B) fazer afirmações desproporcionais sobre os serviços que oferece, sua capacitação ou sobre a experiência
que possui.
Alternativa incorreta. O item 15 “a” proíbe o contador de "fazer afirmações desproporcionais sobre os serviços que
oferece, sua capacitação ou sobre a experiência que possui". Nesse item, a norma busca coibir a autopromoção
exagerada ou enganosa, preservando a credibilidade da profissão e a confiança do público.
(C) se apropriar de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, dos quais não tenha participado,
apresentando-os como próprios.
Alternativa incorreta. O item 18 “c” da NBC PG 01/2019 veda ao contador "apropriar-se de trabalhos, iniciativas
ou de soluções encontradas por colegas, que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios".
Essa regra reforça os princípios de honestidade intelectual e respeito aos colegas, essenciais para a harmonia
da classe.
[...]
[...]
Desse modo, a alternativa D é a única correta, pois está em conformidade com as permissibilidades éticas
previstas no Código de Ética, item 6 “d”. As demais alternativas descrevem condutas expressamente vedadas
pela NBC PG 01/2019, configurando infrações éticas passíveis de penalidades.
Gabarito: D
10. Para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver não somente uma
obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos que incorporem benefícios
econômicos para liquidar essa obrigação.
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
(b) seja provável uma necessária saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
CFC
C) é reconhecido e divulgado em notas explicativas.
Comentários:
A questão aborda o tratamento contábil de passivos contingentes, conforme a NBC TG 25 (R2), que estabelece
as regras para provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. Primeiramente, precisamos diferenciar
Provisão de Passivo Contingente.
De acordo com a norma, uma provisão é um passivo de prazo ou de valor incerto. Uma provisão é reconhecida
nas demonstrações contábeis quando há uma (I) obrigação presente (legal ou implícita) decorrente de evento
passado; (II) probabilidade de saída de recursos; e (III) possibilidade de estimativa confiável de valor. Se essas
condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
Por outro lado, um passivo contingente é uma (I) obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob controle da entidade; ou (II) uma obrigação presente que não atende aos critérios de reconhecimento, seja
porque a saída de recursos é improvável, seja porque o valor não pode ser mensurado com confiabilidade.
Além disso, a NBC TG 25 (R2) estabelece expressamente no item 27 que: “A entidade não deve reconhecer um
passivo contingente”. Ademais, o item 28 da norma menciona que: “O passivo contingente é divulgado em
notas explicativas, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos.”
Desse modo, o tratamento contábil para um passivo contingente vai depender da sua probabilidade de
ocorrência:
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(A) não é reconhecido e nem divulgado em notas explicativas.
Alternativa incorreta. O passivo contingente não é reconhecido, mas deve ser divulgado (exceto se a probabilidade
for remota).
(B) não é reconhecido, mas é divulgado em notas explicativas.
Alternativa correta. Reflete exatamente o que a norma determina: sem reconhecimento contábil, porém
com divulgação obrigatória (a menos que a saída de recursos seja remota).
(C) é reconhecido e divulgado em notas explicativas.
Alternativa incorreta. Passivos contingentes nunca são reconhecidos no balanço, apenas divulgados (quando
aplicável).
(D) é reconhecido, mas não é divulgado em notas explicativas.
Alternativa incorreta. Contrária à norma: não há reconhecimento, e a divulgação é obrigatória (salvo casos
remotos).
Gabarito: B
11. Um supermercado funciona na região sul do país. Em maio de 2024, devido às fortes chuvas, o
supermercado perdeu todo o seu estoque. Nas demonstrações contábeis mensais, em 31/05/24, o
supermercado optou por baixar todo o estoque, mesmo sem ter recebido um laudo oficial, de modo a
tornar as demonstrações mais úteis aos tomadores de decisões. A informação apresenta a seguinte
característica qualitativa:
A) neutralidade.
B) materialidade.
C) verificabilidade.
D) tempestividade.
Comentários:
A questão aborda a qualidade da informação contábil em uma situação em que um supermercado, afetado por
enchentes, optou por baixar todo o estoque perdido em maio/2024, antes mesmo de receber um laudo oficial,
visando tornar suas demonstrações mais úteis aos tomadores de decisão.
Inicialmente, vamos relembrar quais são as características qualitativas da informação contábil (fundamentais e
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de melhoria), nos termos da NBC TG 00 (R2) – Estrutura Conceitual.
CFC
Alternativa incorreta. A perda do estoque certamente é material (relevante), mas o foco da questão está
no critério temporal (reconhecimento antecipado para maior utilidade), não na magnitude do prejuízo.
(C) verificabilidade.
Alternativa incorreta. Verificabilidade exige que a informação possa ser confirmada por evidências externas.
Aqui, o supermercado não esperou pelo laudo, justamente o oposto de uma informação verificável no momento
do registro.
(D) tempestividade.
Alternativa correta. O supermercado priorizou disponibilizar a informação rapidamente, mesmo sem
documentação formal, para que os usuários tivessem dados atualizados sobre o impacto das enchentes. Isso se
alinha perfeitamente com o conceito de tempestividade, senão vejamos:
Item 2.33 da NBC TG 00 (R2) – Estrutura Conceitual: “Tempestividade significa disponibilizar informações aos
tomadores de decisões a tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, quanto mais
antiga a informação, menos útil ela é. Contudo, algumas informações podem continuar a ser tempestivas por
muito tempo após o final do período de relatório porque, por exemplo, alguns usuários podem precisar identificar
e avaliar tendências.”
Gabarito: D
12. De acordo com a NBC TG Estrutura Conceitual - ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO,
as demonstrações contábeis consolidadas fornecem informações sobre os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas
B) apenas da controladora.
Comentários:
A questão explora o conceito fundamental das demonstrações contábeis consolidadas, conforme definido
pela NBC TG Estrutura Conceitual, destacando como os dados da controladora e suas controladas são apresentados
aos usuários das demonstrações.
De acordo com o item 3.15 da NBC TG Estrutura Conceitual: “As demonstrações contábeis consolidadas fornecem
informações sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas tanto da controladora como de
suas controladas como uma única entidade que reporta.”
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O principal objetivo da consolidação é eliminar as transações intragrupos e apresentar a realidade econômica do
grupo como um todo, ignorando fronteiras jurídicas individuais.
Desse modo, vamos às alternativas:
(A) apenas das controladas.
Alternativa incorreta. A consolidação não se limita às controladas; inclui obrigatoriamente a controladora.
(B) apenas da controladora.
Alternativa incorreta. Ignora as controladas, contrariando o propósito da consolidação, que é agregar todas as
entidades do grupo.
(C) da controladora e de suas controladas, como entidades independentes.
Alternativa incorreta. Apesar de mencionar ambas, a consolidação não trata as entidades como independentes.
Pelo contrário, combina seus dados e elimina operações entre elas.
(D) da controladora e de suas controladas, como uma única entidade que reporta.
Alternativa correta. Reproduz exatamente o texto normativo. A consolidação unifica as informações do grupo,
apresentando-o como se fosse uma só entidade econômica.
Gabarito: D
13. De acordo com a NBC TG Estrutura Conceitual - ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO,
patrimônio líquido é a participação nos ativos da entidade após
Comentários:
A questão aborda um dos pilares fundamentais da contabilidade: a definição de patrimônio líquido conforme
estabelecido pela NBC TG Estrutura Conceitual.
Segundo o item 4.63 do referido dispositivo legal: “Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da
entidade após a dedução de todos os seus passivos.”
Dessa forma, o patrimônio líquido representa o valor que efetivamente pertence aos sócios/acionistas da
entidade. Também pode ser chamado de Situação Líquida; Capital Próprio; Recursos Próprios; Passivo Não
Exigível; ou Riqueza Própria (Líquida).
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Analisando as alternativas:
(A) a dedução de seus passivos.
Alternativa correta. Reproduz exatamente o item 4.63 da NBC TG 00 (R2) – Estrutura Conceitual. O PL é o valor
residual após pagar todas as dívidas (passivos).
(B) a dedução de suas despesas.
Alternativa incorreta. Despesas afetam o resultado do período, mas não definem diretamente o PL. Além disso,
despesas já estão refletidas na variação do ativo/passivo.
(C) o acréscimo de suas receitas.
Alternativa incorreta. Receitas aumentam o PL, mas não são parte de sua definição conceitual básica.
(D) o acréscimo de seus passivos.
Alternativa incorreta. Absurdo conceitual. Aumentar passivos reduziria o PL, nunca poderia ser parte de sua
definição.
Gabarito: A
14. Segundo a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, para a representação dos relatórios financeiros ser
fidedigna, ela precisa ser
Comentários:
A questão aborda um dos pilares da qualidade da informação contábil: os requisitos para que a representação
nos relatórios financeiros seja considerada fidedigna, conforme a NBC TG Estrutura Conceitual.
Segundo o item 4.63 do referido dispositivo legal: “Para ser representação perfeitamente fidedigna, a
representação tem três características. Ela é completa, neutra e isenta de erros. Obviamente, a perfeição nunca
ou raramente é atingida. O objetivo é maximizar essas qualidades tanto quanto possível.”
Ademais, o esquema a seguir apresenta de modo mais didático essa definição:
CFC
Gabarito: A
15. Segundo a NBC TG 26 (R5) - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, quando da elaboração
de demonstrações contábeis, a administração deve avaliar a capacidade de a entidade continuar em
operação no futuro previsível, o que significa que as demonstrações contábeis devem ser elaboradas no
pressuposto da
CFC
A) continuidade, a menos que a administração tenha a intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios,
ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades.
B) competência, sendo os itens reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas,
inclusive para a demonstração de fluxo de caixa.
C) materialidade e agregação, tendo a entidade que apresentar conjuntamente nas demonstrações contábeis
cada classe material de itens semelhantes, aglutinando os de natureza ou função distinta mesmo que sejam
materiais.
D) compensação de valores, ativos e passivos ou receitas e despesas devem ser compensados, exceto quando
permitido exclusivamente por norma.
Comentários:
Segundo o item 25 da referida normativa: “Quando da elaboração das demonstrações contábeis, a administração
deve fazer a avaliação da capacidade da entidade continuar em operação no futuro previsível. As demonstrações
contábeis devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que: (I) a administração tenha
intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda (II) não possua uma alternativa realista senão
a descontinuidade de suas atividades”.
Dessa forma, o pressuposto da continuidade é um princípio fundamental da contabilidade, que assume que a
entidade continuará suas operações normais no futuro previsível, sem a intenção ou necessidade de encerrar
suas atividades ou entrar em liquidação. Se a continuidade estiver comprometida, a contabilidade deve refletir
essa situação, ajustando a forma de mensuração e divulgação dos ativos e passivos.
Desse modo, vamos à análise das alternativas:
(A) continuidade, a menos que a administração tenha a intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios,
ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades.
Alternativa correta. Reproduz literalmente o texto normativo, contemplando as duas exceções ao princípio da
continuidade.
(B) competência, sendo os itens reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas,
inclusive para a demonstração de fluxo de caixa.
Alternativa incorreta. Trata-se do regime de competência, não relacionado à continuidade, e comete erro ao
incluir a DFC, que segue regime de caixa.
CFC
(C) materialidade e agregação, tendo a entidade que apresentar conjuntamente nas demonstrações contábeis
cada classe material de itens semelhantes, aglutinando os de natureza ou função distinta mesmo que sejam
materiais.
Alternativa incorreta. Foca em critérios de apresentação, agregação de itens, e ainda comete erro ao sugerir
aglutinar itens distintos.
(D) compensação de valores, ativos e passivos ou receitas e despesas devem ser compensados, exceto quando
permitido exclusivamente por norma.
Alternativa incorreta. Aborda princípio da não compensação, ou seja, itens não devem ser compensados, salvo
exceções normativas, tema completamente distinto.
Gabarito: A
16. Sobre a classificação e mensuração de ativos não circulantes mantidos para a venda, de acordo com a
NBC TG 31 (R4) - ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA E OPERAÇÃO DESCONTINUADA, analise
as seguintes afirmativas:
I. Os ativos não circulantes mantidos para a venda, desde que satisfeitos os critérios de classificação, são
realocados para o ativo circulante da entidade.
II. A classificação, a apresentação e a mensuração requeridas pela NBC TG 31 aplicáveis a ativo não circulante
classificado como mantido para venda também se aplicam a ativo não circulante que seja classificado
como destinado a ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários.
III. O ativo não circulante mantido para venda será mensurado pelo maior entre o seu valor contábil e o
valor justo, menos as despesas de venda.
A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I, II e III.
CFC
D) II, somente.
Comentários:
A NBC TG 31 (R4) estabelece os critérios para classificação e mensuração de ativos não circulantes mantidos
para venda.
Os ativos não circulantes mantidos para a venda são classificados no ativo circulante de forma separada no
balanço patrimonial. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável.
A normativa contábil estabelece alguns requisitos para que a venda possa ser considerada altamente provável:
• O nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo;
• Deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano;
• O ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação
ao seu valor justo corrente;
• Em regra, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até 01 ano a partir da data da
classificação;
• As ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações
CFC
Alternativa correta. Reproduz o item 5 “a” da NBC TG 31 (R4): “A classificação, a apresentação e a mensuração
requeridas neste Pronunciamento Técnico aplicáveis a ativo não circulante (ou grupo de ativos) classificado
como mantido para venda também se aplicam a ativo não circulante (ou grupo de ativos) que seja classificado
como destinado a ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários (mantido para distribuição aos
proprietários)”.
III. O ativo não circulante mantido para venda será mensurado pelo maior entre o seu valor contábil e o valor
justo menos as despesas de venda.
Alternativa incorreta. Na verdade, a norma exige o MENOR valor entre o seu valor contábil e o valor justo
menos as despesas de venda, conforme o item 15: “A entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não
circulantes classificado como mantido para venda pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos as
despesas de venda”.
Gabarito: B
17. A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL descreve uma série de conceitos utilizados para a elaboração de
relatórios financeiros para fins gerais.
Relacione cada elemento a seguir com sua correta definição, segundo a Estrutura Conceitual.
A) II – III – I.
B) I – III – II.
C) II – I – III.
D) I – II – III.
Comentários:
CFC
A questão aborda conceitos básicos da NBC TG 00 (R2) – Estrutura Conceitual, especificamente sobre os elementos
das demonstrações contábeis.
De acordo com a referida norma:
Item 4.63: “Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus
passivos.”
Item 4.68: “Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumentos no patrimônio
líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio.”
Item 4.69: “Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções no patrimônio
líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio.”
Dessa forma, vamos relacionar cada elemento com a sua respectiva definição:
Despesa – II. Reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções no patrimônio líquido.
Patrimônio Líquido – III. Participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos.
Receita – I. Aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumento no patrimônio líquido.
Assim, analisando as alternativas:
(A) II – III – I. Alternativa correta. Correlação de acordo com o solicitado.
