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UMA EDUCA çAo

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AUE VAI , ALEM
DA DIDATICA
PEDAG6cTcA h

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H

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I

A sociedade pós-moderna impÕe desafios inéditos

às igrejas e aos cristãos. Em meio a crises sanitárias,
morais, sociais e tecnológicas, a Educação Cristã
precisa ser mais do que uma transmissão
de conhecimento - deve ser um
i nstru mento de tra nsformação.

@CPAD
 202s

LIÇÃo r O CHAMADO DE JEREMIAS 3

uÇÃo z A MENSAGEM DE JEREMIAS PARA JUDA tI

uÇÃo s o sERMÃo oo TEMPLo r8

uÇÃo + o vASo Do oLErRo: A DESCRIÇÃO ESPTRTTUAL DA NAÇÃO 25

LÇÃo s o rNícro Do cERCo DE JERUSALEM 33

LçÃo 6 PARABOLAS E PRONUNCIAMENTOS 40

uçÃo z UMA PRoMESSA DE RESTAUnnÇÃo 4t

uÇÃo e OCONSEU{O ffiJmEMASAoS REIS 55

tlÇÃo g A FIDELIDADE DOS RECABITAS 6z

uçÃo ro n pnsÃo DEJEREMTAS ro

tlÇÃorr A AUEDA DE JERUSALEM T7

ltÇÃo rz O MINISTERIO DE JEREMIAS DEPOIS DA QUEDA DE JERUSALEM 8S

t:ÇÃo rr UMA PAI-AVRA PROFETICA AS NAÇOES 90

 CASA PUBLICADORA DAS
ASSHMBLEIAS DE DHUS
Presidente da Convenção Gerat das
Assembleias de Deus no Brasit EXORTAÇAO,
José Wettington Costa Junior ARREPENDIMENTO
Prestdente do Conselho Admintstrativo
E ESPERANÇA:
José Wel.lington Bezerra da Costa
Diretor Executivo O MINISTERIO PROFETICO
Ronatdo Rodrigues de Souza DEJEREMIAS
Gerente de Publicações
Alexandre Ctaudino Coelho Prezado(a) Professo r(a).
Consuttor Doutrinárto e Teológico A Paz do Senhor!
Etienai Cabrat
Com a graÇa de Deus vamos
Gerente Ftnanceiro
Josafá Franktin Santos Bomfim dar início a mais um trimestre de
Gerente de Produção estudos da Palavra de Deus, Vamos
Jarbas Ramtres Sttva aprender a respeito de Jeremias,
Gerente Comercial um dos mais sensíveis profetas do
Cícero da Sitva Antigo Testamento. ELe foi chamado
Gerente da Rede de Lojas e vocacionado pe[o Senhor quando
João Batista Guilherme da Sttva
ainda era bem jovem, a fim de re-
Gerente de Tl
aLizar uma tarefa nada fáci[: pregar
Rodrigo Sobral
Gerente de Comunicação
uma mensagem de condenação
Leandro Souza da Silva ao seu povo.
Chefe do Setor de Educação Cristã Este abnegado servo de Deus,
Marcelo Oliveira durante muitos anos, confrontou
Chefe do Setor de Arte (z Design Juda que pecava detiberadamente
Wagner de Almeida
contra o Tcdo-Poderoso, Jeremias, a
Comentarista
exemplo do Mestre, tambem foi um
Etias Torratbo
"homem de dores e experimentado
Editora
Tetma Bueno nos trabalhos",
Revtsora Que venhamos, como Jeremias,
Verônica Araujo pregar a Palavra de Deus e que o
Designer e Capa foco da nossa mensagem seja: "Ouvi
Suzane Barboza a patavra do Senhor".
Fotos Que Deus o(a) abençoe.
shutterstock.com
A Editora.
RIO DE JANEIRO . CPAD MATRIZ
Av. Brasil, 34.4ot - Bangu - CEPzrSS2-ooz
Rio de Janeiro - RJ
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CENTRAL DE ATENDIMENTO
oSoo-oz t-7373 Li gação gratuita
mafs a respeito
Segunda a sexta: 8h às r8h. do curriarto
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Comunique-se com a editora da revista:
CPAD.
te [email protected]
 LI I
5 out 2A25

OCHAMADO DEJEREMIAS

"1'."U 1 "',
"Assim veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo: Antes que
§HGUNDA - §L 13§!,Í.-3.8
Deus conhece nossas vidas
eu te formasse no ventre, eu te
conheci; ê, ântes que saísses da
TERÇA - Êx S.rs-L4
O chamado e a presença de Deus
madre, te santifiquei e às nações
QUARTA- z3atr.Bo4
te dei por profeta." (J r 1.4,5)
O Deus gue chama é o mesmo
que consola
ffifrsuM# ffiA LrÇeü
AUINTA - Mc 3,t3*tg
A eleição dos Doze
Jeremias foi escolhido e
§EXTA-tCog,t6-1$
separado para exercer o Um compromísso com Deus
ministério profético desde o
SABADO - ,iz.6.tÍ*4o
ventre de sua mãe. Na din âmica de um chamado

IOVENS 3
 OBJETIVOS
w APRESENTAR a natureza do chamado de Jeremias;
#í EXPLICAR o teor da mensagem de Jeremias;
'ffi DESTACAR a mensagem de Jeremias e os seus efeitos,

TNTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), com a graÇa de Deus chegamos ao ultimo trimes-
tre do ano. Estudaremos lreze tições a respeito do livro de Jeremias. Veremos
o chamado e o teor da mensagem desse profeta que foi escolhido por Deus,
desde o ventre de sua mãe, para a missão de profetizar as nações.
O comentarista das tições e o pastor Elias TorraLbo. Ete e Mestre em Teol.ogia
Sistemática e especiatista em Gestão Escolar,. Diretor Executivo da FAESP - Fa-
cuLdade Evangel.ica de São Paulo e atua como pastor na Assembleia de Deus
Ministerio do Belem, cidade de Mogi das Cruzes - SP
Que o estudo de cada tição possa nos encorajar a sermos como o profeta
Jeremias, pregando a Palavra de Deus mesmo em meio as adversidades,

oR|ENTAÇÃO PEDAcOctCA
Professor(a), para esta primeira auta sugerimos que seja feito um resumo
da biografia de Jeremias, enfatizando as suas dores e sofrimentos. Reproduza
o esquema abaixo no quadro de escrever. Explique a classe que Jeremias não
era nada popular, pois ele exortava Judá a se submeter a dominaÇão do inimigo.
a

JEREMIAS, O PROFETA DAS LAGRIMAS

Cidade natal Anatote
FiLiação: FiLho de Hilquias, sacerdote em Anatote.
Reis contemporâneos: Josias, Jeoaquim e Zedequias.
Destinatários de suas mensagens: Judá (o Reino do SuD e sua capital., Je-
rusa[em
Lugares-chaves em sua vida: Anatote, Jerusalem, Ramá e Egito
Dores e sofrimentos:
. Lançado na prisão Ur yfl.
. Lançado em uma cisterna Ur 38).
. Levado para o Egito contra sua vontade (Jr $).
. Rejeitado por seus vizinhos (Jr tt,tg-zt).
. Rejeitado por sua famíl.ia (Jr rz.6).
. Rejeitado petos sacerdotes Ur zo.t,z).
. Rejeitado por seu pubLico (Jr 26.8),
. Rejeitado pelos reis Ur 36,23,2ô).

Adoptado do Bíblio de Estudo Aplicoçõo Pessool, CPAD, p. gS6,

4lovnNs
 Jeremias Ll-lo
1 Palavras de Jeremias, fil"ho de Hilquias, 6 então, disse eu: Ah! Senhor JEOVAI
dos sacerdotes que estavam em Anatote, Eis que não sei fatar; porque sou uma
na terra de Benjamim. criança,
z ele veio a palavra do SENHOR, nos dias 7 Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu
de Josias, filho de Amom, rei de Judá, sou uma criança; porque, aonde quer
no decimo terceiro ano de seu reinado. que eu te enviar, irás: e tudo quanto te
mandar dirás.
3 E the veio tambem os dias de Jeoaquim,
fiLho de Josias, rei de Judá, ate ao fim do I Não temas diante deles, porque eu sou
ano undecimo de Zedequias, filho de contigo para te livrar, diz o SENHOR.
Josias, rei de Judá, até que Jerusalem g E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me
foi [evada em cativeiro no quinto mês. na boca e disse-me o SENHOR: Eis que
4 Assim veio a mim a palavra do SENHOR, ponho as minhas palavras na tua boca,
dizendo: ro O[ha, ponho-te neste dia sobre as nações
5 Antes que eu te formasse no ventre, e sobre os reinos, para arrancares, e
eu te conheci; e, antes que saísses da para derribares, e para destruíres, e para
madre, te santifiquei e as nações te dei arruinares; e tambem para edificares e
por profeta. para plantares.

de de Anatote, nordeste de Jerusalem,

Neste trimestre, estudaremos a
A maioria dos estudiosos defende que

respeito da pessoa e do ministerio do o seu nascimento se deu entre 65o e

profeta Jeremias. Na Lição deste domin- 645a.C,, dentro do contexto da reforma
go, veremos como se deu o chamado espiritual dos dias do rei Josias Ur t.z),
de[e, a natureza do seu ministerio e da Jeremias e o profeta que mais
sua mensagem, o conteudo, os efeitos expõe a sua humanidade e, conse-
e desdobramentos da mensagem da- quentemente, a sua personal.idade, Seu
quele que foi denominado de "profeta sofrimento expôs a sua sensibil.idade
chorão". e a sua personaLidade introspectiva ,

Esta tição reafirma a importância mas não anulou a sua força, franqu eza
do chamado divino e a fidelidade do e sinceridade na entrega das mensa-
Senhor em cumprir a sua Palavra e em gens (Jr n.r8 -23:26.16-18). O exercício
guardar os seus escolhidos, ministerial exigiu de Jeremias uma
atitude de renuncia.
I . A NATUREZA DO CHAMADO 2. Avida de Jeremias. A relação de
DE JEREMIAS Deus com Jeremias não comeÇou a
1. A pessoa de Jeremias. A vida e o partir de seu chamado, mas remonta a
ministerio de Jeremias são partes de um período no qual o profeta não tinha
uma mesma historia Ur r.5). E[e nasceu consciência de sua propria existência (Jr
em uma famíl.ia de sacerdotes, na cida- L5). Deus conhecia Jeremias antes que

IOVENS 5
o formasse, A consciência da soberania
do Eterno inibiria o profeta de apresentar @ PENSE!
Qual a natureza e o praposito da
quaisquer possíveis obstáculos para
vida e do minístérío de Jeremias?
atender o seu chamado, afinal, El.e
conhecia todas as suas Limitações. A
consagração de Jeremias ocorreu antes
O PoNTo TMPoRTANTEI
Deus foí a fonte da vtda de
de seu nascimento. Antes que os seus
Jeremías e o seu minístérto faí o
pais tomassem alguma decisão sobre
cumprimento de seu proposíta.
o futuro dete, Deus ja o havia separado
para profeta. A vida de Jeremias per-
tencia a Deus, por isso ele foi enviado suBsíDlo ffi
"as naÇões por profeta", Professor(a), exptique que'Jeremias

3. O ministério de Jeremias. E[e foi chamado (isto e, nomeado, encarre-

nasceu com o proposito de honrar a gado, investido, conscientizado do seu
Deus, representando-o diante do povo proposito) por Deus para ser um profeta
Ur t.5,7,!o,t7,!8). Os profetas eram l'e- - um porta-voz a respeito dos ptanos
vantados pelo Senhor e tinham o dever e propositos futuros de Deus para o
de transmitir a sua mensagem ao povo seu povo, A mensagem de Jeremias
com fidel.idade. Essa era a sua principaL e o seu ministerio estavam voltados
missão, distinguindo assim o verdadeiro ao reino do su[, Judá (separada do
profeta do falso U r !4,t4', 23.t6,26,3o). reino do norte, de lsraet, por volta de
No caso de Jeremias, vemos que as g3o a,C,; veja e Rs t?-t4', 2 Cr 1o,1il, O
expressões "Disse-me o Senhor" e "Ouvi ministerio de Jeremias abrangeu os
a patavra do Senhor" são recorrentes ao ultimos 40 anos da historia de Judá,
longo de todo o livro e, juntas, refletem incLuindo o período imediatamente
a dinâmica do seu ministerio, Jeremias anterior e posterior a destruiÇão de
recebia a mensagem do proprio Deus e a Jerusalem, e a deportaÇão do seu
entregava ao povo que,quase sempre, a povo a Babitônia (627-586 a.C), El.e
rejeitava. Com a rejeição da mensagem serviu durante os reinados de Josias,
veio tambem as perseguições e a tristeza, Joaçaz, Jeoaquim, Joaquim e Zede-
causando-l.he grande sofrimento. No quias, Durante a maior parte desse
entanto, quanto mais sofria, mais se apro- período, a nação estava se rebelando
ximava de Deus, conhecendo-o melhor contra Deus e confiando em alianÇas
e aprimorando ainda mais o exercício de políticas com outras naÇÕes, visando
seu mi nisterio (r5.r o-zL', t7.5-td, a sua seguranÇa e proteÇão de seus
A vida e o ministerio de Jeremias inimigos, Jeremias incentivou o povo
evidenciam a soberania de Deus em a se arrepender - a se afastar de seus
suas escolhas e na execução de seu proprios caminhos desafiadores e
proposito na vida de alguem, conforme a renovar a sua devoção a Deus -,
E[e mesmo disse: "E pelejarão contra ti, advertindo-os de que certamente
mas não prevalecerão contra ti; porque sofreriam puniÇão por rejeitar a Deus e
eu sou contigo, diz o Senhor, Para te sua [ei, Devido a sua mensagem e a sua
livrar" (r.rg), devoÇão ao Senhor, Jeremias sofreu

6lovpNs
grande oposiÇão e muito sofrimento As mensagens de
pelas mãos de seus concidadãos e arrependimento e juizo
da tideranÇa da nação,"
são carecteristicss das
Extraído de Bíblia de Estudo Pentecostal mensogens de Jeremios,
para Jovens, Rio de Janeiro: CPAD, zoz3,
p,909.)

II . A MENSAGEM DE JEREMIAS
r. Os dias de Jeremias. O profeta
desempenhou o seu ministerio durante mostrou o compromisso de Deus com
um dos períodos mais sombrios da a sua palavra e consolidou a certeza
historia de Juda. Jerusalem foi destruída de que o ministerio de Jeremias sina-
pelo exercito babil.ônico como juízo de lizaria que o Senhor estava acordado
Deus, fruto da má escolha do povo em e atento as más obras do povo (r.r5-
trocar o Senhor, "manancia[ de águas 18). A segunda visão foi a de uma
vivas" por "cisternas rotas, que não paneta a ferver inclinada para o norte,
retêm aguas" Ur 2.t3). indicando a mensagem de juízo que
H istoricamente, os profetas'surgiam Deus derramaria sobre o seu povo por
em epocas de apostasia em que o meio da invasão dos babitônios (r,r3:
povo se afasta de Deus. E[es eram zr.8-ro), As mensagens de arrependi-
usados pelo Senhor para advertência, mento e juizo são caracteristicas das
renovaÇão da esperanÇa e de chamado mensagens de Jeremias. Podem ser
ao arrependimento, a fim de evitar o encontradas em toda a sua jornada
juízo divino. profetica (r.13-16: 4.5-8l3-zz,z73t).
Nos dias de Jeremias, Judá buscava ôs suas ultimas palavras foram de
pelos seus ídolos e a mancha do pe- condenação em vista a apostasia
cado era tão grande e profunda que daquele povo (43,8-13', 44),
não tinham como removê-la (z,zo-35), Enquanto a primeira visão indicou
Ninguem poderia sa[vá-[os ou [ivrá-[os o carater do ministerio de Jeremias, a
da situação em que se encontravam. segunda apontou para o conteudo da
O povo estava em profunda rebeldia mensagem a ser entregue.
contra Deus e foi chamado a um con- 3. Destinatário e conteudo da
certo. O contexto da sociedade em mensagem de Jeremias. Jeremias foi
que viveu o profeta Jeremias era difícil enviado ao povo de Juda, Reino do Su[,
z. As duas visões de Jeremias. No cuja capital era Jerusalem, embora, ha
momento de seu chamado, Jeremias momentos em que ele e visto se diri-
recebeu duas visões e cada uma com gindo ao Reino do Norte, lsrael, com a
um significado segundo a missão para capita I em Sa maria (3,t2', 3t.z-6,t5-zz).
a qual fora designado pelo Senhor (Jr A mensagem de Jeremias foi entre-
t.tt,t3). A primeira visão foi a de uma gue com ênfase e grande amor (g.il. Seu
vara de amendoeira (r.ril, Amendoeira conteudo foi de oposição a apostasia
vem das expressões hebraic as shoqed e de denuncia contra a ingratidão do
(acordado) e shoqed (ve[ar). Essa visão povo diante de Deus (z.t4,t3i S.zo-25',

lovENS 7
 tambem lembrou o povo
18,13-17), El.a de Deus. A princípio, Jeremias sentiu
a respeito do amor, da bondade e do intensa ansiedade e temor, diante da
cuidado de Deus ao Longo da historia, impressionante ideia e responsabitidade
na intenção de despertar o arrependi- de transmitir a palavra de Deus aos
mento. A sua mensagem foi um apelo líderes de Judá (v. 7). Deus respondeu
para que o povo se arrependesse e as preocupaçoes de Jeremias, prome-
voltasse para Deus (3.u,r3 , rg-zz', 4.r-g). tendo estar com ete e capacita-lo para
A mensagem de Jeremias revela- o seu proposito, que fora ordenado
va o interesse de Deus em perdoar pelo proprio Deus.
o seu povo, renovar a sua aliança e O Senhor assegura a Jeremias
cumprir as suas promessas feitas que a sua mensagern profetica seria
desde Abraão. inspirada por Deus, A mensagem vi-
ria diretarnente do Senhor, e o que
@ PENSE! Jeremias fatasse seria exatamente o
Para quem Jeremias profetizou? que Deus desejava que ele fatasse.
Literalmente, as palavras de Jeremias
o PONTO IMPORTANTEI
Jeremias profetizou a um povo
seriam as patavras de Deus (cf. Rm ro.B),
Plenamente convencido disto, Jeremias
distante de Deus e a sua mensa- nunca fez concessões, nunca recuou
gem fot de exortação e de chama- nem tentou modificar o significado da
do ao arrependimento. mensagem de Deus para o povo."
Extraído de Bíblia de Estudo Pentecostal
SUBSíDP ffi para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, zoz3,
'Antes que Jerernias nascesse, Deus p.909.)
ja havia determinado que ele seria um
profeta. Da mesma maneira como Deus III - A MENSAGEM DE JEREMIAS
tinha um plano para a vida de Jeremias, E OS SEUS EFEITOS
tambem tem um plano específico para r. A resposta do povo. Toda men-
cada pessoa. O seu objetivo e que nos sagem divina e um chamado e requer
vivamos em conformidade com tais pta- uma resposta dos que a ouvem. Diante
nos, permitindo que E[e curnpra os seus da mensagem de Jeremias, o povo foi
propositos em nos e por nosso inter- indiferente e maldoso, vindo, inctusive
medio. Como aconteceu com Jeremias, a persegui-lo, Ao convidar o povo a
a vida em conformidade com o ptano andar nos caminhos do Senhor e a
de Deus pode envolver dificutdades e ouvir as suas paLavras, a resposta foi:
sofrimentos. lndependentemente do Não andaremos e não escutaremos
que encontramos quando seguimos a (6.t6,t7). O povo ainda maquinou o mal
Deus, E[e sempre opera para o nosso contra o mensageiro, conforme Jere-
maior bem (Rm B.z8). mias r8.r8: "[...] vinde, e maquinemos
Jeremias era um jovem, na epoca projetos contra Jeremias [,..]: vinde, e
em que Deus revelou o seu ptano, dei- firamo-lo com a língua e não escutemos
xando o rapaz ciente da missão de sua nenhuma das suas palavras." Esta e uma
vida: transmitir uma difícit mensagem pequena amostra do tratamento que

8lovsNs
deram a Jeremias e a sua mensagem, @ PENSE!
Esse comportamento do povo levou o Como Deus uia e vê o pecada do
profeta a um profundo sofrimento Qo,fl. seu povo?
z. O sofrimento de Jeremias. A
humanidade e as Limitações de Jere-
mias podem ser observadas em seu
o PONTO IMPORTANTEI
Deus é amaroso, mas Ete é santo
sofrimento ao longo de sua trajetoria. e vê o pecada como uma agressâo
O sofrimento do profeta se manifes- a sua santídade e pureza. O peca-
tou, externamente, na perseguição de do necessíta de punição e Deus
seus inimigos Ur 20.1-3) e nas duvidas puniu o seu povo com a catíveiro
provocadas pela injustiça e a maldade babitônico.
humana. Jeremias teve de tidar com a
soLidão, a dor permanente e com duvidas SUBSíDpO
profundas. Contudo, ele sempre ctamou A mensagem de Jeremias conti-
por amparo e contou com a direção e o nha elementos de advertência bobre
cuidado constantes de Deus (r5.r5 -zü. juízo) e esperanÇa (para restauração).
O sofrimento e parte inevitável da vida No entanto, por causa do seu lugar
de um crente fiel e tem um papel pe- na historia de Judá, a mensagem de
dagogico, contribuindo com uma vida Jeremias se concentrou principalmente
cristã mais madura (Rm 5.3), repteta da em juízo e condenação. A nação cor-
esperanÇa eterna (z Co 4.16-18). Timoteo rupta de lsrael. tinha que ser destruída
foi convidado a sofrer com o apostolo antes que Deus pudesse reconstrui-la
Paulo na condição de bom sotdado de e restaura-la a sua gloria anterior e ao
Cristo (z Tm zA),A adversidade permite seu lugar, no ptano de Deus. O reino do
o amadurecimento da fé em Deus e norte, lsrael, já havia caído (diante dos
consolida as bases do ministerio cristão. assírios, em 7zz a.C.) como resultado
g. O cumprimento das profecias de sua constante rebelião e do juízo de
de Jeremias. Jeremias chorou peta Deus. Agora Juda, o reino do su[, seguia
condição espiritual do povo de seus rumo a um desastre similar.
dias (Jr g.r), antecipando cerca de 6oo Na antiga nação de lsrael, a amen-
anos o que Jesus faria em seu ministerio doeira era a primeira aryore a florescer
terreno (Lc r9.4il. El.e falou a respeito na primavera. Esta visão indicava duas
da tristeza de Deus pela condição es- coisas: (il A patavra de Deus, proferi-
piritual de seu povo, sobre a iminente da por intermedio de Jeremias, seria
destruição de Jerusalem e chamou cumprida rapidamente, e h) o povo iria
o povo ao arrependimento. Pregar o reconhecer que Deus estava vivo, ativo
arrependimento era a principal missão e conduzindo o curso da historia para
do ministerio de Jeremias Ur t9,7-rr). cumprir os seus propositos (compare
Parte das profecias dele se cumpriram com a referência a vara de Arão, que
e parte detas ainda se cumprirão (Jr produziu amêndoas, Nm L7.t-Lo)."
33.t4-r8). O desejo do profeta, de que
Extraído de Bíblia de Estudo Pentecostal
o povo se convertesse a Deus, sera para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, zoz3,
cumprido Ur 3zSB-4t). p.909,)

lovENS I
 O HoRA DA REVrsÃo '1

t. O que o exercício ministerial exigiu

de Jeremias?
O exercício ministeriaL exigiu de
Jeremias uma atitude intencionaL
de autoanulação
z. O que a vida e o ministério de Je-
remias evidenciam?
A vida e o ministerio de Jeremias
evidenciam a soberania de Deus
em suas esco[has e na execução
de seu proposito na vida de alguem,
conforme ELe mesmo disse: "E pe[e-
jarão contra ti, mas não prevalecerão
contra ti; porque eu sou contigo, diz
o Senhor, para te livrar" (t:g),
3. Como eram os dias em que o pro-
feta Jeremias desempenhou o seu
ministerio?
El"e desempenhou seu ministerio
durante um dos períodos mais som-
ANOTAÇAO brios da historia de Juda,
4. Historicamente, quando surgiam
os profetas?
Os profetas surgiram em epocas de
apostasia em que o povo se afasta
de Deus, Etes eram usados peto
Senhor para advertência, renovaÇão
da esperanÇa e de chamado ao
arrependimento, com vistas a evitar
ojuízo divino.
5. Quem era o destinatário da men-
sagem de Jeremias?
Jeremias foi enviado ao povo de
Juda, Reino do SuL, cuja capita[ era
Jerusatem, embora, ha momentos
em que ete e visto se dirigindo ao
Reino do Norte, lsraeL com a capital
em Samaria.
 12 out 2025

AMENSAGEM DE
JEREMIAS PARAJUDÁ

§ÊGUhlDA - Dt 3a,.7*La
Deus santificou lsrael
"Ouvi a palavra do SENHOR, ó TERÇA - Ez rB.3-Bâ
casa de Jacó e todas as famílias Deus insíste no arrependimento
da casa de lsrael." (Jr 2.4) de seu povo
AUARTA - Pv 3,tr*La,
A correção de Deus
§U§NTA -z Rsâ4,r*zo
A deso bediência de Judá
Jeremias chama Judá ao §EXTA * Lrn B.a5
Deus é bom para os
arrependimento e alerta sobre
que o buscam
a disciplina que receberia
SABADO - Lc r5,r -32
como fruto da desobediência e
O hor e o arrependímento
Sen
afastamento de Deus. de seu povo

JOVENS 11
 OBJETIVOS
ffi APRESENTAR a palavra profetica enviada a Judá por intermedio de
Jeremias;
ffi EXPLICAR a dura advertência divina a Judá;
ffi DESTACAR o chamado ao arrependimento anunciado porJeremias.

TNTERAÇAO
Prezado(d professor(a), no decorrer a auta enfatize que o povo de Deus
estava vivendo um período de grande apostasia, imerso na idotatria e por
isso. a'mensagem do profeta precisava ser contundente. Jerernias chamou
a atenção do seu povo para os pecados que vinham cometendo, e dia apos
dia, com coragem e ousadia, os confrontava com as consequências de seus
pecados a fim de que se arrependessem e voltassem para Deus. Contudo,
o povo não deu ouvidos às exortaçôes do profeta Ur zS.e). Deus amava seu
povo, e esse era o motivo peto quat iria disciptiná-to. So havia. uma saÍda ca-
paz de fazer com que Judá escapasse do juízo iminentq: o arrependimento
sincero. Todavia, não aceitaram a correção e continuaram pecando de modo
deLiberado contra Deus.

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Reprod uza a tabeta abaixo. Utilize-a para mostrar aos alunos, de modo resu-
mido, o ambiente da epoca, a mensagem principal. de Jeremias e a importância
de sua mensagem.

. A soctedade estava se deteriorando econômica poLítica e

esptrttuatmente.
AMBIENTE DA EPOCA . As guerras dominavam o cenárto mundial
. A Patavra de Deus era considerada ofensiva

. O arTependimento adtarta o iminente juÍzo de Judá

MENSAGEM PRINCIPAL
executado petas "mãos" da Babi[ônia.

'O arrependimento é uma das maiores necessidades ern

IMPORTÂNCIA DA nosso mundo imoraL As prornessas de Deus para aguetes
MENSAGEM que são fiéts britham vigorosamente, trazendo espei^ança
para o arnanhã e forças para hoje.

Adoptodo do Bíbtio de Estudo Apticoçao Pessool, CPAD, p, g1,g.

Í2 IovENS
 Jeremias 2.5-13
S Assim diz o SENHOR: Que injustiça profetizaram por Baa[ e andaram apos
acharam vossos pais em mim, para se o que e de nenhum proveito.
afastarem de mim, indo apos a vaidade g Portanto, ainda pleitearei convosco,
e tornando-se levianos?
diz o SENHOR: e até com os filhos de
6 E não disseram: Onde está o SENHOR, vossos fi thos pteitearei.
que nos fez subir da terra do Egito? Que
ro Porquanto, passai as [inhas de Quitim e
nos guiou atraves do deserto por uma
vede; e enviai a Quedar, e atentai bem,
terra de ermos e de covas, por uma terra
e vede se sucedeu coisa semethante.
de sequidão e sombra de morte, por
uma terra em que ninguem transitava, L! Houve alguma nação que trocasse os
e na qual não morava homem algum. seus deuses, posto não serem deuses?
Tcdavia, o meu povo trocou a sua gloria
7 E eu vos introduzi numa terra ferti[,
pelo que é de nenhum proveito.
para comerdes os seus frutos e o seu
bem; mas, quando nela entrastes, con- Lz Espantai-vos disto, o ceus, e horrorizai-
taminastes a minha terra e da minha -vos! Ficai verdadeiramente desolados,
herança fizestes uma abominação. diz o SENHOR.
8 Os sacerdotes não disseram: onde está 13 Porque o meu povo fez duas malda-
o SENHOR? E os que tratavam da Lei des: a mim me deixaram, o manancial
não me conheceram, e os pastores de águas vivas, e cavaram cisternas,
prevaricaram contra mim, e os profetas cisternas rotas, que não retem as águas.

da chamada escola de profetas (r Sm

19.20). O ofício profético se deu ate João
Nesta [ição, faremos uma análise do
Batista, cuja missão principal. foi a de
foco principal da profecia de Jeremias:
reatizar a transição deste período para
o arrependimento, Esse era o funda-
o inaugurado por Cristo (Mt u.u-15).
mento de sua mensagem. E[e alerta
Com um chamado específico e parti-
a respeito da iminente destruição de
cular Am 7.74,15), o profeta era separado
Jerusalem pela invasão da Babitônia.
exclusivamente para Deus, que o enviava
A invasão seria uma consequência da
com a missão de tornar sua vontade
desobediência e apostasia do povo.
conhecida de seu povo, razáo pela qual
era tambem conhecido como "homem
I - A PALAVRA PROFETICA EN- de Deus" (1 Sm z.z7; 9.6: r Rs 13.il.
VIADA A JUDA z. Anatureza profética da mensagem
1. O ministério profético. O termo deJeremias. Como resposta ao chamado
profeto vem do hebraico nobie do grego divino, Jeremias e visto entregando uma
prophefes e, conjuntamente, referem-se mensagem de exortação a Judá (z-g),
a pessoa que recebia a autorização Apos a experiência de seu chamado,
para falar em nome e em lugar de Jeremias recebeu a ordem para que
Deus (Ez z,t-1o). O ofício profético tem deixasse a sua cidade Anatote) e fosse a
inicio com Samuel que, alem de ser Jerusalem com a final.idade de proclamar
uma referência, foi tambem o fundador a mensagem divina Ur z,t3.S).

