PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES – MG
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos- SMOSU
Gerência de Fiscalização de Posturas
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APRESENTAÇÃO
O CÓDIGO DE POSTURAS - Lei nº 3.665, de 30 de Dezembro de 1992,
contém medidas de Polícia Administrativa a cargo do Município, em matéria de
segurança, ordem pública, costumes locais e funcionamento dos estabelecimentos
industriais, comerciais e prestadores de serviços, visando disciplinar o uso e gozo
dos direitos individuais e do bem estar comum. Este trabalho apresenta legislações
publicadas até novembro de 2019.
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INDICE
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES - Art. 1º - 6º-----------------------------------------05
TÍTULO II
DA POLÍTICA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA----------06
CAPÍTULO I
DA ORDEM, MORALIDADE E SOSSEGO PÚBLICO------------------------------06
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS - Art. 7º - 12---------------------------------------------------06
SEÇÃO II
DOS SONS E RUÍDOS - Art. 13 – 19 ---------------------------------------------------07
Seção III
Dos Divertimentos Públicos - Art. 20 – 33----------------------------------------------09
Seção IV
Dos Locais de Culto – Art. 34 -------------------------------------------------------------12
Seção V
Do Trânsito Público - Art. 35 – 47 --------------------------------------------------------12
Seção VI
Do Empachamento das Vias Públicas - Art. 48 – 53--------------------------------15
Seção VII
Das Bancas de Jornais, Revistas e Livros - Lei 4.681/99 -------------------------17
Lei 014/98 - Revogado - arts 54 a 60.
Seção VII
Dos Serviços Executados Nas Vias Públicas - Art. 61 – 63 ----------------------22
Seção IX
Das Barracas - Art. 64 –65 ----------------------------------------------------------------22
Seção X
Dos Anúncios, Cartazes e dos Meios de Publicidade - Art. 66 – 75 ------------23
Seção XI
Das Caixas e Papeis Usados e dos Bancos nas Vias Públicas ------------------25
Seção XII
Das Instalações Elétricas Provisórias - Art. 76 – 80 --------------------------------25
Seção XIII
Dos Inflamáveis e Explosivos - Art. 81 – 91 -------------------------------------------26
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CAPÍTULO II
DA PRESERVAÇÃO DA ESTÉTICA DOS EDIFÍCIOS
Seção I
Dos Toldos - Art. 92 – 93-------------------------------------------------------------------29
Seção II
Dos Mastros nas Fachadas dos Edifícios - Art. 94 – 95----------------------------30
Seção III
Dos Muros, Cercas e Passeios - Art. 96 – 103- --------------------------------------30
CAPÍTULO III
DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA E DE
PRESTADORES DE SERVIÇO
Seção I
Do Licenciamento dos Estabelecimentos Industriais Comerciais e Prestadores
de Serviços - Art. 104 – 114 ---------------------------------------------------------------31
Seção II
Do Comércio Ambulante - Lei 026/00 regulamentada pelo Decreto 7.140/01
Revogado Arts. 115 a 126 -----------------------------------------------------------------33
Seção III
Do Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos Fixos - Art. 127 – 133 ------
--------------------------------------------------------------------------------------------------42
Seção IV
Dos Depósitos de ferro-velho - Art 134 – 137 ----------------------------------------46
Seção V
Da Aferição de Pesos e Medidas - Art. 138 – 139 -----------------------------------46
TÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
CAPÍTULO I
DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES
Seção Única
Disposições Gerais - Art. 140 – 141 -----------------------------------------------------46
Seção II
Das Infrações - Art. 142 – 145-------------------------------------------------------------47
CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES
Seção I
Disposições Gerais - Art. 146 – 150 -----------------------------------------------------47
Seção II
Da Advertência ou Notificação Preliminar - Art. 151 – 153 ------------------------48
Seção III
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Das Multas - Art. 153 – 159----------------------------------------------------------------49
Seção IV
Da Apreensão de Material, Produto, Mercadoria ou Alimento - Art. 160 ------50
Seção V
Da Interdição - Art. 161 – 163 -------------------------------------------------------------50
CAPÍTULOIII
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
Seção I
Das Autuações --------------------------------------------------------------------------51
Subseção I
Do Auto de Infração - Art. 164 – 166 ----------------------------------------------------51
Subseção II
Dos Autos de Apreensão de Materiais, Produtos ou Mercadorias, e da Interdição
de Estabelecimentos - Art. 167 – 168 ---------------------------------------------52
Seção II
Da Defesa do Autuado - Art. 169 – 173 ------------------------------------------------52
Seção III
Da Decisão Administrativa - Art. 174 – 175 -------------------------------------------52
Seção IV
Do Recurso - Art. 176 – 179 ---------------------------------------------------------------53
Seção V
Dos Efeitos das Decisões - Art. 180 – 182 --------------------------------------------53
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS - Art. 183 – 191 ---------------------53
Anexo
Tabela Caracterização da Infração e Valor da Multa--------------------------------56
Legislação Complementar -----------------------------------------------------------------59
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LEI Nº 3.665, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1992,
DISCIPLINA O PODER DE POLÍCIA
ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO DE
GOVERNADOR VALADARES.
A Câmara Municipal de Governador Valadares - Estado de Minas Gerais, aprova
e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei contém medidas de polícia administrativa, a Cargo do
Município, em matéria de segurança, ordem pública, costumes locais e funcionamento
dos estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de serviços, regulando
relações entre o Poder Público local e os municípios, visando disciplinar o uso e o gozo
dos direitos individuais e do bem-estar geral.
Art. 2º - Aos Poderes Municipais, seus agentes políticos e administrativos, nos
limites de suas atribuições, compete zelar pela observância das posturas municipais,
utilizando os instrumentos efetivos de polícia administrativa, especialmente a vistoria da
localização de atividades, renovação anual de licença e a verificação permanente de
seu cumprimento.
Art. 3º - Quando incompetente para notificar preliminarmente ou para autuar, o
servidor municipal deve, e qualquer pessoa pode, representar contra toda ação ou
omissão contrária a disposição deste Código ou de outras Leis e regulamentos de
posturas.
§ 1º - A representação, feita por escrito, mencionará, em letra legível, o nome, a
profissão, o endereço do seu autor, os elementos ou circunstâncias em razão dos quais
se tornou conhecida a infração, as eventuais provas, devendo ser assinada.
§ 2º - Recebida a representação, a autoridade competente providenciará
imediatamente as diligências para a respectiva veracidade e, conforme couber,
notificará preliminarmente o infrator, autuando-o ou arquivando a representação.
Art. 4º - Sempre que solicitada a intervenção da fiscalização para atender a
reclamos públicos, uma equipe de fiscais de Posturas Municipais averiguará a
procedência ou não da reclamação.
Art. 5º - A Prefeitura Municipal divulgará, onde e como for conveniente, as
normas a serem observadas em benefício da população, advertindo-a dos riscos e
perigos que possa sofrer.
Art. 6º - Os casos omissos ou as dúvidas suscitadas serão resolvidas pelo
Prefeito, ouvidos os dirigentes dos órgãos administrativos da Prefeitura.
TÍTULO II
DA POLÍTICA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA
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CAPÍTULO I
DA ORDEM, MORALIDADE E SOSSEGO PÚBLICO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 7º - É dever da Prefeitura zelar pela manutenção da ordem, da moralidade e
do sossego público em todo o território do Município, de acordo com as disposições da
legislação municipal e das normas adotadas pelo Estado e pela União.
Art. 8º - É proibido pichar, escrever, pintar ou gravar figuras nas fachadas dos
prédios, nos muros e postes, ressalvados os casos permitidos nesta Lei.
Art. 9º - É proibido rasgar, riscar ou inutilizar editais ou avisos afixados em
lugares públicos.
Art. 10 – Serão permitidos banhos nos rios córregos ou lagoas do Município,
exceto nos locais designados pela Prefeitura como impróprios para banhos ou esportes
náuticos.
Art. 11 – Não é permitido fumar no interior de veículos de transportes coletivos
que operam no perímetro urbano do Município.
§ 1º - O infrator será advertido da proibição ou retirado do veículo, em caso de
desobediência.
§ 2º Sob pena de multa, as empresas de transportes coletivos deverão afixar
avisos da proibição de fumar no interior do veículo indicando o presente artigo.
Art. 12 – No interior dos estabelecimentos que funcione no período noturno, os
proprietários, gerentes ou equivalentes serão responsáveis pela manutenção da ordem.
Parágrafo Único – As desordens, algazarra ou barulho porventura verificados
nos referidos estabelecimentos, sujeitarão os proprietários à multa, podendo ser
cassada a licença para seu funcionamento na reincidência.
SEÇÃO II
DOS SONS E RUÍDOS
(Ver Lei 4.985/02 – Cria o Disk sossego)
Art. 13 – É proibido perturbar o sossego púbico com ruídos ou sons excessivos
que:
I – atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som
superior a 10 (dez) decibéis – db (A) acima do ruído de fundo existente no local, sem
tráfego;
II – independentemente do ruído de fundo, atinjam, no ambiente exterior do
recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 70 (setenta) decibéis – db (A),
durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis – db (A), durante a noite, explicitando o horário
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noturno como aquele compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas e as 6 (seis)
horas, se outro não estiver estabelecido na legislação municipal pertinente.
§ 1º – Para os efeitos desta Lei, as medições deverão ser efetuadas com
aparelho medidor de nível de som que atenda às recomendações da EB 386/74, da
ABNT, ou das que lhe sucederem.
§ 2º - A medição dos níveis de ruído previstos nesta Lei deve ser efetuada
externamente aos limites da propriedade que contém a fonte, devendo ser obedecidas,
no trabalho de medição e avaliação, as orientações contidas na NBR- 10151 da ABNT
ou nas que lhe sucederem. (Parágrafo com redação dada pela lei nº 7.014/2019).
Art. 14 – São proibidos, independentemente da medição de nível sonoro, os
ruídos:
I – produzidos por veículos com o equipamento de descarga aberto ou silencioso
adulterado ou defeituoso;
II – produzidos por buzinas, ou por pregões, anúncios ou propagandas, à viva
voz, nas vias públicas, em local considerado pela autoridade competente como zona de
silêncio;
III – produzidos em edifícios de apartamentos, vilas e conjuntos residenciais ou
comerciais, por animais, instrumentos musicais, aparelhos receptores de rádio ou
televisão, reprodutores de sons, ou, ainda, de viva voz, de modo a incomodar a
vizinhança, provocando o desassossego, a intranqüilidade ou o desconforto;
IV – provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido e
similares;
V – provocados por ensaio ou exibição de escolas de samba ou quaisquer
outras entidades similares, no período compreendido entre 0 (zero) horas e 7 (sete)
horas, salvo aos domingos, nos feriados e nos 30 (trinta) dias que antecederem o
tríduo carnavalesco, quando o horário será livre.
Art. 15 – Compete à Prefeitura Municipal licenciar e fiscalizar todo e qualquer
tipo de instalação de aparelhos sonoros, propaganda ou sons de qualquer natureza
que, pela intensidade de volume, possam constituir perturbação de sossego público ou
da vizinhança.
Parágrafo Único – A falta de licença para funcionamento de instalações e
instrumentos a que se refere o presente artigo implicará aplicação de multa e intimação
para retirada dos mesmos no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas.
Art. 16 – As regras de que trata o art. 13 desta Lei não se aplicam em relação a
ruídos ou sons produzidos pelas seguintes fontes:
I – Sirenes ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviços de socorro ou
de policiamento;
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II–Eventos de natureza religiosa, comemorações oficiais, eventos esportivos e
festejos carnavalescos e juninos, desde que se realizem em horários e locais
previamente autorizados pelos órgãos competentes e nos limites por eles fixados;
III - Sinos de templos que abrigam cultos de qualquer natureza, desde que os
sons tenham duração não superior a sessenta segundos e apenas para assinalação
das horas e dos ofícios religiosos, no horário compreendido entre 7h e 22h;
IV – Sirenes ou aparelhos semelhantes usados para assinalar o início e o fim de
jornada de trabalho, desde que funcionem apenas nas zonas apropriadas,
reconhecidas como tal pela autoridade competente, e pelo tempo estritamente
necessário;
V – Explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições, no período
compreendido entre 7h e 12h;
VI – Máquinas e equipamentos utilizados em construção, demolições e obras em
geral, no período compreendido entre 7h e 22h;
VII – Máquinas e equipamentos necessários à preparação ou conservação de
logradouros públicos, no período compreendido entre 7h e 20h;
VIII – Aparelhos sonoros usados durante a propaganda eleitoral, que se
sujeitarão às regras específicas do Direito Eleitoral.
Parágrafo único - A limitação de horário a que se referem os incisos V, VI e VII
deste artigo não se aplica quando a obra for executada em zona não residencial ou em
logradouro público, quando e se recomendada a sua realização em período noturno.
(Art. 16 com redação dada pela Lei nº 7.014/2019).
Art. 17 – são vedados os ruídos ou sons, excepcionalmente permitidos no artigo
anterior, na distância mínima de 200m (duzentos metros) de hospitais ou qualquer
estabelecimentos ligados à saúde, bem como escolas, bibliotecas, repartições públicas
e igrejas, em horário de funcionamento.
Art. 18 – Os aparelhos para transmissão ou ampliação de músicas ou
publicidade em casas comerciais somente serão consentidos quando localizados a
pelo menos 50 cm (cinquenta centímetros) aquém da porta do estabelecimento e com
as características de música ambiente. (Art. Com redação dada pela Lei nº
7.018/2019).
Art. 19 – Cabe a qualquer pessoa, que considerar seu sossego perturbado por
sons ou ruídos não permitidos nesta Lei, comunicar à Prefeitura Municipal a ocorrência,
para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Seção III
Dos Divertimentos Públicos
Art. 20 – Divertimentos Públicos, para os efeitos desta Lei, são os que se
realizarem nas vias públicas ou em recintos fechados de livre acesso ao público.
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Art. 21 – Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem licença da
Prefeitura.