(B) I – III – II. Alternativa incorreta. Inverteu o conceito de Despesa e Receita.
(C) II – I – III. Alternativa incorreta. Inverteu todos os conceitos.
(D) I – II – III. Alternativa incorreta. Inverteu todos os conceitos.
Gabarito: A
CFC
18. De acordo com a NBC TG 25 (R2) - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES,
provisão é um passivo de prazo incerto ou de valor incerto.
Considere que a sociedade empresária Beta tenha recebido um laudo de seu advogado sobre um provável
pagamento de processo trabalhista, entretanto com mensuração ainda não confiável.
C) não realizar reconhecimento de provisão trabalhista no balanço patrimonial e não divulgar em nota
explicativa.
D) não realizar reconhecimento de provisão trabalhista no balanço patrimonial, mas divulgar em nota explicativa
como passivo contingente.
Comentários:
A questão aborda o tratamento contábil de passivos contingentes, conforme a NBC TG 25 (R2), que estabelece
as regras para provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. Primeiramente, precisamos diferenciar
Provisão de Passivo Contingente.
De acordo com a norma, uma provisão é um passivo de prazo ou de valor incerto. Uma provisão é reconhecida
nas demonstrações contábeis quando há uma (I) obrigação presente (legal ou implícita) decorrente de evento
passado; (II) probabilidade de saída de recursos; e (III) possibilidade de estimativa confiável de valor. Se essas
condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
Por outro lado, um passivo contingente é uma (I) obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob controle da entidade; ou (II) uma obrigação presente que não atende aos critérios de reconhecimento, seja
porque a saída de recursos é improvável, seja porque o valor não pode ser mensurado com confiabilidade.
Além disso, a NBC TG 25 (R2) estabelece expressamente no item 27 que: “A entidade não deve reconhecer um passivo
contingente. Ademais, o item 28 da norma menciona que: o passivo contingente é divulgado em notas explicativas, a
menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos”.
Desse modo, o tratamento contábil para um passivo contingente vai depender da sua probabilidade de ocorrência:
CFC
(C) não deve realizar reconhecimento de provisão trabalhista no balanço patrimonial nem divulgar em nota
explicativa.
Alternativa incorreta. O quesito ignora a obrigação de divulgação de passivos contingentes prevista no item
86 da norma, que exige a divulgação quando a saída de recursos é provável, como no caso do laudo do advogado.
Porém, apesar de divulgável, o passivo contingente não deve ser reconhecido nas demonstrações contábeis, pois
não pode ser mensurado com confiabilidade.
(D) não deve realizar reconhecimento de provisão trabalhista no balanço patrimonial, mas divulgar em nota
explicativa como passivo contingente.
Alternativa correta. Reproduz o disposto na NBC TG 25 (R2) proibindo o reconhecimento quando há falta de
estimativa confiável; cumpre a exigência de divulgação como passivo contingente; e mantém a utilidade da
informação para os usuários.
Gabarito: D
19. De acordo com a NBC TG 09 (R1) - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO, a referida Demonstração
(DVA) está relacionada com informações econômicas e com a comunicação de elementos ambientais,
sociais e de governança (ASG), e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua
CFC
distribuição, durante determinado período.
Nesse sentido, considerando que a sociedade empresária “B” possui reversão de perdas estimadas com
créditos de liquidação duvidosa, essa informação deve ser apresentada, em sua DVA, do seguinte modo:
Comentários:
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), regulamentada pela NBC TG 09 (R1), possui uma estrutura bem
definida que separa claramente a geração da riqueza (primeira parte) de sua distribuição (segunda parte).
A reversão de Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) é um item que gera muita
confusão quanto ao seu correto enquadramento nesta demonstração. Porém, vejamos como está disposta a
estrutura da DVA:
CFC
6.2 - Receitas financeiras
CFC
entidade em seu período de apuração.
Gabarito: D
20. A Demonstração do Valor Adicionado proporciona aos usuários das demonstrações contábeis
informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e à forma como tais
riquezas foram distribuídas.
Na distribuição do valor adicionado, o total de “Remuneração de capitais próprios” deve ser igual
Comentários:
Questão aborda detalhes da NBC TG 09 (R1), que trata sobre a Demonstração do Valor Adicionado (DVA). A
normativa contábil estabelece critérios específicos para esta demonstração, particularmente no item 15, que
trata da remuneração de capitais próprios.
Desse modo, vamos às análises sobre o que deve ser igual a “Remuneração de capitais de próprios”:
(A) às reservas de lucro reportadas no Balanço Patrimonial.
CFC
Alternativa incorreta. Esta alternativa está incorreta porque as reservas de lucro representam apenas uma parte
da remuneração dos capitais próprios. A DVA considera a totalidade do resultado líquido do exercício como
remuneração dos capitais próprios, que inclui não apenas as reservas constituídas, mas também os dividendos
distribuídos e os juros sobre capital próprio. As reservas de lucro são apenas uma parcela dessa remuneração
global, correspondendo à parte do lucro que foi retida na empresa.
(B) ao pagamento de dividendos reportado na Demonstração dos Fluxos de Caixa.
Alternativa incorreta. Esta opção está errada por três motivos: (1) considera apenas os dividendos, ignorando
outras formas de remuneração como lucros retidos e JCP; (2) o valor dos dividendos pagos pode não corresponder
ao do período corrente, pois podem ser relativos a lucros de exercícios anteriores; e (3) a DFC registra o efetivo
pagamento, enquanto a DVA trabalha com o conceito de competência, considerando a remuneração gerada no
período independentemente de seu pagamento.
(C) ao resultado líquido do exercício reportado na Demonstração do Resultado do Período.
Alternativa correta. O item 15 da norma estabelece explicitamente que o total da remuneração de capitais
próprios na DVA deve ser igual ao resultado líquido do exercício reportado na Demonstração do Resultado. Isso
ocorre porque, conceitualmente, todo o lucro do período está disponível para remunerar os acionistas, seja
através de distribuição imediata (dividendos), seja através de retenção na empresa (reservas de lucros).
[...]
Gabarito: C
CFC
21. Uma loja que vende produtos de escritório apresentava os seguintes saldos em 31/12/2023:
Assinale a opção que indica o saldo do valor adicionado líquido produzido pela loja, apresentado em sua
Demonstração do Valor Adicionado em 31/12/2023.
A) R$ 89.000,00.
B) R$ 114.000,00.
C) R$ 104.000,00.
D) R$ 194.000,00.
Comentários:
CFC
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3-4)
De posse da estrutura, vamos calcular o valor adicionado líquido produzido pela loja:
1 - RECEITAS R$ 194.000,00
2.1) Custos dos Produtos, das Mercadorias e dos Serviços Prestados R$ 80.000,00
CFC
Analisando as alternativas:
(A) R$ 89.000,00.
Alternativa correta. Exemplificada no cálculo acima.
(B) R$ 114.000,00.
Alternativa incorreta. Não considerou as retenções.
(C) R$ 104.000,00.
Alternativa incorreta. Mostra apenas o valor bruto, sem deduzir depreciação.
(D) R$ 194.000,00.
Alternativa incorreta. Refere-se às receitas líquidas, não ao valor adicionado.
Gabarito: A
22. De acordo com a NBC TG 25 (R2) - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES, a
entidade deve divulgar, em notas explicativas, para cada classe de passivo contingente na data do balanço,
uma breve descrição da natureza do passivo contingente, a menos que a possibilidade de ocorrer qualquer
desembolso na liquidação seja
A) remota.
B) possível.
C) provável.
D) possível e provável.
Comentários:
A NBC TG 25 (R2) estabelece que os passivos contingentes devem ser divulgados em notas
explicativas, exceto quando a possibilidade de saída de recursos for remota (item 86). Esta regra visa garantir
transparência sobre obrigações potenciais que podem impactar significativamente a posição financeira da
entidade.
Desse modo:
CFC
Essa exceção está claramente estabelecida no item 86, "a menos que seja remota a possibilidade", e reflete o
princípio da materialidade, ou seja, não se exige divulgação de eventos com impacto insignificante. As demais
alternativas falham por não reconhecer esse limite estabelecido pela norma.
(B) possível.
Alternativa incorreta. Essa alternativa está incorreta porque, segundo o item 86 da NBC TG 25 (R2), quando a
possibilidade de saída de recursos é classificada como "possível" (ou seja, maior que remota mas não provável),
a entidade tem a obrigação explícita de divulgar o passivo contingente em notas explicativas. O erro aqui está
justamente em sugerir que seria uma situação de não divulgação, quando na verdade é exatamente o oposto, a
divulgação é compulsória para passivos contingentes com probabilidade possível.
(C) provável.
Alternativa incorreta. Essa opção é incorreta por confundir os tratamentos contábeis. Quando a probabilidade
de saída de recursos é "provável" (acima de 50%), o item 14 da norma exige que o valor seja reconhecido como
uma provisão no balanço patrimonial, deixando de ser um passivo contingente. Portanto, sugerir que essa seria
uma situação de não divulgação como contingente demonstra desconhecimento da diferença fundamental entre
provisões (reconhecidas no BP) e passivos contingentes (divulgados em notas).
(D) possível e provável.
Alternativa incorreta. Essa alternativa está duplamente errada. Primeiro, por combinar duas classificações
de probabilidade que são mutuamente excludentes: um passivo não pode ser simultaneamente "possível"
CFC
e "provável". Segundo, porque ambas as situações exigiriam manifestação nas demonstrações: no caso de
"provável" como provisão no BP, e no caso de "possível" como divulgação em notas. A redação da alternativa cria
uma categoria híbrida inexistente na norma.
Gabarito: A
As empresas interessadas em divulgar o seu produto ou serviço por meio dos influenciadores devem
pagar para a Solar R$ 20.000,00 por um pacote que consiste em oito inserções em redes sociais, sendo
quatro ao mês.
Em 01/05/2024, a Cia Yellow assinou contrato e pagou, à vista, R$ 20.000,00 para a Cia Solar. Foram
realizadas quatro inserções em junho e quatro em julho. A Cia Yellow estimou que, por conta da divulgação,
o seu faturamento aumentou em R$ 15.000,00 em agosto e em R$ 18.000,00 em setembro.
De acordo com o Regime de Competência, a despesa com a divulgação deve ser reconhecida pela Cia
Yellow do seguinte modo:
A) R$ 20.000,00 em maio.
Comentários:
CFC
Vamos lá, pessoal! O regime de competência, conforme a NBC TG 00 (R2) – Estrutura Conceitual, determina
que as despesas devem ser reconhecidas no período em que os serviços são efetivamente prestados,
independentemente de quando ocorre o pagamento (maio) ou quando se manifestam os resultados da
companhia (agosto/setembro).
Dessa forma, foram contratadas 8 inserções por R$ 20.000,00, sendo 4 inserções realizadas em junho (50%) e 4
inserções realizadas em julho (50%). Assim, os lançamentos contábeis seriam os seguintes:
Maio
D – Despesas Antecipadas (Ativo Circulante) – R$ 20.000,00
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) – R$ 20.000,00
Junho
D – Despesa com Marketing (Resultado) – R$ 10.000,00
C - Despesas Antecipadas (Ativo Circulante) – R$ 10.000,00
Julho
D – Despesa com Marketing (Resultado) – R$ 10.000,00
C - Despesas Antecipadas (Ativo Circulante) – R$ 10.000,00
Com relação ao aumento de faturamento, a banca examinadora colocou esses dados apenas para confundir os
candidatos, pois não possui aplicação para o que está sendo solicitado na questão.
Após essas conferências, vamos às alternativas:
(A) R$ 20.000,00 em maio.
Alternativa incorreta. A opção confunde regime de competência com regime de caixa. O pagamento antecipado
em maio não significa que o serviço foi prestado nesse mês. O correto seria registrar um ativo (despesas
antecipadas).
(B) R$ 10.000,00 em junho e R$ 10.000,00 em julho.
Alternativa correta. Conforme os lançamentos apresentados acima, metade dos serviços foram prestados
em junho e a outra metade em julho, caracterizando as despesas de acordo com o regime de competência.
Lembrando que, como a despesa já havia sido paga em maio, a conta creditada é despesas antecipadas (ativo).
(C) R$ 10.000,00 em agosto e R$ 10.000,00 em setembro.
Alternativa incorreta. Essa alternativa está errada por associar o reconhecimento das despesas aos resultados
obtidos pela companhia. Perceba que o aumento de faturamento é uma consequência das inserções, mas não o
fato gerador.
(D) R$ 5.000,00 em cada um dos meses de junho a setembro.
Alternativa incorreta. Alternativa sem pé nem cabeça, realiza uma distribuição arbitrária e não vinculada ao
regime de competência.
CFC
Gabarito: B
24. Em 01/09/2024, uma sociedade empresária localizada em Belo Horizonte adquiriu aparelhos de
informática de Manaus por R$ 40.000,00. O frete para a entrega por caminhão era de R$ 2.000,00. No
entanto, para receber os aparelhos mais rápido, a sociedade empresária solicitou a entrega por avião e
pagou o valor de R$ 5.500,00 pelo frete.
A instalação dos aparelhos no escritório custou R$ 1.000,00. Ainda, foram gastos R$ 2.000,00 com testes
para verificar se os aparelhos estavam funcionando corretamente.
O valor dos aparelhos de informática a serem registrados no ativo imobilizado da sociedade empresária é de
A) R$ 43.000,00.
B) R$ 45.000,00.
C) R$ 46.500,00.
D) R$ 48.500,00.
Comentários:
Essa questão aborda o reconhecimento e a mensuração de ativos imobilizados, nos termos da NBC TG 27, mais
precisamente o que deve ou não compor o custo de aquisição.
Nos termos do item 16 da NBC TG 27 – Ativo Imobilizado:
Além disso, o item 17 traz exemplos de custos diretamente atribuíveis a um ativo imobilizado:
CFC
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a
Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente (ou seja, avaliar se o desempenho
técnico e físico do ativo é capaz de ser usado na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para aluguel a
terceiros ou para fins administrativos);
(f) honorários profissionais.
Por fim, o item 19 ainda detalhes exemplos do que não são custos de um ativo imobilizado:
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de
treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Perceba que a maior dúvida aqui residiria no valor do frete. A questão menciona que o frete para entrega de
caminhão “seria” de R$ 2.000,00, porém, para agilizar a entrega foi contratado um avião e foi pago R$ 5.500,00.
Esse último é o valor efetivamente desembolsado pela entidade para ter o ativo em condições de uso.
Logo:
• Preço de Aquisição: R$ 40.000,00;
• Frete Aéreo: R$ 5.500,00;
•
•
CFC
Instalação: R$ 1.000,00;
Testes de Funcionamento: R$ 2.000,00.
(D) R$ 48.500,00.
Alternativa correta. Abrange todos os custos necessários para deixar o ativo em condições de uso: preço de
aquisição, frete efetivamente pago (aéreo), instalação e testes. Está em conformidade com o NBC TG 27.
