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Exame Físico - Ortopedia

Resumo do exame fisico de ortopedia
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Exame físico em ortopedia

Acadêmica: Juliana Rabelo da Silva Sousa


Referência: TARCÍSIO, Barros F. Exame físico em ortopedia. 2º ed. Sarvier. São Paulo, 2002.

Exame físico da coluna cervical

Inspeção estática
Observar:
 Assimetrias (torcicolos)
&
 Em RN‟s tumoração no esternocleidomastóideo (torcicolo congênito)
 Alterações no tegumento
 Alterações na altura da implantação dos cabelos 2
 Tumores (Pancost na fossa supraclavicular)
 Cicatrizes
Inspeção dinâmica
Avaliar a amplitude de cada um dos movimentos: solicitar ao pct que faça ativamente a flexão (encostar o
queixo no tórax ) e a extensão da cabeça (alinhamento da fronte e do nariz com o plano horizontal na vista em per-
fil), rotação (queixo alinhado com os ombros) e inclinação lateral para ambos os lados (encostar orelha no ombro).
Obs1: a avaliação da angulação pode ser mais precisa ao solicitar que o paciente segure uma espátula entre os dentes.

Palpação das partes moles


Trígono anterior (limitado lateralmente pelas bordas anteriores dos esternocleidomastóideos, superiormente
pela mandíbula e inferiormente pela incisura supra-esternal)
Com o paciente em decúbito dorsal, palpar:
 Esternocleidomastóideo (dor ou tumorações)
 Cadeia linfática (geralmente não é palpável, representa IVAS)
 Tireóide, parótidas e fossa supraclavicular (irregularidades, cistos e tumorações)
 Pulso carotídeo em ambos os lados alternadamente (mais bem sentido sobre o tubérculo de C6)
Face posterior
Com o paciente sentado, palpar:
 Trapézio (dor ou tumoração)
 Cadeia linfática
 Protuberância occiptal (nervos
occiptais maiores quando es-
pessados por processo inflama-
tório)
 Ligamento nucal superior (des-
de a protuberância occiptal ex-
terna até processo espinhoso de
C7)
Palpação óssea
Com o paciente em decúbito dorsal, palpar:
Face anterior
 Osso hióide, acima da cartilagem tireoidiana (se opõe ao corpo vertebral de C3)
 Cartilagem tireoidiana (ao nível de C4)
 1º anel cricóide, abaixo da cartilagem cricóide (opõe-se a C6)
 Tubérculo carotídeo, lateralmente ao 1º anel cricóide (anterior ao processo transverso de C6)
Face posterior
 Occipício (face posterior do cranio):
protuberância occiptal externa, linha nu-
cal superior e processo mastoideo.
 Processos espinhosos de C2 e C7 (fa-
cilmente palpáveis ) e C1, C3, C4, C5 e
C6 (mais profundamente): dor, crepita-
ção, desalinhamento.
 Amplitude de movimentação passiva,
repetindo flexão, extensão, rotação e in-
clinação lateral.

Exame neurológico
Para cada nível neurológico existe uma distribuição sensitiva, um teste motor e um exame de reflexos.
Nivel Motor – musculo-chave Reflexos Sensibilidade
C5 Flexores do cotovelo Bíceps Face lateral do braço
C6 Extensores do punho Braquiorradial 1º quirodáctilo
C7 Extensor do cotovelo Triceps 3º quirodáctilo
C8 Flexor profundo do 3º quirodáctilo 5º quirodáctilo
T1 Adutor do 5º quirodáctilo Face medial do cotovelo

Testes especiais
Teste da distração: com o
pct sentado colocar uma mão
no queixo e outra na região
posterior da cabeça, realizar
distração da região cervical,
que ao abrir os forames pode
aliviar a dor consequente à
compressão radicular.

Manobra de Spurling: Fle-


xão lateral da cabeça do paci- Manobra de valsava: prender a respiração e fazer
ente, na qual o examinador força como se quisesse evacuar. Aumenta a pressão
realiza pressão sobre o topo intratecal, agravando sintomas de eventuais lesões
da cabeça. Positivo: aumen- que comprimem o canal, como tumores e hérnias de
to dos sintomas radiculares disco cervicais.
na extremidade.
Teste de deglutição: dor e dificuldade à deglutição
Sinal de Lhermitte: com podem ser decorrentes de doenças na região anterior
pct sentado, flete-se a cabeça da coluna cervical.
de encontro ao tórax, poden-
do-se sensibilizar o teste Teste da artéria vertebral: com o pct em decúbito
com flexão dos quadris. dorsal, manter nas seguintes posições por no mínimo
Positivo: dor, parestesias ou 30s: extensão cervical, rotação para direita e esquer-
dor irradiada para extremidades. Significa irritação da, rotação para ambos os lados com pescoço esten-
meníngea ou esclerose mútipla. dido. A rotação para direita afeta a AA. Vertebral
esquerda e vice-versa. Os sintomas de estenose são escalenos anterior e médio) será percebida como
tonturas, sensação de cabeça vazia e nistagmo. diminuição ou desaparecimento do pulso.

Teste de Adson: palpando-se o pulso radial, abduzir Manobras deficitárias: manter o pct sentado, com
e rodar externamente o MMSS do pct. O pct deve os braços estendidos para frente e os dedos afastados
prender a respiração e mover a cabeça em direção ao entre si. Manter a posição por 2min. É possível cons-
membro examinado. Qualquer compressão da artéria tatar déficits distais, proximais ou globais da força
(por uma costela cervical ou contratura dos músculos dos MMS.
.
Exame físico da coluna torácica

Com o paciente em pé
Inspeção
Inspeção posterior
Paciente com o tórax despido e os pés sem sapatos, avaliar:
 Postura global
 Massa muscular, presença de assimetrias, contratura ou aumento de volume.
 Assimetria de ombros: se um deles está mais elevado indica escoliose torácica alta, convexa para esse lado.
 Assimetria de escápula: doença de Sprengel ou escápula alta congênita.
 Linha média vertebral: retilínea, sem desvios grosseiros da protuberância occipital à saliência da apófise es-
pinhosa da 7º vertebra cervical e daí até o sulco interglúteo.
 Triângulo do talhe: os MMSS em sua posição anatômica formam um triangulo na altura da cintura, a compa-
ração entre esses dois espaços, o direito e o esquerdo, pode mostrar pela sua assimetria presença de escoliose.
Pele
 Manchas cutâneas e nódulos (neurofibromatose)
 Tufos pilosos ou retrações da pele (malformações congênitas)
Inspeção lateral
Com os braços em extensão, avaliar:
 Lordoses cervical e lombar compensadas pela cifose torácica e em harmonia
 Cifose do adolescente (dorso curvo o u enfermidade de Scheuermann)
 Cifose senil ou por osteoporose
 Cifose da espondilite ancilosante
 Cifose de ângulo agudo ou raio curto (tuberculose ou neurofibromatose)
 Lordose lombar e protusão do abdômen (hiperlordose sugere espondilolistese as-
sociada à deformidade do segmento superior da coluna)
Inspeção anterior
 Presença dos dois músculos peitorais
 Possivel projeção de 1 dos seios por rotação das costelas
 Deformidades da parede (pectus carinatus, saliente e pectus excavatum, retraído)

Manobras e mensuração
Exame posterior
 Alinhamento da coluna: fio de prumo apoiado 7º vértebra cervical, acompanhando a linha média. Se a coluna
estiver descompensada o fio não passara sobre o sulco interglúteo, podendo essa distancia ser medida.
 Grau de nivelamento pélvico: régua de nível apoiada nas cristas ilíacas. Se desnível por encurtamento de
MMII, solicitar ao pct que eleve o calcanhar desse lado, mantendo o joelho em extensão, até que a régua se ni-
vele. Medir a distancia do calcanhar ao solo e julgar quanto deve ser compensado no calçado.
Amplitudes
 Aceitas para coluna torácica: flexão até 45º, extensão até 45º e inclinação lateral até 45º para cada lado.
 Colocar fita métrica entre C7 e T12 sobre as apófises espinho-
sas e obter valor numérico com as diferenças entre posição
normal e flexionada, que atinge em media 2,5cm no individuo
normal. Limitações podem ser devido à dor ou por ancilose.
Teste de inclinação anterior: pct inclinado para frente até estar
paralelo ao solo, com os braços pendentes, examinador se abaixa
para posicionar sua visão na altura da coluna do pct. A rotação, ca-
racterística da escoliose, faz com que as costelas e as apófises trans-
versas sejam empurradas para o lado da convexidade, criando uma
giba costal ou lombar. A altura da giba pode ser medida pelo goni-
ômetro e uma régua, a angulação da giba pode ser medida pelo esco-
liômetro.

Músculo serrátil anterior: com o pct de frente para a parede e com ambas as
mãos apoiadas contra ela, empurrando-a, a deficiência do musculo será identifi-
cada quando a escápula se inclinar, afastando-se do gradeado costal.

Exame lateral
 Solicitar ao pct que se incline para frente, tentando tocar o solo, com os joe-
lhos em extensão absoluta. A cifose, se presente é acentuada.
 Cifose do adolescente: retração dos músculos isquiotibiais impedem a fle-
xão ampla do quadril. Identificar a espinha ilíaca antero-superior e o trocan-
ter femoral, para perceber se estão no mesmo nível quando em flexão ou se a pelve não consegue ser totalmen-
te flexionada. A distancia ente a ponta dos dedos e o solo deve ser registrada para avaliar o alongamento mus-
cular durante o tto. A palpação dos músculos demonstra tensão exagerada. Com o pct de frente para a maca,
solicitar que coloque um dos MMII sobre ela e tente alcançar o pé, confirmando retração se dificuldade para
realizar o teste.

Com o paciente sentado


Inspeção posterior, lateral e anterior: Inspeção é refeita procurando alguma
modificação produzida com a mudança de posição.

