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Integridade Cutânea

cuidados com pele
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Integridade Cutânea, Lesões e

Curativos
Estrutura e Funções da Pele
 Epiderme: Camada mais externa da pele. Contém o
estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato
espinhoso, melanócitos e estrato basal.
 Derme: Camada intermediária da pele. Contém as regiões
papilar e reticular.
 Hipoderme: Camada subcutânea que contém células de
gordura.

Funções da Pele:

 Força e elasticidade.
 Regeneração.
 Resistência à perda de água e eletrólitos.
 Produção de Vitamina D.
 Secreção e Excreção.
 Proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos.
 Estímulo visual, olfatório e tátil.
 Recepção de estímulos sensoriais externos.
 Armazenamento de nutrientes (lipídios, água, vitaminas,
etc.).
 Imunorregulação.
 Reflexo de alterações sistêmicas.

Processo de Cicatrização
 Fases: Inflamatória, Proliferativa (Granulação), Maturação
(Remodelamento).
 Fase Inflamatória:
o Inicia imediatamente após a lesão.
o Liberação de substâncias vasoconstritoras.
o Cascata de coagulação para hemostasia.
o Atração de neutrófilos e macrófagos para o local.
o Formação de coágulo (colágeno + plaquetas +
trombina).
o Vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar.
o Migração de fibroblastos.
 Fase Proliferativa:
o Epitelização.
o Angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos).
o Formação de tecido de granulação.
o Deposição de colágeno.
o Inicia ao redor do 4° dia após a lesão e se estende
até a segunda semana.
 Fase de Maturação (Remodelamento):
o Deposição organizada de colágeno III.

o Aumento da força tênsil da lesão.


o Substituição de colágeno III para colágeno I (até 80%
do tecido cicatrizado).
o Pode levar meses ou anos para reepitelizar.

Queloides e Cicatrizes Hipertróficas


 Distúrbios da cicatrização.
 Queloides: Ultrapassam os limites da incisão.
 Cicatrizes Hipertróficas: Permanecem confinadas aos
limites da incisão.

Fatores que Dificultam a Cicatrização


 Fatores Locais:
o Isquemia.
o Infecção.
o Corpo estranho.
o Edema.
o Pressão tecidual elevada.
o Agentes tópicos inadequados.
o Técnica inadequada de curativo.
 Fatores Sistêmicos:
o Idade.

o Diabetes Mellitus.
o Depressão.
o Deficiências vitamínicas.
o Hipotireoidismo.
o Alterações da coagulação.
o Trauma grave.
o Queimaduras.
o Sepse.
o Insuficiência hepática, renal e respiratória.
o Tabagismo.
o Radioterapia.
o Desnutrição.
o Uso de corticosteroides, drogas antineoplásicas,
antibióticos.

Mecanismos de Cicatrização
 Primeira Intenção:
o Margens da ferida são aproximadas (sutura,
grampos).
o Mínima destruição tecidual.
o Tecido de granulação não é visível.
 Segunda Intenção:
o Perda excessiva de tecido.
o Bordas não são aproximadas.
o Ferida aberta, cicatriza por contração e epitelização.
 Terceira Intenção:
o Aproximação das margens da ferida após tratamento
aberto inicial.
o Comum quando há infecção.

Complicações da Cicatrização
 Hemorragia (interna/hematoma e externa).
 Deiscência.
 Evisceração.
 Infecção.
 Osteomielite, bacteremia e septicemia.
 Fístula.

Condições Ideais para Cicatrização


 Nutrição:
o Fase inflamatória: Aminoácidos (arginina, cisteína,
metionina), Vitamina E, Vitamina C, Selênio, Vitamina
K.
o Fase proliferativa: Aminoácidos (arginina), Vitamina
C, Ferro, Vitamina A, Zinco, Manganês, Cobre, Ácido
Pantotênico, Tiamina, Vitaminas do complexo B.
oFase de maturação: Aminoácidos (histidina), Vitamina
C, Zinco, Magnésio.
 Temperatura ideal: 36∘C36∘C a 37∘C37∘C .
 pH do tecido lesionado.
 Umidade no leito da lesão.
 Controle bacteriano na ferida (contaminadas, colonizadas,
infectadas).

