ALTERAÇÕES DA
ESTABILIDADE
E PLANOS DE
CONTINGÊNCIA
Autores: Andre Luiz Canuto Costa Vasconcelos
Luciano de Almeida Campos
Orlando José Ferreira Torres
Sérgio Nogueira
ALTERAÇÕES DA
ESTABILIDADE
E PLANOS DE
CONTINGÊNCIA
ALTERAÇÕES DA
ESTABILIDADE
E PLANOS DE
CONTINGÊNCIA
Autores: Andre Luiz Canuto Costa Vasconcelos
Luciano de Almeida Campos
Orlando José Ferreira Torres
Sérgio Nogueira
Ao final desse estudo, o treinando poderá:
• Reconhecer os conceitos fundamentais de estabilidade em
plataformas semi-submersíveis.
Programa Alta Competência
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Como utilizar esta apostila
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila
está organizada e assim facilitar seu uso.
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.
ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA
Autor
Ao final desse estudo, o treinando poderá:
Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos
específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.
48
Capítulo 1
Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.
No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do
capítulo em questão.
Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança
mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios
1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( ) “Nas partes das instalações
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.
e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança
T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona
3.4. Glossário 3.5. Bibliografia
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de
marítimas. Comissão de Normas Técn
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr
56 atmosféricas. Associação Brasileira d
Norma Regulamentadora NR-10. Seg
eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104
105
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106
108
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110
112
basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114
115
Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança
1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.
Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
108
110
abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.
(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem
da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115
Trazendo este conhecimento para a realid
observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.
O aterramento funcional do sist
14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
Uma das principais substâncias removidas em poços de
como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã
MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...
Recomendações gerais
? VOCÊ SABIA?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
MÁXIMA EXPOSIÇÃO o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIÁRIA PERMISSÍVEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não
4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...
Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!
trico.
tema elétrico tem
namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.
scos elétricos associados
Sumário
Capítulo 1 - Boletim de Estabilidade
Objetivo 15
1. Boletim de Estabilidade 17
1.1. Introdução 17
1.2. Principais itens do boletim de estabilidade 18
1.3. Coleta de dados para preenchimento boletim 24
1.4. Conclusões 26
1.5. Exercícios 27
1.6. Glossário 28
1.7. Bibliografia 29
1.8. Gabarito 30
Capítulo 2 - Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO -
MODU CODE e Sociedades Classificadoras
Objetivo 31
2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO -
MODU CODE e Sociedades Classificadoras 33
2.1. Teste de inclinação 33
2.2. Curvas de momento de endireitamento e emborcamento 34
2.3. Critérios de estabilidade intacta 37
2.4. Subdivisão e estabilidade em avaria 40
2.4.1. Unidades estabilizadas por colunas 40
2.4.2. Todos os tipos de unidades 43
2.5. Integridade da estanqueidade 43
2.6. Exercícios 45
2.7. Glossário 46
2.8. Bibliografia 47
2.9. Gabarito 48
Capítulo 3 - Contingência para avaria e previsão de mau tempo
Objetivo 49
3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo 51
3.1 Influência do sistema de ancoragem na estabilidade
e situações críticas 51
3.2. Influência de cargas de perfuração e produção na
estabilidade e situações críticas 54
3.3. Recomendações para previsão de mau tempo 58
3.4. Exercícios 63
3.5. Glossário 64
3.6. Bibliografia 65
3.7. Gabarito 66
Capítulo 4 - Resistência estrutural global e local de plataformas
semi-submersíveis
Objetivo 67
4. Resistência estrutural global e local de plataformas
semi-submersíveis 69
4.1. Exercícios 71
4.2. Bibliografia 72
4.3. Gabarito 73
Capítulo 1
Boletim de
Estabilidade
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Definir Boletim de Estabilidade, enumerar os principais itens
que o compõem e preencher corretamente as informações do
Boletim de Estabilidade.
Alta Competência
16
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
1. Boletim de Estabilidade
1.1. Introdução
O Boletim de Estabilidade é um documento oficial confeccionado
diariamente para calcular os principais parâmetros de estabilidade
de uma unidade, em função de sua condição de carregamento.
É um documento passível de auditorias pelas entidades Legais e pela
Petrobras. Nos casos dos acidentes levados aos Tribunais Marítimos, o
boletim de estabilidade serve como prova e/ou evidência para análise
do caso.
É utilizado como ferramenta pelos Grupos de Atendimento à
Emergência Naval do GIEN, por isso diariamente todas as unidades
da Petrobras enviam o boletim para a página do GIEN. 17
Por se tratar de um documento tão importante, deve constar
claramente quem o confeccionou e possuir a aprovação do responsável
pela unidade marítima a bordo.
Os parâmetros de estabilidade podem ser calculados por programas
específicos de estabilidade, por planilhas de cálculo ou ainda
manualmente.
Nas unidades da Petrobras o Boletim de Estabilidade deve ser feito
pelo programa SSTAB, porém existem unidades que ainda utilizam o
Excel.
Algumas das vantagens de usar o SSTAB para fazer o boletim são:
níveis de proteção maiores, padronização dos boletins e rapidez na
hora de alimentar o modelo da plataforma com uma condição de
carregamento atualizada.
Alta Competência
Apesar de não haver regra específica de como deve ser e o quê
deve conter, encontra-se também no Boletim de Estabilidade
informações sobre: calados da unidade, valores de consumíveis, dados
meteorológicos, movimentos da embarcação, locação, membros
da equipe de lastro, ocorrências relevantes da operação e outras
informações inerentes à estabilidade.
1.2. Principais itens do boletim de estabilidade
A maioria dos itens do boletim, utilizados para os cálculos de
estabilidade, estão associados à condição de carregamento, caso
contrário estarão relacionados ao tipo de projeto da unidade.
Os itens relacionados à condição de carregamento foram elaborados
com base no Inventário de Pesos, documento que é emitido para a
realização do Teste de Inclinação.
18
As principais partes do boletim de estabilidade são as seguintes:
1. Informações Iniciais
• Nome da Unidade, Data e Locação
São informações importantes que identificam o boletim, por este
motivo o cabeçalho deve mostrar o nome da unidade, a locação e a
data.
• Tripulantes
A equipe de BCO, BS e OIM embarcada deve aparecer no boletim e
deve ficar claro quem o confeccionou e por quem foi aprovado.
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
2. Parâmetros de Estabilidade
• Valores de KG
São valores resultantes dos cálculos de estabilidade em função da
condição de carregamento. Devem ser calculadas também as cotas
longitudinais (LCG) e transversais (TCG) e sofrer as Correções de
Superfície Livre (CSL) dos tanques. Depois que sofrer a CSL o KG é
chamado de “KG corrigido”.
• KG Máximo
O valor de KG Máximo é determinado com base em critérios de
estabilidade e é específico para cadacalado. É retirado do Manual de
Operação da unidade.
19
• Margem de KG
Será a diferença entre o KG máximo e o KG corrigido calculado no
boletim.
• Valores de GM
São resultantes das diferenças entre o KG corrigido e o Metacentro,
que é obtido nas Curvas/Tabelas Hidrostáticas. Devem ser calculadas
também as cotas longitudinais (GML) e transversais (GMT) da altura
metacêntrica.
• Deslocamento
O boletim apresenta dois valores para o deslocamento da unidade.
Um é retirado das curvas hidrostáticas utilizando a média dos
calados reais, que foram lidos no momento de coleta de dados para
o preenchimento do boletim. O outro será o resultado da soma do
Peso Leve da unidade e a condição final de carregamento. Esses
dois valores devem ser comparados para verificar se existe alguma
discrepância que sugira erro no boletim.