Palpação posterior
 Delimitar a escápula (da 2º a 7º ou 8º costela) e sua espinha (na mesma linha
da apófise espinhosa da 3º vértebra torácica)
 Palpar todas as vertebras partindo de C7 e T3 como pontos de referencia
(mais salientes)
 Palpar ângulo inferior da escápula (sobre T7 ou T8)
 Palpar apófises de T9 a T11, pontos de inserção e tração muscular, são lo-
cais frequente de dor de origem postural, que podem ser despertadas por
compressão.
 Palpação dos músculos romboides: afecção de etiologia profissional
(LER\DORT), se originam entre C7 e T5 e inserem-se na margem medial da
escápula, são palpados com MMSS em rotação interna máxima e adução.
 Palpar todo o gradeado costal: especialmente as projeções articulares costo-
transversas que sofrem processos inflamatórios nas espondiloartropatias e
apresentam dor a palpação profunda.
 Palpar os músculos trapézio e grande dorsal.

Manobra e mensuração
Exame posterior
 Rotações para a direita e esquerda (limitações da mobilidade)
 Expansão torácica: com a fita métrica na altura dos mamilos, mensurar amplitude de pelo menos 3cm entre
inspiração e expiração. Pacientes com dor, limitação da mobilidade e discreta cifose, a redução da amplitude é
sinal de calcificação dos ligamentos costotransversos, espondilite ancilosante.
 Retrações musculares: isquiotibiais, peitorais. Fazer abdução dos MMSS a 90º e tracionar os braços para trás
par avaliar.

Com o paciente deitado


Decúbito ventral
 Refazer inspeção e palpação se alguma dúvida.
 Inclinação lateral para cada lado, forçada, para avaliar a flexibilidade.
 Palpação dos pontos dolorosos já conhecidos, tentando a localização anatômica
mais exata.
 Hiperextensão da coluna pedindo para o pct elevar os braços e o tronco, enquanto
o examinador fixa as pernas, deve retificar a cifose.
Decúbito dorsal
 Inspeção e palpação dirigidas para o arcabouço costoesternal.
 Articulações das cartilagens costais palpadas individualmente, podendo des-
pertar dor.
Avaliar os dermátomos em casos de traumatismos vertebrais ou doenças neu-
rológicas:
Localização dos dermátomos
T4 Altura dos mamilos
T7 Apófise xifoide
T10 Cicatriz umbilical
T12 Virilha
Decúbitos laterais
 Palpação dos arcos costais
 Rotação passiva da coluna buscando dor, fixando e empurrando a pelve para um lado e trazendo o ombro
oposto para o outro.

Exame físico da coluna lombar

Observar marcha, estado físico geral e estado psicológico.

Inspeção
 Com o paciente ereto e despido, examinar:
 Pele: cicatrizes, escoriações, equimoses ou hematomas (lesão
dos ligamentos posteriores ou fratura instável). Manchas (neuro-
fibromatose, displasia fibrosa e doenças do colágeno), tufos pi-
losos (espinha bífida oculta ou diastematomielia), edema ou de-
pressão anormal (espondilolistese). Lesões ou manchas localizadas na linha média sugerem lesões neurais
ocultas ou anomalias do mesoderma.
 Alinhamento da coluna: observar aumento ou redução da lordose lombar (deformidades congênitas, tumores,
infecção, espondilite anquilosante, estenose do canal vertebral, sequela de traumatismos ou cirurgias).
 Plano frontal: alinhamento vertical da coluna, alinhamento horizontal das cristas ilíacas, simetria do contorno
lateral da cintura e do triangulo de talhe. Desvio (escoliose) pode estar relacionado à diferença de comprimen-
to dos MMII, contraturas em adução ou abdução na articulação do quadril, escoliose idiopática, escoliose neu-
romuscular ou congênita e processos álgicos (hérnia de disco, infecções, tumores).
 Balanço da coluna: por meio de uma linha de prumo, apoiada sobre o occipital ou C7.
 Escolioses estruturadas (idiopáticas, neuromusculares ou congênitas): a deformidade da coluna lombar
não é corrigida com manobras na bacia e nos MMII. É observada uma saliência na musculatura paravertebral
do lado da convexidade da curva, que corresponde à rotação das vertebras do lado convexo da curva (giba).
 Manobra de Adams: flexão anterior do tronco. Diferencia as escolioses estruturadas das demais. A giba tor-
na-se evidente na flexão nas escolioses estruturadas e desaparece naquelas devido encurtamento dos MMII,
doenças do quadril e problemas álgicos (escolioses não estruturadas).
 Inspeção do MMII: deformidades, atrofia muscular, fasciculações, pé cavo e artelhos em garra, podem ser
manifestações de doença localizada na região lombar.

Palpação
 Cristas ilíacas (entre L4-L5) e espi-
nhas ilíacas póstero-superiores (S2)
e antero-superiores: harmonização
da bacia
 Processos espinhosos: pontos doloro-
sos ou depressões (espondilolistese),
identificar lesão dos ligamentos poste-
riores e fraturas do tipo B.
 Musculatura paravertebral: contra-
tura muscular, nódulos, tumorações,
regiões hipersensíveis (ponto-gatilho,
síndromes miofasciais).
 Nervo ciático: desde a região da ná-
dega até a região poplítea (compressão por tumores na pelve, na nádega por injeções intramusculares profun-
das ou traumatismos).
 Musculatura abdominal: na posição semi-sentada, observar assimetria ou fraqueza. A porção superior é
inervada por T7-T10 e a inferior T11-L1.
 Promontório sacral e corpo vertebral de L4, L5 e S1: podem ser palpados nos indivíduos magros.
 Abdome: dor, massas, organomegalias, frêmitos.
 Toque retal: se dor coccígea e sintomas relacionados à próstata.
 Exame da pelve: sintomas sugestivos de doença nessa região
Movimentos
 Amplitude da coluna lombar: flexão varia de 40-60º,
extensão de 20-35º, inclinação lateral 15-20º e rotação de
3-18º, aparecimento de dor, espasmo muscular, rigidez ou
bloqueio.
 Flexão do tronco: observar se ocorre inversão da lordose
lombar, cuja concavidade inicial em situações normais
apresenta forma convexa ao final do movimento. Limita-
ção ou aparecimento de dor ocorre devido à irritação do
ciático por hérnia de disco ou entorses, fraturas, infecções,
tumores.
 Extensão: dor se relaciona a espondilolistese nos jovens e
estenose do canal e artrose facetaria nos idosos.
 Retorno à posição ereta após flexão: de modo suave ou se inicialmente estende a lombar e fixa-a na posição
de lordose para realizar a extensão dos quadris até alcançar posição ereta (artrose das facetas articulares).
 Inclinação lateral: aparecimento de dor, relação com a posição do
fragmento herniado do disco intervertebral em relação à raiz nervo-
sa. Protrusão lateral, os sintomas se exacerbam com inclinação para
o mesmo lado dos sintomas, ocorrendo alivio da dor quando protru-
são medial.
 Combinação de movimentos mais utilizada: flexão lateral e fle-
xão, flexão lateral e extensão, flexão e rotação, extensão e rotação.
 Teste de Schober modificado: com o paciente em ortostatismo,
delimitar 15cm (10cm acima e 5cm abaixo do processo espinhoso
de L5), o teste é considerado positivo se não ocorrer aumento de pe-
lo menos 6cm na flexão máxima, indica limitação verdadeira dos
movimentos da coluna lombar.

Exame neurológico
Identificação do nível da lesão neurológica por meio da avaliação da sensibilidade, motricidade e dos reflexos.
 Apesar da medula espinhal não se estender além da porção inferior da 1º vertebra lombar considerar possível
lesão do neurônio motor superior e inferior (células do corno anterior da medula espinhal, raiz ventral do ner-
vo espinhal).
 Compressão do trato corticoespinhal: enrijecimento súbito da perna, tropeção sobre pequenas ondulações,
dificuldade de caminhar em terreno irregular. Incapacidade de caminhar rapidamente ou interromper uma cor-
rida, clônus espontâneo do tornozelo (relatado como vibração do pé e tornozelo) que aparece ao subir degrau
ou escada.
 Lesão do neurônio motor superior: sinais de lesão piramidal em combinação e em uma sequencia que con-
siste na alteração dos reflexos (exacerbação dos reflexos abaixo da lesão, ausência do reflexo abdominal su-
perficial, do reflexo cremastérico e do reflexo plantar), alteração do tônus e fraqueza muscular.
 Lesão do neurônio motor inferior: perda e fraqueza da musculatura e perda dos reflexos locais.
 Avaliação da sensibilidade: exame dos dermátomos, pesquisa das sensibilidades térmica, tátil e dolorosa.

Avaliação da força muscular


Escala de avaliação da força muscular
Grau 0 Ausência de contração muscular
Grau I Presença de contração muscular sem movimento
Grau II Movimentos com eliminação da força da gravidade
Grau III Movimento vence a força da gravidade
Grau IV Movimento contra a força da gravidade e alguma resistência
Grau V Normal: movimento contra a força da gravidade e grande resistência
Músculos da panturrilha (S1-S2) e dorsoflexores do tornozelo (L4-L5): observar a marcha sobre a ponta dos
pés e sobre os calcanhares.

Raizes nervosas que suprem os grandes músculos dos MMIIs


L2-L3 flexão
Quadril
L4-L5 extensão
L3-L4 extensão
Joelho
L5-S1 flexão
L4-L5 flexão dorsal
Tornozelo
S1-S2 flexão plantar

Exame dos reflexos


Relacionados às raízes nervosas e ao neurônio motor superior (cremastérico superficial, abdominal superficial).
 Reflexo adutor: pesquisado com a
coxa do paciente em discreta rota-
ção externa e joelhos fletidos e por
meio da percussão dos dedos sobre
os tendões adutores é possível sentir
contratura na presença de reflexo. É
mediado pelo nervo obturador (L3).
 Reflexo patelar: percussão do ten-
dão patelar. Mediado pelo nervo
femoral (L4).
 Reflexo aquíleo: percussão do tendão de Aquiles, que em situações nor-
mais responde com flexão plantar do pé. O ramo tibial do ciático conduz impulsos
desse reflexo (S1).
 Reflexo lateral e medial do musculo isquiotibial: percussão do tendão medial e
lateral desse musculo. Corresponde a raiz de S1, o ramo tibial do ciático conduz os
impulsos do reflexo da porção medial do musculo, enquanto o ramo fibular conduz
impulsos da porção lateral.
 Reflexo cutâneo abdominal: toque da pele dos quadrantes do abdômen com objeto
pontiagudo, reação normal é a contração do musculo abdominal para o lado do qua-
drante estimulado. A ausência bilateral do reflexo indica lesão do neurônio motor
superior e ausência unilateral, do neurônio motor inferior de T7-L2.
 Reflexo cremastérico: relacionado ao neuronio motor superior e testa integridade
do nivel T12 (eferente) e L1 (aferente). A elevação unilateral do sacro escrotal após
estímulo da pele na face interna da coxa caracteriza a presença do reflexo normal.
 Sinais de mielopatia: hiper-reflexia, clônus, sinal de babinski e sinal de oppenheim
(lesões localizadas na medula).

