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Lista Aula 06 - Interpretação e Compreensão de Texto

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PORTUGUÊS

FRENTE: PORTUGUÊS I
EAD – ITA/IME
PROFESSOR(A): PAULO LOBÃO

AULA 06
ASSUNTO: INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTO

A intertextualidade implícita: o fenômeno da intertextualidade


implícita ocorre sem que aconteça a identificação expressa da fonte,
Resumo Teórico cabendo ao interlocutor recuperá-la na memória para construir o
significado do texto.
“Naquela tarde avermelhada, senti medo e dor. As imagens
tortas da minha existência causaram-me pânico. No horizonte, apenas
A intertextualidade como recurso textual a sombra do meu corpo entorpecido pela paralisia do momento bailava
Todo texto é um intertexto, no sentido em que outros textos sobre a ponte da vida. O meu grito surdo de desespero inundou a
estão presentes nele, em níveis variados, podendo ser reconhecidos paisagem, distorcendo tudo ao redor.”
ou não. Chama-se, pois, de intertextualidade a relação de um texto
com outros previamente existentes, efetivamente produzidos.
A intertextualidade é explícita quando é feita a citação de fonte Exercícios
do intertexto (discurso relatado, citações de referências, resumos,
traduções etc;), sendo implícita quando cabe ao interlocutor recuperar
a fonte na memória para construir o sentido do texto (é o caso das
alusões, da paródia, de certas paráfrases, de certos casos de ironia). 01. (Unifor-CE/2014)
A intertextualidade explícita: ocorre quando há a Texto I
identificação da fonte do intertexto, “como ocorre nos discursos
relatados, nas citações e referências; nos resumos, resenhas e Peixinho sem água, floresta sem mata
traduções; nas retomadas de textos de parceiros para encadear sobre É o planeta assim sem você
ele ou questioná-lo na conversação”.
Rios poluídos, indústria do inimigo
É o planeta assim sem você
Exemplo:
“Interrompeu suas divagações existenciais. Não tinha saída. Disponível em: <http://mataatlantica-pangea.blogspot.com. br/
O editor já lhe ligara dezenas de vezes, cobrando-lhe a crônica. 2009/10/parodia-meio-ambiente_02.html>.
Lembrou-se de um poema de Drummond que lera na escola. Nunca
Texto II
conseguira interpretá-lo. Considerava-o impossível e tosco. Somente
agora, no seu momento de silêncio de palavras, percebera sua
dimensão: ‘Tinha uma pedra no meio de caminho’. Era um epifania. Avião sem asa
Pensou então em Clarice.” Fogueira sem brasa
Sou eu assim, sem você
Observe: Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim, sem você
Claudinho e Buchecha

Os textos I e II apresentam intertextualidade, que, para Julia


Kristeva, é um conjunto de enunciados, tomados de outros textos,
que se cruzam e se relacionam. Dessa forma, pode-se dizer que
o tipo de intertextualidade do texto I em relação ao texto II é
A) epígrafe, pois o texto I recorre a trecho do texto II para introduzir
o seu texto.
B) citação, porque há transcrição de um trecho do texto II ao
longo do texto I.
C) paráfrase, porque apesar das mudanças das palavras no texto
I, a ideia do texto II é confirmada pelo novo texto.
D) paródia, pois a voz do texto II é retomada no texto I para
transformar seu sentido, levando a uma reflexão crítica.
Obra: O Grito, de Edvard Munch. E) alusão, porque faz referência, de modo implícito, ao texto II
Escola: O Expressionismo para servir de termo de comparação.