JOVENS 13
 Por meio da profecia entregue g PONTO IMPORTANTEI
por Jeremias, Deus reafirmou a sua O profeta falava em name de Deus.
fidelidade, o seu compromisso com A sua mensagem era centrada
a santidade, com a verdade, com o nãte e destinada a um pavo cam
amor e a sua disposição em restaurar um proposita específico. Nos dias
o seu povo, atuais também deve serassÍm.
Uma profecia vinda de Deus jamais
vai contradizer a sua natureza e a sua SUBSíDIO M
Lei. O carater de Deus deve permear "lsrael havia rompido o seu concerto
toda a mensagem, a fim de que E[e com Deus (o seu "acordo de vida" com
seja exaltado e honrado. A mensagem o seu povo escolhido, com base nas
deve atender aos interesses de Deus suas leis e promessas feitas a e[es, e na
e não do profeta. obediência detes e na sua fidetidade a
a. Judá, o alvo de Deus. Por volta do Deus), embora E[e tivesse permanecido
ano g3r a.C,, com a ascensão de Roboão fieL a e[es. Todos os membros do povo
ao reinado, ocorreu a triste divisão de de Deus se deparam com a mesma
lsrael em dois reinos: Reino do Norte, tentação de se esquecer da bondade
com capital em Siquem, posteriormente de Deus e negligenciar a oportunidade
substituída por Samaria e Reino do Su[, de interagir com El.e. O povo tem a
com capital em Jerusalem, Estes dois tendência natural de seguir os seus
reinos guerrearam entre si por cerca de proprios desejos egoístas e buscar
6o anos (r Rs 14.30; t5.7,t1), embora no os prazeres pecaminosos do mundo,
período do reinado de Acabe e Josafá Este versículo enfatiza as duas razÕes
houvesse paz, incluindo alianças potí- principais pelas quais lsrael perdeu a
ticas e famiLiares, trazendo a influência sua devoção a Deus. São as mesmas
do culto a Baa[ no Reino do Su[, motivo coisas que podem fazer com que nos
de sua destruição, afastemos de Deus, se não tivermos
A longa historia de Judá foi marcada cuidado: (r) E[es foram "âpos a vai-
por alguns reis que honraram a Deus dade", isto e, seguiram ídol.os inuteis,
e outros que não. Jeremias nasceu E[es permitiram que outras coisas na
durante o reinado de Manasses, que vida tomassem o lugãr de Deus, para
morreu quando o profeta tinha cerca lhes fornecer seguranÇa e satisfaÇão,
de ro anos de idade e recebeu o seu Observe que o versículo descreve os
chamado durante o governo de Josias ídolos - os falsos deuses e "substi-
que morreu em 6o9 a.C.Jeremias se tutos de Deus" como simplesmente
dirigiu a este reino advertindo sobre a "vaidade", coisa sem valor. Ao seguir
sua queda, fato que ocorreu em 586 essas coisas, os indivíduos se tornaram
a.C,quando, de um reino, Juda passou '[evianos", ou seja, o povo desvalorizou
a ser uma simples província, as suas proprias vidas, e perdeu o seu
proposito, permitindo que outras coisas
@ PENSE! assumissem o [ugar Legítimo de Deus
Em nome de quem os profetas fala- em suas vidas (â Etes "não disseram:
vam? /sso vale para os nossos dias? Onde está o Senhor?" (v, 6); o que signi-

14 JovENS
fica" basicamente, que negl,igenciaram retrata o sentimento do proprio Deus,
a Deus" atê o ponto em que perderam diante da indiferença do seu povo. Daí,
comptetamente a consciência da sua então, o aviso divino de que castigaria'
presenÇ4." Judá (z.r8,rg).
fErtrafdo de tsrbfia de Estudo Pentecostat
3.As causas da condenação. lni-
para Jovens. Rrb de Janeira: CPÁD" zoz7, cialmente, e preciso afirmar que Deus
p gra) não tem prazer em f azer o homem
padecer ou sofrer (Lm 3.33). Por outro
DURAADVERTÊNCIA DIVINA
II - A [ado, o Senhor não hesita em corrigir
r. A irade Deus. Desde que foi cha- o seu povo, inclusive pelo sofrimento,
mado por Deus, Jeremias esteve ciente por enveredar por caminhos tortuosos
de que, se por um lado a sua mensagem e contrarios a sua Palavra.
seria de esperanÇa, por outro, eta seria Não há condenação divina sem
de advertência e de exortação a um povo causa. A idol.atria foi a principal razáo
que havia escolhido afastar-se de Deus da condenação anunciada por Jeremias
(2.r3). O ministerio de Jeremias revela a (S,6-8), Mas tambem houve um longo
reação de Deus a forma com que o seu caminho de ingratidão, indiferenÇa e
povo o tratava naqueles dias, motivo afastamento do Senhor (e.r3).
que acendeu a sua ira e E[e prometeu Juda trocou o unico e verdadeiro
trata-los segundo as suas obras Q,U-tgI Deus por deuses falsos e esta foi a
A ira de Deus e a manifestação de queda final e fatal de uma longa des-
sua repulsa ao pecado e tem como base construção de princípios e valores
a sua santidade ejustiça. A intenÇão de espirituais, atitudes que causaram a
Deus com a mensagem dejuízo não era indignaÇão divina e consequentemente
amedrontar o seu povo e nem tampouco a condenação de Juda (z,to,til.
castigá-[o, mas sim advertir do erro,
trazendo arrependimento e mudança III - UM CHAMADO AO ARRE.
de vida, pois o seu prazer e que a sua PENDIMENTO
bondade seja experimentada, pois seus r. O que é arrependimento? O cha-
pensamentos são de paz e não de mal mado ao arrependimento foi uma das
para com os seus (3.t2,t3; 29.11-13). tônicas principais da mensagem de Je-
z. Uma palavra de condenação. De remias, conforme se observa nas expres-
acordo com os textos dos capítulos 2 e sões "vo[ta", "reconhece" e "convertei-vos"
3 do livro de Jeremias, o profeta recebeu B.n-U). O termo orrependimenfo vem
a mensagem de Deus, cujo conteudo foi do grego metonoio, isto e, mudança de
de condenação, num período no qual mente. No Antigo Testamento, o vocábuto
o povo de Juda se afastou do Senhor. nihom, que e o ato de arrepender-se, esta
A mensagem entregue a Jeremias em concordância com as palavras gregas
e uma forte acusaÇão contra Juda, que metanoia e opostrpho, apontando para
a semelhança de uma esposa infiel, arrependimento que e "voltar-se para
traiu o seu Deus (S.r-:). A mensagem longe de, ou em direÇão de",
foi transmitida com vívido sentimento Uma das definições para arrepen-
de angustia que, inquestionavelmente, dimento é "converter-se", que significa

lovENS 15
mudar de direção, Entretanto, o ar- Reino dos céus" (Mt A.â. Jesus tambem
rependimento genuíno não consiste pregou a Palavra de Deus dizendo:
apenas em mudar a direção, mas em Arrependei-vos, porque e chegado o
abandonar a direção errada e seguir Reino dos ceus" (Mt 4,rl).
em direÇão a Deus. Esta e a razão pela Pedro tambem, no Dia de Pentecos-
qual Jeremias profetizou que Deus tes, pregou dizendo: "Arrependei-vos,
passaria a ser o centro da vida de seu e cada um de vos seja batizado em
povo novamente, como resultado do nome de Jesus Cristo para perdão
arrependi mento (3.16). dos pecados, e recebereis o dom do
Arrepender-se e deixar a propria Espírito Santo" Gt z.:8),
rota para seguir a de Deus. E abandonar Paulo tratou amplamente sobre
Jeremias foi um profeta que demonstrou o arrependimento e o definiu como
amor genuíno peto seu povo, mesmo sendo "a tristeza segundo Deus" (e Co
que este não o tenha dado ouvido as 7.1c). Na pratica, isso quer dizer que
suas mensagens. a si mesmo para viver a tristeza de Deus diante do pecado
para Deus, cometido e aplicada ao coração da
2. Arrependimento, o caminho da pessoa arrependida que, a semelhança
restauração. Na prática, arrepender-se do ensino do mesmo apostolo de que
e mudar de opinião, de posição e de a conversão a Deus resulta em "obras
comportamento. A pessoa arrependida dignas de arrependimento" At z6.zo).
experimenta uma mudanÇa radical de O arrependimento como meio de
pensamentos e atitudes. restauraÇão da comunhão com Deus
Judá havia se esquecido das obras não foi uma necessidade dos dias de
gloriosas operadas pelo Senhor ao [on- Jeremias apenas, mas tambem nos
go da historia, como demonstração do dias de Jesus e dos apostolos, assim
seu cuidad o Q,5-7). Por isso, o povo foi como ainda e na atual.idade.
confrontado diante de sua ingratidão
e apostasia (2.8-r3; 3.6-ril. @ PENSE!
Jeremias apregoou o arrependi- O que é arrependimento?
mento como condição para que. (a) não
recebesse a justa ira divina (3.r2): (b) a
comunhão com Deus fosse restaurada
o PONTO IMPORTANTE!
Arrepender-se é deixar o que
(g,r+); (c) recebesse líderes segundo o far necessárÍo para ir em direção
coração de Deus (g.rS) e (d) a presenÇa a Deus, o que resultará
de Deus fosse constante entre o seu em restauração.
povo (3.16-18), O arrependimento e o
caminho da restauração, SUBSíDIo ffi
3. A necessidade permanente de Professor(a), inicie o topico fazendo
arrependimento. O profeta que fez a a seguinte pergunta: "O que e arrepen-
transição do Antigo Testamento para dimento?" Ouça os alunos com atenção.
o Novo foi João Batista. Semelhante a Depois explique que "arrependimento
Jeremias, sua principal mensagem foi: e o ato de repudiar o pecado e retornar
"Arrependei-vos, porque e chegado o para Deus, o Senhor."

16lovENS
 I
RICHARDS, Leitor
:

;t.lr,\ (ií{lsI.{()
l,l lalrr,lt..\fu.1
t]ÍtlI-IA

OcoNCLUsÃo
A necessidade da entrega de uma
mensagem divina justificava a exis-
tência de um profeta e o exercício de
seu ministerio.
Com base nos capítuLos z e 3 de
Jeremias, esta Lição pontuou esta
verdade a partir da dura mensagem
O HoRADAREVIsÃo
que o profeta entregou ao povo de
1. Com quem o ofício profetico tem Judá, deixando o exempto e a Lição de
inicio?
que, ainda hoje, o arrependimento é
C ofício profético tem inicio com
sempre o caminho para a restauração,
Samuel que, alem de ser uma re-
ferência, foi tambem o fundador da
chamada escola de profetas.
z, Segundo a [ição, quat foi a missão
principat de João Batista?
O ofício profético se deu ate João
Batista, cuja missão principal foi a
de reatizar a transiÇão deste período
ANOTAÇ Ão
para o inaugurado por Cristo.
.3. Jeremias era naturat de qual
cidade?
Anatote
4. Na ascensão de qual rei ocorreu a
divisão de lsrael em dois reinos?
Com a ascensão de Roboão ao
reinado,
5. A ira de Deus é a manifestação de
que?
A ira de Deus e a manifestação de
sua repulsa ao pecado e tem corno
base a sua santídade e justiÇa.
 3
19 out 2025

,ry

OSERMAO DOTEMPLO

Tffi)4Tffi f)ffit['dil{p,eL

"Põe-te à porta da Casa do SEGUNDA-FEIRA - Jr 7.2

SENHOR, e proclama ali esta O sermão na porta do Templo
palavrâ, e dize: Ouvi a palavra do TERÇA-FEIFU4 * Jr 7.3
SENHOR, todos de Judá, vós os Jeremias chama ao arrependimento
que entrais por estas portas, para AUARTA-FEIRA - Jr 7.4
adorardes ao SENHOR." (J r 7 .2) Jeremias combate as palavras
falsas no Templo
ffiffiS[Jefi# ffiÉq t§ÇÃ# QUINTA-FEIRA - Jr T.LL
Deus vê o que acontece no Templo
S$,ffiA-FEItLq - Jr T.Lz
A justiça divina é reafirmada na Jeremias adve rte a respeito
exortação feita, tanto ao povo da justiça divina
de Judá quanto à liderança SABADO - Jr 7.8
política e religiosa. Jeremias fala sobre confiar
em palavras falsas

18lovENS
 7
OBJETIVOS
'ffi
COMPREENDER a importância da profecia de Jeremias na porta do
Temp[o;
ffi EXPLICAR o que e uma vida espirituaL bíbl.ica;
ffi DESTACAR as causas e as consequências de uma vida espiritualvazia,

TNTERAÇAO
Prezado(a) pràfesso(al na auta deste domingo, vamos tratar a respeito do
pronunciamento de Jeremias na porta do Tempto. Veremos que o profeta fez
um discurso de repreensão e exortação, pois o povo havia escothido o carninho
da perdição e da idolatr,ia. O pecado e a cegueira espiritualetam tamanhos que
não conseguiam mais ver o Templo como Um [ugar sagrado de adoração ao
único Deus. O Templo tornou-se numa espécie de tatismã, capaz de livrá-tos de
todo mat. Para comptetar o quadro funesto, os fatsos piofetasâpregoavam que -

nada de ruim iria acontecer, afinat, Deus escothera o Templo para sua morada
na Terra (cÍ SL 13z.8-16). Mas Jeremias, com muita ousadia ê coragem, dectara
que não era o Templo que iria livrá-tos do ataque do inimigo, mas sim, uma
mudança radicat de atitude,

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), converse com seus alunos explicando que "Deus dá ao seu
povo uma nova oportunidade de se arrepender - de mudar de mente e atitude
com rel.ação a E[e, de se afastar de seus proprios maus caminhos e de retornar
ao caminho de Deus para a vida, No entanto, o povo acreditava que estava tudo
bem, simplesmente porque eles tinham o Templo e seguiam os seus rituais, e
por essa razáo eles não viam nenhuma necessidade de se arrependerem (v,
4), Peça que um aluno teia Jeremias 7,3. Depois diga que este versículo da um
exempl.o da facil.idade com que as pessoas podem ser enganadas peLa rel.igião
(isto e, pelas tentativas humanas de se conectar com Deus ou satisfazê-l.o) e
terminam deixando de perceber a verdadeira oportunidade e necessidade de
um relacionamento pessoal com Deus. Conclua enfatizando que o verdadeiro
Cristianismo e o seguir a Jesus não são questÕes de rel.igife, mas de relaciona-
mento" (Adaptado de Bíblio de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro:
CPAD, zoz3, p, 918).

lovENS 19
 Jeremias 7.1-15
1 A palavra que foi dita a Jeremias pelo g Furtareis vos, e matareis, e cometereis
SENHOR, dizendo: adutterio, e jurareis falsamente, e quei-
z Põe-te a porta da Casa do SENHOR, e mareis incenso a Baa[, e andareis apos
proclama ati esta palavra, e dize: Ouvi outros deuses que não conhecestes,
a palavra do SENHOR, todos de Judá, 10 e então vireis, e vos poreis diante de mim
vos os que entrais por estas portas, nesta casa, que se chama peto meu
para adorardes ao Senhor. nome, e direis: Somos livres, podemos
3 Assim diz o SENHOR dos Exercitos, fazer todas estas abominações?
o Deus de lsraeL: Melhorai os vossos tt !
E, pois, esta casa, que se chama peto
caminhos e as vossas obras, e vos farei meu nome, uma caverna de salteado-
habitar neste tugar. res aos vossos olhos? Eis que eu, eu
4 Não vos fieis em patavras falsas, di- mesmo, vi isso, diz o Senhor,
zendo: Templo do SENHOR, templo tz Mas ide agora ao meu lugar, que estava
do Senhor, templo do Senhor é este. em Si[o, onde, no princípio, fiz habitar
5 Mas, se deveras melhorardes os vossos o meu nome, e vede o que lhe fiz por
caminhos e as vossas obras, se deveras causa da maldade do meu povo de
fizerdes juízo entre um homem e entre lsrae[.
o seu companheiro, 13 Agora, pois, porquanto fazeis todas estas
6 se não oprimirdes o estrangeiro, e o obras, diz o SENHOR, e eu vos falei,
orfão, e a viuva, nem derramardes madrugando e fatando, e não ouvistes,
sangue inocente neste lugar, nem chamei-vos, e não respondestes,
andardes apos outros deuses para r4 farei tambem a esta casa, que se chama
vosso proprio mat, peto meu nome, na qual confiais, e a
7 eu vos farei habitar neste lugar, na terra este lugar, que vos dei a vos e a vossos
que dei a vossos pais, de seculo em pais, como fiz a SiLó.
secu[o. 15 E vos arrojarei da minha presenÇa,como
I Eis que vos confiais em palavras falsas, arrojei a todos os vossos irmãos, a toda
que para nada são proveitosas. a geraÇão de Efraim.

," ,lN,TRfiü,tiÇA# Este estudo e um alerta para a lgreja

O capítulo 7 do livro de Jeremias na atuaLidade. Ao ouvir a voz do Senhor,
registra a mensagem que ele transmi- não endureÇa seu coração como fez o
tiu a porta do Templo em Jerusalem. povo de Judá,
Embora as pessoas continuassem a
cumprir com as práticas Liturgicas do I - AVAZ NOTEMPLO
culto, o Senhor as reprovava. t. Frequentadores do Tempto. Jere-
Na Lição deste domingo, vamos mias recebeu a missão de ir ate Jerusa-
discorrer a respeito do perigo da apos- [em, posicionar-se a porta do Templo e
tasia, da falsa adoraÇão e do mal que por-se a gritar, anunciando a mensagem
uma vida cristã sem compromisso com a todos que por ali passassem (7.t,2).
a verdade de Deus e capaz de fazer. Provavelmente a cidade estava cheia

ã) IovENS
de pessoas e o Têmplo extremamente religiosa e não em Deus (r Sm +.3-6) e
concorrido. Contudo, e possível notar o zelo religioso não impediu que Sitó
a ausência de reverência, de temor a fosse destruída e nem a morte de E[i, de
Deus e a verdadeira adoração. seus fithos e de sua nora (r Sm 4l-22I
A mensagem era de arrependi- Deixar Deus para confiar na estrutura
mento e deveria ser proclamada aos religiosa foi o pecado do povo dos dias
frequentadores do TempLo, pois estes do sacerdote E[i, assim como do povo
estavam cumprindo com os rituais litur- para o qual Jeremias profetizou. Por
gicos preestabelecidos, mas estavam esse motivo, Deus utilizou-se do triste
com o coraÇão distante de Deus Ç,zq). exempto de Si[o com a intenÇão de
A adoração, a oração e os sacrifícios levar Judá a refletir, se arrepender e a
são validos quando praticados em desejar uma mudança.
conformidade com a Patavra de Deus,
em santidade e para El.e. Assim ecoou @ PENSE!
avoz de Deus no Templo, A quem foí destinada a mensagem
z, O perigo da fatsa adoração. A do Templo?
voz de Deus ecoou no Tempto com
uma mensagem clara de que o cum- g PONTO IMPORTANTE!
primento de Liturgias não e suficiente A mensagem do Tempto foí des-
para agradá-Lo. Não basta cantar, e tinada aos seus frequentadores,
preciso adorar a Deus em espÍrito e em alertando-os sobre os perígos da
verdade (Jo 4,23,24), falsa adoração.
A hipocrisia na adoração existe, e
Jesus afirma que "em vão me adoraram" sugsÍDto{*
aqueles que o fazem dessa forma. Para .Era
necessário uma coragem inco-
Deus receber nossa adoração ela tem de mum para uma pessoa sensível como
ser legítima, "em espírito e em verdade" , Jeremias proc[amar uma mensagem
o que implica em uma adoraÇão sincera tão devasüadora. Ete nvoluntariamente
i

de um coração regenerado e vottado começa a clamar ern oração em favor

para o Senhor Uo 4.23,24), Embora fre- da sua amada nação, mas Detrs o proíbe
quentasse o Templo e observasse os de interceder Tu. pois. não ores por este
ritos do culto, o povo de Juda estava povo. nem levantes por ele clamor ou
com o seu coração distante de Deus, oração'(2.16).
contaminando o culto ao Senhor, atrain- Deus ainda não ünha acabado com
do assim a sua ua Ç.U-2o), a sua acusaÇão contra o seu povo. e a
3. Sito, um triste exempto.A men- revet4ão tambêm não tinha terminado.
sagem de Jeremias afirmava que Deus 'Nãovêstu oqueandam fuzendo nas ci-
faria a Judá o que havia feito a Sil.o VU\ dades deJudá e nas ruas deJerusalem?'
Em Sil.o ficava o Tabernáculo do Senhor, Urf.fi.'Os filhm L..los pais t...las mutheres
a Arca do Concerto e os sacerdotes que amassam a farinha, para hzerem botos
se enveredaram por caminhos tortuo- à deusa charnada Rainha dos Ceus'(Jr
sos, atraindo a ira divina (r Sm 2.29,30). 7.18). O pvo tinha se tomado comple-
Estes sacerdotes confiaram na estrutura tamente descarado em seu pecado, a

IOVENS 21
ponto de estar oferecendo sacrifrcios a das circunstâncias. Uma vida espiritual
outros deuses abertamente nas ruas. A saudável leva a pessoa a agradar ao
Rainha fu Cárs o/identeírente refere-se Senhor Jesus.
a lshtar, a denrsa de um ritml.defertiüda- z. Avida espirituale suas tendências
de babilônico que havia sido irnportada atuais. Nem todo crente vive de maneira
por Judá. Elâ é mencionada aqui para bíbl.ica, assim como nem toda prática
indicar a profundidade do pecado em espiritual agrada a Deus. O pensamento
que o povo havia caído, O ponto a que da sociedade atual tende a não aceitar
o povo havia chegado fftarca o início do o que e padrão, institucionat e solido,
fim dessa nação. Deus declarou.'Eis que no entanto não rejeita e nem condena
a rninha ira e o meu furorse den'armarão o que e espiritual desde que não esteja
sobre este lugn/: uíra peÍversidade mÍrlo vinculado a uma instituição religiosa ou
essa não pode passar irmpune" a uma crenÇa específica. Nesse sentido,
Ern seguida Jerernias ataca o uso para o pensmento pos-moderno e pos-
errado do rituat religioso. El.e deixa sível ter experiências sobrenaturais com
claro que a cerimônia religiosa sern Deus, sem comprometer-se com Cristo,
o conteudo etico e vazia. Se os sacri- com os seus ensinamentos e com a sua
fícios não reforçavam ou fortalecia a lgrela. A vida espiritual atuat tende a ser
rnoralidade da nação, não tinha valor subjetiva e desprovida de preceitos bíbl.i-
algum. lsso vale para todo ritualisrno cos, o que deve ser rejeitado pelo crente,
na religião. A menos que a cerimônia pois somente por meio de Cristo é que
religiosa forrnal (ou inforrnaD reforce a podemos nos achegar a Deus Uo 14.6),
moralidade e o viver santo, eta e um
3. A prática da espirituatidade. No
esforço despendido em vão,' tivro de Gênesis, podemos ver o agir de
{C.*"-tá* tsíbtico Beacon. VoL 4: lsaías a Deus, nas expressões: "E disse Deus" (Gn
DanieL Rio de Janeiro, CPAD, zoo1, p. z8S.) 1,3,6,9, !!,!4,zo,24,26,29). Em João L,l4
está escrito que "o Verbo se fez carne, e
II - AVIDA ESPIRITUAL BíBLICA habitou entre nos, e vimos a sua gtoria,
L Definição. A palavra espirituolidade, como a gloria do unigênito do Pai, cheio
vem do latim spituolitatem e indica o de graÇa e de verdade", mostrando a
ato de vatorizar o que e espiritual. No ação de Deus em conformidade com
que se refere a vida espiritual cristã, ela a sua Palavra, O Criador fala e age, A
firma-se na experiência pessoal e real leitura da Palavra de Deus, a oração e o
da pessoa com Cristo, influenciando-o jejum são práticas espirituais saudáveis
na sua fiá, no pensamento, na forma de de um cristão genuíno, mas, elas devem
enxergar a vida, nos seus relacionamen- ser acompanhadas de aÇões ffg t.zz),
tos interpessoais e no enfrentamento A salvação e pela fé e não pelas obras,
das dificuldades. contudo, os salvos são chamados para
A vida espiritual. do crente não e as boas obras (Ef 2,8,9). Nos dias de
invisíve[. Sua comunhão com Deus pode Jeremias, as pessoas frequentavam o
ser vista mediante seus frutos, suas Templo e cumpriam os rituais Liturgicos
ações, Atitudes e palavras que gl.orifi- determinados no Pentateuco, mas pre-
cam o nome do Senhor, independente cisavam melhorar seus caminhos, suas

22lovENS
ações, mediante o exercício da justiça, 2. As causas e as consequências
como o cuidado com os necessitados Ur da vida cristã vazia. A vida cristã sem
7,4-n. Cuidar dos orfãos, das viuvas e dos a aprovação e a presenÇa de Deus e
necessitados não e uma pauta política, um perigo. Para o crente, o cutto não
mas são ações ordenadas pelo Senhor e somente um ato Liturgico, ou uma
ffg t,z7). A vida cristã genuína e bíblica obrigaÇão rel.igiosa, mas a sua oferta
consiste em práticas que glorificam a de louvor a Deus e o seu momento
Deus, A fé necessita ser prática. de comunhão com El.e (Rm t2.il. Uma
vida cristã vazia e resultado de um
@)PEr-rsEl coração distante de Deus. Quanto as
O que é uma vida espiritual suas consequências, elas são igual.-
genuínamente bíbtica? mente tragicas: perda do direito de
habitar com Deus Çl:-t'); não ter as
o PONTO IMPORTÂNTEI
A vida espiritual cristã é firmada
orações ouvidas peto Senhor (7.16) e a
col,heita de frutos da propria maldade
nas Escrituras e resulta em (7,tg,zo). A vida cristã vazia, portanto,
práticas que glorificam a Deus. e um desvio da presenÇa e da comu-
nhão com o Eterno e deve ser evitada
III - AS CAUSAS E AS CONSE. constantemente,
OUÊNCIAS DE UMA VIDA ES- 3. Uma mensagem urgente e atu-
PIRITUALVAZIA a[. Jeremias exerceu o seu ministerio
1. A triste realidade de uma vida
entre os anos 627 e 586 a.C., mas a
espiritual vazia. Jeremias profetizou verdade de sua mensagem ainda ecoa
na atuaLidade. A mensagem anunciada
contra a vida espiritual do seu povo, A
por Jeremias a porta do Templo em
sua mensagem revelou o quanto isso
entristeceu a Deus Ur z6,tâ, O povo se Jerusalem assume um papeL de alerta
firmava na estrutura do Templo que se em nossgs diaS. lnfelizmente, muitos
dizem estar corlectaflos com Deus, mas
tornou como uma especie de "amuleto"
e acabava se contentando com a au-
sem frequen|ãr 9 Templo, a lgreja do
Senhor, tornando-se os "desigrejados".
sência de Deus em suas reuniões, Essa
Assim sendo, a mensagem de Jeremias
atitude reafirma a inclinação humana de
na porta do Tempto aponta o caminho
desejar criar um caminho proprio para
para uma vida cristã saudável, com a
se re[acionar com Deus. Mesmo com
todos os elementos necessários para a
frequência aos cultos e a comunhão
realização de um culto, a presença do
com Deus e com os irmãos, rejeitando
quaisquer excesso.
Senhor e indispensavet e insubstituível.
Nos dias de Jesus este mesmo problema
persistia, e foi com os escribas e fariseus
@ PEHSE!
A que é uma vida crístã vazía e
que Ete travou os maiores embates. Ao quais os seus prejuízos?
repreender os [íderes religiosos da sua
epoca, Jesus afirmou que eles eram
"seputcros caiados" (Mt 23.26,27). Deus
o POffiTO IMPORTAHTE!
Uma vida cristã vazía é ter o
deve estar no centro de tudo. coração distante de Deus.

IovENS 23
 Usos e Costumes dos Templos

OcoNct usÃo
A dura mensagem de Jeremias aos
0HoRADAREVTsÃo
Líderes retÍgiosos e aos frequentadores L. Segundo a Lição, quat a missão
do Tempto em Jerusatem revela que recebida por Jeremias?
um crente pode trocar a verdadei- Jeremias recebeu a rnissão de lr ate
ra adoração pela falsa, e se perder Jerusalem, se posicionar a porta do
Tennplo Ê se pôr a gritar, anunciando
mesmo estando dentro da Casa de
Deus, Precisamos ter uma vida cristã a mensaEern a todos que por ali
saudávet e equil.ibrada, na qual a nos-
passassem {7"t,2).
sa comunhão individuat com Deus e z. Qua[ mensagem deveria ser pro-
coletiva, na lg§a, consiga caminhar clamada aos frequentadores do
juntas, resultando em uma prática que TempLo?
agrade a Deus. A nrensagern de arrependlmento
e deveria ser proclamada aos fre-
quentadores do Templo, pois estes
estavam cunnprindo com os rituais
liturgicos pre-estabelecidos, mas
ANOrAÇÃO estavam com o coraÇão distante
de Deus (7.e+).
3. Como deve ser a nossa adoração
a Deus?
El"a deve ser Legitims, "s1-v1 espírito
e em verdade'{Jo 4.23,24), o que
impLica em uma adoração sincera
de um coração regenerado e voltado
para o Senhor.
4. Quem Deus usou como um triste
exemplo para Judá?
Deus usor-i o exernpto de Sitó.
5. Quat a origem e sigf nificado da
patavra "espi ritua [idade"?
A palavra "espiritualidade", vem do
latim spituolitotem e indica o ato de
valorizar o que e espilitual.
 LIÇAO {*
26 out 2*25

OVASO DOOLEIRO: x

ADESCRTÇAO ESPTRTTUAL
try

DANAÇAO

" Mas, ó homêffi, quem és tu, SEGUNDA * Is 4I.t

que a Deus replicas? Porventura, O Oleiro criou lsrael
a coisa formada dirá ao que TERÇA - Lm B"ee
a formou: Por que me fizeste ,As mís ericordias do Oleiro
assim?" (Rm 9.20) QUARTA - §f 3.E-eo
O Oleiro e a sorte do seu povo
ffirsljf\$# ffiA LrÇÂ* AUINTA - Jr a§.r.Í.-14
Os planos do Oleíro são os melhores
SEXTA * Jr e5.4
A Soberania de Deus garante
O Oleiro enviou profetas para
o sucesso de seu propósito, advertir seu povo
mesmo que o seu povo esteja *
§ABADG Hz 36.16-88
em decadência espiritual. O Oleiro planeja restaurar o povo
seu

lovENS 25
 7
üB.JETÍVOS
ffi COMPREENDER a parábola da casa do oleiro;
{#i DESTACAR a soberania de Deus;
ffi MOSTRAR que a mensagem de Jeremias era de advertência, es-
peranÇa e amor.
\

TNTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), Í'ra lição deste domingo u"àmos ,* ;;s textos bí-
bl,icos do livro de Jeremias mais lonnecidos. n visita do profeta a casa do oteiro,
onde recebeu uma mensagem para entregar ao povo. Embora a condição de
Juda fosse de faLência espir.itual, Deus ainda amava e chamava seu povo ao
arrependimento. Tudo o que etes teriam que fazer era permitir serem moldados
pelo Criador, conforme a sua soberana vontade.

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), para a aula de hoje, sugerimos que seja reproduzido o quadro
abaixo com al.gumas lições práticas que Deus apresentou a Jeremias. Deus
utiLizou diversos metodos e modos para comunicar sua Palavra a Juda. Util.ize o
quadro para expl.icar a classe que temos muito a aprender por meio destas Lições.
Enfatize o amor e o cuidado de Deus para com um povo rebel.de e apostata.