Alta Competência
• Calado
O calado também é apresentado de duas maneiras. Uma é o calado
real, que é lido na Régua das Marcasde Calado da unidade. É o
calado real que serve de referência para determinar o Metacentro,
utilizado no cálculo de GM. A outra maneira é o calado calculado,
oriundo dos cálculos de estabilidade. Da mesma maneira que o
deslocamento, os calados são comparados para verificar se existe
algum erro no boletim.
3. Condições de Carregamento
• Peso Leve
O Peso Leve utilizado no boletim de estabilidade é obtido no relatório
do último Teste de Inclinação feito na unidade. A Classificadora tem
20 que aprovar o Teste para que ele seja considerado válido.
• Alterações do Peso
Leve As alterações ocorridas no PL devem ter campo próprio e lá são
colocadas as informações vindas do Controle de Peso Leve (planilha
ou livro), que é a maneira de se registrar detalhadamente todas as
mudanças ocorridas.
• Tanques Estruturais
São registrados os dados dos grandes tanques da unidade: lastro,
diesel, água potável, água industrial e outros. Sabendo o nível
do tanque, utiliza-se a Tabela de Tanques, existente no Manual
de Operação, para preencher o boletim com os dados de peso
(volume), as cotas (vcg, lcg e tcg) e a CSL (longitudinal e transversal)
do referido tanque. A leitura dos níveis dos tanques deve ser feita
periodicamente (de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas) e não somente na
hora de fazer o boletim.
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
• Cargas de Convés
Local do boletim onde é registrada a maior diversidade de pesos,
como: caixas e cestas metálicas, containers, tubos, tambores, chapas
de aço, cilindros e skids, produtos químicos, materiais de almoxarifado
dentre outros. Todos os pesos colocados no boletim devem possuir as
cotas verticais, longitudinais e transversais.
• Planta de Processo
As tubulações, válvulas, vasos e demais equipamentos existentes na
Planta de Processo já fazem parte do PL da unidade, porém os líquidos
que circulam por ela durante o processo não. São os pesos desses
líquidos que são colocados no boletim. Geralmente esses valores são
estimados durante o Teste de Inclinação, mas é recomendado que
sejam checados periodicamente, pois uma eventual parada de um
vaso, ou de um sistema, pode modificar tais valores. 21
• Tanques Diversos
São registrados os pesos (volumes e/ou níveis), cotas e CSL de pequenos
tanques como: tqs. de decantação e diário de diesel, tqs. de óleo
lubrificante, tqs. hidróforos de água potável/industrial e outros.
• Cargas Angulares
São as Tensões das Linhas de Ancoragem e Tensões dos Risers de
Produção. Para essas cargas, o valor de força colocado no boletim é a
componente vertical da tensão. E o ponto de aplicação é o primeiro
ponto que a força toca na estrutura da unidade. As tensões das
linhas de risers são previstas nos relatórios do setor responsável pela
conexão dos risers. O mesmo ocorre nas unidades onde não há como
medir as tensões das linhas de ancoragem, o setor responsável pela
ancoragem fornece um relatório com as tensões das linhas.
Alta Competência
• Cargas das Unidades de Perfuração
As unidades de perfuração não possuirão itens como a Planta de
Processo e Risers de Produção, porém irão possuir outras cargas
como: peso no Gancho, cargas no Set Back, tubos e ferramentas de
perfuração, BOP, silos de graneis (cimento, bentonita e baritina),
fluido de perfuração nos tanques e outros.
4. Limites Estruturais
• Limites de Carregamento por Quadrante
Este tipo de cálculo é realizado em algumas unidades semi-submersíveis,
em que, além do limite de carga de convés, a distribuição também
deve ser respeitada.
22
• Cálculo de Viga-navio
Este tipo de cálculo é exclusivo de navios. Verifica, analisando a
distribuição das cargas, se os momentos cortantes e fletores estão
respeitando os limites de projeto.
5. Movimentos da Unidade
• Pitch, Roll e Heave
Essas leituras devem ser feitas periodicamente (de 4 em 4 ou de 6
em 6 horas) juntamente com a leitura dos níveis dos tanques. As
leituras de pitch e roll são mais comuns e a maioria das unidades
utiliza o indicador de inclinações do tipo bolha. Já a leitura do heave
é mais difícil, pois é necessário existir uma referência fixa ao solo.
Nas unidades de perfuração a coluna de perfuração pode servir de
referência.
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
6. Dados Meteorológicos
• Vento
Todos os dados meteorológicos também devem ser verificados
periodicamente. A intensidade e a direção do vento são feitas por
um anemômetro fixo ou um anemômetro manual.
• Ondas
A altura das ondas pode ser verificada utilizando a Régua de Marcas
de Calado como referência.
• Correnteza
A intensidade e a direção da corrente de superfície são indicadas 23
pelo correntômetro. Não se recomenda jogar objetos no mar para
verificar os dados de correnteza.
• Temperatura e Pressão atmosférica
As informações de temperatura e pressão atmosférica também devem
ser registradas periodicamente e servem de aviso para uma chegada
de mau tempo.
7. Consumíveis
• Estoque e Valores Consumidos
O boletim possui uma parte onde são calculadas as quantidades a
bordo (estoques) de: óleo diesel, água potável e água industrial,
assim como as quantidades consumidas no período de 24 horas
desses produtos. Nas unidades de perfuração devem ser informados
também os dados de cimento, bentonita e baritina. Essas informações
são importantes, pois são através delas que é feita a programação de
fornecimento pelo Apoio Marítimo.
Alta Competência
8. Registros
• Campo de Observações
Local onde devem ser anotados os fatos relevantes à estabilidade
da unidade, como: operações com embarcações, violações da
estanqueidade, treinamentos de emergência/abandono, ocorrências
anormais e outros.
1.3. Coleta de dados para preenchimento boletim
O boletim irá espelhar as condições de estabilidade para um
determinado momento de carregamento, porém esta condição
muda a cada instante nas embarcações. São bombas transferindo
automaticamente óleo/água devido ao consumo, movimentações
de cargas em função das necessidades operacionais, operações com
24 rebocadores para receber ou descarregar materiais e outros.
Para que o boletim não apresente erros é importante que o BCO
colete as informações da condição de carregamento da melhor
maneira possível.
Fases importantes da coleta de dados:
1. Operações com Rebocadores
• Recebimento e/ou Desembarque de Cargas
Antes de fazer o inventário de carga no convés, o operador deve
verificar se ocorreram entradas e/ou saídas de materiais, checar os
pesos e locais dechegada/saída das cargas. É importante que o peso
da carga esteja o mais próximo da realidade possível, assim como
a sua localização, de maneira que as cotasde vcg, lcg e tcg sejam
corretas. É comum existir um controle a parte (livro ou planilha) para
anotar todas as cargas que chegam e saem, assim pode ser evitado
que uma mesma carga entre e saia da embarcação com valores de
peso diferentes.
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
• Recebimento de Consumíveis
Quando o fornecimento de água/óleo já foi concluído os valores serão
aqueles do momento da leitura dos tanques e não o total recebido,
pois entre um momento e outro pode ter havido consumo do tanque
que recebeu o consumível. Se for fazer a leitura durante o bombeio,
é importante que a unidade esteja “trimada”, mas não é necessário
parar o bombeio.
2. Inventário de Cargas
• Cargas de Convés
Quando o operador for inspecionar as cargas de convés, já deve ter
em mente o que irá verificar. Vai ver se as cargas recebidas estão
nos locais informados, se alguma outra carga foi movida de lugar,
verificar os níveis dos pequenos tanques, as tensões das linhas de 25
ancoragem, a condição de operação da planta e outros. Uma dica é
criar um “check-list” para essa atividade.