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MÓDULO DE ESTUDO

02. (UFPE-RS/2014) BOM CONSELHO

Texto I Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que
a dor não passa
IDEOLOGIA: EU QUERO UMA PRA VOTAR! Espere sentado
Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança. [...]
1
A cada dois anos, a sociedade brasileira depara com um
grande dilema: o voto. Os movimentos que começam a 2tomar
Chico Buarque
forma no seio da política partidária dão conta de que neste ano
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/chico-buarque/85939/>.
a inglória tarefa de escolher um representante não 3será diferente
Acesso em: 08 jul. 2016.
daquilo que tem sido nas últimas eleições. Uma verdadeira salada
de siglas agrupa-se de forma aleatória, 4criando coligações não 03. Na canção, Chico Buarque faz uso do recurso do (a)
convencionais que aproximam históricos desafetos ou opõem A) intertextualidade por desconstrução.
tradicionais aliados. As eleições deste 5ano, em razão do ambiente B) intratextualidade por reiteração.
regional em que se realizam, aprofundam esse esdrúxulo quadro. C) paráfrase por ratificação.
6
Volta e meia, surgem partidos novos, “nem de direita D) pastiche por afirmação.
nem de esquerda”, que, ao invés de trazerem alento à 7sociedade, E) resenha por criticidade.
apenas escancaram a falta de ideologia, a ausência do confronto
de ideias, enfim, o abismo representativo que 8nos assola. Juntam-se 04 (Unifor-CE/2010)
todos à turma dos “em cima do muro”, aliás, dos “em cima de
cargos”, pois o muro, que se saiba, caiu 9ainda na década de 80. MAIS DE 25 SÉCULOS APÓS HERÁCLITO
Nem de longe se vislumbram tomadas de posição sobre temas DE ÉFESO DIZER QUE
críticos, como o tamanho do Estado, 10por exemplo. Enfim, qual
a medida de liberdade que queremos para a nossa vida? Não se toma banho duas vezes no mesmo rio,
11
[…].
RAUL SEIXAS DECLAROU

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
“Metamorfose ambulante”, Raul Seixas.

E LULU SANTOS COMPAROU A VIDA A UMA ONDA:

Nada do que foi será


Zero hora, 16 maio 2012. De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
A frase do texto que exemplifica a intertextualidade com a Tudo sempre passará
charge é: A vida vem em ondas
A) Volta e meia, surgem partidos novos, “nem de direita nem Como um mar
de esquerda”, que, ao invés de trazerem alento à sociedade, Num indo e vindo infinito
apenas escancaram a falta de ideologia, a ausência do Tudo que se vê não é
confronto de ideias, enfim, o abismo representativo que nos Igual ao que a gente
assola. (Refs.6 a 8) Viu há um segundo
B) Os movimentos que começam a tomar forma no seio da Tudo muda o tempo todo
política partidária dão conta de que neste ano a inglória tarefa No mundo
de escolher um representante não será diferente daquilo que “Como Uma Onda”, Lulu Santos e Nelson Motta.
tem sido nas últimas eleições. (Refs.1 a 3)
C) A cada dois anos, a sociedade brasileira depara com um grande A intertextualidade evidente entre o pensamento de Heráclito e
dilema: o voto. (Ref.1) as letras das músicas de Raul Seixas e Lulu Santos se realiza por:
D) Nem de longe se vislumbram tomadas de posição sobre temas A) Pastiche.
críticos, como o tamanho do Estado, por exemplo. (Refs.9 B) Paráfrase.
e 10) C) Paródia.
E) Enfim qual medida de liberdade que queremos para a nossa D) Alusão.
vida? (Ref.10) E) Citação.

