LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................3
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL........................................................................................ 4
CONCEITOS INICIAIS .................................................................................................................. 4
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES NA LRF ........................................................................................ 4
DEFINIÇÕES IMPORTANTES....................................................................................................... 6
CÁLCULO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL) ..................................................................... 7
DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) ...................................................................... 11
DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL .............................................................................................. 14
DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DO CUMPRIMENTO DE METAS ........................................ 20
LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA .................................................. 21
DA RECEITA PÚBLICA ......................................................................................................... 23
DA PREVISÃO E DA ARRECADAÇÃO......................................................................................... 23
DA RENÚNCIA DE RECEITA ...................................................................................................... 25
DA DESPESA PÚBLICA ........................................................................................................ 27
DA GERAÇÃO DA DESPESA ...................................................................................................... 27
DO AUMENTO DA DESPESA .................................................................................................... 27
DA DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO (DOCC) ........................................... 30
DAS DESPESAS COM PESSOAL ............................................................................................ 32
DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL ......................................................................................... 33
DA REPARTIÇÃO DOS LIMITES GLOBAIS COM PESSOAL.......................................................... 35
DO CONTROLE DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL ................................................................ 37
DO LIMITE DE ALERTA ............................................................................................................. 38
DO LIMITE PRUDENCIAL .......................................................................................................... 39
LIMITE DE 100% ULTRAPASSADO ............................................................................................ 40
SANÇÕES ................................................................................................................................. 40
RECONDUÇÃO DA DÍVIDA AO LIMITE ..................................................................................... 41
DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS ................................................................................ 42
CONCEITO ................................................................................................................................ 42
DAS EXIGÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS (TV) ................. 43
DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO .................................... 44
DA CONCESSÃO DE CRÉDITO................................................................................................... 45
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 1
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
DO SOCORRO A INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................... 46
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO ..................................................................................... 47
DA DÍVIDA PÚBLICA ................................................................................................................. 47
DEFINIÇÕES BÁSICAS ............................................................................................................... 48
DOS LIMITES DA DÍVIDA PÚBLICA E DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO ........................................ 50
DA RECONDUÇÃO DA DÍVIDA AOS LIMITES ............................................................................ 51
DAS VEDAÇÕES ........................................................................................................................ 52
DAS VEDAÇÕES A OPERAÇÕES DE CRÉDITO EQUIPARADAS ................................................... 54
DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO) ....... 55
DA GARANTIA E DA CONTRAGARANTIA .................................................................................. 56
DOS RESTOS A PAGAR ............................................................................................................. 57
DA GESTÃO PATRIMONIAL ................................................................................................. 58
DAS DISPONIBILIDADES DE CAIXA ........................................................................................... 58
DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO........................................................................ 59
DAS EMPRESAS CONTROLADAS PELO SETOR PÚBLICO .......................................................... 59
DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO............................................................... 60
DA TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL ................................................................................ 60
DA DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES .............................................................................. 61
DA ESCRITURAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS .............................................................. 62
DO RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA (RREO) ..................................... 62
DEMONSTRATIVOS QUE ACOMPANHARÃO O RREO .............................................................. 64
DO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL (RGF) ............................................................................... 66
DO CONTEÚDO DO RGF .......................................................................................................... 67
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .................................................................................... 69
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 70
DICAS PARA OTIMIZAR SEUS ESTUDOS ............................................................................... 71
CADERNOS DE QUESTÕES DO TEC ...................................................................................... 74
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 2
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Sejam bem-vindos ao nosso material da LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)! Nossa equipe tem o
prazer de apresentar a vocês um material cuidadosamente elaborado com o objetivo de auxiliar os
estudos sobre essa importante legislação. Buscamos resumir os principais assuntos, levando em
consideração sua relevância, amplitude e complexidade, para proporcionar uma visão abrangente e
compreensível sobre a LRF.