3. Leituras dos Níveis dos Tanques e dos Calados
• Sondagem dos Tanques
Para fazer o boletim é preciso que todos os tanques estruturais
sejam sondados e para fazer a leitura é preciso que a embarcação
esteja “trimada”, de modo a evitar erros de leitura. Sabendo os
níveis dos tanques é possível saber os volumes/pesos, cotas (vcg,lcg
e tcg) e CSF de cada tanque através da Tabela dos Tanques.
Estas informações também servem de insumo para o cálculo dos
consumíveis de água e óleo.
Alta Competência
• Leitura de Calado
A leitura dos calados irá servir para informar o metacentro utilizado
no cálculo de GM, por isso deve ser feito com a unidade trimada e no
mesmo momento que é feita a sondagem dos tanques. A leitura mais
correta é feita nas Marcas de Calado, mas esta leitura pode ser difícil
em caso de mau tempo. Por este motivo é importante ter sempre
os Indicadores de Calado do Controle bem aferidos. Uma estimativa
errada do calado pode causar grandes erros no boletim.
1.4. Conclusões
O Boletim de Estabilidade é a forma de se avaliar as condições
de equilíbrio de uma embarcação, sendo este documento um
laudo dessas condições. A sua importância é tão grande que é um
Documento Oficial.
26
A segurança da embarcação, em relação às condições de estabilidade,
fica a mercê do Boletim e a responsabilidade pela emissão deste
documento é da Equipe do Lastro.
A Equipe de Lastro deve sempre se preocupar com a qualidade
do Boletim de Estabilidade, por isso é de vital importância que a
confecção e aprovação tenham o maior cuidado e critério possíveis.
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
1.5. Exercícios
1) Quais as finalidades do boletim de estabilidade?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
2) Quais itens do boletim determinam a sua identificação?
________________________________________________________________
3) Como será calculado o GM no boletim? Explique passo a passo.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
4) Que tipo de informação pode ser colocada no campo de observa- 27
ções do boletim?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
5) Quais as diferenças entre os itens tanques estruturais e tanques
diversos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
Alta Competência
1.6. Glossário
Calado - distância vertical da porção submersa de um corpo flutuante, de seu ponto
mais fundo à linha d’água ou superfície.
28
Capítulo 1. Boletim de Estabilidade
1.7. Bibliografia
VASCONCELOS, André Luiz CANUTO Costa. BOLETIM DE ESTABILIDADE. Apostila
de Treinamento dos Operadores e Técnicos de Estabilidade UN-RIO/ENGP/EISA.
Julho 2009.
29
Alta Competência
1.8. Gabarito
1) Quais as finalidades do boletim de estabilidade?
Calcular os principais parâmetros de estabilidade de uma unidade, em função de
sua condição de carregamento. Nos casos dos acidentes levados aos Tribunais
Marítimos, o boletim de estabilidade serve como prova e/ou evidência para análise
do caso.
2) Quais itens do boletim determinam a sua identificação?
Nome da unidade, data e locação.
3) Como será calculado o GM no boletim? Explique passo a passo.
São resultantes das diferenças entre o KG corrigido e o Metacentro, que é obtido nas
Curvas/Tabelas Hidrostáticas. Devem ser calculadas também as cotas longitudinais
(GML) e transversais (GMT) da altura metacêntrica.
4) Que tipo de informação pode ser colocada no campo de observações do
boletim?
Operações com embarcações, violações da estanqueidade, treinamentos de
30 emergência/abandono, ocorrências anormais e outros.
5) Quais as diferenças entre os itens tanques estruturais e tanques diversos?
Tanques Estruturais - São registrados os dados dos grandes tanques da unidade:
lastro, diesel, água potável, água industrial e outros. Sabendo o nível do tanque,
utiliza-se a Tabela de Tanques, existente no Manual de Operação, para preencher
o boletim com os dados de peso (volume), as cotas (vcg, lcg e tcg) e a CSL
(longitudinal e transversal) do referido tanque. A leitura dos níveis dos tanques
deve ser feita periodicamente (de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas) e não somente na
hora de fazer o boletim.
Tanques Diversos - São registrados os pesos (volumes e/ou níveis), cotas e CSL
de pequenos tanques como: tqs. de decantação e diário de diesel, tqs. de óleo
lubrificante, tqs. Hidróforos de água potável/ industrial e outros.
Capítulo 2
Critérios de
Estabilidade Intacta
e em Avaria da
IMO - MODU CODE
e Sociedades
Classificadoras
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Identificar os critérios de estabilidade intacta e em avaria.
Alta Competência
32
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
2. Critérios de Estabilidade Intacta e em
Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades
Classificadoras
O
MODU CODE – 1989 (Mobile Offshore Drilling Units) é um
código da IMO (International Maritime Organization) que
gera as normas a serem seguidas pelas plataformas para
construção e equipagem.
Com o incremento das atividades exploração e produção marítima
e tendo em vista as particularidades de uma unidade móvel
offshore (MOU – Mobile Offshore Units), a IMO (International Maritime
Organization) - Organização Marítima Internacional - entendendo
que a convenção SOLAS (Safety of Life at Sea) não se aplicava
a tais tipos de unidades, resolveu estabelecer um conjunto de
recomendações de segurança nos moldes do SOLAS mais compatível 33
com as características operacionais das MODUs.
Dessa forma, foi criado o código MODU CODE 89, no qual são estabelecidos
os requisitos de: construção, estrutura, compartimentação, estabilidade,
equipamentos vitais, instalações elétricas, salvamento, proteção contra
incêndio, comunicações e outros. O MODU CODE foi elaborado tomando
como referência a própria convenção SOLAS (Safety of Life at Sea). Os
principais requisitos do MODU CODE com respeito às estabilidade de
unidades móveis offshore estão descritos a seguir nos itens 1.1.1 a 1.1.6.
2.1. Teste de inclinação
A realização do teste de inclinação é exigida para a primeira unidade
de uma série de embarcações similares, o mais próximo possível do
final da construção, para se determinar de forma acurada o seu peso
leve e a posição do centro de gravidade.
Para unidades sucessivas, de projeto idêntico, os dados de peso leve
da primeira unidade podem ser aceitos pela administração em lugar
de novo teste de inclinação, desde que as variações do peso leve e CG
produzidas por variações, na posição de pesos de máquinas, acessórios
ou equipamentos, confirmadas pelos resultados das inspeções de
deadweight (peso morto ou carga paga), sejam inferiores a 1% dos
valores obtidos para a primeira embarcação da série.
Alta Competência
Para plataformas semi-submersíveis (SS), atenção especial deve ser
dada ao cálculo detalhado de pesos e à comparação com os dados
da unidade original, pois a similaridade de peso e CG são difíceis de
serem atingidas.
Os resultados do teste de inclinação e inspeção de deadweight devem
fazer parte do manual de operação da plataforma.
Todas as variações no peso leve (máquinas, estruturas, acessórios e
equipamentos), ao longo da vida operacional da unidade, devem ser
indicadas em um livro de registros de alterações de peso leve que
deve ser mantido a bordo da embarcação.
Para plataformas SS (semi-submersíveis), uma inspeção de deadweight
deve ser realizada em intervalos de tempo que não excedam 5 anos.
34 Quando houver uma variação de peso leve superior a 1% do
deslocamento de operação, um novo teste de inclinação deve ser
realizado.
O teste de inclinação deve ser realizado na presença de um
representante da administração ou de uma organização aprovada
(sociedade classificadora).
2.2. Curvas de momento de endireitamento e emborcamento
Devido ao vento, as curvas representadas no gráfico da curva de
momento de endireitamento, com os devidos cálculos, devem
ser preparadas cobrindo a faixa completa de calados de operação
e trânsito, levando-se em conta a carga máxima de convés e os
equipamentos nas posições mais desfavoráveis em termos de CG.
