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Apostila Social Media Icaro

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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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F U N DAM ENTOS

Estratégias de Social Media


FUNDAMENTOS

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F U N DAM ENTOS

Quem é o
professor?
Julie é escritora, palestrante, consultora e estrate-
gista com 30 anos de experiência adquirida traba-
lhando com marcas globais como Nissan, ITV, Deloitte Digital, Asos e St John Am-
bulance. Premiada como “IDM Educator of the Year” em 2018, a professora treina
profissionais de marketing e líderes de negócios em marketing digital, marca, mí-
dia social e marketing de conteúdo..

Objetivo
Qualquer estratégia de redes sociais precisa estar alinhada à sua estratégia de
negócios mais abrangente. Nesta disciplina, a professora fornecerá orientações so-
bre como definir metas e indicadores-chave de desempenho (KPIs) de redes so-
ciais para o marketing e as campanhas que apoiam seus objetivos de negócios
mais amplos.

Você irá aprender como criar uma estratégia de redes sociais, como entender
seu público e a relação dele com sua marca. Modelos úteis são fornecidos para
começar a construir seus próprios objetivos e KPIs.

SKILLS DESBLOQUEADAS
Estratégias de Social Media

100%

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F U N DAM ENTOS

Estratégias de
Social Media
3.1 Introdução à mídia social
Para começar com a introdução de marketing para mídias sociais, é importante
também entender as tendências e implicações atuais.

“Social media está incorporada


em todas as partes de nossas
vidas” - Gary Vee1

Apesar de a frase ser antiga, ela resume bem o significado que as mídias sociais
têm ainda hoje.

Seja no trabalho, seja em momentos de diversão, se estamos conversando


com colegas de trabalho ou com fornecedores, com amigos e familiares ou
apenas seguindo pessoas que conhecemos e gostamos, as mídias sociais es-
tão inseridas completamente em nossas vidas, e acompanham a maioria das
nossas atividades, como ir ao cinema ou sair para jantar assistindo a filmes,
TV ou apenas conversando e descobrindo informações.

Então, quando pensamos em marketing, é muito importante ter em mente que


estamos tentando:
> chamar a atenção das pessoas;
> ganhar essa atenção;
> manter a atenção;
> transformar essa atenção em alguma ação em nome do cliente.

1 Gary Vaynerchuk é um empreendedor americano, quatro vezes escolhido melhor autor de best-sellers reconhecidos
pelo New York Times, palestrante e personalidade na internet internacionalmente reconhecido.
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F U N DAM ENTOS

É um trabalho difícil porque há muitas distrações na vida das pessoas, mas,


mesmo que a atenção delas esteja nas mídias sociais, elas continuam concentra-
das em um certo número de canais. Manter o interesse do público em você e ser
encontrado no meio de todas as conversas que acontecem não é simples.

Ter uma boa estratégia é crucial, mas é ainda mais importante certificar-se de
que podemos fazer isso de uma maneira econômica e agradável para nós e nossos
clientes.

O que precisamos lembrar é que o social é um ecossistema único, todos os ca-


nais diferentes em que estamos inseridos têm um ambiente completamente dife-
rente, tais como:
> ferramentas;
> modelos de comportamento;
> normas e padrões.

Na verdade, todos esses diferentes canais estão tentando competir uns com os
outros para gastarmos nosso tempo, então, continuam adicionando novas ferra-
mentas e conteúdos extra para nos manter conectados.

E agora, com as “novas” leis sobre cookies e


privacidade, há uma centralização de dados
e informações que podemos extrair para fora
dessas plataformas.

Pensando nisso, olhamos para o exemplo do WeChat e do WeCom, que são


redes bastante confiáveis para a comunidade chinesa.

Pessoas ficam felizes em compartilhar dados de pagamento, conversar sobre


trabalho, conversar com amigos e familiares, tudo isso no mesmo ambiente virtual
e, assim, a maioria desse tempo é gasto em um único espaço.

Isso é muito poderoso para a plataforma e também é muito conveniente


para o consumidor.

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O Social Media profissional precisa estar ciente de como esses ecossistemas


estão competindo, e garantir que estamos gastando tempo para conhecer o que
cada uma dessas plataformas têm a oferecer.

Também deve estar atento para perceber se as pes-


soas estão usando essas mídias adequadamente a
fim de traçar estratégias para mantê-las dentro desses
espaços virtuais.

Outro ponto que precisamos levar em considera-


ção em nossas estratégias é a diversidade de compor-
tamento humano.

Dentro dos canais virtuais, nosso comportamento é bastante diferente do habi-


tual e também muito influenciado pela plataforma. Em determinadas plataformas
você pode ser um ouvinte e apenas consumir e compartilhar conteúdo, em outras
você pode ser muito mais ativo.

Para desenvolver uma boa estratégia, é preciso pensar em qual é o com-


portamento natural naquela plataforma. A audiência está lá em modo de tra-
balho? Ou simplesmente para relaxar? E se vamos interromper esse relaxa-
mento, vou interromper com algo que vale a pena?

Se conhecermos nossa audiência o suficiente para conseguirmos analisar a ma-


neira como esse público está presente e se comporta em determinada plataforma,
conseguiremos usar as mídias sociais de uma maneira poderosa!

Para pensar em marketing de mídia social, precisamos conhecer todas essas


opções diferentes com as quais podemos traçar diferentes estratégias. São elas:
> social commerce;
> social advertising;
> construir comunidades;
> otimizar perfis;
> criar conteúdo;
> trabalhar com influencers.

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F U N DAM ENTOS

Existe uma grande chance de você estar fazendo todas essas coisas e por isso
que tudo se torna tão complicado.

Para resolver essa questão, precisamos de uma estratégia de passo a passo e de


maneiras de verificar e ter certeza de que é essa direção que queremos tomar em
certas áreas.

Os benefícios de se fazer marketing com as redes sociais são muitos:

> Exposição: gera impacto muito grande ao garantir que nossa marca seja vis-
ta e ouvida;
> Tráfego para website: tira as pessoas da rede social e as leva para o site da
marca;
> Criar fãs leais;
> Insights e dados: entender o contexto exato de como a audiência está ex-
perimentando aquele momento e entender realmente o sentimento que as
pessoas têm sobre os conteúdos que compartilhamos;
> Gerar leads: social selling é uma ferramenta poderosa para geração de leads
B2B;
> SEO: redes sociais têm relação estreita com SEO e maximizar essas estraté-
gias pode ser um fator decisivo para escolher trabalhar com mídia social;
> Encontrar e trabalhar com parcerias;
> Economia: redes sociais têm um ótimo custo-benefício quando as usamos
corretamente.
Todas essas razões foram dadas por profissionais de marketing de mídia social
e são excelentes razões pelas quais queremos continuar a usar as mídias sociais.