Sabemos que o tema pode parecer vasto e difícil de assimilar, mas dedicação e empenho são essenciais
para alcançar resultados satisfatórios. Por isso, a equipe se dedicou ao máximo na elaboração deste
material, de forma a fornecer informações claras, comentários explicativos, esquemas e exemplos
práticos, tudo para facilitar o entendimento e auxiliar na fixação do conteúdo. Desejamos que este
material seja uma ferramenta útil na sua jornada de estudos.
Além disso, nunca é demais lembrarmos que adotamos as seguintes premissas na elaboração deste
material:
Histórico de cobrança das principais bancas; e
Exclusão de conceitos que não possuem histórico de cobrança relevante.
Por fim, qualquer crítica ou sugestão envie um e-mail para:
[email protected]Bons estudos!
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 3
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
CONCEITOS INICIAIS
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é a Lei Complementar nº 101, criada em 2000, com o objetivo de
estabelecer regras e limites para as finanças públicas dos entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios). Seu principal propósito é promover o equilíbrio fiscal, evitando o endividamento
excessivo e promovendo o controle dos gastos do setor público.
EXEMPLO: Um exemplo prático da aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal é a exigência de
que os municípios brasileiros limitem seus gastos com pessoal a no máximo 60% da receita
corrente líquida (LRF: art. 19). Isso significa que as despesas com pagamento de salários,
aposentadorias e outros benefícios não podem ultrapassar esse limite. Caso um município
descumpra esse limite, fica sujeito a diversas sanções, como a suspensão de transferências
voluntárias, a proibição de contratação de pessoal e até mesmo a intervenção do Estado na
administração municipal.
Em resumo, a Lei de Responsabilidade Fiscal busca garantir uma gestão financeira responsável e
equilibrada por parte dos entes federativos, visando a sustentabilidade das finanças públicas e a
eficiência na aplicação dos recursos do setor público.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES NA LRF
Art. 1º. Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
COMENTÁRIO: A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/00) é um conjunto de normas para
que a União, os Estados, o DF e os Municípios administrem com prudência suas receitas e
despesas, e evitem desequilíbrios orçamentários com o endividamento excessivo.
NÃO CONFUNDA!
LEI COMPLEMENTAR Nº 101/00 LEI Nº 4.320/1964
Estabelece normas de finanças públicas Estatui normas gerais de direito financeiro
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 4
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Art. 1º. (...)
§ 1º. A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
A responsabilidade na gestão fiscal
A ação planejada e transparente, Renúncia de receita
em que se previnem riscos e
corrigem desvios
Geração de despesas com pessoal
O cumprimento de metas de
resultados entre receitas e
despesas Geração de despesas da seguridade
social
A obediência a limites e
pressupõe:
Dívidas consolidada e mobiliária
condições no que tange a:
Operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita
Concessão de garantia
Inscrição em Restos a Pagar
@RADEGONDESS
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 5
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
DEFINIÇÕES IMPORTANTES
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
I - Ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
II - Empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III - Empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou
de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação
acionária;
EMPRESA
CONTROLADA
Estatal dependente é uma empresa controlada
que recebe do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de:
ESTATAL
DEPENDENTE Despesas com pessoal; ou
Despesas de custeio em geral; ou
Despesas de capital, excluídas aquelas
provenientes do aumento de participação
acionária.
@RADEGONDESS
ATENÇÃO!
Toda empresa estatal dependente é uma empresa controlada. Contudo, nem toda empresa
estatal controlada é dependente. Exemplo: A Petrobrás é controlada, porém independente.
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 6
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
CÁLCULO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)
Art. 2º. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
IV - Receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso
I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o
custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas
provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da
Constituição.
COMENTÁRIO: Note que a Receita Corrente Líquida (RCL) é o somatório das Receitas Correntes
(mnemônico: Tributa-Com-P-A-I-S-Trans-Ou) com algumas deduções na União, nos Estados e nos
Municípios.