Testes especiais

Teste para disfunção neurológica: elevação do Teste de elevação do MMII: elevação passiva do
MMII e estiramento das estruturas. O teste é positivo MMII com o joelho em completa extensão. É elevado
quando os sinto- pelo tornozelo que permanece em posição neutra e
mas radiculares relaxada, e é anotado o grau de flexão do quadril no
relatados pelo pa- qual os sintomas aparecem.
ciente são respro-  Músculos isquiotibiais ou doenças localizadas
duzidos durante podem ser a origem dos sintomas para diferenci-
sua realização. ar, realizar: abaixar o MI até a posição em que
os sintomas desaparecem e realizar dorsiflexão
passiva do tornozelo, ou adicionalmente realizar
flexão ativa da coluna cervical pedindo para o
pct posicionar o mento sobre o tórax, ocorrendo Teste de kernig: pct
o reaparecimento dos sintomas se doença radicu- em decúbito dorsal e
lar. com quadril e joelhos
fletidos realizar a ex-
tensão do joelho Posi-
tivo quando os sinto-
mas aparecem com a
extensão do joelho e
desaparecem com a flexão.

Teste de naffziger: veias


jugulares são comprimidas
em ambos os lados por 10s,
Sinal de Bowstring:
com o pct em decúbito dor-
Mantendo-se a eleva-
sal. A face do pct fica rubo-
ção do quadril e flexi-
rizada e é pedido para ele
onando o joelho em
tossir. Se dor na região
20º, é possível provo-
lombar causada pela tosse
car aparecimento dos
indica aumento da pressão
sintomas por aplicação
intratecal.
de pressão sobre o
nervo tibial na fossa
Manobra de valsava: com o pct sentado, solicitar
poplítea.
expiração forçada com a boca fechada e esforço se-
 Util para localizar hérnias em L4-L5 3 L5-S1, e
melhante ao ato de evacuar. O aparecimento ou agra-
sua ausência não significa que não exista nos es-
vamento da dor indica aumento da pressão intratecal.
paços discais superiores

Testes para articulação do quadril e sacroilíaca: a


Teste de estiramento do nervo femoral: pct em
dor com origem no quadril geralmente causa dor na
decúbito ventral, realizar extensão do quadril com
região iguinal e parte proximal da coxa, dor oriunda
flexão do joelho até que o calcanhar toque a nádega.
da estenose do canal vertebral se localiza na face
Aparecimento de dor na região lombar, nádega ou
póstero-lateral, estendendo até o joelho.
coxa pode indicar compressão das raízes de L2-L3.
Pode ser realizado em decúbito lateral, o pct é apoia-
Articulação sacroilíaca: teste de Patrick ou FABE-
do sobre o membro
RE (flexão, abdução e rotação externa) ou manobra
não afetado, que é
de Gaenslen podem provocar aparecimento de dor
flexionado no quadril
oriunda dessa articulação.
e joelho. O quadril é
mantido em extensão
Teste de Patrick ou FA-
de 15º, e o joelho fle-
BERE: em decúbito dor-
tido gradualmente até
sal, com o quadril e joelho
extensão completa.
flexionados, e o pé apoia-
do sobre o joelho contrala-
Teste de brudzinski: pct em decúbito dorsal realiza
teral. A pelve é fixada
flexão ativa da coluna cervical, o teste é positivo
com uma das mãos, en-
quando desencadeia sintomas e o pct realiza flexão
quanto a outra exerce
do quadril e joelhos para aliviá-los.
pressão sobre o membro,
sendo positivo quando a
dor aparece ou é exacer-
bada.
Teste de Gaenslen: pct em decúbito dorsal com os com o membro oposto ao que esta elevando e a au-
quadris e joelhos fletidos até a face anterior do tron- sência dessa força sugere simulação.
co. Com uma das nádegas sem contato com a super-
fície de apoio da mesa, o MI é solto em direção ao
solo e é positivo quando manifesta dor na região sa-
croilíaca.

Teste de burns: pct fica ajoelhado sobre uma cadeira


e é solicitado que apanhe objetos no solo, o que é
possível por meio da flexão dos quadris, memso com
doenças da coluna lombar.

Testes para detectar simulação

Teste de hoover: solicitar elevação dos MMII com o


pct em decúbito dorsal, sestentando-os pelos calca-
nhares. Normalmente o pct realiza força para baixo

Exame físico do ombro

Inspeção estática
Com o paciente desnudo da cintura para cima, observar:
 Lesões traumáticas: edema, equimose...
 Deformidades características: ombro em cabide (luxação anterior), sinal da tecla (luxação acromioclavicu-
lar).
 Deformidades da coluna cervical e torácica: repercussão no formato, posição, simetria e mobilidade da es-
cápula.
 Alterações do relevo muscular (atrofias ou hipotrofias por desuso): principalmente do supra e infra-
espinhal, deltoide e redondo menor relacionadas com lesões do nervo supra-escapular e lesões de longa evolu-
ção do manguito rotador.
 Escápula alada: lesões primárias do serrátil anterior devido lesões traumáticas ou inflamatórias do nervo to-
rácico longo.
 Miopatias: comprometimento de toda a cintura escapular.
 Posição anormal do MMSS em relação à escápula
 Deformidade do ventre muscular do bíceps: rotura do tendão da sua cabeça longa ou lesão do nervo muscu-
locutâneo.

Obs2: Lesão do serrátil anterior (escápula alada e rodada lateralmente) e lesão do trapézio (escápula não alada e rodada medi-
almente).

Inspeção dinâmica
Avaliação global da mobilidade
I. A partir da posição anatômica
 Abdução
 Elevação no plano da escápula
 Adução
 Flexão
 Extensão
 Rotação externa com o braço junto ao corpo
 Rotação interna com o braço junto ao corpo

II. A partir do braço em abdução de 90º


 Rotação interna
 Rotação externa
 Flexão horizontal
 Extensão horizontal

Obs3: Sempre comparar o lado acometido com o oposto. A comparação entre as amplitudes do movimento pode diferenciar
uma deficiência por falta de força dos bloqueios antálgicos ou mecânicos. Teste útil: a limitação de origem dolorosa é elimi-
nada pela anestesia local.

Provas funcionais
Avalia a capacidade de posicionar sua mão em relação ao próprio corpo, importante para as atividades diárias.
 Mão – nádega oposta
 Mão – costas, dorso da mão nas costas afim de tocar com a ponta do polegar o ângulo inferior da escápula
oposta
 Mão – ombro oposto
 Mão – nuca
A partir da avaliação comparativa com o lado oposto:
1. Consegue realizar sem dor
2. Consegue realizar com dor ou dificuldade
3. Não consegue realizar

Palpação
Metódica e cuidadosa do relevo osteoarticular, ventres musculares, tendões e inserções. Deve abordar:
 Articulação esternoclavicular: dor, edema, mobilidade anormal
 Clavícula: deformidade, dor, edema e crepitação (traumatismo recente)
 Articulação acromioclavicular: dor, edema, crepitação e mobilidade anormal (sinal da tecla)
Sinal da tecla: extremidade lateral da clavícula, luxada, após ser reduzida por compressão digital, retorna a posição
anterior de luxação.
 Regiões supra-espinhal, infra-espinhal e deltóidea: procura-se palpar a bolsa serosa subdeltóidea que pode
estar aumentada de volume e dolorosa (bursites), o tubérculo maior do úmero e os tendões dos músculos su-
pra, infra-espinhais e redondo menor nele inseridos, que estão dolorosos nas tendinites e nas roturas do man-
guito rotador.

Obs4: se for associado a palpação a movimentação ativa e passiva do ombro, poderemos sentir crepitação local, indicativa de
processo reacional crônico da bolsa serosa e tendões.

Força muscular: Pode ser medida numa escala de 0-5, com o paciente sentado ou em decúbito lateral.
Avaliação da força das três partes do deltoide:
 Anterior: braço ao lado do corpo e cotovelo fletido em 90º, fazer flexão do braço empurrando a mão do exa-
minador que lhe confere resistência (“soco”).
 Lateral: abduzir o braço empurrando com o cotovelo a mão do examinador que lhe confere resistência (“abrir
o braço”).
 Posterior: estender o braço, forçando para trás com o cotovelo.

Testes especiais
Relacionados com a dor e com a mobilidade muscular (alterações dos tendões e mecanismos de deslizamen-
to)

Teste do impacto de Neer: MMSS Teste do infra-espinhal de Pat-


em extensão e rotação neutra é eleva- te: MMSS em abdução de 90º
do passivamente e rapidamente no com o cotovelo em 90º de flexão
plano da escápula. Resposta: a dor pct força a rotação externa contra
indica irritação da bolsa serosa e do a resist~encia oposta pelo exami-
tendão do supra-espinhal. nador

Teste do impacto de Hawkins- Teste da rotação externa não mantida ou teste da


Kennedy: MMSS em 90º é passiva- “cancela”: MMSS ao lado do tórax e cotovelo em
mente rodado para dentro. Resposta: flexão de 90º, o braço é rodado passivamente pelo
dor e impacto coracóide. examinador em sentido lateral, posição que deve ser
mantida ativamente pela força do infra-espinhal e do
Teste de impacto de Yokum: mão – redondo menor, se não sustentação da rotação exter-
ombro oposto, pct procura fletir o na e braço roda em sentido medial em direção ao
braço elevando ativamente o cotove- tórax indica lesão grave principalmente do infra-
lo, sem elevar o cíngulo escapular. espinhal.
Resposta: agravo da dor indica lesão
acromioclavicular. Teste da queda do braço: MMSS em abdução de
90º com o cotovelo em 90º de flexão, é feita rotação
Teste do supra-espinhal: elevação ativa do MMSS externa passiva do braço que deve ser mantida ati-
no plano da escápula em extensão e rotura neutra, vamente. Resposta: a não sustentação faz com que o
contra resistência imposta pelo examinador, se dor braço caia espontaneamente para baixo e para frente
na face antero-lateral do ombro acompanhada ou não indicando lesão grave principalmente do infra-
de diminuição da força ou incapacidade de elevar o espinhal.
MMSS indica tendinites e até roturas completas do
tendão. Teste do subescapular de Gerber: colocar o dorso
da mão ao nível de L5 e afastá-
Teste de Jobe: elevação la ativamente das costas rodan-
ativa do MMSS no plano do internamente o braço, se
da escápula em extensão incapacidade de fazer ou manter
e rotura interna, contra o afastamento indica grave lesão
resistência imposta pelo do subescapular.
examinador.
Teste do bíceps: flexão ativa do Teste do subescapular: pct coloca a mão no abdo-
MMSS, em extensão e rotação me, ao forçar a mão contra o abdômen, o cotovelo se
externa, contra a resistência oposta desloca posteriormente se o subescapular estiver
pelo examinador, se dor ao nível do lesado.
sulco intertubercular associada ou
não a impotência funcional indica
alterações da cabeça longa do bí-
ceps.