§1º – O requerimento de licença para funcionamento de qualquer casa de
diversão será instruído com a prova de terem sido satisfeitas as exigências
regulamentares referentes à construção, à higiene do edifício e à segurança dos
equipamentos e máquinas, quando for o caso, e realizada a vistoria do Corpo de
Bombeiros e da Fiscalização Sanitária.
§2º- Somente será concedida licença para eventos a serem realizados em ruas,
praças, jardins e outros espaços pertencentes à municipalidade, quando seus
promotores assumirem, expressamente, o compromisso de promover a limpeza e/ou
reconstituição da área utilizada, imediatamente após a realização do evento,
acondicionando o lixo coletado na forma recomendada pelo órgão competente,
aplicando-se ao caso, o disposto no art.26 desta Lei.
§3º Os shows e eventos públicos, nas ruas e avenidas centrais do Município de
Governador Valadares, consideradas de grande fluxo de veículos que inviabilizem o
acesso a outras ruas e bairros adjacentes, somente poderão ser realizados aos
sábados após meio dia e aos domingos e feriados, a qualquer momento. (Parágrafo
acrescido pela LC nº. 133, de 21 de dezembro de 2009)
§4º Fica vedada a realização de shows e eventos, na forma prevista no
paragrafo anterior, em quaisquer dias e horários, na Avenida Minas Gerais, no
perímetro concernente entre a praça Vereador Mario Rocha e a Rua Marechal Floriano.
(Parágrafo acrescido pela LC nº. 133, de 21 de dezembro de 2009)
Art. 22 – Em todas as casas de diversões públicas serão observadas as
seguintes disposições, além das estabelecidas pelo Código de Obras e Edificações:
I – tanto as salas de entrada como as de espetáculos serão mantidas
higienicamente limpas;
II – as portas e os corredores para o exterior serão amplos e conservar-se-ão
sempre livres de grandes móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada
rápida do público em caso de emergência;
III – todas as portas de saída terão inscrição “saída” em sua parte de cima,
legível a distância e luminosa de forma suave, quando se apagarem as luzes da sala;
IV – as portas de saída se abrirão de dentro para fora;
V – os aparelhos destinados à renovação do ar deverão ser conservados e
mantidos em perfeito funcionamento;
VI – haverá instalações sanitárias independentes para homens e mulheres, com
exaustores ou ventilação natural;
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VII – serão tomadas todas as precauções necessárias para evitar incêndios,
sendo obrigatória a exposição de extintores de fogo em locais visíveis e de fácil
acesso;
VIII – durante os espetáculos dever-se-á conservar as portas abertas, vedadas
apenas com reposteiros ou cortinas;
IX – deverão possuir material de pulverização de inseticidas e ser detetizadas
anualmente devendo o comprovante de detetização ser afixado em local visível;
X – o mobiliário será mantido em perfeito estado de conservação;
XI – possuirão bebedouro automático de água filtrada em perfeito estado de
funcionamento.
Art. 23 – Para funcionamento de cinemas além do que dispõe o Código de
Obras e Edificações serão ainda observadas as seguintes disposições:
I – os aparelhos de projeção ficarão em cabinas de fácil saída, construídas de
materiais incombustíveis;
II – no interior das cabinas não poderá existir maior número de películas do que
o necessário às sessões de cada dia e, ainda, estas devem estar depositadas em
recipiente especial, incombustível, hermeticamente fechado, que não seja aberto por
mais tempo que o indispensável ao serviço;
III – deverão ser mantidos extintores de incêndio especiais, conforme a
legislação pertinente em vigor.
Art. 24 – A armação de circos ou parques de diversões só poderá ser permitida
em locais previamente determinados, a juízo da Prefeitura e obedecido o disposto na
Lei de Uso do Solo.
§ 1º - A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este
artigo não poderá ser fornecida por prazo superior a um ano.
§ 2º Ao conceder ou renovar a autorização, poderá a Prefeitura estabelecer as
restrições que julgar convenientes, no sentido de garantir a ordem e a segurança dos
divertimentos, o sossego da vizinhança e a restauração da área utilizada.
§ 3º - Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser
franqueados ao público depois de vistoriados em todas as suas instalações pelas
autoridades da Prefeitura.
Art. 25 – Na localização de estabelecimentos de diversão noturna, a Prefeitura
terá sempre em vista a ordem, o sossego e a tranqüilidade da vizinhança.
Art. 26 – Para permitir a armação de circos ou barracas em logradouros públicos
poderá a Prefeitura exigir, quando julgar conveniente, um depósito de até 300
(trezentos) Unidades Fiscais do Município, como garantia de despesas com a eventual
limpeza e reconstrução do logradouro.
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Parágrafo Único – O depósito será restituído integralmente se não houver
necessidade de limpeza especial ou reparos, em caso contrário serão deduzidos dos
mesmos as despesas feitas com tal serviço.
Art. 27 – Os espetáculos, bailes ou festas de caráter público dependem para
realizar-se, de prévia licença da Prefeitura.
Parágrafo Único – Excetuam-se das disposições deste artigo as reuniões de
qualquer natureza, sem convites ou entradas pagas, levadas a efeito por clubes ou
entidades de classe, em sua sede, ou as realizadas em residências particulares.
Art. 28 – Os circos ou parques de diversões cujo funcionamento for superior a 60
(sessenta) dias, deverão possuir instalações sanitárias independentes para cada 100
(cem) espectadores.
Parágrafo Único – Na construção das instalações sanitárias a que se refere o
presente artigo será permitido o emprego de madeiras e outros materiais em placas,
devendo o piso receber revestimento liso, resistente e impermeável.
Art. 29 – Para efeito desta Lei os teatros itinerantes serão comparados aos
circos.
Parágrafo Único – Além das condições estabelecidas para os circos, a Prefeitura
poderá exigir as que julgarem necessárias à segurança e ao conforto dos espectadores
e dos artistas.
Art. 30 – Em todas as casas de diversão, circos ou salas de espetáculos, os
programas anunciados deverão ser integralmente executados, não podendo o
espetáculo iniciar-se em hora diversa da marcada.
§ 1º - Em caso de modificação do programa, do horário ou mesmo de suspensão
do espetáculo, o empresário devolverá aos espectadores que assim desejarem o preço
integral das entradas em prazo não superior a 48 (quarenta e oito) horas.
§ 2º - As disposições do presente artigo aplicam-se inclusive às competições em
que se exija o pagamento das entradas.
Art. 31 – Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao
anunciado e em número excedente à lotação do teatro, estádio, ginásio, cinema, circos
ou salas de espetáculo.
Art. 32 – Em todas as casas de diversão, circos ou salas de espetáculo, deverão
ser reservados lugares para as autoridades policiais e municipais encarregadas da
fiscalização.
Art. 33 – Os promotores de divertimentos públicos de efeitos competitivos, que
demandam o uso de veículo ou qualquer outro meio de transporte pelas vias públicas,
deverão apresentar para aprovação da Prefeitura Municipal, os planos, regulamentos e
itinerários, bem como comprovar idoneidade financeira para responder por eventuais
danos causados por eles ou por particulares aos bens públicos ou particulares.
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Seção IV
Dos Locais de Culto
Art. 34 – Os locais franqueados ao público, nas igrejas, templos ou casas de
culto, deverão ser conservados limpos, iluminados e arejados.
Seção V
Do Trânsito Público
Art. 35 – O trânsito, de acordo com as Leis vigentes, é livre, e sua
regulamentação tem por objetivo manter a ordem, a segurança e o bem-estar dos
transeuntes e da população em geral.
Art. 36 – É proibido embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de
pedestres ou veículos nas ruas, praças, passeios, estradas e caminhos públicos,
exceto para efeito de obras públicas, feiras livres ou quando exigências policiais ou
judiciais o determinarem.
Parágrafo Único – Sempre que houver necessidade de interromper o trânsito,
deverá ser colocada sinalização vermelha claramente visível durante o dia e luminosa à
noite.
Art. 37 – Compreende-se na proibição do caput do artigo anterior, o depósito de
quaisquer materiais, inclusive de construção, nas vias públicas em geral.
§ 1º - Quando, comprovadamente, não houver nenhuma possibilidade de
depositar os materiais no interior dos prédios e terrenos, será tolerada a descarga e
permanência dos mesmos nas vias públicas, desde que se ocupe, no máximo, metade
do passeio por detrás de tapumes, deixando a outra metade livre e limpa de areia ou
outro obstáculo que dificulte a passagem dos pedestres.
§ 2º - Se o passeio for estreito, não permitindo a montagem de tapumes, poderá
ser usado todo o passeio, desde que:
I – sejam colocados protetores de corpos, utilizando 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) da pista de rolamento;
II – a Prefeitura Municipal não seja contrária, por motivos técnicos, à utilização
da pista de rolamento para passagem de pedestres;
III – sejam tomadas medidas que minimizem os efeitos no trânsito.
Art. 38 – É expressamente proibido:
I – danificar ou retirar sinais colocados nas vias, estradas ou caminhos públicos
para advertência de perigo ou impedimento de trânsito;
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II – pintar faixas de sinalização de trânsito, ainda que junto ao rebaixo do meio-
fio, com finalidade de indicar garagem, sem prévio autorização ou em desacordo com
as normas técnicas da Prefeitura Municipal.
Art. 39 – Assiste à Prefeitura o direito de impedir o trânsito de qualquer veículo
ou meio de transporte que possa ocasionar danos à via pública, ou transgredir as
normas de trânsito e tráfego.
Art. 40 – Será expressamente proibido nos logradouros públicos da cidade:
I – transitar ou estacionar veículos nos trechos das vias públicas interditadas
para a execução de obras;
II – conduzir ou estacionar veículos de qualquer espécie nos passeios;
III – inserir quebra-molas, redutores de velocidade ou afins no leito das vias
públicas, sem autorização prévia da Prefeitura Municipal;
IV – amarrar animais em postes, árvores, grades ou portas;
V – atirar ou depositar corpos ou detritos que possam incomodar os transeuntes.
VI – A permanência de animais soltos em vias públicas, jardins, praças, parques
e hortos.
§ 1º – O veículo encontrado em via interditada para obras será apreendido e
transportado para o depósito municipal, respondendo seu proprietário pelas respectivas
despesas, sem prejuízo da multa prevista.
§ 2º - Excetuam-se do disposto no inciso II, deste artigo, carrinhos de crianças
ou de deficientes físicos e, em ruas de pequeno movimento, triciclos de uso infantil.
§ 3º - Será permitido o estacionamento de bicicletas em passeios com mais de
4m (quatro metros) de largura.
Art. 41 – Os pontos de estacionamento de veículos de aluguel, para transporte
individual de passageiros ou não e de tração animal serão determinados pela Prefeitura
Municipal.
Parágrafo Único – Os serviços de transporte de passageiros por táxi serão
explorados diretamente pela Prefeitura Municipal ou em regime de concessão, sendo
facultativa aos concessionários ou permissionários, mediante licença prévia da
Prefeitura Municipal, a instalação de abrigos, bancos e aparelhos telefônicos nos
respectivos pontos.
Art. 42 – Cabe à Prefeitura fixar local e horário de funcionamento das áreas de
carga e descarga, bem como de outros tipos de estacionamento em via pública.
Art. 43 – Os que fizerem uso de bicicletas, devem, entre outras, observar as
seguintes regras:
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I – fazer uso das ciclovias, nas ruas ou avenidas delas dotadas;
II – utilizar a mão de direção, nas ruas ou avenidas dotadas de ciclovias nos dois
sentidos;
III – não transitar nos passeios;
IV – transitar ao longo do meio fio e na mão de direção, nas ruas ou avenidas
não dotadas de ciclovias;
V – apresentar documentos comprobatórios de propriedade, e/ou (duas)
testemunhas idôneas, em caso de apreensão do veículo, para a liberação do mesmo;
VI – não retirar o veículo do local até a lavratura do Termo de Ocorrência, em
caso de acidente de qualquer tipo.
Art. 44 – A não observância das regras contidas no artigo anterior sujeitará o
condutor a ter o seu veículo apreendido por tempo não superior a 24 (vinte e quatro)
horas, salvo nos finais de semana – Sábado e Domingo – ou nos feriados, quando a
liberação somente ocorrerá no primeiro dia útil, após o reconhecimento na rede
bancária, da taxa de expediente devida pelo processamento da respectiva liberação.
Art. 45 – Os veículos apreendidos serão recolhidos em local próprio indicado
pelo Executivo Municipal.
Art. 46 – Competirá ao Executivo Municipal manter as ciclovias livres de
quaisquer obstáculos, para o que solicitará auxílio ao policiamento de trânsito.
Art. 47 – Na infração a qualquer artigo deste Capítulo, quando não prevista pena
no Código Nacional de Trânsito, será imposta multa de leve a grave.
Seção VI
Do Empachamento das Vias Públicas
Art. 48 – Para comícios políticos ou festividades cívicas, religiosas ou de caráter
popular, poderão ser armados coretos ou palanques provisórios ou construções
similares nos logradouros públicos, desde que seja solicitada à Prefeitura a aprovação
de sua localização com antecedência mínima de 3 (três) dias.
§ 1º - Na localização de coretos ou palanques e similares, deverão ser
observados, obrigatoriamente, os seguintes requisitos:
I – que não perturbem o trânsito público;
II – que sejam providos de instalação elétrica, quando de utilização noturna;
III – que não prejudiquem o calçamento nem o escoamento das águas pluviais
correndo por conta dos responsáveis pelas festividades o reparo dos estragos por
acaso verificados;
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IV – que sejam removidos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do
encerramento dos festejos.
§ 2º - Após o prazo estabelecido no inciso IV do parágrafo anterior, a Prefeitura
promoverá a remoção do coreto ou palanque destinando o material ao depósito público
municipal e cobrando dos responsáveis as despesas de remoção.
Art. 49 – Nenhum material poderá permanecer nos logradouros públicos, exceto
nos casos previstos no § 1º do art. 37 desta Lei.