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MÓDULO DE ESTUDO

Texto I 15 Isso, de certa forma, retoma uma séria brincadeira feita


CONSUMINDO O FUTURO pelo escritor francês Anatole France (Nobel de Literatura em 1921,
um mestre da ironia e do ceticismo) quando dizia: “O pensamento
é uma doença peculiar de certos indivíduos, que, a propagar-se,
A globalização parece ser a consagração máxima do
em breve acabaria com a espécie”.
capitalismo, a sua expansão tanto no plano macro quanto no
20 Talvez “pensar mais” não levasse necessariamente ao
micro, a níveis até então inimagináveis. Ora, desde o início
“término da espécie”, mas, com muita probabilidade, dificultaria
da década de 70, Deleuze e Guattari já advertiam que o
a presença daqueles no mundo dos negócios e da comunicação
5 capitalismo vive da carência, que a falta é constitutiva do seu que só entendem e traram as pessoas como consumidores vorazes
sistema de produção e consumo. Mas eles não estavam se e insanos. Talvez um “pensar mais” nos levasse a gritar que basta
referindo à carência por necessidade, que escraviza os pobres, 25 de tantos imperativos. Compre! Olhe! Veja! Faça! Leia! Sinta! E
e sim à carência no âmbito do desejo, que move o impulso a vontade própria e o desejo sem contornos? E (ainda lembra?)
do consumidor ocidental. Como se à miséria material dos a liberdade de decidir, escolher, optar, aderir? Será um basta do
10 pobres correspondesse a miséria libidinal dos ricos, habilmente corpo e da mente que já não mais aguentam tantas medicinas,
manipulada pelas forças de mercado. tantas dietas compulsórias, tantas ordens da moda e admoestações
As promesas de que o desenvolvimento tecnocientífico 30 da mídia; corpo e mente que carecem, cada dia mais, de horas
iria permitir a inclusão progressiva de todos numa sociedade de sono complementares, horas de lazer suplementares e horas
moderna esfumaram-se e só se mantêm no ar graças ao assédio de sossego regulamentares, quase esgotados na capacidade de
15 permanente que as mídias e a publicidade fazem à mente dos persistir, combater e evitar o amortecimento dos sentidos e dos
espectadores. Ao fim da utopia socialista correspondeu o fim sonhos pessoais e sinceros. Essa demora em “pensar mais”,
da tríade liberdade-igualdade-fraternidade, que embasava 35 esse retardamento da reflexão como uma atitude continuada e
política e ideologicamente a sociedade capitalista, tornando deliberada, vem produzindo um fenômeno quase coletivo: mais e
a integração na vida econômica e a ascensão social cada vez mais pessoas querendo desistir, largar tudo com vontade imensa
20 mais problemáticas. de sumir, na ânsia de mudar de vida, transformar-se, livrando-se
Mas deixemos de lado os excluídos, pois, embora imersos das pequenas situações que as torturam, que as amarguram,
na carência criada pelo capitalismo, não participam do universo 40 que as esvaem. Vêm à tona impulsos de romper as amarras da
do consumo – o que, no Brasil, sempre é bom lembrar, significa civilidade e partir, céleres, em direção ao incerto, ao sedutor
mais ou menos uns 70% da população. Fiquemos apenas com repouso oferecido pela irracionalidade e pela inconsequência.
25 a sociedade dos incluídos. O que se passa com eles? Desejo “grandão” de experimentar o famoso “primeiro a gente
No campo dos incluídos, a libertação da carência talvez enlouquece e, depois, vê como é que fica...” Cansaço imenso de
não seja uma questão jurídico-política: não há como voltar 45 um grande sertão com diminutas veredas?
atrás para restaurar a cidadania perdida nem como almejar a Quando o inglês (nascido na Índia) George Orwell, no final
sua construção, lá onde ela foi interrompida. Tanto os incluídos dos anos 40 do século passado, publicou a obra “1984” – uma
30 quanto os descartáveis encontram-se nus, diante do futuro. assustadora utopia negativa quanto ao futuro das sociedades,
Como vimos, para uns e outros o capitalismo contemporâneo nas quais não haveria liberdade, individualidade e privacidade
reserva um futuro de carência, de falta, de ansiedade e de 50 –, despontou no Ocidente um disfarçado e ansiado consenso
antecipação. Mas, por mais intensa que seja a sua devoração do (apoiado em uma simulada expectativa): tudo aquilo que ele
tempo, o capitalismo não dá conta de controlar todo o futuro, colocara no livro jamais poderia acontecer nem se relacionava
com o porvir do mundo capitalista. No entanto a macabra história
35 de abarcar todos os devires. O jogo não acabou.
sobre uma sociedade totalitária vai além de fatos abstratos e atinge
O jogo não acabou, não acaba nunca – continua em
55 hoje, em cheio, o terreno da “mercadolatria”. Orwell disse que,
outro plano, em outro paradigma, em outro espaço-tempo. Não
numa sociedade como a que prenunciou, “o crime de pensar não
há porque deixar-se deprimir com as novas regras da sociedade
implica a morte, o crime de pensar é a própria morte”.
de controle e da “nova economia”; talvez seja melhor descobrir
Pouco importa, dado que ser humano é ser capaz de
40 como, no jogo infinito, elas podem ser desreguladas. dizer “não” ao que parece não ter alternativa. Apesar dos
SANTOS, Laymert Garcia dos. Consumindo o futuro. Folha de S. Paulo, 60 constrangimentos e da tentativa de sequestro da nossa subjetividade,
27 fev. 2000. Mais! Suplemento. p. 6-8 (pássim) pensar não é, de fato, crime e, por isso, claro, não se deve parar.
CORTELLA, Mário Sérgio. Se você parar para pensar.
Texto II Folha de S. Paulo, 24 maio 2001. Folha Equilíbrio. p. 15.