Além disso, na alínea “a”, as contribuições mencionadas no art. 195 da Constituição são as
contribuições do empregador e do trabalhador relacionadas à seguridade social (RGPS e RPPS) e
no art. 239 da CF são as contribuições relativas ao PIS/PASEP. Portanto, essas contribuições
devem ser deduzidas (subtraídas) das Receitas Correntes.
Já a alínea “c” cita o § 9º do art. 201 da Constituição. Esse § 9º trata das receitas recebidas por
compensação financeira da contagem recíproca de tempo de contribuição em regimes
previdenciários distintos (RGPS e RPPS). Logo, essas receitas devem ser deduzidas das receitas
correntes. Exemplo: Quando um servidor estadual passa a ser servidor federal, parte do que ele
contribuiu com o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) do Estado vai ser transferido para
o RPPS da União. Nesses casos, a União deve deduzir os valores recebidos.
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 7
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
LRF: Art. 2º, IV, a, b, c
DEDUÇÕES DA RCL
UNIÃO ESTADOS/DF MUNICÍPIOS
Os valores transferidos aos
Os valores transferidos aos
Estados e Municípios
Municípios por determinação -
por determinação
constitucional
constitucional ou legal
Contribuições do empregador e
do trabalhador relacionadas à - -
Seguridade Social
Contribuições relativas ao
- -
PIS/PASEP
Contribuição dos servidores Contribuição dos servidores Contribuição dos servidores
para o custeio do seu sistema para o custeio do seu sistema para o custeio do seu sistema
de previdência e assistência de previdência e assistência de previdência e assistência
social social social
Receitas recebidas por Receitas recebidas por Receitas recebidas por
compensação financeira da compensação financeira da compensação financeira da
contagem recíproca de tempo contagem recíproca de tempo contagem recíproca de tempo
de contribuição em regimes de contribuição em regimes de contribuição em regimes
previdenciários distintos previdenciários distintos previdenciários distintos
NÃO CONFUNDA!
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS OBRIGATÓRIAS
São recursos financeiros repassados de um
São recursos financeiros que devem ser
ente federado para outro, ou entre órgãos
repassados obrigatoriamente de um ente
do mesmo ente, para custear despesas
federado para outro, de acordo com
correntes. Essas transferências podem ser
determinações constitucionais ou legais.
realizadas de forma discricionária.
Fazem parte do somatório da RCL Devem ser deduzidas da RCL
Exemplo: Transferências voluntárias
realizadas pela União para Estados e Exemplo: Fundo de Participação dos
Municípios, como convênios e contratos de Municípios (FPM), que repassa recursos da
repasse, que visam financiar programas e União para os municípios.
projetos específicos de interesse mútuo.
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 8
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Art. 2º. (...)
§ 1º. Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em
decorrência da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto
pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
COMENTÁRIO: A Lei Complementar 87/96 dispõe sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) e o Fundo previsto no art. 60 do ADCT é o “famoso” FUNDEB (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Logo, esse § 1º estabelece que serão
computados no cálculo da Receita Corrente Líquida (RCL) os valores pagos e recebidos em
decorrência do ICMS e do FUNDEB.
Art. 2º. (...)
§ 2º. Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do
Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que
trata o inciso V do § 1º do art. 19.
COMENTÁRIO: O inciso V do § 1º do art. 19 trata das despesas com pessoal do Distrito Federal e
dos Estados do Amapá e Roraima (despesas com servidores dos ex-territórios do Amapá e de
Roraima) custeadas com recursos transferidos pela União. Portanto, os recursos recebidos da
União para atendimento dessas despesas devem ser deduzidos no cálculo da RCL do DF, Amapá e
Roraima.