RIFE. LtÇÕrs
ALEGORIˤ
RÊruCm

Ltl_1.? Var:a de amendceira- Deus executará sr.ras ameaças de castigo.

Fanela no foga coÍn a face

L13 Deus rasttgará Judá
voltada pâra o nonte

For ter se recusado a ouvir a Deus, o po\ro se tor-

r31-11 Um cinto de Linho inútil
nara inútil cornCI ura cinto de Linho enterrado"
Deus poderia destnrir os pecadores se assim o
r8"r-rT Vaso do oleirc"
desejasse.

Deus esrnagaria Judá da rnesma maneira que

rg"1-1e Botija de barno guebmda
Jerentias esmagou a botija de barro.

A{-1-1o Dois cestos de figos.

Cs figes bors @ o rerurscente de Deu§
osruins m,
jr,rdeus qr.re forarn deixados para ffis.

?f,2-L1" Jugo.
Quatquer nação que recusasse submeter-se ao
jugo de BabiLônia seria punida.

Âs pedras rnarcâvam o lugar onde Nabucodonosor

{L"8-rc Grandes pedras" cotocariâ seu tnlno" quando Deus permttisse que
ele conguistasse o Egito.

Adaptodo da Bíblio de Estudo Apticaçõo Pessool, CPAD, p. 981.

26 lovENS
 Jeremias r8.r-r5 10 se ele fizer o mal diante dos meus olhos,
t A palavra do Senhor, que veio a Jere- não dando ouvidos a minha voz, então,
mias, dizendo: me arrependerei do bem que tinha dito
lhe faria.
z Levanta-te e desce à casa do oteiro, e
l,á te farei ouvir as minhas palavras. Lt Ora, pois, fala agora aos homens de Judá
e aos moradores de Jerusalem, dizendo:
3 E desci à casa do oteiro, e eis que ete
Assim diz o SENHOR: Eis que o estou
estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
forjando mal contra vos e projeto um
4 Como o vaso que ete fazia de barro plano contra vos: convertei-vos, pois,
se quebrou na mão do oleiro, tornou a agora, cada um do seu mau caminho,
fazer dele outro vaso, conforme o que e melhorai os vossos caminhos e as
pareceu bem aos seus olhos fazer, vossas ações.
5 Então, veio a mim a palavra do Senhor, tz Mas eles dizem: Não há esperanÇa,
dizendo: porque apos as nossas imaginações
6 Não poderei eu fazer de vos como andaremos, e fará cada um segundo
fez este oleiro, o casa de lsrae? - diz o proposito do seu malvado coração.
o SENHOR; eis que, como o barro na 13 Portanto, assim diz o SENHOR: Per-
mão do oleiro, assim sois vos na minha guntai, agora, entre os gentios quem
mão, o casa de lsrael. ouviu tal coisa? Coisa mui horrenda fez
7 No momento em que eu falar contra a virgem de lsrael!
uma nação e contra um reino, para r4 Porventura, deixar-se-á a neve do
arrancar, e para derribar, e para destruir, Líbano por uma rocha no campo? Ou
I se a tal nação, contra a qual fatar, se deixar-se-ão as águas estranhas, frias
converter de sua maldade, tambem eu e correntes?
me arrependerei do mat que pensava rS Contudo, o meu povo se tem esquecido
fazer-the. de mim, queimando incenso a vaidade; e
g E, no momento em que eu falar de uma fizeram-nos tropeçar nos seus caminhos e
gente e de um reino, para o edificar e nas veredas antigas, para que andassem
o plantar, por veredas afastadas, não aplainadas;

I - A PARABOLA DA CASA DO
Nesta [ição, veremos o chamado OLEIRO
divino para que o profeta fosse a casa 1. Compreendendo o texto. O vo-
do oleiro. Embora a condição dosjudeus cábulo "parabola" e de origem grega,
era de falência espiritual, Deus ainda os cujo significado e "colocar ao [ado de".
amava e chamava ao arrependimento. Nas Escrituras Sagradas, o seu uso visa
E[es precisavam permitir ser moldados transmitir uma mensagem e valores
pelo Criador, conforme a sua soberana espirituais por meio de l.inguagem fáciL,
vontade, ja conhecida, favorecendo assim a sua
Nos veremos a relação entre a compreensão.
soberania de Deus e a cooperação No capítulo rB do livro de Jeremias
humana e a restauração de uma nação encontramos a "Parabola da Casa do
e que os ptanos de Deus não podem Ol.eiro". Por intermedio deLa, o profeta
ser frustrados, pois E[e e Soberano. recebeu, com clareza, a mensagem

lovENS2T
de Deus a ser transmitida ao seu povo. a Deus em nossos corações e idolatria.
Nesta parábola, o oleiro representa o Sendo assim, ao afirmar que andaria
proprio Deus, o Criador. E[e e visto como segundo a sua propria vontade, Juda
um oleiro, trabalhando na formação estava colocando Deus de Lado. No
de um vaso de barro que representa entanto, a mensagem que Jeremias
o povo de Judá. Este foi o metodo recebeu na casa do oleiro reafirmava
que Deus usou para lrazer ao profeta o controle do Senhor como Soberano
uma mensagem de advertência e de e que tem o seu povo em suas mãos.
arrependimento a Juda. A mensagem não tratava somente da
z. Jeremias recebe a mensagem. soberania de Deus, mas tambem de
O profeta recebeu a ordem divina para sua longanimidade. Ne[a havia tanto a
que se dirigisse a casa do oleiro sob advertência (v. 6) quanto a esperanÇa
a promessa de que [a receberia uma (vv. B-ro). lsso significa que o conteudo
nova mensagem a ser entregue ao desta mensagem consiste, basicamen-
povo (Jr r8.r ,z,S) e, togo que assistiu a te, no interesse de Deus de que o seu
confecÇão do vaso, recebeu a mensa- povo se arrependesse e aceitasse ser
gem de Deus (Jr 18,4,5). cuidado por El.e.

O trabalho do oleiro era comum

nos dias de Jeremias, mas este fato SUBSiDto W
representou vividamente o controle de "Deus ordenou que Jeremias fosse
Deus sobre o seu povo, demonstrando a casa de urn artesão que fabricava
o seu trabaLho em moLdá-los e permitir peÇas de cerâmica. A[i, ete observou
que desfrutassem de seus planos e de o oleiro formando um recipiente de
evitar o mal que os cercava, Foi, por- barro. No entanto, a criação original
tanto, diante do trabalho de um oleiro resultou defeituosa, e não seria ade-
que Jeremias recebeu uma mensagem quada para o que o oleiro pretendia.
que deveria ser transmitida a Juda, Assim, o artesão teve que moldar a
3. A mensagem da casa do oleiro. peÇa outra vez, formando algo que
O conteudo central da mensagem que serviria melhor aos seus propositos.
Jeremias recebeu de Deus na casa do Esta parábota contém vários principios
oleiro mostra a seguinte condição de importantes que se aplicam à obra
Judá: não faltava cutto, o que faltava de Deus em nossas vidas. (il A nossa
era adoração genuína: Judá praticava submissão a Deus - aquele que pode
a idolatria. Com base no que viu na moldar o nosso caráter e o nosso pro-
casa do oleiro, a mensagem de Je- posito - determina, em grande parte,
remias desvendou a raiz da idotatria o que Ete pode fazer conosco. k) Uma
que imperava, pois, diante da Palavra vez que Deus nos dá um livre-arbitrio
do Senhor, eles diziam: "Andaremos para tomar nossas proprias decisÕes, a
segundo as nossas imaginações, e fal.ta de devoção a Deus pode impedir
cada um fará segundo o proposito do o seu proposito original para nos (cf.
seu mau coração", pois eles estavam v. 1o). G) Deus permanece livre para
mergulhados em "vaidade" Ur 18. tz,t5l alterar as suas intenções para as nossas
Substituir o lugar que pertence somente vidas, dependendo das escolhas que

28 JovENS
fazemos e da maneira como respon- de nada e nem de ninguem para ser
demos a E[e. Se resistirmos ou nos quem E[e e. O conceito de soberania
rebetarmos contra Ete, E[e tornara a divina esteve presente no ministerio
motdar nossas vidas, em um esforço do profeta Jeremias Bz.tl-tg). Ete falou
para nos restaurar aos seus proposi- acerca de Nabucodonosor como sendo
tos. Se continuarmos a desafiá-lo, Ele uma escolha soberana de Deus €S.g;
poderá decidir moldar nossas vidas 27.6', 43.10). Nabucodonosor tambem
de uma rnaneira destinada a destrui- reconheceu este atributo divino, ao
Ção (w.7-u; cf. 19.1o-n; Rm g.ed. Por afirmar "quão grandes são os seus sinais,
outro tado, se estivermos rumando a e quão poderosas as suas maraviLhas!
destruição cornpleta, mas então nos O seu reino e um reino sempiterno, e o
arrependermos - afastando-nos de seu domínio de geração em geração"
nosso proprio caminho obstinado e (Dn 4A),
permitindo que Deus transforme o Ao assistir o oleiro trabal.hando,
nosso coraçao e a nossa rnente, para Jeremias pôde compreender clara-
que possamos segui-lo de modo eficaz mente a mensagem de que, assim
- Deus comeÇara a dar nova forma as como o oleiro e livre para f azer o vaso
nossas vidas, para a sua honra (cf. e Tm que desejar a partir da argila em suas
2.2C.27). {+) Se e enquanto estivermos mãos, assim tambem o Senhor pode
dispostos a renunciar a nossas proprias fazer de seu povo o que lhe apraz (18.6).
intenções imperfeitas e seguir os planos A soberania divina, portanto, e o âmago
perfeitos de Deus, E[e será capaz de desta mensagem.
renovar o nosso proposito e nos dar 2. Familiarizado com a soberania de
um novo começo." Deus. Quando foi chamado por Deus,
fg,'búu a" frtudo Pentecostal para Jovens. Jeremias ouviu, dentre outras palavras,
Rio de Janeiro: CPAD, p. g3o.) a expressão "formar" (15) e esta e oriun-
da do hebraico yotzor, que quer dizer
II - A SOBERANIA DE DEUS "modelar" e tambem aponta para o ato
r. Soberania. A soberania de Deus de "criar". Essa mesma ideia aparece na
indica sua onipotência, autonomia e informaÇão "formou o SENHOR Deus
independência, Na prática, isso significa o homem do po da terra" (Gn 27) e é
que o Eterno e poderoso para fazer tudo rep[icada em textos que confirmam o
o que deseja. E Livre para fazer como e Senhor como o oleiro, isto e, E[e e o
quando quiser, alem de não depender yotzer, aquEle que molda o seu povo,

PROFESSOR(A), permita que o Soberano motde a sua vida e o seu

rninistério de ensino. O Eterno deseja ftos modetar, transform&r e fazer de nos
vasos, ainda que de barro, uteis a sua obra,

lovENS 29
conforme a sua soberana vontade (ls SUBSÍDro ffi
26.16; 45.9; 6+.8). Sendo assim, a partir
de "SOBERÂNIA - Esta expressão
sua propria experiência, nenhuma outra representa o ensino bíblico que se
ideia sobre Deus tinha mais clareza refere ao absotuto, irresistível, infinito
para Jeremias do que o seu poder de e incondicional exercício da vontade
formar, moldar e trabalhar em pessoas propria de Deus sobre quatquer area da
de acordo com a sua soberana e boa sua criação. Deus e aquele que ordena
vontade. Falar do que viu na casa do todos os eventos ao longo do tempo e
oleiro como pano de fundo da intenção da eternÍdade. ELe tambem e o Criador
de Deus em trabalhar o seu povo e em e Mantenedor de tudo o que existe.
seu favor foi falar de algo que Jeremias Deus 'faz todas as coisas, segundo o
vivia integratmente. ELe poderia afirmar consel,ho de sua vontade' (Ef r.rr).
sobre o poder de Deus em transformar Não ha nada que esteja exctuído do
o simples barro em vasos de valor carnpo da soberania de Deus, incl.uindo
em suas mãos, desde que houvesse ate mesrno os atos ímpios dos homens"
submissão ao seu querer. Embora Deus não aprove esses atos de
g. A cooperação humana. No texto impiedade, E[e os permite, governa e
de Jeremias rB podemos ver a ação de usa para os seus proprios objetivos
Deus, do profeta e do povo, Jeremias e gl.oria. A crucificação, o crime mais
transmitiu a mensagem do Senhor, mas hediondo de todos os tempos, estava
o povo não respondeu positivamente comprometida dentro dos limites'do
a e[a. Logo, alem da soberania divina deterrninado consetho e presciência de
haveria tambem o livre-arbítrio das pes- Deus' Gt g.z3). O Senhor Jesus disse a
soas em aceitar ou não a mensagem. Pitatos que crucificaro Filho de Deus não
No entanto, caso houvesse aceitação era urna atitude que estava dentro dos
da mensagem e arrependimento, Deus limites do poder humano, rnas aquele
daria outro rumo a historia de seu povo. poder so poderia vir do Pai Uo rg.rr).
Em vez de entrega-lo aos inimigos, E[e Dir',r** BíbticoWyctitre. Ria de Janeiro:
o protegeria deles, mas caso não lhe CPAD, zoa6, pp. 1844-45.)
desse ouvidos, o mat seria inevitável
ç.8: g,to). III . ADVERTÊNCIA SIM, ESPE.
O texto não diz que o oleiro quebrou RANÇA E AMOR TAMBEM
o vaso, mas que o vaso se quebrou r. Advertência divina. O ministerio
nas mãos de[e, como uma indicação de Jeremias serviu de sinal ao povo de
de Deus para que, a semelhança da- Deus e, conforme se vê em todo o seu
quele vaso, o seu povo se rendesse livro, a exortação e a sua tônica. O povo
e se quebrantasse em suas mãos. A de Judá foi avisado sobre o iminente
mensagem na casa do oteiro tambem juízo divino que o aguardava, caso não
nos mostra que a cooperação humana se arrependesse e permanecesse em
não invaLida a soberania de Deus, assim seus maus caminhos (r8.ril. Se por um
como a soberania do Senhor não exclui lado Jeremias representava a advertên-
a responsabiLidade humana, cia, a exortação e a punição divina, por

ill lovENS
outro [ado, o exercÍcio de seu ministerio a imagem do vaso sendo trabaLhado
oferecia duas certezas ao povo: Deus pelas mãos do oleiro, e possível notar o
ainda estava no meio do seu povo e interesse de Deus em forjar uma Judá
com ele falava e Ete ainda se interessava forte, preparada e capaz de refletir a
por seu povo e trabalhava pela sua res- sua gloria e o seu carater as naÇões,
tauração. A presença de Deus e o seu Deus prometeu abençoar todas
interesse pelo povo fundamentaram as famíl.ias da Terra por intermedio da
a mensagem recebida a partir do que descendência de Abraão (Gn rz.3). O
Jeremias viu na casa do oleiro, a fim de Eterno constituiu lsrael como "luz para
tocar a consciência de Judá para que se os gentios" (ls +g.6), em outras palavras,
voltasse para Deus e se arrependesse a razão e o proposito da existência de
de seus maus caminhos, Deus estava lsrael como povo de Deus se limitam
chamando a atenção de seu povo. ao cumprimento de seu proposito de
Esta advertência fu ndamentou -se anunciar e tornar as grandezas de Deus
na capacidade divina de fazer o que conhecidas entre as naÇões,
bem entender, isto e, tanto manter o
seu p[ano original quanto mudar de
SUBSíDPâ
plano (r8.S-ril. .Deüs
continua livre para modificaras
z. Uma advertência de amor e de
suas intenções dectaradas, e a ajudara
esperança.A mensagem de Jeremias
maneira como Ete üda conosco, depen-
não foi uma demonstração da ira divina
dendo das escolhas que fazemos. lsto
contra Juda, mas de sua justiÇa que, ao
inclui a maneira como respondemos à
inves de exc[uir o seu amor, o exalta,
sua oferta de perdão ou aos seus aüsos
conjuntamente com a esperanÇa que
dejuízo. Os planos de Deus para nos
so em Deus o seu povo pode ter. Deus
não são completamente pre-determi-
afirmou que, a semelhança do vaso nas
nados e inalteráveis. Embora o proprio
mãos do oleiro, assim o seu povo estava
Deus não mude (Nrn 25.1g; Tg r"ry), a
em suas mãos, assegurando-Lhe que
sua misericordia e paciência permitem
poderia descansar em seus cuidados
que Ete seja .flexível", quando leva em
paternais (18,6). Toda esta constatação
consideração mudanÇas espirituais,
está em conformidade com o pensa-
mento de Deus sobre o seu povo, que crescimento e progresso nas pessoas.
eram pensamentos de paz e não para o
As bênçãos, promessâs e juízos de
mal (zg.u-r3). O Senhor usou o profeta Deus normalmente são condicionais"
para revelar os seus pensamentos, dependendo de nossas escolhas ê
sentimentos e propositos para com o comporüamento. Embona Der.rs conheça
seu povo, ao afirmar que ele era como as decisÕes que iremos tornar, E[e não
fiLhos preciosos e motivo da comoção nos obriga a tomar essas decisões" Em
de seu coração (3r.2o,33). vez disso, Ele pennite que decidarnos
g. A restauração de um povo. O se varnos seguir o sêu caminho de
interesse de Deus não era destruir o seu proposito e bÉnção ou o caminho da
povo, mas restaura-lo (18,8,9), embora rebeüão e dojuízo.'
a falta de arrependimento resultasse í8íbfub de Estudo Pentecostaí pam Joyens.
em sua destruição ío-t7). Ainda com Rrb de -Janeiro: CPAD, p. g3oJ.

lovENS 31
 Roger. Contro a

O HoRA DA REVrsÃo
1. Segundo a [ição, o que e uma pa-
rábota?
O vocabulo "parabola" e de origem
grega, cujo significado e "colocar
ao Lado de",
z, Qua[ o proposito da parábota nas
Escrituras Sagradas?
Nas Escrituras Sagradas, o seu
ANOTAÇÃO uso visa transmitir uma mensagem
e valores espirituais por meio de
Linguagem fáciL, já conhecida, favo-
recendo assim a sua compreensão,
3. Quat a parábota encontramos no
capítuto r8 de Jeremias?
No capítulo rB do livro de Jeremias
encontramos a "Parabola da Casa
do OLeiro",
4, O que representa o vaso de barro
na parábota do capítuto r8 de Je-
remias?
O vaso de barro representa o povo
de Juda
S. Qua[ era a condição de Judá reve-
tada a Jeremias na casa do oleiro?
C conteudo central da mensagem
que Jeremias recebeu de Deus na
casa do oleiro mostra a seguinte
condição de Juda: não faltava culto,
o que faltava era adoração genuína
e Juda praticava a idolatria,
 uÇÃo 5
re
2 nov 2025

,
o rNlcto DocERco J

DEJERUSALEM
TEXTO PRINCIPAL
"Eis que hoje ponho diante de SEGUNDA - Pv z8,g
vós a bênção e a maldição: a O que desvia os ouvidas da leí
bênção, quando ouvirdes os TERÇA -zCr36.r*r.
mandamentos do SENHOR, Os reínados de Joacaz,
vosso Deus, que hoje vos Jeoaquim e Zedequías
mando. " (Dt 11 .26) AUARTA-eCr36,t5-21
A queda de Jerusalém
frH$Uív1fi DA LrÇAü QUINTA - Tg 4.6
Deus resiste ao soberbo
O cerco babilônio contra SEXTA - Dn 9,1-4
Jerusalém foi o resultado da A oração de Daniel e a
desobediência e rebeldia do profecia de Jeremias
povo contra o Senhor. SABADO - Hb 4,r3
Deus e as intenções dos corações

lovENS 33
 üBJETIVO§
ffi COMPREENDER que o ministerio profetico de Jeremias se deu em
um tempo diferente do nosso;
ffi DESTACAR o início do cerco babiLônico e as suas causas;
ffi MOSTRAR que prevenir e mais sábio do que remediar.

INTERAÇÃO
Na Lição deste domingo, veremos que a situaÇão de Juda era crítica, Jeru-
salem estava sitiada (32.r), mas Jeremias sabia que Deus estava pronto para
acompanha-los. O Senhor não abandonaria seu povo. O profeta decl.arou que
os planos do Senhor são perfeitos e que depois de um tempo no cativeiro, eles
retornariam a sua terra. O Senhor faria uma nova aliança com seu povo e todos
veriam sua bondade. Caso você, professor(a), esteja enfrentando uma situação
crítica em alguma area da sua vida, creia que "bom e o Senhor para os que se
atêm a ete, para a alma que o busca. Bom e ter esperanÇa e aguardar em siLêncio
a salvaÇão do Senhor" (Lm 3.25,26),

ORIENTAÇÃO PEDAGOGICA
Professor(a), converse com os alunos e expLique que Jeremias predisse
o exílio babilônico, mas tambem previu um dia em que Deus restauraria os
exilados. Deus traria de volta os exilados de Judá e lsrael, reunificando a
nação. Aparentemente, eles viriam de todas as partes e de todas as naÇões.
Formariam uma grande muLtidão, incluindo até aqueles que normalmente
seriam incapazes de via.1ar, como os cegos, os coxos e as mulheres grávidas
prestes a dar a luz (3r,7,8). Esta grandiosa Libertação seria como um "segundo
êxodo" que empalideceria a primeira l.ibertação do Egito. A chegada de lsraet,/
Judá a Sião daria início a uma era de ouro, com redenção eterna e bênção
inigualaveis, asseguradas peLa perfeita obediência do povo a Deus em uma
nova aliança eterna" (LAHAYE, Tim , Encictopedia Popular de Profecio Bíblico,
Rio de Janeiro, CPAD, 2oo8, p. 1go).

34 lovENS
 Jeremias 21..L-14
t A palavra que veio a Jeremias da parte não os poupará, nem se compadecera,
do Senhor, quando o rei Zedequias lhe nem terá misericordia.
enviou a Pasur, filho de Mal.quias, e a B E a este povo dirás:Assim diz o SENHOR:
Sofonias, filho de Maaseias, o sacerdote, Eis que ponho diante de vos o caminho
dizendo: da vida e o caminho e o caminho da
z Pergunta, agora, por nos, ao SENHOR, morte.
por que Nabucodonosor, rei de Babilô- g O que ficar nesta cidade ha de morrer
nia, guerreia contra nos: bem pode ser à espada, ou a fome, ou da pestilência;
que o Senhor opere conosco segundo mas o que sair e se render aos caldeus,
todas as suas maravilhas e o faça reti- que vos têm cercado, vivera e terá a
rar-se de nos. sua vida por despojo.
3 Então, Jeremias lhes disse:Assim direis ro Porque pus o rosto contra esta cidade
a Zedequias, para mate não para bem, dizo Senhor;
4 Assim diz o SENHOR, o Deus de lsrael: na mão do rei de Babitônia se entregara,
Eis que virarei contra vos as armas de e e[e queimará a fogo.
guerra que estão nas vossas mãos, tt E a casa do rei de Judá dirás: Ouvi a
com que vos pelejais contra o rei de palavra do SENHOR!
BabiLônia e contra os catdeus, que tz O casa de Davi, assim diz o SENHOR:
vos têm cercado fora dos muros; e JuLgai pela manhã justamente e livrai
ajuntá-tos-ei no meio desta cidade, o espoliado da mão do opressor; para
5 E eu pelejarei contra vos com mão que não saia o meu furor como fogo
estendida, e com braço forte, e com e se acenda, sem que haja quem o
ira, e com indignaÇão, e com grande apague, por causa da matdade de
furor, vossas ações.
6 E ferirei os habitantes desta cidade, 13 Eis que eu sou contra ti, ó moradora
assim os homens como os animais; do va[e, o rocha da campina, diz o
de grande pestilência morrerão. SENHOR; contra vos que dizeis: Quem
7 E,depois disto, diz o Senhor, entregarei descerá contra nos? Ou: Quem entrará
Zedequias, rei de Judá, e seus seryos, e nas nossas moradas?
o povo, e os que desta cidade restarem L4 E eu vos visitarei segundo o fruto das
da pestilência, e da espada, e da fome vossas ações, diz o SENHOR: e acenderei
na mão de Nabucodonosor, rei de o fogo no seu bosque, que consumirá
Babitônia, e na mão de seus inimigos, a tudo o que está em redor de[a.

:"r'"
INTR0,DúÇÃO I - CONHECENDO A HISTORIA
Na Lição deste domingo, vere- r. lnformações historicas, O minis-
mos que tudo aqui[o que Jeremias terio profetico de Jeremias se deu em
anunciou, ao longo de seu ministe- um tempo díspar do nosso, por isso e
rio, acerca do juízo de Deus, estava importante conhecer alguns pontos
acontecendo e prestes a alcançar o historicos que são indispensaveis para
seu ponto mais crítico: a invasão e o uma compreensão melhor de suas pro-
cativeiro na BabiLônia. fecias, Precisamos conhecer a respeito

IOVENS 35
dos reis que ascenderam ao trono e os Deus havia falado, cerca de r5o
que foram destituídos deles, Um desses anos antes de Zedequias que, tanto as
reis foi Josias. E[e reinou sobre Judá por riquezas de Judá quanto os seus fiLhos
volta do ano (aproximado) de 64r a ô4o seriam levados para a BabitÔnia (ls 39.6,7),
a,C, Em seguida veio Joacaz, que reinou Ao [ongo deste tempo, o Senhor enviou
somente três meses (z Rs 23.3r). Em profetas, chamando o povo ao arrependi-
seu lugar veio Jeoaquim que governou mento para escaparem deste ma[, mas a
durante u anos (z Rs 23.36), seguido de dureza de seus corações cu[minou com
Joaquim que reinou somente três meses a destruiÇão deJerusalem QCr 36.r5-2il.
(z Rs zq,8) e, finalmente Zedequias que
reinou 11 anos E Rs zq.t3), SUBSíDP ffi
z. As duas primeiras invasões. A Professor(a), dê início ao topico per-

invasão da Babitônia a Jerusa[em nas guntando o que os alunos conhecem

datas preditas pelo profeta so pode ser a respeito do rei Zedequias, Ouça-os
bem compreendida considerando as três com atenção e depois exptique que
invasões. A primeira invasão se deu por ete "foi o ultimo rei de Judá. Chamado
'Matanias'ao nascer, ele era o fil.ho mais
volta do ano 6oS a.C., sob o reinado de
Jeoaquim que, por ação do rei do Egito, novo de Josias e Hamutal. (e Rs z4,r8:
foi posto rei de Judá no lugar de seu Jr r,3). Zedequias recebeu outro nome
irmão Jeoacaz Q Cr g6.r-S). Jeoaquim e quando Nabucodonosor colocou-o
o rei que, dentre outras atitudes, rejeitou no trono e fê-Lo ajuramentar em uma
a mensagem de Deus (Jr 36.r-26) e por aliança diante de Deus (z Cr 36,13). El,e
isso foi duramente repreendido pelo tinha vinte e um anos quando recebeu
Senhor, com a promessa de que seria o trono, depois que Nabucodonosor
destruído r 36.27-32). E nesta primeira
U
depôs o seu sobrinho Joaquim. Reinou
invasão que o profeta Daniel e os seus nove anos e depois se rebe[ou contra
amigos são levados a Babilônia (Dn r.r- Nabucodonosor, e a guerra seguiu-se
por dois anos. Tambem se recusou a
4). A segunda invasão ocorreu durante o
reinado deJoaquim, porvotta do ano Sg7 seguir as diretrizes do profeta Jeremias
alem dos utensíLios da Casa
a.C., na qua[, Q Cr 36.râ. Zedequias foi considerado
'mau aos olhos do Senhor', bem como
do Senhor, tambem foram levados o rei,
sua mãe, os príncipes, os seus oficiais e os partidos governantes de sacerdotes
os ferreiros e artífices, contabilizando o e oficiais durante o seu reinado."
numero de dez mil presos, inc[uindo o Dicionario Bíblico Baker. Rio de Janeiro:
profeta EzequieL (z Rs zq,B-t7', Ez tl3), CPAD,2oz3, p.Sog.)
3. A terceira invasão. Depois do
rapido e trágico governo de Joaquim (z II - O INíCIO DO CERCO E AS
Cr 36.9), Nabucodonosor estabeleceu SUAS CAUSAS
Zedequias como rei deJuda QCr 36.to,ril. r. Doença sem remédio. As mensa-
Zequias não agradou a Deus e nem se gens do profeta Jeremias, de advertência,
submeteu a sua pa[avra QCr 36.râ e sua exortação e chamado ao arrependimento,
arrogância o levou a se rebelar contra não despertaram a consciência cauteri-
Nabucodonosor Q Cr 36.13), O seu mau zada daquete povo, Diante da rejeição
governo contribuiu com o aumento do divina, Judá ficou exposta, pois Zedequias
pecado do povo Q Cr 24.t4, rebe[ou-se contra o rei de Babilônia,