As redes sociais deixaram de ser espaços


exclusivos para pessoas mais jovens, uma vez
que estamos vendo uma crescente presença de
pessoas mais velhas até mesmo em redes como
o TikTok.

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Usuários de todas as idades estão deixando de apenas se conectar com as mar-


cas, mas também estão nas redes para conhecer novas pessoas, descobrir sobre
cultura e valores de uma organização, para ver tutoriais em vídeos curtos e muitas
outras coisas.

Em média, cada pessoa frequenta entre 5 a 8 redes sociais diferentes.

Isso significa que, como estrategistas, precisamos escolher não só o público im-
portante para nossas marcas, mas também quais canais são os mais importantes.
Não é preciso ter conta em todas as mídias sociais, apenas naquelas que ressoam
melhor com sua audiência.

É preciso, ainda, considerar que as preferências de canal das pessoas mudam


com o tempo, à medida que o público começa a seguir as mais novas tendências.

Finalmente, é importante considerar as mudanças nas próprias plataformas, e


se o público alterou seu padrão de consumo de conteúdo dentro daquela rede.

É fato que todos os canais sociais estão


crescendo continuamente em popularidade,
e a cada ano mais e mais pessoas estão se
juntando às redes sociais. O TikTok, por exemplo,
teve um crescimento de 48% no último trimestre
de 2022.

Os canais são multifuncionais, e como indivíduos, os usamos para várias finali-


dades, principalmente para manter contato com amigos e familiares, seguir mar-
cas, compartilhar informações.

Como estrategistas, precisamos entender quais são os assuntos e conversas que


estão acontecendo no momento, para que as marcas que representamos também
possam participar dessas interações.

Além disso, precisamos também adicionar valor a essas conversações para


que atendam às necessidades importantes para a audiência, já que a tendên-
cia é a de que os indivíduos busquem organizações que realmente tenham
valores e propósito semelhantes aos seus próprios valores e interesses.
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Mídias sociais são um ótimo lugar para você demonstrar esses valores e o que
você entende que sua comunidade espera de você.

Não se pode deixar de falar também em UGC (user generated content ou con-
teúdo gerado pelo usuário)2 e os impactos que esse tipo de compartilhamento
tem nas estratégias de marketing em mídias sociais.

É fato que as pessoas engajam muito mais com conteúdo pessoal do que com
conteúdo institucional das marcas. Por isso, sua estratégia necessita colocar as
pessoas em primeiro lugar, pensando em formas de estimular as pessoas a com-
partilharem fotos, reviews ou comentários sobre sua marca em suas próprias redes.

Outro ponto mais específico que quase não é falado nas redes sociais são
os relacionamentos B2B (entre empresas), desde pequenas e médias empre-
sas até grandes empresas do segmento.

As mídias sociais são poderosos instrumentos nas negociações entre as marcas,


e se você tem conteúdo que as marcas estão engajando, significa que você cha-
mou atenção e provavelmente está em contato com profissionais de Social Media
ou de Relações Públicas das marcas.

Lembre-se de que a jornada do cliente mudou bastante, até entre empresas, e


as pesquisas agora são feitas on-line.

2 Conteúdo gerado espontaneamente por um usuário da marca. Por exemplo, quando você compartilha um story
assistindo a uma aula d’O Novo Mercado, você está realizando um UGC para nós! Muito obrigado por isso!
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3.2 Kit ferramentas de estratégias de mídia


social
Antes de falar sobre as estratégias em si, precisamos falar primeiro sobre alguns
modelos e estruturas que possibilitam que elas sejam colocadas em ação.

Vamos explicar os seguintes frameworks:


> PESTEL;
> SWOT;
> VMOST;
> Modelo ABC;
> AIDA;
> Jornada do Cliente.

Esses são os fundamentos que devemos levar em consideração para a produ-


ção das nossas estratégias.

VMOST
Essa é uma ferramenta que permite o desenho da estratégia de forma que se esca-
la da base até o topo da organização, permitindo que todos os canais escolhidos
(redes sociais, site, e-mail, etc.) tenham objetivos claros e definidos.

Então precisamos falar sobre:

> Vision: visão da organização, uma ideia global do que a marca/empresa


quer;
> Mission: missão da organização, o que será feito até que o próximo ciclo
de estratégia comece;
> Objective: objetivos são as ações que serão tomadas em função do obje-
tivo, em um nível mais detalhado na organização;
> Strategies: estratégias são os planos concretos que serão executados para
alcançar os objetivos;
> Tactics: táticas são as ações concretas e específicas que serão tomadas
para realizar as estratégias que compõem o objetivo.

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Você pode aprender mais sobre VMOST por meio deste link.

Enquanto a visão e a missão são características gerais da organização, os objetivos,


estratégias e táticas são dispersos pelos demais departamentos e, claro, as redes
sociais também devem ter suas próprias OST’s3.

Análise PESTEL
É uma ferramenta de análise situacional, para auxiliar a enxergar o mercado de
maneira mais ampla e a entender o papel global da organização.

> Political (político): para fazer o mapeamento do quadro político e de polí-


ticas públicas das quais sua empresa/cliente pode ser alvo, como questões
regulatórias ou de expressão de valores;

> Economic (econômico): para saber qual é a realidade econômica global


em que seu produto está situado e os mercados que vai atingir, por exem-
plo, mercado de luxo ou de crédito, bens de consumo, etc.

> Societal (social): como a sociedade enxerga a atuação do seu produto, já


que cada vez mais as pessoas estão se conectando com marcas com as
quais compartilham valores. Além disso, monitorar quais são as tendên-
cias e comportamentos de consumo de redes sociais também entra aqui.

> Technology (tecnológico): quais os mecanismos e/ou avanços tecnológi-


cos que podem afetar seu produto, de maneira direta ou indireta.

> Environmental (ambiental): se o seu produto está inserido em um con-


texto de responsabilidade ambiental, como marcas de cosméticos que
não fazem testes em animais.

> Legal (jurídico): quais são os limites impostos por lei na atividade de seu
produto? Como o caso de regulações de publicidade infantil ou de álcool,
tabaco e derivados, etc.

3 Objectives, strategies and tactics.

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Análise SWOT:
Essa é outra ferramenta para se fazer análise da situação de mercado, que leva em
conta quatro vetores distintos:
> Strenghts (Forças);
> Weaknesses (Fraquezas);
> Opportunities (Oportunidades);
> Threats (Ameaças).

Fazer uma das análises não exclui a possibilidade de realizar a outra, já que você
pode utilizar alguns dos insights descobertos na análise PESTEL para facilitar a
análise SWOT e vice-versa.