Curativo Úmido
 Protege terminações nervosas, reduzindo a dor.
 Acelera o processo cicatricial.
 Previne desidratação tecidual e morte celular.
 Promove necrólise e fibrinólise.

Desbridamento
 Remoção de tecido necrótico.
 Tipos:
o Mecânico: Fricção com gaze/esponja e irrigação.
o Autolítico: Debridamento natural, manter o local
úmido.
o Químico: Enzimas (colagenase, papaína).
o Instrumental, Conservador e Cirúrgico: Tesouras,
bisturis (médicos ou enfermeiros capacitados).
 Contraindicações: terapia anticoagulante e problemas de
hemorragias.

Classificação das Lesões Conforme


Etiologia
 Lesão por Pressão.
 Lesão Vasculogênica por Insuficiência Venosa.
 Lesão Isquêmica por Insuficiência Arterial.
 Lesão Neuropática (Hanseníase, Diabetes Mellitus).
 Lesão Traumática (Ferida Operatória).
 Lesão por Fricção (Skin Tears).
 Lesão Dermatite Associada à Umidade.

Úlcera Venosa
 Devido à insuficiência venosa crônica.
 Características: Varizes, edema, hiperpigmentação,
bordas irregulares, exsudativa, dolorosa, progressão lenta,
bordas maceradas.
 Localização: Região do maléolo e terço distal da perna.
 Cuidados:
o Doppler de MMII (Membros Inferiores) e diagnóstico
médico.
o Repouso e elevação dos membros inferiores.
o Meias de compressão (30 a 50 mmHg) ou bandagem
elástica.
o Caminhadas e bicicletas.
o Avaliar anemias, controle de glicemia, desnutrição,
HAS, insuficiência cardíaca, renal.
o Atenção para região peri-lesional (infecções
bacterianas e fúngicas).
o Avaliar perfusão periférica e integridade tissular.
o Escolha correta da cobertura, tempo de troca e
tratamento peri-lesional.

Úlcera Arterial
 Desnutrição cutânea devido à insuficiência arterial.
 Características: Palidez, extremidades frias, pele
atrófica, ausência de pelos, diminuição ou ausência de
pulsações, dor lancinante, borda regular, lesão seca,
onicomicose, mumificação de extremidades.
 Localização: Tornozelos, maléolos, extremidades digitais
(perna, calcanhar, dorso do pé ou artelho).
 Cuidados:
o Doppler arterial de MMII - ITB (Índice Tornozelo-
Braço).
o MMII não podem ser elevados.
o Proibido uso de meias de compressão.
o Manter aquecimento em extremidades MMII.
o Proteção contra traumatismos térmicos, mecânicos e
químicos.
o Avaliar anemias, controle de glicemia, desnutrição,
HAS, insuficiência cardíaca, renal.
o Atenção para região peri-lesional (infecções
bacterianas, fúngicas e onicomicose).
o Avaliar perfusão periférica e integridade tissular.
o Avaliar dor - grupo da dor e acompanhamento
psicológico (Amputações).

Lesão por Pressão (LP)


 Área de trauma tecidual causada por pressão contínua e
prolongada.
 Ocorre: Entre uma proeminência óssea e uma superfície
dura (sacral, calcâneos, trocanter, tuberosidades
isquiáticas e maléolos externos).

Estadiamento:
 Estágio 1: Pele íntegra com eritema não branqueável.
 Estágio 2: Perda de espessura parcial da pele com
exposição da derme.
 Estágio 3: Perda de pele em sua espessura total, tecido
adiposo visível.
 Estágio 4: Perda de pele em sua espessura total e de
tecido com fáscias, músculos, tendões, ligamentos,
cartilagem ou ossos expostos.
 Não Classificável: Perda de pele em sua espessura total
e de tecido obscurecida por descamação ou escara.
 Tissular Profunda: Coloração vermelho escura, marrom
ou púrpura, persistente e que não embranquece.