36 lovENS
resultando na invasão e na destruição invasão babilônica foi incapaz de se
de Jerusalem pelos babil.ônios (e Rs arrepender. A vaidade, a arrogância e
z4.zoi IS.L- ],, O povo não so rejeitou a a autoconfiança marcaram a postura
mensagem dos profetas, mas tambem do povo diante do risco que o cercava.
os maltratou, ao ponto de não haver Sendo assim, a falta de arrependimento
remedio para talsituaÇão QCr 36.15,16). foi a causa principal e central da invasão
2. Boa ação,más intenções. Deus fa- e destruição de Jerusalém.
lou ao seu povo dizendo: "Eu, o SENHOR,
esquadrinho o coraÇão, eu provo os suBsíDloâ
.Zedequias
pensamentos; e isto para dar a cada um enviou dois sacerdotes
segundo os seus caminhos e segundo para perguntar a Jeremias se Deus faria
o fruto das suas ações" Ur t7,to). Este com que Nabucodonosor se retirasse
(w. r-$. Por intermedio do profeta, Deus
texto descreve a relação entre intenção
do coraÇão e a prática, reafirmando que declarou um entáüco'Nãoi Na verdade,
para Deus, tanto a motivação quanto a o proprio Deus lutaria contra Judá e
obra são igualmente importantes, afinal entregaria o seu povo aos seus inimigos,
Deus conhece pensamentos e intenções. Tcda a sua resistência provou ser inutil
No início da invasão babil"ônica em A profecia de Jeremias se cumpriu
Jerusalem e possível identificar duas literalmente em 586 a.C. (cf. 52.9-11, 4-2fl .
boas ações do rei Zedequias: consultou Os fithos de Zedequias foram assassina-

ao Senhor por intermedio do profeta dos diante de[e, peto rei da Babitônia.
Jeremias Ur zt.t,z) e buscou socorro em Em seguida, o inimigo cegou os othos
Deus Ur 37:-9, No entanto Jeremias diz de Zedequias e o levou acorrentado a
que: "Mas nem e[e, nem os seus servos, Babitônia, onde ete morreu humithado
(sg,s-zl.
nem o povo da terra deram ouvidos a
palavra do SENHOR' Í..,1Q7,z). Essa ver- Jeremias profetizou ao povo que se
dade revela que as motivações do rei eles não se submetessem aojuízo anun-
não estavam alinhadas as suas ações, e ciado de Deus e não se entregassem
isso não agradou a Deus e confirmou a aos babil.ônios, morreriam na cidade.
ausência de genuíno arrependimento. Jeremias profetiza à famíl.ia real de Judá,
indicando que Deus havia esperado que
3. Fatta de arrependimento. As
patavras "se tu voltares, então, te tra- eles administrassem justiÇa ao povo.
rei, e estaras diante da minha face" (Jr Como eles haviam promovido o mal e
r5.rg) reflete a ênfase do ministerio não haviam feito nada pelo povo que
de Jeremias, pois, por meio dete Juda estava oprimido, a ira de Deus - a sua
foi chamado ao arrependimento, Fica ira e o seu juízojustificado - arderiam
evidente que arrepender-se e o mesmo contra e[es, como fogo.'
que vottar-se para Deus e estar diante f}íbt'u d" Ettudo Pentecostal para Jovens.
dEl.e em dependência e humitdade, Rio de Janeiro: CPAD, p.%3.)
virtudes que o rei Zedequias e o povo
não possuíam e nem as buscavam, III . PREVENIR E MAIS SABIO DO
Como um homem que diante da AUE REMEDIAR
repreensão não se curva, assim Judá r. Uma triste realidade. Diante da
se comportou diante das palavras do iminente invasão dos babiLônicos em
Senhor, nem mesmo diante da iminente Jerusalem, ha uma significativa mudança,

lovENS 37
pois, antes disso Jeremias era visto indo divina e resuttou na sua permissão da
ate o rei e ao povo para entregar-lhes a invasão babitônica em Jerusalem. A igrga
mensagem de Deus, mas agora e o rei dos dias atuais deve orar e combater a
quem envia representantes ao profeta, a mornidão espirituale o pecado,
fim de consulta-to Ur ztl,z).Certamente 3. Obras a serem lembradas. Je-
havia esperanÇa em Zedequias de que remias sabia da importância das boas
teria uma resposta positiva vinda do lembranças como fonte renovadora
profeta, contudo, a resposta divina pôs da esperanÇa da nação (Lm 3.2il. ELe
fim a toda esperanÇa, alias, eles espe- conclamou o povo a que se lembrasse
ravam ter o Senhor como a[iado, mas das obras gloriosas que Deus realizou
o que tiveram de ouvir foi: "Eu pelejarei ao longo de sua historia, mas em vão,
contra vos com mão estendida, e com pois o povo não lhe deu ouvidos Ur â,
braço forte, e com ira, e com indignaÇão, Embora com o coraÇão distante
e com grande furor" Ur zt,5). A[em da de Deus, oret Zedequias enviou dois
palavra de que Deus seria contra Juda, mensageiros, para consultarem o pro-
o rei teve que ouvir a notícia de que a feta Jeremias sob o argumento de
Babil.ônia seria o instrumento contra e[es, que, possivelmente, o Senhor operaria
ao ponto de Nabucodonosor ser chama- as suas obras poderosas em favor de
do pelo proprio Deus de seu "servo" (Jr seu povo, com base nos seus feitos
zl.6). Este foi o drama vivido pelo profeta passados (Jr zt.z), Como se percebe,
Habacuque que, iniciatmente levantou não houve sinceridade nas palavras
questões a respeito da instrumentaliza- do rei, No entanto, o uso da lembrança
Ção dos caldeus contra Juda, ainda que das obras do Senhor reforÇa a ideia de
a partir de sua experiência com Deus, a que este e um recurso importante a
sua visão tenha mudado, vindo a clamar ser utilizado peto povo de Deus. Alguns
por mudanÇas em sua obra (Hc il. Salmos convocam o povo se lembrar
z. Aprendendo con a historia. A historia de um passado marcado pelas grandes
ensina, tanto pelo exemplo a ser seguido obras do Senhor (Sl. 1o5-1o7; uil,
pelos que acertaram, como tambem em A igrela da atuaLidade e convidada a
alertar para que erros do passado não se- lembrar-se sempre das grandes obras que
jam repetidos no presente, eviüando assim Deus realizou em sua historia e a clamar
a destruição no futuro, Paulo encorajou por restauração naquilo que a Palavra
Timoteo a seguir os seus ensinamentos e mostrar ser necessário (51,74, T, 7ge 8o).
a deixaros maus exemplos de Lado (zTm
3.to-tfl, assim comoJesus usou o erro do @ PENSE!
passado como advertência para os seus Como a triste realidade de Judá
pode cooperar com a igreja na
discípulos (Lc rTSz\
atualidade?
Tcda a BíbLia e fonte de ensino, sendo
assim, olhar para a historia e uma das
formas de se corrigir erros, evitar desvios
o PONTO IMPORTANTE!
Deus usa os meios que deseja em
e cumprira sua missão com fidetidade. A favor de seu propósíto e a igreja
igreja na atual.idade precisa atentar, com deve aprender com a históría,
temor e reverência, para os erros de lsrae[ lembrar-se dos feitas do Senhor
e as suas tristes consequências, em espe- e, quando necessárío, humithar-se
cial para aquilo que causou a indignação clamando por restauração.

38 lovENS
OHoRADAREvtsÃo
1. Quais são as três invasões babiLô-
nicas em Jerusatem?
A primeira invasãa se deu por volta
do ano 605 a.C., sob o reinado de
Jeoaquim que, potr ação do rei do
Egito, foi posto re* de Juda no [ugar
de seu lnnao Jeoacaz (a Cn aô"r-$. A OcoNcLUSÃo
segunda invasão ocot"reu durante o O que vimos nesta tição serve como
re'inado de Joaquirn, por volta do ano um aterta especial e prático a igreja
SgT a,C., na quat, alern
dos t-ltensitios atuat. O povo de Deus e convocado
da Casa do knhor, tambem forarn a reconhecer e a preservar os seus
[evados o rei,, sua Pfiãe, os prÍnclpes, valores bíbticos de tal forma a não
os seus ofrciais e os ferreiros e artí- desagradar a Deus. lsso é feito por
fices, contabitlzando o numero de meio de uma constante atitude de
dee r-nit pr-esos, incluindo o profeta arrependimento e manutenção de uma
Ezequie[ " A tenceina lnvasão se deu
vida cristã saudável, lembrando dos
depoís do rapldo e traglco governo
grandes feitos do Senhor e clamando
de Joaqullm
por restauração, quando necessário.
z. Qua[ o nome do rei na terceira
invasão?
Zedequlas
3. Segundo a l.ição, o que significa
'arrepender-se'?
Arrepender*se e o mesrrlo que
AN orAÇÃo
vo[tan-se para Deus e estar diante
dEte er"n dependêncüa e hulmitdade"

4. Como Judá se comportou diante

da Palavra do Senhor?
Cor"no upn hornem que diante da
repreensão nao se curva. asslm Judér
se connportoul diante das pa[avnas
do Senhon nem nlesmo diante da
lrnrrlente lnvasao habitonlca foi capaz
de se arrepender,
5. Qua[ a causa principal e central de
invasão e destruição de Jerusalém?
A fa[ta de arrependlr-nento foi a
causa principat e central da invasão
e destrulição de -Jerusatern.
PAMBOI.ASE
PRONUNCIAMENTOS
THXTil TRINCIPÂL

"Porque, como o cinto está

SEGUNDA - Jr 13.1,2
o profeta obedece
Deus fala e
ligado aos lombos do homem,
TERÇA - Jr 13.10
assim eu Iiguei a mim toda a casa
A podrídão da soberba de
de lsrael e toda a casa de Judá Judá e Jerusalém
t...1." (Jr 13.11)
AUARTA - Jr r3.ro
lJm povo obstin ado) rebelde
RH§UMÜ MA LIÇÃÜ AUINTA - Jr Lg,L4
O julgamento divino
Diante da difícil tarefa de SEXTA - Jr 13.15
transmitir a mensagem de Deus, Escuta í ao Senhor
em alguns momentos o profeta SABADO * Jr r;3,zg
Jeremias fez uso de parábolas. Se esq ueceram de Deus e
confíaram em mentiras

40 IovENS
 OBJETIVOS
# DESTACAR as parábotas como recursos literários:
# SABER que encontramos parábolas no Antigo Testamento:
# MOSTRAR a parábola do cinto de Linho e dos dois cestos de figos.

TNTERAÇÃO
Professor(a), na Lição deste domingo, veremos um ato simboLico de Jeremias
envolvendo o cinto de Linho que serviu como uma Lição para o povo. lsso se
encontra no capítulo 13.Alguns autores, como no Comentorio Bíblico Beocon,
chamam esses atos simbol.icos de parábotas e fé assim que como vamos deno-
miná-los nesta Lição, No decorrer da au[a, explique que Jeremias se utiliza desses
atos simbolicos com o objetivo de mostrar que lsrael e Judá eram como um
cinto de Linho usado pelo Senhor. Mas agora o povo havia se tornado inutil, para
Deus, e deveria ser deixado de [ado, exatamente como Jeremias fez com o cinto,

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), converse com os alunos exp[icando que "a vida dos profetas
estava Longe do comum, Geralmente tinham de abandonar caminhos e modos
de vida normais ja que a sua existência girava quase inteiramente em torno de
receber e entregar as mensagens de Deus, E[es protestavam fortemente contra
a idol.atria (isto e, adorar fâlsos deuses e outras coisas no tugar do verdadeiro
Dêus), a imoral,idade e todo tipo de mal entre o povo de Deus. E[es tambem
fâlavam contra a corrupção na vida dos reis e sacerdotes, e lutavam por mu-
danças positivas em lsrael. A principat missão dos profetas era promover o
reino de Deus e a sua justiça (isto é, uma conduta correta e um relacionamento
correto com Deus), e eles ousadamente entregavam as suas mensagens sem
se importar com o risco pessoal" (Bíblio de Estudo Pentecostol pora Jovens. Rio
de Janeiro: CPAD, p. g3r.

lovENS 41
 ffi
Jeremias 13,1-11
1 Assim me disse o Senhor:Vai, e compra que o cinto tinha apodrecido e para
um cinto de tinho, e põe-no sobre os nada mais prestava.
teus lombos, mas não o metas na água.
I Então, veio a mim a palavra do SENHOR,
2 E comprei o cinto, conforme a palavra do dizendo:
SENHOR, e o pus sobre os meus Lombos,
g Assim diz o SENHOR: Do mesmo modo
3 Então, veio a palavra do SENHOR a mim, farei apodrecer a soberba de Judá e a
segunda vez, dizendo: muita soberba de Jerusalem,
4 Toma o cinto que compraste, e trazes ro Este povo maligno, que se recusa a
sobre os teus lombos, e levanta-te: vai ouvir as minhas palavras, que caminha
ao Eufrates e esconde-o ali na fenda segundo o proposito do seu coração e
de uma rocha. anda apos deuses atheios, para servi-tos
5 E fui e escondi-ojunto ao Eufrates, como e inclinar-se diante deles, será tal como
o SENHOR me havia ordenado. este cinto, que para nada presta.
6 Sucedeu, pois, ao cabo de muitos dias, tL Porque, como o cinto está ligado aos
que me disse o SENHOR: Levanta-te, lombos do homem, assim eu liguei a
vai ao Eufrates e toma daLi o cinto que mim toda a casa de lsrael e toda a casa
te ordenei que escondesses ati. de Judá, diz o SENHOR, para me serem
7 E fui ao Eufrates, e cavei, e tomei o cinto por povo, e por nome, e por touvor, e
do tugar onde o havia escondido; e eis por gloria; mas não deram ouvidos.

rNTffi#muÇA# Testamento, as parábolas mostram a na-

tureza, os princípios e os valores do reino
Nesta Lição, veremos o cativeiro
de Deus, alem de ensinar o modo pelo
sendo representado por um cinto de
qual o crente deve agir e reagir no mundo.
Linho. Veremos tambem a respeito
z, Ainterpretação de uma parábola.
da parábola dos dois cestos de figos
As parábolas bíbl,icas foram contadas há
narrada no capítulo 24 de Jeremias.
muito tempo e em um contexto cultural
bem diferente do que nos vivemos e
I - A PARABOLA COMO RECUR.
isso aumenta as dificul.dades de inter-
SO LITERARIO pretação. Mas existem caminhos para
r. Uma definição. O termo'parabola' a compreensão de sua mensagem,
vem do grego parabole, composto de tornando-a possível e segura, O primeiro
uma preposição: para, "ao lado de" e passo e identificar se a parábola tem
"proximo de"; bollo, "co[ocar", "[ançar" ou não pessoas envolvidas e qual seria
e "pôr". Portanto, parabol.a dá a ideia este contexto, e quais as circunstâncias
de colocar uma coisa ao lado de outra em que estavam para que ela fosse
para transmitir, vívida e c[aramente usada. Em segundo lugar, e preciso
uma verdade, conhecer, minimamente, a cultura dos
A parabola permite que uma mensa- personagens e os e[ementos inseridos,
gem espirituale teotogica seja transmitida identificando assim a representatividade
de forma concreta e dramática. No Novo de cada um deles,

42pvENS
 3. Jesus e as parábolas. Em seu vantes para uma comparação eficaz, No
ministerio terreno, principalmente na entanto, qualquer tentativa de definir
comunicação do Evangelho do reino, o termo'parabola'de maneira clara e
Jesus utilizou-se das parábotas (Mc concisa e complicada pelo fato de que
4.». Contar parábolas foi o metodo mais tanto a palavra hebraica (moshal) quanto
usado pelo Mestre, reafirmando, com a grega @orobole), regularmente tradu-
simplicidade e profundidade, os prin- zidas por "parabo[a", têm conotações
cípios de seu reino: o amor, a forma de muito mais amptas. Por exemplo, no
viver de seus discípulos e o alerta sobre AT, moshol pode designar proverbios
a sua segunda vinda e a eternidade. (Pv t.il, enigmas (Ez t7.z), declarações
Jesus contava as suas parábolas profeticas ( N m 237,L8', z4,3,t1,zo,zL,z3)
aos que se interessavam, mas aos que e ditos (r Sm lo.rz). Semelhantemente,
endureciam o coraÇão e não buscavam- no NT, parabolê denota proverbios (Lc
compreender os seus ensinamentos, 4,23), enigmas (Mc 3.23),analogias (Mc
as mesmas parabolas serviam dejul.- 7.t7). e muito mais, Nenhuma definição
gamento divino. O uso das parábolas abrangente de parábolas e, portanto,
por Jesus foi atgo previsto e com o aceita pelos estudiosos bíblicos, e muito
proposito de tornar claras as verdades pouco do que e dito sobre parábolas
antes ocultas, em gera[ sera apticado a todas e[as,"
D'.ir*r, Bíblico Baker. Rio de Janeiro:
@ PENSE! CPAD, zoz3, p, 376,)
Por que Jesus usou parábolas em
seu ensíno? II - O ANTIGO TESTAMENTO E

o PONTO IMPORTANTE!
Porque esse recurso Literário
AS PARABOLAS
r. Parábolas no Antigo Testamento.
O uso de parábolas não e exclusivo do
torna a transmíssão de uma Novo Testamento, e encontrado tambem
mensagem ainda mais clara e no Antigo. Mosol é o termo hebraico no
acessívet. Antigo Testamento, enqua n to pa robole
e do Novo Testamento. Estes dois ter-
SUBSíDp M mos fatam do ato de comparar, ou de
Parabolas. "A palavra 'parabo[a'e corresponder com o ensino de algum
usada para falar de determinada forma valor espiritual.. Há diferenÇas, inclusive
Literaria que se comunica indiretamente estruturais entre as parabolas do Antigo
por meio de linguagem comparativa, e as do Novo Testamento (r Sm 24,t3',Ez
muitas vezes com o proposito de de- t7.z',t8,2). Contudo, elas se assemelham
safiar o ouvinte a aceitar ou rejeitar no objetivo que e transmitir de forma
uma nova maneira de pensar sobre clara e acessível, ensinamentos que
certo assunto. As parábolas geralmente de outra forma não seriam facilmente
incorporam imagens concretas e aces- assimilados. Sendo assim, a parábola e
síveis da vida cotidiana do publico e um recurso literario bem presente nos
muitas vezes são concisas e pontuais, escritos bíbl.icos, daí porque precisam
mencionando apenas os detalhes rete- ser bem compreendidas.

IOVENS tfÍl
 As parábotas do Antigo Testa-
2. @ PENSE!
mento. Os hebreus sempre usaram Quat a relaçã o entre o uso de pa-
historias para transmitir valores e prin- rábo{as e o AntÍgo lestamento?
cípios, conforme se vê no contexto do
Antigo Testamento. Estas parábolas são
representações curtas e que, a seme-
e PONTO IMPORTANTE!
A uso dep"a,batasrúoé resfrÍto
lhança de historias longas, transmitem sornente ao Novo lestamenta, é pCIs-

verdades eternas e espirituais dentro do sível encantrá-la no Anügo, fnclusiue

contexto e da realidade dos ouvintes. no mÍnrstéria de atguns profetas.
Observe algumas parábolas no Antigo
Testamento: a de Jotão, sobre as arvores III . PARABOLAS DE JEREMIAS
que escolheram um rei Uz 9.7-15); a de 1. A parábota do cinto de Linho. O
Natã ao tratar sobre o pecado de Davi € capítulo 13 de Jeremias têm duas pará-
Sm rz.r-d: a da mu[her de Tecoa P Sm bolas: a do cinto de Linho (w.t-tt) e a do
r+A-rfle a de Jeoas, rei de lsraeL, sobre odre de vinho (vv,rz -t+).A semelhança
o cedro e o espinheiro (z Rs U.d.A[em entre elas e que, tanto o cinto de linho
destas, ha parábolas contadas por profe- quanto os odres de vinho deveriam ser
tas, com o mesmo objetivo das demais. destruídos e ambas alertavam a respeito
3. Os profetas e as parábotas. Os do juízo de Deus sobre Judá e Jerusa-
profetas foram responsáveis pela ex- [em, Seguindo a ordem divina, Jeremias
posição dos ensinamentos de Deus ao comprou um cinto de Linho, usando-o
seu povo. Certamente, esta não foi uma em sua cintura e depois o enterrou
tarefa simptes e nem facil, por isso eles junto ao rio Eufrates (Jr r3.r-5). Depois
eram separados, consagrados e dedica- de "muitos dias", o profeta desenterrou
dos a uma vida de comunhão com Deus. o cinto que já se encontrava "apodre-
A[em da relaÇão do profeta com Deus, cido" e sem nenhuma utiLidade Ur 13.
há tambem sua relação com o povo, 6,7).O Linho era o tecido usado pelos
na entrega da mensagem que deveria sacerdotes, e este cinto, certamente,
ser inteligível e acessível. Diante disso, foi uma referência a missão de Judá
estes homens escolhidos por Deus, em em ser uma nação sacerdotal (Lv 16,+).
a[gum momento, usaram as parabolas A semel.hança do cinto que perdeu o
para transmitir a mensagem divina. seu vator, Judá perderia o sentido de
ALem de Balaão e Natã, a Bíblia re- ser, caso deixasse de cumprir o seu
gistra outros profetas que falaram dos proposito Ur 8.7).
oraculos divinos por meio de parábolas, Assim como um cinto abraça o
como lsaías que falou da "Parábola da corpo do seu usuario, assim tambem
Vinha Má'(ls 5.r-7) e Ezequiel contem- Deus desejou abraçar Judá, Entretanto,
porâneo de Jeremias, que apresentou Judá não permitiu e negligenciou a sua
as seguintes parábolas: a das duas missão. O povo não se arrependeu de
aguias e da videira (Ez t7,3-1o); a do seus pecados e por isso teve o seu
leão enjaulado (rg.z-d e a da panela orgulho ferido pe[o Senhor (Jr r3.g).
Q43-S). Os profetas tambem fa[aram 2. Os dois cestos de figos Ur z4.L-
por parábolas ao povo. to). Por meio de uma visão, Jeremias

MlovENS
recebeu a parábol.a de dois cestos de por isso deve confiar inteiramente no
figos e isso se deu no período da primeira Senhor, afinal de contas, e E[e quem
deportaÇão, no reinado de Jeoaquim, por dá crescimento a sua igreja (r Co t,6), A
volta de 5gZ a,C. Nos dois cestos havia igreja e chamada a agradar a Deus At
o mesmo tipo de fruto, sendo que em 5.29), mas para isso ela deve cumprir
um deles havia figos bons para serem - com fideLidade - o seu papel, ou a
consumidos e, no outro, estavam os figos semelhança do cinto de Linho e dos
ruins, e que não serviam de alimento. figos ruins, ela perderá a razão de ser.
Qua[ o valor de um figo se não serve
como alimento? Conforme visto, Juda @ PENSE!
deveria servir como um sacerdote, refle- Como as parábolas do "cinto de Li-
tindo a santidade divina e abençoando nho" e dos "doís cestos de figos" do
os povos (Êx 19.6; ls 27,6). profeta Jeremias podem contrí-
Nesta parabo[a fica claro que, mes- buir com a igreja da atuatidade?
mo tendo sido levado a Babilônia, os
judeus da primeira deportação tinham
alcançado o favor divino, provavel-
o PONTO IMPORTANTE!
À seme thança de Judá, a igreja
mente porque foram generosos com recebeu uma míssão e ela deve
Jeremias (Jr 26',36);ja os que ficaram cumprt-la, caso contrário, será
em Jerusalem - que foram hostis a como o cinto de línho e os figos
Jeremias - seriam punidos mais tar- ruins gue não cumpríram com a
de (J r 24,8-10). A discipLina serve de sua rnÍssão.
aperfeiçoamento para alguns e de
punição para outros. SUBSíDP ffi
O povo não aprendeu a lição e "13.1-u UM CINTO DE LINHO. O ato
pôs a confianÇa em Zedequias, que simbo[ico de Jeremias envolvendo o
por sua vez, firmou-se em seu proprio cinto de Linho serviu como uma l.ição
caminho e desprezou a Palavra de para o povo. lsrael e Judá eram como
Deus Ur zl). um cinto de linho usado peto Senhor,
3. Uma apl.icação necessária. Estas simbolizando o íntimo relacionamento
duas parabo[as alertaram o povo dos que E[e tivera antes com e[es, Agora o
dias de Jeremias e continua servindo povo havia se tornado inutil para Deus, e
de Lição a igreja da atual.idade, Na igreja deveria ser deixado de [ado, exatamente
há os que cumprem a sua missão - e como Jeremias fez com o cinto. Durante
agradam a Deus -, mas há tambem o exílio do povo (isto e, a deportação
aqueles que, ao contrario, desagradam de sua terra natal para varios lugares,
ao Senhor. A igreja deve ser o que foi por todo o lmperio Babilônico; veja a
chamada para ser e fazer o que efe- lntroduÇão de Jeremias) na area do rio
tivamente o Senhor a mandou fazer Eufrates, etes seriam inuteis para Deus,
(Mt 28.r8-eo). por causa do seu pecado. Todo o seu
A motivação para que a igrela cum- orgulho e honra seriam perdidos."
pra o seu papel. e a consciência de fgíbtiu d, Ettudo Pentecostal para Jovens.
que ela depende de Deus em tudo, Rio de Janeiro: CPAD, p.%3.)

JOVENS 45
 BEVERE, John, Assim Diz o Senhor?
Corno sober quando Deus esto
otraves de

O coNcLusÃo
As parábotas são importantes em
todo o contexto bíblico, inclusive os
profetas usaram deste recurso.
Nesta [ição, aprendemos a respeito de
duas parábolas de Jeremias: a do "ciÍ]-
to de tinho" e a dos "dois cestos com
figos", Estas parábolas servem como
um alerta para a igreja. Recebemos do
O noRA DA REVrsÃo
Senhor a missão de agradá-lo, confiar t. Segundo a tição, qual o método de
nEle e representá-to entre os povos, ensino mais utitizado por Jesus?
C metodo das parabolas,
z. O que a parábola permite?
A parabola permite que uma men-
sagem espiritual e teologica seja
ANOTAÇAO transmitida de forma concreta e
dramatica,
3. Qua[ o primeiro passo para a com-
preensão de uma parábola?
O primeiro passo e identificar se a
parábola tem ou não pessoas en-
volvidas e qual seria este contexto,
e quais as circunstâncias em que
estavam para que ela fosse usada.
4. Qua[ era a responsabitidade dos
profetas?
Os profetas foram responsaveis
pela exposição dos ensinamentos
de Deus ao seu povo.
5. Quais são as 2 parábolas encon-
tradas no capítulo 13 de Jeremias?
A parabola do cinto de Linho e a do
odre de vinho
 uÇÃo.Í
:-ffi r:trv 2r.i23

UMAPROMESSA x

DE RESTAURAÇAO
Tffi.HTil PffiINilIP&L LHITURA SEMANAL

SEGUNDA * Gn t?.l-g
" Não temas, pois, tu, meu servo
Deus faz uma aliança com Abrão
Jacó, diz o SENHOR, nem te
espantes, ó lsrael; porque eis
TERÇA - S[ 85.1-13
Os livramentos Deus em
que te livrarei das terras de longe
favor do seu povo
t...1." (Jr 30.10)
AUARTA - Lm 3.34,83
Deus não tem prazer no
ffiffisuMü DA LrÇAü sofrimento
QUINTA - Hb tz.5-11
O amor de Deus pelo seu povo Não despre ze a correção divína
é incondicional e podemos vê-lo SEXTA - Jr 83,1r
não somente na correção dos Deus promete resta urar o seu povo
hebreus, mas também em sua
SABADO - Ap e.4,5
ação fiel de restaurá-los. O caminho do arrependimento

JOVENS 47
 OBJETIVOS
ffi DESTACAR a aliança de Deus com o seu povo;
ffi RESSALTAR o caráter de Deus e a restauração de seu povo:
ffi MOSTRAR o caminho e os resuttados da restauração divina,

TNTERAÇÃO
Professoria), nesta Lição veremos a importância da orrçao, seguida de gra-
tidão e arrependimento como meio de a[canÇar o perdão e a restauração em
quaLquer area da vida. Vamos refletir a respeito do compromisso de Deus com
Judá. Compromisso esse fundamentado no caráter do Senhor. Deus pode e
deseja restaurar o que se quebrou e promover renovaÇão espiritual, ainda hoje.

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), converse com seus alunos e exptique que "os capítulos 30-
33 contêm profecias sobre a futura restauração e redenção (isto e, salvação,
renovaÇão de propositos e relacionamento com Deus) tanto de lsrael (o reino
do norte) como de Juda (o reino do su[), As profecias de Jeremias se apticam
ao retorno, no futuro proximo, dosjudeus do exíl"io na BabiLônia e aos everttos
no futuro distante no fim da era presente, quando Cristo vo[tara a terra (apos o
período da tributação) para reinar com o seu povo sobre todas as nações (veja Ap
zo). Jeremias garante aosjudeus que haviam sido deportados para a Babilônia
e que estavarn enfrentando um futuro aparentemente sem esperanÇa, que o
povo escothido de Deus não se tornaria extinto, Um remanescente (isto e, uma
porção das pessoas fieis) duraria, e atraves deste remanescente Deus realizaria
os seus propositos para o mund o" (Bíblio de Estudo Pentecostol paro Jovens. Rio
de Janeiro: CPAD, p,944

48 lovENS
 Jeremias 3o.8-fl
B Porque será naquele dia, diz o SENHOR tropeçarão; porque eu sou um pai para
dos Exercitos, que eu quebrarei o seu lsrael e Efraim e o meu primogênito.
jugo de sobre o teu pescoÇo e que- ro Ouvi a patavra do SENHOR, o nações,
brarei as tuas ataduras; e nunca mais e anuncia-a nas ilhas de Longe, e dizei:
se servirão dete os estranhos, Aquele que espalhou a lsraet o con-
g mas servirão ao SENHOR, seu Deus, gregará e o guardara, como o pastor,
como tambem a Davi, seu rei, que lhes ao seu rebanho,
levantarei. tt Porque o SENHOR resgatou a Jaco e o
ro Não temas, pois, tu meu servo, Jaco, livrou das mãos do que era mais forte
diz o Senhor, nem te espantes, o lsrael; do que e[e.
porque eis que te livrarei das terras lz Hão de vir, e exultarão na attura de Sião,
de longe, e a tua descendência, da e correrão aos bens do SENHOR: o trigo,
terra do seu cativeiro; e Jaco tornara, e o mosto, e o azeite, e os cordeiros, e
e descansara, e ficará em sossego, e os bezerros; e a sua atma sera como um
não haverá quem o atemorize. jardim regado, e nunca mais andarão
11 Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, tristes,
para te salvar, porquanto darei fim a 13 Então, a virgem se alegrará na dança, e
todas as nações entre as quais te es- também osjovens e osvelhos; e tornarei
pal.hei; a ti, porém, não darei fim, mas o seu pranto em alegria, e os consolarei,
castigar-te-ei com medida e, de todo, e transformarei em regozijo a sua tristeza,
não te terei por inocente.
t4 E saciarei a alma dos sacerdotes de
Jeremias 31,.7-tT gordura, e o meu povo se fartará dos
7 Porque assim diz o SENHOR: Cantai meus bens, diz o SENHOR.
sobre Jaco, com alegria: exultai por rS Assim diz o SENHOR: Uma voz se ouviu
causa do Chefe das naçÕes; proclamai, em Rama, tamentação, choro amargo;
cantai louvores e dizei: Salva, Senhor, Raquel chora seus filhos, sem admitir
o teu povo, o resto de lsrael. consolação por e[es, porque já não
B Eis que os trarei da terra do Norte e os existem.
congregarei das extremidades da terra; 16 Assim diz o SENHOR: Reprime a voz
e, com eles, os cegos, os ateijados, de choro, e as tagrimas de teus olhos,
as mu[heres grávidas e as de parto porque há gal.ardão para o teu trabalho,
juntamente; em grande congregação, diz o Senhor; pois eles voltarão da terra
vottarão para aqui. do inimigo.
g Virão com choro, e com suplicas o L7 E há esperanças, no derradeiro fim, para
levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de os teus descendentes, diz o SENHOR,
aguas, por caminho direito, em que não porque teus fithosvoltarão para o teu pals.