Gabarito: D
25. Em janeiro de 2025, um artista, que possui uma empresa, estava em um evento estratégico em um
resort na Bahia. Ao voltar da viagem, descobriu que um influenciador digital, que também estava no
evento, divulgou fotos e vídeos do artista em redes sociais.
A empresa do artista entrou na justiça por quebra de privacidade contra o resort e contra o influenciador,
pedindo, respectivamente, R$ 10.000,00 e R$ 15.000,00.
Os advogados da empresa do artista julgaram que as chances de ganho das causas eram, respectivamente,
remota e possível.
Com base no julgamento dos advogados, a empresa deve apresentar, em suas demonstrações contábeis,
um ativo contingente
A) igual a zero.
B) de R$ 10.000,00.
CFC
C) de R$ 15.000,00.
D) de R$ 25.000,00.
Comentários:
O ativo contingente refere-se a um possível benefício econômico futuro que depende de eventos incertos, como
um processo judicial. O tratamento contábil desse item é regulado pela NBC TG 25 (R2) – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes, que estabelece regras claras para seu reconhecimento e divulgação.
Segundo a NBC TG 25 (R2), Ativo Contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não
totalmente sob controle da entidade.
Além disso, a norma destaca que a entidade não deve reconhecer um ativo contingente. Porém, quando a
realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é contingente e o seu reconhecimento
é adequado.
CFC
Alternativa correta. Como nenhum dos processos tem probabilidade "praticamente certa" ou "provável", não há
reconhecimento ou divulgação de ativo contingente. O valor correto a ser apresentado é zero.
(B) de R$ 10.000,00.
Alternativa incorreta. Apesar de ser o valor reclamado contra o resort, a probabilidade remota impede qualquer
registro contábil.
(C) de R$ 15.000,00.
Alternativa incorreta. Embora a ação contra o influenciador tenha chance possível, esse nível de probabilidade
ainda é insuficiente para reconhecimento ou divulgação.
(D) de R$ 25.000,00.
Alternativa incorreta. Não se somam valores de processos contingentes quando nenhum deles atende aos
critérios de reconhecimento ou divulgação.
Gabarito: A
26. A Cia Lua atua no setor de comércio de relógios e tem 20 empregados. Todos os anos, na primeira
semana de janeiro, a empresa contrata uma equipe de médicos para ir ao escritório realizar exames de
rotina em seus empregados.
Em janeiro de 2025, os gastos com os médicos foram de R$ 6.000,00. Do valor, 20% são pagos pelos
empregados, enquanto o restante é pago pela empresa.
A) -R$ 400,00.
B) -R$ 500,00.
C) -R$ 4.800,00.
D) -R$ 6.000,00.
Comentários:
CFC
contábil fundamental que determina que as transações devem ser registradas no período a que se referem,
independentemente do fluxo de caixa. Vamos analisar o caso e as alternativas:
A Cia Lua realizou exames médicos para seus funcionários em janeiro/2025, com os seguintes dados:
Gabarito: C
27. Em fevereiro de 2025, um hotel adquiriu um televisor de 98 polegadas para que os seus hóspedes
assistissem à cerimônia do Oscar, em março. O preço do televisor era de R$ 40.000,00.
Na data da compra foi acordado com o fornecedor que o pagamento seria realizado por Pix e, em
decorrência, o hotel obteve uma redução de 5% sobre o preço original.
CFC
Assinale a opção que indica a contrapartida da diminuição de R$ 38.000,00 na conta “Disponibilidades”,
nas demonstrações contábeis do hotel.
Comentários:
A questão aborda a contabilização da aquisição de um ativo imobilizado com desconto comercial, seguindo as
normas da NBC TG 27 - Ativo Imobilizado. Vamos analisar o caso e as alternativas:
O hotel adquiriu um televisor por R$ 40.000,00, porém, obteve um desconto comercial pelo pagamento à vista
via PIX de 5%, ou seja, R$ 2.000,00. Logo, o valor efetivamente pago pelo televisor foi de R$ 38.000,00.
Dessa forma, conforme a alínea “a”, o desconto comercial não é tratado como receita, mas sim como redução do
custo do ativo. Sendo assim, o hotel prosseguiria com o seguinte lançamento contábil:
D – Ativo Imobilizado (Televisor) – R$ 38.000,00.
C – Disponibilidades (Bancos) – R$ 38.000,00.
Analisando as alternativas:
(A) Ativo imobilizado de R$ 38.000,00.
CFC
Alternativa correta. Reflete o tratamento adequado conforme a NBC TG 27, sendo o ativo registrado pelo valor
que efetivamente foi pago, já deduzido do desconto comercial.
(B) Ativo imobilizado de R$ 40.000,00 e receita financeira de R$ 2.000,00.
Alternativa incorreta. Descontos comerciais não são receitas financeiras. A NBC TG 27 exige que o desconto seja
deduzido diretamente do custo do ativo.
(C) Ativo imobilizado de R$ 40.000,00 e outras receitas de R$ 2.000,00.
Alternativa incorreta. Da mesma forma, o desconto não pode ser classificado como "outras receitas". Isso
distorceria o valor do ativo e a DRE.
(D) Ativo imobilizado de R$ 40.000,00 e retificação do ativo imobilizado de R$ 2.000,00.
Alternativa incorreta. Não há necessidade de "retificar" o ativo, pois o desconto já reduz o custo de aquisição
diretamente. A normativa contábil não prevê esse tratamento.
Gabarito: A
28. Uma empresa de doces e bolos possui em 31/12/X0 os seguintes saldos em seu Balanço Patrimonial:
• Imobilizado: R$ 450.000,00;
• Intangível: R$ 320.000,00;
• Estoques: R$ 250.000,00;
A) R$ 770.000,00.
B) R$ 350.000,00.
C) R$ 1.020.000,00.
D) R$ 450.000,00.
Comentários: CFC
A questão exige o cálculo do Ativo Não Circulante com base nos saldos apresentados no Balanço Patrimonial,
seguindo a estrutura definida pelo art. 178 da Lei n° 6.404/76 (Lei das S.A.). Vamos analisar passo a passo:
Segundo o art. 178 da Lei n° 6.404/76:
I – ativo circulante; e
Analisando as alternativas:
(A) R$ 770.000,00.
Alternativa correta. Reflete a soma correta do ANC (Imobilizado + Intangível).
(B) R$ 350.000,00.
Alternativa incorreta. Esse valor corresponde ao Ativo Circulante (Caixa + Estoques), não ao Ativo Não Circulante.
(C) R$ 1.020.000,00.
CFC
Alternativa incorreta. Essa opção revela o Ativo Total menos o Caixa e Equivalentes de caixa, não correspondendo
ao total do Ativo Não Circulante.
(D) R$ 450.000,00.
Alternativa incorreta. Corresponde apenas ao Imobilizado, ignorando o Intangível.
Gabarito: A
29. A empresa ABC S.A. comprou materiais, em agosto de X1, com a finalidade de utilizá-los em suas
atividades.
O pagamento foi realizado em novembro de X1, e os materiais foram utilizados na prestação de serviços
em setembro de X1.
A) novembro de X1.
B) setembro de X1.
C) agosto de X1.
D) dezembro de X1.
Comentários:
Setembro de X1:
Utilização dos materiais, momento em que os materiais são consumidos e geram benefício econômico (fato
gerador):
D – Custo ou Despesa (Resultado)
C - Estoque de Materiais (Ativo Circulante)
Novembro de X1:
Pagamento dos materiais. Irrelevante para o reconhecimento da despesa, pois o regime de competência
independe do fluxo de caixa. Esse é o momento do pagamento dos fornecedores.
D - Fornecedores (Passivo Circulante)
C – Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante)
Gabarito: B
30. Relacione as contas contábeis do balanço patrimonial apresentadas a seguir com seus respectivos
grupos contábeis.
CFC
2. Contas a receber em 5 meses.
( ) Ativo Circulante.
( ) Passivo Circulante.
A) 4 – 2 – 1 – 3.
B) 2 – 4 – 3 – 1.
C) 3 – 1 – 2 – 4.
D) 1 – 3 – 4 – 2.
Comentários:
A questão exige a correta classificação das contas contábeis nos grupos do Balanço Patrimonial, conforme a Lei
n° 6.404/76 (Lei das S.A.).
Segundo o art. 178 da Lei n° 6.404/76:
I – ativo circulante; e
I – passivo circulante;
CFC
Além disso, os ativos e passivos de uma empresa são classificados no balanço patrimonial em circulantes e não
circulantes, com base no prazo em que se espera que sejam realizados (ativos) ou liquidados (passivos).
Assim, são ativos circulantes os recursos que a empresa espera converter em dinheiro ou consumir dentro de 12
meses após a data das demonstrações contábeis ou no curso do ciclo operacional da entidade, caso esse seja
superior a 12 meses. Por outro lado, são ativos não circulantes os bens e direitos com prazo de realização superior
a 12 meses ou além do ciclo operacional mencionado acima.
Ademais, os passivos circulantes são obrigações que a empresa deve pagar dentro de 12 meses a contar da
data do balanço patrimonial ou dentro do ciclo operacional da entidade. Ao contrário disso, os passivos não
circulantes são dívidas e compromissos com vencimento acima de 12 meses, como financiamentos de longo
prazo, debêntures e provisões para aposentadoria.
Dessa forma, vamos classificar as contas:
Empréstimos a pagar após 12 meses:
• Passivo Não Circulante (dívida com vencimento além de 12 meses).
Contas a receber em 5 meses:
• Ativo Circulante (direito realizável no curso do exercício seguinte).
Gabarito: B
CFC
31. Assinale a opção que contempla apenas componentes do Patrimônio Líquido, descritos na Lei nº
6.404/76 e alterações posteriores.
Comentários:
A questão aborda os componentes do Patrimônio Líquido (PL) conforme a Lei n° 6.404/76 (Lei das S.A.) e suas
alterações.
Vamos analisar cada alternativa com base no art. 178, § 2º, III da lei:
CFC
a) Absorção de prejuízos que ultrapassarem os Lucros Acumulados e a Reserva de Lucros;
b) Resgate, reembolso ou compra de ações;
c) Resgate de Partes Beneficiárias;
d) Incorporação no Capital Social;
e) Pagamento de Dividendos a ações preferenciais quando essa vantagem lhes for assegurada.
Reservas de Lucros: são valores que possuem o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido.
Ações em Tesouraria: representam ações readquiridas pela própria emissora.
(D) Ajustes de Avaliação Patrimonial – Capital Social – Debêntures.
Alternativa incorreta. Embora Ajustes de Avaliação Patrimonial (variações em investimentos avaliados a
valor justo) e Capital Social sejam contas do PL, as debêntures são títulos de dívida emitidos pela empresa,
classificáveis no Passivo (Circulante ou Não Circulante, dependendo do vencimento). O art. 52 da Lei 6.404/76
define debêntures como valores mobiliários representativos de dívida, sem qualquer relação com o Patrimônio
Líquido. Portanto, sua presença descaracteriza a alternativa.
Gabarito: C
32. A companhia investidora Alfa S.A., obrigada legalmente a elaborar demonstrações financeiras
consolidadas, possui a seguinte participação societária nas empresas:
Com base exclusivamente nas informações acima, o montante registrado na conta de participação de
acionistas não controladores no balanço consolidado da investidora Alfa S.A. em 31/12/2023 deverá ser de
A) R$ 100.000,00.
B) R$ 310.000,00.
C) R$ 760.000,00.
D) R$ 1.525.000,00.
CFC
Comentários:
A questão exige o cálculo da participação de acionistas não controladores (PNC) no balanço consolidado da
controladora Alfa S.A., conforme as regras da NBC TG 36 (R3) - Demonstrações Consolidadas. Vamos analisar
passo a passo:
Segundo a NBC TG 36 (R3), empresas controladas devem ser consolidadas integralmente e a participação dos
acionistas não controladores é calculada sobre a parcela do PL que não pertence à controladora.
Por outro lado, empresas coligadas ou sem influência significativa não são consolidadas. As coligadas são
avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, não afetando a participação dos não controladores. Já os
investimentos sem influência significativa são avaliados pelo custo ou pelo valor justo, não afetando também a
participação dos não controladores.
Estratégia Concursos | Exame CFC 2025.1 - Prova Comentada 61
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CFC
Dessa forma, para sabermos a participação dos não controladores das empresas Kappa e Sigma, realizamos o
seguinte cálculo:
Kappa (Controlada 90%)
• PL da Kappa (R$ 1.000.000,00) x PNC (10%) = R$ 100.000,00.
Vamos às alternativas:
(A) R$ 100.000,00.
Alternativa incorreta. Considera apenas a PNC de Kappa, ignorando Sigma.
(B) R$ 310.000,00.
Alternativa correta. Soma corretamente a participação dos não controladores de Kappa e Sigma.
(C) R$ 760.000,00.
Alternativa incorreta. Parece somar partes incorretas do PL ou incluir empresas não consolidadas.
(D) R$ 1.525.000,00.
CFC
Alternativa incorreta. Possivelmente soma todos os PLs das investidas sem critério de consolidação.
Gabarito: B
33. Uma empresa adquiriu uma máquina e registrou na contabilidade os seguintes dispêndios:
De acordo com a NBC TG 27 (R4) - ATIVO IMOBILIZADO, o custo da máquina, ou seja, o valor contábil de
registro inicial desse imobilizado, será de
A) R$ 500.000,00.
B) R$ 550.000,00.
C) R$ 650.000,00.
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D) R$ 760.000,00.
Comentários:
A empresa adquiriu uma máquina e incorreu em diversos gastos relacionados a essa aquisição. O objetivo
é determinar o valor contábil inicial desse ativo imobilizado, conforme as normas da NBC TG 27 (R4) - Ativo
Imobilizado, que estabelece os critérios para reconhecimento e mensuração desses ativos.
Nos termos do item 16 da NBC TG 27 (R4) – Ativo Imobilizado:
Além disso, o item 17 traz exemplos de custos diretamente atribuíveis a um ativo imobilizado:
Por fim, o item 19 ainda detalhes exemplos do que não são custos de um ativo imobilizado:
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de
CFC
treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Dessa forma, vamos classificar os custos dessa máquina e descobrir o seu valor de registro original.
• Preço de aquisição: R$ 500.000,00 – É o valor base da máquina e compõe o custo do ativo;
• Imposto de importação: R$ 50.000,00 (não recuperável) – Como não é recuperável, integra o custo do ativo;
• Preparação do local: R$ 100.000,00 – Custo diretamente atribuível para colocar o ativo em condições de uso;
• Custo com materiais consumido na realização de testes de funcionamento: R$ 50.000,00 – Esses materiais
foram utilizados para verificar o funcionamento adequado da máquina, sendo um custo diretamente atribuível;
• Honorários dos técnicos que realizaram os testes: R$ 60.000,00 – Honorários pagos aos técnicos que
realizaram os testes também são custos diretamente atribuíveis;
• Vida útil estimada: 10 anos – Não compõem o custo inicial do ativo, mas será utilizado posteriormente para
calcular a depreciação;
• Valor residual: R$ 100.000,00 – Não compõem o custo inicial do ativo, mas será utilizado posteriormente para
calcular a depreciação.