SE VOCÊ PARAR PARA PENSAR... 05. Considerando-se o ponto de vista do autor do texto I, constitui
característica do processo de globalização:
A) Aprimorar os mecanismos de promoção social e de redução das
Na correria do dia-a-dia, o urgente não vem deixando
diferenças entre ricos e pobres, o que representa a plenitude
tempo para o importante. Essa constatação, carregada de estranha
do capitalismo.
obviedade, obriga-nos quase a tratar como uma circunstância
B) Substituir a utopia de construção de um mundo socialista pela
paralela e eventual aquela que deve ser considerada a marca perspectiva concreta de uma sociedade liberal, que impeça o
5 humana por excelência: a capacidade de reflexão e consciência. arbítrio e a injustiça.
Aliás, em alguns momentos, as pessoas usam até uma advertência C) Promover, no Brasil, um processo gradual de inclusão de
(quando querem afirmar que algo não vai bem ou está errado): camadas de excluídos no processo de produção capitalista, o
“Se você parar para pensar...” que representa 70% da população.
Por que parar para pensar? Será tão difícil pensar enquanto D) Representar o apogeu do capitalismo como um sistema de
10 continua fazendo outras coisas ou, melhor ainda, seria possível produção e consumo que consagra a carência como seu
fazer sem pensar e, num determinado momento, ter de parar? elemento constitutivo básico.
Ora, pensar é uma atitude contínua, e não um evento episódico! E) Criar um novo paradigma para o futuro, no sentido de
Não é preciso parar – nem se deve fazê-lo – sob pena de romper superar os aspectos socialmente injustos da distribuição e da
com nossa liberdade consciente. socialização dos bens de consumo.
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06. Leia. Com relação ao termo “Mas”, que inicia o parágrafo, pode-se
A globalização parece ser a consagração máxima do afirmar que se trata:
capitalismo, a sua expansão tanto no plano quanto no micro, a A) De um síndeto de valor adversativo, estabelecendo textualidade
níveis até então inimagináveis. Ora, desde o início da década de 70, por oposição às ideias do parágrafo anterior.
Deleuze e Guattari já advertiam que o capitalismo vive da carência, B) De um termo que inicia um raciocínio argumentativo,
que a falta é constitutiva do seu sistema de produção e consumo. estabelecendo ideia de conclusão.
Mas eles não estavam se referindo à carência por necessidade, C) De uma partícula expletiva ou de realce, não cumprindo uma
que escraviza os pobres, e sim à carência no âmbito do desejo, função sintática específica.
que move o impulso do consumidor ocidental. Como se à miséria D) De um termo com valor de intensidade, reforçando a ideia
material dos pobres correspondesse a miséria libidinal dos ricos, apresentada no segmento que inicia.
habilmente manipulada pelas forças de mercado. E) De um termo com valor circunstancial de modo, modalizando
a oração posterior.
Com relação ao parágrafo, considere as assertivas:
I. No primeiro período do texto, observa-se uma afirmação 09. Leia.
que não permite uma outra possibilidade de tese sobre a
globalização, já que admite uma certeza absoluta;
Mas deixemos de lado os excluídos, pois, embora imersos
II. O termo “Ora”, do segmento “Ora, desde o início...”,
na carência criada pelo capitalismo, não participam do universo
