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Escola Estadual Madre Carmelita

Trabalho
de História
A Era Vargas

Aluno: Larissa Alves Primo


Professor: Kleber
Turma: 3R3
Turno: Manhã
A ERA VARGAS

INTRODUÇÃO
A Era Vargas é um dos períodos mais complexos e
significativos da história do Brasil. Abrangendo os anos de
1930 a 1945, e posteriormente de 1951 a 1954, o governo de
Getúlio Vargas transformou profundamente o Estado
brasileiro, a economia, a sociedade e a cultura nacional.
Durante esses anos, o Brasil passou por profundas mudanças
estruturais: o declínio da oligarquia cafeeira, a centralização
do poder, a introdução de direitos trabalhistas, a
industrialização e o surgimento de uma identidade nacional
construída por meio da propaganda oficial. Esta análise
detalha os principais momentos da trajetória política de
Vargas, desde sua chegada ao poder até seu trágico fim,
buscando compreender as heranças positivas e negativas
desse período.
1. CONTEXTO DA CHEGADA AO PODER
A Crise de 1929 atingiu duramente o Brasil, cuja economia
estava fortemente baseada na exportação de café. A queda
dos preços internacionais levou à falência de produtores e
ao enfraquecimento das elites cafeeiras. O modelo da
República Velha, dominado pela política do ?café com leite?
entre São Paulo e Minas Gerais, mostrou-se incapaz de lidar
com a nova realidade econômica e social. Nesse cenário de
crise e descontentamento popular, surgiu a candidatura de
Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul,
pela Aliança Liberal. A derrota eleitoral de Vargas em 1930,
diante de acusações de fraude, somada ao assassinato de
seu vice, João Pessoa, desencadeou a Revolução de 1930.
Com apoio de setores militares e civis, Vargas assumiu o
poder em 3 de novembro de 1930.
2. GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)
Durante o governo provisório, Vargas concentrou poderes
nas mãos do Executivo, nomeou interventores federais nos
estados e dissolveu o Congresso Nacional. Sua principal
agenda foi a reconstrução do Estado brasileiro. Criou novos
ministérios, como o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, e promoveu reformas legais e administrativas.
Nesse período, a política trabalhista começou a ser
estruturada com medidas como a regulamentação das
relações de trabalho, a criação das carteiras profissionais e
o estímulo à sindicalização ? porém sob forte controle
estatal. A economia foi reorganizada com maior intervenção
do Estado, buscando reduzir a dependência externa e iniciar
o processo de industrialização.

3. GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)


A Constituição de 1934 foi um marco importante ao
incorporar direitos sociais e trabalhistas, como a jornada de
oito horas e o direito à organização sindical. Vargas foi
eleito presidente indiretamente pela Assembleia
Constituinte. Entretanto, o período foi marcado por
instabilidade política. Dois grupos radicais se destacaram: a
Aliança Nacional Libertadora (ANL), de orientação
comunista, e a Ação Integralista Brasileira (AIB), de
inspiração fascista. Em 1935, a Intentona Comunista ? uma
tentativa fracassada de golpe liderada por militares de
esquerda ? foi usada por Vargas como justificativa para
reprimir opositores e ampliar sua influência. O clima de
polarização e medo favoreceu os planos autoritários do
presidente.
4. ESTADO NOVO (1937-1945)
Em 1937, Getúlio Vargas deu um golpe de Estado e implantou
uma ditadura conhecida como Estado Novo. A justificativa
foi um falso plano de insurreição comunista, o chamado
Plano Cohen. Ele suspendeu a Constituição de 1934,
dissolveu o Congresso, proibiu os partidos políticos e
concentrou todos os poderes nas mãos do Executivo.
Durante o Estado Novo, o regime fortaleceu a repressão
política por meio do Departamento de Ordem Política e
Social (DOPS) e do Tribunal de Segurança Nacional. Ao
mesmo tempo, houve uma intensa propaganda estatal
conduzida pelo Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP), que consolidou a imagem de Vargas como o ?pai dos
pobres?. No campo econômico, Vargas adotou a política de
substituição de importações, promovendo o desenvolvimento
da indústria de base. Foram criadas empresas estatais como
a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Vale do Rio
Doce e o Conselho Nacional do Petróleo, embrião da futura
Petrobras. Também se destacou a criação da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, que reuniu as
principais normas trabalhistas da época.
5. RELAÇÕES INTERNACIONAIS DURANTE O ESTADO
NOVO
No plano internacional, o governo Vargas teve uma postura
ambígua. Inicialmente, flertou com regimes autoritários
europeus, como a Alemanha nazista e a Itália fascista.
Contudo, com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial e o
fortalecimento dos Aliados, o Brasil rompeu relações com o
Eixo em 1942 e declarou guerra à Alemanha e à Itália. O
país enviou tropas para combater na Europa ? a Força
Expedicionária Brasileira (FEB) ?, ganhando prestígio
internacional.
6. FIM DO ESTADO NOVO E SAÍDA DE VARGAS (1945)
Ao final da guerra, cresceu a pressão popular e institucional
por eleições livres e pela volta do regime democrático.
Apesar do apoio popular ainda presente, inclusive com o
movimento ?Queremista?, Vargas foi deposto pelos militares
em 29 de outubro de 1945. Foi o fim do Estado Novo, mas
não da influência de Vargas, que permaneceu ativo na
política nacional. Seu legado de reformas sociais e
industriais o tornava uma figura ainda muito popular entre as
massas trabalhadoras.

7. SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)


Em 1950, Vargas foi eleito presidente pelo voto direto,
derrotando adversários liberais com um discurso nacionalista
e popular. Em seu novo mandato, buscou aprofundar o
projeto de desenvolvimento nacional com forte presença do
Estado. Criou a Petrobras em 1953 e defendeu a regulação
dos lucros das empresas estrangeiras. Entretanto, o segundo
governo Vargas enfrentou forte oposição da elite
empresarial, da mídia e de setores militares. A crise política
se agravou após o atentado ao jornalista Carlos Lacerda,
atribuído a pessoas próximas ao presidente. Pressionado a
renunciar, Getúlio Vargas optou pelo suicídio em 24 de
agosto de 1954, deixando uma carta-testamento em que
denunciava as forças contrárias ao povo e ao Brasil.
8. LEGADO DE GETÚLIO VARGAS
O legado de Vargas é profundamente ambíguo. De um lado,
foi um líder autoritário que concentrou poderes e suprimiu
liberdades democráticas. De outro, foi responsável por
importantes avanços sociais, como a CLT, o salário mínimo, a
previdência social e a organização do trabalho urbano no
Brasil. Vargas também foi um dos principais responsáveis
pela modernização econômica do país, lançando as bases
para a industrialização nacional. Criou instituições estatais,
fortaleceu a presença do Estado na economia e moldou uma
nova relação entre governo e sociedade. Sua figura
permanece controversa, mas inegavelmente central para a
compreensão da história política brasileira do século XX.

CONCLUSÃO
A Era Vargas representa um dos períodos mais
transformadores da história do Brasil. Através de um governo
que combinou autoritarismo com avanços sociais, Vargas
mudou profundamente a estrutura política, econômica e
cultural do país. Seus impactos são sentidos até hoje, tanto
nas leis trabalhistas quanto na relação entre Estado e
sociedade. Analisar essa era é fundamental para
compreender as raízes do Brasil moderno.
BIBLIOGRAFIA

- Fausto, Boris. História do Brasil. EdUSP, 2015.


- Schwarcz, Lilia Moritz; Starling, Heloisa Murgel. Brasil: Uma
Biografia. Companhia das Letras,
2015.
- Skidmore, Thomas. Brasil: De Getúlio a Castelo. Paz e Terra,
2007.
- Politize! O Estado Novo:
https://www.politize.com.br/estado-novo/
- Brasil Escola Era Vargas: https://brasilescola.uol.com.br/o-
que-e/historia/o-que-e-era-vargas.htm
- Fundação Getúlio Vargas. https://cpdoc.fgv.br/
- Senado Federal. https://www12.senado.leg.br/
- Biblioteca Nacional. http://www.bn.gov.br/

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