AIDA:
O modelo AIDA aplicado ao funil de negócio/jornada de cliente também é uma fer-
ramenta importante para cumprir objetivos, estratégias e táticas das redes sociais.

> Awareness (atenção): chamar a atenção da audiência;


> Interest (interesse): despertar o interesse no conteúdo;
> Desire (desejo): fazer com que a audiência deseje o conteúdo;
> Action (ação): compelir a audiência a tomar uma ação.
Ainda assim, precisamos entender que as redes sociais funcionam como um diálo-
go, ou seja, como uma conversa entre nós e nossa audiência.

Devemos adicionar valor a cada etapa da jornada do consumidor/cliente, nos co-


locando no lugar da audiência e deixando que eles nos conduzam para os resulta-
dos que irão nos beneficiar.

A audiência está sempre tentando suprir suas necessidades.

Jornada do Cliente:
Cada etapa da jornada do cliente pode compreender novos sentimentos, novas
buscas e novas maneiras de se conectar com o conteúdo/marca.

> Consideração: Nesta etapa queremos que a atenção do cliente seja volta-

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da para o nosso produto, é o primeiro ponto de contato, dessa forma ele


inicia a relação com a marca.

> Inspiração: O cliente então pode ficar inspirado pelo conteúdo ou pelo
produto, fazendo com que novas formas de divulgação o atinjam.

> Informação: Fase em que o consumidor procura ativamente informação


sobre o produto ou marca, comparando, estudando e se preparando para
tomar a decisão de compra.

> Compra: Nem sempre a tomada de decisão da compra é tão esclarecida


assim e, por muitas vezes, os consumidores podem ficar receosos com a
aquisição do produto, especialmente se quem compra for parte integrante
de uma empresa.

> Satisfação: A relação com o cliente não acaba na compra, e a empresa


precisa fazer o cliente se sentir satisfeito com o produto, o transformando,
assim, em um defensor da marca.

> Defensor: Estágio final em que o consumidor faz às vezes de divulgador da


marca/produto, compartilhando suas experiências com suas audiências e
público.

Modelo ABC:
Esse modelo parte da necessidade de colocar o cliente no centro das conversas
nas redes sociais, por meio da:

> Audiência: não no sentido generalizado de público, mas entendendo quais


são as peças-chave e as pessoas-chave da audiência para trazê-la para den-
tro das conversas que ocorrem.
> Brand (marca): quais são os valores compartilhados pelas marcas e qual o
posicionamento da marca dentro dessa audiência.
> Campanhas: pensar a forma de distribuir esse conteúdo, por qual canal e/ou
mídia.

Com isso esperamos que a audiência engaje realmente com nossas mensagens, e
queira verdadeiramente fazer parte da nossa tribo.

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3.3 Caminho da estratégia de Social Media

Objetivos Audiência Marca Campanhas Otimização


Quais são as metas? Quem são? Qual é a identidade e Selecionar os canais; Medir;
personalidade de sua
Como as redes sociais Como se comportam? marca? Construir um plano; Engajar;
irão se integrar com
outras atividades? Como podemos nos Que tipo de conteúdo Organizar a Continuar
conectar com eles? você verá? distribuição. melhorando.
Qual é o orçamento?
O que a concorrência Como influenciadores
está fazendo? podem ser parte da
história da sua marca?

3.4 Objetivos e KPIs


KPI é a sigla para "Key Performance Indicator" em inglês, que traduzido significa
"Indicador-chave de Desempenho". Os KPIs são métricas quantificáveis utilizadas
para medir o progresso em direção a objetivos específicos em uma organização.

Eles ajudam a avaliar o desempenho de uma empresa, equipe ou processo, for-


necendo insights sobre o alcance ou não de metas estabelecidas. Os KPIs podem
variar conforme o contexto e os objetivos de cada área ou departamento, sendo
essenciais para monitorar o sucesso e identificar áreas que precisam de melhoria.

Neste capítulo vamos nos concentrar em definir objetivos e indicadores-chave


de desempenho das estratégias de Social Media.

Vamos nos aprofundar especificamente na parte de objetivos na análise VMOST


explicada anteriormente.

Os objetivos que vamos definir são aqueles


que podem ser cumpridos por meio das mídias
sociais, integradas ou não em outras áreas da
empresa.

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Para definir os objetivos, vamos partir da fórmula SMART:


> Specific (específico);
> Measurable (mensurável);
> Actionable (acionável);
> Relevant (relevante);
> Time Bound (ligado no tempo).

Exemplos de objetivos SMART em mídias sociais:

Reconhecimento
Aumentar o alcance em 20% no final do ano-fiscal.

Aquisição
Por exemplo, adquirir 5.000 novos leads por meio das redes sociais até o fim
do ano, com o custo de 30 reais por lead e lucro de 5 reais por lead.

Conversão
Aumentar o ticket médio das vendas pela rede social para R$ 42,00.

Engajamento
Aumentar o engajamento das mídias sociais em 5% por mês pelos próximos
três meses.

O que cada objetivo tem em comum é a clareza do que precisa ser feito, mas
também o prazo em que esse objetivo vai ser cumprido. Além disso, é importante
colocar essa análise frente a frente com outras análises já feitas ou até mesmo com
benchmarking4 sobre os concorrentes.

4 Aprenda a fazer benchmarking neste link: <https://resultadosdigitais.com.br/marketing/benchmarking >.


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3.5 Conheça sua audiência


Uma persona é uma representação fictícia e semi-fictícia de um cliente ideal,
baseada em dados reais e características demográficas, comportamentais e psico-
gráficas. Ela é criada para ajudar empresas a entender melhor seus públicos-alvo
e a direcionar suas estratégias de marketing, vendas, produto e serviço de forma
mais eficaz.

A persona incorpora informações como idade, gênero, ocupação, interesses, de-


safios, objetivos e necessidades, permitindo que as empresas criem mensagens
mais direcionadas e relevantes, além de desenvolver produtos e serviços que aten-
dam às demandas específicas do cliente. Para isso você precisa conhecer a sua
audiência.

Para começar a construir a persona para redes sociais, temos um modelo que
você pode utilizar. Esse modelo ajuda a:
> entender e identificar a sua audiência;
> descrever suas características;
> decidir em quais canais e mercados você deve dirigir seu esforço.

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Essas decisões são tomadas com base nos tamanhos dos mercados, quão lu-
crativos eles são, se é possível escalar ou até mesmo mudar para um novo merca-
do, uma nova audiência.

A segmentação que as redes sociais permitem fazer ajuda a sintonizarmos


o discurso da marca para diversas audiências e, assim, planejar o que fazer
com elas.

É possível coletar uma infinidade de dados diferentes das pessoas que intera-
gem com nossas redes sociais, seja por monitoramento, via Google Analytics, seja
por ferramentas de CRM5 ou outras formas de se entender os dados.