As curvas de momento de endireitamento e emborcamento devem
ser relacionadas para o eixo crítico de inclinação. Deve-se levar em
conta a superfície livre dos líquidos nos tanques.
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
Curvas de momento de endireitamento
Para equipamentos que podem ser abaixados e armazenados, curvas
de emborcamento de ventos adicionais podem ser requeridas e esses
dados devem indicar claramente a posição de tais equipamentos.
35
As curvas de momento de emborcamento devem ser levantadas para
forças de vento calculadas pela seguinte expressão:
F = 0.5CSCHPV2A,
Onde:
F = força do vento (newtons)
CS = coeficiente que depende da forma do membro estrutural exposto
ao vento (ver Tabela - Valores do coeficiente CS)
CH = coeficiente que depende da altura, acima do nível do mar,
do membro estrutural exposto ao vento. (ver Tabela - Valores do
coeficiente CH)
P = densidade do ar (1.222 kg/m3)
V = velocidade do vento (m/s)
A = área projetada de todas as superfícies expostas, tanto na posição
ereta, quanto inclinada (m2)
Alta Competência
As forças de vento devem ser consideradas de qualquer direção relativa
à unidade e o valor da velocidade do vento deve ser considerado
como se segue:
• Em geral, uma velocidade mínima de 36 m/s (70 nós) para
serviço offshore deve ser usada para condições normais de
operação e uma velocidade mínima de vento de 51,5 m/s (100
nós) deve ser usada para condição de tempestade;
• Quando a unidade tiver sua operação limitada a águas
abrigadas (interior de baías, lagos, pântanos, rios, etc.) deve-se
considerar uma velocidade de vento reduzida de 25,8 m/s (50
nós) para condições normais de operação.
No cálculo das áreas projetadas no plano vertical, as áreas das
superfícies expostas ao vento, devido à banda ou trim, tais como
36 superfícies sob os conveses, etc. devem ser incluídas, usando o fator
de forma apropriada.
Estruturas treliçadas devem ser consideradas com área igual a 30%
da área projetada dos blocos frontal e posterior ou 60% da área
projetada de um lado.
No cálculo dos momentos de vento, o braço da força de
emborcamento deve ser tomado verticalmente do centro de
pressão de todas as superfícies expostas ao vento até o centro da
área lateral da parte submersa da unidade. A unidade é assumida
flutuando livremente, sem a restrição de amarras.
A curva de momento de vento deve ser calculada para um número
suficiente de ângulos de banda. Para cascos de navios, pode-se assumir
que a curva varie com o coseno do ângulo de banda.
Os momentos de vento, obtidos em ensaios de túnel de vento com
um modelo representativo da unidade, podem ser considerados como
alternativa ao método descrito anteriormente.
A determinação dos momentos de vento deve incluir os efeitos de lift
e drag para vários ângulos de banda.
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
Tabela - Valores do coeficiente CS
37
Tabela - Valores do coeficiente CH
2.3. Critérios de estabilidade intacta
A estabilidade da unidade, em cada modo de operação, deve
atender aos seguintes critérios (ver gráfico curva de momento de
endireitamento da página 35).
Alta Competência
• Para unidades de superfície e auto-elevatórias a área sob a
curva de momento de endireitamento até o segundo ponto de
interseção ou ângulo de downflooding (alagamento progressivo),
o que for menor, não deve ser inferior a 140% da área sob a
curva de vento até o mesmo ângulo limite;
• Para unidades semi-submersíveis (SS) a área sob a curva de •
momentos de endireitamento até o ângulo de downflooding
não deve ser menor que 130% da área sob a curva de momentos
de vento até o mesmo ângulo;
• A curva de momentos de endireitamento deve ser positiva em
toda a faixa de ângulos até a segunda interseção.
A unidade deve ser capaz de resistir à condição de tempestade num
período de tempo consistente com as condições meteorológicas.
38 Os procedimentos recomendados e o período de tempo requerido,
considerando as condições de operação e trânsito, devem estar
contidos no manual de operação da plataforma.
A unidade deve resistir à condição de tempestade severa sem a
remoção ou a mudança de posição de consumíveis sólidos ou outra
carga variável. Contudo, a administração pode admitir o carregamento
da unidade além do ponto em que os consumíveis sólidos teriam que
ser removidos ou deslocados para que a unidade pudesse resistir à
condição de tempestade, sob as seguintes condições (considerando
que o KG não exceda o valor máximo admissível):
• Numa localização geográfica, onde as condições ambientais
anuais ou sazonais não se tornem suficientemente severas,
requerendo a ida da unidade para a condição de tempestade
severa;
• Quando a unidade necessita suportar uma carga de convés
extra por um curto intervalo de tempo que se ajusta no período
em que a previsão de tempo é favorável.
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
? VOCÊ SABIA?
As localizações geográficas, condições ambientais e
condições de carregamento para as quais tal situação
é permitida devem ser identificadas no Manual de
Operação.
Critérios de estabilidade alternativos podem ser considerados pela
administração, desde que um nível de segurança equivalente seja
mantido e demonstrem um nível adequado de estabilidade inicial.
Na determinação da aceitabilidade de tais critérios, a administração
deve considerar pelo menos as seguintes condições, levando em conta
aquelas que sejam apropriadas:
• Condições ambientais, representando ventos reais (incluindo
rajadas) e ondas apropriadas para serviço irrestrito (world-wide) 39
em vários modos de operação;
• Resposta dinâmica da unidade. As análises devem incluir
resultados de túnel de vento, testes com modelos em tanques de
provas e simulação não-linear, quando apropriado. Os espectros
de vento e onda usados devem cobrir faixas de freqüências
que assegurem que as respostas críticas de movimento sejam
obtidas;
• Potencial de alagamento, levando em conta respostas
dinâmicas no mar;
• Suscetibilidade ao emborcamento, considerando a energia
de restauração da unidade e a inclinação estática, devido à
velocidade de vento média e à resposta dinâmica máxima;
• Margem de segurança adequada para levar em conta as incertezas.
Alta Competência
2.4. Subdivisão e estabilidade em avaria
2.4.1. Unidades estabilizadas por colunas
A unidade deve ter borda livre suficiente e ser subdividida por
meio de conveses e anteparas estanques de modo a prover
flutuação suficiente e estabilidade para resistir ao momento
de emborcamento induzido pelo vento com velocidade de 25,8
m/s (50 nós) em qualquer direção de incidência, para qualquer
condição de operação ou trânsito, levando em conta as seguintes
considerações:
• O ângulo de inclinação, após a avaria – descrita anteriormente
(colunas e bracings devem ser assumidos alagados por avaria com
extensão vertical de 3,0 m, ocorrendo em qualquer nível entre
5,0 m acima e 3,0 m abaixo dos calados especificados no manual
40 de operação), não devendo deve ser maior que 17o;
• Qualquer abertura abaixo da linha d’água final deve ser
estanque à água e as aberturas de 4 metros, acima da linha
d’água final, devem ser estanques ao tempo;
• A curva de momento de endireitamento, após a avaria
estabelecida em parágrafo anterior (colunas e bracings devem
ser assumidos alagados por avaria com extensão vertical de
3,0 m, ocorrendo em qualquer nível entre 5,0 m acima e 3,0 m
abaixo dos calados especificados no manual de operação);
• Deve ter, do primeiro ponto de interseção até o menor,
entre a extensão estanque ao tempo e a segunda interseção,
uma margem de, pelo menos, 7o. Dentro dessa margem, a
curva de momento de endireitamento deve alcançar um valor
de pelo menos duas vezes o valor da curva de momento de
emborcamento, ambos valores medidos no mesmo ângulo.