* | - AALTANÇA DE DEUS COM O

Nesta [ição, veremos o arrependi- SEU POVO

mento como um dos meios pelos quais 1. O Deus de a[iança. De acordo
Deus viria restaurar Juda, completa e com o Dicionorio Bíblico Wyclitre, alian-
perfeitamente, Ça "é um acordo entre duas ou mais

IOVENS 49
pessoas em que quatro elementos 3. A nova aliança e o profeta Jere-
estão presentes: partes, condições, mias. Os capítulos 30 a 33 do livro de
resuttados e garantias." Em Êxodo Jeremias compõem uma seção na qual
19,3-6 estes quatro elementos estão Deus reforça o seu cuidado para com o
presentes, observe: Deus fala ao seu seu povo, prometendo-lhe restauração
povo (v, 3); a condição para a manu- e reafirmando a sua fidetidade com a
tenção da aliança seria a obediência (v, sua palavra em relação a sua aliança
5); como resultados e garantias, Deus com o seu povo.
afirma que lsrael pertenceria somente As pal.avras de Deus por meio de
a E[e e lhe serviria como uma nação Jeremias nesta seção Levaram o povo
sacerdota[ (vv. S,6). a - no mínimo, pensar - em um tempo
A semeLhança do caráter de Deus, a para alem de seus dias, pois o profeta
sua aliança e eterna, perfeita e imutável falou a respeito de um tempo novo, de
(ls 54,ro), assim também e a sua aliança. uma nova aliança Ur 3r.3r-34), apontan-
A aliança de Deus com o seu povo e do a respeito de Jesus Cristo, a quem
sustentada pela sua fidel.idade (Dt 7.9) e ele chama de "renovo dejustiÇa" (33.15),
a sua misericordia e prometida aos que A restauração do povo nos dias
guardarem esta aliança (Sl. rog,t7,tB). de Jeremias representava, naquete
z. Aaliança de Deus no Antigo Tês- momento, a [ibertaÇão do cativeiro,
tamento. De acordo com as Escrituras, mas para isso, eles deveriam compre-
a aliança de Deus com a humanidade ender o pacto eterno de Deus com a
ocorre tanto de forma condicional quan- humanidade.
to incondicional.. Na aliança condiciona[,
como o proprio termo designa, as pro- SUBS|DIO ffi
messas divinas estão condicionadas a 'Aliança. Pacto, concerto ou acordo
obediência humana aos seus preceitos, (heb. beriü). A palavra corrêspondente
afinat, etas são acompanhadas da con- do NT é d,aüheftê, definida como 'dis-
junção "se", reafirmando o seu carater posiçâo legat de bens pêssoaisl
condicional, A relaÇão com lsrael e um A aLianÇa ê atgo que une as partes
exemplo dessa natureza condicional da ou obriga uma parte à outra. Ernbora
aliança de Deus (Êx t5,26', Dt z8.t,e),Esta existam implicações tegais associa-
aliança está firmada, unica e exclusi- das à atianÇa, o aspecto relacionat da
vamente, no carater perfeito e eterno aliança não deve sêr negLigenciado.
de Deus, por isso, ela e inviolável A[em Uma a[iança rár mais bem entendida
de apresentar o desenvoLvimento das como uma relação com as legalidades
alianças de Deus com a humanidade, relacionadas, O casamênto, por êxêm-
o Antigo Testamento antevê e anuncia p[o, é uma atiança quê estabelece e
a Nova A[iança (ls ôr.8 ,g', Ez 37.2t-z3), define um retacionamento. lsso tatvez
cumprida cabalmente em Cristo (Mt explique por que Deus escolheu do
26.28,29). Conclui-se, portanto, que àmbito dos relacionamentos entrê os
os profetas tiveram participação na humanos a metáfora da aliança pâra
comunicação da alianÇa eterna de estabetecer e comunicar a sua intenção
Deus com a humanidade. nos retacionamentos divino-hurnanôs.

50 IovENs
 Algumas alianças são entre pessoas atributos como, por exemplo, o seu
de posição social iguaL (tratados de amor, a sua bondade e misericordia,
paridade); outras são entre um senhor antes, os acentuam. A justiça divina
e um servo (tratados de suserania), foi uma das bases sobre as quais Deus
entre nações, entre clãs e entre marido garantiu que restauraria o seu povo
e mulher (Mt z,tfi). "Cortar uma aliança" que estava cativo na Babil.ônia, pois,
em qualquer nível da sociedade impl.i- se por um tado a esperanÇa e a alegria
ca um compromisso solene com um despontaram no horizonte de Judá (Jr
relacionamento. 31.7-t4), por outro, os seus erros não
A relação de aliança mais significati- deixariam de ser corrigidos Ur 3o.m),
va no materiat bíbl.ico e entre o Senhor 2, Fidel.idade divina. Diante da
Deus e a humanidade. A singularidade destruiÇão de Jerusalem e da condição
da relação de aliança de lsraelcom Jeo- de Judá como cativo em Babilônia,
va em contraste com todas as nações Jeremias testemunhou e definiu as
vizinhas e estabelecida com base em misericordias do Senhor, reconhecendo
Deuteronômio 3e,8,9. Embora Jeová o seu carater protetor, a sua natureza
tenha dado as naÇões a sua herança, eterna e a sua capacidade renovadora
E[e selecionou lsrael para o seu proprio (Lm 3.zt,zz), As misericordias do Senhor
cuidado pessoaL Ete estabeleceu uma ftorescem em ambientes de destruiÇão
relação com a nação independente e e de perdas, pois elas se fundamentam
anterior a associação da nação com a em sua fidetidade.
sua terra. A atianÇa e um tema domi- A fidel"idade de Deus se sustenta no
nante que dá coesão a estrutura do AT fato de que E[e não pode negar-se a
e distingue a historia de lsrae[." si mesmo. Ao falar por intermedio de
Dirirrá* Bibtico Baker, Rio de Janeiro: Jeremias a respeito da restauração de
CPAD, zoz3, pp,JZS3) Judá, podemos ver o seu carater e,
consequentemente, sua fi del,idade. El.e
II - O CARATER DE DEUS E A se apresenta como Pai Ur 3r.g), como
RESTAURAÇÃO DE SEU POVO o Pastor que conduz o seu povo (Jr
1. Justiça divina. Os atributos de tambem o Resgatador (Jr
31. 1o): E[e e
Deus, isto e, as suas qualidades, dizem 3t,tt), o Consolador Ur 3r,r3) e a fonte
respeito ao seu carater que, de acordo que sacia o seu povo Ur 3tt4.
com as Escrituras, são conhecidos atra- 3. Amor divino. Todas as obras de
ves de suas obras (SL rg.r,z). A relação Deus, inclusive a discipl.ina aplicada,
do cuidado de Deus com o seu povo partem e fundamentam-se em seu
permite conhecer parte de seu carater, amor que, em hipotese alguma, anula a
como se vê a sua justiça, a sua fidel.i- sua justiça (Hb tze). Deus demonstrou
dade e o seu amor na promessa que o seu eterno e perfeito amor por Juda,
fez de restaurar seu povo que estava mesmo enquanto estava os discipl,inan-
no cativeiro babil.ônico, do, primeiro porque o seu proposito
A Bíbl.ia apresenta Deus e a sua jus- era o de corrigi-los, depois porque não
tiça como eternos (Sl, ttg: z; ls 4o.z8). deixou de renovar a certeza de sua
Ajustiça do Senhor não anula outros presença, do seu cuidado e de que,

lovENS 51
 judeu (cf. ls z,!z-zt', Ez 3o.3: Dn g.z7; JL
Todss as obras de Deus,
rr5: Zc t4.t-8,12-t5: Mt z4.zü. Embora
inclusive a disciplino aplicads,
os judeus tivessem sofrido tempos de
partem e fundamentam -se intensa perseguição ao longo da sua
em seu amor que,em hipotese historia, esta passagem fala especifi-
algume, anulo q sua justiça, camente do sofrimento que ocorrera
sobre a terra durante osjuízos de Deus,
no tempo do fim, e que culminara com
as forças do anticristo marchando contra
lsrael com a intenÇão de destruir esta
no tempo previsto seriam restaurados nação inteiramente (Ap rô). Nesse
(Jr ponto, Cristo repentinamente voltará
3o.ro,til. Deus demonstrou cuidado
especial com os mais fragilizados e para a terra com os exercitos do ceu
necessitados (Jr 3r,8), alem de ter se para socorrer lsrael e destruir os seus
colocado como Pai de seu povo (Jr inimigos (v, 8; veja Ap rg). lsrael então
servira a Deus e seguirá a Cristo (v. g).
3tg).A restauração de Juda, portanto,
foi fundamentada no amor de Deus, A angustia de Jaco (isto e, de lsrael)
a seme[hança de sua justiÇa e de sua finalmente terminara quando Cristo
fidel.idade. voltar para estabelecer o seu reino
sobre a terra e reinar com o seu povo
sobre todas as nações por mil anos Gp
SUBSíDIO ffi 19.11-21: 2o.4-6).'
'Jeremias tinha boas-novas para os
exilados (isto e, osjudeus queja haviam f}íbli, d* EttudoPentecos tat para Javens.
sido capturados e deportados para a Rio de Janeira: CPAD, p.%3,)
Babilônid. ELe lhes deu a promessa de
Deus de que um dia seriam restaurados, III . O CAMINHO E OS RESULTA.
e possuiriam a sua terra natal outra vez. DOS DA RESTAURAÇÃO DMINA
A promessa foi feita tanto ao Reino do 1. Oração como um recurso de
Norte ([srae[] como ao Reino do SuL restauração. Deus ja havia garantido
Uuda). Como resultado da difícit ex- que Babil.ônia não seria habitação per-
periência que tiveram, o povo de Deus manente de seu povo, pelo contrario,
que tinha sido espathado por todo o havia um tempo estabelecido por E[e
lmperio BabiLônico seria fortalecido e mesmo e que, cumprindo este tempo,
refinado em sua fé e caráter. E[es um restauraria o seu povo Ur zg.to). Ao
dia seriam restaurados ao seu [ugar renovar as promessas de restauração
no ptano de Deus, o que traria uma do seu povo, o Senhor apresentou a
esperanÇa de restauração espiritua[ a oração como um dos principais recur-
toda a humanidade. sos de restauração, ou ainda, como o
3a.7 TEMPO DE ANGUSTIA PARA meio pelo qual a vontade de Deus e
JACO. Os versículos que seguem esta cumprida Ur 3r,7).Tanto a sequência do
frase indicam que Jeremias esta fatando texto, quanto Jeremias 3o.8-1t mostram
sobre o tempo de tribulação futura, de que Deus havia anunciado que satvaria
terrível sofrimento e aftição para o povo o seu povo.

52 IovENS
 2. Gratidão e arrependirpento. A
gratidão e o arrependimento são virtudes @ PENSE!
De que farma Judá ataançarfa os
valiosíssimas do ponto de vista bíbtico
frutos da restawaçãa do cativeirw
e doutrinario. De um [ado, João Batista
babttdnico?
advertiu os ouvintes de seus dias a produ-
zirem "frutos dignos de arrependimento"
(Mt S.8); por outro tado, o apostolo Paulo § PONTO IMFORTÂNTE!
Dews fndfcou a aração, a gratidão e
ensinou que as "petições sejam em tudo
o arrependÍmento camo CIs rnetas
conhecidas diante de Deus, peta oração
petas quais juda atcançariiã â res-
e supticas, com ação de graças" (Fp 40).
tauração complefa que sa o Senhor
Ser grato e reconhecer a propria LimitaÇão
poderia aperax
e acentuar o valor do outro. A gratidão e
a atitude de uma pessoa que reconhece
que não chegaria aonde chegou se não SUBSíDrc{B
fosse auxiliado por alguem, A ingratidão
Professor{a}, exptique aos alunos
que o capítulo 3r de Jeremias "e sobre
foi um dos motivos pelos quais Juda foi
tevado cativo, por isso, a sua restauração a restauração de lsrael em geral (w.
visava levar este povo a reconhecer ao 2-22'l - e Judá especificamente {w"
Senhor, servindo-o com inteireza de 23-26l - na terra prometida. Uudá era
coração Ur 30.8,9). o reino do sut de um lsrael dividido, e
foi governado por reis da descendência
3. Os frutos da restauração. O
sofrimento de Juda no cativçilo babiLô- de Davi. Deus tinha prometido a Davi
nico foi tão elevado que o texto fala de que ele sernpre reteria uma porção do
choro, lamento e tristeza Ur 3o,g). Al.em reino. Jesus Cristo por fim viria atraves
disso, este sofrimento e representado da tribo, isto e, da descendência, de
poeticamente peto choro de Raquel Juda.) No futuro, o povo de Deus iria
petos seus fil,hos que são levados a outra vezviverjunto em união com a
BabiLônia Ur 3r.r5), sua bênção {w. zl-3o)" Apos assegurar-
Os futuros gritos de alegria Ur 3t7) -lhes deste reagrupamento, Jeremias
seriam fruto da promessa de que o povo revela que Deus estabeleceria urna
seria liberto do cativeiro, A[em da alegria atiança nova e methor {o 'âcordo de
exuberante, o povo seria beneficiado vida" envolvendo a oportunidade de
com: a salvação (Jr 3o.u), a liberdade (Jr ter urn relacionamento pessoal com
3o.8,1o; 31, 16,!7), com o descanso e o
Deus). Esta nova aliança seria esta-
refrigerio, representados na expressão belecida pelo seu Filho, Jesus Cristo,
"aguas tranquilas e o caminho direito" e envolveria mais do que apenas as
(Jr 3o.ro: 319). Deus prometeu fartura leis e as prornessas do Antigo Tes-
de atimento e restauração de seu povo tarnento. O novo caminho de Deus
a partir daqueles poucos que ainda daria totat perdão dos pecados e o
estavam na Babitônia (Jr 3o.8: 3r,rz), poder espiritual para viver petos seus
incluindo os "cegos, os al.eijados, as mandarnentos.'
mulheres grávidas e as de parto", sem Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens.
deixar de se dirigir aos sacerdotes. Rio de Janeíro: CPAD, p.gA.)

lovENS 53
 ESTANTE DO PROFESSOR

TIPLICf,ON

O coNcLusÃo
Esta tição e um convite a continuar-
OHoRADA REVtsÃo
mos reconhecendo a importância da
oração, seguida de gratidão e arre-
1. Defina'a[iança'segundoo Dicionorio
Bíblico Wycliffe.
pendimento, como meio de atcançar
De acordo com o Dicionorio Bíblico
a renovação espiritua[,
Wyclitre, aliança "e um acordo entre
A semel.hança do compromisso de
duas ou rnais pessoas em que quatro
Deus com Judá que, fundamentado
elementos estão presentes: partes,
em seu compromisso com a sua alian-
condições, resuLtados e garantias,"
ça com seu povo e em seu caráter, o
Senhor permanece o mesmo e pode
z, Segundo a [ição, o que sustentava
a atiança de Deus com seu povo?
restaurar o que se quebrou e promo-
A aLiança de Deus com o seu povo
ver renovação espiritual, ainda hoje,
e sustentada pela sua fidelidade e
a sua misericordia e prometida aos
que guardarem esta a[iança,
3, O que e uma aliança condicional?
ANOTAÇÃO Na aliança condicional, como o pro-
prio termo designa, as promessas
divinas estão condicionadas a obe-
diência humana aos seus preceitos,
afinal, elas são acompanhadas da
conjunção "se", reafirmando o seu
carater condicionaL
4. Como a Bíbl.ia apresenta Deus e a
sua justiça?
A BíbLia apresenta Deus e a sua
justiça como eternos,
5, Em que foi fundamentada a res-
tauração de Judá?
A restauração de Juda portanto, foi
fundamentada no amor de Deus, a
semelhanÇa de sua.lustiça e de sua
fidel"idade.
 LI I
2J nov 2025

OCONSELHO DE
JEREMIASAOS REIS

§EGUNDÂ * Dn a.âo-eâ
"Muitos propósitos há no É Deus gue estabe/ece
coração do homem, mas e remoye os reís
o conselho do SENHOR TERÇA - Mt to.r6*â0
permanecerá. " (Pv 19.21) Aqueles que anunciam a Palavra
QUARTA* eCrB§.5*Í.ü
A trajetória de Jeoaquim
AUINTÂ - ls 55,1-S
As bênçãos para os gue deixam o mal
§HXTA -zCr36"tr*a3
À semelhança de alguns reis, o A triste trajetóría do rei Zedequías
homem que rejeita o conselho SABADO-rPeí..a4,ãs
divino certa mente perecerá. O rr,;:::
::;;::ece

IOVENS 55
 OBJETIVOS
ffi DESTACAR o ministerio profético de Jeremias junto aos reis;
ffi REFLETIR a respeito da vida de Jeoaquim, o rei que rejeitou a Palavra
de Deus;
# MOSTRAR que Zedequias foi o rei das incertezas.

,,H

TNTERAÇAO
Professo(a), aproveita o tema central da tição deste domingo para enfatizar,
no decorrer da Lição, que ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles
e ter a garantia de uma vida protegida peLo Senhor. Contudo, rqieita-Los, assim
como fizerarn Jeoaquim e Zedequias, e uma escolha insensata e que trará serias
consequências. O princípio da obediência aos conselhos de Deus serve para
todos, indistintamente. A obediência a Palavra de Deus e o caminho para uma
vida longa, sossegada e abençoada,

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), reprod uza a tabela abaixo (adaptada da Bíblio de Estudos Pen-
tecosto/, CPAD) no quadro de escrever. A tabela mostra os principais cargos,
designados por Deus para apascentar seu povo. UtiLize-a para expticar a cLasse
quaL era a real missão do rei, do sacerdote e do profeta. Enfatize o fato de que
estes não estavam cumprindo com a missão que fora designada a eles por Deus.
Agiam de modo irresponsavel, Como tíderes, eles eram os responsaveis pela
degradação espirituat e moraL que havia em Juda,

Função Mtssão Recomendação BíbLica

Aconselhar e guiar o
Governante do povo de povo de Deus (r Sm
Rei Dt t7.th-zo
Deus.
9.r6).

Santificar o povo,
No Antigo Testamento, oferecer dons e
era o ministro designa- sacrifÍcios pelo povo
Sacerdote Lv ro.B-Lt:2:-.!24
do para representar o e interceder petos
homem diante de Deus. transgressores (Hb
5.1-3).

Presenrar o conhe-
cimento e mani-
Porta-voz oficiat de Dt t3.zo-zz',
Profeta festar a vontade do
Deus. z Co 14.26-4o
Unico e Verdadeiro
Deus (Ez z,t-to).

56 lovENS
 Jeremias 34.r-6 nas suas mãos; e teus olhos verão os
t A patavra que do SENHOR veio a Je- othos do rei da Babilônia, e e[e te falará
remias quando Nabucodonosor, rei da boca a boca, e entrarás na BabiLônia.
Babil.ônia, e todo o seu exército, e todos 4 lbdavia ouve a patavra do SENHOR, ó Ze-
os reinos da terra que estavam sob o dequias, rei deJudá:Assim diz o SENHOR
domínio da sua mão, e todos os povos a teu respeito: Não morrerás a espada.
pelejavam contra Jerusalem e contra
todas as suas cidades, dizendo:
5 Em paz morreras, e, conforme as inci-
nerações de teus pais, os reis prece-
z Assim diz o SENHOR, Deus de lsrael: dentes, que foram antes de ti, assim te
Vai, e fala a Zedequias, rei de Juda, e queimarão a ti e prantear-te-ão, dizendo:
dize-lhe:Assim diz o SENHOR: Eis que Ah, SENHOR! Porque sou eu que digo
eu entrego esta cidade nas mãos do rei a palavra, diz o SENHOR,
da Babilônia, o qual a queimará. 6 E anunciou Jeremias, o profeta, a Zede-

3 Etu não escaparás das suas mãos;antes, quias, rei de Judá, todas estas palavras,
decerto, seras preso e seras entregue em Jerusalem,

contexto historico no qualestava inserido,

Na tição deste domingo, vamos pelos efeitos de seu ofício profético e o
aprender a respeito da resposta negativa publico a quem foi enviado, composto
dos reis Jeoaquim e Zedequias a Pa[a- tanto pelo povo como tambem pel.a sua
vra de Deus transmitida por Jeremias. [iderança, inc[usive os reis de seus dias,
Veremos as terríveis consequências que Jeremias e conhecido não somente
sofreram em decorrência disso, pelas mensagens que entregou durante
o seu ministerio, mas tambem pelo
I - UM PROFETA ENTRE OS REIS sofrimento que isso lhe causou. lsso
L Jeremias, enviado aos reis. Deus se confirma em diversos episodios da
escolheu e enviou Jeremias como profeta trajetoria deste profeta, especialmente
as nações, E[e tambem seria responsavel na ordem divina que o privou de "se
por transmitir a mensagem divina "sobre casar", "não lamentar os mortos" e "não
os reinos"(v. 1o). A monarquia foi instituída ir a banquetes" (Jr t6.2,5,8).
nos dias de Samuel por apelo do povo (r Por entregar a mensagem de Deus
Sm 8.r-zz).Entretanto, desde a epoca de ao povo e principalmente aos reis de
Moises, Deusjá mostrava que o rei deveria seu tempo, Jeremias foi perseguido
ser escoLhido dentro de seus criterios, pois Ur 36.26), posto em prisão Q7.t1-zr) e
teria a missão de cumprir a sua vontade lançado numa cisterna Ur g8.r-6).
(Dt rzr5). Na missao de lideraro povo sob 3. Um profeta e cinco reis. O texto
a vontade divina, os reis eram orientados de abertura do livro de Jeremias informa
pelos profetas de seus dias. que a palavra do Senhor foi a ele nos dias
z. O preço por profetizar aos reis. O de Josias e nos dias de Jeoaquim ate
ministerio de Jeremias foi extraordinario, ao fim do ano undecimo de Zedequias
primeiro porque foi chamado por Deus, de- Ur t.2,3). O destaque a estes três reis se
pois pela mensagem que entregou, peto dá em virtude de que eles reinaram por

IOVENS 57
longo tempo, razáo pela qual as suas religiosa da historia de lsrael, Jeoacaz,
ações são fundamentais no ministerio seu filho, o substitui e reinou por três
de Jeremias e para a compreensão de meses E Rs 23,3il. Eliaquim, seu irmão,
suas Lições na atualidade. assumiu o trono em seu lugar e teve
Jeremias profetizou por aproxima- o seu nome mudado para Jeoaquim
damente 4o anos, compreendendo pelo Farao- Neco a quem serviu como
o governo dos seguintes reis: Josias, rei vassalo,
)oacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, A expressão "efezo que era mau aos
Destes cinco reis, Joacaz e Joaquim olhos do Senhor, seu Deus" Q Cr S6.S)
reinaram somente três meses cada um define a triste trajetoria deste rei, cujas
e ambos "fizeram o que era mal aos marcas centrais de seu governo foram
othos do Senhor" € Rs 23.31,32',24,8,9). a introdução de práticas pagãs e idola-
tras Ur 7,t6-r8; u.g-13:Ez 8), a frouxidão
sutssÍDlo* moral Ur 5.26 -zg:7l-t') e a perseguição
"O oficio de profeh - t...1 Os usrdadet- a profetas fieis (Jr z6.zo-23). Jeremias
ros profetas de Detrs foram levantados profetizou contra a injustiça praticada por
por E[e para servir como um tlpo de ter- este rei na construÇão de seu palácio, El.e
ceira ordem,juntamente ccuTl o mcerdote usou mão de obra escrava Ur zz.t3-19),
e o rei" Seu papet era de orlgern rnals razáo pela qualfoi perseguido de forma
divina e importante do que o rei e c sa- implacável (n,r8-23.
cerdote; não era, entretanto, 'oficiatizado' Jeoaquim contribuiu diretamente
no sentith que eram os q.üros De fato, ao com o enfraquecimento dos efeitos
imes de transitar nos cÊrcutos da potÍtica positivos da reforma religiosa promovida
e da retigião estabetecida, os profetas por Josias, seu pai, e veio a morrer no
agiam por fora, come instrurnentos de ano 598 a.C,
correção ou consetheiros. z. Jeoaquim, o rei que rejeitou a
Todas as sociedades do mundo mensagem de Deus. Jeoaquim reinou
antiEo tinham seus profetas, nrrcls os de por cerca de onze anos, período no qual
Israel desüacavam-se em vários sentidos. Jeremias atuou como profeta. O episo-
Em primeiro lugar, e[es tinham a totat dio em que Jeoaquim corta e Lança ao
consciência de que eram chamados fogo o pergaminho com a mensagem
por Deus e, se de fato erarn servos de de Deus enviada por Jeremias atraves
Yahrveh, adaptavam-se aos estritos de Baruque, a[em de ser um dos mais
critérios necessários a função, a fim de marcantes, mostra de forma clara como
provar a sua credibitidade e genuidade"' o rei lidava, não somente com o profeta,
mas principalmente com a Palavra de
fMERRILI- Erlgene H Hlbtóna de Israet no
Ant§o Iestan'lenta Rio de Janefuo: CPAD. Deus Ur 36,13à.
eoo1, pp"4o1el. Aproveitando o grande numero
de pessoas em torno do TempLo, por
ll - JEOAQUIM: O REI OUE REJEI- causa da convocação de um jejum,
TOU A DEUS E A SUA PAI-AVRA sob a orientaÇão divina, Jeremias, que
1. Quem foi o rei Jeoaquim. Com a estava impedido de ir a Casa do Senhor,
morte de Josias, o rei da maior reforma ditou a mensagem ao escriba Baruque

58 lovENS
lhe dando a missão de transmiti-la ao 6og-Sg8 a.C.). A sua mãe era Zebida.
povo Ur 36.5,6), Jeoaquim'fez o que era mal aos olhos
A mensagem proclamada na Casa do Senhor'Q Rs 2357,, e o seu reinado
do Senhor repercutiujunto ao rei que, ao de onze anos está registrado em z Reis
ouvi-ta, cortou em pedaÇos o pergaminho 23.34-24.6 e zCronicas S6,q-8. El.e tinha
e lançou-os no fogo (w, zz,z3), De todos vinte e cinco anos quando o farao Neco
os erros de Jeoaquim, este, certamente, depos o seu irmão Jeoacaz e fe-La rei,
foi o mais grave, pois o texto informa que mudando o seu nome de nascimento,
"não temeram, nem rasgaram as suas "Eliaquim", para Jeoaquimi lnicia[mente,
vestes o rei e todos os seus servos que pagou tributo ao Egito, mas tornou-se
ouviram todas aquelas palavras" (v.24. vassalo da Babitônia quando Nabuco-
A[em de rejeitar a pa[avra de Deus, donosor derrotou Neco em 6o5 a,C.
o rei ordenou que o mensagerro fosse Jeremias profetizou exílio e morte por
perseguido, entrando assim para a causa da sua ganância e opressão dos
historia como um dos reis que não pobres Ur zz.t3-tg). Jeoaquim queimou
deu ouvidos ao conselho de Deus pelo o rolo de Jeremias e tentou prender o
profeta (v, z6). profeta, mas foi frustrado por Deus Ur
3. A rejeição da Palavra de Deus 36.2o-26); matou, no entanto, o profeta
e as suas consequências. Rejeitar a Urias Ur z6.zo- z3'1. Jeoaquim ignorou
Palavra de Deus e um ato de insubmis- o conselho de Jeremias e rebeLou-se
são e de rebeLdia, Contudo, aceitá-la e contra a Babilônia, de modo que Nabu-
submeter-se a el'a e demonstração de codonosor revidou primeiro enviando
amor ao Senhor (Jo L4.t5,2t,23,24). O rei pequenos bandos militares, depois
Jeoaquim rejeitou a Palavra do Senhor, sitiando Jerusalem e capturando Jeoa-
perseguiu o profeta e decidiu andar quim. Provavelmente, morreu no exí[io.'
pelos seus proprios caminhos, como se
Dir'rrár', Bibtico Baker. Rio de Janeiro:
vê na decisão que tomou em rebelar-se CPAD, zoz3, p. z7o.)
contra Nabucodonosor k Rs z4.t), vindo
a ser duramente punido (z Rs z4,z', Jr lll - ZEDEQUIAS: O REI DAS lN-
35.ril e, na sua morte não foi honrado CERTEZAS
e nem por ele houve quem lamentasse r. Quem foi o rei Zedequias. Joaquim
Ur zz.t1,1g; 36,30). Já o profeta que por reinou no lugar de Jeoaquim por apenas
ele foi perseguido, experimentou a três meses e foi substituído por seu tio
proteção divina (Jr 36.26), e quanto a Matanias, que teve o seu nome mudado
Palavra de Deus que Jeoaquim rejeitou, peto rei da Babil.ônia para Zedequias
Jeremias ditou o mesmo conteudo para (e Rs 24.11. De acordo com o registro
que Baruque reescrevesse "e ainda se bíbl.ico, Zedequias andou nos mesmos
acrescentaram a etas muitas palavras caminhos de Jeoaquim e "fez o que era
semelhantes" (g6.ae), mal aos olhos do Senhor" (z Rs zq,e)
e o seu governo foi, ao que parece, a
SUBSíDpff apLicação da ira de Deus contra Juda.
"Jeoaquim. O segundo dos fiLhos Zedequias assumiu o trono de Juda
do rei Josias a reinar sobre Juda (r, aos vinte e cinco anos de idade e reinou

lovENS 59
por onze anos. E[e não se rendeu à von- freu os danos, e ainda submeteu uma
tade de Deus, nem aceitou a mensagem nação inteira a vergonha e à destruição,
dEte por meio de Jeremias e, pela dureza por causa de sua fraqueza, demonstra-
de seu coração "não se converteu ao da na incerteza em relação a aceitar e
Senhor" (z Cr 36.u-r3). obedecer a Palavra de Deus.
Zedequias teve de amargar a ex- 3. A incerteza de um rei e as suas
periência da ultima e mais trágica das consequências. Uma das qualidades
invasões da Babil,ônia em Jerusalem, que Deus requer daqueles que lideram
culminando com a sua destruiÇão total, sobre o seu povo e "força e coragem",
conforme profetizado por Jeremias Ur como se vê em suas palavras quando
g+.r-6). lsso tudo porque, a semelhan- Josue recebeu a incumbência de subs-
ça de Jeoaquim, Zedequias não deu tituir Moises Us r.g). Estas qualidades
ouvidos a voz de Deus e padeceu de são encontradas em Gideão, alias, elas
um grande ma[. lhes renderam o elogio que recebeu do
z.Zedequias, o rei das incertezas. proprio Sen hor Uz 6.tz,t4),Ao contrario
Como se sabe,Zedequias era ainda disso, o rei Zedequias teve em sua
bem jovem quando assumiu o reinado fraqueza a raiz de todos os males em
de Juda e, embora, segundo as Escri- sua trajetoria, pois dela resultou a sua
turas, tenha trilhado por caminhos que incerteza nos momentos nos quais ete
não agradaram a Deus, ele consultou teve de tomar decisões importantes.
Jeremias por algumas vezes Ur zt.t-7', E[e não se submeteu a mensagem de
37.3, t7-zt',38.1-28), o que demonstra, Deus transmitida por meio do profeta
em alguma medida, um certo interesse Jeremias. Como consequência, o juízo
por tentar andar pelo caminho correto, de Deus se manifestou, permitindo que
Ha duas situações por meio das quais o rei da Babil.ônia matasse os seus filhos
e possível notar a fraqu eza deste rei: a sua vista, lhe tirasse os seus olhos e
a primeira e que não tinha forças su- destruísse as casas de seu povo e a
ficientes para liderar os oficiais de seu propria Jerusatem Ur gg.6-8).
governo Ur 38,5) e a segunda e que não Não ouvir os conselhos de Deus
tinha medo da opinião popular Ur tg', z4). por meio de Jeremias custou caro a
Definitivamente, o reino de Zede- Zedequias.
quias foi marcado por incertezas ad-
vindas de sua fraqueza pessoal como @ PENSE!
se vê no episodio em que o profeta o Cama o reÍ Zedequias lídou com o
aconselha a entregar-se ao governo de conseth o de Deus? Como uocê tída
Babilônia, como sina[ de humilhação com eles?
e aceitação da disciptina de Deus. No
entanto, ainda que por um momento
ele tenha pensado em cumprir a ordem
o PONTO IMPORTANTE!
Zedequias agradou aos homens e
divina, todavia, por causa de suas pre- decidiu não ouvir os cons elhos de
ocupaÇões com os de fora, optou por Deus através de Jeremias. ExÍste
ir contra a vontade divina Ur 38.r4-4). uma senten ça para aquetes gue
Zedequias, portanto, foi um rei que so- desprezam os conselhos de Deus.