Desse modo temos que:
Preço de Aquisição (R$ 500.000,00) + Impostos de Importação (R$ 50.000,00) + Preparação do Local (R$ 100.00,00)
+ Materiais em Testes (R$ 50.000,00) + Honorários Técnicos (R$ 60.000,00) = R$ 760.000,00.
Vamos às alternativas:
(A) R$ 500.000,00.
Alternativa incorreta. Considera apenas o preço de aquisição, ignorando os demais custos necessários para
colocar o ativo em uso.
(B) R$ 550.000,00.
Alternativa incorreta. Inclui o preço de aquisição e o imposto de importação, mas omite os custos diretamente
atribuíveis.
CFC
(C) R$ 650.000,00.
Alternativa incorreta. Parece incluir alguns custos diretamente atribuíveis, mas não todos.
(D) R$ 760.000,00.
Alternativa correta. Abrange todos os componentes do custo inicial conforme a NBC TG 27 (R4).
Gabarito: D
34. Uma empresa adquiriu uma máquina em 01/01/2020 pelo custo total de R$ 240.000,00. No registro
inicial da máquina no imobilizado, a empresa estimou a vida útil da máquina em 8 anos, sem valor residual.
Na data da aquisição, a empresa iniciou a depreciação pelo método linear.
Em 31/12/2024, a empresa reavaliou a vida útil para 10 anos, aumentando em 2 anos a vida útil inicialmente
estimada. Além disso, verificou que o valor residual da máquina passou a ser de R$ 40.000,00.
Com base exclusivamente nos dados acima apresentados, o valor anual da despesa de depreciação a ser
contabilizada a partir das alterações ocorridas em 31/12/2024 deve ser de
A) R$ 40.000,00.
B) R$ 30.000,00.
C) R$ 18.000,00.
D) R$ 10.000,00.
Comentários:
CFC
descobrir o seu valor contábil líquido, para depois pensarmos na reavaliação.
Desse modo, temos que o custo inicial da máquina era de R$ 240.000,00 e não havia valor residual. Dessa
forma, todo o valor será utilizado para cálculos de depreciação. Como a vida útil da máquina era de 8 anos,
vamos dividir o seu custo inicial (R$ 240.000,00) pela sua vida estimada, gerando um valor de depreciação
anual de R$ 30.000,00.
Perceba que, de 01/01/2020 a 31/12/2024, passaram-se cinco anos, de modo que a depreciação anual encontrada
deve ser multiplicada por cinco (R$ 30.000,00 x 5 = R$ 150.000,00), R$ 150.000,00 é o valor da depreciação
acumulada, registrada no Balanço Patrimonial.
Desse modo, o valor contábil líquido desse ativo imobilizado é de:
R$ 240.000,00 – R$ 150.000,00 = R$ 90.000,00 em 31/12/2024.
Ocorre que nessa data, houve uma reestimativa pela empresa, sendo que a vida útil da máquina passou de oito
para dez anos e a máquina passou a ter um valor residual de R$ 40.000,00.
Dessa forma, o novo valor depreciável não será mais o custo inicial da máquina, mas sim o seu valor contábil líquido
no momento da reestimativa menos o seu novo valor residual (R$ 90.000,00 – R$ 40.000,00 = R$ 50.000,00).
Além disso, a vida útil do bem para fins de cálculo não é mais oito anos, muito menos dez, pois já se passaram
cinco anos desde a aquisição do imobilizado. Dessa forma, o restante da vida útil do bem é de (10 anos – 05 anos
já passados de 2020 a 2024 = 05 anos).
Por fim, basta dividir o novo valor depreciável de R$ 50.000,00 pelos cinco anos restantes da vida útil do bem,
chegando à nova depreciação de R$ 10.000,00 anuais.
Considerando as alternativas:
(A) R$ 40.000,00.
Alternativa incorreta. Não considera o valor contábil atual e o valor residual.
(B) R$ 30.000,00.
Alternativa incorreta. Mantém a depreciação original, desconsiderando a revisão.
(C) R$ 18.000,00.
Alternativa incorreta. Parece considerar uma vida útil total de 10 anos desde a aquisição, mas não ajusta o valor
depreciável corretamente.
(D) R$ 10.000,00.
Alternativa correta. Reflete o cálculo ajustado com base no valor contábil atual da máquina, seu novo valor
residual e sua vida útil remanescente.
Gabarito: D
35. A Indústria Cadeiras Maceió Ltda. produz e comercializa cadeiras de escritório. No mês de setembro
de X4, a empresa produziu 30.000 cadeiras e não possuía estoque inicial. No mês, vendeu 24.000 unidades
CFC
a um preço unitário de R$ 100,00. Os custos variáveis totais, incluindo matéria-prima, mão de obra direta
e outros custos variáveis, somaram R$ 1.800.000,00. Os custos fixos, compostos principalmente por
aluguel da fábrica, depreciação do maquinário e salários fixos dos supervisores da produção, totalizaram
R$ 200.000,00. As despesas fixas, como gastos com administração e vendas, somaram R$ 100.000,00.
Com base nessas informações, o lucro obtido com as vendas, aplicando o método de custeio variável, foi de
A) R$ 660.000,00.
B) R$ 960.000,00.
C) R$ 700.000,00.
D) R$ 300.000,00.
Comentários:
A Indústria Cadeiras Maceió Ltda. produziu e vendeu cadeiras de escritório em setembro/X4 e precisamos calcular
o lucro utilizando o método de custeio variável. Esse método considera apenas os custos variáveis como custos
dos produtos, tratando os custos fixos como despesas do período.
Pois bem, a receita de vendas é fácil de calcular; precisamos multiplicar a quantidade de cadeiras vendidas pelo
seu preço de venda unitário: 24.000 unidades x R$ 100,00 preço de venda unitário = R$ 2.400.000,00.
O passo seguinte é calcular o Custo Variável Unitário, para descobrirmos quanto custou cada cadeira vendida e
quanto permaneceu em estoque na empresa. Para isso, vamos dividir os Custos Variáveis totais pela quantidade
de cadeiras produzidas: R$ 1.800.000,00 / 30.000 unidades = R$ 60,00 por unidade.
Agora, vamos descobrir o valor do Custo Variável Total da parte que foi vendida, multiplicando o custo por unidade
pelo total de cadeiras vendidas: R$ 60,00 por unidade x 24.000 unidades vendidas = R$ 1.440.000,00.
Lembrando que os custos fixos e as despesas fixas vão direto para o resultado, ainda temos R$ 200.000,00 de
custos fixos + R$ 100.000,00 de despesas fixas = R$ 300.000,00.
Montando a DRE pelo Custeio Variável, temos:
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(A) R$ 660.000,00.
Alternativa correta. Reflete o cálculo adequado pelo custeio variável, deduzindo custos e despesas fixas da
margem de contribuição.
(B) R$ 960.000,00.
Alternativa incorreta. Representa apenas a margem de contribuição, sem considerar a dedução dos custos e
despesas fixas.
(C) R$ 700.000,00.
Alternativa incorreta. Parece incluir um erro no tratamento dos custos fixos, possivelmente alocando-os
parcialmente aos produtos.
(D) R$ 300.000,00.
Alternativa incorreta. Pode ter considerado todos os custos (fixos e variáveis) como CPV, distorcendo o método
de custeio variável.
A título de complemento, apresentamos um conceito interessante sobre Margem de Contribuição. A Margem de
Contribuição representa o valor que sobra da receita de venda após a dedução dos custos e despesas variáveis,
indicando quanto cada produto ou serviço contribui para cobrir os custos e despesas fixas e, posteriormente,
gerar lucro.
Gabarito: A
36. Em janeiro de 2024, uma fábrica que produz bolas de futebol incorreu nos seguintes gastos: aluguel
do imóvel e das máquinas: R$ 30.000,00; embalagens indispensáveis ao produto final: R$ 2.000,00;
matéria-prima: R$ 10.000,00; seguro do imóvel: R$ 5.000,00.
A) R$ 5.000,00.
B) R$ 30.000,00.
C) R$ 35.000,00.
D) R$ 45.000,00.
Comentários:
A fábrica de bolas de futebol teve diversos gastos em janeiro/2024, e precisamos identificar quais deles
são custos fixos. Os custos fixos são aqueles que não variam com o volume de produção, diferentemente dos
custos variáveis, que mudam conforme a quantidade produzida.
Dessa forma, vamos analisar cada item com base em sua variação ou não de acordo com o nível de produção:
• Aluguel do imóvel e das máquinas: R$ 30.000,00 – Perceba que o aluguel é um valor contratual que não se
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altera com a quantidade produzida. Tanto faz se a fábrica produz 10.000 bolas ou 50.000 bolas, o valor do
aluguel permanece o mesmo. Dessa forma, é um Custo Fixo.
• Embalagens indispensáveis ao produto final: R$ 2.000,00 – Aqui temos gastos com embalagens. Veja que o
gasto com embalagens está diretamente ligado à produção. Quanto mais bolas produzidas, mais embalagens
serão usadas. Logo, é um Custo Variável, pois varia conforme o nível de produção.
• Matéria-prima: R$ 10.000,00 - A matéria-prima é um custo diretamente relacionado à produção. Quanto
mais bolas, mais matéria-prima consumida. Desse modo, também é um Custo Variável.
• Seguro do imóvel: R$ 5.000,00 – Mais um valor que é predeterminado por contrato e não varia conforme
o nível de produção. Ou seja, se produz mais ou produz menos bolas, isso não influencia no valor do seguro
do imóvel, logo é um Custo Fixo.
Assim, temos como Custos Fixos:
Aluguel do Imóvel e das Máquinas de R$ 30.000,00 + Seguro do Imóvel de R$ 5.000,00 = R$ 35.000,00.
Agora, vamos analisar as alternativas:
(A) R$ 5.000,00.
Alternativa incorreta. Considera apenas o seguro, ignorando o aluguel.
(B) R$ 30.000,00.
Alternativa incorreta. Inclui apenas o aluguel, deixando de fora o seguro.
(C) R$ 35.000,00.
Alternativa correta. Abrange ambos os custos fixos (aluguel + seguro).
(D) R$ 45.000,00.
Alternativa incorreta. Inclui valores que não são custos fixos (como matéria-prima e embalagens).
Gabarito: C
37. Leia o fragmento a seguir: “Departamento é a unidade _____ administrativa para a Contabilidade de
Custos, representada, na maioria dos casos, por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades
_____.”
A) padrão – heterogêneas
B) mínima – homogêneas
C) máxima – complementares
D) padrão – complementares
Comentários: CFC
O enunciado apresenta a definição de departamento na Contabilidade de Custos, com duas lacunas a serem
preenchidas. Precisamos identificar os termos que melhor completam o sentido do texto, considerando os
conceitos básicos da área.
Considerando a primeira lacuna, temos que na Contabilidade de Custos, um departamento é tratado como
a menor unidade de acumulação de custos (unidade mínima). Dessa forma, “padrão”, apesar de não usual nesse
contexto, poderia ser utilizado para suprir a lacuna, ou “mínima”, que parece mais adequado tecnicamente. Mas
ainda assim ficaríamos entre três alternativas. Desse modo, vamos à segunda lacuna.
Um departamento geralmente agrupa atividades homogêneas (semelhantes ou relacionadas entre si)
para facilitar a alocação de custos. Por exemplo, em um departamento de montagem, todas as atividades
ali desempenhadas são de montagem. Assim, “heterogêneas” e “complementares” não são tecnicamente
adequadas para essa definição.
Analisando criteriosamente cada alternativa:
(A) padrão – heterogêneas
Alternativa incorreta. “Padrão" não é o termo técnico usado para definir departamentos, e "Heterogêneas"
contradiz o princípio de agrupar atividades similares em departamentos.
Gabarito: B
38. Gasto pode ser definido como o sacrifício financeiro necessário para obter um produto ou serviço,
representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Assim, custos, despesas, investimentos e
desembolsos são tipos de gastos.
CFC
I. Custo é um gasto diretamente relacionado a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e
serviços.
II. Despesa é um gasto com bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas.
III. Investimento é um gasto que se tornou um item do patrimônio líquido em função da expectativa de
geração futura de caixa para a entidade ou em função de sua vida útil.
IV. Desembolso é um gasto que ocorre quando bens ou serviços são consumidos de forma anormal e/ou
involuntária que afetam diretamente o resultado da entidade.
B) I, II e III, apenas.
C) I e II, apenas.
Comentários:
A questão aborda os diferentes tipos de gastos na contabilidade (custos, despesas, investimentos e desembolsos),
também chamamos de “terminologias de custos”, e exige a análise de quatro afirmativas sobre esses conceitos.
Segundo o renomado livro “Contabilidade de Custos”, do referenciado Dr. Eliseu Martins – 9ª Edição – São Paulo:
Atlas (2003):
• CUSTO - é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
• GASTO - compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso),
sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
• DESEMBOLSO – pagamento resultante de aquisição do bem ou serviço.
• INVESTIMENTO – gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.
• DESPESA – bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas.
• Todo produto vendido provoca despesa. Normalmente, chamamos de CPV, e é assim que aparece na DRE.
Mas o correto seria: “Despesa que é o somatório dos itens que compuseram o custo de fabricação do produto
ora vendido.”
• PERDA – bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
CFC
Agora que já revisamos as definições, vamos avaliar cada uma das alternativas:
I. Custo é um gasto diretamente relacionado a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços.
Alternativa correta. Custos são gastos associados à produção (ex.: matéria-prima, mão de obra direta) e estão
diretamente vinculados à transformação de insumos em produtos finais.
II. Despesa é um gasto com bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas.
Alternativa correta. Despesas são gastos não ligados à produção, mas à geração de receitas ou à administração
da empresa. Podem ser diretas (como comissões de vendas) ou indiretas (como salários da administração).
III. Investimento é um gasto que se tornou um item do patrimônio líquido em função da expectativa de geração
futura de caixa para a entidade ou em função de sua vida útil.
Alternativa incorreta. Investimentos são gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis
a futuros períodos. Por exemplo, quando você adquire uma matéria-prima para produção de algum bem, essa
aquisição inicialmente é um investimento. Posteriormente, quando você utiliza essa matéria-prima na produção
de outro bem, se torna um custo. Quando esse produto está novamente pronto, volta a ser um investimento.
E por fim, quando é vendido, torna-se uma despesa.
IV. Desembolso é um gasto que ocorre quando bens ou serviços são consumidos de forma anormal e/ou
involuntária que afetam diretamente o resultado da entidade.
Alternativa incorreta. Desembolso é simplesmente o pagamento (saída de caixa), independentemente do tipo
de gasto. Não está necessariamente ligado a consumo anormal ou involuntário, que seria uma perda, e não
desembolso.