Art. 50 – Os postes telegráficos, de energia elétrica, as caixas postas, os
avisadores de incêndios e de polícia e as balanças para pesagem de veículos, só
poderão ser colocados nos logradouros públicos mediante autorização da Prefeitura,
que indicará as posições convenientes e as condições da respectiva instalação.
Art. 51 – A ocupação de passeio de vias com mesas, cadeiras elou outros
objetos será permitida.
§ 1° - Para a ocupação de passeios de vias, na forma deste artigo, deverão ser
satisfeitos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - que a ocupação limite-se à parte do passeio correspondente à testada do
estabelecimento para o qual foi licenciada, podendo ser estendida a ocupação fora da
testada, desde que:
a) possua autorização expressa do proprietário ou possuidor do imóvel vizinho;
ou
b) mediante autorização da Administração, nos casos em que não haja vizinhos
ou que o imóvel vizinho seja de propriedade do poder público.
II - que seja deixada livre, para o trânsito público, uma faixa de passeio com
largura não inferior a 1,00m (um metro), sempre permitindo a acessibilidade;
III - que haja uma distância mínima entre as mesas de 1,00m (um metro) umas
das outras;
IV - que seja providenciado o pagamento da tarifa pela ocupação da faixa do
passeio com mesas, cadeiras elou outros objetos, na forma da legislação municipal.
§ 2° - O pedido de licença para colocação das mesas deverá ser acompanhado
de uma planta do estabelecimento indicando a testada, a largura do passeio, o número
e a disposição das mesas e cadeiras.
§ 3° - As calçadas de praças poderão ser ocupadas com mesas, cadeiras elou
outros objetos, desde que observados os seguintes requisitos:
I - que seja efetuado o pagamento da tarifa pela ocupação da faixa do passeio
com mesas, cadeiras elou outros objetos, na forma da legislação municipal;
15
II - que seja assumido pelo ocupante, o compromisso de, em contrapartida à
ocupação permitida, e nos moldes estabelecidos em decreto, realizar a manutenção da
praça;
III - que a ocupação limite-se à parte da praça correspondente à testada do
estabelecimento para o qual foi permitida, podendo ser estendida a ocupação fora da
testada, desde que:
a) possua autorização expressa do proprietário ou possuidor do imóvel vizinho;
ou
b) mediante autorização da Administração, nos casos em que não haja vizinhos
ou que o imóvel vizinho seja de propriedade do poder público.
§ 4° - Nos casos de passeios estreitos e com pequena circulação de pessoas,
onde não seja possível a disponibilização de faixa livre de passeio com largura não
inferior a 1,00m (um metro), a Administração, mediante estudo da região, poderá
autorizar a ocupação com mesas, cadeiras e/ou outros objetos, desde que seja deixada
livre, para o trânsito público, uma faixa de passeio com largura não inferior a 0,80m
(oitenta centímetros). (Art. Alterado pela Lei Complementar 223, de 26 de setembro de
2017).
Art. 52 – É proibido colocar postes, mourões ou degraus nas vias públicas, para
qualquer fim, salvo em caráter provisório e com autorização da Prefeitura.
Art. 53 – A colocação nos logradouros públicos de relógios, estátuas, fontes e
quaisquer monumentos depende:
I – do seu valor artístico ou cívico a juízo da Prefeitura;
II – da aprovação pela Prefeitura do local escolhido para a fixação.
Seção VII
Das Bancas de Jornais, Revistas e Livros
Artigos 54 ao 60 revogados pela Lei 4.681/1999.
LEI 4.681/99
Dispõe sobre a instalação de bancas de jornais e revistas
em logradouros públicos e dá outras providências.
Art. 1º – A instalação de bancas e jornais e revistas em logradouros públicos no
município de Governador Valadares, depende da licença prévia concedida, a título
precário, e atendidas as condições estabelecidas nesta Lei.
16
Parágrafo Único – A licença, expedida em nome do requerente, será renovada
anualmente.
Art. 2º – As bancas serão de propriedade dos permissionários.
Art. 3º – A licença para a exploração de bancas é pessoal e será expedida em
nome do requerente.
§ 1º – O licenciado poderá registrar na SEPLAN competente um preposto que
responderá solidariamente por todas as obrigações decorrentes da licença.
§ 2º – Em caso de falecimento ou incapacidade do titular, a licença será
transferida ao cônjuge ou companheiro estável, na forma da legislação federal ou aos
filhos do permissionário, guardadas as prescrições desta Lei.
§ 3º Os beneficiários do disposto no parágrafo anterior, terão o prazo máximo de
90 (noventa) dias a contar da data do falecimento ou da incapacidade comprovada
para exercerem o direito à transferência da licença, sendo que a inércia do beneficiário
implicará na desistência tácita ao referido direito. (Parágrafo acrescido pela Lei nº
6.617/2015)
Art. 4º – As áreas para a instalação de bancas de jornais e revistas serão
indicadas pelo Executivo Municipal.
Art. 5º – Compete ao Executivo a indicação do SEMOV que fiscalizará o
cumprimento das normas previstas nesta Lei.
Art. 6º – O permissionário recolherá, anualmente, taxa pelo uso dos espaços
públicos, no valor de 10 UFIRs (dez Unidades Fiscais de Referência) por metro
quadrado ocupado por sua banca.
Art. 7º – A partir da publicação da presente Lei, os modelos de bancas de jornais
e revistas a serem aprovados pelo órgão municipal competente deverão possuir as
seguintes dimensões: até 20 metros quadrados de área; até 3,50 metros de altura.
§ 1º – As dimensões das bancas serão determinadas pelo Executivo, de acordo
com o local da instalação.
§ 2º – Poderão ser instaladas bancas com modelos e dimensões diferentes dos
padrões estabelecidos nesta Lei, desde que haja licença especial do Executivo,
adaptando-as a projetos de urbanização e paisagismo.
Art. 8º – Fica proibida a instalação de bancas de jornais e revistas nas seguintes
situações.
I – com largura superior a 60% (sessenta por cento) da extensão transversal do
passeio público, observando-se o disposto no art. 9º da presente Lei;
II – com distância inferior a 10 (dez) metros dos pontos de embarque e
desembarque de coletivos;
17
III – em locais onde, a juízo do órgão competente, possa ocasionar embaraços
para o trânsito de pedestres e veículos, ou para sua segurança.
Art. 9º. – As bancas poderão ser instaladas nos alargamentos dos passeios
públicos, devidamente autorizada pelo Executivo.
Art. 10 – É vedado ao Executivo estabelecer padrão de cores para a pintura das
bancas que beneficie a promoção pessoal de autoridade, servidores públicos e partidos
políticos.
Art. 11 – A área superior das bancas, na largura máxima de 1,00m (um metro),
contada a partir da cobertura em sentido vertical, em suas fachadas frontal, posterior e
lateral, poderá ser destinada à publicidade juntamente com a área da fachada
posterior, que poderá conter painel iluminado.
Art. 12 – Respeitada a situação existente, a distância mínima entre uma e outra
banca será de, no mínimo 200 (duzentos) metros.
Parágrafo Único – A distância prevista neste artigo será medida ao longo do eixo dos
logradouros.
Art. 13 – Só será permitida a mudança de localização da banca, com autorização
expressa do Executivo.
Art. 14 – Ao permissionário de banca de jornais e revistas, a seu preposto ou
empregado que descumprirem o disposto nesta Lei serão aplicadas as sanções
previstas em regulamento a ser expedido pelo Executivo Municipal.
Parágrafo Único – O permissionário responde subsidiariamente por infrações
cometidas pelo seu preposto ou empregado.
Art. 15 – Não será permitida a exploração de bancas de jornais e revistas aos
proprietários de empresas distribuidoras de jornais e revistas, proibição extensiva ao
cônjuge.
Parágrafo Único – A proibição de que trata o caput se estende aos respectivos
cônjuges.
Art. 16 – As infrações aos termos desta Lei serão punidas com: advertência,
multa e cassação de permissão.
Art.19– Da pena de cassação da permissão caberá pedido de reconsideração,
com efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da ciência do interessado.
Parágrafo Único – Indeferido o pedido de reconsideração na pena de cassação
da permissão, caberá recurso ao Executivo, com efeito suspensivo, no prazo de 10
(dez) dias úteis, a contar da data do indeferimento do pedido, com a respectiva ciência
do interessado.
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Art.20 – Considera-se cientificado o permissionário que receber pessoalmente
ou através de preposto ou empregado, a notificação ou auto de infração de que trata
esta Lei.
Art. 21 – O recolhimento de multa será efetuado aos cofres do Município nos
seguintes prazos:
I – trinta dias, contados da publicação do ato ou de comunicação escrita, se não
tiver havido pedido de reconsideração ou recurso;
II – trinta dias, contados a partir da ciência pelo interessado do ato que tenha
indeferido o pedido de reconsideração ou negado provimento ao recurso, ou ainda, da
notificação escrita, conforme o caso.
Art. 22 – O não recolhimento da multa nos prazos previstos no art. 21 desta Lei,
implicará um acréscimo, mês a mês, correspondente à atualização do valor da UFIR e
à inscrição do débito na dívida ativa.
Art. 23 – A notificação da irregularidade numerada será lavrada em 3 vias, no
momento em que a infração for constatada, destinando-se a primeira via ao infrator, a
segunda ao município e a terceira ao setor de fiscalização, devendo permanecer no
talonário.
Art. 24 – Sem prejuízo das atividades afins, é facultada às bancas a
comercialização de: jornais e revistas, flâmulas, álbuns de figurinhas, emblemas e
adesivos, cartões postais e comemorativos de datas, mapas e livros, picolés e
sorvetes, cartões telefônicos, talões de estacionamento e selos postais, bilhetes de
loterias e prognósticos explorados ou concedidos pelo poder público, periódicos de
qualquer natureza, inclusive elementos de audiovisuais que os acompanhem e
integrem, ingressos para espetáculos públicos, carnês de sorteio autorizados pela
Fazenda Pública, artigos de papelaria de pequeno porte, serviços de cópia, impressos
de utilidade pública artigos para fumantes, artigos de bomboniére, brindes diversos,
pilhas, barbeadores descartáveis, preservativos, fitas de vídeo, CD’s, filmes
fotográficos e serviços de recepção de filmes fotográficos para revelação, confecção de
chaves e plastificação de documentos em geral.
§ 1º – É permitida às bancas a distribuição de encartes, folhetos e similares de
cunho promocional.
§ 2º –A concessão prevista nesse artigo não poderá descaracterizar a atividade
própria da banca.
§ 3º –As bancas que se utilizarem da concessão prevista neste artigo estarão
sujeitas à fiscalização dos órgãos competentes.
§ 4º – Em qualquer momento, o Executivo poderá permitir a inclusão de outros
produtos para comercialização.
Art. 25 – O permissionário de banca de jornais e revistas poderá utilizar-se de
mostruário para exposição de jornais, revistas e cartões, desde que o mesmo não
altere as características externas da banca.
19
Art. 26 – Constituem atos lesivos ao desempenho da atividade de permissionário
de bancas de jornais e revistas, e da aplicação de penalidade:
I – deixar de manter em condições de higiene e funcionamento as instalações da
banca;
II – interromper o atendimento ao público por período igual ou superior a 5 dias e
inferior a 30 dias consecutivos, sem justo motivo ou autorização do órgão competente.
III – expor ou vender mercadoria e comercialização não autorizada;
IV – depositar jornal, revista ou qualquer outra mercadoria no solo, mesas,
caixotes, estantes ou outros recursos fora da área considerada restrita à banca, bem
como efetuar a sua comercialização;
V – não tratar o público com urbanidade;
VI – dificultar a ação da fiscalização;
VII – não recolher nos prazos regulamentares os tributos devidos à Fazenda
Municipal e pertinentes à atividade;
VIII – veicular qualquer espécie de propaganda política ou ideológica, bem como
eleitoral, salvo a que constar de jornais, revistas ou publicações expostas à venda;
IX – transferir a banca do local sem prévia autorização do órgão competente;
X – interromper o atendimento ao público por período igual ou superior a 30 dias
ininterruptos, sem motivo justificável, caracterizando desistência da exploração.
Parágrafo Único – As multas e as advertências aplicáveis aos incisos anteriores
serão estabelecidas em regulamento a ser expedido pelo Executivo Municipal.
Art. 27 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta dias) após sua publicação.
Art. 28 – Os permissionários terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
contados a partir do Decreto de regulamentação, para adequarem as bancas às
dimensões nela previstas.
Art. 29 – Os casos omissos serão resolvidos pelo SEPLAN, cabendo ao
interessado o devido recurso.
Art. 30 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.
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José Bonifácio Mourão
Prefeito Municipal
Maurício Morais Santos
Secretário Municipal de Governo
Zenólia Maria de Almeida
Secretária Municipal de Planejamento e Coordenação
Maridhemar Elias De Sá
Diretor Geral Do SEMOV
Seção VII
Dos Serviços Executados Nas Vias Públicas
Art. 61 – Nenhum serviço ou obra que exija o levantamento do calçamento ou
abertura e escavação no leito das vias públicas poderá ser executado por particulares
ou empresas sem prévia licença da Prefeitura.
§ 1º - A recomposição do calçamento será feita pela Prefeitura a expensas dos
interessados no serviço.
§ 2º - No ato da concessão da licença o interessado depositará o montante
necessário a cobrir as despesas.
Art. 62 – A autoridade municipal competente poderá estabelecer horários para a
realização dos trabalhos se estes ocasionarem transtorno ao trânsito de pedestres e de
veículos nos horários normais de trabalho.
Art. 63 – As empresas ou particulares autorizadas a fazerem abertura no
calçamento ou escavações nas vias públicas são obrigados a colocar tabuletas
indicativas de perigo e interrupção de trânsito, convenientemente dispostos, além de
luzes vermelhas durante a noite.
§ 1º - Todos os responsáveis por obras ou serviços nos passeios, vias e
logradouros públicos, quer sejam entidades contratantes ou agentes executores, são
obrigados a proteger esses locais mediante a retenção dos materiais de construção,
dos resíduos escavados e outros de qualquer natureza, estocando-os
convenientemente, sem apresentar transbordamento.