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
Observe o gráfico apresentado a seguir.
Curva de momento de endireitamento 41
A unidade deve possuir suficiente flutuação e estabiliade em
qualquer condição de operação ou trânsito para suportar o
alagamento de qualquer compartimento estanque, completamente
ou parcialmente, abaixo da linha d’água em questão, que pode ser
uma sala de bombas, um compartimento contendo equipamentos
refrigerados por água do mar ou um compartimento adjacente ao
mar, levando em conta o seguinte:
• O ângulo de inclinação após o alagamento não deve ser
superior a 25o;
• Qualquer abertura abaixo da linha d’água final deve ser
estanque à água;
• Uma margem de estabilidade positiva, de pelo menos 7º, deve
ser provida, além do ângulo calculado de inclinação na condição
de alagamento.
Alta Competência
Na avaliação da estabilidade em avaria das unidades estabilizadas
por colunas, as seguintes extensões de avaria devem ser assumidas:
• Somente as colunas, casco submerso e bracings (contraventamentos)
na periferia da unidade devem ser assumidos como avariados nas
regiões expostas;
• Colunas e bracings devem ser assumidos alagados por avaria
com extensão vertical de 3,0 m, ocorrendo em qualquer nível
entre 5,0 m acima e 3,0 m abaixo dos calados especificados no
Manual de Operação.
Quando um flat (convés horizontal no interior das colunas) estanque
estiver localizado dentro dessa região, a avaria deve ser assumida
ocorrendo nos compartimentos acima e abaixo do flat. Distâncias
menores acima e abaixo dos calados podem ser aplicadas à satisfação
42 da administração, levando em conta as condições reais de operação.
Contudo, a região avariada deve se estender pelo menos 1,5m acima
e abaixo do calado especificado no Manual de Operação.
• Nenhuma antepara vertical deve ser considerada como
avariada, a menos que a distância entre anteparas seja inferior
a 1/8 do perímetro da coluna, no calado sob consideração,
medida na periferia da coluna. Nesse caso, uma ou mais
anteparas deve(m) ser desconsiderada(s);
• A penetração horizontal da avaria deve ser assumida igual a 1,5 m;
• O casco submerso ou sapatas devem ser assumidos avariados,
quando operando na condição de trânsito;
• Toda tubulação, sistemas de ventilação, coferndans (espaços
vazios), etc., dentro da extensão de avaria, devem ser assumidos
como avariados. Meios positivos de fechamento devem ser
providos nas fronteiras estanques para evitar o alagamento
progressivo de outros espaços que precisem ficar intactos.
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
2.4.2. Todos os tipos de unidades
A obediência aos requisitos anteriores deve ser determinada por
cálculos que levem em consideração as proporções e características
de projeto da unidade e os arranjos e configuração dos
compartimentos avariados. Ao fazer os cálculos, deve-se assumir
a unidade na pior condição de operação prevista do ponto de
vista de estabilidade e flutuando livre das restrições das linhas
de ancoragem.
A possibilidade de redução dos ângulos de inclinação por
bombeamento, lastreamento dos compartimentos ou aplicação das
forças de amarração não deve ser considerada como justificativa para
relaxamento dos requisitos.
Critérios de estabilidade em avaria e subdivisões alternativas
podem ser considerados pela administração, desde que um nível 43
de segurança equivalente seja mantido. Na determinação da
aceitabilidade de tal critério, a administração deverá considerar,
pelo menos, o seguinte:
• Extensão de avaria;
• Em unidades estabilizadas por colunas, o alagamento de um
compartimento qualquer;
• Prover uma margem adequada contra o emborcamento.
2.5. Integridade da estanqueidade
O número de aberturas nas subdivisões estanques deve ser mantido
num mínimo compatível com o projeto e operação da unidade. Quando
penetrações em conveses estanques e anteparas são necessários para
acesso, passagem de tubulação, dutos de ventilação, cabos elétricos
e outros. O arranjo deve ser tal que mantenha a integridade da
estanqueidade dos compartimentos fechados.
Alta Competência
Quando válvulas são instaladas nas fronteiras estanques, para manter
a integridade da estanqueidade, essas válvulas devem ser capazes
de serem operadas a partir de uma sala de bombas ou de outro
compartimento habitado: um convés exposto ou um convés que esteja
acima da linha d’água final após alagamento. No caso de unidades
semi-submersíveis, o acionamento das válvulas seria efetuado na sala
de controle de lastro. A indicação da posição das válvulas deve ser
provida na sala de controle.
Para unidades auto-elevatórias as válvulas do sistema de ventilação
necessárias para manter a integridade da estanqueidade devem ser
mantidas fechadas quando a unidade estiver flutuando. A ventilação
necessária neste caso deve ser arranjada por métodos alternativos
aprovados.
44
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
2.6. Exercícios
1) Cite três requisitos estabelecidos pelo MODU CODE – 1989.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
2) Qual é a função do teste de inclinação?
________________________________________________________________
3) Quais critérios devem ser atendidos para manter a estabilidade da
unidade, em cada modo de operação?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
45
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
4) Onde devem ser indicadas as variações no peso leve (máquinas,
estruturas, acessórios e equipamentos) ao longo da vida operacional
da unidade?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
5) Qual o intervalo de tempo para uma inspeção de deadweight nas
plataformas SS?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
Alta Competência
2.7. Glossário
Banda - inclinação no eixo transversal de uma embarcação, medida em graus.
Bracings - amarração, suporte, esteio.
Calado - distância vertical da porção submersa de um corpo flutuante, de seu ponto
mais fundo à linha d’água ou superfície.
Coferndans - espaço de isolamento entre duas anteparas ou convéses estanques de
uma embarcação. Um coferdan pode ser um espaço vazio ou tanque de lastro e é
usualmente usado para evitar vazamento de óleo ou outras substâncias químicas
para dentro de espaços de máquinas.
Downflooding - alagamento.
Emborcamento - posição do corpo flutuante de cabeça para baixo (inversão da
condição normal).
Flat - plano.
46
Treliçadas - ripas ou vigas cruzadas.
World-wide - mundial
Capítulo 2. Critérios de Estabilidade Intacta e em Avaria da IMO - MODU CODE e Sociedades Classificadoras
2.8. Bibliografia
IMO – Modu Code: Code for the Construction and Equipment of Mobile Offshore
Drilling Units, 1989.
DEPER/GEPEM. Estabilidade de Plataformas Flutuantes. Macaé, 1987.
SHELTEMA, R.F. e BAKKER, A.R. Buoyancy and Stability of Ships. Culemborg,
H.Stam, 1969.
47
Alta Competência
2.9. Gabarito
1) Cite três requisitos estabelecidos pelo MODU CODE – 1989.
O MODU CODE 89 estabelece requisitos de construção, estrutura,
compartimentação, estabilidade, equipamentos vitais, instalações elétricas,
salvamento, proteção contra incêndio, comunicações. Verifique se você citou
três dentre estes requisitos.
2) Qual é a função do teste de inclinação?
Determinar de forma acurada o seu peso leve e a posição do centro de
gravidade.
3) Quais critérios devem ser atendidos para manter a estabilidade da unidade, em
cada modo de operação?
Para unidades de superfície e auto-elevatórias a área sob a curva de momento de
endireitamento até o segundo ponto de interseção ou ângulo de downflooding
(alagamento progressivo), o que for menor, não deve ser inferior a 140% da área
sob a curva de vento até o mesmo ângulo limite;
Para unidades semi-submersíveis (SS) a área sob a curva de momentos de
48 endireitamento até o ângulo de downflooding não deve ser menor que 130% da
área sob a curva de momentos de vento até o mesmo ângulo;
A curva de momentos de endireitamento deve ser positiva em toda a faixa de
ângulos até a segunda interseção.