Assim, temos que:
(A) III e IV, apenas.
Alternativa incorreta. Ambas as afirmativas estão erradas.
(B) I, II e III, apenas.
Alternativa incorreta. A afirmativa III está errada.
(C) I e II, apenas.
Alternativa correta. As únicas afirmativas tecnicamente corretas.
(D) II, III e IV, apenas.
Alternativa incorreta. Apenas a II está correta; III e IV estão erradas.
Gabarito: C
CFC
39. Em 01/01/2024, uma loja de teclados apresentava os seguintes saldos em seu balanço patrimonial:
• Disponibilidades: R$ 60.000,00;
• Estoque: R$ 240.000,00;
O estoque era composto por 400 unidades de teclado, sendo que cada uma era vendida por R$ 1.000,00.
No primeiro semestre de 2024, os gastos fixos, considerando a loja e o escritório, foram os seguintes:
• Aluguel: R$ 36.000,00;
• Depreciação: R$ 30.000,00;
• Salários: R$ 60.000,00.
Além disso, foi paga, antecipadamente, uma despesa de R$ 4.000,00 relacionada ao segundo semestre
do ano.
A) 240.
B) 300.
CFC
C) 315.
D) 375.
Comentários:
Vamos resolver a questão passo a passo, analisando cada componente necessário para calcular o Ponto de
Equilíbrio Contábil (PEC) em unidades.
Primeiramente, Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é o ponto em que o lucro da empresa é zero, ou seja, é o ponto
no qual a receita total é igual aos custos e despesas totais. Também chamado de Break-Even Point ou Ponto de
Ruptura ou Ponto Crítico, podendo ser expresso pela seguinte fórmula:
Além do PEC ainda temos o Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) e o Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF).
O PEE, além dos custos fixos, inclui o lucro mínimo desejado pelo investidor (custo de oportunidade). Mostra
quanto vender para valer a pena o negócio.
Por outro lado, o PEF considera apenas os gastos que efetivamente saem do caixa, exclui depreciação, por
exemplo, sendo útil para analisar liquidez.
CFC
e não ao 1º semestre de 2024, não impactando no cálculo do ponto de equilíbrio almejado.
Por fim, a Margem de Contribuição Unitária (MCu) é o Preço de Venda Unitário (PVu) menos os Custos e Despesas
Variáveis Unitários (CDVu).
Desse modo temos que:
MCu = PVu – CDVu
MCu = R$ 1.000,00 – R$ 600,00 = R$ 400,00.
De posse de todas as informações necessárias, o PEC é a divisão dos gastos fixos pela MCu.
(B) 300.
Alternativa incorreta. Pode ter surgido de incluir a despesa antecipada de R$ 4.000,00 nos gastos fixos (R$
126.000,00 + R$ 4.000,00 = R$ 130.000,00), mas mesmo assim o valor final do PEC seria de 325 unidades, e não
300 como na alternativa.
(C) 315.
Alternativa correta. Exatamente conforme o cálculo explicado acima.
(D) 375.
Alternativa incorreta. Quem marcou isso pode ter considerado a MCu como R$ 336,00 (errado), talvez
confundindo com outro método de rateio.
Gabarito: C
I. No Modelo de Preço de Transferência Baseado em Custo Total Realizado (Full Cost), o bem/serviço é
transferido pelo valor resultante do somatório dos custos totais incorridos (fixos e variáveis), dividido pelo
volume de produção de um determinado período (custeio por absorção).
CFC
transferido pelo preço vigente no mercado, que pode ser um preço médio.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) I, II e III.
Comentários:
A questão aborda três modelos de preço de transferência, que são métodos utilizados para definir o valor de bens
ou serviços transferidos entre departamentos ou divisões de uma mesma empresa. Cada afirmativa descreve um
modelo específico, e nosso objetivo é avaliar sua precisão conceitual.
I. No Modelo de Preço de Transferência Baseado em Custo Total Realizado (Full Cost), o bem/serviço é transferido
pelo valor resultante do somatório dos custos totais incorridos (fixos e variáveis) dividido pelo volume de produção
de um determinado período (custeio por absorção).
Alternativa correta. Essa afirmativa está correta ao descrever que nesse modelo o preço de transferência
corresponde à soma de todos os custos (fixos e variáveis) dividida pelo volume de produção. O Full Cost utiliza
efetivamente o método de custeio por absorção, incorporando todos os gastos de produção no cálculo. Por
exemplo, se uma divisão industrial incorre em R$ 500.000,00 de custos totais para produzir 50.000 unidades, o
preço de transferência unitário será de R$ 10,00, independentemente das condições de mercado.
II. No Modelo de Preço de Transferência Baseado em Negociação entre os Gestores, o bem/serviço é transferido
pelo preço vigente no mercado, que pode ser um preço médio.
Alternativa incorreta. Essa afirmativa contém um erro conceitual relevante. O modelo baseado em negociação
entre gestores não necessariamente utiliza o preço de mercado como referência. Na realidade, este método
estabelece valores por meio de acordos internos que podem considerar diversos fatores estratégicos, como
capacidade ociosa, relações de poder organizacional ou objetivos corporativos globais. A caracterização do preço
de mercado como elemento determinante é imprecisa, pois a negociação interna pode resultar em valores
significativamente diferentes dos praticados externamente.
III. No Modelo de Preço de Transferência Baseado em Custo de Oportunidade, o preço do bem/serviço transferido
estrutura-se a partir da premissa de que deveria refletir o valor do benefício possível de ser auferido na melhor
alternativa econômica de obtenção dos insumos demandados.
CFC
Alternativa correta. Essa afirmativa está correta ao explicar que esse modelo considera o benefício potencial que
poderia ser obtido na melhor alternativa disponível. O custo de oportunidade reflete o valor econômico que a
organização deixa de auferir ao optar pela transferência interna em vez de explorar outras possibilidades no mercado.
Por exemplo, se uma divisão poderia vender um componente no mercado por R$ 150,00, mas opta por transferi-lo
internamente por R$ 120,00, os R$ 30,00 da diferença representam o custo de oportunidade não realizado.
Dessa forma:
(A) I, apenas.
Alternativa incorreta. A alternativa está incompleta, pois exclui a afirmativa III, que também está correta.
(B) I e II, apenas.
Alternativa incorreta. A afirmativa II não está correta. Além disso, desconsidera o acerto da afirmativa III.
(C) I e III, apenas.
Alternativa correta. Está de acordo com o comentário e as exemplificações analisadas acima.
(D) I, II e III.
Alternativa incorreta. Essa é a opção mais problemática, pois agrega todas as afirmativas, incluindo a II que
contém imprecisão conceitual.
Gabarito: C
A) 2,00 e 1,00.
B) 1,00 e 2,00.
C) 1,00 e 2,60.
D) 2,00 e 0,75.
Comentários:
CFC
Primeiramente, precisamos entender o que são os indicadores de liquidez. Os índices de liquidez medem a
capacidade financeira da empresa em pagar os compromissos assumidos com seus credores. São calculados a
partir das contas do Balanço Patrimonial.
Os principais indicadores são: (I) Liquidez Corrente; (II) Liquidez Imediata; (III) Liquidez Seca; e (IV) Liquidez Geral.
A Liquidez Corrente (LC) procura mostrar a capacidade de pagamento dos compromissos de curto prazo da
empresa.
A Liquidez Imediata (LI) demonstra a capacidade de pagamento dos compromissos da empresa com os recursos
prontamente disponíveis.
A Liquidez Seca (LS) é similar a LC, mas exclui os estoques e as despesas antecipadas do seu cálculo, por possuírem
menor liquidez.
Por fim, a Liquidez Geral (LG) retrata a visão mais ampla da liquidez da empresa, englobando tanto o curto quanto
o longo prazo. Procura mostrar o grau de equilíbrio entre pagamentos e recebimentos futuros da empresa.
Agora, vamos resolver a questão passo a passo, calculando os índices de Liquidez Corrente (LC) e Liquidez Seca
(LS) com base no balanço patrimonial fornecido.
Na composição do Ativo Circulante temos:
• Caixa: R$ 5.000,00
• Aplicações financeiras (curto prazo): R$ 10.000,00
• Contas a receber (curto prazo): R$ 15.000,00
• Estoques: R$ 30.000,00
Isso significa que a empresa possui R$ 2,00 em ativos circulantes para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo.
Prosseguindo, para calcular a Liquidez Seca (LS) basta retirarmos do total do Ativo Circulante os Estoques, uma
vez que não temos Despesas Antecipadas nessa questão.
R$ 60.000,00 – R$ 30.000,00 = R$ 30.000,00.
Dessa forma, temos que:
LS = R$ 1,00
Isso significa que, sem considerar os estoques, que possuem menor liquidez, a empresa possui R$ 1,00 para
cobrir cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo.
Analisando as alternativas temos que:
(A) 2,00 e 1,00.
Alternativa incorreta. Inverte os valores de LS e LC. O correto é LS = 1,00 e LC = 2,00.
(B) 1,00 e 2,00.
Alternativa correta. Reflete exatamente os cálculos realizados. LS = 1,00 e LC = 2,00.
CFC
(C) 1,00 e 2,60.
Alternativa incorreta. A LC está superestimada. Seria 2,60 apenas se o AC fosse R$ 78.000,00, o que não condiz
com os dados da questão.
(D) 2,00 e 0,75.
Alternativa incorreta. Nenhum dos índices calculados corresponde a esses valores. Uma LC de 0,75 indicaria
insuficiência de ativos circulantes para cobrir dívidas de curto prazo, o que não é o caso.
Gabarito: B
42. A Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos
os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
A) Unidade.
B) Universalidade.
C) Exclusividade.
D) Orçamento Bruto.
Comentários:
A questão aborda um dos princípios orçamentários previstos na legislação brasileira, especificamente o que
determina a inclusão de todas as receitas e despesas dos entes federados (União, Estados, Municípios e DF) em
sua Lei Orçamentária Anual (LOA).
Vamos analisar cada alternativa:
(A) Unidade.
Alternativa incorreta. O princípio da Unidade estabelece que deve existir um único orçamento para cada esfera
CFC
de governo, consolidando todas as receitas e despesas em um único documento. A questão, no entanto, não se
refere à consolidação em um único orçamento, mas sim à obrigatoriedade de incluir todos os itens (receitas e
despesas) sem exceções. Portanto, essa não é a resposta correta.
(B) Universalidade.
Alternativa correta. O princípio da Universalidade determina que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve
abranger todas as receitas e despesas dos Poderes, órgãos, fundos e entidades públicas, sem exclusões. Esse
princípio está previsto no art. 2º, § 1º, da Lei 4.320/1964 e no art. 165, § 5º, da Constituição Federal de 1988, que
exigem a inclusão completa de todas as previsões financeiras do setor público.
(C) Exclusividade.
Alternativa incorreta. O princípio da Exclusividade veda a inclusão, na Lei Orçamentária, de matérias estranhas à
previsão de receitas e despesas (art. 165, § 8º, da CF/88). Ou seja, o orçamento não pode ser usado para tratar de
outros temas (como criação de leis ou alterações administrativas). Como a questão não menciona essa restrição,
mas sim a abrangência total das receitas e despesas, essa alternativa está incorreta.
(D) Orçamento Bruto.
Alternativa incorreta. O princípio do Orçamento Bruto estabelece que todas as receitas e despesas devem ser
registradas pelos seus valores brutos (sem deduções), e não líquidos. Embora esse princípio também esteja
relacionado à transparência orçamentária, ele não se refere à obrigatoriedade de inclusão de todos os órgãos e
entidades, como descreve a questão. Portanto, não é o conceito correto.
Gabarito: B
43. De acordo com a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL - ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE PROPÓSITO GERAL PELAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO, as
informações financeiras e não financeiras são relevantes quando
B) retratam a substância da transação, a qual pode não corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica.
D) estão disponíveis aos usuários a tempo de serem úteis para fins de prestação de contas, responsabilização e
tomada de decisão.
Comentários:
CFC
A questão aborda o conceito de relevância das informações contábeis no setor público, conforme estabelecido
pela NBC TSP Estrutura Conceitual. Essa norma define critérios para que informações (financeiras e não financeiras)
sejam consideradas relevantes para os usuários.
Vamos analisar cada alternativa:
(A) permitem que os usuários compreendam o seu significado.
Alternativa incorreta. Embora a clareza e a compreensibilidade sejam características importantes da informação
contábil, esse critério está mais associado ao princípio da inteligibilidade, ou seja, a facilidade de entendimento,
do que ao de relevância. A questão busca o conceito de relevância, que está ligado à capacidade de influenciar
decisões, e não apenas à compreensão do significado.
(B) retratam a substância da transação, a qual pode não corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica.
Alternativa incorreta. Esse critério se refere ao princípio da essência sobre a forma, que determina que as
transações devem ser registradas de acordo com sua realidade econômica (substância), e não apenas com base
em sua aparência legal. Apesar de ser um conceito importante, ele não define relevância, mas sim a representação
fidedigna das operações.
(C) são capazes de influenciar significativamente o cumprimento dos objetivos da elaboração e da divulgação da
informação contábil.
Alternativa correta. De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual, a relevância está diretamente ligada à
capacidade da informação de impactar decisões, auxiliando os usuários na prestação de contas, responsabilização
e tomada de decisão. Esse conceito está alinhado com o § 3.6 da NBC TSP, que define que informações são
relevantes quando podem afetar avaliações ou ações dos usuários.
Relevância
(D) estão disponíveis aos usuários a tempo de serem úteis para fins de prestação de contas, responsabilização e
tomada de decisão.
Alternativa incorreta. Esse critério se refere à característica qualitativa da tempestividade, que é uma característica
complementar à relevância, mas não a define, mas melhora sua qualidade. A informação pode ser relevante, mas,
CFC
se não for disponibilizada em tempo hábil, perde sua utilidade. Como a questão busca o conceito de relevância,
e não tempestividade, essa alternativa não é a correta.
Gabarito: C
44. Com relação aos usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público
(RCPGs), avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para atender às necessidades de infor-
mações dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando estes detêm a prerrogativa de exigir
que a entidade do setor público divulgue as informações que atendam às suas necessidades específicas.
( ) Os membros do Poder Legislativo são também usuários primários dos RCPGs e utilizam extensiva e
continuamente os relatórios enquanto atuam como representantes dos interesses dos usuários de serviços
e dos provedores de recursos.
( ) Alguns usuários dos serviços e alguns provedores de recursos que dependem dos RCPGs para obter
informações que eles necessitam para os propósitos de prestação de contas e responsabilização e tomada
de decisão podem não ser cidadãos, como agências bilaterais ou multilaterais.
De acordo com a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL- ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE PROPÓSITO GERAL PELAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO,
as afirmativas são, respectivamente,
A) V – F – F.
B)
C)
V – F – V.
F – V – V.
CFC
D) V – V – F.