Além disso, as redes sociais permitem coletar um tipo diferente de dados: níveis
de sentimento, de qualidade de engajamento e de conteúdo.

De todas as coisas que podemos medir, para a construção da persona para me-
lhor comunicação com o cliente, são esses dados que se deve considerar: se a
audiência ama determinado conteúdo, se a marca está presente nas conversas do
dia a dia, se compartilha dos mesmos valores que a audiência.

3.6 Analise sua audiência


Google Analytics é uma ferramenta que permite analisar diversos dados, como
os dados demográficos, as palavras-chave, o tempo em que a pessoa fica na pági-
na e qual a origem desse tráfego.

Para saber exatamente de onde as pessoas estão vindo, ter uma boa estratégia
de UTM6 é crucial para compreender exatamente as movimentações em seu site
ou página de produto.

Se estamos querendo descobrir nossa audiência nas redes sociais, é importan-


te conhecer todas as dimensões e comportamentos nas redes em que navegam.
Para isso, precisamos definir perfis sociais diversos, e monitorar esses diferentes
comportamentos.

5 Saiba mais sobre a gestão de relacionamento com o cliente (Customer Relationship Management) clicando neste
link: <www.salesforce.com/br/crm >.
6 Saiba mais sobre Urchin Traffic Monitor clicando no link a seguir: <https://herospark.com/blog/o-que-e-utm/>.

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F U N DAM ENTOS

Investigar tópicos populares, hashtags e palavras-chave que as pessoas estão


seguindo também é uma forma de analisar e mensurar a relevância dos conteúdos
apresentados.

Além disso, não se deve deixar de lado entender e investigar qual o sentimento
da audiência frente à sua marca ou produto, seja por ferramentas de social liste-
ning, seja por meio de influenciadores e/ou outras ferramentas.

3.7 Como criar uma persona para as redes


sociais?
Para encontrar uma forma de construir a persona específica para as redes so-
ciais, é preciso incluir informações sobre a persona já construída para a marca ou
para o comprador, mas entendendo quais as informações mais relevantes para o
ambiente das redes sociais.

Além das informações clássicas das personas, para as redes sociais leva-
mos em consideração também quais as mídias sociais a persona usa e seus
objetivos, motivações, desejos e frustrações, pois isso vai auxiliar na produ-
ção de conteúdo.

Também vamos investigar os influenciadores que a persona segue, e como eles


impactam em suas vidas. É preciso analisar que tipos de conteúdo gosta, quais
palavras-chave, hashtags e tendências que a persona segue e engaja, se existem
gatilhos para decisão de comprar e formas de reduzir a jornada do cliente por en-
tender as necessidades.

Quais perguntas fazer?


A construção da persona deve ser um processo de quais perguntas fazer para
descobrir as características que vão identificar e guiar a comunicação da sua mar-
ca.

> Quem? Não é só identificar a pessoa, mas quem é a audiência mais impor-
tante em seu canal e qual conjunto de pessoas que se envolvem e se orien-
tam com essa pessoa.

> Onde? Uma vez determinado quem são as pessoas, entenda onde elas es-
tão. Quais as redes sociais mais importantes para elas e quais fazem mais
sentido para você e sua marca. Só não tente usar todas as redes sociais de
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F U N DAM ENTOS

uma vez porque é contraproducente.

> Quando? Pense nos horários mais adequados para que a audiência engaje
com o conteúdo. Faça essas postagens com intencionalidade.

> O quê? Que tipo de conteúdo será divulgado e quais as palavras-chave que
se relacionam com o tipo de produto que você vende ou com necessidade
que você atende. Também investigue se essas palavras-chave estão ligadas
à sua estratégia de SEO.

> Competidores É importante também analisar os competidores e o que ou-


tras marcas estão fazendo, quais conversas estão conduzindo e qual o senti-
mento da audiência em direção a essas marcas. Você pode usar sentimentos
ruins, como reclamações, para melhorar seu produto ou oferecer novos.

> Postura As redes sociais permitem a análise de uma métrica bem particular,
o sentimento da audiência em relação à marca. Notamos que a audiência
pode reagir positiva ou negativamente ao conteúdo distribuído, ou mesmo
à marca na totalidade.

Com todas essas ferramentas, você vai conseguir criar uma persona adequada
para suas redes sociais.

3.8 Presença de marca e pilares de conteúdo


Estabelecer os pilares de conteúdo é muito importante para uma empresa, já
que permite que tenhamos respeito aos valores da organização e flexibilidade
para interagir com a audiência.

Na nossa conhecida fórmula VMOST(O) ainda estamos falando da parte de es-


tratégia, e para termos consistência no âmbito da marca, devemos nos questionar
sobre como manifestar nossa personalidade nas redes sociais:
> Qual é a identidade e personalidade de sua marca?
> Que tipo de conteúdo você verá?
> Como influenciadores podem ser parte da história da sua marca?

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F U N DAM ENTOS

Nossa maior necessidade é produzir conteúdos de sucesso. Isso pode ser um


pouco difícil, mas geralmente o conteúdo de sucesso tem quatro pilares distintos:

> Responsive (receptivo): A audiência tem que receber e reagir ao conteúdo,


idealmente de maneira positiva, de forma que nos ajude a compartilhar e a
aprimorar a presença da marca.

> Valuable (de valor): Nós queremos agregar valor, então precisamos enten-
der as necessidades dos clientes e precisamos de conteúdo de valor mais do
que nunca, permitindo, assim, que os diálogos aconteçam nas redes.

> Tipos de conteúdo (de valor): Inspirador, apoiador, educador, para entreter,
para convencer e para informar. Nós podemos mapear em dois planos dife-
rentes, nos eixos emocional e racional. Conteúdos para entreter, inspirar e
apoiar são muito mais focados no aspecto emocional, enquanto conteúdos
para educar, informar e convencer estão mais inseridos no âmbito racional.
Enquanto conteúdos de entretenimento e inspiração servem para dar maior
foco no reconhecimento de marca, conteúdos para educar e convencer são
mais propensos a estimular conversões. E, finalmente, os conteúdos para in-
formar e apoiar são melhores para criar laços entre a marca e sua audiência.

> Redes Sociais e SEO: Excelentes conteúdos trazem bons resultados de SEO
(search engine optimization)7 para as marcas, especialmente se eles pude-
rem ser traduzidos e repaginados para diferentes plataformas. Um determi-
nado tipo de conteúdo pode ser transformado em vários outros formatos,
estimulando a sua produção e distribuição em outros canais sociais, ou até
mesmo na forma de repetição do conteúdo, algo importante para as redes.