Cuidados de Enfermagem:

 Avaliação do grau de risco para desenvolvimento de LP na


admissão (Escala de Braden).
 Avaliação diária da integridade da pele.
 Superfície de suporte (colchão pneumático/viscoelástico).
 Relógio de mudança de posicionamento (2/2h) e uso de
forro móvel.
 Coxins e mudança de posicionamento (atenção para
proeminências ósseas).
 Calcanhar livre, atenção para pé equino.
 Atenção para pontos de pressão em cadeirantes ou
poltronas.
 Hidratação da pele.
 Controle de umidade.
 Lençóis limpos e sem dobras.

Lesão por Fricção (LF - Skin Tears)


 Ferida rasa, limitada à derme, com um retalho de pele em
algum momento de sua evolução.
 Cuidados:
o Avaliar e classificar a LF.

o Controle do sangramento.
o Alinhamento do retalho.
o Remoção atraumática do curativo (não aderente).
o Controle da dor.
o Antibiótico tópico (S/N).
o Proteção de Pele na periferia da lesão.
o Avaliar as causas.

Pé Diabético
 Neuropatia, problemas vasculares, traumas.
 Complicações: Artropatia de Charcot, osteomielite,
amputação.
 Cuidados:
o Avaliação dos pés e orientações ao paciente com DM
(teste de sensibilidade).
o Avaliação renal, fundo de olho, controle glicêmico e
de hipertensão.
o Orientação ao paciente para autocuidado com os pés.
o Calçado especial (distribuição de carga e segurança
contra lesões).
o Integridade das unhas e pele.
o Atenção com pedicures, corte correto das unhas
(proibido a retirada de calos).
o Palpação de pulsos MMII.

Dermatite Associada à Umidade (MASD)


e Dermatite Associada à Incontinência
(DAI)
 MASD manifesta-se com desconforto, prurido, ardência e
dor.
 DAI: Lesões de pele associadas à umidade com eritema e
edema.
 Cuidados (MASD):
o Avaliação diária da integridade da pele (Escala de
Braden).
o Manter a pele limpa, seca e lençóis sempre limpos,
secos.
o Higienização da pele na presença de eliminações
fisiológicas com água morna e sabão neutro.
o Controle de umidade (uso de coletores urinários
masculinos e fralda - realizar a troca no máximo a
cada 3h).
o Aplicar protetor cutâneo na pele ao redor da lesão a
cada troca de curativo.

Avaliação da Lesão
 Cuidado integral ao paciente e não apenas da lesão.
 Legenda de Cores:
o Vermelha: Tecido de granulação (PROTEGER).

o Amarela: Necrose de liquefação (esfacelo) (LIMPAR).


o Preta: Necrose de coagulação (escara) (DESBRIDAR).

Registrar:

 Classificação e estadiamento da lesão (conforme


etiologia), localização, etiologia, tamanho, tipo, coloração
do tecido, quantidade e característica do exsudato, odor,
aspecto da pele ao redor, dor.
 Aspectos relacionados às condições gerais do usuário:
estado nutricional, doenças crônicas, imunidade, atividade
física, condições socioeconômicas.

Critérios do Tratamento de Feridas


1. Avaliar a ferida.
2. Limpeza da ferida.
3. Remoção dos tecidos necróticos.
4. Identificar e tratar a infecção.
5. Preencher o espaço morto.
6. Gerenciar exsudato.
7. Manter um ambiente úmido no leito da ferida.
8. Fornecer isolamento térmico.
9. Proteger a ferida.

Curativos
 Proteção da lesão contra agentes externos.
 Tipos:
o Primário: Em contato direto com a ferida.
o Secundário: Cobre o curativo primário.
 Finalidade:
o Impermeável à água.
o Fácil aplicação e remoção.
o Auxiliar na hemostasia.
o Proteger contra traumas e infecções.
o Limitar o movimento dos tecidos.
o Promover um ambiente úmido.
o Absorver secreções.
o Tratar cavidades.
o Promover o desbridamento.
o Aliviar a dor.
 Tipos de Curativos:
o Aberto, Fechado, Oclusivo, Compressivo, Com
irrigação, Com drenagem.