§ 2º - A autoridade municipal poderá estabelecer outras exigências, quando
julgar convenientes à segurança, à salubridade e ao sossego público, quando do
licenciamento de obras que se realizem nas vias e logradouros públicos, observada a
regulamentação desta Lei.
21
§ 3º - As pessoas autorizadas a realizarem calçamento ou escavações nas vias
públicas ficarão responsáveis civilmente pelos danos causados em decorrência do não
cumprimento das normas de segurança estabelecidas neste Código e em outras Leis
municipais.
Seção IX
Das Barracas
Art. 64 – Não será concedida autorização para localização de barracas para fins
comerciais nos passeios e nos leitos dos logradouros públicos.
Parágrafo Único – As prescrições do presente artigo não se aplicam às barracas
móveis, armadas nas feiras livres, quando instaladas nos dias e horários determinados
pela Prefeitura.
Art. 65 – Nas festas de caráter público ou religioso, poderão ser instaladas
barracas provisórias para divertimentos, mediante autorização da Prefeitura solicitadas
pelos interessados no prazo mínimo de 08 (oito) dias.
§ 1º - Na instalação de barracas deverão ser observados os seguintes requisitos:
I – apresentarem bom aspecto estético e terem área mínima de 4,00m2 (quatro
metros quadrados);
II – ficarem fora da faixa de rolamento do logradouro público e dos pontos de
estacionamento de veículos;
III – funcionarem exclusivamente no horário e no período da festa para a qual
foram licenciadas;
IV – não ficarem localizadas sobre áreas ajardinadas;
V – não prejudicarem o trânsito de pedestres quando localizadas nos passeios.
§ 2º - Quando as barracas forem destinadas à venda de refrigerantes e
alimentos deverão ser obedecidas as disposições da legislação sanitária relativas à
higiene dos alimentos e mercadorias expostas à venda.
§ 3º - No caso do proprietário da barraca modificar o comércio para o qual foi
licenciada ou mudá-la de local, sem prévia autorização da Prefeitura, a mesma será
desmontada, independentemente de intimação, não cabendo ao proprietário direito a
qualquer indenização por parte da municipalidade, nem a esta qualquer
responsabilidade por danos advindos do desmonte.
§ 4º - Fica proibida a instalação de barracas provisórias para venda de fogos de
artifício, seja qual for o período ou festividade.
22
Seção X
Dos Anúncios, Cartazes e dos Meios de Publicidade
(Ver também Lei 3.415/91- Publicidade Volante, Lei 4.778/00- Identidade Promotor
Eventos e LC 055/04 - artigos 179 à 186 do Cód. Ambiental ).
Art. 66 – A exploração dos meios de publicidade nas vias e logradouros públicos,
bem como nos lugares de uso coletivo, depende de licença da Prefeitura e sujeita o
responsável ao pagamento da taxa respectiva.
Parágrafo Único – A exploração dos meios de publicidade nas vias e
logradouros públicos, bem como nos lugares de uso coletivo, realizada por
organizações eclesiásticas, culturais e políticas estão isentas de recolhimento de taxas
municipais, sem prejuízo do requerimento dos interessados.
Art. 67 – A propaganda realizada por meio de cinema ambulante, ainda que
muda, está igualmente sujeita à prévia licença e ao pagamento da taxa respectiva.
Art. 68 – A fiscalização de anúncios, cartazes e quaisquer outros meios de
publicidade e propaganda referentes a estabelecimentos comerciais, industriais ou
profissionais, escritórios, consultórios ou gabinetes, casas de diversões ou qualquer
tipo de estabelecimento, depende de licença da Prefeitura mediante requerimento dos
interessados.
Parágrafo Único – Incluem-se na obrigatoriedade este artigo:
I – todos os cartazes, letreiros, programas, quadros, painéis, placas, tabuletas,
avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por qualquer modo, processo
ou engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em paredes, muros,
fachadas de prédios, tapumes, veículos ou calçadas;
II – os anúncios que, embora apostos em terrenos ou próprios de domínio
privado, forem visíveis dos lugares públicos.
Art. 69 – É proibido afixar cartazes, anúncios, cabos ou fios nas árvores dos
logradouros públicos. (Ver também artigo 142 da LC 055/04)
Art. 70 – Os pedidos de licença para a publicidade ou propaganda por meio de
cartazes ou anúncios deverão mencionar:
I – a indicação dos locais em que serão colocados ou distribuídos os cartazes ou
anúncios;
II – a estrutura construtiva, se houver, e as medidas de segurança pública;
III – a natureza do material de confecção;
IV – as dimensões;
V – as inscrições e o texto;
23
VI – as cores empregadas.
§ 1º - Tratando-se de anúncios luminosos, os pedidos, deverão, ainda:
I – indicar o sistema de iluminação a ser adotado;
II – obedecer as normas deste código relativos a instalações elétricas.
§ 2º - Os anúncios luminosos serão colocados a uma altura mínima de 2,50m
(dois metros e cinquenta centímetros) do passeio.
Art. 71 – Não será permitida a colocação de anúncios ou cartazes quando:
I – causar prejuízo para o trânsito público;
II – de alguma forma prejudique os aspectos paisagísticos da cidade, seus
panoramas naturais, monumentos típicos históricos e tradicionais;
III – sejam ofensivos à moral ou contenha diretrizes desfavoráveis a indivíduos,
crenças e instituições;
IV – obstruam, interceptem ou reduzam o vão das portas ou janelas com
respectivas bandeiras ou ainda, obstruam, interceptem ou reduzam, total ou
parcialmente, a visão que se deva ter do interior de prédios públicos ou particulares;
V – contenham incorreções de linguagem.
Art. 72 – Os anúncios encontrados sem que os responsáveis tenham satisfeito
as formalidades desta Seção poderão ser retirados e apresentados pela Prefeitura, até
a satisfação daquelas formalidades, além do pagamento da multa prevista pela Lei.
Art. 73 – Toda e qualquer entidade que fizer uso de faixas e painéis afixados em
locais públicos deverá remover tais objeto até 72 (setenta e duas) horas após o
encerramento dos atos que ensejam o uso de tais faixas.
Seção XI
Das Caixas e Papéis Usados e dos Bancos nas Vias Públicas
Art. 74 – As caixas de papéis usados e os bancos nos logradouros públicos só
poderão ser instalados depois de aprovados pela Prefeitura e quando forem de real
interesse para o público e para a cidade, não prejudicando a estética nem a circulação.
Parágrafo Único – É obrigatória a instalação de coletores de papéis usados nas
carrocinhas de vendedores de sorvetes e doces embalados, ou quaisquer produtos que
contenham invólucro e que possam ser consumidos de imediato.
Art. 75 – O Executivo poderá autorizar a instalação de bancos e caixas de
papéis usados em que constem publicidade da firma que receber a autorização.
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Seção XII
Das Instalações Elétricas Provisórias
(Ver também Lei 4.928/01 – Cerca Elétrica)
Art. 76 – Os materiais a serem empregados nas instalações elétricas deverão
obedecer as especificações das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
e às da empresa concessionária dos serviços de distribuição de energia elétrica no
Município.
Art. 77 – As instalações elétricas só poderão ser projetadas e executadas por
técnicos legalmente habilitados, através de carteira profissional e de registro no CREA.
Art. 78 – As instalações elétricas com motores, transformadores e cabos
condutores, deverão ser protegidas de modo a evitar qualquer acidente.
Art. 79 – Quando as instalações elétricas forem de alta tensão, deverão ser
tomadas medidas especiais, como isolamento dos locais, quando necessário, e
afixação de indicações bem visíveis e claras chamando a atenção das pessoas para o
perigo a que se acham expostas.
Art. 80 – As instalações elétricas para iluminação decorativa, que empreguem
lâmpadas incandescentes ou tubos luminescentes em cartazes, anúncios e emblemas
de qualquer natureza deverão observar as prescrições especiais da Associação
Brasileira de Normas Técnicas.
§ 1º - A montagem de lâmpada e de outros pertences em cartazes, anúncios,
luminosos e semelhantes, deverá ser feita sobre estrutura metálica ou base
incombustível isolante eficientemente protegida contra corrosão e perfeitamente ligada
a terra.
§ 2º - Os circuitos deverão ser feitos em eletrodutos.
§ 3º - Quando os eletrodutos forem localizados na parte externa dos edifícios, os
condutores no seu interior deverão possuir encapamento de material isolante.
§ 4º - Qualquer que seja a sua carga, toda iluminação decorativa permanente
deverá ser alimentada por circuitos especiais, com chaves de segurança montadas em
quadro próprio, em local de fácil acesso.
Seção XIII
Dos Inflamáveis e Explosivos
(Ver também Lei 4.148/95 - Gás Liquefeito de Petróleo e Lei 4.373/97 – Posto de Combustível)
Art. 81 – No interesse público, a Prefeitura fiscalizará, em colaboração com o
Corpo de Bombeiros e autoridades estaduais e federais, a fabricação, o comércio, o
transporte e o emprego de inflamáveis e explosivos, nos termos do Decreto Federal nº
55.649 de 28.01.65.
25
Art. 82 – São considerados inflamáveis:
I – o fósforo e os materiais fosforados;
II – a gasolina e demais derivados de petróleo;
III – os éteres, álcoois, a aguardente e os óleos em geral;
IV – Os carburetos, o alcatrão e as matérias betuminosas líquidas e sólidas;
V – toda e qualquer outra substância cujo ponto de inflamabilidade seja acima de
135º (cento e trinta e cinco graus centígrados);
VI – outros artefatos e artigos similares.
Art. 83 – Consideram-se explosivos:
I – os fogos de artifícios;
II – a nitroglicerina e seus compostos e derivados;
III – a pólvora e o algodão-pólvora;
IV – as espoletas e os estopins;
V – os fluminatos, clorados, formiatos e congêneres;
VI – os cartuchos de guerra, caça e minas;
VII – outros artefatos e artigos similares.
Art. 48 – É absolutamente proibido:
I – fabricar explosivos sem licença especial e em local não determinado pela
Prefeitura;
II – manter depósito de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atender às
exigências legais quanto à construção e à segurança;
III – depositar ou conservar nas vias públicas, mesmo provisoriamente,
inflamáveis ou explosivos.
Art. 85 – Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as
devidas precauções.
§ 1º - Não poderão ser transportados simultaneamente no mesmo veículo,
explosivos e inflamáveis.
§ 2º - Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão
conduzir outras pessoas além do motorista e dos ajudantes.
26
Art. 86 – A instalação de postos de abastecimento de veículos, bombas de
gasolina e depósitos de outros inflamáveis fica sujeita à licença da Prefeitura.
Parágrafo Único – A Prefeitura estabelecerá, para cada caso, as exigências que
julgar necessárias aos interesses de segurança.
Art. 87 – Os depósitos de explosivos e inflamáveis só serão construídos em
locais especialmente designados e com licença especial da Prefeitura.
§ 1º - Todas as dependências e anexos dos depósitos de explosivos ou
inflamáveis serão construídos de material incombustível.
§ 2º - Junto à porta de entrada dos depósitos de explosivos e inflamáveis
deverão ser pintados de forma bem visível, os dizeres “INFLAMÁVEIS” ou “
EXPLOSIVOS” – “CONSERVE O FOGO A DISTÂNCIA”, com as respectivas tabuletas
com o símbolo representativo de perigo.
§ 3º - Em locais visíveis deverão ser colocadas tabuletas ou cartazes com o
símbolo representativo de perigo e com os dizeres – “É PROIBIDO FUMAR”.
§ 4º - Aos varejistas é permitido conservar em cômodos apropriados, em seus
armazéns ou lojas a quantidade fixada pela Prefeitura, na respectiva licença, de
material inflamável ou explosivos que não ultrapassar à venda provável de 20 (vinte)
dias.
§ 5º - Os fogueteiros e exploradores de pedreiras poderão manter depósito de
explosivos correspondentes ao consumo de 30 (trinta) dias desde que os depósitos
estejam localizados a uma distância mínima de 250m (duzentos cinquenta metros) da
habitação mais próxima e a 150m (cento e cinquenta metros) das ruas ou estradas.
§ 6º - A Prefeitura só permitirá aumentar as quantidades de depósito citadas no
artigo anterior na medida em que as referidas distâncias ultrapassarem 500m
(quinhentos metros) e 300m (trezentos metros) respectivamente.
Art. 88 – Em todo depósito, posto de abastecimento de veículos, armazém a
granel ou qualquer outro imóvel onde haja armazenamento de explosivos e inflamáveis,
deverão existir instalações contra incêndio e extintores portáteis de incêndio, em
quantidade, e disposição convenientes e mantidos em perfeito estado de
funcionamento.
Art. 89 – É proibido:
I – queimar fogos de artifício, bombas, busca-pés, morteiros e outros fogos
perigosos, nos logradouros públicos ou em janelas e portas que deitarem para os
mesmos;
II – soltar balões em todo o território do Município;
III – fazer fogueiras nos logradouros públicos;
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IV – utilizar, sem justo motivo, armas de fogo dentro do perímetro urbano do
Município.
Parágrafo único – As proibições dispostas nos incisos I e III poderão ser
suspensas mediante autorização especial em dias de regozijo público ou festividades
religiosas de caráter cultural tradicional.
Art. 90 – Não será permitida a existência de material combustível a uma
distância de 10m (dez metros) de qualquer depósito de explosivos e inflamáveis.
Art. 91 – Na infração a qualquer artigo deste Capítulo será imposta multa de
classificação leve e grave, de acordo com as penalidades desta Lei.
Parágrafo Único – Na infração a dispositivos deste Capítulo pode ser aplicada,
além da multa prevista, a interdição da atividade.