4) Onde devem ser indicadas as variações no peso leve (máquinas, estruturas,
acessórios e equipamentos) ao longo da vida operacional da unidade?
Devem ser indicadas em um livro de registros de alterações de peso leve que deve
ser mantido a bordo da embarcação.
5) Qual o intervalo de tempo para uma inspeção de deadweight nas plataformas SS?
Uma inspeção de deadweight deve ser realizada em intervalos de tempo que não
excedam 5 anos.
Capítulo 3
Contingência
para avaria e
previsão de
mau tempo
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Reconhecer a influência das cargas de perfuração e
produção na estabilidade e em situações críticas.
Alta Competência
50
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
3. Contingência para avaria e
previsão de mau tempo
S
ão apresentadas orientações gerais relativas às contingências
de avaria e mau tempo. Planos específicos e particulares para
cada unidade deverão ser elaborados pela equipe responsável
pela estabilidade, com qualquer apoio que se faça necessário. Todos
os envolvidos na contingência devem ser treinados sistematicamente
em simulados.
3.1 Influência do sistema de ancoragem na estabilidade e
situações críticas
Uma unidade flutuante posicionada sobre uma determinada locação
no mar está sujeita a ação de ondas, ventos e correntezas. Esta 51
atuação ambiental sobre a unidade provoca o aparecimento de forças
sobre a mesma, conhecidas como forças ambientais. A componente
horizontal da resultante destas forças atua no sentido de deslocar a
unidade sobre o plano da superfície do mar, afastando-a da locação.
O objetivo fundamental de um sistema de ancoragem é restringir
estes deslocamentos ou passeios no plano horizontal, garantindo
assim a manutenção do posicionamento da unidade flutuante, de
modo que a mesma possa operar com a necessária segurança.
A restrição ou resistência aos deslocamentos é obtida através da
atuação de vínculos físicos que ligam a unidade flutuante ao solo
marinho. No caso dos sistemas de ancoragem por linhas de amarração,
as linhas são, basicamente, estes vínculos.
Como de um modo geral a ação ambiental é de caráter variável e
aleatório, tanto em termos de intensidade como em termos de
sentido e direção de incidência, o sistema de ancoragem deve ser
capaz de restringir deslocamentos em qualquer direção ao redor da
unidade. Isto implica na necessidade de se ter um sistema constituído
de várias linhas distribuídas em torno da unidade, formando o que se
chama de sistema de ancoragem por pontos múltiplos ou sistema de
ancoragem por linhas espalhadas (Spread Mooring System).
Alta Competência
O arranjo ou distribuição angular das diversas linhas ao redor da
unidade dá-se o nome de pattern ou padrão de ancoragem. A escolha
de um determinado pattern para a unidade flutuante depende das
características ambientais do local da instalação, de como a unidade
responde à ação ambiental nas várias direções de incidência e das
limitações impostas pelo "layout" submarino do campo em questão.
Uma representação esquemática deste tipo de sistema aplicado a
uma plataforma semi-submersível encontra-se na figura a seguir.
52
Sistema flutuante de produção
Dada as características de flexibilidade dos materiais que
normalmente formam uma linha de amarração, o trecho que fica
suspenso entre o ponto de amarração e o ponto de toque assume a
forma de uma curva conhecida como catenária.
Para que esta configuração seja mantida, uma força de tração deve
ser exercida sobre as linhas no ponto onde elas se ligam à unidade.
Como conseqüência, as linhas reagem sobre a unidade exercendo
uma força igual, mas de sentido oposto. Em termos de projeto do
sistema de ancoragem, considera-se que esta força esteja aplicada no
fairlead, ou ponto de amarração, e que a direção da mesma esteja
contida no plano vertical determinado pelos pontos de amarração e
ancoragem da linha, que é chamado plano da linha.
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
53
Configuração Geométrica de uma Linha de Amarração
Esta força pode ser decomposta numa componente ou força
horizontal, paralela à superfície do mar, e numa componente
ou força vertical, perpendicular à superfície do mar e agindo no
sentido de afundar a unidade. A força horizontal que cada linha
aplica sobre a unidade é conhecida como força de restauração da
linha de amarração.
A figura anterior ilustra este sistema de forças. Ela também apresenta a
configuração geométrica típica de uma linha de amarração do sistema,
indicando a nomenclatura básica que caracteriza tal configuração.
Na ausência de forças ambientais, para que a unidade permaneça
exatamente sobre a locação estipulada, a resultante das forças
horizontais aplicadas por cada linha deve ser nula.
Além disto, para que a unidade mantenha o aproamento desejado
a resultante dos momentos - em torno de um eixo vertical qualquer
fixo na unidade - devidos a cada força horizontal, também deve ser
nula quando não há atuação de forças ambientais.
Alta Competência
Quando as duas condições acima são satisfeitas diz-se que o sistema
de ancoragem está balanceado.
A componente vertical da tração na linha de ancoragem deve ser
levada em conta no Boletim de Estabilidade para efeito de cálculo do
VCG da Unidade.
À medida que a unidade vai se deslocando, esta resultante das forças
horizontais vai crescendo até que, numa determinada posição da
unidade, ela se iguala à força ambiental, anulando seu efeito. Nesta
situação é nula a resultante das forças que atuam sobre a unidade e
a mesma permanece em equilíbrio nesta nova posição.
Este é o mecanismo através do qual o sistema de ancoragem atua
para restringir o deslocamento da unidade no plano horizontal,
provocado pela atuação das forças ambientais. Este deslocamento,
54 medido em relação à locação inicial de projeto, é chamado de "Offset"
da unidade.
À proporção que o “Offset” aumenta, ocorre um aumento na
componente vertical das linhas mais tracionadas e uma redução na
componente vertical das linhas menos tracionadas, levando a um
desequilíbrio de momentos verticais do sistema de ancoragem que
tem influência na estabilidade da Unidade.
Na situação extrema de ruptura de uma linha de ancoragem,
poderá haver alteração na banda ou trim da plataforma, função do
desequilíbrio de momentos do sistema da ancoragem, que deverá
ser compensada com movimentação de lastro ou carga, para levar a
plataforma à condição de flutuação paralela.
3.2. Influência de cargas de perfuração e produção na estabilidade
e situações críticas
Na maioria dos projetos de Unidades Móveis Offshore, as cargas de
perfuração ou de produção, dependendo do tipo de operação, estão
localizadas no convés principal e acima do mesmo. Entre essas cargas,
podemos citar:
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
• Tubos de perfuração;
• Revestimento;
• Produtos químicos;
• Torre de perfuração;
• Sub-estruturas e pórticos;
• Lama líquida;
• Granéis secos nos silos (baritina, bentonita, cimento etc);
• Equipamentos de auxílio a perfuração (unidades de
perfilagem etc); 55
• Tensionadores de risers;
Alta Competência
• Módulos da planta de processo;
Tratamento
de Gás
Compressão
Processo Flare System
Geração de Óleo
Utilidades Piperack
Manifold
elétricas
Injeção de Água
e Dessulfatação
Compressão
Tratamento
de Gás
Processo
de Óleo
Manifold
Geração
Utilidades
• Carga líquida no interior dos vasos da planta;
56 • Lança do queimador;
• Risers de produção.