Muitas vezes nossos produtos são similares


aos de nossos concorrentes, e precisamos de
alguma estratégia para nos diferenciar de outras
marcas e empresas do nosso setor.
O conteúdo deve servir para esta função, distinguir seus valores, suas van-
tagens e como você atende às necessidades da audiência que se engaja com
seu produto.

7 Saiba mais sobre SEO neste link: <www.youtube.com/watch?v=1ye5E49kVKk>.


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Uma das formas mais poderosas de se engajar com a audiência é usar do Gol-
den Circle (Círculo Dourado) de Simon Sinek8.

Pergunte o porquê de você existir. Qual seu propósito? No que você acredita?
Como você é capaz de modular sua comunicação para expor seus valores e cau-
sas que você apoia? O propósito da existência de seu negócio é se diferenciar das
outras empresas.

Use esse “porque” para pensar nos pilares de conteúdo, elementos que irão
ajudar a distinguir sua marca no oceano das redes sociais, a focar a produção de
conteúdo em uma estratégia, a estabelecer uma base na qual você quer se tornar
famoso e, finalmente, a ajudar as estratégias de SEO e de engajamento em trends.

3.8 4C’s da integração de mídias sociais


O que quer que você faça nas mídias sociais, você irá esbarrar em um desses
4C’s que abordaremos a seguir:

> Consistência em ser autêntico e assegurar-se de que a marca tem uma mes-
ma mensagem e tom de voz por múltiplas plataformas.

> Customização, que permite que a distribuição do conteúdo seja feita para
atender às necessidades da audiência, alterando os formatos, comporta-
mentos ou ferramentas pelas diferentes plataformas.

> Comprometimento, uma vez que você deve somente investir em um deter-
minado canal social se você tiver o tempo, as ferramentas, os recursos e as
habilidades necessárias para fazer bem feito.

> Cautela, para ser consciente dos riscos e problemas que uma crise em redes
sociais, como cancelamentos, pode causar.

3.9. Influenciadores
Dentro de nosso modelo VMOST(O), a estratégia de utilização de influenciadores
é importante para alcançar audiências em que ainda não estamos presentes, utili-
zando a produção de conteúdo com a divulgação do influenciador, cocriando com
ele ou, ainda, permitindo que ele crie conteúdo para a marca que representamos.
8 Para saber mais sobre o Golden Circle, assista a esse excelente TED de Simon Sinek, neste link: <www.ted.com/talks/
simon_sinek_how_great_leaders_inspire_action?language=pt&subtitle=pt-br> (legendado em português).
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Entendemos que os influenciadores têm efeitos


drásticos em estratégias de SEO, principalmente nas
estratégias que consideram elementos off-page.

SEO on-page ocorre quando o mecanismo de


busca encontra elementos em nossas próprias
páginas na internet.

SEO off-page ocorre quando o mecanismo


de busca encontra direcionamentos de links e
referências a páginas da marca, mas em páginas
de terceiros.

Influenciadores são extremamente válidos nas estratégias de SEO off-page, por-


que podem direcionar grandes quantidades de tráfego para nossas páginas.

Basicamente todo mundo segue algum influenciador. À medida que o mercado


de influência amadurece e a economia de creators toma forma, basicamente to-
dos nós seguimos algum tipo de influenciador.

Influenciadores podem adicionar valor no conteúdo ou nos produtos feitos pela


marca, como em vídeos de contato com o produto (unboxing ou reviews), ou nave-
gando para encontrar novos produtos.

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F U N DAM ENTOS

Além disso, as considerações que os influenciadores fazem sobre determinadas


conversas que acontecem nas redes sociais podem ajudar a conectar a audiência
com os valores desejados pelas marcas.

Antes disso, contudo, é importante pensar em influenciadores que comparti-


lhem valores e princípios similares aos das marcas que você representa, evitando,
assim, qualquer tipo de crise futura.

Procure influenciadores que tenham:

> relevância, porque precisamos que os influenciadores sejam relevantes nas


audiências que queremos alcançar;

> alcance, que não precisa ser imenso, basta que esteja bem posicionado no
público-alvo ideal da nossa marca;

> repercussão, porque queremos que o conteúdo produzido pelo influencia-


dor tenha espaço e seja ampliado por compartilhamentos e de outras for-
mas.

Além disso, o influenciador deve oferecer:


> autenticidade;
> honestidade;
> consistência.

Nós vemos um crescente aumento em relacionamentos de longo prazo das


marcas com influenciadores, demonstrando que o mercado está mais maduro e
procura mais pequenos grupos de influenciadores do que uma grande celebrida-
de ou porta-voz.

Uma armadilha comum ao escolher influenciadores é que comumente pensa-


mos que é melhor escolher o influenciador com o maior número de seguidores.

No topo da cadeia de influência estão as celebridades e os mega influenciado-


res, que geralmente têm um número imenso de seguidores, mas que talvez não os
sigam pelas razões as quais as marcas gostariam.

Desta forma, é bem mais proveitoso para algumas estratégias de marca contar
com influenciadores menores, ao nível micro e nano, considerando que a audiên-
22
F U N DAM ENTOS

cia segue, respeita e considera a opinião desses sobre determinado assunto.

Considere também que quem segue esses influenciadores são pessoas como
eu e você, e nós também podemos fazer parte de estratégias de produto, desde
que o nível de confiança entre as partes não seja quebrado.

Encontrar o influenciador ideal pode ser difícil


no começo, especialmente se você nunca
trabalhou anteriormente com eles.

Formas de localizar o influencer compreendem pesquisar:


> na rede social;
> junto de seus seguidores;
> em hashtags baseadas em trends;
> em ferramentas de social listening;
> em fóruns de influenciadores e comunidades.

Um bom ponto de partida é buscar influenciadores em agências ou plataformas,


pois é comum que todo suporte com a contratação seja dado.

3.10 Colaboradores engajados


Muitas vezes você não precisa contar com influenciadores de muita bagagem,
podendo contar com os próprios funcionários que gostam de trabalhar em de-
terminada empresa e podem ser representantes das marcas e ter interesses que
comungam com os valores da marca e da audiência.

Para transformar um colaborador em um


influenciador da marca, você precisa:
> de uma força de trabalho engajada;
> de um propósito/razão para participar;
> de diretrizes claras;
> de conteúdo e suporte;
> de uma ferramenta – Amplify.
23
F U N DAM ENTOS

Exemplo
Starbucks encoraja os funcionários a produzir conteúdo sobre como é trabalhar
em uma unidade da Starbucks por meio da hashtag #starbuckspartners. Isso fun-
ciona muito bem e permite que os colaboradores sintam-se realmente inseridos
na cultura de trabalho da empresa.

Considere o custo-benefício de montar estratégias que estimulem consumido-


res a postar avaliações em plataformas, pois, na régua de confiança, as avaliações
e os comentários acerca de produtos ocupam posição muito privilegiada.