CAPÍTULO II
DA PRESERVAÇÃO DA ESTÉTICA DOS EDIFÍCIOS
Seção I
Dos Toldos
Art. 92 – A instalação de toldos, à frente de lojas ou outros estabelecimentos
comerciais, será permitida deste que satisfaça às seguintes condições:
I – não excedam à largura de 2,00m (dois metros) e fiquem sujeitos ao balanço
máximo de 2,00 (dois metros);
II – não desçam, quando instalados no pavimento térreo, os seus elementos
constitutivos, inclusive bambinelas, abaixo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros)
em cota referida ao nível do passeio;
III – não tenham bambinelas de dimensões verticais superiores a 0,60m
(sessenta centímetros);
IV – não prejudiquem a arborização e a iluminação pública, nem ocultem placas
de nomenclatura de logradouros;
V – sejam aparelhados com ferragens e roldanas necessárias ao complemento
enrolamento da peça junto à fachada;
VI – sejam feitos de material de boa qualidade, convenientemente acabados e
resistentes às intempéries.
§ 1º - Será permitida a colocação de toldos metálicos constituídos por placas e
providos de dispositivos reguladores de inclinação com relação ao plano da fachada,
dotados de movimento de contração e distensão, desde que satisfaçam às seguintes
exigências:
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I – o material utilizado seja indeteriorável, não sendo permitida a utilização de
material quebrável ou estilhaçável;
II – o mecanismo de inclinação, dando para o logradouro, garanta a perfeita
segurança e estabilidade ao toldo e não permita que seja atingido o ponto abaixo da
cota de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), a contar do nível do passeio:
§ 2º - Para a colocação de toldos, o requerimento à Prefeitura deverá ser
acompanhado de desenho técnico representando uma seção normas à fachada, na
qual figurem o toldo, o segmento da fachada e o passeio com as respectivas cotas, no
caso de se destinarem ao pavimento térreo.
§ 3º - Os toldos de coberturas que avancem além do alinhamento serão em
balanço não se admitindo peças de sustentação sobre os passeios.
Art. 93 – É vedado pendurar, fixar ou expor mercadorias nas armações dos
toldos.
Seção II
Dos Mastros nas Fachadas dos Edifícios
Art. 94 – A colocação de mastros nas fachadas será permitida desde que sem
prejuízo da estética dos edifícios e da segurança dos transeuntes.
Art. 95 – Os mastros não poderão ser instalados a uma altura abaixo de 2,20m
(dois metros e vinte centímetros), em cota referida ao nível do passeio.
Parágrafo Único – Os mastros cujas instalações não satisfazem os requisitos do
presente artigo deverão ser substituídos, removidos ou suprimidos.
Seção III
Dos Muros, Cercas e Passeios
Art. 96 – Os terrenos com frente para logradouros públicos pavimentados, serão
obrigatoriamente dotados de passeio em toda a extensão da testada e fechados no
alinhamento existente ou projetado.
§ 1º - Compete ao proprietário do imóvel a construção e conservação dos muros
e passeios, assim como do gramado dos passeios ajardinados.
§ 2º - Tratando-se de condomínio, a responsabilidade de que trata o parágrafo
anterior será do seu representante legal.
Art. 97 – São considerados como irregulares os muros e passeios construídos
ou reconstruídos em descordo com as especificações técnicas e regulamentares
próprias, bem como os consertos nas mesmas condições. (ver artigo 54 e 58 §2º da LC
196/15)
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Parágrafo Único – Só serão tolerados os consertos de muros e passeios quando
pelo menos 90% (noventa por cento) da área total do muro ou passeio resultar em bom
estado, caso contrário serão considerados em ruínas, devendo obrigatoriamente ser
reconstruídos.
Art. 98 – Os passeios não poderão ser feitos de material liso ou derrapante.
Art. 99 – Os muros, quando constituírem fechos divisórios de terrenos, terão a
altura mínima de 1,80 (um metro e oitenta centímetros) o máximo de 2,50m (dois
metros e cinquenta centímetros). Ver artigo 58 da LC 196/15
Art. 100 – Ficará a cargo da Prefeitura a reconstrução ou conserto de muros ou
passeios efetuados por alterações do nivelamento e das guias ou por estragos
ocasionados pela arborização das vias públicas.
Parágrafo Único – Competirá também à Prefeitura o conserto necessário
decorrente de modificações do alinhamento das guias ou ruas.
Art. 101 – Presumem-se comuns os fechos divisórios entre propriedades
urbanas e rurais, devendo os proprietários dos imóveis confinantes concorrer, em
partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação, na forma do Código
Civil.
Art. 102 – Ao serem intimados pela Prefeitura para executar o fechamento de
terrenos e outras obras necessárias, os proprietários que não atenderem à intimação
ficarão sujeitos à multa, acrescida de 20% (vinte por cento) como pagamento do custo
dos serviços feitos pela Administração Municipal.
Art. 103 – A Prefeitura deverá exigir do proprietário do terreno edificado ou não,
a construção de sarjetas ou drenos, para desvio de águas pluviais ou de infiltrações
que causem prejuízos ou dano ao logradouro público ou aos proprietários vizinhos.
CAPÍTULO III
DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA E DE PRESTADORES DE
SERVIÇO
Seção I
Do Licenciamento dos Estabelecimentos Industriais Comerciais e Prestadores de
Serviços
Art. 104 – Nenhum estabelecimento comercial, industrial ou prestador de
serviços poderá funcionar sem prévia licença da Prefeitura, que só será concedida se
observadas as disposições desta Lei e as demais normas legais e regulamentares
pertinentes.
Parágrafo Único – O requerimento deverá especificar com clareza:
I – o ramo do comércio ou da indústria, ou o tipo de serviço a ser prestado;
II – o local em que o requerente pretende exercer sua atividade.
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Art. 105 – Não será concedida licença, dentro do perímetro urbano, aos
estabelecimentos industriais que pela natureza dos produtos, pelas matérias-primas
utilizadas, pelos combustíveis empregados, ou por qualquer outro motivo possam
prejudicar a saúde pública ou causar incômodo à vizinhança.
Art. 106 – As ferrarias, oficinas mecânicas, industrias de calçados, fábricas de
colchões, de sabão, de velas, de banha, as carvoarias e curtumes, torrefação e
moagem de café, serrarias e serralherias só terão permissão para localização e
funcionamento com prévia autorização da Prefeitura Municipal e dos órgãos federais e
estaduais competentes, que avaliarão os riscos que tais atividades possam oferecer à
saúde coletiva, após os pareceres dos demais órgãos municipais envolvidos,
amparados pela legislação municipal, estadual e federal pertinentes.
Art. 107 – A licença para funcionamento de açougues, padarias, confeitarias,
leiterias, cafés, bares, restaurantes, hotéis, pensões e outros estabelecimentos
congêneres, será sempre precedida de aprovação da autoridade sanitária competente.
Art. 108 – Os prédios e estabelecimentos mercantis ou sociais, qualquer que
seja o ramo de atividade a que se destinam deverão ser previamente vistoriados pelos
órgãos competentes, em particular no que diz respeito a:
I – compatibilidade da atividade com a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e
a destinação da área;
II – adequação ou adaptação do prédio e das instalações às atividades que
serão exercidas;
III – requisitos de higiene pública e proteção ambiental, ouvidas as autoridades
sanitárias;
IV – condições relativas a segurança, prevenção contra incêndio, moral e
sossego públicos, previstas nesta Lei e nos regulamentos específicos.
§ 1º - A Prefeitura, para efeito de fiscalização, poderá dividir as diferentes
categorias de estabelecimentos em classe e fixar exigências de acordo com o nível de
serviços que cada classe se propõe a prestar.
§ 2º - O alvará de licença só poderá ser concedido após informações, pelos
órgãos competentes da Prefeitura, de que o estabelecimento atende às exigências
estabelecidas neste Código.
Art. 109 – O alvará de licença deverá ser renovado anualmente sob pena de
interdição do estabelecimento, além da cobrança das multas devidas.
Art. 110 – Para efeito de fiscalização, o proprietário do estabelecimento
licenciado colocará o alvará de localização em lugar visível e o exibirá à autoridade
competente sempre que esta o exigir.
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Art. 111 – A licença para o funcionamento de hotéis, pensões, casas de diversão
e congêneres dependerá ainda da apresentação de alvará fornecido pela autoridade
policial competente.
Art. 112 – A mudança de local de estabelecimento comercial, industrial ou de
serviços já licenciados estão sujeitas à vistoria prevista no art. 107.
Parágrafo Único – As indústrias instaladas no Distrito Industrial deverão
obedecer, além da legislação específica para o Distrito, as normas técnicas estaduais e
municipais.
Art. 113 – A licença de estabelecimento poderá ser cassada:
I – se passar a exercer negócio diferente do fixado no licenciamento;
II – como medida preventiva, a bem da higiene, da moral, do sossego, da
segurança pública e da proteção ambiental;
III – se o licenciado se negar a exigir o alvará de localização à autoridade
competente, quando solicitado a fazê-lo;
IV – por solicitação da autoridade competente, provados os motivos que a
fundamentarem.
Parágrafo Único – Cassada a licença ou constatada a sua inexistência, o
estabelecimento será imediatamente fechado.
Art. 114 – Aplica-se o disposto nesta Seção às atividades realizadas em
quiosques, vagões, vagonetes e quando montadas em veículos automotores ou por
estes tracionáveis.
§ 1º - É vedado o estabelecimento desses veículos ou de seus componentes em
vias e logradouros públicos do Município. Revogado pela Lei nº 6937/2018.
§ 2º - O pedido de autorização para localização do tipo de comércio de que trata
o caput deste artigo deverá:
I – ser instruído com prova de propriedade do terreno onde irá se localizar ou
documento hábil que demonstre estar o interessado autorizado pelo proprietário a
estabelecer em seu terreno;
II – satisfazer aos requisitos previstos no art. 64 deste Código;
III – satisfazer as exigências da vistoria mencionada no art. 141.
§ 3º - A autorização prevista no caput deste artigo só poderá ser concedida se
observado o disposto no art. 104 desta Lei, não podendo exceder o prazo máximo de 6
(seis) meses, renovável ou não.
Seção II
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Do Comércio Ambulante
Artigos 115 ao 126 revogados pela Lei Complementar nº 026/2000.
Lei Complementar n.º 26/00.
Dispõe sobre o comércio ambulante no município
Governador Valadares e dá outras providências.
Art. 1º - O comércio ambulante com a utilização de bancas, fixas ou móveis, e
carrinhos em logradouros públicos no município de Governador Valadares, depende
de licença prévia concedida, a título precário, e atendidas as condições estabelecidas
nesta Lei, além de Indicação por parte de entidade representativa da categoria.
Parágrafo Único - A licença, expedida em nome do requerente, será renovada
anualmente após vistoria prévia das bancas e carrinhos pelo órgão competente.
Art. 2º - As bancas e carrinhos serão de propriedade dos licenciados
§ 1º - O licenciado poderá registrar no órgão competente um preposto que
responderá solidariamente por todas as obrigações decorrentes da licença.
§ 2º - Em caso de falecimento ou incapacidade do titular, a licença será
transferida ao cônjuge ou companheiro estável, na forma da legislação Federal,
ou aos filhos do permissionário, guardadas as prescrições desta Lei.
Art. 4º- As áreas para a exploração do comércio ambulante na cidade serão
indicadas pelo Executivo Municipal, ficando proibida a Instalação de barracas fixas ou
móveis em áreas de praças, de jardins de proteção ambiental.
Art. 5º - Compete ao Executivo a indicação do órgão público que Fiscalizará o
cumprimento das normas previstas nesta Lei.
Art. 6º - O licenciado proprietário de bancas fixas ou móveis e carrinhos de
exploração de comércio ambulante recolherá, anualmente, em até seis parcelas
mensais, os tributos municipais definidos na Lei Complementar nº 008, de 18 de
dezembro do 1997.
Art. 7º - A partir da publicação da presente Lei, os modelos das bancas, fixas ou
móveis, para o exercício do comércio ambulante na cidade, a serem aprovados pelo
órgão municipal competente, obedecerão às dimensões e modelos constantes do
Anexo desta Lei.
Parágrafo Único - Poderão ser instaladas bancas com modelos diferentes dos
padrões estabelecidos nesta Lei, desde que haja Executivo, adaptando-as a projetos
de urbanização e paisagismo.
Art. 8º - Fica vedada a colocação de bancas para exploração de comércio
ambulante.
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a) nas faixas de pedestres e ciclovias;
b) em frente a instituições financeiras, joalherias e órgãos de segurança;
c) a menos de cinco metros das esquinas do alinhamento do imóvel;
d) a menos de vinte metros de distância uma da outra, a repartições existentes
Prefeitura, hospitais e similares, a partir da revogação da presente Lei;
f) dos rebaixamentos dos meio fios que servem de passagem para cadeiras de
deficientes físicos.
Art. 9º - As bancas para exploração de comércio ambulante poderão ser
Instaladas nos alargamentos dos passeios públicos devidamente autorizadas pelo
Executivo.
Art. 10º - É vedado ao Executivo estabelecer padrão de cores para a pintura das
bancas que beneficie a promoção pessoal de autoridade, de servidores públicos e
partidos políticos.
Art. 11 - Só será permitida a mudança de localização da banca, com autorização
expressa do Executivo Municipal, mediante requerimento protocolado pelo interessado.
Art. 12 - Ao licenciado proprietário de banca para exploração do comércio
ambulante, a seu preposto ou empregado que descumprirem o disposto nesta Lei
serão aplicadas as sanções previstas em regulamento a ser expedido pelo Executivo
Municipal.
Parágrafo Único - O licenciado responde subsidiariamente por infrações
cometidas pelo seu preposto ou empregado.
Art. 13 - As infrações aos termos desta Lei serão punidas com advertência,
multa e cassação de permissão.
§1º- As penalidades serão aplicadas pelo Executivo de acordo com
estabelecimento em regulamento.
§2º A reincidência só será considerada para o mesmo tipo de Infração ocorrida
no Intervalo máximo do 12 meses.
Art. 14 - Aplicada a penalidade precedida de notificação, será assegurado ao
infrator o direito de defesa, no prazo de 10 (dez) dias, contados da carência do
licenciado notificado.
Art. 15 - Das sanções Impostas pelo Executivo, caberá pedido de
reconsideração, com efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da carência
do interessado.