Teste do infra-espinhal: com o


MMSS ao lado do tórax e coto-
velo em flexão de 90º, pct faz Teste de flexão-adução ou da articulação acromio-
rotação externa do braço contra a clavicular: fazer ativamente flexão-adução horizon-
resistência oposta pelo examina- tal forçada do MMSS ou passivamente. Se dor indica
dor. alteração da articulação acromioclavicular.
Teste da compressão ativa de O’Brien: 1º tempo indica lesão bíceps lábio-glenoidal. Dor na
1º tempo: posicionar MMSS com o cotovelo em articulação acromioclavicular ou no ápice do ombro
extensão, o ombro em 90º de flexão, 10-20º de adu- que não se altera nos dois tempos é sugestiva de alte-
ção e em rotação interna e pronação máximas, apon- ração na articulação.
tando o polegar para o solo e o examinador por trás
do pct força o MMSS para baixo solicitando que este
oponha resistência.
2º tempo: mantendo a mesma posição, o pct faz rota-
ção externa e supinação máximas, colocando a palma
da mão para cima.

Resposta: dor no 1º tempo que desaparece ou é alivi-


ada no 2º tempo e estalido doloroso intra-articular no

Relacionados com a estabilidade (alterações dos mecanismos de estabilização estática e dinâmica)

Teste da apreensão: o examinador por trás do paci- nica de dor pode ser considerado apenas hiper-
ente com uma das mãos faz abdução, rotação externa elasticidade articular, porem se presença de dor indi-
e xtensão passivas forçadas do braço, ao mesmo ca instabilidade ou frouxidão capsuloligamentar.
tempo que pressiona com o
polegar da outra mão a face Teste do sulco: o braço do pct é puxado em sentido
posterior da cabeça do úmero. caudal, o braço posicionado em 90º de abdução é
Resposta: Se instabilidade forçado para baixo pelo examinador, o aparecimento
anterior, a sensação de luxação de um sulco de 1cm ou mais entre o acrômio e a ca-
iminente provoca temor e apre- beça do úmero indica frouxidão capsuloligamentar.
ensão do paciente.
Teste da recolocação: em decúbito dorsal com o
Teste da instabilidade posterior (teste de Fuku- cotovelo fletido 90º, o braço é abduzido em 90º e
da): o examinador faz adução, flexão e rotação in- colocado em rotação externa máxima pelo examina-
terna do braço procurando dor que com a outra mão segura a cabeça do úmero e
deslocar posteriormente a a traciona para cima procurando subluxá-la provo-
cabeça do úmero. cando dor nos pcts com subluxação anterior. Na
Resposta: Se instabilidade mesma posição, o examinador empurra a cabeça do
posterior, a cabeça do úmero úmero para baixo, procurando reduzi-la, a dor pode
resvala na borda posterior da continuar naqueles com síndrome do impacto secun-
glenóide e se subluxa. dário a instabilidade, porém deve cessar nos pcts
com subluxação e que quase sempre toleram a rota-
Teste da “gaveta” anterior e ção externa máxima quando a cabeça do úmero é
posterior: por trás do pct o exa- recolocada na sua posição.
minador fixa com uma das mãos
espalmadas sobre o ombro, a es-
cápula e com a outra segura a
cabeça do úmero procurando des-
locar em sentido anterior e poste-
rior.
Resposta: Deslocamento <25% da cabeça do úmero
em relação à glenóide, se bilateral e sem queixa clí-

Com a finalidade de facilitar a avaliação funcional foi criada a Escala de Avaliação subjetiva do ombro, que além
de confiável e de fácil compreensão não exige a atuação do examinador.
Obs5: É frequente queixas dolorosas referidas no ombro
porém oriundas de outros locais sendo necessário com-
plementar o exame clínico ortopédico do ombro com
exame da coluna cervicotorácica e exames neurológico
e vascular.

Exame físico do joelho

Inspeção estática e dinâmica


Observação do paciente em pé, em posição anatômica de frente e perfil, e em seguida andando de frente e de costas
para o examinador.
Observar:
 Alinhamento dos MMII no mesmo plano: varo ( ), valgo ) ( . Em dois planos: desvios torcionais.
 Alinhamento patelar
 Ângulo Q: traçar uma linha imaginaria conectando o centro da patela à
espinha ilíaca ântero-superior e outra em direção à inserção do tendão pate-
lar na TAT. A medida dessa angulação é de no máximo 20°, a partir dos
quais esse ângulo é considerado aumentado.
 Presença de edema
 Derrame
 Equimose
 Atrofias musculares
 Alterações dinâmicas nas diferentes fases da marcha. Ex: flambagem late-
ral (flambagem medial)
 Presença de deformidades. Ex: deformidade de Osgood-Schlatter (aumento
da tuberosidade anterior da tíbia)
 Limitações da extensão do joelho
 Alterações em outras articulações que podem causar problemas articulares no joelho
 Mobilidade articular e contornos musculares (atrofia muscular)
Com o paciente sentado sobre a mesa, de frente ao examinador. Observar:
 Altura da patela
 Alinhamento do tendão patelar e sua inserção na TAT. Ex: joelho em baioneta com angulo Q aumentado.
 Estender o joelho: observar se a patela se movimenta sobre uma linha imaginaria reta/rotação do fêmur e da
perna.
 Com o joelho fletido a 30º: observar a presença da patela em baioneta.
 Movimento de flexo-extensão: examinador sente o deslizamento da patela no sulco troclear e a presença de
crepitações e eventuais estalidos articulares.
 Palpação dos tendões da pata de ganso (tendinite), região posterior do joelho (cistos), interlinhas articulares
(dor, estalido, cistos).
Com o paciente deitado em posição supina:
 Tônus de toda musculatura da coxa e da perna, em especial do quadríceps
 Contornos musculares da bolsa subquadricipital
 Retração da musculatura isquiotibial (pct em decúbito dorsal, os quadris e joelhos a90º)
 Em posição pronada: retração do quadríceps
 Com o joelho fletido e estendido: retração do tríceps sural com a dorsiflexão passiva do pé
 Palpação da articulação femoropatelar.
 Dor na patela
 Palpação das superfícies da patela, compressão sobre o sulco femoral (teste da compressão patelar) (teste da
inclinação patelar) (sinal da apreensão)
Com o paciente deitado em posição pronada:
 Avaliar musculatura da coxa e perna (atrofia de quadríceps)
 Avaliar retração da musculatura isquitibial: pct em decúbito dorsal com quadris em 90º, examinador esten-
de gradualmente o joelho até encontrar resistência. Medir ângulo de retração.
 Retração do quadríceps: pct em decúbito dorsal, joelhos fletidos ate que se encontre resistência. Medir ângulo
de retração.
 Avaliar retração do tríceps sural: dorsiflexão passiva do pé com joelho fletido e estendido.

Síndrome da banda iliotibial: Corredores de longa distância desenvolve dor na região lateral do epicôndilo femo-
ral, devido a fricção ou atrito nessa região. Ocorre também retração junto à
banda iliotibial.
Teste de Ober: pct em decúbito lateral sobre o lado não lesado, examinador
estabiliza a pelve com uma mão e com a outra controla o membro. Quadril é
abduzido e estendido e em seguida faz sua adução. Resposta: se quadril per-
manece passivamente abduzido é demonstrada retração da banda iliotibial.

Palpação
 Articulação femoropatelar: palpar extremidades superior e inferior da
patela, TAT e bursas supra e infrapatelares (pontos e espessamentos do-
lorosos).
 Dor à palpação dos polos proximais e distais da patela: processos
inflamatórios do tendão quadriciptal e do patelar (tendinites ou entesi-
tes).
 Patela bipartida: dolorosa a palpação
 Superfícies articulares da patela: pct em decúbito ventral e joelho em extensão, examinador desloca a patela
lateralmente com 4 dedos e palpa a superfície articular com o polegar (acesso a faceta articular lateral).
 Teste da compressão patelar: compressão sobre o sulco femoral com joelho em extensão e flexão de 30º. A
dor e crepitação indicam condromalacia, artrose ou instabilidade femoropatelar.
 Teste da inclinação patelar: mobilização lateral e medial da patela em extensão e em 30º de flexão avalia o
grau de tencionamento exercido pelos retináculos. Se grau de mobilidade lateral maior que o normal detecta-se
luxação ou subluxação patelar, pode ser acompanhado de sinal de apreensão.
 Anteversão do colo femoral: pct em decúbito ventral avaliar grau de rotação interna do quadril. Aumento
excessivo de rotação interna com diminuição da rotação externa caracteriza a anteversão. Anteversão dos co-
los, pela torçaõ interna do fêmur e externa da tíbia determina ângulo Q que pode levar a instabilidade femoro-
patelar.
Testes especiais

Testes meniascais rotação interna e externa da perna.


Teste de McMurray: pct em decúbito dorsal, qua- Resultado: dor com ou sem estalidos
dris a 9º e joelhos em flexão máxima, o examinador na interlinha articular medial após
palpa as interlinhas articulares com uma das mãos e rotação externa (lesão do menisco
com a outra segura o pé, provocando movimentos de medial) ou na interlinha articular late-
ral após rotação interna (lesão de menisco lateral). ciado ou com doença femoropatelar.