Comentários:
A questão avalia o conhecimento sobre os usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral (RCPGs) no setor
público, conforme a NBC TSP Estrutura Conceitual. Vamos analisar cada afirmativa e justificar sua classificação
como Verdadeira (V) ou Falsa (F):
( ) Os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente para atender às necessidades de informações
dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando detêm a prerrogativa de exigir que a entidade
do setor público divulgue as informações que atendam às suas necessidades específicas.
Afirmativa falsa. De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual (item 3.5), os usuários primários dos RCPGs são:
• Cidadãos e contribuintes (usuários dos serviços públicos);
• Provedores de recursos (como investidores, credores e organismos internacionais).
Esses usuários não podem exigir informações que atendam às suas necessidades específicas.
( ) Os membros do Poder Legislativo são também usuários primários dos RCPGs e utilizam extensiva e
continuamente os relatórios enquanto atuam como representantes dos interesses dos usuários de serviços e dos
provedores de recursos.
Afirmativa verdadeira. A NBC TSP (item 3.5) classifica os legisladores (membros do Poder Legislativo)
como usuários primários, pois atuam como representantes dos cidadãos e provedores de recursos, por exemplo,
ao aprovar orçamentos e fiscalizar a execução. Eles dependem dos RCPGs para tomada de decisão, controle e
fiscalização, utilizando-os de forma contínua.
( ) Alguns usuários dos serviços e alguns provedores de recursos que dependem dos RCPGs para obter infor-
mações que eles necessitam para os propósitos de prestação de contas e responsabilização e tomada de decisão
podem não ser cidadãos, como, agências bilaterais ou multilaterais.
Afirmativa verdadeira. A NBC TSP (itens 3.5 e 3.6) reconhece que provedores de recursos incluem entidades como:
• Organismos internacionais (FMI, Banco Mundial);
• Agências bilaterais/multilaterais (BID, ONU).
Esses atores não são cidadãos, mas dependem dos RCPGs para avaliar concessão de empréstimos, auxílios ou
acompanhar metas. A afirmativa está correta ao destacar essa abrangência.
Agora, vamos fazer os relacionamentos e ver a alternativa correta.
(A) V – F – F. Alternativa incorreta.
(B) V – F – V. Alternativa incorreta.
CFC
(C) F – V – V. Alternativa correta.
(D) V – V – F. Alternativa incorreta.
Gabarito: C
45. Em 2022, uma entidade tinha o seu desempenho financeiro analisado com base no Retorno sobre o
Investimento. Em 2023, a administração da entidade determinou que o seu desempenho passasse a ser
avaliado com base no EVA (Valor Econômico Agregado).
A) do custo de oportunidade.
Comentários:
A questão compara duas métricas de desempenho financeiro: Retorno sobre o Investimento (ROI) e Valor
Econômico Agregado (EVA), destacando uma vantagem específica da substituição do ROI pelo EVA.
Em síntese, a grande inovação e vantagem do EVA está mesmo em incorporar o conceito de custo de oportunidade,
permitindo uma avaliação mais sofisticada e realista sobre se a empresa está de fato criando valor econômico
para seus acionistas, considerando o retorno mínimo que estes esperam pelo risco assumido.
Vamos analisar cada alternativa:
(A) do custo de oportunidade.
Alternativa correta. Enquanto o ROI simplesmente calcula o retorno percentual sobre o investimento, o EVA vai
além, considerando não apenas o lucro gerado, mas também o custo de capital investido. Isso significa que o EVA
responde à pergunta crucial: "O negócio está gerando retorno suficiente para compensar o risco e o custo de
oportunidade dos investidores?". Essa abordagem é muito mais completa para avaliação de criação de valor real.
(B) das receitas operacionais.
Alternativa incorreta. Não representa uma vantagem da substituição, pois tanto o ROI quanto o EVA já consideram
naturalmente as receitas operacionais em seus cálculos. O lucro operacional é componente básico de ambas as
métricas, portanto, essa não pode ser considerada uma vantagem diferencial do EVA.
(C) das despesas operacionais.
CFC
Alternativa incorreta. Despesas operacionais são igualmente consideradas em ambos os indicadores através do
cálculo do lucro líquido ou NOPAT (no caso do EVA). A mudança de métrica não traz nenhum ganho específico em
relação ao tratamento das despesas operacionais.
(D) das receitas financeiras.
Alternativa incorreta. Na verdade, o EVA deliberadamente exclui receitas financeiras de seu cálculo, focando
apenas no desempenho operacional do negócio. O ROI pode incluir essas receitas no lucro líquido, mas isso não
representa uma vantagem do EVA, muito pelo contrário. O EVA busca isolar o desempenho operacional puro,
sem distorções de itens financeiros.
Gabarito: A
46. A Administração de uma empresa, na elaboração de seu plano estratégico, deve, na medida do possível,
observar alguns aspectos de formalidade necessários dado a sua relevância e seu impacto nas operações
da empresa.
A respeito desse tema, avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) O Plano Estratégico deve ser executado pela Controladoria sob o comando da alta administração da
empresa.
( ) Uma vez elaborado e aprovado, o Plano Estratégico não deve ser alterado ou ajustado.
( ) A elaboração de um Planejamento Estratégico deve levar em consideração que todas as decisões são
interdependentes, sejam elas simples ou complexas. Assim, um dos principais desafios dessa atividade é
um ajustamento dessa cadeia sistêmica de decisões e a avaliação de suas consequências.
A) F – V – V – F.
B) F – V – F – V.
CFC
C) V – F – F – V.
D) V – F – V – F.
Comentários:
Vamos analisar cada uma das afirmativas em relação ao planejamento estratégico empresarial:
( ) O Plano Estratégico deve ser executado pela Controladoria sob o comando da alta administração da empresa.
Afirmativa verdadeira. Na prática corporativa, a Controladoria frequentemente assume um papel central na
execução do plano estratégico. Embora teoricamente toda a organização deva estar envolvida na implementação,
a Controladoria geralmente coordena o processo de forma mais direta, acompanhando indicadores,
monitorando resultados e garantindo o alinhamento com as diretrizes estabelecidas. A menção ao "comando
da alta administração" reforça a veracidade da afirmação, pois mesmo com a atuação da Controladoria, a
responsabilidade final sempre permanece com a alta gestão.
( ) Uma vez elaborado e aprovado, o Plano Estratégico não deve ser alterado ou ajustado.
Afirmativa falsa. Um dos princípios fundamentais do planejamento estratégico moderno é justamente
sua flexibilidade. Em um ambiente de negócios dinâmico e mutável, o plano estratégico deve ser revisado
periodicamente para se adaptar a novas circunstâncias do mercado, mudanças na economia, evoluções
tecnológicas ou alterações nos recursos disponíveis. A rigidez na manutenção de um plano estratégico sem
ajustes levaria a empresa a perder oportunidades ou não responder adequadamente a ameaças emergentes.
( ) Planejamento Estratégico é a atividade que se ocupa da implementação do Plano Estratégico e assegura que
os recursos necessários foram obtidos e também que estão sendo usados de maneira eficiente.
Afirmativa falsa. Confunde planejamento estratégico com implementação estratégica. O planejamento
estratégico propriamente dito refere-se à fase de formulação, ou seja, o estabelecimento de visão, missão,
objetivos e estratégias macro. A implementação (execução estratégica) é uma fase posterior, que envolve
a operacionalização do que foi planejado. A descrição fornecida na afirmativa aplica-se mais à gestão da
implementação do que ao planejamento em si.
( ) A elaboração de um Planejamento Estratégico deve levar em consideração que todas as decisões são
interdependentes, sejam elas simples ou complexas. Assim, um dos principais desafios dessa atividade é um
ajustamento dessa cadeia sistêmica de decisões e a avaliação de suas consequências.
Afirmativa verdadeira. Captura a essência sistêmica do planejamento estratégico. Todas as decisões em uma
organização estão interligadas e afetam múltiplas áreas. Um bom planejamento estratégico deve considerar essas
CFC
interdependências e avaliar como mudanças em uma área impactam as demais. O grande desafio mencionado
– “ajustar a cadeia sistêmica de decisões e avaliar consequências” – reflete a complexidade real do processo de
planejamento em organizações modernas.
Agora, fazendo a conciliação com as alternativas temos que:
(A) F – V – V – F. Alternativa incorreta.
(B) F – V – F – V. Alternativa incorreta.
(C) V – F – F – V. Alternativa correta.
(D) V – F – V – F. Alternativa incorreta.
Gabarito: C
47. Uma empresa de auditoria independente precisou contratar o trabalho de um especialista na área de
Tecnologia da Informação. Após receber as conclusões do especialista, foi constatado que esse trabalho era
adequado para fins da auditoria. Com base na NBC TA 620 – UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DE ESPECIALISTAS,
assinale a afirmativa correta acerca da responsabilidade do auditor ao emitir a sua opinião.
B) O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria, e essa responsabilidade não é reduzida
pelo trabalho de especialista contratado pelo auditor.
C) O auditor é responsável pela parte contábil, e o especialista, pelo trabalho que fez.
D) O auditor, modificando sua opinião em virtude do trabalho do especialista, não terá nenhuma responsa-
bilidade, sendo a responsabilidade transferida ao especialista.
Comentários:
A questão aborda um aspecto fundamental da NBC TA 620, que trata da utilização de trabalhos de especialistas
em auditorias independentes. O contexto apresentado descreve uma situação comum na prática profissional, em
que o auditor precisa recorrer a um especialista em Tecnologia da Informação para obter evidências adequadas
CFC
sobre aspectos específicos do trabalho de auditoria.
Vamos à análise de cada alternativa:
(A) O auditor tem sua responsabilidade dividida com o especialista em todo o trabalho.
Alternativa incorreta. Sugere uma divisão de responsabilidades que não existe na norma. A NBC TA 620 não prevê
qualquer compartilhamento ou divisão de responsabilidade entre auditor e especialista. O auditor pode utilizar
as conclusões do especialista como evidência de auditoria, mas isso não cria uma responsabilidade conjunta pelo
parecer final.
(B) O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria, e essa responsabilidade não é reduzida
pelo trabalho de especialista contratado pelo auditor.
Alternativa correta. Reflete exatamente o disposto na NBC TA 620. A norma estabelece claramente que, mesmo
utilizando o trabalho de um especialista, o auditor mantém integralmente sua responsabilidade pela opinião de
auditoria. Essa responsabilidade não é transferida nem compartilhada com o especialista. O auditor deve avaliar
a adequação do trabalho do especialista, considerando sua competência, capacitação e independência, mas a
responsabilidade final pelo parecer sempre permanece com o auditor.
(C) O auditor é responsável pela parte contábil, e o especialista, pelo trabalho que fez.
Alternativa incorreta. A afirmativa erra ao tentar delimitar áreas de responsabilidade de forma artificial. A norma
não faz distinção entre "parte contábil" e "trabalho do especialista" como esferas separadas de responsabilidade.
O auditor é responsável por todo o trabalho de auditoria, incluindo a avaliação e a utilização adequada do trabalho
do especialista, independentemente da área técnica envolvida.
(D) O auditor, modificando sua opinião em virtude do trabalho do especialista, não terá nenhuma responsa-
bilidade, sendo a responsabilidade transferida ao especialista.
Alternativa incorreta. A alternativa propõe uma transferência de responsabilidade que é expressamente vedada
pela norma. Mesmo que o auditor modifique sua opinião com base no trabalho do especialista, isso não isenta
o auditor de sua responsabilidade profissional. A norma é clara em afirmar que o uso de especialista não reduz a
responsabilidade do auditor, muito menos a transfere para terceiros.
Gabarito: B
48. No exercício de 2024, uma sociedade empresária foi incluída em um Plano de Refinanciamento de
Impostos. O fato foi apropriadamente divulgado nas demonstrações contábeis. Mesmo sendo divulgado o
Plano de Refinanciamento de Impostos, o auditor julgou que o assunto é de fundamental importância para
o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.
CFC
A) uma ressalva.
B) um fato relevante.
C) um parágrafo de ênfase.
Comentários:
Essa questão aborda uma situação típica da prática de auditoria, onde o profissional precisa avaliar como
tratar adequadamente, em seu relatório, uma informação que já foi divulgada nas demonstrações contábeis
da empresa auditada, mas que considera de fundamental importância para os usuários. O caso concreto trata
de um Plano de Refinanciamento de Impostos, que foi corretamente divulgado nas demonstrações, mas que o
auditor entende como crucial para a compreensão adequada da situação financeira da empresa pelos usuários
das demonstrações contábeis.
Segundo as normas de auditoria, quando o auditor deseja chamar a atenção para uma questão já adequadamente
divulgada nas demonstrações contábeis, mas que considera particularmente importante para o entendimento
dos usuários, ele deve utilizar um parágrafo de ênfase em seu relatório. Esse parágrafo não modifica a opinião do
auditor, mas destaca algo que já está presente nas demonstrações, reforçando sua relevância.
CFC
informações adicionais solicitadas por órgãos reguladores. No caso apresentado, a informação está diretamente
relacionada às demonstrações contábeis e merece destaque específico, não sendo mera informação adicional.
Gabarito: C
49. Julgue as afirmativas a seguir, com base na NBC TP 01 (R1) - PERÍCIA CONTÁBIL.
I. Concluídos os trabalhos periciais, o perito nomeado deve apresentar laudo pericial contábil, e o
assistente técnico deve oferecer seu parecer pericial contábil, obedecendo aos respectivos prazos legais e/
ou contratuais.
II. O assistente técnico não pode validar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por leigo
ou profissional de outra área, devendo, nesse caso, oferecer o parecer pericial contábil sobre a matéria
periciada.
III. Mesmo quando assinado em conjunto por peritos, a responsabilidade acerca do laudo pericial
contábil é exclusiva do perito nomeado, não sendo passível a assunção de responsabilidade solidária
pelos demais peritos assinantes no documento.
IV. As respostas aos quesitos devem ser objetivas, completas e não lacônicas.
B) I e II, apenas.
CFC
C) I e III, apenas.
D) II e IV, apenas.
Comentários:
A questão avalia o conhecimento sobre as regras aplicáveis à elaboração de laudos periciais contábeis e pareceres
técnicos, conforme a NBC TP 01 (R2). Cada afirmativa deve ser confrontada com os dispositivos normativos para
determinar sua correção.
I. Concluídos os trabalhos periciais, o perito nomeado deve apresentar laudo pericial contábil, e o assistente
técnico deve oferecer seu parecer pericial contábil, obedecendo aos respectivos prazos legais e/ou contratuais.
Afirmativa falsa. O item 36 da norma estabelece que o assistente técnico "pode", não "deve", oferecer parecer
técnico contábil, pois sua atuação é facultativa, dependendo da contratação pelas partes. A obrigatoriedade
"deve" aplicar-se apenas ao perito nomeado, que é responsável pelo laudo pericial.