apresenta valor de circunstância temporal;
do consumo – o que, no Brasil, sempre é bom lembrar, significa
III. A oração “que move o impulso do consumidor ocidental”
desenvolve semântica de explicação. mais ou menos uns 70% da população. Fiquemos apenas com a
sociedade dos incluídos. O que se passa com eles?
Está correto o que se diz em:
A) I, II e III. No texto, o parágrafo em destaque pode ser considerado como
B) II e III. A) uma reiteração.
C) I e II. B) uma ressalva.
D) I e III. C) uma exemplificação.
E) III apenas. D) uma retificação.
E) uma conclusão.
07. Leia.
As promessas de que o desenvolvimento tecnocientífico 10. Constitui argumento do autor do texto II para discutir a
iria permitir a inclusão progressiva de todos numa sociedade importância do pensar:
moderna esfumaram-se e só se mantêm no ar graças ao assédio A) O poder de escolha do homem frente às pressões de uma
permanente que as mídias e a publicidade fazem à mente dos sociedade que impede o exercício de sua individualidade pode
espectadores. Ao fim da utopia socialista correspondeu o fim da ser resgatado.
tríade liberdade-igualdade-fraternidade, que embasava política e B) O mundo contemporâneo estimula um comportamento
ideologicamente a sociedade capitalista, tornando a integração na humano conciliador, estabelecendo um equilíbrio entre os
vida econômica e a ascensão social cada vez mais problemáticas. valores convencionais e os inovadores.
C) O homem, embora sujeito ao apelo midiático, preserva a
Com relação ao fragmento, assinale a afirmação que apresenta individualidade e o livre arbítrio na sua convivência diária com
um comentário correto sobre as relações entre os termos que o outro.
compõem os períodos do parágrafo:
D) A ruptura com os esquemas lógicos do pensamento é o
A) A oração “de que o desenvolvimento tecnocientífico iria
caminho mais apropriado para a conquista, pelo homem, da
permitir a inclusão progressiva de todos numa sociedade
liberdade e da privacidade.
moderna” desenvolve a mesma função da expressão “ao
assédio permanente”. E) A existência de uma sociedade cada vez mais competitiva
B) O termo “se”, de “esfumaram-se”, sinaliza para a condiciona o homem a refletir antes de agir.
indeterminação do sujeito.
C) O verbo “tomando”, de “tomando a integração na vida...”, 11. É comum aos dois texto:
desenvolve valor de causa. I. Utilização do pensamento de diferentes autores para dar
D) O pronome relativo “que”, de “que embasava...”, tem como fundamentação às críticas formuladas pelos articulistas;
termo referente o substantivo “fim”. II. Confiança no potencial humano de reação aos mecanismos
E) No segmento “...inclusão progressiva de todos numa sociedade coercitivos da sociedade capitalista;
moderna”, a expressão “de todos” constitui um termo adjunto, III. Análise de um fenômeno comportamental do homem
indicando ideia de totalidade. contemporâneo que, cada vez mais, considera-se capaz de
superar situações frustradoras.
08. Leia.
Está correto o que se diz em:
Mas deixemos da lado os excluídos, pois, embora imersos A) I, II e III.
na carência criada pelo capitalismo, não participam do universo B) II e III.
do consumo – o que, no Brasil, sempre é bom lembrar, significa C) I e II.
mais ou menos uns 70% da população. Fiquemos apenas com a D) II apenas.
sociedade dos incluídos. O que se passa com eles? E) I e III.