Teste de Appley: pct em decúbito ventral, inicia-se


flexão do joelho com o quadril em extensão, aplica-se
compressão axial junto ao pé e rotação externa da
perna até o ponto da angulação em que o pct refira
dor. A manobra é repetida com a rotação da perna
oposta e realizada novamente aplicando força de
distração ao invés de compressão. Resposta: dor ou
Teste de Steinmann: pct sentado com joelhos fleti-
estalidos junto a fase de compressão de teste, para o
dos 90º, fazer rotação externa e interna da perna,
menisco medial em rotação externa da perna e lateral
segurando pelo pé. Resultado: dor ou estalido junto
em rotação interna. Valor duvidoso se joelho edema-
à interlinha articular é sinal de lesão do menisco cor-
respondente.
coxa. Deve ser pesquisado nas 3 rotações da perna
(interna, neutra e externa). Resposta: instabilidade
rotatória antero-medial demonstrada quando pesquisa
do sinal da gaveta anterior com a tíbia rodada exter-
namente determina uma anteriorização da perna mai-
or do lado medial. Em rotação
neutra, observar deslocamento
anterior da tíbia igual em ambos
Sinal de Smillie: palpação das interlinhas articulares. os lados, indica instabilidade
Resposta: Lesões no corno posterior do menisco antero-medial e antero-lateral
medial causam dor junto a interlinha medial (afec- combinadas, se de apenas um
ções patelares causam dor nas regiões anterior e me- lado indica instabilidade corres-
dial). Lesões do menisco lateral causam dor nas regi- pondente. Em rotação interna o
ões anterior e lateral do joelho. teste é negativo para lesão de
LCA, só se positivando quando
Marcha do pato: pct agachado no chão, solicitar que lesão do LCP.
dê alguns passos. Resposta: dor que impede o mo-
vimento indica lesão no corno posterior do menisco Teste da gaveta pos-
medial. terior: pct em decúbito
dorsal, joelho em 90º
Testes de função ligamentar de flexão e rotação
Teste de Lachman: pct em neutra, examinador
decúbito dorsal e com joe- apoia o pé do paciente,
lho fletido a 30º, examina- empurra para trás a
dor segura com uma mão perna, e com as polpas
região supracondilar do digitais sobre o rebor-
fêmur e com a outra a regi- do anterior dos planaltos tibiais sente os movimentos
ão superior da tíbia, provoca movimento antagônico posteriores de ambos os lados. Resposta: Se o lado
com cada uma das mãos, a fim de deslizar a superfí- lateral se posterioriza isoladamente indica instabili-
cie articular sobre outra. Resposta: quando a tíbia se dade póstero-lateral, mas se faz de ambos os lados o
desloca para frente indica lesão do LCA e quando se teste é positivo para lesão do LCP.
desloca para trás, do LCP.
Teste de contração ativa do quadríceps: a partir da
Teste da gaveta anterior: pct em decúbito dorsal e mesma posição do teste de gaveta posterior solicitar
com joelho em flexão de 90º, o examinador apoia o ao pct que realize a contração ativa do quadríceps.
pé do pct e com ambas as mãos na região posterior do Resposta: redução da posteriorização da tíbia pela
terço superior da tíbia, traciona-a para a frente provo- ação do quadríceps.
cando um deslizamento anterior da perna sobre a
Teste da gaveta póstero-lateral: da mesma maneira
que o teste da gaveta posterior. Possibilita a verifica-
ção de deslizamento
posterior rotatório, do
condilo tibial lateral
acompanhado da cabeça
da fíbula. Esse desloca-
mento é neutralizado
quando se coloca o pé e a
perna em rotação interna.
Teste de rotação externa-recurvado: pct em decú-
bito dorsal, examinador toma um dos pés e depois o
Teste do ressalto: pct em decúbito dorsal com MMII
outro pelo hálux e eleva ambos em hiperextensão do
em 45º de flexão do quadril e 90º de flexão do joelho.
joelho. Cada joelho é obs quanto ao grau de recurva-
Examinador segura o pé ou a perna em rotação inter-
do, rotação externa e aparente tíbia vara. Resposta:
na com uma mão e com a outra pressiona o terço
tíbia rodada exter-
superior externo da perna para frente, fazendo discre-
namente com sub-
to valgo, o joelho estende-se até o momento que se
luxação posterior
nota repentino ressalto articular (subluxação antero-
do rebordo tibial
lateral do joelho).
lateral em relação
ao côndilo femoral
lateral indicando
instabilidade pós-
tero-lateral.

Hiperextensão ou recurvado: pct em decúbito dor-


sal, levantar seu MMII pelo pé, verificar recurvado.

Posteriorização passiva da tíbia a 90º: pct com


quadril e joelho em 90º, examinador mantem a perna
Teste do pivot-shift: a partir da posição final do
nessa posição para relaxamento do quadríceps. Res-
jerk-test, como o joelho estendido e a tíbia subluxada
posta: a tibia subluxa posteriormente se lesão do
anteriormente. Iniciar flexão quando em 30-50º será
LCP.
percebida redução da subluxação anterior. Indica
lesão do LCA.
Teste da abdução (valgo): pct com o quadril em 0º
de extensão, a coxa, totalmente apoiada sobre a mesa.
Fazer abdução da perna provocando valgo do joelho.
Resposta: a abertura da interlinha articular, patológi-
ca, é detectada pela palpação. Indica lesão do LCP,
lesão do LCA associada determina maior abertura.
Instabilidade do ligamento colateral medial: leve
(abertura 0-5mm), moderada (5-10mm) e grave
(>10mm).

Teste da adução (varo): semelhante ao teste anteri-


Teste do pivot-shift reverso: o joelho é fletido com or, o examinador segura o pé ou tornozelo com uma
abdução aplicada a tíbia em rotação externa, estando mão e com a outra apoia a face medial do joelho,
força a dução da perna e pé e avalia abertura da inter-
o quadril em rotação interna. Resposta: se houver
linha articular. Também é classificado em leve, mo-
instabilidade póstero-lateral a tíbia se deslocará para
tras sobre o condilo femoral lateral, com subluxação derado e grave.
que é reduzida na extensão do joelho.
Após o exame clínico são solicitas radiografias simples ou outro estudo por imagem que correlacionado com a
história determinam o diagnóstico de instabilidade ligamentar.

Exame físico do pé e tornozelo

Exame do pé sem carga


Com o paciente sentado e MMII relaxado (o pé assume discreto equinismo e ligeira inversão), avaliar:
 Face anterior, medial e lateral do tornozelo
 Face dorsal e plantar do pé

Exame das estruturas de superfície


Tegumento (dorsal e plantar): avaliar pele, tecido subcutâneo e fáscias profundas.
 Alterações de condições vasculares (varicosidades e telangiectasias)
 Alterações tróficas (úlceras, edemas e inflamções)
 Alterações da temperatura, hiperidroses e anidroses
 Rachaduras e calosidades (diferenciar de verrugas plantares)
Sensibilidade cutânea: provem das raízes L4, L5 e S1, se distribuin-
do pelos ramos do nervo safeno, fibular superficial, fibular profundo
e sural.
Suprimento sanguíneo: palpação dos pulsos periféricos
 AA pediosa: lateralmente à proeminência dorsal da base do 1º
metatársico e osso cuneiforme medial
 AA. tibial posterior: atrás do maléolo medial, no interior do túnel tarsiano
 e avaliação da perfusão dos tecidos nos leitos subungueais e vitalidade dos fâneros.
Anexos: avaliação das unhas e região periungueal (alteração na espessura, resistência, coloração ocre – infecção
fúngica).

Exame das estruturas profundas


Tornozelo: avaliar
 Edemas globais ou localizados
 Posição dos maléolos tibial (mais alto e anteriorizado) e fibular
Ponto médio intermaleolar: deve estar no eixo longitudinal que sobe até a TAT. Quando
deslocado para dentro indica torção tibiofibular interna (marcha de periquito) e quando
deslocado para fora indica torção tibiofibular externa (marcha de carlitos).
 Esse ponto deve estar em linha com o segundo metatarsiano e “olhar” par o segundo
interdígito. Se deslocado internamente indica pé aduzido (metatarsos varos congênitos)
e se deslocado externamente estpa abduzido (pés valgos).
Região retromaleolar: normalmente há 2 depressões que se prolongam até o tendão de
Aquiles, podem desaparecer em quadros inflamatórios ou em obesos.
Amplitute, qualidade e conforto do movimento: normal tornozelo realizar 45º de flexão e 25º de extensão.
 Grau de extensão do tornozelo com joelho fletido e extendido (encurtamento dos ventres dos gêmeos)
 Palpar cada estrutura óssea e interlinhas articulares a procura de dor
 Palpar tendões e ligamentos em seus trajetos anatômicos (aumento de volume, roturas, processos
inflamatórios): tendão de aquiles, tibiais posterior e anterior, flexor longo do hálux e os fibulares. Ligamento
deltóide (medial) e fibulotalar anterior e fibulocalcâneo (laterais)
Complexo subtalar: redução da sua movimentação indica processo artrítico específico (AR), processo
degenerativo (artrose), processos neuromusculares e coalizões tarsais. A dor se manifesta na região anterior e
inferior do maléolo lateral.
Complexo articular de chopart: observar adução e abdução, pronação e supinação do antepé. Observar o grau de
convexidade da borda interna do pé que reflete varismo ou valguismo do retropé.
Complexo articular de Lisfranc: observar flexão plantar e dorsal, osteofitose dorsal e dolorimentos locais. Obser-
var se há exagero do equinismo. Desvio em adução do antepé indica metatarsos varos congênitos ou pés cavos
desbalanceados. Desvios em abdução indica pé calcâneo valgo congênito ou um pé plano.
Articulações metatarsofalângicas: palpar cabeças dos metatarsais (hipertrofias e calosidades), observar espessura
do coxim gorduroso plantar.
Articulações interfalângicas: avaliar mobilidade, deformidades flexíveis ou rígidas, ten-
são dos tendões, deformidades clássicas (martelo garra e “taco de golfe”), infecções fún-
gicas ou bacterianas em regiões interdigitais, conformação dos pés (pé egípcio, grego e
quadrado)

Musculatura: testar músculos extrínsecos e intrínsecos, solicitando a realização de movimentos produzidos por
cada músculo, sem resistência, se for constatada integridade realizar contra resistência.