II. O assistente técnico não pode validar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por leigo ou
profissional de outra área, devendo, nesse caso, oferecer o parecer pericial contábil sobre a matéria periciada.
Afirmativa verdadeira. O item 38 da norma proíbe expressamente que o assistente técnico valide laudos
elaborados por não contadores. Nesses casos, ele deve emitir um parecer técnico independente, preservando
a integridade do processo pericial. Desse modo, a norma visa evitar a chancela de trabalhos realizados por
profissionais não habilitados, garantindo a qualidade técnica dos documentos.
III. Mesmo quando assinado em conjunto por peritos, a responsabilidade acerca do laudo pericial contábil é
exclusiva do perito nomeado, não sendo passível a assunção de responsabilidade solidária pelos demais peritos
assinantes no documento.
Afirmativa falsa. A NBC TP 01 (R2) não trata especificamente de responsabilidade solidária entre peritos. O item
33 menciona que o perito nomeado responde pelos trabalhos da equipe técnica, mas não exclui a possibilidade
de responsabilidade compartilhada se outros peritos contábeis (registrados no CRC) assinarem o laudo.
CFC
33. A execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve
ser realizada sob a orientação e supervisão do perito contábil, que assume
a responsabilidade pelos trabalhos quanto às prerrogativas exclusivas e
compartilhadas.
IV. As respostas aos quesitos devem ser objetivas, completas e não lacônicas.
Afirmativa verdadeira. O item 43 da norma exige que as respostas aos quesitos sejam objetivas e completas,
evitando vagueza ou superficialidade "lacônicas". Essa diretriz assegura clareza e utilidade do laudo para os
julgadores e partes envolvidas. Dessa forma, a norma busca precisão técnica e transparência na comunicação
dos resultados periciais.
43. A linguagem adotada pelo perito contábil deve ser clara, concisa, evitando
o prolixo e a tergiversação, possibilitando aos julgadores e às partes o devido
conhecimento da prova técnica e interpretação dos resultados obtidos. As
respostas aos quesitos devem ser objetivas, completas e não lacônicas. Os
termos técnicos devem ser inseridos no laudo pericial contábil e no parecer
técnico contábil, de modo a se obter uma redação que qualifique o trabalho
pericial, respeitadas as Normas Brasileiras de Contabilidade.
Gabarito: D.
50. A Norma Brasileira de Contabilidade Profissional – Perito (NBC PP 01) estabelece as diretrizes e os
requisitos para a atuação dos contadores como peritos, incluindo qualificações, deveres, responsabilidades,
normas de conduta e as situações que podem acarretar impedimento ou suspeição.
Analise as afirmativas a seguir, com base na NBC PP 01, e assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F)
para a falsa.
( ) Em casos de impedimento ou suspeição, o perito contábil tem a opção de continuar no caso desde que
obtenha o consentimento expresso de todas as partes envolvidas e da autoridade competente.
( ) A NBC PP 01 permite que o perito utilize documentos externos aos autos processuais como elementos
CFC
de prova, desde que previamente acordado com as partes e autorizado pelo juiz ou autoridade competente.
( ) O perito contábil deve elaborar a proposta de honorários periciais considerando não apenas os custos
e o tempo necessário para a execução dos trabalhos, mas também levando em conta a relevância e o risco
envolvidos no objeto da perícia.
A) F – F – V.
B) V – F – F.
C) F – V – F.
D) V – V – V.
Comentários:
A questão aborda três aspectos fundamentais da atuação do perito contábil, conforme a NBC PP 01: (I) situações
de impedimento ou suspeição; (II) utilização de documentos externos como prova; e (III) elaboração de proposta
de honorários. Cada afirmativa será analisada à luz da norma para determinar sua veracidade.
( ) Em casos de impedimento ou suspeição, o perito contábil tem a opção de continuar no caso desde que obtenha
o consentimento expresso de todas as partes envolvidas e da autoridade competente.
Afirmativa falsa. A NBC PP 01 não abre exceções para situações de impedimento ou suspeição. O perito
contábil não pode continuar atuando no caso mesmo com consentimento das partes ou da autoridade
competente. Essas situações são absolutas e demandam afastamento imediato do profissional para preservar a
imparcialidade e a ética da perícia.
( ) A NBC PP 01 permite que o perito utilize documentos externos aos autos processuais como elementos de
prova, desde que previamente acordado com as partes e autorizado pelo juiz ou autoridade competente.
Afirmativa falsa. A NBC PP 01 não menciona explicitamente a possibilidade da utilização de documentos
externos, muito menos que para utilizar tais documentos seria necessário um acordo prévio entre as partes. Na
verdade, os requisitos normativos para um laudo pericial são previstos no art. 473 do Código de Processo Civil:
CFC
qual se originou;
Dessa forma, a afirmação analisada é falsa, pois não encontra fundamento nem na norma técnica nem no
ordenamento processual civil vigente.
( ) O perito contábil deve elaborar a proposta de honorários periciais, considerando não apenas os custos e o
tempo necessário para a execução dos trabalhos, mas também levando em conta a relevância e o risco envolvidos
no objeto da perícia.
Afirmativa verdadeira. A terceira afirmativa está correta e reflete integralmente o disposto no item 49 da NBC
PP 01.
Ainda de acordo com a norma, a relevância é entendida como a importância da perícia no contexto social
e sua essencialidade para dirimir as dúvidas de caráter técnico contábil, suscitadas em demanda judicial ou
extrajudicial (item 50); e o risco compreende a possibilidade de os honorários periciais não serem integralmente
recebidos, o tempo necessário ao recebimento, bem como a antecipação das despesas necessárias à execução
do trabalho (item 52).
Essa abordagem multidimensional garante que os honorários sejam justos e proporcionais ao trabalho realizado.
Portanto, temos que:
(A) F – F – V. Alternativa correta.
(B) V – F – F. Alternativa incorreta.
(C) F – V – F. Alternativa incorreta.
(D) V – V – V. Alternativa incorreta.
Gabarito: A
CFC
LISTA DE QUESTÕES
Esse cartaz
CFC
A) exercícios físicos devem ser feitos todos os dias.
03. Uma caixa contém seis bolas brancas e quatro bolas azuis, todas do mesmo tamanho.
Se sortearmos ao acaso 3 dessas bolas, sem reposição, a probabilidade de que todas sejam brancas é igual a
A) 1/3.
B) 1/4.
C) 1/5.
D) 1/6.
04. Em 2023, uma universidade tradicional que, até então, só ofertava cursos presenciais de graduação,
resolveu se arriscar em um novo projeto. Tratava-se da abertura de seu primeiro curso 100% à distância a ser
disponibilizado ao mercado. Para tal, ainda em 2023, foram investidos R$ 100.000,00 para a estruturação
do referido curso.
Além disso, foram estimadas despesas e receitas anuais conforme dados apresentados na sequência:
A) 2025.
B) 2026.
C) 2027.
D) 2028.
CFC
05. Avalie se os princípios da Administração Pública incluem:
I. a legalidade;
II. a moralidade;
IV. a publicidade.
A) I e II, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
06. Entre as limitações ao poder de tributar, previstas na Constituição Federal de 1988, estão os princípios
gerais do Direito Tributário que, além de estabelecer limites ao poder de tributar, garantem segurança
jurídica e justiça fiscal. Sobre esse tema, assinale a afirmativa correta.
A) O princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena estabelece que nenhum tributo pode ser cobrado
antes de decorridos 90 dias da data da publicação da sua instituição ou majoração, exceto as contribuições
sociais, que podem ser exigidas imediatamente.
B) O princípio da legalidade tributária determina que nenhum tributo pode ser instituído ou majorado sem
previsão em lei complementar.
C) O princípio da isonomia garante tratamento igualitário a todos que se encontram em situação equivalente,
sendo proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
D) O princípio da irretroatividade veda a aplicação da lei a ato ou fato pretérito, ainda que a lei seja expressa-
mente interpretativa.
07. A empresa Alfa Indústria Ltda. realizou, ao final do mês de julho, o levantamento de suas obrigações
tributárias, verificando os seguintes tributos devidos:
CFC
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): incidente sobre as operações de vendas
realizadas no período.
• IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas): apurado sobre a renda tributável do exercício.
Com base nessas informações, a contabilidade da empresa elaborou um demonstrativo das obrigações
tributárias a pagar.
A) O ISS e o ICMS são impostos de mesma competência tributária, pois ambos são devidos aos Estados.
B) A obrigação tributária principal consiste no pagamento do tributo devido, enquanto a obrigação tributária
acessória está relacionada a deveres instrumentais, como a emissão de notas fiscais e declarações ao Fisco.
C) O IRPJ, por ser um imposto sobre a renda, é classificado como um tributo indireto, pois seu ônus pode ser
repassado ao consumidor.
D) O fato gerador do ICMS ocorre quando a empresa apura seus lucros ao final do exercício contábil.
“Este código de ética profissional do contador se aplica também ao _____, no exercício de suas prerrogativas
profissionais.”
A) empresário contábil.
B) técnico em contabilidade.
C) administrador de empresas.
D) gestor financeiro.
09. A NBC PG 01 tem por objetivo fixar a conduta do contador, quando no exercício da sua atividade e nos
assuntos relacionados à profissão e à classe.
A) se utilizar de posição ocupada em entidades de classe para benefício próprio ou para proveito pessoal.
B)
que possui. CFC
fazer afirmações desproporcionais sobre os serviços que oferece, sua capacitação ou sobre a experiência
C) se apropriar de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, dos quais não tenha participado,
apresentando-os como próprios.
10. Para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver não somente uma
obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos que incorporem benefícios
econômicos para liquidar essa obrigação.
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
(b) seja provável uma necessária saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
CFC
C) é reconhecido e divulgado em notas explicativas.
11. Um supermercado funciona na região sul do país. Em maio de 2024, devido às fortes chuvas, o
supermercado perdeu todo o seu estoque. Nas demonstrações contábeis mensais, em 31/05/24, o
supermercado optou por baixar todo o estoque, mesmo sem ter recebido um laudo oficial, de modo a
tornar as demonstrações mais úteis aos tomadores de decisões. A informação apresenta a seguinte
característica qualitativa:
A) neutralidade.
B) materialidade.
C) verificabilidade.
D) tempestividade.
12. De acordo com a NBC TG Estrutura Conceitual - ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO,
as demonstrações contábeis consolidadas fornecem informações sobre os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas
B) apenas da controladora.
13. De acordo com a NBC TG Estrutura Conceitual - ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO,
patrimônio líquido é a participação nos ativos da entidade após
CFC
14. Segundo a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, para a representação dos relatórios financeiros ser
fidedigna, ela precisa ser
15. Segundo a NBC TG 26 (R5) - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, quando da elaboração
de demonstrações contábeis, a administração deve avaliar a capacidade de a entidade continuar em
operação no futuro previsível, o que significa que as demonstrações contábeis devem ser elaboradas no
pressuposto da
A) continuidade, a menos que a administração tenha a intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios,
ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas atividades.
B) competência, sendo os itens reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas,
inclusive para a demonstração de fluxo de caixa.
C) materialidade e agregação, tendo a entidade que apresentar conjuntamente nas demonstrações contábeis
cada classe material de itens semelhantes, aglutinando os de natureza ou função distinta mesmo que sejam
materiais.
D) compensação de valores, ativos e passivos ou receitas e despesas devem ser compensados, exceto quando
permitido exclusivamente por norma.
16. Sobre a classificação e a mensuração de ativos não circulantes mantidos para a venda, de acordo com a
NBC TG 31 (R4) - ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA E OPERAÇÃO DESCONTINUADA, analise
CFC
as seguintes afirmativas:
I. Os ativos não circulantes mantidos para a venda, desde que satisfeitos os critérios de classificação, são
realocados para o ativo circulante da entidade.
II. A classificação, a apresentação e a mensuração requeridas pela NBC TG 31 aplicáveis a ativo não circulante
classificado como mantido para venda também se aplicam a ativo não circulante que seja classificado
como destinado a ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários.
III. O ativo não circulante mantido para venda será mensurado pelo maior entre o seu valor contábil e o
valor justo menos as despesas de venda.
A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I, II e III.
D) II, somente.
17. A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL descreve uma série de conceitos utilizados para a elaboração de
relatórios financeiros para fins gerais.
Relacione cada elemento a seguir com sua correta definição, segundo a Estrutura Conceitual.
A) II – III – I.
B) I – III – II.
C) II – I – III.
D) I – II – III.
18. De acordo com a NBC TG 25 (R2) - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES,
CFC
provisão é um passivo de prazo incerto ou de valor incerto.
Considere que a sociedade empresária Beta tenha recebido laudo de seu advogado sobre um provável
pagamento de processo trabalhista, entretanto, com mensuração ainda não confiável.
C) não deve realizar reconhecimento de provisão trabalhista no balanço patrimonial nem divulgar em nota
explicativa.
D) não deve realizar reconhecimento de provisão trabalhista no balanço patrimonial, mas divulgar em nota
explicativa como passivo contingente.
19. De acordo com a NBC TG 09 (R1) - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO, a referida Demonstração
(DVA) está relacionada com informações econômicas e com a comunicação de elementos ambientais,
sociais e de governança (ASG), e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua
distribuição, durante determinado período.
Nesse sentido, considerando que a sociedade empresária “B” possui reversão de perdas estimadas com
créditos de liquidação duvidosa, essa informação deve ser apresentada, em sua DVA, do seguinte modo:
20. A Demonstração do Valor Adicionado proporciona aos usuários das demonstrações contábeis
informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e à forma como tais riquezas
foram distribuídas.
Na distribuição do valor adicionado, o total de “Remuneração de capitais próprios” deve ser igual
CFC
A) às reservas de lucro reportadas no Balanço Patrimonial.
21. Uma loja que vende produtos de escritório apresentava os seguintes saldos em 31/12/2023:
Assinale a opção que indica o saldo do valor adicionado líquido produzido pela loja, apresentado em sua
Demonstração do Valor Adicionado em 31/12/2023.
A) R$ 89.000,00.
B) R$ 114.000,00.
C) R$ 104.000,00.
D) R$ 194.000,00.
22. De acordo com a NBC TG 25 (R2) - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES, a
entidade deve divulgar, em notas explicativas, para cada classe de passivo contingente na data do balanço,
uma breve descrição da natureza do passivo contingente, a menos que a possibilidade de ocorrer qualquer
CFC
desembolso na liquidação seja
A) remota.
B) possível.
C) provável.
D) possível e provável.
As empresas interessadas em divulgar o seu produto ou serviço por meio dos influenciadores devem
pagar para a Solar R$ 20.000,00 por um pacote que consiste em oito inserções em redes sociais, sendo
quatro ao mês.
Em 01/05/2024, a Cia Yellow assinou contrato e pagou, à vista, R$ 20.000,00 para a Cia Solar. Foram
realizadas quatro inserções em junho e quatro em julho. A Cia Yellow estimou que, por conta da divulgação,
o seu faturamento aumentou em R$ 15.000,00 em agosto e em R$ 18.000,00 em setembro.