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MÓDULO DE ESTUDO

12. Nos dois textos, pode-se perceber: Nossa vida mais amores.
A) Alusão à internacionalização da economia como a vitória maior [...]
do sistema capitalista. Minha terra tem primores,
B) Menção à necessidade de o homem buscar uma nova utopia Que tais não encontro eu cá;
que ocupe o espaço deixado pelo fim do socialismo. Em cismar - sozinho, a noite -
C) Consideração do progresso tecnológico como mecanismo de Mais prazer eu encontro la;
inserção dos despossuídos num mundo socioeconomicamente Minha terra tem palmeiras
equilibrado. Onde canta o Sabiá.
D) Visão crítica sobre a atuação do mercado como instrumento Não permita Deus que eu morra,
deformador da individualidade do homem. Sem que eu volte para lá;
E) Uma concepção romântica do processo de globalização como Sem que desfrute os primores
instrumento libertário e transformador da sociedade e das Que não encontro por cá;
relações sociais entre as diferentes camadas sociais. Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas.
13. Sobre as relações sintáticas ou semânticas presentes nos dois
Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
textos, é correto afirmar:
I. “mais ou menos” (texto I, linha 24) e “quase” (texto II, linha 36) Texto II
são expressões que denotam aproximação;
CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA
II. “Na correria do dia-a-dia” (texto II, linha 1) e “na ânsia de
mudar de vida” (texto II, linha 38) expressam, respectivamente, Minha terra tem palmares
causa e finalidade; Onde gorjeia o mar
III. “até” (texto II, linha 36) e “só” (texto II, linha 23) têm função Os passarinhos daqui
expletiva. Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
Está correto o que se diz em: E quase tem mais amores
A) I, II e III. B) I e II. Minha terra tem mais ouro
C) II e III. D) III apenas. Minha terra tem mais terra
E) I e III. Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
14. Leia o seguinte parágrafo do texto II: Não permita
Deus que eu morra
Isso, de certa forma, retoma uma séria brincadeira feita Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
pelo escritor francês Anatole France (Nobel de Literatura em 1921,
Sem que volte pra São Paulo
um mestre da ironia e do ceticismo) quando dizia: “O pensamento
Sem que eu veja a rua 15
é uma doença peculiar de certos indivíduos, que, a propagar-se,
E o progresso de São Paulo.
em breve acabaria com a espécie”.
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald.
Com relação aos procedimentos de coesão, assinale a alternativa São Paulo: Círculo do Livro. s/d.
correta: Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais
A) O termo “Isso”, que inicia o parágrafo, desenvolve coesão diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira
referencial exofórica, apontando para um referente fora do entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que:
texto. A) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país
B) O termo “que”, de “que, a propagar-se...”, desenvolve coesão, em que nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos.
introduzindo uma oração com valor de complemento nominal. B) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B,
C) A oração “feita pelo escritor...” desenvolve função substantiva, que valoriza a paisagem tropical realçada no texto A.
constituindo uma redução de particípio, sugerindo ideia de C) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem
realização. perder a visão crítica da realidade brasileira.
D) A posição do adjetivo em “´seria brincadeira” denota o D) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento
emprego de uma linguagem mais informal no fragmento. geográfico do poeta em relação à pátria.
E) A oração “a propagar-se” desenvolve valor de condição, E) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
iniciando uma oração reduzida de infinitivo com valor adverbial.