Os pesos das cargas de perfuração e produção devem ser
controlados cuidadosamente, garantindo que todas as cargas
de convés sejam contabilizadas no Boletim de Estabilidade. A
avaliação precisa de peso e da posição do centro de gravidade de
todas as cargas de perfuração e de produção é muito importante
para a estabilidade da plataforma. A carga máxima de convés a
ser adicionada em determinada condição de carregamento estará
limitada por:
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
• Capacidade de Carga Local e Global do convés;
• Considerações de estabilidade de forma que o KG máximo
admissível da Unidade não seja ultrapassado nas diversas
condições de carregamento de perfuração ou produção;
• Considerações de resistência estrutural da plataforma.
A quantidade de risers instalados também é um fator que tem impacto
tanto na estabilidade quanto nos movimentos da Unidade e que deve
ser avaliado cuidadosamente nas fases de projeto. Os FPSOs com
sistema de ancoragem do tipo SMS – Spread Morring System - possuem
a chamada “cortina” de risers que fica a bordo e tem influência sobre
a estabilidade da embarcação, devido ao fato de criar uma assimetria
no carregamento do FPSO, exigindo a utilização de tanques de lastro
para compensar esse desequilíbrio de forças, ou arranjos de convés
com distribuição de pesos assimétricos para compensar as cargas dos 57
risers por um único bordo.
Em unidades semi-submersíveis de produção, a influência dos
risers tem maior ou menor impacto na estabilidade caso a
estrutura de suporte dos risers esteja localizada no convés ou no
nível dos flutuadores.
Nas unidades de perfuração, para efeito da estabilidade, a carga no
gancho deve ser aplicada no bloco de coroamento, que é a parte
superior da torre de perfuração. Além disso, existe uma limitação da
quantidade de tubos de perfuração que podem ser estaleirados no
set-back da torre, tanto nas condições de trânsito quanto de operação
da Unidade.
A resistência estrutural da torre deve considerar os efeitos dinâmicos
impostos pelos tubos de perfuração estaleirados, em função dos
movimentos da plataforma que é induzido por ondas e vento.
Situações críticas de estabilidade podem ocorrer nas condições de
instalação do BOP, quando um grande item de peso com KG elevado
é içado, podendo comprometer o equilíbrio da Unidade.
Alta Competência
Os fluidos dentro dos vasos da planta de produção são considerados
como carga variável. Os equipamentos fixos (módulos, lança
queimador, bombas de exportação etc) devem ser considerados como
peso leve. As análises de estabilidade feitas na fase de projeto básico
devem sempre considerar a condição com a planta na capacidade
máxima de produção, de forma a levar em conta o volume / peso
máximo de fluidos no interior dos vasos e equipamentos da planta .
3.3. Recomendações para previsão de mau tempo
As condições meteorológicas podem ocorrer inesperadamente, mas
também podem estar previstas nos boletins meteorológicos. Ao
receber um aviso de mau tempo, o BCO deve saber que os parâmetros
ambientais irão aumentar e chegar a valores não usuais, causando
perturbações às operações rotineiras da unidade. O aumento dos
parâmetros ambientais, que não ocorre de forma linear, irá causar
58 aumento dos movimentos da embarcação e algumas operações
poderão ser interrompidas.
A equipe da unidade deve planejar e estabelecer condutas preventivas
para os aumentos de vento, roll, picth, heave e corrente, de maneira
a minimizar problemas operacionais. Essas condutas devem estar em
padrões e planos da unidade.
A seguir veremos alguns cuidados que devem ser adotados com a
previsão de tempo:
Operações com Guindaste
Os guindastes offshore possuem limite operacional estabelecido em
função da velocidade do vento. Este limite é informado no manual do
equipamento e deve ser conhecido pela equipe de BCO e pela equipe
de movimentação de carga. O BCO deve estar atento aos aumentos da
intensidade do vento e manter o operador de guindaste informado.
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
Se a lança do guindaste estiver suspensa e a intensidade do vento
aumentar acima do limite do equipamento, o freio do giro pode
não resistir e causar o movimento descontrolado da lança. A lança
ao se mover descontroladamente pode colidir com torres, casarios,
antenas, queimadores e outras estruturas, e se o guindaste estiver
com carga suspensa os danos podem ser maiores, podendo causar
acidentes com pessoas.
Como o vento pode mudar muito rapidamente, recomenda-se:
• Quando o guindaste não estiver em operação, a lança deve
estar sempre no berço.
• A cabine do guindaste deve possuir indicação de vento, ou então
o operador deve possuir um anemômetro portátil, para monitorar
o vento durante as operações de movimentação de carga.
59
• Se o guindaste estiver em operação e ocorrer indícios que
o vento alcançará o limite determinado, as operações devem
ser suspensas antes que o equipamento fique impossibilitado
de operar.
• As operações do guindaste devem respeitar os limites do
equipamento e as unidades devem possuir padrões que
contemplem esses limites.
• As operações devem ser planejadas levando em consideração
os boletins meteorológicos do período.
Operações com Embarcações de Apoio
As operações com embarcações de apoio estão limitadas as condições
de mar (onda e corrente), condições de vento, limite operacional do
guindaste e o limite operacional da própria embarcação de apoio.
O limite de operação de uma embarcação depende do seu projeto.
Se a embarcação é DP ou não, a quantidade/capacidade de seus
propulsores e outros detalhes do conhecimento do Comandante. As
operações podem ocorrer com a embarcação de apoio atracada à
unidade ou com a embarcação sob máquina.
Alta Competência
Durante as operações com as embarcações de apoio pode haver
mudança das condições meteorológicas. Se as condições mudarem
bruscamente existe o risco de rompimento de cabos de atracação,
rompimento de mangotes, acidentes com cargas suspensas pelo
guindaste e colisões da embarcação com a unidade marítima.
De maneira geral, recomenda-se o seguinte:
• As operações devem ser planejadas e acordadas previamente
com a equipe da unidade e o Comandante da embarcação.
• Devem ser estabelecidos procedimentos especiais para o caso de
parada emergencial da operação (desatracação de emergência),
de modo a evitar colisões e outros acidentes.
• O BCO deve verificar e certificar a integridade da estanqueidade
60 da unidade, principalmente na região de linha d’água.
• As operações devem ser realizadas sempre pelo bordo abrigado
(sotavento), pois em caso de parada inesperada das máquinas, a
embarcação será jogada para fora da unidade marítima.
• Deve haver um canal de comunicação exclusivo/ininterrupto
entre o Comandante, o BCO e o Operador de Guindaste.
• As operações devem respeitar os limites da embarcação de
apoio e do guindaste.
• As operações devem ser planejadas levando em conta os
boletins meteorológicos.
Arrumações de Convés
A condição de mau tempo pode submeter a unidade marítima a
grandes balanços e chuvas torrenciais. Nestas condições, cargas
podem correr e/ou cair, pode ocorrer entrada indevida de água nos
compartimentos e formação de poças nos pisos dos conveses.
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
Diante a previsão de mau tempo, as seguintes condutas devem ser
adotadas:
• Providenciar que as cargas de convés sejam amarradas e/ou
estaleiradas de modo seguro. Atenção especial para cargas que
podem rolar como tubos, tambores, latões e outras de formato
cilíndrico.
• Providenciar o fechamento de portas estanques, escotilhas,
escotilhões e demais barreiras de estanqueidade da unidade.
• Limpar os ralos dos pisos da rede de coleta de água pluvial.
• Fechar portas de containers e tampas de caixas metálicas.
• Manter os pisos limpos e desimpedidos, de modo a evitar o
61
acúmulo de água.
• No interior do casario, atentar para gavetas, equipamentos
de escritório, equipamentos de cozinha e outros que, com o
balanço excessivo, corram o risco de cair.