Avaliação do MMII como um todo


Paciente em decúbito ventral e joelhos fletidos a 90º:
 Realizar rotação interna e externa do quadril
 Palpar os maléolos tibial e fibular
 Traçar um eixo imaginário na imagem plantar e da coxa

Exame do pé com carga


Estático: observar o paciente em ortostatismo, a silhueta do pé e seu arco longitudinal, as saliências ósseas do cal-
câneo, dos maléolos, da cabeça do talo, da tuberosidade do V metatarso e articulações metatarsofalangeanas e inter-
falangianas. O arco longitudinal medial deve ter no mínimo 14mm no adulto.
 Manobra da ponta dos pés: solicitar ao pct que se erga sobre a cabeça dos metatarsos elevando os calcanha-
res, avalia o grau de mobilidade da articulação subtalar, a potencia muscular e integridade de alguns tendões
(triciptal e tibial posterior). Teste positivo quando ao se elevar observa-se variação progressiva do retropé.
 Prova de jack: hiperextensão passivada metatarsofalângica do hálux, promove elevação do arco longitudinal
medial. A positividade da prova indica a integração entre as musculaturas intrínseca e extrínseca do pé e a li-
berdade de movimentação da articulação subtalar.
Dinâmico: observar a marcha (eixo, ângulo do passo, amplitude do passo e apoio). Alterações no eixo representam
problemas neurológicos, alterações na amplitude ocorrem pela fraqueza muscular, rigidez articular, dor e doformi-
dades do pé. Redução da amplitude representa hálux rígido doloroso ou apenas a marcha de um ancião. Estimular o
pct a andar nas pontas dos pés, nos calcanhares e sobre as faces lateral e medial dos pes.

Testes especiais
Mensuração do arco de movimento da articulação do pé, surgindo depressão
tibiotársica e grau de encurtamento do músculo na face lateral do tornozelo
tríceps sural: segurar com uma mão um calcanhar e (abaixo do maléolo fibular),
com a outra o antepé. Realizar flexão e extensão do indica lesão do ligamento
tornozelo com joelho fletido e extendido. Resposta: fibulocalcâneo e da capsula
com joelho estendido a limitação da extensão indica lateral do tornozelo.
encurtamento do tríceps sural, se persiste com o joe-
lho fletido, encurtamento do sóleo. Teste do estresse em valgo
do tornozelo: examinador
aplica com uma mão força valgizante na região do
calcanhar enquanto mantém fixa a extremidade da
perna com a outra mão. Resposta: exagero do valgo
indica lesão do ligamento deltoide.

Teste da rotação do talo: com


uma mão o examinador fixa
Teste de Thompson: com o pct firmemente o terço médio da
em decúbito ventral e joelhos perna no sentido de impedir a
fletidos, aplica-se compressão rotação externa. Com a outra
na massa muscular da panturri- mão envolve a face medial do
lha (ventre dos gêmeos e mus- calcanhar de forma que o pé
culo soleo). Resposta: O pé fique apoiado no antebraço. O
sofre flexão plantar quando antebraço força o pé em rotação
todas as estruturas estão ínte- externa. Resposta: dor aguda na
gras (teste positivo). Se não região antero-lateral do tornozelo se lesão dos liga-
ocorre movimentação devido à rotura do tendão cal- mentos da sindesmose tibiofibular distal.
câneo o teste é negativo.
Teste da gaveta posterior da
Teste da gaveta anterior do tornozelo: examinador fíbula: examinador segura o
apoia uma mão na face anterior da tíbia logo acima tornozelo com uma mão e
do tornozelo e com a outra envolve o calcanhar, apli- aplica força com o polegar da
ca-se força no sentido de deslocar anteriormente o pé. outra mão no sentido de
Resposta: se lesão do ligamento fibulotalar anterior e deslocá-lo posteriormente da
da porção antero-lateral da cápsula articular, surge fíbula. Resposta: dor se lesão dos ligamentos da
uma zona de depressão na face antero-lateral do tor- sindesmose tibiofibular distal.
nozelo (sinal do vácuo).
Teste de compressão lateral da
perna: comprimir no terço médio
da perna a fíbula contra a tíbia.
Resposta: dor aguda na face
antero-lateral do tornozelo se
envolvimento traumático ou
inflamatório dos ligamentos e da
Teste do estresse em varo do tornozelo: examina- articulação tibiofibular distal.
dor com uma mão aplica força varizante na região do
calcanhar, mantendo a extremidade da perna fixa Teste da mobilidade da articulação subtalar: uma
com a outra mão. Resposta: se exagero do varismo mão mantem a relação original entre médio e antepé
com o retropé e a outra aplica forças varizantes e promove rotação externa do conjunto. Resposta:
valgizantes no calcanhar. surgimento ou acentuação da bóboda plantar do pé
indicando funcionamento das estruturas (articulação
subtalar).

Teste dos blocos de


Coleman: 1º tempo: o
pé é colocado apoiado
Manobra de hipe- sobre um bloco de
rextensão do torno- madeira, de forma que
zelo e dos artelhos: o primeiro raio e o
com uma mão o exa- hálux fiquem fora do
minador apreende os contato. Se houver
artelhos produzinso sua extenso máxima, ao mesmo normalização do val-
tempo que produz extensão máxima do tornozelo. gismo fisiológico o
Resposta: pode causar dor se inflamação, hematoma causador da deformidade será o 1º raio que se encon-
na face plantar indica rotura traumática. tra em equinismo exagerado. Se permanecer o veris-
mo do retropé indica deformidade do pé como um
Teste da ponta dos pés: pct em apoio bipodálico é todo. 2º tempo: pct apoia apenas o calcanhar no bloco
solicitado a colocar-se na ponta dos pes enquanto se de madeira. Se houver normalização do valgismo do
observam as faces medial e posterior do tornozelo e retropé indica envolvimento do antepé como um to-
do pé. Resposta: elevação suave e simétrica dos cal- do. Se permanece verismo indica deformidade decor-
canhares acompanhada de variação progressiva do rente de doença do retropé. 3º tempo: combina-se
retropé, se não ocorrer variação indica bloqueio da os dois anteriores. Se valgização normal do re-
movimentação da articulação subtalar. tropé o afastar como causa. Se existência de ve-
rismo indica combinações de deformidades no
antepé e retropé.

Sinal de muitos dedos: Ao


se observar por trás o tor-
nozelo e o pé, em indiví-
duos normais aparece a
imagem de apenas um arte-
Teste de Jack: pct em ortos- lho. Se abdução exagerada
tase, examinador provoca com do antepé surgem mais
um polegar a extensão passiva dedos lateralmente. Res-
da metatarsofalângica do hálux posta: indica deformidade em abdução do antepé. Se
ao mesmo tempo que observa relaciona a pronação do retropé devido insuficiência
variação do pé e rotação exter- do tendão do músculo tibial posterior.
na da perna. Resposta: teste
positivo se observado esses Prova da redutibilidade do
fenômenos indicando bom valgismo do hálux: pct em
prognóstico no tto conservador dos pés valgos fláci- posição ortostática, aplica-se
dos da infância. Negatividade indica doenças articu- força varizante na borda late-
lares, tendíneas ou neuromusculares. ral do hálux anotando o grau
de redutibilidade da deformi-
Teste de rotação externa dade em valgo. Resposta:
passiva da perna: pct em normal quando o hálux se
posição ortostática, exami- alinha com o eixo do metatarso. Quando esse limite
nador segura a porção média não é atingido é necessária a liberação das estruturas
da perna a ser examinada e laterais (cirúrgico).
antepé no sentido de acentuar ou produzir o arquea-
Teste da hipermobilidade do 1º raio: 1º forma: mento transverso dessa região. Resposta: se contra-
examinador fixa com uma mão so 4 raios laterais (II turas capsuloligamentares e tendíneas das metatarso-
ao V) enquanto o polegar e indicador da outra mão falângicas e interfalângicas as deformidades dos de-
apreendem a cabeça do 1º metatarso. Mantendo-se os dos não se alteram sendo consideradas como rígidas.
raios laterais fixos aplica-se forças nos sentidos plan- Se deformidade flexível a manobra produz correção.
tar e dorsal a fim de mobilizar o 1º raio. Resposta:
grafar em mm o deslocamento. 2º forma: fixar o retro
e médio pés com uma mão apoiada na face medial do
pé. Com o polegar e indicador da mão oposta segurar
a cabeça do 1º metatarso aplicando forças capazes de
deslocar o primeiro raio. Resposta: grau de desloca-
mento mensurado pelo goniômetro. Normal, limite de
30º.

Teste do músculo tríceps sural:


solicitar que o pct fique na ponta
dos pés.

Teste do músculo tibial anteri-


or: fixar a perna com uma mão e
com a outra a porção anterior do
Teste da compressão látero-lateral do antepé:
pé, solicitar ao pct que realize
aplicar força de compressão nas cabeças do I e V
dorsiflexão do tornozelo. Resposta: impressão do
metatarsos no sentido de aproximá-los. Resposta:
tendão sobre a pele.
dor acompanhada ou não de parestesia indica proces-
sos inflamatórios e neoplásicos dos espaços interme-
Teste do musculo tibial posterior: manter fixa a
tatarsais (Neuroma de Morton).
extremidade da perna ao mesmo tempo que o pct
realiza unversão e adução do pé contra resistência.