60 JovENS
 WILLMINGION, H,L, Dicionorio

OcoNCLUSÃo
Ouvir os conse[hos divinos e viver de
acordo com eles é ter a garantia de
uma vida protegida pelo Senhor. Por
outro [ado, rejeitá-[os, a semelhan-
ça de Jeoaquim e de Zedequias, e
O HoRA DA REVrsÃo uma escolha insensata, arriscada e
1, Segundo a [ição, quando foi insti- perigosa.
tuída a monarquia? Vimos nesta tição que o princípio da
A monarquia foi instituÍda nos dias obediência aos conselhos de Deus
de Samuel por apelo do povo; en- serve para todos indistintamente, ê
tretanto, desde a epoca de Moises, que este e o caminho para uma vida
Deus ja mostrava que o rei deveria longa, sossegada e abençoada,
ser escolhido dentro de seus crite-
rios, pois teria a missão de cumprir
a sua vontade,
2. Qua[ deveria ser a missão do rei?
Liderar o povo sob a vontade divina.
ANOTAÇAO
3, Quem orientava os reis?
Os reis eram orientados pelos pro-
fetas de seus dias,
4, Qua[ o nome dos 3 reis que apare-
cem na abertura do tivro do profeta
Jeremias?
Jeremias profetizou por aproxima-
damente 4o anos, compreendendo
o governo dos seguintes reis: Jo-
sias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e
Zedequias.
5. Qua[ o nome do escriba para quem
Jeremias ditou as palavras do Se-
nhor?
Baruque,
 uÇÃo e
30 nov 2025

AFIDELI DADE
DOS RECABITAS
TffiXT# pffi$Nt$rÂt
"Para que sejais irrepreensíveis §EGUNDA*lCre,55
e sinceros, filhos de Deus A origem dos recabitas
inculpáveis no meio duma TERÇA * M[ 8,18
geração corrompida e perversa, A díferença entre o justo e o ímpio
entre a qual resplandeceis como §UARTA-eTmz.1g
astros no mundo." (Fp 2.15) Apartar-se da íniquidade o que
profere o nome de Cristo
ffiffiSur\$* ffiA L§Çe# QUINTA * Pv 4,zq
Se desvie da tortuosidade
Deus usou os recabitas como §EXTA - Í. Ts 4.!-Lz
um exemplo de fidelidade É da vontade de Deus a
aos seus princípios, para nossa santificação
advertir Judá. SABADO * §[ rot,a
Tenha um coração síncero

62 lovENS
 r \
OBJETIVOS
$# MOSTRAR quem são os recabitas;
ffi REFLETIR a respeito do exemp[o de vida de Jeremias e dos recabitas:

ffi'RECONHECER o nosso chamado a santidade.

\ ,l

TNTERAÇÃO
Professor(a), a Lição deste domingo e um convite para nos vivermos em
santidade e fidelidade a Deus. Veremos que o comportamento de Judá, assim
como de atguns crentes da atualidade, não reftetia a sua identidade como povo
de Deus, Contudo, os recabitas se tronaram um exempl.o de fidetidade e santi-
dade, Essas são virtudes que agradam a Deus independente dos tempos e da
cultura, Asantidade traz a presenÇa de Deus para a nossa vida e não há nada
melhor do que a presenÇa divina em nos

oRTENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), sugàrimos que você repr.oduza o quadro abaixo e utitize-o
para mostrar aos alunos o contraste existente entre os recabitas e os israetitas,
Destaque que a obediência aos preceitos divinos deve ser eterna,

RETABITAS ISRAELITÀS

Manttnharn os votos feitos a um tíder Quebraram a aliança com o Todo*Pode-

humano. r05CI.

Obedeciarn às leis que tratavarn de gues-

Se recusaram a obedecer às Lets divinâs.
tões temporais.

Obedeceram por duzentos anos. Desobedeceu por centenas de anos"

Seriam recompensados. Seriam casttgados.

Adoptado do Bíblío de Estudos Aplicoçõo Pessoal, CPAD, p, 1ooo,

lovENS 68
 LICO

Jeremias 35.1-14
1 Palavra que do Senhor veio a Jeremias, quanto nos ordenou; de maneira que
nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, não bebemos vinho em todos os nossos
rei de Judá, dizendo: dias, nem nos, nem nossas mulheres,
z Vai à casa dos recabitas, e fala com e[es, nem nossos fithos, nem nossas filhas;
e leva-os a Casa do SENHOR, a uma g nem edificamos casas para nossa ha-
das câmaras, e dá-lhes vinho a beber. bitação, nem temos vinha, nem campo,
3 Então, tomei a Jazanias, filho de Je- nem semente,
remias, fiho de Habazinias, e a seus 10 mas habitamos em tendas, Assim, ou-
irmãos, e a todos os seus fi[hos, e a vimos e fizemos conforme tudo quanto
toda a casa dos recabitas; nos mandou Jonadabe, nosso pai.
4 e os levei a Casa do SENHOR, à câmara tt Sucedeu, porem, que, subindo Na-
dos fil.hos de Hanã, filho de Jigdalias, bucodonosor, rei da Babil.ônia, a esta
homem de Deus, que está junto a terra, dissemos: vinde, e vamo-nos a
câmara dos príncipes, que está sobre Jerusalem, por causa do exercito dos
a câmara de Maaseias, filho de Salum, catdeus e por causa do exercito dos
guarda do vestíbuLo; siros; e assim ficamos em Jerusatem,
S e pus diante dos fiLhos da casa dos Lz Então, veio a patavra do Senhor a Je-
recabitas taças cheias de vinho e copos remias, dizendo:
e disse-thes: Bebei vinho.
13 Assim diz o SENHOR dos Exercitos, o
6 Mas etes disseram: Não beberemos Deus de lsrael: Vai e dize aos homens
vinho, porque Jonadabe, filho de Re- de Judá e aos moradores de Jerusalem:
cabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Porventura, nunca aceitareis instrução,
Nunca bebereis vinho, nem vos nem para ouvirdes as minhas pa[avras? - diz
vossos fi[hos; o SENHOR.
7 não edificareis casa, nem semeareis r4 As palavras de Jonadabe, filho de Re-
semente, não ptantareis, nem possui- cabe, que ordenou a seus filhos que
reis vinha alguma; mas habitareis em não bebessem vinho, foram guardadas,
tendas todos os vossos dias, para que pois não beberam até este dia; antes,
vivais muitos dias sobre a face da terra ouviram o mandamento de seu pai; a
em que vos andais peregrinando, mim, porem, que vos tenho fatado a
8 Obedecemos, pois, Jonadabe,
a voz de vos, madrugando e falando, vos não
fitho de Recabe, nosso pai, em tudo me ouvistes.

manter-se santo e fiel a Deus em um

O Senhor ordenou que Jeremias mundo caído, partindo do exemplo
tomasse os recabitas como exemplo dos recabitas (Rm tz,z),
de fidel.idade para contrastar com a
infidel.idade e a dureza do coraÇão de I . OS RECABITAS
Judá, O objetivo divino era despertar 1. Quem são os recabitas? Segundo
o seu povo para que se arrependesse. o Dicionqilo Bíblico Boker, os recabitas
Na Lição desta semana, vamos estudar são "uma família ou, talvez, uma ordem,
a respeito da necessidade do crente que tem as suas origens em Jonadabe

04 lovENS
(z Rs 1o), um fiLho queneu ou descen- construíam casas e não plantavam
dente de Recabe (veja r Cr 2,55), cujos vinhas, Deus não exigiu que este grupo
integrantes são zelosos peto Senhor," vivesse dessa forma, esta atitude parece
E[es são citados no capítuLo 35 do livro exagerada e sem proposito. Contudo,
de Jeremias como exemplo para Judá. no que se refere a não beber vinho,
O profeta, mediante a orientação do essa comunidade estava obedecendo
Senhor, usa esse grupo com a finalidade avoz de seu Líder em uma orientação
de proferir uma mensagem ao povo de de sabedoria e que não desonrava a
Judá. No entanto, pouco se sabe sobre Deus. Quanto a não construir casas,
a origem deste grupo, mas o que se eles demonstraram desapego as coisas
sabe e suficiente para chamar a atenção, transitorias desta vida,
principalmente pelo compromisso que lnquestionavelmente, essas atitudes
tinham com o seu modo de viver que estiveram pautadas em valores que
receberam de seus patriarcas, fundamentavam a vida dos recabitas,
2. Como viviam os recabitas. E[es tais como: obediência: limites a serem
Levavam uma vida simples e isso se observados; vida separada e prevenir-se
deu porque Recabe, seu líder-fundador, para não agir imoralmente e não cair
estabeleceu [imites com a intenÇão na idolatria. Estes vatores contribuíram
de protegê-[os da imoralidade. E[es para que Jeremias tomasse esta comu-
habitavam em tendas e viviam como nidade como exemplo de fidel"idade e
peregrinos, andando pela terra, daí de advertência a Judá.
porque não construíam, não plantavam
e nem cultivavam vinhas Ur ZS.l). SUBSíDP ffi
A maneira de viver deles era fruto "O pai de Jonadabe e fundador da
de uma decisão pessoal. a partir de seu famíLia dos recabitas, Recabe pode ter
[íder, Não era uma exigência de Deus, ja sido de uma das famílias de queneus
que o seu povo recebeu promessas de que entraram na Palestina com os
que na Terra Prometida teria casas bem israelitas (r Cr z.5S). Nos dias do reino
construídas, plantações em abundância, dividido, Recabe determinou que a
bens dos mais diversos e fartura de causa da apostasia e da imoralidade
atimento (Dt 6.Lt,Lz:7.8). A vida dos re- do povo era a cultura patestina, e
cabitas se assemelha, em certa medida, comandou seus fil,hos a voltarem ao
com a vida dos nazireus, pois tambem seu antigo modo nômade de vida com
viviam em abstinência de vinho e com toda sua simpticidade. Nos dias de
habitos que os distinguiam da maioria Jeu, Jonadabe, o Líder dos recabitas,
das pessoas Uz 6', Jz 13,4-7', r Sm r.u). auxiliou aque[e rei em sua destruição
3. Os recabitas e os seus vatores. A ao culto a Baa[ (z Rs 10.15,23). Nos dias
identificação dos valores dos recabitas de Jeremias, o profeta usou os recabitas
passa, em primeiro lugar, por relembrar, como uma tição objetiva. Ete os levou
ordenadamente, daqui[o que eles ate a Casa do Senhor, e lhes ofereceu
abriram mão em cumprimento a ordem vinho, E[es recusaram por causa de
de seu tíder-fundador, Já sabemos que sua lealdade para com o seu ancestral,
os recabitas não bebiam vinho, não Recabe, e sua ordem. Jeremias usou

lovENS 65
a fidetidade detes como uma censura ma intenção de fazer alianças duráveis
a infideLidade de lsrael para com o 6-ril. Depois disto, o texto informa
(vv.
Senhor. Por causa de sua fidetidade, o que Jeremias recebeu a mensagem de
Senhor lhes prometeu: 'Nunca faLtará Deus a ser transmitida a Judá com base
varão... que assista perante a minha nesse episodio (vv, tz-t1), seguido da
face todos os dias' (Jr 35.19). Diz-se promessa de Deus aos recabitas pela
que Rab Judah registrou que as fithas sua fideLidade (vv. 16-19). Essa era a
recabitas se casaram com os tevitas, e estrutura do texto refere-se a atitude
assim esta linda promessa foi cumprida. de Jeremias em usar a fidel.idade dos
Hegessippus disse que 'sacêrdotes recabitas como exemplo para Judá,
recabitas' intercederam por Tiago, o z. O exempto dos recabitas. O
irmão do Senhor Jesus Cristo, rnas não exemplo dos recabitas e mais um ato
conseguiram salvar sua vida, simbolico do ministerio de Jeremias e,
Matquias, o'filho de recabe', repa- natura[mente possui alguns elementos
rou a Porta do Monturo de Jerusatem que,alem de importantes, são tambem
sob o governo de Neemias {Ne 3.14). muito bem empregados no texto bíbLico,
ELe pode ter sido o líder dos recabitas No entanto, mais importante que o seu
depois do exí[io." aspecto literário e identificar motivação
{Drcronáno Uíycliffe Dicronário Bíblico. Rio
e o proposito de Deus, e consequen-
de Janeiro, CPAD, 2006, p. r6S:.J temente do profeta, já que ele estava
sob a sua ordem Ur 35.r,2).
L
II - JEREMIAS E OS RECABITAS E possível perceber o proposito no
I Compreendendo o texto. Em obe- uso do exemp[o dos recabitas. Deus já
diência a ordem divina, Jeremias levou vinha usando os profetas para falar a
"os da casa dos recabitas" a "Casa do Judá ha atgum tempo, mas sem mudan-
Senhor, a câmara dos fil.hos de Hanã" Ur ça alguma em suas atitudes, como se
35. 1-4). Sobre Hanã, a mesma referência vê nas expressões: "vos não me ouvistes
bíblica informa que JigdaLias foi o seu [...] mas não inclinastes os ouvidos, nem

pai, alem de dizer que ele foi "homem me obedecestes a mim t...1 mas este
de Deus" o que aponta para a possibi- povo não me obedeceu t.,.1 pois lhes
Lidade de ete ter sido um profeta e que tenho fatado, e não ouviram; e cLamei
a sua câmara ficava 'junto a câmara dos a e[es, e não responderam" (vv. t4-L7),
príncipes", o que leva-se a crer ter sido Deus tambem mostrou a fideLidade dos
ele uma pessoa de grande influência e recabitas em contraste a indiferenÇa
que respeitava o ministerio de Jeremias de Judá diante da sua Palavra, com o
(r Sm z.z7:9.6,8,10; 1 Rs tz.zz). proposito de ativar a consciência de
Frente a proposta do profeta para seu povo, sob a promessa de não o
que etes tomassem vinho, os recabitas, tirar de sua terra (v, r5),
não so rejeitaram, como reafirmaram g. A mensagem. Ao ressaltar a
o compromisso com os ensinamentos fideLidade dos recabitas, Jeremias
de seu líder-fundador, sem deixar de acentuou a desobediência do povo de
mencionar que estavam em Jerusalem Judá. A[i estava, diante de todo o povo,
de passagem, isto e, não tinham nenhu- um exemplo vivo da fidel.idade de um

66 JovENS
grupo as ordens de seu [íder, ja morto restrições pratícadas pelos recabitas os
ha cerca de dois seculos, contrastando ajudavam a escapar das inftuências da
com a infideLidade de Judá frente ao degradação espiritual, moral e social
Deus vivo e Todo-Poderoso. em sua propría nação.
Enquanto os recabitas guardavam, E) Embora algumas das regras dos
com dil.igência, uma tradição humana, recabitas não precisem ser seguidas
o povo de Juda desprezava a Lei do pelos cristãos hoje, seu objetivo de
Eterno, Portanto, a mensagem e a permanecerem separados das crenÇas
de arrependimento, não destoando e comportamentos maus e iníquos ain-
das demais que ja havia transmitido da deve ser o objetivo dos verdadeíros
e nem das que ainda transmitiria. A servos de Cristo. Como Jonadabe, os
expressão "convertei-vos" aponta para pais devem ter padrões para os seus
o conteudo da mensagem, enquanto filhos que os ajudem a se manter fieis
"madrugando" indica a urgência, a a Deus e a sua Patavra.
seriedade e a insistência de Deus com 35.19 - A fideLidade dos recabítas ao
o seu povo (v. r5). seu antepassado seria recompensada.
Sendo assim, o tema central neste E[es sempre teriam descendentes
ato simbolico a partir do exemplo dos que serviriam a Deus, Todos os servos
recabitas e a infidetidade de Judá e de Cristo que permanecerem leaís
o seu chamado ao arrependimento. aos padrÕes, convicções e princípios
Entretanto, os ouvidos e o coração piedosos por respeito a Deus, a ígre.la
fechados não contribuíram para que e aos pais receberáo a bênção e as
o povo se arrependesse, vindo então recompensas de Deus."
o juízo, ainda que mensagem tenha
Gíbü, d, E tudo PentecostaL Rio de Janeiro:
sido anunciada (v, t7). CPAD, zoz3, p.gSS.)

suBsíDro e III - UM CHAMADOASANTIDADE

"Os recabítas perrnaneceram leais r. O que é santidade? Santidade e
as suas convícções, recusando-se a aquilo que e proprio do que e santo,
desobedecer as reg ras estabetecidas Quando retacionada a Deus, a santidade
peto seu ancestral. e um de seus atributos, geralmente
(il Jonadabe tinha dado esüas regras retacionado ao aspecto moral, embora
para que os seus descendentes pudes- as suas impl,icações sejam muito mais
sem manter um estilo de vida simples, amp[as,
separados dos ímpíos cananeus e A santidade diz respeito tambem
evitando o modo maligno de vida que ao que ou a quem esta proximo de
os israelitas haviam adotado como Deus, como o seu povo que, alem de
resuttado de sua constante rebelião e ser convocado a viver em santidade
incredul.idade para com Deus. A abs- e tambem denominado como "nação
tinência de vinho os ajudava a evitar a santa" (r Ts 5.23', r Pe z.g), Santidade e
imoralidade da adoração a Baa[, a qual a qual,idade de alguem que se entrega
envotvia frequentemente a embria guez sem reservas a Deus e para ELe vive de
e o comportarnento tascivo. As outras forma exclusiva, com vistas a agradá-Lo.

lovENS 67
 2. Santidade como fruto da fi- sempre (r Ts 4.3; t )o z.t7). Portanto, a
detidade. Santidade e fideLidade são santidade e a fideLidade agradam a
virtudes que o Espírito Santo desenvolve Deus e permitem que os crentes sejam
na vida do crente. Mas qual a relação beneficiados com as bênçãos divinas.
entre santidade e fidel.idade? O termo
fidetidade vem do Latim fidelrs e diz suBsíHo ffi
respeito a quem e fiel, l'ea[, constan- "No sentido bíbl.ico, a palavra'santi-
te, consistente e comprometido com fi cação' relaciona-se diretarnente com
algum compromisso assumido, Os as patavras hebraicas e gregas para de-
recabitas são um bom exempl.o de signar "santo'. Apesar da ênfase contínua
fideLidade, pois, diante da oferta feita de muitos escritores de que 'santo" fata
por Jeremias para que eles tomassem de separação e que "ser santo" significa
vinho, eles preferiram manter-se firmes 'sêr separadon, os terrnos bíblicos sao
em seguir o compromisso de honrarem relacionais e falam principalmente de
a diretriz de um líder queja não estava pertencimento.'Ser santo' (santificado)
.pertencer
entre eles (Jr gS.8). significa a Deus'; a separaçao
Daniel, o profeta, tambem serve sêgue-se apenas quando se estabelece
como um exemplo de que a fidel.idade a exctusividade do relacionamento.
e a base solida de uma vida construída A gradação do sacerdocio do AT
no proposito de honrar a Deus com em níveis de santidade que capaci-
uma vida de santidade, pois, no mes- tava a entrada e o serviÇo em rnenor
mo contexto de Jeremias, nos dias do ou rnaior intensidade da presença de
rei Jeoaquim, junto de outros nobres, Deus ressatta ainda mais essa qual.idade
ele foi levado a Babil.ônia e, [onge dinâmica da santidade. Embora todo
de sua terra, teve a possibitidade de o povo de lsrael fosse santo (perten-
se contaminar com as suas iguarias. cente ao Senhor Deus), os sacerdotes
Entretanto, decidiu firmemente não o desfrutavam de um grau mais alto de
fazer, mantendo-se fie[ a Deus e em santidade do que o israelita comum.
santidade (Dn r.r-8). Nos cargos dos sacerdotes, o sumo
3. A santidade que abençoa. Depois sacerdote passava por rituais mais rígi-
de mostrar o contraste entre a fidetidade dos de consagraÇão, visto que somente
dos recabitas e a infidel.idade de Judá, ete poderia ministrar na presença rnais
o Senhor vaticinou o mat que viria sobre intensa de Deus {Lv 16.r-17).
o seu povo e o bem que faria aos fil.hos Os israetitas comuns possuíam um
de Jonadabe Ur 35.r7-Ld. A fidel.idade nível mais baixo de santidade que os
e a vida separada dos recabitas atraiu levitas e os sacerdotes, mas podiam,
a atenÇão de Deus que garantiu a individuatmente, adquirir rnaior níve[ de
perpetuação deste povo, somada a santidade através da obediência. A[em
promessa de que os seus descenden- disso, votos especiais - como o do
nazireu, por exernplo aumentavam a
tes assistiriam em sua presença (v, rg), -
Deus quer que o seu povo seja santo qualidade do israelita comum como santo]'
e aos que fazem a sua vontade têm a íAdrpt d, de Dr'cion ário BíbticoBaker Rio
promessa de que permanecerão para de Janeiro: CPA D, zoz3, p. 4St.)

68 IovENS
 ESTANTE DO PROFESSOR
Dicionorio Wyclitre Dicionorio Bíblico,
Rio de Joneiro, CPAD, 2006,

OcoNCLUSÃo
A Lição que estudamos e um convite
O HoRADAREVTsÃo aos crentes deste tempo a viverem em
santidade e em fidel.idade a Deus, O
t. Segundo o Dicionario Bíblico Baker,
quem são os recabitas? comportamento de Judá não refletia
a sua identidade de povo de Deus, daí
Segundo o Dicionario BíblicoBofter, os
recabitas são "uma família ou, talvez, porque E[e contrastou a sua infideLi-
uma ordem, que tem as suas origens dade com a fidetidade dos recabitas,
em Jonadabe, um fiLho queneu ou ensinando a esta geração que a fide-
descendente de Recabe, cujos in- tidade e a santidade são virtudes que
tegrantes são zelosos peLo Senhor." o agradam e abrem as portas para que

z, Qual. a finatidade do profeta, as suas bênçãos sejam derramadas

mediante a orientação do Senhor, aos que assim decidem viver.

usar os recabitas como exempto?

O profeta, mediante a orientação
do Senhor, usa esse grupo com a
finalidade de proferir uma mensa-
gem ao povo de Juda
3. Segundo a Lição, o que é santidade?
Santidade e aquilo que e proprio ANOTAÇAO
do que e santo.
4. Quem desenvolve no crente a
virtude de santidade e fidel.idade?
Santidade e fidelidade são virtudes
que o Espirito Santo desenvotve na
vida do crente.
S. Quat a origem do termo 'fidelidade'
e quat o seu significado?
O termo fide[idade vem do latim
frdetis e diz respeito a quem e fiel,
[eal, constante, consistente e com-
prometido com algum compromisso
assumido
 IO
%
dez

APRISAO DEJEREMIAS

ü
§EGUNDA * Jr 32.1-3
"[...] nem a profundidade, nem
Deus fala com Jeremias na prísão
alguma outra criatura nos poderá
TERÇA * Jr 38,í.-6
separar do amor de Deus, que
Jeremias é lançado numa crste rna
está em Cristo Jesus, nosso
Senhor!" (Rm 8.39) AUARTA * Ef 3,14-16
A prisão não impediu Paulo de
orar pelos irmãos de Éfeso
ftHSUMü üA LtÇÃS QUINTA - Ef 6.18
Orar em todo o tempo
Jeremias permaneceu fiel a SEXTA - zTm z,to-Lz
Deus a despeito das oposições O sofrimento de Paulo e seu
e das perseguições. compromisso com os crentes
§AtsADO - Nm z3.tg
Deus é fíel à sua Palavra

70 lovENS
 OBJETIVOS
ffi MOSTRAR como se deu a prisão de Jeremias;
ffi SABER a respeito da ação de Deus, apesar da oposição:
ffi REFLETIR a respeito da fideLidade de Deus, o povo e o profeta.
I

TNTERAÇÃO
Na Lição deste domingo, veremos que mesmo em meio ao sofrimento cau-
sado pel,a sua prisão, o profeta Jeremias desfrutou do cuidado de Deus, ouviu
sua voze sua fé foi renovada. ELe experimentou da fidel.idade do Senhor, o que
Lhe deu condições para suportar as muitas adversidades. Como servos(as) do
Senhor enfrentamos tempos difíceis e devemos nos firmar na fidel.idade de
Deus, em sua bondade, cumprindo a sua Palavra e não esmorecer ate que
Cristo venha,

oRTENTAÇÃO PEDAcOctCA
Professor(a), dê início a Lição expl.icando que os alunos vão estudar parte
do capítulo 37 do livro de Jeremias. Em seguida, pergunte quem leu ou está
lendo todo o livro de Jeremias. Depois pergunte: 'Do que esse capítu[o tra-
ta?' lncentive a participação dos alunos e ouÇa as resposta com atenção. Em
seguida, diga que esse capítuLo comeÇa falando de Zedequias. Em seguida
peÇa que os alunos falem o que sabem a respeito desse rei. Depois, explique
que "e[e foi o segundo dos fithos do rei Josias a reinar sobre Judá (6og-Sg8
a.C.), A sua mãe se chamava Zebida. Jeoaqtrim 'fez o que era mal aos olhos do
Senhor" (z Rs z3A7), e o seu reinado de onze anos está registrado em z Reis
23.34-24.6 e z Crônicas 36,4-8' (Adaptado de Dic ionario Bíbtico Boker, Rio de
Janeiro: CPAD , zoz3, p. z7d.

lovENS 71
 ffi ffi
Jeremias 37.1-15
g Assim diz o SENHOR: Não enganeis a
t E reinou o rei Zedequias, filho de Josias, vossa a[ma, dizendo:Sem duvida, se irão
em [ugar de Conias, fiLho de Jeoaquim, a os caldeus de nos; porque não se irão.
quem Nabucodonosor, rei da Babil.ônia,
ro Porque, ainda que ferísseis a todo o
constituiu rei na terra de Judá.
exercito dos caldeus que peteja contra
2 Mas nem ete, nem os seus servos, nem o vos, e ficassem deles apenas homens
povo da terra deram ouvidos as palavras traspassados, cada um se levantaria
do Senhor que falou pelo ministerio de na sua tenda e queimaria a fogo esta
Jeremias, o profeta, cidade.
3 Contudo, mandou o rei Zedequias a 11 E sucedeu que, subindo de Jerusalem
Jucat, fiLho de Selemias, e a Sofonias, o exercito dos caldeus, por causa do
filho de Maaseias, o sacerdote, ao profeta exercito de Farao,
Jeremias, para lhe dizerem: Roga, agora,
por nos ao SENHOR, nosso Deus,
tz saiu Jeremias de Jerusalem, a fim de ir
a terra de Benjamim para receber a sua
4 E entrava e saía Jeremias entre o povo, parte no meio do povo.
porque não o tinham encerrado na
13 Estando ele a porta de Benjamim,
prisão.
achava-se ali um capitão da guarda,
5 Contudo, o exército de Farao saiu do cujo nome era Jerias, filho de Selemias,
Egito; ouvindo os caldeus que tinham fil.ho de Hananias, o qual prendeu a
sitiado Jerusatem esta notícia, retira- Jeremias, o profeta, dizendo: Tu foges
ram-se de Jerusalem. para os caldeus.
6 Então, veio a Jeremias, o profeta, a U E Jeremias disse: lsso e falso; não fujo
palavra do SENHOR, dizendo: para os caldeus. Mas ele não the deu
7 Assim diz o SENHOR, Deus de lsraet: ouvidos; e assim Jerias prendeu a Je-
Assim direis ao rei de Judá, que vos remias e o levou aos príncipes.
enviou a mim, para se informar: Eis que 15 E os príncipes se iraram muito contra
o exercito de Farao, que saiu em vosso Jeremias, e o feriram, e o puseram na
socorro, voltara para a sua terra do Egito, prisão, na casa de Jônatas, o escrivão;
8 E vottarão os catdeus, e pelejarão contra porque a tinham transformado em
esta cidade, e a tomarão, e a queimarão. cárcere,

TNTRODUÇÃO atenção, tanto pela sua importância

Nesta [ição, vamos reftetir a respeito historica como pela comoÇão diante
do compromisso de Deus com a sua do sofrimento de um profeta fieL. A sua
Pa[avra e com aqueles que lhe são fieis, prisão se deu quando os babilônios se
Veremos sobre o sofrimento de Jeremias afastaram de Jerusalem, por um tempo,
em sua prisão e a providência de Deus para pe§ar contra um exercito egípcio
em manter a vida do profeta, mesmo (v, S), Este foi um momento angustiante,

ele passando por momentos terríveis. tanto para Jerusalem que estava prestes
a ser invadida pelos babil,ônios, como
I - A PRISÃO DE JEREMIAS para Jeremias que, alem de correr risco
r. lnformações iniciais. A prisão de perder a vida, tinha de Lidar com o
de Jeremias e um tema que chama a cumprimento de suas predições a res-

T2pvENS
peito da destruição de seu povo. Juda trata de uma prisão subterrânea, fria e es-
não ouviu avozde Deus e descansou na cura (wt5,r6). Em seguida, o rei permitiu
fatsa sensaÇão de que os babilônios não que o profeta ficasse no atrio da guarda,
voltariam para atacá-[a, ao que Jeremias uma parte do palacio, uma prisão mais
enviou um alerta ao rei de que eles não "branda" e sob a vigiLância de soldados
so voltariam, mas a destruiria (vv. 8-ro), (v. eil, Finalmente, Jeremias foi tançado