3.11 Como trabalhar com os influenciadores?


Antes de falar sobre aspectos práticos, é importante mostrar que a maioria dos
executivos de marketing tem diversas ressalvas quanto ao trabalho com influencers,
por diversos motivos.

Existem ferramentas e estratégias para conter todas as dificuldades, evitando,


assim, que sua marca seja fraudada por alguém mal-intencionado.

Por outro lado, os próprios influenciadores também têm seus requisitos e limi-
tes para trabalhar com as marcas.

Entre os mais importantes, podemos ressaltar a questão da criatividade e da


produção de conteúdo por parte do influenciador. Muitas vezes o profissional é
prejudicado pela quantidade de regulações e problemas que, naturalmente, são
parte do dia a dia de uma empresa.
24
F U N DAM ENTOS

É crucial que as marcas deixem os criadores


livres para poderem se expressar da melhor
forma perante suas audiências.

Por mais que o influenciador seja experiente, ele não dará conta de fazer tudo
ou todas as tarefas necessárias para o bom andamento de uma campanha.

Precisamos ter muita clareza no que compete a ele, que poderá ser:
> gerar desejo;
> gerar inspiração;
> construir confiança;
> criar relacionamentos comerciais (vendas e audiência);
> perceber novas tendências e descobertas.

Não deixe de pedir um “mídia-kit”, pois você terá acesso a todas as infor-
mações necessárias para maximizar seu trabalho com marketing de influên-
cia e garantir um bom retorno sobre seu investimento.

Prefira sempre relacionamentos de longo prazo com os influenciadores, porque


estratégias de “pagar para postar” não constroem a confiança necessária para a
audiência tomar a ação desejada.

É importante também identificar se você


e o influenciador escolhido se conectam
e compartilham objetivos, não só os da
campanha.

A relação entre vocês deve ser harmônica entre os três vetores: marca, comuni-
dade e influenciador para evitar a sensação de que o influenciador é apenas um
gasto.

9 Mídia-kit é como se fosse o currículo de um influenciador. Saiba mais, clicando neste link: <www.influency.me/blog/
midia-kit-influenciador-digital/>. 25
F U N DAM ENTOS

Construa conexão para um relacionamento de longo prazo. Para isso, você pode
começar com o seguinte passo a passo:

1. envie o convite para colaboração por e-mail e não por direct;


2. tenha clareza, seja respeitoso e humano;
3. comece o e-mail com uma saudação pessoal;
4. no e-mail, utilize entre 7 e 10 frases;
5. seja direto, mas mostre o benefício que terão se trabalharem juntos;
6. mantenha consistente sua atividade nas redes sociais.

O trabalho do influenciador é fazer com que seu conteúdo seja difundido nas
redes sociais, e isso deve sempre ser a atribuição primária dele.

Outros dados de performance e KPIs que você pode definir para a campanha:
fica sob a sua responsabilidade monitorar e agir, perguntando para o influenciador
como você pode ajudá-lo ou se ele precisa de algo mais para melhorar a distribui-
ção do conteúdo.

Escute o influenciador, pois ele já carrega


bagagem de construir uma audiência engajada
nas redes sociais.

Existem algumas formas de acompanhar o desenvolvimento da campanha com


o influenciador por meio de:
> links rastreáveis;
> cupons;
> endereços de e-mail;
> SKU (Stock Keeping Unit) do produto (ou Unidade de Manutenção de Es-
toque, em português).

Não deixe de pagar corretamente e cumprir os termos do contrato com o in-


fluenciador. O pagamento nem sempre precisa ser combinado em dinheiro; al-
guns dos influenciadores prefere receber por permuta.
26
F U N DAM ENTOS

Além disso, pense em como você pode alavancar essa parceria, por exemplo,
dando outros produtos não planejados, garantindo acesso a bastidores da empre-
sa. Dessa forma, você pode até conseguir alguns posts a mais.

3.12 Campanha I – Seleção de canais


Nós já falamos bastante sobre marcas e posicionamento, mas neste capítulo
vamos aprender de forma mais aprofundada sobre a seleção de mídias sociais e
sobre campanhas para distribuição do conteúdo onde tenha relevância e adicione
valor para nossa audiência.

Lembre-se de que estamos tentando travar


diálogos nas redes, e não apenas despejar
informações. Compartilhamento e comunicação
são vias de mão dupla e ajudam a construir
comunidades de pessoas engajadas.

Recapitulando o modelo VMOST(O), aqui estamos na parte de táticas, ou seja,


como distribuímos a nossa estratégia de conteúdo construída em torno de nossa
marca e de nossa capacidade de atender às necessidades do consumidor.

Agora, vamos aprender como distribuir


essa estratégia.

Campanhas são uma parte extremamente


importante para uma boa estratégia de So-
cial Media, porque os melhores resultados
vêm a longo prazo.

Como a atividade em redes sociais é perene, ou seja, não tem começo nem
fim, podemos dividir a estratégia em seções, cada qual determinante para
cumprir os objetivos.

Ainda que a situação seja a de começar uma campanha nova logo depois que
outra termina, o planejamento de cada uma delas é essencial para uma estratégia
que dê resultados.
27
F U N DAM ENTOS

Parte do planejamento de distribuição deve vir com a seleção adequada das


mídias sociais em que a estratégia será realizada. Pelo menos um canal deve ser
escolhido como o principal, e os outros podem ser utilizados de maneira sazonal.

Instagram, Facebook e WhatsApp são todos controlados pela Meta, empresa de


Mark Zuckerberg. Isso permite uma maior integração entre essas plataformas, fato
que devemos considerar em nossas estratégias.

Por isso, volume de usuários e tamanho da rede não são a única coisa a se con-
siderar ao escolher um canal social para investir.

Se estamos pensando em estratégias B2B, há outros prós e contras que deve-


mos levar em consideração nas estratégias de redes sociais.

O X (Twitter):
> entrega sua mensagem de maneira rápida, como se fosse uma conversa de
elevador;
> permite a criação de conteúdo rápido, oportuno, de fácil digestão, facilitan-
do o envio de mensagens e de fragmentos de informação;
> oferece dicas ou links para artigos, notícias e outros recursos.

O Facebook:
> é uma plataforma com o maior número de usuários;
> seu conteúdo está sempre em contato com a audiência (o usuário padrão do
app abre o Facebook várias vezes ao dia);
> permite o compartilhamento de conteúdo aprofundado, com links, páginas,
vídeos e demais conteúdos;
> o foco em grupos permite a construção de comunidades inteiras e engajadas.