Teste da gaveta meta- Testes dos músculos


tarsofalângea: fixar fibulares curto e longo:
com os polegares e estabilizar a perna com
indicadores em forma uma mão e solicitar ao
de pinça o colo do pct que faça abdução e
metatarso e a falange eversão do pé ao se apli-
proximal. Tentar deslocar nos sentidos dorsal e plan- car resistência.
tar a falange sobre a cabeça metatársica. Resposta: se
excursão ampla indica instabilidade. Teste do músculo extensor longo do hálux: solici-
tar ao pct que faça extensão do grande dedo enquanto
Teste da redutibilidade das garras e dos artelhos: o examinador procura mantê-lo imóvel a partir de sua
aplicar pressão com os polegares na rgião central do
extremidade distal. Resposta: aparecimento de silhu- Teste do músculo extensor curto dos dedos: manter
eta na região dorsal do pé. estáveis as interfalangeanas dos pequenos dedos e
tornozelo, solicitar ao pct que realize extensão da
Teste do músculo flexor longo do hálux: solicitar metatarsofalângica dos 4 dedos laterais.
que o pct realize flexão da interfalangiana do hálux e
aplicar resistência contra a polpa digital. Teste do músculo flexor longo dos dedos: uma mão
estabiliza as metatrasofalangeanas dos 4 artelhos
Teste do músculo flexor curto do hálux: com o pé laterais, aplica-se força extensora nas polpas desses
em flexão plantar e estabilizado pelo calcanhar, soli- dedos solicitando que o pct realize flexão das interfa-
citar ao pct q realize flexão da metatarsofalângica do langeanas.
hálux ao mesmo tempo que se aplica resistência na
polpa digital. Teste dos músculos lumbricais: o examinador esta-
biliza a cabeça dos metatarsos laterais (II ao V) por
Teste do músculo extensor longo dos dedos: solici- sua face plantar, solicita ao pct flexão das metatarso-
tar ao pct que realize extensão das interfalangeanas falângicas dos mesmos raios. Resposta: se normal,
distais dos 4 pequenos dedos laterais e aplicar força ocorre extensão das interfalangeanas.
contraria a esse movimento na face dorsal das extre-
midade dos pequenos artelhos. Teste dos músculos interósseos: estabilizar articula-
ções metatarsofalangeanas, solicitar ct que realize
extensão das interfalângeanas contra resistência.

Exame físico da mão

Inspeção estática
Observar:
 Posição caracteristica da mão em repouso: metacarpofalangeanas e interfalangeanas com flexão
progressivamete maior do indicador para o dedo mínimo. Um dedo que se mantém em extensão indica lesão
dos tendões flexores.
 Na mão dominante, a musculatura intrínseca é mais desenvolvida e os sulcos das pregas cutâneas mais
profundos.
 Calosidades nas regiões de maior atrito
 Concha na região palmar limitada pela eminencias tenar e hipotenar. Se essa forma desaparece indica paralisia
dos MM. intrínsecos da mão.
 Pregas sindactilias: pregas cutâneas anormais, deformidades congenitas que limitam a função.
 Saliencias e depressões na região ventral das metacarpofalângica dos dedos.
 Saliencias formadas pelas cabeças dos metacarpos na região dorsal, sendo a do 3º dedo a mais saliente. Se
fratura do colo dos metacarpais, as cabeças se desviam e apaga as saliencias.
 Unhas: leito ungueal e microcirculação, infecções, baqueteamento digital, cicatrizes.
 Tumores sensu lato: correspondem a cistos sinoviais.
 Encondroma: tumor ósseo mais comum, assintomático até causar fratura.

Palpação
Pele
 Na região palmar é mais espessa e fixa aos planos profundos
 Observar alteração da temperatura (processo infeccioso)
 Anidrose: lesão nervosa

Partes moles
Compartimentos que passam os tendões, revestidos por tecido sinovial:
Compartimento 1: região do processo estiloide do rádio. Passam
os tendões abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar.
Com a adbução e extensão do polegar ficam mais evidentes. Pro-
cesso inflamatório nessa região é chamado de tenossinovite de De
Quervain.
Compartimento 2: região lateral ao tubérculo de Lister do rádio.
Passam os tendões extensor radial longo e curto do carpo (mais
ulnar e central em relação ao punho). Com flexão dos dedos e
extensão dos punhos ficam mais evidentes.
Compartimento 3: forma a borda ulnar da tabaqueira anatômica. Contem o
extensor longo do polegar que rompe-se facilmente apór fraturas da extremidade
distal do rádio, doença reumatóide.
Compartimento 4: Passam o extensor comum dos dedos e extensor próprio do
indicador.
Compartimento 5: região da articulação rádio-ulnar distal e contem o tendão
extensor próprio do dedo mínimo. À extensão. À extensão do dedo mínimo, é
possível palpar na região do dorso da mão.
Compartimento 6: Passa o tensão extensor ulnar do carpo. Mais facilmente
palpável com extensão e desvio ulnar do punho. Pode deslocar-se medialmente na
pronação quando lesão.

Na região ventral do punho:


Flexor ulnar do carpo: solicitar ao pct flexão do punho.
Palmar longo: mais facilmente palpado com o punho
fletido e realizando uma pinça digital entre dedos míni-
mo e polegar. Ausência em 5-15% da população.
Flexor radial do carpo: „é um tendão espesso e mais
centralizado em relação ao punho que o flexor ulnar do
carpo. A arteria radial situa-se lateralmente a ele.

Tunél do carpo
 O ligamento transverso do carpo (retináculo dos flexores) corre por entre
psiforme, tubérculo do escafóide, hâmulo do hamato e tubérculo do trapézio,
constituindo o teto do túnel.
 O assoalho é constituido pelos próprios ossos do carpo, cápsula e ligamentos volares.
 Por esse túnel passa o nervo mediano, tendões flexores superficiais e profundos dos dedos e flexor longo do
polegar.
Sindrome do túnel do carpo: a compressão do nervo mediano pode causar hipoestesia alem de paresia com
hipotrofia na eminencia tenar.
 Pode ser sequela de traumatismo que
alteram a anatomia da região (Fratura de
Colles ou dos ossos do carpo) ou por
sinovites que causam edema.
 Frequente na pós-menopausa ou durante
garvidez.
Diagnóstico: clinico atraves da história,
alterações do exame físico e sinais de Tinel e
Phalen, eletroneuromiografia auxilia nos casos
duvidosos.

Eminencia tenar: hipotrofia, lesão do nervo mediano.


Eminencia hipotênar: hipotrofia, lesão do nervo ulnar.
Aponeurose palmar: nódulos, aderências (Doença de Dupuytren)
Nódulo de Bouchart: aumento da articulação interfalangeana traduz uma sinovite por AR.
Nódulo de Heberden: nódulos duros e dolorosos nas interfalangeanas distais característicos de osteoartrose.
Poupas digitais: infecção.

Partes ósseas
Rádio: processo estiloide do rádio, tubérculo de Lister. Ulna: processo estiloide. Avaliação de fraturas.

Ossos do carpo
Fileira proximal, de radial para ulnar: escafoide, semilunar, piramidal e pisifor-
me.
Fileira distal, de radial para ulnar: trapézio, trapezoide, capitato e hamato.
 Escafóide: maior osso da sua fileira e mais suscetivel a fratura. Pode ser pal-
pado no nível da tabaqueira anatômica. Desvio ulnar torna mais saliente ao ní-
vel da tabaqueira anatômica e desvio radial na base da eminencia tenar.
 Trapézio: logo após o escafoide, aparece um sulco que corresponde a articula-
ção entre escafoide e trapézio. Após o sulco palpa-se o trapézio.
 Capitato: maior dos ossos do carpo. Palpar o tubérculo de Lister e caminhar em
direção a região central do dorso, onde nota-se uma depressão.
 Semilunar: com o punho fletido palpar o semilunar, que se projeta distalmente
na superfície dorsal do punho.
 Complexo ulnocarpal: tecido de consistência cartilaginosa na face medial do
punho. Não se articulam verdadeiramente, nessa região se encontra a fibrocarti-
lagem triangular e ligamentos ulnocárpicos.
 Piramidal: estrutura convexa na face medial do carpo.
 Psiforme: base da eminencia hipotênar.
 Hamato: distal e lateralmente ao psiforme ao nível da eminencia tenar.

Metacarpos
Falanages: observar simetria, sintomas dolorosos, edema, comparando um dedo com o outro.

Deformidades específicas
 Dedo em martelo: lesão do tendão extensor terminal em sua
inserção na falange distal. Incapacidade de extensão da IFD
provoca deformidade em flexão dessa articulação.
 Dedo em botoeira: lesão do tendão extensor central em sua
inserção na base da falange média. Incapacidade de extensão
da IFP provoca flexão dessa articulação.
 Deformidade em pescoço de cisne: deformidade em extensão das IFP com flexão da IFD. Ocorre com fre-
quência na AR.

Movimentação passiva: o examinador para avaliar o grau de amplitude articular deve realizar a movimentação
sucessiva de cada articulação.

Movimentação ativa: o paciente executa os movimentos ativamente e o examinador testa a força muscular.
Força muscular
0 Musculo paralisado
1 Musculo apresentando contração porem sem produzir movimento.
2 Musculo contrai e produz movimento incapaz de vencer a força da gravidade
Musculo contrai e produz movimento capaz de vencer a força da gravidade, mas incapaz de vencer uma pequena
3
resistência do examinador.
4 Musculo contrai e é capaz de vencer uma certa resistência do examinador
5 Musculo considerado normal para o biótipo do paciente

Exame neurológico
Pesquisa de sequelas de lesões do SNC e integridade de nervos periféricos pelo estudo da força muscular no exame
de movimentação ativa e da sensibilidade dos reflexos.

Extensão dos dedos: estabilizar o punho com pressão ventral e fletir as interfalangeanas para tirar a ação dos mús-
culos intrínsecos na extensão dos interfalângicos. Solicitar ao pct que realize extensão da MCF contra resistência
imposta ao dorso da falange proximal.
Extensão dos dedos
Extensor comum dos dedos
C7 – nervo radial
Extensor próprio do indicador
Extensor do dedo mínimo

Flexão dos dedos: ao solicitar ao pct que faça flexão do dedo, somente o flexor superficial vai agir na IFP. Bloque-
ando a IFP em extensão e solicitando a flexão do dedo, apena o flexor profundo irá agir fletindo a IFD.
Flexão dos dedos
Flexor superficial dos dedos C7, C8, T1 – mediano
2 laterais C7, C8 e T1 – mediano
Flexor profundo dos dedos
2 mediais C8, T1 ulnar
2 mediais C8 – ulnar
Lumbricais
2 laterais C7 mediano

Extensão do polegar: testa-se o extensor longo do polegar solicitando extensão da IF do polegar. O extensor curto
age na metacarpofalângica.
Extensão do polegar
Extensor curto do polegar
C7 – radial
Extensor longo do polegar

Flexão e abdução do polegar: testar flexor longo do polegar solici-


tando ao pct que realize flexão da IF. O flexor curto age fletindo a
metacarpofalangeana.
Flexão e abdução do polegar
C6, C7 – superficial, mediano
Flexor curto do polegar
C8 profundo, ulnar
Flexor longo do polegar C6, C7 mediano
Testar abdutores estabilizando a mão e realizando resistência contra a abdução do polegar.
Extensor longo do polegar
C7 – radial
Abdutor longo do polegar
Abdutor curto do polegar C6, C7 – mediano

Exame da sensibilidade
O MMSS é invervado pelo plexo braquial (C5, C5, C7, C8 e T1)
Plexo braquial
Face lateral do ombro e braço C5
Face lateral do antebraço, polegar e indicador C6
Dedo médio e região palmar da mão C7
Dedos anular e mínimo + face medial do antebraço C8
Face medial do braço T1

Em relação aos nervos periféricos a mão é suprida por:


 Nervo radial: área da tabaqueira anatômica, região dorsal da extremidade proximal do polegar.
 Nervo mediano: restante do dorso do polegar, dedos indicador e médio, região volar e metade radial do anu-
lar.
 Nervo ulnar: metade ulnar da superfície volar do anular, todo o dedo mínimo, superfície dorsal do anular e do
dedo mínimo.