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Parágrafo Único - Indeferido o pedido de reconsideração, caberá recurso, ao
executivo com efeito suspensivo, para o órgão competente, no prazo de 10 (dez) dias
úteis, a contar da data da ciência do interessado no processo.
Art . 16 - Da pena de cassação da licença caberá pedido de reconsideração,
com efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da ciência do interessado.
Parágrafo Único - indeferido o pedido de reconsideração na pena de cassação
da licença, caberá recurso ao Executivo, com efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez)
dias úteis a contar da data do Indeferimento do pedido, com a respectiva ciência do
interessado.
Art. 17 – Considera-se o cientificado o licenciado que receber pessoalmente ou
através de preposto ou empregado, a notificação ou auto de infração de que trata esta
Lei. Na recusa do licenciado em receber a notificação o órgão fiscalizador fará menção
desta recusa, com o uso de uma testemunha.
Art. 18 – O recolhimento de multa será efetuado aos cofres do Município nos
seguintes prazos:
I- trinta dias, contados da publicação do ato ou de única escrita, se não tiver
havido pedido de reconsideração ou recurso:
II - trinta dias, contados a partir da ciência pelo interessado do ato que tenha
indeferido o pedido de reconsideração ou negado provimento ao recurso, ou ainda, da
notificação escrita, conforme o caso.
Art 19 - O não recolhimento da multa nos prazos previstos nesta Lei. implicará
um acréscimo, mês a mês, correspondente à atualização do valor da UFIR e à
inscrição do débito na dívida ativa.
Art. 20 - A notificação da Irregularidade numerada será lavrada em 3 vias, no
momento em que a Infração for constatada, destinando-se a primeira via ao infrator, a
segunda ao município e a terceira ao setor de fiscalização, devendo permanecer no
talonário.
Art. 21 - Sem prejuízo das atividades afins, é facultado aos licenciados
proprietários de bancas de comércio ambulante, fixas ou móveis, a comercialização de
frutas, lanches, sucos, refrigerantes e similares, artesanato e miudezas em geral,
sorvetes e picolés, artigos de bomboniére, brindes diversos, artigos de utilidade
doméstica em geral, bolsas, carteiras, bonés, artigos em madeira, brinquedos, capas
para aparelhos eletrodomésticos e controles remotos, relógios, fitas cassete, entre
outros a serem definidos em regulamento.
§ lº- E permitida ás bancas a distribuição de encartes, folhetos e similares de
cunho promocional, mediante requerimento conforme os artigos 66 a 73 da Lei nº
3.665, de 30 de dezembro de 1992.
§ 2º - A concessão será prevista neste artigo não poderá própria da banca.
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§ 3º - As bancas que se utilizarem da concessão prevista neste artigo serão
sujeitas à fiscalização dos órgãos competentes.
§ 4º - Em qualquer momento, o Executivo Municipal poderá permitir a Inclusão
de outros produtos para comercialização, mediante requerimento do Interessado.
§5 º - Os equipamentos que utilizam gás liquefeito serão periodicamente
vistoriados pelo órgão fiscalizador municipal, para que sejam observadas as normas de
segurança.
§6º - Os cuidados com a higiene na fabricação dos alimentos caseiros, como
também a exposição dos mesmos nas bancas, fixas ou moveis, serão inspecionados
pela Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde.
Art. 22 – Constituem atos lesivos ao desempenho de licenciado proprietário de
bancas de comércio ambulante, e da indicação de penalidades;
I - deixar de manter em condições de higiene e funcionamento as instalações da
banca;
II - expor ou vender mercadoria e comercialização não autorizada;
III - expor mercadoria para comercialização fora da área considerada restrita à
banca, bem como efetuar a sua comercialização;
IV- não tratar o público com urbanidade;
V- dificultar a ação da fiscalização;
VI- não recolher nos prazos regulamentares os tributos devidos
pertinente atividade;
VII- veicular qualquer espécie de propaganda política ou ideológica bem como
eleitoral;
VIII- transferir a banca do local sem prévia autorização do órgão competente por
um período superior a 30 dias sem justificativa
X – alterar os produtos comercializados sem autorização prévia do orgão a ser
expedido pelo orgão fiscalizado municipal.
Parágrafo único – As multas e as advertências aplicáveis aos incisos anteriores
serão estabelecidas em regulamento a ser expedido pelo Executivo Municipal.
Art. 23 - A partir da publicação da presente Lei, não mais serão concedidas
licenças para funcionamento de barracas fixas em toda a área do Município.
Parágrafo Único - - A medida em que as barracas fixas, por qualquer motivo,
sejam desativadas ou encerrem suas atividades, serão imediatamente retiradas pelo
seu proprietário ou pelo órgão fiscalizador do município após notificação ao mesmo,
sem nenhum ônus ou indenização por parte do Município.
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Art. 24 - Os licenciados terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a
partir do decreto de regulamentação, para adequarem as bancas às dimensões nela
previstas.
Art. 25 - Os casos omissos serão resolvidos pelo órgão competente, cabendo ao
interessado o devido recurso.
Art. 26 - A presente Lei será regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias
através de decreto expedido pelo Poder Executivo Municipal.
Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.
José Bonifácio Mourão
Prefeito Municipal
Decreto Nº 7.140/01
Regulamenta a Lei Complementar 026/00
Art. 1º - A exploração de Bancas, Carrinhos e/ou Barracas de camelôs, será
permitida pela PMGV, através do SEMOV, em caráter pessoal e intransferível e
dependerá de autorização prévia e levantamento sócio-econômico dos interessados.
Parágrafo Único – A autorização prévia de que trata o caput do artigo será anual
e deverá ser solicitada ao SEMOV através de requerimento próprio acompanhado dos
seguintes documentos:
a)autorização do proprietário do imóvel com anuência do inquilino se for o caso,
e endereço da localização do ponto pretendido.
b)atestado de saúde atualizado.
c)ser maior de (16) dezesseis anos.
d)duas fotos 3x4.
e)carteira de Identidade e CPF.
f)certificado de propriedade de licenciamento do veículo, quando for o caso, bem
como a Carteira de Habilitação do Condutor.
g)relacionar as mercadorias, produtos e serviços que serão prestados e/ou
vendidos.
h)comprovante de residência do requerente.
i)alvará Sanitário expedido pela divisão de Vigilância Sanitária, em caso de
produtos do gênero alimentício.
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j)comprovante de inscrição junto ao Cadastro de Prestadores de Serviços do
município.
l)certificado de vistoria da banca, carrinho e/ou barraca de camelôs, emitida pelo
SEMOV.
Art. 2º - Os documentos necessários,farão parte do processo, no qual será
realizado o levantamento sócio-econômico do candidato através de uma comissão
nomeada pelo SEMOV, com participação de representante da entidade representativa
da categoria.
Parágrafo Único - Será de competência do SEMOV o estabelecimento dos critérios
sócio-econômicos para a selecão.
Art. 3º - Ao licenciado será fornecido pelo SEMOV, um alvará de licença,
declarando-o apto ao exercício da atividade, podendo ser renovada a critério do orgão
competente, sem perda de seu caráter de precariedade.
Parágrafo Ùnico – Para renovação de que trata este artigo, serão exigidos os
documentos referidos nas alíneas “a” “b” “f” “h” e “i”, do artigo 1º .
Art. 4º - Será permitida uma licença por candidato, o qual, poderá indicar somente
um preposto para responder solidariamente por todas as obrigações decorrentes da
licença.
Art. 5º - Será de competência do SEMOV:
§1º - A fiscalização das áreas de exploração do Comércio Ambulante, bem como o
cumprimento das normas previstas na lei complementar 026 de 18 de agosto de 2000.
§2º - O estabelecimento do número de bancas, carrinhos e/ou barracas de camelôs
que serão autorizadas.
§3º - A localização dos pontos para instalação de bancas, carrinhos e/ou barracas
de camelôs.
§4º - Autorizar a mudança de local de instalação de bancas, carrinhos e/ou barracas
de camelôs, bem como a mudança dos tipos de produtos e/ou serviços
comercializados.
§5º - O emplacamento e numeração das bancas, carrinhos e/ou barracas de
camelôs autorizadas.
§6º - As bancas, carrinhos e/ou barracas deverão obedecer aos modelos padrão
descritos no anexo 03, deste Decreto.
Art. 6º - Das proibições e restrições:
a)para carrinhos de cachorro quente, não será permitida sua instalação a menos de
100 (cem) metros de treilers fixos existentes quando da época do licenciamento.
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b)fica proibida a comercialização de bebidas alcoólicas, salvo mediante autorização
expressa que será concedida exclusivamente para eventos do calendário oficial do
Município.
c)fica proibida a comercialização de armas e munições.
d)fica proibida a comercialização de medicamentos ou quaisquer outros produtos
farmacêuticos.
e)fica proibida a comercialização de qualquer gêneros ou objetos, que a juizo da
Comissão de Acompanhamento da Exploração comercial de bancas, barracas e/ou
carrinhos de camelôs nos logradouros Públicos, sejam julgadas inconvenientes ou
possam oferecer danos à coletividade.
f)fica proibida a comercialização de quaisquer gêneros ou objetos, que possam vir a
causar risco eminente à população.
g)utilizar aparelhos sonoros ou qualquer outro mecanismo emissor de som,
mesmo que descontínuo.
h)deixar de recolher a barraca ou carrinho ao fim do expediente.
Art. 7º - È vedada a colocação de bancas:
a)a menos de 25 metros de distância dos pontos de ônibus, excetuando-se a já
existentes antes da Lei nº 3.665/92.
b)a menos de um metro do meio fio.
c)nos locais expressamente indicados no anexo I deste Decreto.
Art. 8º - São obrigações do licenciado:
a)manter a Banca, Barraca e/ou Carrinhos e seus acessórios em bom estado de
conservação e aparência.
b)colocar o Alvará de Licença em posição visível da Banca, Barraca e/ou
carrinho.
c)manter, num raio de cinco metros da Banca, a área inteiramente limpa,
colocando o lixo em local adequado de acordo com as orientações da Limpeza Urbana.
d)vender, exclusivamente, os produtos para os quais foi licenciado.
e)assegurar perfeitas condições de higiene.
f)respeitar o horário de funcionamento fixado pelo SEMOV.
Art. 9º - O horário de funcionamento do Comércio eventual ou ambulante,
tratado neste Decreto, será de 8h30 às 18h30, de segunda-feira a sábado, sendo livre
o horário aos domingos e feriados.
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Art. 10º - Na área central da cidade, observado o perímetro indicado no Anexo II,
O SEMOV, estabelecerá o número máximo de licenças para Bancas, Barracas e/ou
Carrinhos.
Parágrafo Único – Da quantidade total estabelecida será deduzido o número
correspondente aqueles que, na data de publicação da lei nº 3.665 de 30 de Dezembro
de 1992 já exerciam a atividade no local.
Art. 11º - Os demais locais, vias públicas ou praças onde poderão ser instalados
bancas, Carrinhos e/ou Barracas de Camelôs serão definidos pela Comissão de
Acompanhamento da Exploração Comercial de Bancas, Carrinhos e/ou Barracas de
camelôs nos logradouros Públicos.
Art. 12º - A inobservância dos preceitos contidos na Lei Complementar nº 026,
de 18 de agosto de 2000, e neste Decreto de regulamentação, implica ao infrator as
penalidades contidas na referida Lei, da seguinte forma:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Multa e apreensão da mercadoria;
d) Cassação.
§1º - Além dos casos previstos em legislação, estará sujeito á cassação da
autorização o candidato e/ou licenciado que:
I – Apresentar dados falsos durante o levantamento sócio-econômico.
II – Adulterar ou retirar a placa de identificação da banca, barraca e/ou Carrinho.
III – Tiver sido multado por três vezes durante o período de vigor de sua licença.
§2º - No caso de cassação o licenciamento ficará impedido, por um prazo de 12
meses de renovar sua licença.
§3º - Além dos casos previstos em legislação, estará sujeito à apreensão da
Banca, Carrinho e/ou Barraca e das mercadorias aquele que estiver trabalhando sem a
devida licença e que, notificado, não tenha regularizado sua situação no prazo
estabelecido.
Art. 13º - Fica criada a Comissão de Acompanhamento de Exploração Comercial
das Bancas, Barracas e/ou Carrinhos de Camelôs nos logradouros Públicos, que terá a
seguinte composição:
Um representante do SEMOV;
Um representante da SEPLAN;
Um representante da SMDE;
Um representante da entidade representativa da categoria profissional;
Um representante da Associação Comercial.
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Art. 14º - A multa fica estipulada em 50 (cinquenta) UFIR`s vigente da época da
infração.
§1º- Na reincidência específica, no prazo de até um ano, a multa de que trata o
caput deste artigo será aplicada em progressão aritmética na razão 1.
§2º-na segunda reincidência específica, além da multa a mercadoria será
apreendida.
Art. 15º - Para efeito deste regulamento ficam estabelecidos os seguintes
prazos:
§1º- As Bancas, Barracas e/ou Carrinhos de Camelôs, uma vez licenciadas,
terão um prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias para se adequarem aos termos
deste regulamento.
§2º -Para os portadores de licença, o prazo máximo para a regularização e/ou
atendimento de qualquer notificação será de 5 (cinco) úteis.
§3° - No caso da autuação por falta de licença, o prazo máximo para a
regularização será de 30 (trinta) dias contados a partir da primeira notificação.
Art. 16º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
José Bonifácio Mourão
Prefeito Municipal
Seção III
Do Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos Fixos
Art. 127 – A abertura e o fechamento dos estabelecimentos industriais e
comerciais, tanto atacadista como varejista, obedecerão ao seguinte horário,
observados os preceitos da legislação federal que regula o contrato de duração e as
condições de trabalho:
I – para indústrias, de modo geral, o horário é livre;
II – para o comércio de modo geral, o horário é livre de segunda a sábado;
III- nos domingos e feriados nacionais os estabelecimentos comerciais
permanecerão fechados, tendo como exceção os casos em que estes procederão às
datas comemorativas de Natal, Dia das Mães, Dias dos Pais, Dia das crianças e Dia
dos Namorados, quando, nestas ocasiões será permitido o funcionamento do comércio
em geral, desde que seja acordado entre patrão e empregado.