Coberturas
 PHMB - Polihexamida.
 Clorexidina.
 Ácidos Graxos Essenciais (AGE).
 Gaze não aderente.
 Hidrocolóides.
 Hidrogel.
 Papaína.
 Alginato de cálcio.
 Carvão Ativado com prata.
 Sulfadiazina de prata 1%.
 Colagenase.
 Espuma com Prata.
 Filme Transparente.

Oxigenoterapia: Conceito
Administração de oxigênio em concentração superior à
atmosférica (21%) para corrigir a hipóxia.

Sistema Respiratório
 Troca de gases (hematose) entre o ar ambiente e o
sangue.
 Etapas da oxigenação: Ventilação, Perfusão, Difusão.

Tipos de Oxigenoterapia
 Invasiva: Intubação orotraqueal ou traqueostomia com
suporte ventilatório.
 Não Invasiva: Cateteres e máscaras.

Métodos Não Invasivos


 Baixo Fluxo: Não fornece concentração exata de
oxigênio.
o Cateter nasal.
o Cânula nasofaríngea.
o Cânula orofaríngea.
o Máscara facial simples.
o Máscara de reinalação parcial.
o Inalação.
o Nebulização.
 Alto Fluxo:
o Máscara de Venturi.

o Máscara não-reinalante.
o Capacete.
o Máscara laríngea.
o Máscara CPAP.
o Ventilação manual (VPP).

Cuidados de Enfermagem na
Oxigenoterapia
 Observar o dispositivo de liberação de oxigênio.
 Monitorar o nível de SpO 22.
 Observar o recipiente do umidificador.
 Observar orelhas, ponte nasal, narinas e mucosas nasais.
 Avaliar padrão respiratório, perfusão periférica, nível de
consciência e presença de cianose.
 Atentar para sinais de náusea e êmese.

Eliminação Urinária e Intestinal


Cateterismo Vesical
 Inserção de uma sonda na bexiga para remover a urina.
 Tipos: Curto prazo (intermitente/alívio) ou prolongada
(demora/contínua).
 Indicações: Monitorar débito urinário, alívio de obstrução
urinária, coleta de urina para exames, cuidados pós-
operatórios, bexiga com esvaziamento inadequado.
 Tipos de Sondas: Foley, Nelaton.

Cateterismo Vesical de Alívio (CVA)


 Obtenção de urina asséptica para exame.
 Esvaziar a bexiga em retenção urinária.
 Monitorizar o débito urinário horário.
 Determinação da urina residual.

Cateterismo Vesical Intermitente


 Esvaziamento periódico da bexiga.
 Finalidades: Eliminar urina residual, prevenir infecção
urinária e lesões.

Cateterismo Vesical de Demora (CVD)


 Controlar o volume urinário.
 Coletar material para exames.
 Possibilitar a eliminação em pacientes imobilizados e
inconscientes.
 Pós-operatório de cirurgias urológicas.
 Obstrução urinária.
 Úlcera na região sacra.
 Mensurar a pressão abdominal.
 Irrigar a bexiga.
 Contraindicações: Hipertrofia prostática, uretrorragia,
edema em períneo, prostatite.

Irrigação Vesical
 Lavagem da mucosa que reveste a bexiga.
 Tipos: Fechada (intermitente ou contínua) ou Aberta
(intermitente).

Enemas
 Introdução de líquidos com medicamentos ou não, por um
cateter na região retal.
 Tipos:
o Clister (150-500 ml).
o Fleet Enema (solução industrializada, máximo 500
ml).
o Enemas de limpeza, retenção, carminativos e
medicamentosos.
 Indicações: Alívio da constipação, preparo para exames,
eliminação de gases.

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