Nem mesmo depois de preso o profeta em um calabouÇo e ao que indica que

alterou a mensagem, mas permaneceu se tratava de uma especie de cisterna,
fiel (vv. t7,t9), sendo então colocado "no ou um reservatorio de águas, mas que
atrio da guarda" (vv. zo,zil. so tinha [ama, o que tornou essa prisão
z, A primeira fase da prisão de Je- bem mais terrível para o profeta Ur 38.ô,2).
remias. Zedequias foi um rei indeciso, A segunda fase da prisão de Jeremias
e isso contribuiu diretamente para a se deu nesse calabouÇo sem agua ou
prisão de Jeremias. Diante da decisão do comida, El.e foi acusado de trabalhar
povo em confiar na propria força e não contra Judá e ter desanimado o povo com
em Deus, o profeta Jeremias advertiu a sua mensagem de arrependimento e
a nação a fugir do engano (v. g), como de alerta sobre a invasão de Nabuco-
ctara demonstração de que etes não donosor. Enquanto os que trabatharam
conheciam a Deus e nem o seu juizo, contra Jeremias eram príncipes de Juda,
Enquanto viajava para Anatote, sua Ebede-Meleque que intercedeu e atuou
cidade natal, Jeremias foi impedido na libertaÇão do profeta, era um etíope e
de seguir viagem e foi preso, sob a não umjudeu, reafirmando que Deus usa
acusaÇão de que estava indo para se meios improvaveis para realizar grandes
aliar aos babilônios (v. r3), O profeta obras Ur 39,r5-r8).
contava com a simpatia de alguns (Jr
36.11-19) e com a maldade de outros SUBSíDp&
que conseguiram a autorização do rei "Nabucodonosor pôs Zedequias
para punirem Jeremias (Jr 37.L5), na posição de 'rei" em Jerusalem, de
Jeremias ficou preso "por muitos modo que Zedequias realmente estava
dias" (v. 16) num calabouço, que quer subordinado a autoridade da Babil.ônia,
dizer "casa da cova", onde tinhas as Anteriormente, o rei Joaquim tinha
"suas cetas", tugar onde sua vida corria reinado por apenas três meses antes
perigo (v. zo). Sob a pressão do cerco de ser deportado para a Babitônia (veja
babilônio, o rei Zedequias consultou, 36.30, nota).
secretamente, Jeremias que, mesmo Embora Zedequias tenha se recu-
diante do quadro no qual se encontra- sado a prestar atenÇão aquilo que o
va, não negociou a mensagem, mas a Senhor tinha dito atraves de Jeremias
entregou com fidetidade (v. t7) e, por (v. z), ete ainda queria que Jeremias
causa de sua intercessão ao rei (v. zo) rogasse por Juda, esperando de atgu-
foi colocado no atrio da guarda (v. 2il. ma maneira ganhar o favor do Senhor,
3. A segunda fase da prisão de Je- Zedequias era como muitos hoje, que
remias. A primeira fase da prisão de querem a ajuda de Deus, mas que ao
Jeremias foi em um calabouÇo, que se mesmo tempo insistem em desfrutar os

lovENS 73
prazeres pecamirpsos & rnunda., Taüs Limitações dele não se aplicaram a Deus,
pessoats tênrr uffr€tr retig[ão superfictah que entrou onde estava o profeta e falou
*TErsrÉo unrt retacronarrento rea[cfflft com e[e. As portas trancadas por homens
Deus Forern,, querdc a af[[çm chega. não são capazes de impedir o agir de
das ünvocmt a Deus,, espefrando reeber Deus por meio da oração. lndependente
a sua ajuda. Corrp Zecleq[.^[[as" etas re do tugar e das circunstâncias, Jeremias
fuapontarao (w" 6-E). podia clamar a Deus.
Jsernias w aprwÊcx.r dterüüe do reü
3. O profeta está preso, mas a Pa-
§m temore nao hesü&ou erm anunc$ara lavra está livre. A Palavra de Deus não
rrlensagerm [rmpoprtarde que a ci&& depende das condições do mensageiro
rer[a destruída (w" 8,ts]. Espancannefi- e a mensagem e do Senhor, portanto,
tos, prisão e arneaÇas de rnorte nao segue o seu curso, independente de
fizerann coffr ctue ete abandonasse a qualquer outra coisa.
sua rnissao de entregar a srreflsageffiI Em cumprimento a promessa feita
de kus {w. rr-xf}"" a Jeremias de que velaria sobre a sua
de Estr.6ds funÊecmkÊ
d8ftifÁ* trno delarreiru' Patavra para a cumprir, Deus trabalhou,
CtrÁ0. mz3,,p" g55j mesmo quando o profeta estava preso,
pois isso e proprio da natureza perfeita
II - PRISÃO FECHADA, PORTAS e fiel de Deus (J r !,!z', z Cr 36,2r). To-
ABERTAS das as portas humanas podem estar
r. A ação de Deus, apesar da oposi- fechadas, mas a porta da Palavra e da
ção, A historia de Jeremias mostra que oração sempre estarão abertas e em
diante de toda a perseguição e maldade condições de cumprirem o seu papel,
de seus compatriotas, o agir de Deus segundo a vontade do Senhor.
não foi impedido, haja vista que o pro-
feta continuou a receber mensagens a
sugsim&
serem transmitidas e, sem retroceder, "A[.gums pntnclpes no exercito de
as entregou com fidel.idade e coragem,
-Iudá erarrr Frostis a -lerermlas porqt.e e{e
A[em disso, aquito que o Senhor falou
til"tha exortdo o po\do a se entregarercxs
por meio dele se cumpriu (Jr zg.ro).
habütonim;; poresta razão" e{es o confr-
z, Uma porta aberta na prisão.
nararn elm urü'r ca[ahmço subterràrneo.
Jeremias estava preso, mas Deus se
Sabemdo que-Ierernüas era urrr ver-
apresentou e falou-[he a sua palavra por
dadeiro profeta do Senhor. Zedequlas
duas vezes Ur 3z,t,z; $.il. Foi por ocasião
ffipefra\fia [.rrTrÉr pa[avra rmüs emcoraja-
desta segunda vez que Deus convocou
dora da parte de Deus" $o{as a patavra
o profeta a clamar, com a promessa de
que o responderia e anunciaria a ele de Jerernias per;Tlarreceu a rnesrma::
"coisas grandes e firmes" (Jr 33.3). Jenrsatém iria caür e Zdequüas serüa
Na condição de preso, Jeremias não
entregue êrG rei da Babttoft[a O profeta
podia encontrar as pessoas que dese- não iria f,attar com a verdade" üTreslrlo
jassem, r'lem mesmo tinha a tiberdade erm clrcunstãncias dmespradenêsl"

de ir e vir, alem de ter sido privado de í8trth d. E Êrrd$ fufieecffite[ Rno de-Xamdm:
outros elementos básicos da vida. As CEAD- eoejr^ p- 955]

7tl lovENS
 III - A FIDELIDADE DE DEUS, O respeito Uo S.eg). Portanto, à semelhanÇa
POVO E O PROFETA do Senhor, a sua Palavra e infaLíveL (Mt
1. Uma mensagem que exige uma 5,r8). Jeremias tinha essa convicção e
resposta. O texto de Jeremias 37z nos nela ele descansava, encontrando as
mostra que nem o rei, nem os seus servos condições para enfrentar as oposições,
e nem "o povo da terra" "deram ouvidos as perseguições e as prisões sem de-
as palavras do SENHOR', Como se não sonrar a Deus e ao seu chamado.
bastasse a rejeição, os desobedientes se 3. A fidel,idade de Deus e a postura
iraram e trabalharam contra a pessoa do do profeta. Qua[ foi a reação de Jeremias
profeta, conforme visto anteriormente, Ta[ diante das maldades, de suas prisões e
fato nos mostra que quando a Palavra da indiferenÇa do povo a sua mensgem?
de Deus e entregue, aqueles que ouvem E[e não desanimou, mas podemos ver
a mensagem, inevitavelmente terão de três atitudes suas que nos encorajam a
dar uma resposta, seja ela positiva ou continuar servindo ao Senhor mesmo
negativa, Ao ouvir a Palavra de Deus, o enfrentando lutas e perseguições: Je-
homem se torna indesculpável segundo remias não deixou de amar o seu povo,
o ensino de Paulo aos Romanos r.r8-zo. não ma[tratou ninguem e continuou a
Portanto, o povo nos dias de Jeremias combater os falsos profetas.
rejeitou a sua mensagem e, por isso, foi Jeremias foi um profeta que demons-
punido, mas o plano de Deus e a sua trou amorgenuíno pelo seu povo, mesmo
Palavra permanecem eternamente. que este não tenha dado ouvido as suas
2. Deus e a sua Palavra. Segundo a mensagens. Ete pediu a Deus que lhe
narrativa bíbl,ica, é possíve[ver a preocu- desse Lágrimas suficientes para chorar
pação do rei Zedequias ao perceber que em favor deste povo Ur g.il, antecipando
as predições de Jeremias comeÇavam assim o sentimento de Jesus que seria
a se cumprir. lsso o tevou a consultar demonstrado tempos mais tarde, pois,
o profeta a respeito do futuro e o que mesmo tendo sido re.leitado, o Senhor
ele deveria fazer Ur 38,r 4-zà, Embora chorou e intercedeu pelo povo (Mt 23.37;
Jeremias estivesse enfrentando prisões, Lc rg.4r-44). O amor capacitou o profeta
a Palavra de Deus estava se cumprindo, a não retribuir o mal que the estavam
segundo o seu proposito e o anuncio fazendo, ja que em nenhum momento
previo pelo profeta, O crente pode e Jeremias e visto amaldiçoando e nem
deve descansar na fidel.idade de Deus, maldizendo os seus compatriotas, mas
porque "fiel e o que prometeu" (Hb 10.23). e visto firme em suas previsões e com-
A expressão 'veio a palavra do Se- batendo os falsos profetas, protegendo
nhor, dizendo" e muito comum ao longo o povo do engano Ur ll.6-zt),O mesmo
de todo o livro de Jeremias e, atem de sentimento e visto no apostolo Paulo, que
outras [ições, ela mostra que Deus e a afirma ser a fidel,idade de Deus a fonte de
sua Palavra são inseparaveis, Jesus e sua capacidade de amar, enquanto sofre
quem evidencia essa verdade. E[e é "o QTm z.Lo-t3), Descansar na fidel.idade
Verbo que se fez carne" Uo tU,). de Deus capacita o crente a amar em
Deus tem compromisso com a sua tempos difíceis e a permanecer fiel ao
Pa[avra, afinal ela tambem testifica a seu EternoeasuaPalavra,

lovENS 75
 BOYER, Orlando, Heróis do Fé,
' Rio de Janeiro, CPAD,

OcoNcLusÃo
Mesmo em meio ao sofrimento causado
pela sua prisão, o profeta Jeremias
desfrutou do cuidado de Deus, ouviu
a sua voz e a sua fé foi renovada so-
bre a fidetidade do Senhor, o que lhe
deu as devidas condições para reagir
como um verdadeiro servo de Deus
OHoRADAREvtsÃo
em situações tão adversas, O crente 1. Segundo tição, por que a prisão de
da atual.idade também deve se firmar Jeremias chama a atenção?
na fidelidade de Deus em cumprir a A prisão de Jeremias e um tema
que chama a atenção, tanto pe[a
sua Palavra e não se esquecer sobre
sua importância historica corno peta
a sua responsabitidade e se submeter
comoÇão diante do sofrimento de
sempre ao que neta está escrito.
um profeta fret.
z, Quando se deu a prisão de Jere-
mias?
A sua prisão se deu quando os ba-
bitônios se afastarann de Jerusalem
ANOTAÇÃO por um tempo para pelepr contra
urn exercito egípcio.
3. Para onde Jeremias estava indo
quando se deu sua prisão?
Viajava para Anatote, sua cidade
natal".

4. Qua[ o nome do etíope que traba-

lhou para a l.ibertação de Jeremias?
Ebede-Meteque
S. Segundo a narrativa bíbl.ica, qual
o nome do rei que se preocupou
ao perceber que as predições de
Jeremias começavam a se cumprir?
Zedequias
 2C/25
ii

Dia da

,i t

ilã

A AUEDA DE JERUSALEM

Til}iT* PRíhITIP,EL LEITURA SEMANAL

§EGUNDA -zRsz5.r-5
"Então, dirá o homem: Deveras Nabuc odonosor invade Jerusalém
há uma recompensa para o justo; TERÇA - SL r37,r-g
deveras há um Deus que julga Saudades da pátría
na terra." (Sl 58.1 1) QUARTA - zÇr 36,11-13
A maldade do rei Zedequias
QUINTA - S[ 94.!-4
RI§LJMC DA LtÇA* Os servos de Deus clamam
pela justiça divina
SEXTA - Hb 3.7-g
Deus retribui a cada um 3,
E poss ível ouvir a voz de Deus
conforme as suas obras. Ele
e endurecer o coração
aplica o seu juízo sempre
SABADO - Rm 2.5,6
com o objetivo de levar ao Deus retribui a cada um
arrependimento. conforme as suas obras

IOVENS T7
 f

OBJETIVOS
ffi MOSTRAR como se deu a queda de Jerusalem:
ffi REFLETIR a respeito do juizo de Deus sobre Jerusalem e seu povo;
ffi DESPONTAR a respeito do triste destino de Zedequias e o honroso
destino de Jeremias,

TNTERAÇÃO
pófessor(a), na Lição deste domingo vamos estudar a respeito da destruição
de Jerusalem. Temos a certeza da bondade de Deus e da sua justiça diante
deste episodio tão triste do povo judeu, Ta[ acontecimento nos mostra que o
Senhor retribui a cada um segundo as suas obras. Tambem nos ensina que o
Eterno conduz a historia como quer, sem perder o controle. Veremos a justa
retribuição divina ao pecado de Zedequias. Mas o livramento e a bondade do
Senhor para com o profeta Jeremias.

oR|ENTAÇÃO PEDAGOGTCA
Professor(a), converse com os alunos explicando que "Zedequias acreditava
na mensagem de Jeremias, mas o seu medo dos outros (v. rg), seu caráter
fraco e sua fal,ta de fe em Deus impediam-no de obedecer a Deus. Como re-
sultado, Zedequias trouxe a vergonha sobre si mesmo e a ruína sobre a nação.
E[e era como muitos em nossos dias, que se recusam a f azer o que e certo
embora saibam que as suas ações trarão o j uizo de Deus sobre si mesmos,
e causarão angustia aos outros' Bíbtio de Estudo Pentecosta/. Rio de Janeiro:
CPAD, zoz3, p. g5g)

78 IovENS
 l

Jeremias 3g.r-8 rei, pela porta dentre os dois muros; e

1 No ano nono de Zedequias, rei de Judá, saiu pelo caminho da campina,
no mês decimo, veio Nabucodonosor, 5 Mas o exercito dos caldeus os per-
rei da Babil.ônia, e todo o seu exercito seguiu; e atcanÇaram Zedequias nas
contra Jerusalem e a cercaram, campinas de Jerico, e o prenderam,
z No ano undecimo de Zedequias, no e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da
quarto mês, aos nove do mês, se fez BabiLonia, a.Rib[a, na terra de Hamate,
a brecha na cidade. e ali o rei da Babilônia o sentenciou.

3 E entraram todos os príncipes do rei 6 E o rei da Babitônia matou os fi[hos

da Babitônia, e pararam na Porta do de Zedequias em Rib[a, a sua vista;
Meio, os quais eram Nergal-Sarezer, tambem matou o rei de Babi[ônia todos
Sangar- Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, os nobres de Judá.
Nergal-Sarezer, Rabe-Mague, e todos 7 E arrancou os olhos a Zedequias e o
os outros príncipes do rei da Babitônia, atou com duas cadeias de bronze, para
4 E sucedeu que, vendo-os Zedequias, tevá-lo a BabiLônia.
rei de Judá, e todos os homens de I E os ca[deus queimaram a casa do rei
guerra, fugiram, então e saíram de noite e as casas do povo e derribaram os
da cidade, pelo caminho dojardim do muros de Jerusalem.

,, $h$Yffiffi*â*$Ç&# ', ,
Jeremias profetizou a respeito
A queda de Jerusalem marca um das bênçãos que o arrependimento
triste período da historia de Jud a e traz proporcionaria a Juda e as terríveis
importantes Lições ate os dias de hoje, consequências da falta de[e, Por
Com base neste acontecimento, no isso, ele pode ser considerado como
tragico fim de Zedequias e na libertação um profeta de uma mensagem so:
de Jeremias, esta Lição discorre sobre a do arrependimento, A rejeição da
este momento sombrio, ressaltando a mensagem não impediu que Deus
justiça de Deus em retribuir a cada um, cumprisse a sua Palavra e assim, tudo
segundo as suas obras, mostra ainda o que Jeremias falou em nome de
a bondade divina. Deus, se cumpriu Q Cr 36.2r; Jr zg,ro).
Assim como Deus falou, Jerusatem foi
I - A OUEDA DE JERUSALEM invadida e destruída pelos babi[ônios,
1. A Palavra de Deus se cumpre. 2. Jerusalém é invadida. Depois
O ministerio de Jeremias comeÇou no de um tempo cercada, Jerusalem foi
decimo terceiro ano do reinado de Josias invadida pelos babil.ônios Ur 3g.Lz), Essa
e passou pelos governos de Jeoaquim invasão se deu em um momento de
e de Zedequias (Jr t.z3l Por ocasião de grande dificuLdade para Juda Ur 52.6).
seu chamado, Deus o avisou de que a A escassez de pão indica que Jerusa-
sua missão seria de chamar o povo ao lem estava em apuros, pois o pão e o
arrependimento para evitar a iminente elemento basico para a sobrevivência.
invasão babil,ônica e, consequentemente Com a entrada de "todos os príncipes
a dàstruiÇão de Jerusalem (Jr r3-rg). do rei da Babilônia" (u. g) oficializou-se

IOVENS 79
a invasão babil.ônica em Jerusalem, SUBSíDP ffi
dando garantia a Nabucodonosor e Professor(a), explique aos atunos
servindo de sinaL a LideranÇa de Judá, que "o cerco contra Jerusatem durou
pois "que,vendo-os Zedequias, rei de 18 meses; durante este tempo a cidade
Juda, e todos os homens de guerra, foi separada de toda ajuda externa, e de
fugiram" (v. +), todos os suprimentos externos. Depois
3. Jerusatém é destruída. Jerusalem de algum tempo, uma fome severa se
foi invadida e destruída e cada parte apresentou. A queda de Jerusalem e
desse processo tem um sentido no descrita em detalhes no capítuto 5e
proposito que Deus teve em corrigir e (cf, zRs z5', zCr 36). A derrota da cida-
discipLinar o seu povo, ao permitir essa de cumpriu as profecias de Jeremias
triste pagina da historia de lsrael, Os sobre o juízo de Deus contra este povo
caldeus esperaram o enfraquecimento espiritualmente rebe[de e infiel
maior do povo para invadirem Jerusalem O rei de Juda sofreu muito porque
e então "queimaram a casa do rei e as se recusou a ouvir a Deus e obedecer a
casas do povo e derribaram os muros sua Palavra (cf, 38,2o-23). Deus sempre
de Jerusalem" (v. 8). deseja salvar aqueles que estão pere-
Os "muros de Jerusalem", dentre cendo (Lc rg.ro; Jo 3,16), mas aqueles
outras coisas, ofereciam seguranÇa que ignoram a sua mensagem e a sua
a cidade e aos seus moradores, mas misericordia e insistem em'andar em
eram tambem o lugar onde os anciãos seus proprios maus caminhos trarão
se assentavam e serviam de referên- dores e sofrimentos sobre si mesmos.
cia aos mais novos, motivo peto qual Se as pessoas pudessem tão somente
Jeremias tanto lamentou (Lm 5,14). Os compreender a infel.icidade e a morte
muros destruídos traziam inseguranÇa, causadas pela rebeLião contra Deus,
pois deixavam a cidade exposta a todo elas se voltariam para E[e em busca de
tipo de invasores, misericordia e perdão (cf, Rm 6.16,23).
O Tempto tambem foi queimado No entanto, Satanás tem cegado e
e destruído (e Rs 25,9: Jr Sz.t3). Uten- enganado espiritualmente as pessoas
sÍlios importantes da Casa do Senhor de forma que etas não conseguem
foram destruídos pelo exercito de enxergar com exatidão a sua condição
Nabucodonosor Q Rs e5,13-r8; Jr atual ou as consequências terríveis que
52.24. Ao atacar o lugar de culto e as aguardam E Co 4.4). Somente atraves
adoração de Juda, ficava mais facil da oração, da proctamação da Palavra
mais fácit para os inimigos enfraquecer de Deus e da obra do Espírito Santo
o povo de Deus, pois a sua razão de na consciência das pessoas Uo 16.8) e
ser, enquanto povo escolhido, era que aqueles que estão espiritualmente
servir e o adorar ao Eterno, Pessoas perdidos e enganados comeÇarão a
importantes de Judá que atuavam reconhecer a sua verdadeira condição
diretamente junto ao rei Zedequias espirituat, e o perigo que enfrentam por
foram mortas por Nabucodonosor estarem separados de Deus."
como parte do j uízo de Deus sobre t}íbti, d,Ettudo Pentecostal Para Jovens.
o seu povo Ur Sz.zS-27), Rio de Janeiro: CPAD, zaz3, p, gSS.)

S JovENS
 II - O JU\ZO DE DEUS No entanto, baseado em sua justiça,
1. O juizo de Deus. A ira, o juízo e a não deixou de castiga-[o pelas suas
justiça de Deus são termos presentes transgressões (ls 43.1-4', Ml. z.rr-r3).
no contexto da invasão babilônica Diante disso, qual foi o erro de Juda
em Jerusalem, e isso implica na ne- para que Deus o castigasse com a
cessidade de defini-tos e verificar a permissão da invasão e destruição de
relaÇão entre e[es. A ira de Deus diz Jerusalém, atem do cativeiro que durou
respeito a sua furia contra o pecado setenta anos? lnicialmente, foi a postura
e está retacionada com a sua justiça orgulhosa, desobediente e enfraquecida
e a sua retidão, que se manifesta de de Zedequias (52,à, que levou o povo a
forma punitiva, por meio de seu juízo, sofrer os danos de uma liderança não
A ira divina reflete um Deus justo compromissada com Deus. Quanto
que, baseado em sua justiça, retribui ao povo, o orgulho rel.igioso, a falsa
com juízo aos que não se arrependem seguranÇa depositada na estrutura
de seus pecados. A queda de Jeru- do Temp[o e a rejeição da verdade de
salem foi a punição de Deus ao seu Deus, contribuíram para que a ira de
:poVo, movida por sua ira (Jr Sz.z).A ira
Deus se acendesse Ur 73,4,23-26). A
divina se move a partir da santidade sucessão de erros resultou no orgulho
de Deus e sempre para resolver um do rei que o [evou a rebelar-se contra
probtema, atuando no combate contra Nabucodonosor, contrariando a ordem
o ma[, Jesus ficou "indignado", mas de Deus, culminando na destruição de
tambem "condoeu-se" dos presentes Jerusatem e no cativeiro de Juda (Jr
no momento da cura do homem da
38,t7,t8). Finalmente, a não observância
mão mirrada, resultando assim na cura da guarda do ano sabatico durante
do enfermo (Mc 3.d. O juízo de Deus todo o período da monarquia, parece
contra Judá teve como base a ira e a ter sido uma outra causa que levou
justiça divinas, mas não foi para destruir
Juda a ficar setenta anos no cativeiro
e nem envergonhar, e sim para corrigir,
Q Cr 36.2il.
discipLinar e trazer o seu povo de volta
aos seus princípios.
z. A retribuição divina. O tragico
sUBSíDp #
"O conceito bíbtico de justiça e a
fim de Juda nas mãos dos babilônios
incorporação de dois conceitos contem-
se deu justamente peta indiferenÇa,
,desobediência e quebra de atiança, pois porâneos: retidão e justiÇa. O primeiro
a BíbLia informa que o rei Zedequias "fez designa a conformidade com a norma
o que era mal aos olhos do Senhor" (Jr divina, enquanto o uttimo enfatiza a
conformidade com um padrão social. do
Sz.z) e "por esta razáo", tanto ele como
o povo receberam a justa punição de
que e certo e equitativo. Concentrar-se
Deus (v. 3). exclusivamente no ultimo conceito
3.As causas da destruição de Je- impede o correto entendimento de
rusalém. Deus não escondeu o seu justiça no sentido bíb[ico."
amor de Juda, assim como deixou claro Bíblia de Estu do Pentecostal Para Jovens,
o seu glorioso plano com o seu povo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p, gSS.)

IovENS 81
 Lowrence. Guio

CPAD, 2006,

OHoR"âDARrusÃo
t. Segundo a LiÇão, defina a ira divina.
A lna de Deus drz nespeito a sua fúna
contra o pecado e es,tá retaclonada
corr) a st*ajustlç,a e a stia retldão, que
se n'lanrfesta de forma punitiva, por
rnelo de seu-Xufzo
z. O que foi a queda de Jerusalém?
Aqueda de Jerusa[em foi a punlção de
Deus ao seu povo, rnovida por sua [ra.

3. Quais foram os erros de Judá e

porque Deus os castigou com a
invasão, destruição de Jerusalém
e o cativeiro?
tniciatnleÍrte, fol a postura orguthto-
ANOTAÇÃO sa, desobed[ente e enfraquecida
de Zedequrias, levando o po\lo a
sofrer os danos de uma ttderança
não comprolr"ríssada com Deus"
Finatnnente, a não observâncta da
guarda do ano sabático durante todo
o perÍodo da monarquia.
4. A sucessão de erros do rei resultou
em quê?
A sucessao de erros resultou no or-
gulho do rei, que o tevour a rebelar-se
contra NabucodonosoÍ'. contrarian-
do a ordem de Deus, cuf.minando
na destruição de Jerusatem e no
cativeiro de Juda.
5. Quantos anos o povo ficou no caüveiro?
Ficou Zo anos no cativeiro.
 27 ez2A25

O MINISTERIO DE
JEREMIAS DEPOIS DA J

AUEDA DE JERUSALEM
THHTÜ Pre}NCIPAL"

§EGUNDÂ * Jr 40.1*16
"E disse-me o SENHOR: Viste A libertaçãodefinitíva de Jeremías
bem; porque eu velo sobre a TERÇA * Jtr çt,§"*zz,
minha palavra para a cumprir." Deus ordena que o povo não
(Jr 1 .12) saía de Jerusalém
üUARTA * Dn e,z\*?.T
Deus conhece os tempos
e as estaçôes
GUINTA * r. Co ro,t4*zt
A destruição de Jerusalém Deus condena a ídolatría
SEXTA-1C04"1-g
e o cativeiro babilônico não
Seja fiel a Deus em todo
pararam o profeta Jeremias,
o seu mínistério
que continuou a anunciar a
SABAD$ * Mt ed"B5
mensagem de arrependimento A Palavra do Senho r é eterna

IOVENS 83
 OBJETIVOS
ffi MOSTRAR como se deu a Libertação do profeta Jeremias:

ffi REFLETIR a respeito do remanescente judeu que optou pelo Egito:

ffi DESPONTAR a respeito da continuidade do ministerio do profeta
Jeremias.

TNTERAÇÃO
Professor(a), no decorrer desta [ição, enfatize que o ministerio de Jeremias
não se Limitou apenas em anunciar as tragedias que estavam por ocorrer, mas
consistiu tambem na convocação ao arrependimento e a obediência para que
a restauração fosse possível.
Jeremias foi um profeta fieL a Deus ate o finat de seus dias. Mesmo depois da
destruição de Jerusalem ele seguiu em cumprimento a sua missão profetica.
Na Lição deste domingo, estudaremos o capítu[o 43 e parte do qq,Veremos
que os primeiros seis versículos do capítul.o 43concluem a seção que informa a
respeito da LibertaÇão do profeta. Veremos a sequência do ministerio de Jeremias
e a dureza do coraÇão de parte do povo de Judá,

Professor(a), reprod uza no quadro de escrever o esboço abaixo. Utilize-o

na introdução da tição com o objetivo de enfatizar os uLtimos acontecimentos
narrados no tivro de Jeremias.
. A queda de Jerusalem (3g.r-r8)
. Gedal.ias e assassinado e Jeremias e levado ao Egito Qo.yq3.13)
. O ministerio de Jeremias depois da queda de Jerusalem Qq.çq5.5)
. As profecias de Jeremias as nações (+6.r-St.64):
a. Egito (+6.r-28)
b. Filístia el.t-fl
c. MoaOe qa. t-qfl
d. Amom (+9.r-6)
e. Edom 14g.7-zz)
f. Dam"r.o t+ g,z3-27)
g.Arabia (49.28-33)
h. Etão (+g.aa-ag)
i. BabiLônia 6o.r-5 r.6q't
. Revisão historica do fim de Jerusa[em (Szl34

Bíbtio dé Estudo Penteàostal Poro Jovens. Rio de Joneiro: CPAD, 2023, p, god.

8l lovENS
 't-'

TEXTÜ

Jeremias 43l-4 Deus, não te enviou a dizer: Não entreis

I E sucedeu que, acabando Jeremias no Egito, para [á peregrinardes.
de anunciar a todo o povo todas as 3 Baruque, fi[ho de Nerias, é que te
palavras do SENHOR, Deus deles, incita contra nos, para nos entregar
com as quais o Senhor, Deus deles, nas mãos dos caldeus, para eles nos
o havia enviado, e que foram todas matarem ou para nos transportarem
aquetas palavras, para a Babilônia.
z então, fatou Azarias, filho de Hosaías, 4 Não obedeceu, pois, Joanã, fiLho de Ca-
e Joanã, filho de Carea, e todos os reá, nem nenhum de todos os príncipes
homens soberbos, dizendo a Jeremias: dos exércitos, nem o povo todo a voz do
Tu dizes mentiras; o SENHOR, nosso Senhor, para ficarem na terra de Judá.

INTRODUÇÃü [ias, escolhido para governar Judá como

Jeremias sofreu em sua trajetoria, representante de Nabucodonosor (Jr
mas permaneceu fie[ em sua missão, 39,14). O seu avô, Safã, foi secretario de
servindo de model"o. A tição deste Josias e atuou diretamente na leitura
domingo mostra a libertação definitiva do [ivro, por ocasião do reavivamento
do profeta, o triste estado de alguns de seus dias (z Rs zz,3-L3), já seu pai,
judeus que, mesmo depois da des- Aicão, foi amigo de Jeremias (z Rs
truição de Jerusalem, desonraram a 22,t2,!4" Jr 26.24).
Deus. Veremos tambem a fideLidade 2. A Libertação definitiva de Jere-
e a perseveranÇa de Jeremias em seu mias. Por ordem de Nabucodonosor,
ministerio, Jeremias deveria ser liberto e receber
bom tratamento dos babil.ônios. Entre-
| - A LTBERTAÇÃO DE JEREMTAS tanto, por razões desconhecidas, ele e
r. Compreendendo o texto. Os pri- visto "atado com cadeias no meio de
meiros seis versículos de Jeremias capí- todos os do cativeiro de Jerusalem" com
tulo 40 conctuem a seção que informa a os demais em Rama, pronto para ser
respeito da LibertaÇão do profeta e mostra levado para a Babil"ônia (39.n-r4',4o.t).
a desobediência de uma parte do povo Nebuzaradã foi o responsável pe[a
que decidiu ir para o Egito Ur 3g.rr-r8). A libertação de Jeremias e, por duas ve-
sequência do ministerio de Jeremias e zes, libertou o profeta (39,u-r4', 4o.4).
a dureza do coração de parte do povo A segunda libertaÇão do profeta foi
de Judá são bem compreendidas a luz definitiva e Nebuzaradã reconheceu o
da Libertação do profeta. cumprimento da mensagem de Jere-
Nebuzaradã era o capitão da guarda mias acerca de Judá e a soberania de
do exercito de Babilônia. E[e chegou a Deus e rememorou o teor da profecia
Jerusalem um mês apos a sua queda QozSI Liberto, Jeremias pôde escolher
para concluir a sua destruiÇão e liderar a entre ficar com o povo em Judá ou ir
condução dos prisioneiros ao cativeiro. para a Babil.ônia ejuntar-se aos que Lá
Outro nome que aparece e o de Geda- estavam (+o.+).