§ 1º – Ficam sujeitos ao horário fixado neste artigo, os escritórios comerciais em
geral, as seções de vendas dos estabelecimentos industriais ou depósitos de
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mercadorias e toda atividade que, embora sem estabelecimento, seja exercida para
fins comerciais.
§ 2º - O Prefeito Municipal poderá, prorrogar o horário de funcionamento dos
estabelecimentos comerciais, em qualquer época do ano.
Art. 128 – Em qualquer dia será permitido o funcionamento, sem restrições de
horário, dos estabelecimentos que se dediquem às seguintes atividades de:
I – impressão de jornais;
II – distribuição de leite;
III – frio industrial;
IV – produção e distribuição de energia elétrica;
V – serviço telefônico;
VI – produção e distribuição de gás;
VII – transporte coletivo;
VIII – agências de passagens:
IX – borracheiros;
X – despacho de empresa de transportes de produtos perecíveis;
XI – purificação e distribuição de água;
XII – hospitais, casas de saúde, postos de serviços médicos, laboratórios de
análises clínicas e maternidade.
XIII – hotéis, pensões, boates, casas de diversão pública, agências de aluguel
de automóveis;
XIV – agências funerárias;
XV – Revogado pela lei 3.990/94;
XVI – indústrias cujo processo seja contínuo e ininterrupto;
XVII – tratamento de esgotos.
Art. 129 – Por motivo de conveniência pública poderão funcionar em horário
especial os seguintes estabelecimentos:
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I – bares, botequins, cafés, leiterias, lanchonetes, restaurantes, churrascarias,
bilhares, padarias e confeitarias – das 5 (cinco) às 24 (vinte e quatro) horas, inclusive
nos domingos e feriados;
II – quitandas, açougues, peixarias, mercados, supermercados, mercadinhos,
armazéns, mercearias, agências de aluguel de bicicletas, casas de flores e coroas,
casas de frutas, legumes, verduras, aves e ovos, laticínios e varejo:
a) nos dias úteis – das 8 (oito) às 22 (vinte e duas) horas;
b) nos domingos e feriados – das 8 (oito) às 13 (treze) horas;
III – barbeiros, cabeleireiros, engraxates, salões de beleza, manicures e
massagistas:
a) nos dias úteis – das 8 (oito) às 22 (vinte e duas) horas;
b) nos domingos e feriados – das 8 (oito) às 13 (treze) horas.
IV – distribuidores e vendedores de jornais e revistas, das 6 (seis) às 22 (vinte e
duas) horas.
§ 1º - A juízo do Prefeito poderão, ainda, ser concedidas as licenças especiais a
estabelecimentos e atividades cujo funcionamento ou desempenho fora do horário
normal seja de interesse público.
§ 2º - Para funcionamento de estabelecimentos de mais de um ramo de
comércio, será observado o horário determinado para a espécie principal.
Art. 130 – O Prefeito fixará, mediante decreto, o plantão de farmácias nos
sábados, domingos e feriados.
§ 1º - O regime obrigatório de plantão semanal das farmácias obedecerá
rigorosamente às escalas fixadas por decreto do Prefeito, consultados os proprietários
de farmácias e drogarias locais.
§ 2º - As farmácias e drogarias ficam obrigadas a afixar em suas portas, na parte
externa e em local bem visível, placas indicadoras das outras que estiverem de
plantão, onde conste o nome e o endereço das mesmas.
§ 3º - Mesmo quando fechadas as farmácias e drogarias poderão em caso de
urgência, atender ao público a qualquer hora do dia e da noite.
Art. 131 – É proibido, fora do horário normal do funcionamento dos
estabelecimentos comerciais e industriais:
I – praticar ato de compra e venda;
II – manter abertas ou semicerradas as portas do estabelecimento, ainda que
dêem acesso ao interior do prédio e este sirva de residência ao responsável;
III – vedar por qualquer meio, a visibilidade do interior do estabelecimento
quando este estiver fechado por porta envidraçada.
43
Parágrafo Único – Não constitui infração a abertura do estabelecimento para
lavagem ou limpeza, ou quando o responsável não tendo outro meio de se comunicar
com a rua, conserve uma das portas de entrada aberta para efeito de recebimento.
Art. 132 – Mediante ato especial, o Prefeito Municipal poderá limitar o horário de
funcionamento dos estabelecimentos quando:
I – homologar convenção feita pelos estabelecimentos que acordarem um
horário especial para seu funcionamento, desde que esta convenção seja adotada, no
mínimo, por três quartas partes dos estabelecimentos atingidos;
II – atender às requisições legais e às justificativas das autoridades competentes
sobre estabelecimentos que pertubem o sossego ou ofendam o decoro público, ou
reincidam nas infrações da legislação do trabalho.
§ 1º - Homologada a convenção de que trata o inciso I deste artigo, esta obrigará
os estabelecimentos nela compreendidos ao cumprimento de seus dispositivos.
§ 2º - Os postos de gasolina estão sujeitos a horários especiais previstos em
instrumentos normativos expedidos pelo Governo Federal.
Art. 133 – Outros ramos de comércio ou prestadores de serviços que explorem
atividades não previstas neste Capítulo e que necessitem funcionar em horário especial
deverão requerê-lo ao Prefeito.
Seção IV
Dos Depósitos de ferro-velho
Art 134 – Somente será permitida a instalação de estabelecimentos comerciais
destinados a depósito, compra e venda de ferros-velhos, papéis, plásticos ou garrafas,
fora do centro urbano da cidade.
§ 1º - Os depósitos a que se refere este artigo só terão concedida licença de
funcionamento se forem cercados por muros de alvenaria ou concreto, de altura não
inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), devendo as peças estarem
devidamente organizadas, a fim de que não se prolifere a ação de insetos e roedores.
Art. 135 – Se for constatada irregularidade na instalação dos depósitos referidos
no artigo anterior, os infratores serão notificados para procederem aos reparos
apontados no prazo de 15 dias.
Art. 136 – Após expirado o prazo de licença de funcionamento, o interessado
deverá renová-la dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 137 – Os depósitos de ferro-velho quando localizados à beira das estradas
somente serão autorizados a funcionar murados ou com cerca viva que impeçam a
visão dos parques de armazenamento de material.
Seção V
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Da Aferição de Pesos e Medidas
Art. 138 – Os estabelecimentos comerciais ou industriais serão obrigados, antes
do início de suas atividades, a submeter à aferição os aparelhos ou instrumentos de
medir a serem utilizados em suas transações comerciais, de acordo com as normas
estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial (INMETRO).
Art. 139 – Na infração de qualquer artigo deste Capítulo será imposta multa de
classificação leve e grave.
TÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
CAPÍTULO I
DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES
Seção Única
Disposições Gerais
Art. 140 – A fiscalização de posturas do Município será exercida pelo(s) órgão(s)
competentes(s) da Prefeitura Municipal, indicados pela Lei de organização
administrativa e pelo regimento interno.
Art. 141 – A fiscalização realizada pela Prefeitura nos estabelecimentos
industriais, comerciais e de prestação de serviços, localizados no Município, será feita:
I – através de vistoria, antes da concessão ou renovação do alvará;
II – através de inspeções periódicas, durante o desenvolvimento das atividades,
de forma a assegurar a manutenção dos padrões e condições de funcionamento
exigidos pelo Município.
Seção II
Das Infrações
Art. 142 – Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições
deste Código, de suas disposições complementares ou de outras Leis ou atos baixados
pelo Governo Municipal no uso de seu poder de polícia.
Art. 143 – Será considerado infrator todo aquele que cometer ou mandar,
constranger ou auxiliar alguém a praticar, infração, bem como os encarregados da
execução deste Código que, tendo conhecimento da infração, deixarem de autuar o
infrator.
Art. 144 – A licença concedida em desacordo com os preceitos deste Código
será cassada pela autoridade competente que promoverá a imediata apuração de
responsabilidade e aplicará as penalidades ao servidor que a concedeu.
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Art. 145 – É da competência do Diretor Geral do SEMOV a confirmação do auto
de infração e da sanção aplicada.
CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 146 – Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as
infrações aos dispositivos desta Lei, serão punidas, alternativa ou cumulativamente,
com as penalidades de:
I – advertência ou notificação preliminar;
II – multa;
III – apreensão de material, produto, mercadoria ou alimento;
IV – inutilização de material apreendido;
V – interdição parcial ou total, temporária ou definitiva do estabelecimento ou da
atividade ambulante.
§ 1º - A imposição das sanções não se sujeita à ordem em que estão
relacionadas neste artigo.
§ 2º - A aplicação de uma das sanções previstas neste artigo não prejudica a de
outra, se cabível.
Art. 147 – A aplicação de sanção de qualquer natureza não exonera o infrator do
cumprimento da obrigação a que esteja sujeito, nos termos desta Lei.
Art. 148 – As penalidades a que se refere este Código não isentam o infrator da
obrigação de reparar o dano resultante da infração, na forma do art. 159 do Código
Civil.
Art. 149 – Não são diretamente passíveis das penas definidas neste Código:
I – os incapazes na forma da Lei;
II – os que forem coagidos a cometer a infração.
Art. 150 – Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes a que
se refere o artigo anterior, a pena recairá:
I – sobre os pais e tutores sob cuja guarda estiver o menor;
II – sobre o curador ou pessoa sob cuja guarda estiver o deficiente mental;
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III – sobre aquele que coagir outrem à prática da infração.
Seção II
Da Advertência ou Notificação Preliminar
Art. 151 – Verificando-se infração a esta Lei ou a sua regulamentação, e sempre
que se constate não implicar prejuízo iminente para a comunidade, será expedida
notificação preliminar ao infrator, estabelecendo-se um prazo para que este regularize
a situação.
§ 1º - O prazo para a regulamentação da situação não deve exceder a 15
(quinze) dias e será arbitrado pelo agente fiscal no ato da notificação.
§ 2º – Decorrido o prazo estabelecido sem que o notificado tenha regularizado a
situação apontada, lavrar-se-á o respectivo auto de infração.
Art. 152 – A notificação será feita em formulário destacável do talonário
aprovado pela Prefeitura, permanecendo no talonário cópia a carbono com o “ciente”
do notificado.
Parágrafo Único – No caso de o infrator ser analfabeto, fisicamente
impossibilitado ou incapaz na forma da Lei ou ainda de se recusar a apor o “ciente”, o
agente fiscal indicará o fato no documento de fiscalização, ficando assim justificada a
falta de assinatura do infrator.
Seção III
Das Multas
Art. 153 – As multas previstas nesta Lei serão calculadas com base em múltiplos
da Unidade Fiscal do Município – UFM.
Parágrafo Único – Conforme a gravidade e para o arbitramento das infrações a
multa será imposta pelos critérios estabelecidos no Anexo Único, que faz parte
integrante desta Lei.
Art. 154 – Para efeito desta Lei, entende-se por Unidade Fiscal do Município
(UFM) o padrão monetário fixado por ato do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo Único – Para o cálculo das multas considera-se o valor da UFM
vigente na data em que a multa for recolhida.
Art. 155 – Para imposição da graduação às infrações levar-se-ão em conta:
I – a sua maior gravidade e suas consequências para o meio ambiente, para a
saúde dos cidadãos ou para a segurança e a ordem pública;
II – as circunstâncias atenuantes e agravantes;
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III – os antecedentes do infrator com relação às disposições desta Lei de sua
regulamentação.
Art. 156 – Ocorrendo a infração prevista em Lei, decreto, regulamento, resolução
ou portaria, mas não relacionada no presente Código, o respectivo auto registrará o
fato reportando-se à legislação infrigida e a multa será aplicada como leve, grave ou
gravíssima, a crítica da autoridade fiscalizadora competente.
Art. 157 – A aplicação da multa poderá Ter lugar em qualquer época, durante ou
depois de constatada a infração.
Art. 158 – A multa será cobrada judicialmente se o infrator se recusar a pagá-la
no prazo legal.
§ 1º - A multa não paga no prazo legal será inscrita na dívida ativa.
§ 2º - Os infratores que estiverem em débito proveniente de multa não poderão
receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de
licitações, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar, a
qualquer título, com a Administração Municipal.
Art. 159 – Na reincidência, a multa será aplicada em dobro.
Parágrafo Único – Reincidente é aquele que violar preceito desta Lei por cuja
infração já tiver sido autuado e multado.
Seção IV
Da Apreensão de Material, Produto, Mercadoria ou Alimento
Art. 160 – O material, produto, mercadoria ou alimento que represente risco à
população poderá ser apreendido pela Prefeitura e removido para o Depósito
Municipal, quando a isto não se prestar ou quando a apreensão se realizar fora da
cidade, poderá ser depositado em mãos de terceiros, ou do próprio detentor, se idôneo,
observadas as formalidades legais.
§ 1º - O proprietário poderá, dentro do prazo de 10 (dez) dias, retirar o material,
produto ou mercadoria apreendidos, mediante o pagamento das multas aplicadas e das
despesas que tiverem sido feitas pela Prefeitura com a apreensão, o transporte e o
depósito.
§ 2º - Esgotado o prazo referido no parágrafo anterior a Prefeitura promoverá o
leilão do material apreendido, colocando à disposição do proprietário o produto da
venda, deduzindo o valor da multa e das despesas incorridas.
§ 3º - No caso de material ou mercadoria perecível, o prazo para reclamação ou
retirada será de 24 (vinte e quatro) horas, expirado esse prazo, se as referidas
mercadorias ainda se encontrarem próprias para o consumo humano, poderão ser
doadas a instituições de assistência social e, no caso de deterioração, deverão ser
inutilizadas.
48
Seção V
Da Interdição
Art. 161 – O estabelecimento ou qualquer das suas dependências, poderá ser
interditado, com impedimento de sua ocupação, nos seguintes casos:
I – se forem utilizadas para fim diverso do declarado no respectivo alvará
concedido, verificado o fato pela fiscalização da Prefeitura;
II – se o proprietário não fizer, no prazo que lhe for fixado, os consertos ou
reparos ou não tomar as medidas julgadas necessárias em inspeção procedida pela
Prefeitura.