15. (Enem/2009)
Gabarito
Texto I
01 02 03 04 05
CANÇÃO DO EXÍLIO D A A B D
06 07 08 09 10
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá; E A C B A
As aves, que aqui gorjeiam, 11 12 13 14 15
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, C D B E C
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
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MÓDULO DE ESTUDO

Resolução 10. Para discutir a importância do pensar, o autor põe em relevância a


ideia de que, embora, exista uma sociedade que impede o homem
do exercício de sua individualidade, o poder de escolha pode ser
01. O texto I promove uma releitura do texto II, estabelecendo uma
resgatado.
reflexão crítica sobre a situação do planeta, o que confirma a
intertextualidade por paródia.
Resposta: A
Resposta: D
11.
I. Verdadeiro. O emprego de referências intertextuais empresta
02. O surgimento de partido de que não se identificam como ao texto maior credibilidade.
de esquerda nem como direita escaram a ausência de linhas II. Verdadeiro. Nos textos, há destaque para a capacidade de
ideológicas, confirmando a ideia de morte desse valor. reação do ser humano aos mecanismos de poder coercitivo
usados pela sociedade capitalista para deformar o indivíduo.
Resposta: A III. Falso. A afirmação contida no item III não encontra
correspondência no texto I, tampouco no texto II.
03. No trecho da canção, fica claro que o compositor fez uma releitura
dos provérbios, desconstruindo as supostas verdades dessas Resposta: C
sentenças.
12. Considerando a leitura dos dois textos, pode-se identificar que há
Resposta: A em comum uma visão crítica sobre a atuação do mercado como
instrumento capaz de deformar e interferir na individualidade
04. Os dois textos retomam o texto proposto por Heráclito, do homem. Note que no texto, esse aspecto ganha até um tom
reafirmando, por meio da revisitação intertextual, as ideias nele dramático. Verbos como “basta”, “chega” confirmam essa
contida. O que confirma a presença da paráfrase. imagem.

Resposta: B Resposta: D

13.
05. De acordo com a leitura do texto, constitui característica do
I. Verdadeiro. Os termos “mais ou menos” e “quase”, em seus
processo de globalização “representar o apogeu do capitalismo
respectivos contextos, denotam ideia de aproximação.
como um sistema de produção e consumo que consagra a carência
II. Verdadeiro. As expressões em destaque desenvolvem ideias
como seu elemento constitutivo básico”. de causa e finalidade respectivamente. Note que é “ a correria
do dia a dia” é a responsável por não ter mais tempo para o
Resposta: D importante. E a expressão “na ânsia de mudar de vida” é a
finalidade para aqueles que desejam “largar tudo, com vontade
06. imensa de sumir”.
I. Falso. A locução verbal “parece ser” apresenta um caráter III. Falso. O termo “até” apresenta valor de inclusão, tornando-se
aparente e não absoluto. palavra denotativa. Já o termo “só” apresenta valor adverbial.
II. Falso. O termo “Ora” funciona como uma partícula expletiva
ou de realce. Resposta: B
III. Verdadeiro. A oração em destaque constitui uma oração
subordinada adjetiva explicativa. 14. A oração “a propagar-se” apresenta-se intercalada, produzindo
ideia de condição, equivalendo a “caso se propague”.
Resposta: E
Resposta: E
07. A oração em destaque apresenta função de complemento
nominal, o que também ocorre em “ao assédio permanente”. 15. Embora tratem do mesmo tema, o texto B promove uma
revisitação crítica do texto A, estabelecendo-se uma relação
Resposta: A intertextual, no caso, uma paródia.

08. O termo “Mas”, que inicia o parágrafo, constitui uma partícula Resposta: C
de realce, podendo ser retirada do texto sem que haja prejuízo
sintático para a progressão do texto.

Resposta: C

09. No texto, o parágrafo em questão tem por objetivo propor


uma ressalva sobre o que será considerado como base para o
texto e o que não será considerado para o desenvolvimento da
argumentação do autor.

Resposta: B SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: PAULO LOBÃO


DIG.: Cl@udi@ – REV.: Kelly Moura

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