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 9
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Sintetizando, temos:
CÁLCULO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
(+) Receitas Correntes
(-) Transferências Constitucionais e Legais
Contribuições dos Empregadores e Trabalhadores para a Seguridade Social
(-)
(previsto apenas para a União)
(-) Contribuições para o PIS/PASEP (previsto apenas para a União)
(-) Compensação entre regimes de previdência
( + ou - ) Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir)
( + ou - ) FUNDEB (Na união ele reduz, nos entes que recebem entra somando)
Recursos recebidos da União para custear alguns servidores
(-)
(Apenas para o DF, Amapá e Roraima)
= RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
AVISO: Não precisamos nos preocupar em memorizar esse cálculo da RCL em um
primeiro momento, pois ele não possui incidência alta em provas, porém essa
tabela facilita o entendimento dos dispositivos estudados, por isso nós a
colocamos!
Art. 2º. (...)
§ 3º. A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em
referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
COMENTÁRIO: Se quisermos apurar a Receita Corrente Líquida (RCL) em maio de 2024,
tomaremos como base o mês de maio de 2024 e os 11 meses que vieram antes dele. Ou seja,
esse intervalo de tempo vai de junho de 2023 a maio de 2024.
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 10
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
LRF: Art. 4º
Equilíbrio entre receitas e despesas
Critérios e formas de limitação de
empenho
A LDO DISPORÁ
Normas relativas ao controle de custos
SOBRE
Normas relativas à avaliação dos
resultados dos programas
Condições e exigências para
transferências de recursos a entidades
públicas e privadas
@RADEGONDESS
Art. 4º. (...)
§ 1º. Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
Integrará o projeto de Em que serão estabelecidas metas
LDO anuais
Relativas a receitas, despesas,
ANEXO DE METAS FISCAIS resultados nominal e primário e
montante da dívida pública
Para o exercício a que se referirem
e para os dois seguintes
@RADEGONDESS
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 11
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
LRF: art. 4º, §§ 1º e 2º
O ANEXO DE METAS FISCAIS CONTERÁ:
Metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
01 resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a
que se referirem e para os dois seguintes.
02 A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as
03
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com
as premissas e os objetivos da política econômica nacional.
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,
04 destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de
ativos.
Avaliação da situação financeira e atuarial:
Dos regimes geral de previdência social (RGPS) e próprio (RPPS) dos servidores;
05
Do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador); e
Dos Demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da
06
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 12
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Art. 4º. (...)
§ 3º. A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.
OBSERVAÇÕES!
1) O art. 4º, §§ 1º e 3º, da LRF incluiu dois anexos na LDO:
Anexo de Metas Fiscais (AMF); e
Anexo de Riscos Fiscais (ARF).
2) No Anexo de Riscos Fiscais (ARF) serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso os riscos
se concretizem.
3) Passivo Contingente é um termo da contabilidade que indica um valor contingenciado
(reservado) para possíveis despesas futuras, geralmente essas despesas decorrem de
indenizações judiciais. Ou seja, ele se refere a uma possibilidade de saída de recursos da entidade
que possam vir a desequilibrar as contas públicas.
LRF: Art. 4º, § 4º @RADEGONDESS
A mensagem que
Os objetivos das políticas monetária,
encaminhar o projeto de creditícia e cambial
LDO da União
Os parâmetros e as projeções para
Apresentará, em anexo específico:
seus principais agregados e variáveis
As metas de inflação, para o exercício
subsequente
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 13
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
ATENÇÃO!
O anexo específico de que trata o art. 4º, § 4º, não acompanha a LDO. Ele acompanha a
mensagem que encaminha o projeto de LDO (PLDO).
DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
LRF: art. 5º
O PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA):
Será elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual (PPA), com a Lei de
01 Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com as normas da Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF).
Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
02 orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais
(AMF).
Será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e
03 despesas decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios, benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Será acompanhado das medidas de compensação a renúncias de receita e ao
04
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.
CONTERÁ RESERVA DE CONTINGÊNCIA:
Cuja forma de utilização e montante será definido com base na RCL*;
Cuja forma de utilização e montante serão estabelecidos na LDO; e
05
Destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos.
*RCL = Receita Corrente Líquida
www.radegondesresumos.com @RADEGONDESS 14