Já o Instagram:
> permite a criação de comunidades que interagem;
> possibilita a distribuição de conteúdo em diferentes formatos;
> é a melhor plataforma para se trabalhar com influenciadores para aumentar
engajamento.

28
F U N DAM ENTOS

Se for considerar o uso de mais de um canal social, é essencial colocar todos os


prós e contras de cada canal em confronto com sua estratégia, mas, ainda mais,
buscando a harmonia e convergência entre todos eles.

Não se pode estar em todos os canais ao mesmo


tempo, e você precisa se certificar de que você
executa brilhantemente sua estratégia em um dos
canais antes de passar para outro.

Ou seja, para decidir qual canal você deverá enfrentar na sua estratégia, faça as
seguintes perguntas:
> Onde está meu público?
> Quais são as expectativas do meu público?
> Quão frequentemente eles desejam engajar?
> Qual tipo de conteúdo eu preciso?
> A plataforma é apropriada para o propósito da minha marca?
> Quão cara é a plataforma?

A boa notícia é que você não precisa abandonar completamente determinado


canal, mas pode derivar seus esforços para outra rede social, permitindo que você
priorize os conteúdos que engajem com sua audiência e forme comunidades em
torno das discussões que você impulsiona.

Aqui também é muito relevante lembrarmos dos 4C’s da integração de mídias


sociais: Consistência, Customização, Cautela e Comprometimento.

3.12 Campanhas II – Implantação


Nessa continuação do capítulo anterior, queremos
que você considere planejar seu conteúdo no formato
hero, hub, help, que é uma forma que o Google utiliza
para planejar seu próprio conteúdo.

29
F U N DAM ENTOS

Em nosso modelo VMOST(O), estamos ainda falando sobre táticas, e vamos


aprender a distribuir os conteúdos de maneira eficiente nos canais que aprende-
mos a selecionar.

O que é o conteúdo Hero, Hub, Help?


O conteúdo hero (herói) é o tipo de conteúdo
momentâneo, oportuno, muitas vezes bem-humorado
que gera visibilidade para a marca. Pode ser uma
tendência, um viral ou mesmo um comentário sobre
determinado acontecimento. A desvantagem é que esse
tipo de conteúdo tem pouca validade, e os interesses
passam rapidamente.

Já o conteúdo hub (concentrador) é o tipo de conteúdo


que tem um alvo bastante específico, que adiciona
valor às conversações e permite a construção de
relacionamento entre a audiência e a marca.

Finalmente, o conteúdo help (ajuda) estará sempre


presente, já que se prolonga no tempo. É útil para quem
consome e muitas vezes é focado em satisfazer alguma
necessidade da audiência.

Exemplo
Uma marca de cosméticos vegana/vegetariana lançou uma campanha divertida
para o Dia dos Namorados, baseada em sais de banho com formato de berinjela,
pêssego e banana. Como um dos pilares de conteúdo da marca é a alegria, o
conteúdo hero foi fazer alusão ao formato sensual dos sais de banho. Ao mesmo
tempo, o conteúdo hub foi sobre a fabricação dos sais de banho e a sustentabili-
dade, e o conteúdo help foi todo sobre higiene, melhor uso dos produtos, mas na
forma de UGC (user generated content).

30
F U N DAM ENTOS

Crie uma gaveta de conteúdo que seja separada pelos pilares de conteúdo que
você escolher (a recomendação é de no máximo 4) e também organizada pelo mo-
delo hero, hub, help. Isso vai te dar liberdade para planejar e permite que você
reutilize alguns conteúdos antigos de maneiras novas.

Use sua gaveta de conteúdo para planejar as campanhas e a distribuição do


conteúdo, seja por mês, seja a cada dois meses. O link a seguir vai te levar para
uma página com vários modelos de planejamento.

Você pode optar também por planejar com muito mais detalhe cada uma das
tarefas para cada uma das redes sociais que você opera, ampliando o escopo da
produção e distribuição do conteúdo.

Finalmente, considere planejar seu conteúdo ao longo do dia, com horários e


pessoas que irão participar da criação de conteúdo, seja um influenciador ou co-
laborador da empresa.

3.13 Otimização, engajamento e medição


Uma das principais atribuições de um Social Media profissional é o acompa-
nhamento das campanhas com a otimização da distribuição e do conteúdo, da
melhoria no engajamento e na consequente medição dos resultados.

As campanhas não são desperdiçadas quando


acabam nem quando os resultados estão
abaixo do esperado. Se você planejou tudo
corretamente, use campanhas antigas para
alimentar novas e melhores ações.

Como você já deve ter adivinhado, nesta fase nos referimos à última letra do
modelo VMOST(O), que é a da otimização.

Lembre-se de que a otimização é o último passo de nossa estratégia de Social


Media e que nunca deve ser deixada de lado.

Existem várias formas de se aumentar o engajamento, mas a maioria delas tem


31
F U N DAM ENTOS

relação com testar e aprender com os erros. Execute uma teoria, teste possibilida-
des e veja o que acontece.

Nunca suba uma campanha sem traçar metas de


aprendizado!

As maneiras de aumentar o engajamento que iremos ver podem ser aplicadas


em vários canais, mas é importante que você realize a distribuição do conteúdo
com a intenção de distribuir suas postagem da melhor forma possível.

Se gastamos muito tempo realizando o planejamento, também temos que gas-


tar muito tempo realizando as postagens, porque é extremamente importante
estar atento aos detalhes para garantir que nenhuma variável que você controla
possa afetar o engajamento.

Seja visual
Você já deve ter escutado: “o visual vende”. Alguns pontos que demonstram o
porquê do visual ser tão importante:
> 90% da atividade cerebral diária é visual. Imagens são consumidas 40%
melhor e 60.000x mais rápido do que texto;
> posts com imagens têm 47% a mais de CTR;
> posts com infográficos geram 12% a mais de tráfego e 200% a mais em
compartilhamentos e interações;
> postagens em vídeo ganham 270% mais cliques e 80% a mais em conver-
sões.

Pense na forma que você usa as redes sociais. A maioria das pessoas passa pe-
las redes sociais bem rápido, navegando pelo feed sem prestar atenção em muito
texto. As chances são de que sua audiência também prefira conteúdo visual.

Use vídeo de maneira eficaz


Um dado que o próprio Facebook mensurou é de que 70% do ROI de uma pos-
tagem depende da qualidade criativa e do conteúdo postado, em vez de fatores
como o horário de postagem.
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F U N DAM ENTOS

Use vídeos mais curtos


Se o assunto é engajamento e construir audiência, não dá para fugir dos vídeos
curtos. Lembre-se de que são excelentes conteúdos para o topo do funil, e depois
você pode ampliar a duração de seus vídeos como forma de conteúdo de meio e
fundo de funil.

Seguidores são importantes!