Testes especiais
Testes para flexor superficial dos dedos ocluída ou permeável. A seguir a outra artéria é tes-
tada.
Teste para flexor profundo dos dedos

Teste de Bunnel-Littler:
manter a MCF em exten-
são e tentar fletir IFP. A
flexão indica ausência de
hipertonia dos músculos
intrínsecos.
Variante do teste de Bunnel-Littler: avaliar isola-
damente a musculatura intrínseca radial ou ulnar
Teste dos ligamentos
realizando a abdução ou adução ao nível da MCF
retinaculares: manter a
estendida, relaxando um grupo de MM. e tensionan-
IFP em extensão e realizar
do o outro.
a flexão da IFD. A resis-
tência ao movimento é
Teste de Watson: realizar desvio ulnar no punho e
proporcionada pelos li-
pressionar a tuberosidade do escafoide. A seguir,
gamentos retinaculares
lentamente fazer desvio radial, enquanto a pressão no
oblíquos. Com a IFP em flexão, os ligamentos retina-
polo distal é mantida, tentando impedir flexão pal-
culares relaxam-se e permitem a flexão IFP com
mar. Se escafoide instável, o polo proximal subluxa
maior facilidade.
dorsalmente e manobra se torna dolorosa.
Teste de Allen: pedir ao pct que abra e feche a mão
Teste de Phalen
varias vezes enquanto o examinador comprime as
artérias radial e ulnar na região do punho. Com os
Teste de Tinel
vasos comprimidos pede-se para o pct abrir a mão e
libera-se uma das AA. mantendo as outras pressiona-
Teste de Filkenstein: realizar desvio ulnar do punho
das. O exame de perfusão irá indicar se a AA está
passivo e forçado e se for positivo o pct refere dor
intensa no primeiro compartimento dorsal.

Exame físico do cotovelo

Inspeção
Região lateral, observar:
 Aumento do volume da articulação e atrofia muscular (artrite séptica ou reumatóide)
 Preenchimento do recesso infracondilar, abaixo do condilo lateral do úmero (derrame articular, proliferação
sinovial ou doença da cabeça do rádio)
Região anterior, observar:
 Ângulo de carregamento: com o antebraço em supinação e cotovelo
em extensão, avaliar o ângulo formado entre úmero e antebraço. Varia
com a raça, o sexo e a idade (homem 10º e mulher 13º). Altera-se por
sequela de traumatismo, alteração da placa de crescimento, esportes de
arremesso. Diminuição do ângulo determina o cúbito varo e o aumento
cúbito valgo.
Região posterior:
 Luxação do cotovelo: proeminência da ponta do olecrano, perda de massa osséa na articulação úmero-ulnar
ou articulação de Charcot.
Região medial, observar:
 O epicôndilo medial é visível, a não ser em pacientes obesos.
 O nervo ulnar pode ser visto se estiver muito espessado (hanseniase) ou se desloca para frente (subluxação)
durante a flexo-extensão.

Palpação
Observar na vista posterior os epicôndilos lateral e medial e a ponta do olecrano formando um triângulo equilátero.

Região lateral, palpar:


 Epicondilo lateral (dor, epicondilite lateral ou síndrome do túnel radial)
 Origem da musculatura extensora do punho
 Complexo ligamentar lateral: colateral radial se origina no epicôndilo lateral e
insere na lateral da ulna e ligamento anular circunda a cabeça do rádio. Dor liga-
mentar significa lesão pro traumatismo em varo.
 Cabeça do rádio (logo abaixo da musculatura extensora do punho): durante a pro-
no-supinação em graus variáveis de flexo-extensão, avaliando integrida-
de e contorno. Dor pode indicar sinovite ou osteoartrite, proeminência
indica origem traumática ou congênita.
 Derrame articular
Região anterior, palpar:
 Fossa cubital (limitada pelos músculos braquial e pronador redon-
do): contem de lateral para medial, nervo cutâneo lateral do antebraço,
tendão do bíceps (palpável solicitando a flexão do cotovelo contra resis-
tência com o antebraço em supinação, se rotura surge dor na região cu-
bital e torna-se não palpável), artéria braquial e nervo mediano (medi-
almente à artéria braquial).
Região posterior, palpar:
 Bursa olecraneana: sobre a aponeurose do tríceps, espessa e dolorosa se
processos inflamatórios.
 Fossa olecraneana: pode ser palpada em algumas pessoas com o cotovelo em semiflexão.
 Articulação úmero-ulnar
 Borda póstero-medial do olecrano
Região medial, palpar:
 Nervo ulnar: flexível, cilíndrico, suave, localizado entre o epicôndilo medial e o processo olecraneano. Ob-
servar se é possível deslocar o nervo do seu sulco. Pode ocorrer compressão devido a proliferação de tecido
cicatricial decorrente de traumatismo, artrose ou proliferação sinovial como na AR. A expressão clinica inicial
é a alteração da sensibilidade nos dedos mínimos e anular e hipotrofia dos músculos intrínsecos da mão.

 Músculos que se originam no epicôndilo medial: de lateral para medial, pronador redonod, flexor radial do
carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo. Se dor, indica processo inflamatório que pode ocorrer nos jogado-
res de golfe, digitadores.
 Ligamento colateral medial: estabilizador do cotovelo em valgo, se origina no epicôndilo medial, avaliar
dor.

Amplitude de movimentos
Apresenta 4 tipos de movimentos: flexão e extensão (articulações úmero-ulnar e úmero-radial) pronação e supi-
nação (radio-ulnar proximal e distal).

Avaliação do arco de movimento


Flexão: colocar um goniômetro no plano sagital com seu centro sobre a articulação do cotovelo. Partindo-se da
máxima extensão, solicitar que realize flexão máxima.
Flexão do cotovelo
Músculos Inervação
Braquial
Musculocutâneo (C5 e C6)
Bíceps
Braquiorradial Radial (C7)
Pronador redondo Mediano
Flexor ulnar do carpo Ulnar

Extensão: colocar o goniômetro no plano sagital, ao nivel da articulação do cotovelo. Partindo da flexão máxima
possível, realizar extensão máxima possível.
Extensão do cotovelo
Músculos Inervação
Triceps
Radial (C7)
Ancônio

Pronação: cotovelo em 90º de flexão, junto ao tórax, com o antebraço em rotação neutra e polegar para cima. O
goniômetro é colocado em plano coronal. Pct realiza rotação medial do polear e o braço do goniômetro devera
acompanhar o movimento.

Pronação do cotovelo
Músculos Inervação
Pronador redondo
Pronador quadrado Mediano (C6)
Flexor radial do carpo

Supinação: cotovelo em 90º de flexão junto ao tórax, com antebraço em rotação neutra e polegar apontado para
cima. O goniômetro é colocado no plano corornal. Pct realiza rotação lateral do polegar e o braço do goniômetro
deve acompanhar o movimento.

Supinação do cotovelo
Músculos Inervação
Supinador Radial (C7)
Bíceps Musculocutâneo (C5 e C6)

Avaliação da força muscular e exame neurológico


Avaliação da força: flexão, extensão, pronação e supinação contra a resistência estando o cotovelo em 90º de fle-
xão, junto ao tórax, e com antebraço em rotação neutra.

Testes especiais
Instabilidade: na presença de destruição articular Epicondilite medial: cotovelo é fletido, o antebraço
devido AR ou após excisão da cabeça do rádio, a mantido em supinação e o punho em extensão. Es-
instabilidade pode ser demonstrada por estresse em tender o cotovelo vagarosamente e se o pct apresentar
varo e valgo. Com o cotovelo discretamente fletido dor no epicôndilo medial será sugestivo de epicondi-
fazer rotação interna completa do úmero e estresse lite medial, ou por meio de flexão do punho contra
em varo. Com o úmero em rotação externa e cotovelo resistência.
discretamente fletido reaçizar estresse em valgo. Ins-
tabilidade antero-posterior é demonstrada por realiza-
ção de uma força nesses sentido no antebraço (lesão
cartilaginosa ou óssea, coronóide ou olécrano).

Punção articular: distinção entre comprometimento


extra e intra-articular. Facilmente realizada com o
cotovelo fletido em 90º e antebraço em repouso sobre
o tórax ou apoiado sobre a mesa. A agulha sera intro-
duzida no meio do triangulo formado pelo epicôndilo
Testes do pivô: colocando-se o antebraço em supina- lateral, cabeça do radio e ponta do olecrano (recesso
ção total, segurar o punho e a partir de uma semi- infracondilar). Após a aspiração, 2-3ml de lidocainda
flexão realizar lentamente a extensão, mantendo a posem ser injetadas na articulação o que oferecerá
supinação, realizar ao mesmo tempo estresse em alivio da dor, confirmando doença intra-articular.
valgo no cotovelo e manter força de compressão axi-
al. Positivo: produz subluxação das articulações
úmero-ulnar e úmero-radial. Quando extensão total
do cotovelo nota-se proeminência posterior (cabeça
do radio) e uma depressão na pele. Indica insuficiên-
cia do ligamento colateral lateral.

Teste de Cozen (epicondilite lateral): contovelo em


90º de flexão e o antebraço em pronação, solicitar
que o pct faça extensão ativa do punho contra resis-
tência. Positivo: se o pct referir dor no epicôndilo
lateral, origem da musculatura extensora dos punhos
e dedos.

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