De acordo com o Regime de Competência, a despesa com a divulgação deve ser reconhecida pela Cia
Yellow do seguinte modo:
A) R$ 20.000,00 em maio.
CFC
24. Em 01/09/2024, uma sociedade empresária localizada em Belo Horizonte adquiriu aparelhos de
informática de Manaus por R$ 40.000,00. O frete para a entrega por caminhão era de R$ 2.000,00. No
entanto, para receber os aparelhos mais rápido, a sociedade empresária solicitou a entrega por avião e
pagou o valor de R$ 5.500,00 pelo frete.
A instalação dos aparelhos no escritório custou R$ 1.000,00. Ainda, foram gastos R$ 2.000,00 com testes
para verificar se os aparelhos estavam funcionando corretamente.
O valor dos aparelhos de informática a serem registrados no ativo imobilizado da sociedade empresária é de
A) R$ 43.000,00.
B) R$ 45.000,00.
C) R$ 46.500,00.
D) R$ 48.500,00.
25. Em janeiro de 2025, um artista, que possui uma empresa, estava em um evento estratégico em um
resort na Bahia. Ao voltar da viagem, descobriu que um influenciador digital, que também estava no
evento, divulgou fotos e vídeos do artista em redes sociais.
A empresa do artista entrou na justiça por quebra de privacidade contra o resort e contra o influenciador,
pedindo, respectivamente, R$ 10.000,00 e R$ 15.000,00.
Os advogados da empresa do artista julgaram que as chances de ganho das causas eram, respectivamente,
remota e possível.
Com base no julgamento dos advogados, a empresa deve apresentar, em suas demonstrações contábeis,
um ativo contingente
A) igual a zero.
B) de R$ 10.000,00.
C) de R$ 15.000,00.
D) de R$ 25.000,00.
CFC
26. A Cia Lua atua no setor de comércio de relógios e tem 20 empregados. Todos os anos, na primeira
semana de janeiro, a empresa contrata uma equipe de médicos para ir ao escritório realizar exames de
rotina em seus empregados.
Em janeiro de 2025, os gastos com os médicos foram de R$ 6.000,00. Do valor, 20% são pagos pelos
empregados, enquanto o restante é pago pela empresa.
A) -R$ 400,00.
B) -R$ 500,00.
C) -R$ 4.800,00.
D) -R$ 6.000,00.
27. Em fevereiro de 2025, um hotel adquiriu um televisor de 98 polegadas para que os seus hóspedes
assistissem à cerimônia do Oscar, em março. O preço do televisor era de R$ 40.000,00.
Na data da compra foi acordado com o fornecedor que o pagamento seria realizado por Pix e, em
decorrência, o hotel obteve uma redução de 5% sobre o preço original.
28. Uma empresa de doces e bolos possui em 31/12/X0 os seguintes saldos em seu Balanço Patrimonial:
• CFC
Financiamentos a pagar de longo prazo: R$ 330.000,00;
• Imobilizado: R$ 450.000,00;
• Intangível: R$ 320.000,00;
• Estoques: R$ 250.000,00;
A) R$ 770.000,00.
B) R$ 350.000,00.
C) R$ 1.020.000,00.
D) R$ 450.000,00.
29. A empresa ABC S.A. comprou materiais, em agosto de X1, com a finalidade de utilizá-los em suas
atividades.
O pagamento foi realizado em novembro de X1, e os materiais foram utilizados na prestação de serviços
em setembro de X1.
A) novembro de X1.
B) setembro de X1.
C) agosto de X1.
D) dezembro de X1.
30. Relacione as contas contábeis do balanço patrimonial apresentadas a seguir com seus respectivos
grupos contábeis.
CFC
3. Contas a pagar em 3 meses.
( ) Ativo Circulante.
( ) Passivo Circulante.
A) 4 – 2 – 1 – 3.
B) 2 – 4 – 3 – 1.
C) 3 – 1 – 2 – 4.
D) 1 – 3 – 4 – 2.
31. Assinale a opção que contempla apenas componentes do Patrimônio Líquido, descritos na Lei nº
6.404/76 e alterações posteriores.
32. A companhia investidora Alfa S.A., obrigada legalmente a elaborar demonstrações financeiras
consolidadas, possui a seguinte participação societária nas empresas:
CFC
Com base exclusivamente nas informações acima, o montante registrado na conta de participação de
acionistas não controladores no balanço consolidado da investidora Alfa S.A. em 31/12/2023 deverá ser de
A) R$ 100.000,00.
B) R$ 310.000,00.
C) R$ 760.000,00.
D) R$ 1.525.000,00.
33. Uma empresa adquiriu uma máquina e registrou na contabilidade os seguintes dispêndios:
De acordo com a NBC TG 27 (R4) - ATIVO IMOBILIZADO, o custo da máquina, ou seja, o valor contábil de
registro inicial desse imobilizado, será de
A) R$ 500.000,00.
B) R$ 550.000,00.
C) R$ 650.000,00.
CFC
D) R$ 760.000,00.
34. Uma empresa adquiriu uma máquina em 01/01/2020 pelo custo total de R$ 240.000,00. No registro
inicial da máquina no imobilizado, a empresa estimou a vida útil da máquina em 8 anos, sem valor residual.
Na data da aquisição, a empresa iniciou a depreciação pelo método linear.
Em 31/12/2024, a empresa reavaliou a vida útil para 10 anos, aumentando em 2 anos a vida útil inicialmente
estimada. Além disso, verificou que o valor residual da máquina passou a ser de R$ 40.000,00.
Com base exclusivamente nos dados acima apresentados, o valor anual da despesa de depreciação a ser
contabilizada a partir das alterações ocorridas em 31/12/2024 deve ser de
A) R$ 40.000,00.
B) R$ 30.000,00.
C) R$ 18.000,00.
D) R$ 10.000,00.
35. A Indústria Cadeiras Maceió Ltda. produz e comercializa cadeiras de escritório. No mês de setembro de
X4, a empresa produziu 30.000 cadeiras e não possuía estoque inicial. No mês, vendeu 24.000 unidades a
um preço unitário de R$ 100,00. Os custos variáveis totais, incluindo matéria-prima, mão de obra direta e
outros custos variáveis, somaram R$ 1.800.000,00. Os custos fixos, compostos principalmente por aluguel
da fábrica, depreciação do maquinário e salários fixos dos supervisores da produção, totalizaram R$
200.000,00. As despesas fixas, como gastos com administração e vendas, somaram R$ 100.000,00.
Com base nessas informações, o lucro obtido com as vendas, aplicando o método de custeio variável, foi de
A) R$ 660.000,00.
B) R$ 960.000,00.
C) R$ 700.000,00.
D) R$ 300.000,00.
36. Em janeiro de 2024, uma fábrica que produz bolas de futebol incorreu nos seguintes gastos: aluguel do
imóvel e das máquinas: R$ 30.000,00; embalagens indispensáveis ao produto final: R$ 2.000,00; matéria-
prima: R$ 10.000,00; seguro do imóvel: R$ 5.000,00.
CFC
Assinale a opção que indica os custos fixos da fábrica no mês.
A) R$ 5.000,00.
B) R$ 30.000,00.
C) R$ 35.000,00.
D) R$ 45.000,00.
37. Leia o fragmento a seguir: “Departamento é a unidade _____ administrativa para a Contabilidade de
Custos, representada, na maioria dos casos, por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades
_____.”
A) padrão – heterogêneas
B) mínima – homogêneas
C) máxima – complementares
D) padrão – complementares
38. Gasto pode ser definido como o sacrifício financeiro necessário para obter um produto ou serviço,
representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Assim, custos, despesas, investimentos e
desembolsos são tipos de gastos.
I. Custo é um gasto diretamente relacionado a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e
serviços.
CFC
II. Despesa é um gasto com bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de
receitas.
III. Investimento é um gasto que se tornou um item do patrimônio líquido em função da expectativa de
geração futura de caixa para a entidade ou em função de sua vida útil.
IV. Desembolso é um gasto que ocorre quando bens ou serviços são consumidos de forma anormal e/ou
involuntária que afetam diretamente o resultado da entidade.
B) I, II e III, apenas.
C) I e II, apenas.
39. Em 01/01/2024, uma loja de teclados apresentava os seguintes saldos em seu balanço patrimonial:
• Disponibilidades: R$ 60.000,00;
• Estoque: R$ 240.000,00;
• O estoque era composto por 400 unidades de teclado, sendo que cada uma era vendida por R$ 1.000,00.
• No primeiro semestre de 2024, os gastos fixos, considerando a loja e o escritório, foram os seguintes:
• Aluguel: R$ 36.000,00;
• Depreciação: R$ 30.000,00;
• Salários: R$ 60.000,00.
Além disso, foi paga, antecipadamente, uma despesa de R$ 4.000,00 relacionada ao segundo semestre
do ano.
A) 240.
B)
C)
300.
315.
CFC
D) 375.
I. No Modelo de Preço de Transferência Baseado em Custo Total Realizado (Full Cost), o bem/serviço é
transferido pelo valor resultante do somatório dos custos totais incorridos (fixos e variáveis), dividido pelo
volume de produção de um determinado período (custeio por absorção).
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) I, II e III.
CFC
41. Analise as contas do Balanço Patrimonial a seguir:
A) 2,00 e 1,00.
B) 1,00 e 2,00.
C) 1,00 e 2,60.
D) 2,00 e 0,75.
42. A Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos
os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
A) Unidade.
B) Universalidade.
C) Exclusividade.
D) Orçamento Bruto.
43. De acordo com a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL - ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE PROPÓSITO GERAL PELAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO, as
informações financeiras e não financeiras são relevantes quando
B) retratam a substância da transação, a qual pode não corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica.
CFC
informação contábil.
D) estão disponíveis aos usuários a tempo de serem úteis para fins de prestação de contas, responsabilização e
tomada de decisão.
44. Com relação aos usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público
(RCPGs), avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Os membros do Poder Legislativo são também usuários primários dos RCPGs e utilizam extensiva e
continuamente os relatórios enquanto atuam como representantes dos interesses dos usuários de serviços
e dos provedores de recursos.
( ) Alguns usuários dos serviços e alguns provedores de recursos que dependem dos RCPGs para obter
informações que eles necessitam para os propósitos de prestação de contas e responsabilização e tomada
de decisão podem não ser cidadãos, como agências bilaterais ou multilaterais.
De acordo com a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL- ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE PROPÓSITO GERAL PELAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO,
as afirmativas são, respectivamente,
A) V – F – F.
CFC
B) V – F – V.
C) F – V – V.
D) V – V – F.
45. Em 2022, uma entidade tinha o seu desempenho financeiro analisado com base no Retorno sobre o
Investimento. Em 2023, a administração da entidade determinou que o seu desempenho passasse a ser
avaliado com base no EVA (Valor Econômico Agregado).
A) do custo de oportunidade.
46. A Administração de uma empresa, na elaboração de seu plano estratégico, deve, na medida do possível,
observar alguns aspectos de formalidade necessários dado a sua relevância e seu impacto nas operações
da empresa.
A respeito desse tema, avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) O Plano Estratégico deve ser executado pela Controladoria sob o comando da alta administração da
empresa.
( ) Uma vez elaborado e aprovado, o Plano Estratégico não deve ser alterado ou ajustado.
( ) A elaboração de um Planejamento Estratégico deve levar em consideração que todas as decisões são
interdependentes, sejam elas simples ou complexas. Assim, um dos principais desafios dessa atividade é
um ajustamento dessa cadeia sistêmica de decisões e a avaliação de suas consequências.
A) F – V – V – F.
B)
C)
F – V – F – V.
V – F – F – V.
CFC
D) V – F – V – F.
47. Uma empresa de auditoria independente precisou contratar o trabalho de um especialista na área de
Tecnologia da Informação. Após receber as conclusões do especialista, foi constatado que esse trabalho era
adequado para fins da auditoria. Com base na NBC TA 620 – UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DE ESPECIALISTAS,
assinale a afirmativa correta acerca da responsabilidade do auditor ao emitir a sua opinião.
B) O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria, e essa responsabilidade não é reduzida
pelo trabalho de especialista contratado pelo auditor.
C) O auditor é responsável pela parte contábil, e o especialista, pelo trabalho que fez.
D) O auditor, modificando sua opinião em virtude do trabalho do especialista, não terá nenhuma responsa-
bilidade, sendo a responsabilidade transferida ao especialista.
48. No exercício de 2024, uma sociedade empresária foi incluída em um Plano de Refinanciamento de
Impostos. O fato foi apropriadamente divulgado nas demonstrações contábeis. Mesmo sendo divulgado o
Plano de Refinanciamento de Impostos, o auditor julgou que o assunto é de fundamental importância para
o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.
A) uma ressalva.
B) um fato relevante.
C) um parágrafo de ênfase.
49. Julgue as afirmativas a seguir, com base na NBC TP 01 (R1) - PERÍCIA CONTÁBIL.
I. Concluídos os trabalhos periciais, o perito nomeado deve apresentar laudo pericial contábil, e o
assistente técnico deve oferecer seu parecer pericial contábil, obedecendo aos respectivos prazos legais e/
ou contratuais.
CFC
II. O assistente técnico não pode validar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por leigo
ou profissional de outra área, devendo, nesse caso, oferecer o parecer pericial contábil sobre a matéria
periciada.
III. Mesmo quando assinado em conjunto por peritos, a responsabilidade acerca do laudo pericial contábil
é exclusiva do perito nomeado, não sendo passível a assunção de responsabilidade solidária pelos demais
peritos assinantes no documento.
IV. As respostas aos quesitos devem ser objetivas, completas e não lacônicas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e IV, apenas.
50. A Norma Brasileira de Contabilidade Profissional – Perito (NBC PP 01) estabelece as diretrizes e os
requisitos para a atuação dos contadores como peritos, incluindo qualificações, deveres, responsabilidades,
normas de conduta e as situações que podem acarretar impedimento ou suspeição.
Analise as afirmativas a seguir, com base na NBC PP 01, e assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F)
para a falsa.
( ) Em casos de impedimento ou suspeição, o perito contábil tem a opção de continuar no caso desde que
obtenha o consentimento expresso de todas as partes envolvidas e da autoridade competente.
( ) A NBC PP 01 permite que o perito utilize documentos externos aos autos processuais como elementos
de prova, desde que previamente acordado com as partes e autorizado pelo juiz ou autoridade
competente.
( ) O perito contábil deve elaborar a proposta de honorários periciais considerando não apenas os custos e
o tempo necessário para a execução dos trabalhos, mas também levando em conta a relevância e o risco
envolvidos no objeto da perícia.
A) F – F – V.
B) V – F – F.
CFC
C) F – V – F.
D) V – V – V.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A X D B C C B B D B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D D A A A B A D D C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A A B D A C A A B B
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
CFC
C B D D A C B C C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B B C C A C B C D A
CFC