Operações de Perfuração
As operações na plataforma de perfuração podem ser comprometidas
se as condições meteorológicas provocarem um heave elevado e/ou
afastamento excessivo da unidade da locação (offset elevado). O
heave que as operações de perfuração suportam está relacionado
com o limite de movimento da junta telescópica do riser. Já o limite
de afastamento está relacionado ao ângulo máximo de inclinação
do riser.
O efeito do heave sob a junta telescópica poderá ser minimizado
se houver possibilidade de ajuste da tensão dos compensadores do
riser, caso contrário nada poderá ser feito. O ajuste das tensões é de
responsabilidade do operador de BOP ou do Técnico de Perfuração.
Alta Competência
Os projetos de ancoragem são feitos para manter a unidade com
um offset máximo, respeitando os limites de operação, e prevêem
as condições meteorológicas críticas da região para o período que
a unidade ficará na locação. Para se reduzir o offset e o anglo de
inclinação do riser, é necessário intervir no sistema de ancoragem,
alterando os comprimentos das linhas para aproximar a unidade
à locação. Caso haja um erro no projeto de ancoragem, o recurso
possível é solecar as linhas de sotavento para tentar reduzir as tensões
opostas. Não é recomendado operar as linhas com maiores tensões,
pois existe o risco do guincho não suportar a tensão existente e a
linha de ancoragem correr, causando um afastamento ainda maior da
unidade. O afastamento excessivo da locação pode levar à necessidade
de desconexão do poço.
Operações de Produção
62 As unidades de produção podem ter problemas no processo se as
condições meteorológicas provocarem movimentos de roll e picth
elevados. O balanço excessivo da unidade pode causar problema para
os indicadores de nível (alto/baixo) dos vasos e com isso interferir no
processo.
As condições de mar podem impedir as operações de Offloading, por
este motivo as programações de navios aliviadores e o planejamento
da operação devem considerar os boletins meteorológicos para
período do Offloading.
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
3.4. Exercícios
1) O que é força de linha de restauração?
________________________________________________________________
2) Conceitue “Offset” da unidade.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
3) Na ausência de forças ambientais, para que a unidade permaneça
exatamente sobre a locação estipulada, qual deve ser a resultante
das forças horizontais aplicadas por cada linha?
________________________________________________________________
63
Alta Competência
3.5. Glossário
Banda - inclinação no eixo transversal de uma embarcação, medida em graus.
64
Capítulo 3. Contingência para avaria e previsão de mau tempo
3.6. Bibliografia
IMO – Modu Code: Code for the Construction and Equipment of Mobile Offshore
Drilling Units, 1989.
DEPER/GEPEM. Estabilidade de Plataformas Flutuantes. Macaé, 1987.
SHELTEMA, R.F. e BAKKER, A.R. Buoyancy and Stability of Ships. Culemborg,
H.Stam, 1969.
65
Alta Competência
3.7. Gabarito
1) O que é força de linha de restauração?
É a força horizontal que cada linha aplica sobre a unidade.
2) Conceitue “Offset” da unidade.
É um mecanismo através do qual o sistema de ancoragem atua para restringir o
deslocamento da unidade no plano horizontal, provocado pela atuação das forças
ambientais.
3) Na ausência de forças ambientais, para que a unidade permaneça exatamente
sobre a locação estipulada, qual deve ser a resultante das forças horizontais
aplicadas por cada linha?
A resultante das forças deve ser nula. de processo.
Durante a fase de instalação de unidades de produção, deve-se considerar também
os efeitos na estabilidade resultantes do uso de equipamentos de pull-in, na altura
do convés principal, que são utilizados para a instalação dos risers de produção e
exportação.
66
Capítulo 4
Resistência
estrutural
global e local de
plataformas semi-
submersíveis
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Reconhecer diferentes tipos de análises para a avaliação
estrutural de uma plataforma semi-submersível.
Alta Competência
68
Capítulo 4. Resistência estrutural global e local de plataformas semi-submersíveis
4. Resistência estrutural global e local
de plataformas semi-submersíveis
A avaliação estrutural de uma plataforma semissubmersível
inclui a realização de diferentes tipos de análises.
Para a realização da análise estrutural global, um modelo estrutural
3D completo da plataforma é requerido.
Análises adicionais por elementos finitos podem ser requeridas para
juntas e partes estruturais complexas para determinar a distribuição
local de tensões de forma mais acurada. Quando relevante,
concentrações de tensões localizadas devem ser determinadas por
análise detalhada de elementos finitos ou modelos físicos. Para
detalhes padronizados, contudo, fórmulas de códigos reconhecidos 69
são aceitas.
Cálculos manuais suplementares para membros sujeitos a ações locais
podem ser requeridas.
Se as contribuições estáticas e dinâmicas são incluídas na análise, os
resultados devem ser tais que as contribuições sejam individualmente
identificadas.
Efeitos localizados de ações ambientais, tais como impacto de
ondas ou vibração induzida por vórtices, devem ser considerados
apropriadamente.
Alta Competência
? VOCÊ SABIA?
O método dos elementos finitos – FEM ou MEF, em
inglês –, é uma estratégia de resolução numérica de
um sistema através do uso de equações diferenciais
parciais utilizado em várias áreas, tais como: mecânica
estrutural, eletromagnetismo, mecânica dos fluidos.
Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/
M%C3%A9todo_dos_elementos_finitos.
Para a realização de análises estruturais de plataformas
semissubmersíveis são utilizados softwares reconhecidos pelas
Sociedades Classificadoras.
70 As Classificadoras possuem softwares próprios para a realização e
verificação de análises estruturais.
Antes da realização da análise estrutural é necessário fazer uma análise
hidrodinâmica para a obtenção dos movimentos e carregamentos de
ondas e correntezas que incidirão sobre a plataforma.
As condições ambientais da região onde a plataforma irá operar, que
influenciam nos carregamentos da plataforma, são obtidas por meio
de técnicas de coleta de dados meteoceanográficos.
Análise Estrutural Global
Capítulo 4. Resistência estrutural global e local de plataformas semi-submersíveis
4.1. Exercícios
1) Escreva V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
( ) Para a realização de análises estruturais de plataformas se-
missubmersíveis são utilizados softwares reconhecidos pelas
Sociedades Classificadoras.
( ) Após a realização da análise estrutural é necessário fazer
uma análise hidrodinâmica para a obtenção de movimen-
tos e carregamentos de ondas e correntezas que incidirão
sobre a plataforma.
( ) As condições ambientais da região onde a plataforma irá
operar devem ser consideradas e são obtidas por meio de
técnicas de coleta de dados meteoceanográficos.
71
Alta Competência
4.2. Bibliografia
NETO, José Benedito Ortiz. A Petrobras e a exploração de petróleo offshore no
Brasil: um approach evolucionário. Revista Brasileira de Economia, vol.61 no.1.
Rio de Janeiro: Jan/Mar 2007.
Método dos elementos finitos, em http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_
dos_elementos_finitos. Acesso em 01/ 12/ 2009.
72
Capítulo 4. Resistência estrutural global e local de plataformas semi-submersíveis
4.3. Gabarito
1) Escreva V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
( V ) Para a realização de análises estruturais de plataformas semissubmersíveis
são utilizados softwares reconhecidos pelas Sociedades Classificadoras.
( F ) Após a realização da análise estrutural, é necessário fazer uma análise
hidrodinâmica para a obtenção de movimentos e carregamentos de ondas
e correntezas que incidirão sobre a plataforma.
Justificativa: antes da realização da análise estrutural, é necessário fazer
uma análise hidrodinâmica para a obtenção de movimentos e carregamentos
de ondas e correntezas que incidirão sobre a plataforma.
( V ) As condições ambientais da região onde a plataforma irá operar devem
ser consideradas e são obtidas por meio de técnicas de coleta de dados
meteoceanográficos.
73
Anotações
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Anotações
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