IOVENS 85
 A Libertação definitiva de Jeremias foi que ficassem na terra em que es-
confirma que o povo de Judá estava tavam (v. ro). Os tÍderes rejeitaram esta
dividido entre os que tinham sido [eva- mensagem e foram para o Egito assim
dos para a Babil.ônia e os que tinham mesmo, levando consigo Jeremias,
sido deixados em sua terra, impondo a mesmo contra a vontade do profeta.
necessidade de uma atenção especial O povo apenas fingia que iria obe-
3. O futuro do povo. Por cerca de decer à vontade de Deus. A contínua
quarenta e seis anos, Jeremias advertiu desonestidade deles para com Deus
Juda, principalmente sobre a necessi- traria consequências severas, inc[uindo
dade da obediência a Deus Ç.23,24). O violência fatal, fome e pragas. Certa-
Senhor ordenou que o povo que estava mente pode ser um sério erro orar,
em Jerusalem não se ausentasse da frequentar a igreja, participar da Ceia
cidade, sob a promessa de abençoá-lo do Senhor ou çultivar outras práticas
e sustenta-lo, em meio ao caos no qual reLigiosas sem desejar sinceramente
se encontrav a Qz,B-zz). servir ao Senhor,
A invasão e destruiÇão de Jerusalem O povo desobedeceu ao man-
que resultou no cativeiro babil.ônico damento de Deus e foi para o Egito,
dos judeus dividiu o povo entre os [evando Jeremias consigo, Talvez eles
que foram levados para a Babilônia e pensassem que a presenÇa de Jeremias
os que ficaram em Jerusalem. O futuro garantiria a proteção de Deus, Não seria
dependia, diretamente, da obediência esse o caso, porem, porque Jeremias
a voz de Deus, profetizou que Deus mandaria o exér-
O Livro de Jeremias retrata a deso- cito de Nabucodonosor contra o Egito
bediência dos que não foram levados e destruiria os seus exêrcitos e todos
para a Babil.ônia, do mat que fizeram os seus deuses, lronicamente, o país
a Gedalias e a insana decisão de ir no qual o povo judeu buscou segu-
para o Egito, atraindo o juízo divino ranÇa seria derrotado, lsto demonstra
sobre si. Este foi o futuro desse grupo, o princípio espiritual de que não há
enquanto o povo do futuro, pelo qual segurânÇa ou proteção real fora da
a restauração viria e o plano de Deus vontade Deus (isto e, de seus planos e
continuaria, foi formado por aqueles desejos expressos, que refletem o seu
que estavam no cativeiro na Babitônia caráter e os seus propositos),"
(e9,8-zo),
ffiEttudo Penteco.stal Para Jovens,
Rio de Janeiro: ÇPAD, zoz3, p,g6f,,)
suBSíDto m
"Depois que GedaLias foi morto, o II - UM REMANESCENTE JUDEU
povo temeu a retaliaÇão da Babil.ônia, NO EGITO
Assim eles procuraram Jeremias em 1. Egito, o refugio de al.guns ju-
busca de uma palavra de Deus. No deus. O Egito aparece em diferentes
entanto, já tendo decidido fugir para o momentos da historia de lsrael. (Êx
Egito, eles queriam apenas ouvir se a L-zz', Jr q3-q4t Mt z.L3-23). Nos dias de
mensagem estaria de acordo com as Jeremias, mais especificamente apos
intenÇÕes deles, A resposta de Deus a invasão e destruiÇão de Jerusalem, o

86 IovENS
Egito serviu de refugio para um grupo uma fagul.ha da misericordia
(v. r4). Eis aí

de judeus que, em desobediência a voz de Deus em meio a escuridão, pois ela

de Deus, decidiram ali viver Q3,q-l), continua, mesmo quando tudo parece
Uma parte dos judeus que ficaram em acabado (Lm 3.zz,z3).
Jerusalem se instalou em MigdoL,que
ficava a leste de Tafnes (Ez 29.10; 30,6), SUBSíDP ffi
outra parte de[es escolheu Nofe e a "Jeremias entregou a sua ultima
região de Patros Ur 44,t). Ao que tudo mensagem aos judeus rebeldes e
indica, Patros sediou um encontro de infieis no Egito, O juízo de Deus contra
"todo o povo que habitava no Egito" (v. eles era certo porque rejeitaram per-
t5), ao que a ira de Deus se acendeu e sistentemente o unico Deus verdadeiro
o seu 1uízo foi proc[amado (vv, z6-30). e tentaram encontrar a satisfação e a
z. O argumento dos judeus. Nesse seguranÇa nos falsos deuses e em
tempo, a idolatria passou a ser parte outras fontes diferentes de Deus.
da constituição familiar destes judeus Judá pecou fathando em ouvir a
no Egito, As mulheres, com a anuência Palavra de Deus e em [evar a serio o
dos maridos, ofereciam adoração a que ELe disse. Muitas pessoas con-
chamada "Rainha dos Ceus" Ur z4,z'). tinuam a desafiar a Deus e a viver
A ira de Deus se acendeu e a punição de forma egoísta porque ignoram a
foi anunciada, ao que estes judeus se sua Palavra ou consideram-na como
defenderam sob o argumento de que, atgo comum. E[es simplesmente não
embora estivessem contrariando ao acreditarn que Deus esteja falando
Senhor, todavia, não lhes fattava pão, serio. Ha ate mesmo atguns membros
alegria e tempos bons (v. r7). da igreja que não temem as adver-
3. O juízo divino. A desobediência (Jr tências de Deus e não respeitam os
43,L-7) e a idolatria deliberada Q43,75- seus mandamentos sufi cientemente
rB) foram os principais pecados destes para segui-tos.
judeus que foram para o Egito, razáo Os exilados judeus que tinham
pela qual Deus falou sobre o seu iuízo fugido para o Egito deixaram de lado
(vv. zo-3o). Estesjudeus se lembraram o seu relacionamento de aliança com
dos dias de Manasses e transferiram Deus (que estava baseado em suas
os meritos da prosperidade desses leis e promessas, e na obediência e
dias a "Rainha dos Ceus". Jeremias 7.r8 fidetidade detes para com Deus). Em vez
faz referência a esta divindade que disso, etes se converteram aos deuses
no Oriente Médio se aptica a varias do Egito na esperanÇa de ganharern a
deusas, e aqui diz respeito a deusa da prosperidade e a proteção que queriam.
fertiLidade Astarte ou lshtar e que nada Jeremias thes rogou que se vottassem
de mat tinha lhes acontecido Qq,]), ao Senhor, e que renovassem a alian-
Em meio ao anuncio de seu 1uízo, ça. Jeremias entendeu e proclamou a
Deus não deixou de demonstrar a sua verdade de que as pessoas so podem
bondade e o seu compromisso com o servir a Deus sendo completamente
seu povo, na promessa de que preser- teais e devotadas a Ete, e obedecendo
varia alguns que conseguiriam escapar a sua Patavra revetada.

IOVENS 87
 Por causa da desobediência, rebe- confirma a fidelidade ministerial. de
l"ião e increduLidade que demonstraram, Jeremias, contrastando a longanimidade
os judeus no Egito perderam as pro- divina com a dureza de coração do povo
messas de Deus de a.tuda e restauração. e alertando sobre as consequências
Por esse motivo, Jeremias profetizou da idolatria Áq.2,6). Há tambem um
que o juízo de Deus contra eles seria forte contraste entre a perseveranÇa
compl.eto: todos eles pereceriam, do profeta com a fragiLidade da fe e
Aqueles que obsti nadamente rejeitam do compromisso do povo,
o caminho de Deus e andam em seus
proprios caminhos não Lhe dão outra SUBSíDIO ffi
escolha senão permitir que o desastre Jeremias anunciou que o exílio
"[...]
do seu egoísmo se volte sobre e[es." duraria setenta anos, mas a restauração
B'rbtl, d, Ettudo Penteco.sfal. Rio de Janeiro: da nação não seria automatica, Depen-
CPAD,2oz3, p.96il. dia de um genuíno arrependimento
nacional kg.ro). Em 536 4,C,, um rema-
III - O MINISTERIO CONTINUA nescente retornou para a terra, cum-
1. A historia continua. O remanes- prindo a profecia de Jeremias acerca
cente de Juda desobedeceu a ordem dos setenta anos de exílio (e Cr 36,22',
divina e, ao inves de ficar em Jeru- Ed r.il, Daniel, no entanto, informa que a
salem, optou pelo Egito Qzlg-zà. O descrição apresentada por Jeremias de
tempo passou, as experiências foram uma gloriosa restauração do reino (Dn
muitas e profundamente duras para g.t,z) não se cumpriu completamente
Juda, contudo, não foram capazes o no seculo Vl a,C,, mas foi postergada e
suficiente para quebrantar o coração devera ser curnprir no futuro (Dn g.z4-
desse povo, que optou por continuar Um remanescente arrependeu -se,
27).
no caminho da desobediência. A[em da mas a nação não voltou para Deus nem
desobediência, esses judeus praticaram permaneceu fieL durante o período
a idolatria em níveis inimaginaveis, o pos-exílico (Ag L,a-LL', Ml. r.6-r+).
que mostra a sua obstinaÇão e dureza Jeremias predisse o exítio babilô-
de coração (44.t-to), Deus continuou nico, mas tambem previu um dia em
faLando, o profeta seguiu profetizando que Deus restauraria os exilados. Deus
e boa parte do povo seguia no mesmo traria de volta os exilados de Judá e
caminho, Definitivamente, a historia lsrael, reunificando a nação. Aparente-
continua e com ela devemos aprender mente, etes viriam de todas as partes
a reconhecer os proprios erros, nos e de todas as nações. Formariam uma
humil.har e clamar a misericordia divina, grande muLtidão, incluindo ate aqueles
z. O ministério continua, A ultima que normalmente seriam incapazes
mensagem de Jeremias foi em 585 a.C., de viajar, como os cegos, os coxos e
evidenciando a sua perseveranÇa e o as mutheres gravidas prestes a dar a
seu compromisso ministerial, mesmo luz (3r.7,8);
diante da rejeição de seus ouvintes e
LAHAYE, Tim. Enciclopedia Poputar de
da terra estranha em que estavam @3.2: Profecia Bíbtica. Rio de Janeiro, CPAD,
44,il,O conteudo desta mensagem zoo?, p, tgo,)

88 lovENS
 ESTANTE DO PROFESSOR
PAGAN, Scmuet, Educaçoo Crista Trans-
formadoro Rro de Janetro,CPAD, 2025,
a
rouclçÀo cnrstÀ
E!G3Eãf:ITE!ãE]T

OcoNcLusÃo
OHoRADAREVTsÃo O ministerio de Jeremias não se timitou
1. Qua[ o nome do capitão da guar- apenas em anunciar as tragédias que
da do exército de Babilônia que estavam por ocorrer pela indiferença
foi enviado depois da queda de do povo com Deus, mas consistiu
Jerusal.ém? também na convocação ao arrepen-
Nebuzaradã,. dimento e a obediência com vistas a
z, Quem deu ordens para libertarJere- restauração,Jeremias foi profeta até o
mias e dara ele um bom tratamento? final de seus dias e, mesmo depois da
Por ordem de Nabucodonosor Je- destruição de Jerusatem, ele seguiu
remias deveria ser Liberto e receber em sua missão profetica.
bom tratamento dos babiLônios
3. Quais foram os principais pecados
dosjudeus que foram para o Egito?
A desobediência e a idolatria deli-
berada foram os principais pecados
destesjudeus que foram para o Egito
ANOTA ÇÃo
4. A invasão e destruição de Jerusatem
que resultaram no cativeiro babiLô-
nico dos judeus dividiu o povo de
que forma?
A invasão e destruição de Jerusa-
lem que resultaram no cativeiro
babiLônico dos judeus dividiu o
povo entre cs que foram Levados
para a BabiLônia e os que ficaram
em JerusaLem,
S, Em que ano se deu a uttima men-
sagem de Jeremias e o que eta
evidenciava?
A úLtima mensagem de Jeremias
foi em 585 a,C,, evidenciando a sua
perseveranÇa e o seu compromisso
ministerial',
 LI
2B ez2025

UMAPATAYRA J a x

PROFETICAAS NAÇOES

"Olha, ponho-te neste dia sobre SEGUNDA * Jr to7

as nações e sobre os reinos, para O Reí das nações
arrancares, e para derribares, e TERçA - 5[ zz.aT
para destruíres, e para arruinares' Todos os limites da Terra se
e também para edificares e para converterão ao Sen hor
plantares." (Jr 1.10) GUARTA - G[ 3.e6-zg
Pela fé, somos filho.s de Deus e
RISUMO üA LrÇAü parte do Reino
QUINTA - Jo zo,zt
Assim como o profeta Jeremias, A Grande Comíssão
temos a missão de anunciar §EXTA - ls 6a.!-4
a Palavra de Deus até os lsrael, luz para as nações
confins da Terra. SABADO - Ap r,8
O Princípio e o Fím

S) lovENS
 OBJETIVOS
ffi COMPREENDER que Deus fala as naÇões;
ffi REFLETIR a respeito do chamado de Jeremias para as nações:

ffi SABER que lsrael, como povo escolhido de Deus, falhou para com
as naÇões,

INTERAÇÃO
Professor(a), estamos encerrando o estudo do livro do profeta Jeremias.
Quantas Lições preciosas pudemos aprender com Jeremias! No entanto, creio
que mais importante seja que ele bem poderia haver escapado de todas aquelas
angustias. Porem, ele optou por sofrer com o povo de Deus. O seu amor pel.o
Senhor e por Juda fez com que ete acompanhasse seu povo ate as ultimas
consequências. Que sigamos o exempto de Jeremias. El.e foi e e um exemp[o
de amor, resiliência, fidelidade e compromisso com o Eterno.

oR|ENTAÇÃO PEDAGOGICA
Professor(a), escreva no quadro: "O Livro de Jeremias", Pergunte aos alunos
os pontos que eles mais gostaram de estudar e o porquê. Ouça-os com atenção
e incentive a participação de todos, pois a participação del.es vaí ajudar você a
fazer uma avatiação do trimestre, Depois, explique que "o livro e, basicamente,
uma coletânea das profecias de Jeremias, dirigidas principalmente a Judá (caps,
z-zg), mas tambem a nove nações estrangeiras (caps. a6-Sr). Estas profecias
se concentram particularmente no j uízo, embora haja aLgumas que tratam de
esperanÇa futura e restauração (em especial, os caps. 30-33). Estas profecias
não estão rigidamente organizadas em ordem cronologica (segundo a sequ-
ência dos eventos), nem tematicamente (por tema ou assunto). Parte do livro
está escrita em poesia, ao passo que outras partes estão em forma narrativa
(isto e, como retato, historia ou descrição de eventos). As suas mensagens
pr:ofeticas estão mescladas com vislumbres historicos (r) da vida pessoal e
do ministerio do profeta (p.ex., caps. L', 34-38', 4o-45), (z) da historia de Juda,
principatmente durante o período dos reis Josias (caps. t-6), Jeoaquim (caps,
7-zo) e Zedequias (caps. zL-zS:3,4), inctuindo a conquista de Jerusatem (cap.
3g), e (g) de eventos internacionais que envolveram a Babil.ônia e outras nações
(caps. z7-zg', q6-Sà" (Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostol Paro Jovens.
Rio de Janeiro: CPAD, zoz3, p.974),

lovENS 91
 Jeremias 46.t-5 3 Preparai o escudo e o pavês e chegai-
t Palavra do Senhor que veio a Jeremias, -vos de couraças,
o profeta, contra as nações. 4 Selai os cavalos, e montai, cavaleiros,
z Acerca do Egito, que estava junto de e apresentai-vos com elmos; al.impai
Farao Neco, rei do Egito, que estava as lanças e vesti-vos de couraÇas,
junto ao rio Eufrates, em Carquemis: 5 Por que razáo vejo os medrosos vo[-
ao qual feriu Nabucodonosor, rei da tando as costas? Os seus herois estão
Babil.ônia, no ano quarto de Jeoaquim, abatidos e vão fugindo, sem olharem
fil.ho de Josias, rei de Judá: para trás; terror há ao redor, diz o Senhor.

as nações para anunciar arrependimen-

Jeremias, como profeta, anunciou to e lembrar ao povo de que o Senhor

a mensagem de Deus as pessoas de e Deus de todos os povos.
z. Um ptano para as nações. Quando
seus dias. Tambem confirmou o com-
promisso de Deus com toda a raÇa chamou a Abraão e anunciou que de sua
humana, indistintamente, conforme semente um povo seria levantado, Deus
prometido a Abraão (Gn 12,13), comunicou que o seu plano não estaria
Limitado a este povo, mas que se trata,

I - UM DEUS PARAAS NAÇÕES desde o início, de um plano universal,

r. Deus fala às nações. Assim como
isto e, que envolve todas as nações,
os demais profetas, Jeremias foi enviado
conforme se observa: "[...] e em ti serão
iniciatmente ao seu povo, o que não sig-
benditas todas as famílias da terra" (Gn
r2S), Está claro que, desde o início, o alvo
nifica que não teve de advertir as demais
nações a respeito da responsabil.idade de Deus não foi somente Abraão e nem
que todos, indistintamente, têm diante tampouco lsrael, mas sim, abençoar todos
de Deus, Ao contrario disso, Jeremias os povos, de todas as nações.
profetizou contra várias nações, reafir- 3. Um reino de nações. O profeta
mando assim a universalidade do plano lsaías anunciou: "O teu Deus reina" 62.fl,

de Deus e a verdade de que todos os Jeremias chamou o povo a temer a Deus

povos devem resposta e reverência ao sob o argumento de que E[e e o "Rei
Criador Á6-6q), das nações" (Jr ro,7), Deus e Soberano
Um ponto importante a ser conside- e o seu reino e formado por "povos,
rado e de que, ao tratar com as nações nações e línguas" e "o seu domínio e um
por meio de profetas que levantou, de domínio eterno" e "não sera destruído"
(Dn 7.t4. Definitivamente, o Reino de
forma direta, Deus estava conc[amando
o seu povo a comunicar a estas nações Deus e um reino de nações.
acerca de seu carater justo, santo e
amoroso, em seu chamado para que SUBSiDIo {S
estas nações o reconhecessem, o "46.1-SL64 CONTRA AS NAÇÕES.
temesse e se arrependessem de seus Estes capítulos contêm profecias a
maus caminhos. Jeremias foi chamado respeito dojuízo de Deus contra as na-

P lovENS
çoes estrangeiras. Deus tinha indicado negl.igenciando a sua responsabiLidade
Jeremias não so como um profeta para com outros povos, falando-thes am-
Juda, mas tambem como'um profeta plamente, conforme o registro bíblico
para as naÇões" (r.S). (a6.r-5r.6a),
46.2 EGITO [,..t CAROUEMIS. Loca- lniciando pelo Egito Q6.z-zB), o pro-
lizada no norte da Síria cerca de +8o feta Jeremias transmitiu a mensagem
quitômetros ao norte de Jerusatem, divina a Fil.ístia Q7l-7), a Moabe (q8,r
Carquernis foi o lugar onde os babilônios 47), a Amom (+9,1-6), a Edom @9]-zz),
derrotaram os egípcios em 605 a.C. a Síria @9.23-33), a ELão Ág,gq-39) e a
Naquela epoca, a Babilônia se tornou BabiLônia (5o,r-S1,6+). Está evidente,
o poder mundiat dominante. portanto, que, em obediência a vontade
46.ro ESTE DIA E O DIA DO SENHOR. de Deus e aos seus propositos, Jeremias
A derrota do Egito foi um resuttado da foi um profeta para as naÇões,
ação de Deus, foi "um dia de vingança' 2. Uma mensagem para as nações.
devido a maneira pela qualo Egito tinha A "palavra do Senhor" foi direcionada
angustiado e oprimido Juda {p.ex., zRs "contra as nações" (46,il. O termo "pa[a-
23.29,33-3$, No final, Deus castigará vra" tem vários sentidos nas Escrituras,
todas as naÇões e as pessoas que mas aqui indica a comunicação de
rejeitaram a sua mensagem e maltra- Deus por intermedio de um agente
taram o seu povo.' (z Sm 7.4', Jr 25.3; Os r.r). lsso tambem
se aplica aos Dez Mandamentos, pois
t}íbtiu d, E tudoPentecos tal Para Jovens.
Rio de Janeiro: CPAD, zoz3, p.966..) são chamados de "as dez patavras do
Senhor' (Êx 34.28: Dt +.r:).
II - UM PROFETA PARAAS NA. Jeremias não e o unico profeta
ÇÕEs enviado a outras nações, alem de
1. Um profeta para as nações. A lsrael, ja que houve profetas como
expressão "nações" tem sentido am- Amos, lsaías e Ezequiel tambem o
plo nas Escrituras, mas no contexto foram Gm 1.3-2.3: ls 13-23', Ez 253à.
de Jeremias, tem relação com outros Este interesse pelas nações revela não
povos atem de lsrael, ou ainda, povos so o amor de Deus para com todos,
e nações pagãos e gentios (Ex g,z4', mas tambem a sua justiÇa, já que os
34,ro; Ez 5,6-8). Ao falar com Jeremias princípios apl.icados para avaliar e
sobre o seu chamado, Deus usou este discipl.inar o seu povo são os mesmos
termo: "e às nações te dei por profeta" usados a outros povos. O alvo divino
(r.S), Uma referência de que ele seria e sempre castigar o pecado.
enviado, não somente aos da casa de A disposição de Jeremias em profe-
lsrael, mas tambem aos gentios, tizar as nações tem relação direta com
Assim como Deus determinou o a sua forte convicÇão de que Deus "e
início e o fim do ministerio de Jeremias, o Criador de todas as coisas" (Jr ro.16).
E[e tambem decidiu que as nações Para E[e, ao contrario dos falsos deuses
seriam o seu publico-alvo. Começando e a fragil.idade humana, Deus sustenta
pelo "povo da a[iança", Jeremias se todas as suas obras, pois e Poderoso
dirigiu tambem a outras nações, não (ro.rz-16).

JOVENS 98
 Deus sustenta todas lsrael não devia temer a destruição
os suas obras, pois e totaL. A nação deveria ser castigada
poderoso, pelos seus pecados, mas sobreviveria e
acabaria retornando a terra prometida
e a uma posição de favor na presenÇa
de Deus (cf, 3o,1o-1r; 3r.r-6),
47;-7 FILISTEUS. Os filisteus ocu-
param a região costeira de Juda. Existia
3. Uma mensagem para o Egito. uma hostil.idade frequente entre eles
,
A seção que apresenta as naÇões a e o povo de Deus. Outras profecias
quem Jeremias profetizou, inicia com contra os fitisteus são encontradas em
a mensagem dirigida ao Egito e fala ls r4,z8 -3t',EzzS.t5-L7; Am r.6-8: Sf z,q-1,
sobre a derrota do Farao Neco, por 48: MOABE. O país de Moabe se
ocasião da chamada batal,ha de Carque- [ocalizava no litorat leste do Mar Morto,
mis, diante de Nabucodonosor (46.2), Os moabitas eram descendentes de Lo,
acontecimento que abalou o Oriente sobrinho deAbraão (Gn rg.3o-5fl, Abraão
Medio da epoca (v. rz). A mensagem foi um grande homem de fe e o ancestral
de Jeremias contra o Egito e repleta do povo hebreu,) Os moabitas estavam
de detalhes, demonstrando a preci- frequentemente em conflito com lsrael.
são profetica. E[e comeÇa retratando Durante a epoca de Jeremias, gangues
os momentos que antecederam a de moabitas atacaram partes de Juda
batatha, com informações específicas depois que Nabucodonosor invadiu a
acerca dos instrumentos de guerra e região (e Rs zq.z). Jeremias identificou
os que se envolveriam ne[a (vv. 3-6), muitas das cidades moabitas que se-
apresenta a batalha em si e os seus riam destruídas. Moabe foi conquistada
estragos (vv. 7-tt), elucida tambem as pelos babiLônios, e, consequentemente,
terríveis consequências (vv. 13-26) e desapareceu como nação. Outras pro-
a promessa da restauração de lsrael fecias contra Moabe são encontradas
(vv. z7-zü, em ls 15-16; Jr 9.z5-26',25.t4-zt:27,2-3',
Ez zS,B-u: Am z.L-3', Sf e.8-u.
sUBSíDp # A tendência de todas as nações
'Jeremias profetizou que os babi- e confiar em suas proprias tradições,
tônios não apenas derrotariam o Egito tecnologia, poderio militar, conquistas
em Carquemis, mas que eles tambem e riqueza. Esta confianÇa enganadora,
derrotariam os exercitos egípcios na juntamente com um comportamento
propria terra dos egípcios 6ô8- 567 a,C.). impiedoso do seu povo, causará a
O Senhor Deus deixaria bastante claro queda de qualquer nação, Assim como
que os deuses do Egito não poderiam Deus destruiu Moabe, chegará o dia
livrá-tos da derrota (vv, z5-eô), em que E[e abaterá todas as nações
A destruição não seria permanente, do mundo - este dia e referido como
"o dia do Senhor" (r Ts 5,2-4),"
o Egito seria restaurado no futuro e
habitado ate o tempo do reinado de Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
Cristo na terra (cf. ls 19,23-25; Ez zg.8-r+), CPAD, 2023, p. g6Z.)

94 lovENS
 ilr - uM Povo PARAAS NAÇÕES Nos somos a lgreja
1. lsrael, o povo que falhou com de Cristo, por /sso fomos
as nações. O ministerio de Jeremias
denominados de "geração
em relação a outras nações não foi
eleita, sacerdocio real,
um acontecimento a parte do plano
maior de Deus que, por meio da missão a nação santa e o
de lsrael de representa-[o, intenciona povo adquirido",
alcançar outros povos (Dt 28.9,10), Ao
contrário disso, ele atuou no sentido
de reafirmar o interesse divino em
restaurar povos de todas as naÇões
(ls a9.zz,z3). a maneira como a Babitônia havia
z. lgreja, o povo de Deus para as ptantado mas sementes de crueldade,
nações. O texto de r Pedro z.g afirma adoração a ídolos e imoratidade. Agora
que a lgrela foi escolhida para anunciar a a nação estava prestes a colher o juízo
mensagem de Deus. Nos somos a lgrga de Deus. Devemos nos Lembrar de que
de Cristo, por isso fomos denominados os pecados são como as sementes,
de "geração eleita, sacerdocio rea[, a que crescem e acabam levando a uma
nação santa e o povo adquirido", A lgreya grande e terrÍvel colheita. O Novo Tes-
recebeu de Deus a missão de anunciar tamento nos adverte. 'Não erreis: Deus
a mensagem as naÇões. não se deixa escarnecer: porque tudo
A missão da Igrela se identifica com o que o homem semear, isso tambem
a de lsrae[ no que se refere a tarefa de ceifará' (G[ 6.7].
representar Deus diante das nações. Tendo escapado ao perigo da queda
Duas verdades precisam ser ressal- da Babi[ônia, os exilados tiveram que
tadas aqui: A primeira e que o Senhor considerar que agora era o momento
Jesus ordenou que a lgreja pregue o de voltar a Jerusalém e servir ao Senhor.
EvangeLho, E a segunda e que a lgreja O uttimo capítulo do livro de Je-
deve anunciar, em todos os lugares, remias mostra que o profeta falava
e a todos os povos que so o Senhor e verdadeiramente a Palavra de Deus,
Deus e que Jesus e o Salvador. porque toda a destruiÇão que ele ha-
via predito se tornara realidade. Este
SUBSíDIo E capítuto e praticamente idêntico a z
"51.33 AINDA UM POUCO, E O TEM- Rs z4.r8-z5.3o; cf. tambem Jr 3g.t-to."
PO DA SEGA LHE VIRA. De maneira Bíbl.ia de Estudo Pentecostal ParaJovens.
simbolica, o profeta está se referindo

p
Rio de Janeiro: CPAD, zoz3, p, 974.)

PROFESSORh), siga o exempto de Jeremias e não permita que as adver-

sidades desse mundo cale a sua voz e o impessa de anunciar a Palavra de Deus.

IOVENS 95
 LAHAYE, Tim, Enciclopédia Populor
de Profecio Bíbtica. Rio de Joneiro,
zOO8, p,

O HoRA DA REVtsÃo
t. Para quem Jeremias foi enviado
inicialmente?
Assim como os demais profetas,
Jeremias foi enviado iniciaLmente ao
seu povo, o que não significa que não
teve de advertir as demais naçÕes
a respeito da responsabiLidade que
todos, indistintamente, têm diante
de Deus,
z, Quem determinou o ministério de
Jeremias e quat era o seu pubLico-
-a[vo?
Assim como Deus determinou o
início e o fim do ministerio de Jere-
mias, E[e tambem decidiu que as
naçÕes seriam o seu publico-alvo.
ANOTAÇÃO
3, De que é composto o Reino de
Deus?
Definitivamente, o Reino de Deus e
um reino de naçÕes,
4. Cite z profetas que foram enviados
a outras nações.
lsaías e Ezequiel

5. Qua[ a maior e principaL missão da

lgreja?
A missão da lgreja se identifica com
a de lsrael no que se refere a tarefa
de representar a Deus diante das
naçÕes.
PORQUE PRECISAMOS ESTUDAR
O A}üTIGO TESTAMENTO?
Ao examinar as Sagradas E,scrituras, toclo estuctante atencioso cle-
parar-se-á com uma maravilhosa e vasta coleção de 66 livros, nos
quais e patente duas divisões principais: Antigo e l.{ovo Testamento.
Para muitos esta primeira divisão, o Antigo Testamento, é em
dete)úrinadas situações desconcertante para a mente e psicologia do
homem moderÍro. Porém, para que haja um verdadeiro entendimento
sobre a natureza e autoridade do Antigo Testamento, torna-se im-
prescindível compreender de fato por que se faz necess arta a sua
inclusão nas Escrituras usadas pelos cristãos.

Por meio da declaraçáo do Concílio de Laodiceia (363 d. C.), o Cânon

passou a designar a coleção de livros aprovados pelo uso regular no
culto público e no ensino daigreja. Portanto, do ponto de vista cristão,
o Cânon - o Antigo e o Novo Testamento - contém os escritos da-
dos a Igreja pela operação de Deus a sua palavra, seu Evangelho,
-
seu apelo, suas promessas. Toda esta revelação é cristocêntrica. Nela
a \greja encontra a base de sua fé, seu culto, suas doutrinas e sua
vida. Como disse o proprio |esus em Lucas 24.44:
"Convinha que se cumprisse tudo o que de mim est ava escrito na
Lei de Moisés, e nos Profetas e nos Salmosl'

CP4D
 ils
p

t
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r e
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I §
F \ à

*r * *
t ,
@% A Palaura do Senhor é uma premissa que norteia
e
a história da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Desde sua fundação, tem a missão de semear a boa semente
# por meio de literaturas biblicamente embasadas.
#
Os ensinamentos de lesus nos mostram QU€,
% quando a boa terra recebe a semente da Palaura de Deus,

#
ela germina e exerce poder transformador
na uida dos que a recebem e a seus próximos. t
# r
f,
I
O uersículo "O que semeia, semeia a palaura" (Marcos 4:14)
é uma uisão euangelística para todos os cristãos:
leue a Palaura de Deus a todos quantos pudermos alcançar,
como um agricultor que planta sem saber
qual semente dará seu fruto.

Portanto, prossigamos no propósito de semear

a poderosa Palaura que salua, cura, liberta e anuncia QUe,
em breue, nosso Saluador uoltará.

%
Junte-se a nós. #

rssN 21 75-81 3ó

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@ eoitoracnao