Muitos dizem que o número de seguidores não passa de uma métrica de vaida-
de, mas um maior número de seguidores representa maiores oportunidades de
negócio.

Claro, você não quer lotar seu perfil com


seguidores falsos ou sem relação com o
conteúdo, mas a quantidade de fãs e amigos
leais à marca importa sim.

Construa a sua audiência não pensando em como atingir mais seguidores, mas
sim em como dar aos seus seguidores já existentes a oportunidade de interagir e
engajar em todos os aspectos nas suas estratégias de mídia social.

Mantenha sua copy enxuta


Não só os vídeos devem ser encurtados, mas também as legendas e textos para
chamar a atenção.

A quantidade ótima de caracteres por headline varia de plataforma para plata-


forma, mas é importante manter a copy curta e objetiva, com palavras impactantes
que chamem a atenção para o conteúdo na totalidade.

Enquetes
Enquetes funcionam muito bem, pois é uma forma bem simples de aumentar
o engajamento, visto que as pessoas amam participar das decisões e se sentir im-
portantes no diálogo que são as redes sociais.

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F U N DAM ENTOS

Equilíbrio e cadência para b2b


Utilize a regra 70-20-10 para estratégias que envolvam negócios b2b.

Isso é muito importante para equilibrar a


construção da marca e o período de vendas
que já analisamos anteriormente.

Construa conversações e mantenha em alta os diálogos nas redes sociais. Quan-


to mais nós oferecemos, mais nós recebemos de volta, seja em geração de leads e
negócios, seja em outros indicadores de sucesso.

Outra forma de pensar a cadência é considerar o calendário de conteúdo e as


demais conversas que estão acontecendo ao redor do assunto que você domina.
Você pode fazer um post baseado em um acontecimento ou utilizar alguma outra
forma de reconhecer a audiência.

Participe
Falamos mais de uma vez que as redes sociais são um diálogo entre você e seu
público-alvo. Por isso, é importante participar das conversas e manter os diálogos
abertos, movimentando seu perfil.

Faça isso considerando a relevância da participação para o aumento do enga-


jamento e a janela de tempo entre o comentário/envio da mensagem e a resposta.
Ninguém gosta de ficar esperando!

Reduza a fricção na jornada do cliente


Um ponto de vista que vai destravar sua habilidade de perceber a jornada do
seu cliente é: seu cliente sempre está procurando uma forma de desistir da
compra.

Então, use as redes sociais para diminuir essa fricção na jornada, engajando a
audiência em todas as etapas do relacionamento para maximizar o resultado e o
envolvimento do público com suas publicações.

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F U N DAM ENTOS

Use as hashtags de maneira eficaz!


Hashtags são frequentemente ignoradas, mas não desperdice o potencial de
utilização deste recurso.

#não #use #se #você #for #ficar #doidão #com #as #hashtags e #evitefraseslon-
gasnashashtagsqueninguemconsegueler.

Em vez disso, crie hashtags próprias da sua marca e use para linkar com suas
palavras-chave de SEO e conteúdo.

3.14 Mensuração
Entramos na parte final da nossa estratégia, a mensuração de métricas e resul-
tados para otimizar suas campanhas nos canais sociais importantes para você e
sua marca.

Nós não iremos analisar e mensurar apenas números, mas também situações
mais abstratas.

As métricas-chave são:

> Engajamento: Para medir a profundidade do relacionamento entre a marca


e a audiência. Likes, retweets, compartilhamentos, inscrições… todas as in-
terações no perfil contam como engajamento.

> Conversão: Conduzir a audiência para tomar uma ação e possibilitar ven-
das. Cliques no site ou no link da bio, conversão em landing pages ou listas
de e-mail, compras e até dar play em vídeos contam aqui.

> Sentimento: Para entender como seu público se sente em relação à sua
marca, monitore a natureza dos comentários, se são positivos, negativos,
neutros e também a quantidade de comentários em cada post.

> Exposição: É o alcance dentro do contexto da marca. É a média de alcance


da distribuição do conteúdo, considerando todos canais escolhidos, as ten-
dências que sua marca cria ao longo do tempo. Lembre-se de que a quali-
dade do alcance é importante (alcance dentro de seu público-alvo), mas o
volume não deve ser negligenciado.

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F U N DAM ENTOS

Outro ponto importante é melhorar a qualidade do rastreamento das métri-


cas que aparecem em seu site. Grande parte das métricas analisadas pelo Google
Analytics são de origem desconhecida, o que chamamos de dark social traffic.

Para melhorar isso, podemos:

Usar ferramentas de encurtamento e rastreamento de links


Bitly e outras ferramentas que permitem links com assinatura de marca aumentam
o CTR em até 30%

Crie segmentações avançadas no Google Analytics


Use filtros para separar usuários que vieram pelo site ou por meio de tráfego direto
sem passar pela página inicial.

Considere usar uma ferramenta avançada de rastreamento


Como o Pixel do Facebook, adicionar um trechinho de código no site da marca
pode permitir rastrear os compartilhamentos derivados de todas as plataformas.

Usar uma ferramenta de compartilhamento


Como o ShareThis, que permite que você compartilhe por e-mail, directs e até por
SMS. Mais importante, permite que você meça a quantidade de “copiar-e-colar”
que foi realizada em seus links.

Colocar quaisquer dessas estratégias em prática pode reduzir o número de in-


cógnitas em sua estratégia, permitindo que você identifique quais canais sociais
são efetivamente melhores para sua estratégia de comunicação.

Outro ponto para considerarmos são os tipos de engajamento frente às


plataformas e diferentes conteúdos distribuídos. Não repita o mesmo con-
teúdo em todas as plataformas. No lugar disso, produza diferentes tipos de
conteúdo para cada tipo de canal social escolhido.

As linguagens são diferentes em cada mídia social, portanto planeje e escolha


conscientemente.
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F U N DAM ENTOS

Exercícios
1. Foloque em prática a análise VMOST(O) do seu negócio ou de uma marca que você
admira. Tente saber a visão desta empresa e descobrir os outros motivos que levam a
marca a ser compartilhada e ter conquistado status de cult.

2. Use o template que vamos disponibilizar aqui para construir e mapear a sua persona,
e coloque em prática todas as análises, modelos e estruturas de que falamos neste ca-
pítulo.

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F U N DAM ENTOS

3. Escolha sua própria organização ou uma marca que você conhece bem. Quais são
os pilares de conteúdo que ela utiliza? Como ela construiu uma marca consistente com
seus pilares de conteúdo? Como ela personaliza o conteúdo para diferentes audiências
e canais? A marca usa hashtags próprias e específicas?

4. Pense em uma empresa de que você gosta que usa influenciadores. As campanhas
que ela usa são eficazes? No que você melhoraria?

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