Art. 162 – Constatada a infração que autorize a interdição, o proprietário do
estabelecimento será intimado para regularizar a situação, em prazo não inferior a 30
(trinta) dias nem superior a 90 (noventa) dias.
Parágrafo Único – O prazo mínimo estabelecido neste artigo será arbitrado com
urgência no caso de a infração constatada oferecer risco para a população ou para o
meio ambiente.
Art. 163 – Não atendida a intimação no prazo assinalado será expedido auto de
infração do estabelecimento ou de sua dependência, que permanecerá interditado até
a regularização da infração e pagamento da multa devida.
CAPÍTULOIII
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
Seção I
Das Autuações
Subseção I
Do Auto de Infração
Art. 164 – Auto de infração é o instrumento descritivo de ocorrência que por sua
natureza, características e demais aspectos peculiares denote o cometimento de
infração nos termos do art. 141 deste Código.
Art. 165 – O auto de infração será lavrado pelo agente da fiscalização da
Prefeitura e/ou Corpo de Bombeiros, em formulário oficial da Prefeitura, em 3 (três) vias
e deverá conter:
I – o endereço do estabelecimento;
II – o número e a data do alvará de licença;
III – o nome do proprietário e/ou responsável técnico, quando for o caso;
IV – a descrição da ocorrência que constitui infração a esta Lei;
49
V – o preceito legal infringido;
VI – a multa aplicada;
VII – a intimação para a correção da irregularidade dentro do prazo fixado;
VIII – a notificação para o pagamento da multa ou apresentação de defesa
dentro do prazo legal;
IX – a identificação e assinatura do autuante e do autuado.
§ 1º - A primeira via será entregue ao autuado, a segunda via servirá para
abertura de processo administrativo, permanecendo a última no talonário, em poder do
fiscal.
§ 2º - As omissões ou incorporações do auto não acarretarão sua nulidade
quando do processo constarem elementos suficientes para a determinação da infração
e do infrator.
§ 3º - No caso da ausência do autuado ou de sua recusa em assinar o auto de
infração, o autuante fará menção dessas circunstâncias no auto colhendo a assinatura
de 1 (uma) testemunha.
Art. 166 – Nos casos em que se constate perigo iminente para a comunidade
será lavrado o auto de infração, independente de notificação preliminar.
Subseção II
Dos Autos de Apreensão de Materiais, Produtos ou Mercadorias, e da Interdição
de Estabelecimentos
Art. 167 – A decretação da apreensão de materiais, produtos ou mercadorias e
da interdição de estabelecimentos é de competência do Diretor Geral do Serviço
Municipal de Obras e Viação (SEMOV)
Art. 168 – O auto de interdição será lavrado pelo agente fiscal, após a decisão
da autoridade mencionada no artigo anterior.
Seção II
Da Defesa do Autuado
Art. 169 – O autuado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa contra
a autuação, contado da data do recebimento da notificação.
Art. 170 – Na hipótese de o autuado não ter assinado o auto competente, será
notificado por via postal registrada, que terá efeito notificatório.
Art. 171 – A defesa do autuado far-se-á por petição, facultada a produção de
documentos, e será juntada ao processo administrativo próprio.
50
Art. 172 – A apreensão da defesa no prazo legal suspenderá a exigibilidade da
multa até a decisão da autoridade competente.
Art. 173 – Não caberá defesa contra notificação preliminar.
Seção III
Da Decisão Administrativa
Art. 174 – O processo administrativo será, uma vez decorrido o prazo para a
apresentação da defesa, imediatamente encaminhado ao Diretor Geral do SEMOV.
Parágrafo Único – Se entender necessário, a autoridade julgadora poderá
determinar a realização de diligência, para esclarecer a questão duvidosa, bem como
solicitar o parecer da Procuradoria Jurídica.
Art. 175 – O autuado será notificado da decisão da primeira instância por via
postal, observado o disposto no art. 171.
Seção IV
Do Recurso
Art. 176 – Da decisão de primeira instância caberá recurso para o Prefeito, sem
efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 177 – O recurso far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos.
Parágrafo Único – É vedado, em uma só petição, interpor recursos referentes a
mais de uma decisão, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo
recorrente, salvo quando as decisões forem proferidas em um único processo.
Art. 178 – A multa aplicada será recolhida aos cofres públicos, após o
julgamento do recurso.
Art. 179 – A decisão do Prefeito é irrecorrível no âmbito da Administração
Municipal e será publicada no jornal que veicular o expediente da Prefeitura.
Seção V
Dos Efeitos das Decisões
Art. 180 – A decisão definitiva, quando mantiver a autuação, produz os seguintes
efeitos, conforme o caso:
I – autoriza a inscrição das multas não pagas em dívida ativa e a subsequente
cobrança judicial;
II – amplia a ação fiscalizadora no sentido da correção da irregularidade
constatada;
III – mantém as demais penalidades aplicadas.
51
Art. 181 – A decisão que tornar insuficiente a autuação produz os seguintes
efeitos, conforme o caso:
I – autoriza o autuado a receber a devolução da multa paga indevidamente no
prazo de 10 (dez) dias após requerê-la;
II – suspende as penalidades aplicadas.
Art.182 – Nos casos de embaraço à Fiscalização de Posturas, poderá ser
solicitada a intervenção da autoridade policial para garantir a execução da medida
ordenada, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação vigente.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 183 – O Poder Executivo expedirá os Atos Administrativos que se fizerem
necessários à fiel observância das disposições neste Código.
Art. 184 – Para o cumprimento do disposto nesta Lei e nas normas que a
regulamentam, a autoridade municipal poderá valer-se do concurso de outras
entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, mediante a celebração de
convênios, consórcios, contratos ou outros ajustes.
Art. 185 – Fica o Prefeito Municipal autorizado a determinar medidas de
emergência, a serem especificadas em regulamento, a fim de evitar críticas ou impedir
sua continuidade, em caso de grave ou iminente risco para vidas humanas ou recursos
ambientais.
Art. 186 – As prescrições contidas nesta Lei aplicam-se, no que couberem, aos
estabelecimentos agrícolas, industriais e comerciais localizados na zona rural do
Município.
Art. 187 – Quando ocorrer qualquer irregularidade não prevista neste Código e
para a qual haja punição expressamente calculada, a Fiscalização de Posturas, para
puni-la, aplicará os critérios referentes à classificação das infrações em leves, graves
ou gravíssimas.
Art. 188 – Os proprietários ou locatários de imóveis que possuem instalações de
toldos em desacordo com as normas da Seção I do Capítulo II da preservação da
Estética dos Edifícios, terão cento e oitenta dias (180) de prazo, a contar da notificação,
para adequá-los à legislação, sob pena do pagamento da multa estabelecida para o
artigo 92.
Art. 189 – Integra esta Lei o Anexo Único – Caracterização da Infração e Tabela
de Multas.
Art. 190 – Esta Lei entrará em vigor no prazo de 90 (noventa) dias a partir de sua
publicação.
Art. 191 – Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente:
52
a) a Lei nº 3.261, de 26 de março de 1990;
b) a Lei nº 3.429, de 15 de outubro de 1991;
c) a Lei nº 2.022, de 25 de setembro de 1973;
d) a Lei nº 2.300, de 19 de julho de 1977;
e) a Lei nº 2.047, de 05 de dezembro de 1973;
f) a Lei nº 2.734, de 26 de agosto de 1983;
g) a Lei nº 2.986, de 18 de junho de 1987 e
h) a Lei nº 3.281, de 08 de junho de 1990.
Prefeitura Municipal de Governador Valadares, 30 de dezembro de 1992.
Ruy Moreira De Carvalho
Prefeito Municipal
CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO E TABELA
INDICAÇÃO VALOR DA MULTA
DISCRIMINAÇÃO POR ASSUNTO DOS EM UNIDADE FISCAL
ARTIGOS
TÍTULO II – Da Política De Costumes Segurança E
Ordem Pública.
CAPÍTULO I – Da Ordem Da Moralidade E
Sossego Público.
Seção I – Disposições Gerais Artigos 7º a 12º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Seção II – Dos Sons e Ruídos Artigos 13º a 19º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Seção III – Dos Divertimentos Públicos Artigos 20º a 33º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Seção IV – Do Trânsito Público Artigos 35º a 47º De 73,6 a 147,2 UFIRS
Seção V – Do Empachamento das Vias Públicas Artigos 48º a 53º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Lei 4.681/99 – Das Bancas de Jornal e Revistas
Seção VII – Dos Serviços Executados nas Vias Artigos 61º a 63º De 110,4 a 220,8
Públicas UFIRS
Seção VIII – Das Barracas Artigos 64º a 65º De 73,6 a 147,2 UFIRS
Seção IX – Dos Anúncios, Cartazes e dos Meios de Artigos 66º a 73º De 110,4 a 220,8
Publicidade UFIRS
Seção X – Das Caixas de Papéis Usados e dos Artigos 74º a 75º De 73,6 a 147,2 UFIRS
Bancos nas Vias Públicas
Seção XI – Das Instalações Elétricas Artigos 76º a 80º De 147,2 a 294,4
Provisórias UFIRS
INDICAÇÃO VALOR DA MULTA
DISCRIMINAÇÃO POR ASSUNTO DOS EM UNIDADE FISCAL
ARTIGOS
Seção XII – Dos Inflamáveis e Explosivos Artigos 81º a 91º De 294,4 a 736,0
UFIRS
CAPÍTULO II – Da Preservação Da Estética Dos
53
Edifícios
Seção I – Dos Toldos Artigos 92º a 93º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Seção II – Dos Mastros nas Fachadas dos Edifícios Artigos 94º a 95º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Seção III – Dos Muros, Cercas e Passeios Artigos 96º a 103º De 110,4 a 220,8
UFIRS
CAPÍTULO III – Do Funcionamento Do Comércio E
Da Industria E De Prestação De Serviços
Seção I – Do Licenciamento dos Estabelecimentos Artigos 104º a 114º De 110,4 a 220,8
UFIRS
Lei Complementar 026 / 00 50 UFIRS
Seção III – Do Horário de Funcionamento dos Artigos 127º a 133º De 110,4 a 220,8
Estabelecimentos UFIRS
Seção IV – Dos Depósitos de Ferro-Velho Artigos 134º a 137º De 147,2 a 294,4
UFIRS
Seção V – Da Aferição de Pesos e Medidas Artigos 138º a 139º De 110,4 a 220,8
UFIRS
2
3
LEI Nº 3.344, DE 03 DE JANEIRO DE 1991.
Autoriza A Prefeitura Municipal De Governador Valadares
A Celebrar Convênio Para A Centralização Do Comércio
Atacadista De Produtos Hortigranjeiros, Proíbe Sua
Comercialização No Atacado Fora Do Local Designado, E
Dá Outras Providências.
A Câmara Municipal de Governador Valadares – Estado de Minas gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art.1º - Fica a Prefeitura Municipal de Governador Valadares autorizada a
celebrar convênio com as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A –
CEASA-MG, objetivando a implantação e operacionalização da Central de
Abastecimento Regional do Vale do Rio Doce com o comércio de produtos
hortigranjeiros e outros perecíveis, em nível de atacado.
Art.2º - Com a inauguração da Central de Abastecimento Regional do Vale do
Rio doce, fica proibida a comercialização dos produtos referidos no artigo 1º, em
nível de atacado, em qualquer outro local do município de Governador Valadares.
Art.3º - Fica assegurado o direito de preferência à inscrição e cadastramento
nas Centrais de Abastecimento S/A – CEASA, dos atuais comerciantes atacadistas e
produtores hortigranjeiros, para exercerem suas atividades.
Parágrafo Único - O funcionamento do comércio atacadista na Central de
Governador Valadares obedecerá às condições e normas estabelecidas pelas
Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A – CEASA-MG, com fundamento no
Decreto Federal nº 70.502/72.
Art.3º - Compete exclusivamente à Prefeitura Municipal adotar as medidas
acauteladoras e/ou coercitivas, no sentido de fazer cumprir o disposto no caput do
artigo 2º, bem como fixar os locais e disciplinar as condições do comércio desses
produtos, em nível de varejo, nos logradouros públicos.
Art.5º - Para os efeitos desta Lei, são considerados produtos hortigranjeiros:
as frutas, aves, ovos e flores: as hortaliças e condimentos; as raízes, tubérculos e
bulbos.
Art. 6º - Entende-se como operação comercial, em nível de atacado, aquela
de que não participe, como agente de comercialização, o consumidor final,
considerando este em termos de unidade familiar.
Art.7º - A Prefeitura Municipal de Governador Valadares de comum acordo
com as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A – CEASA-MG, exercerá a
fiscalização necessária para fazer cumprir o disposto no artigo 2º desta Lei, pela
exigência do Certificado de Origem e demais documentos comprobatórios, que
forem adotados pra disciplinar a comercialização de produtos hortigranjeiros.
4
§1º – O Certificado de Origem será expedido pela CEASA-MG, aos médios e
grandes produtores e aos médios e grandes comerciantes, como documento
comprobatório da saída de mercadoria do local designado no art 1º desta Lei para
sua comercialização, em nível de varejo, no local a que for destinado.
§2º - A falta do Certificado de Origem faculta à fiscalização apreender a
mercadoria e encaminhá-la à CEASA para sua regularização, no prazo concedido,
correndo as despesas por conta do infrator. Não cumprida a exigência, a
mercadoria poderá ser doada a instituições de caridade ou beneficentes, mediante
recibo fornecido pela entidade favorecida, em relação discriminada dos produtos
com as respectivas quantidades.
§3º - Aos pequenos produtores, aos pequenos comerciantes e feirantes,
isentos do certificado de origem, será fornecido pela Prefeitura Municipal,
comprovante de sua classificação.
§4º - A Lei disporá sobre a classificação de pequenos, médios e grandes
produtores e comerciantes.
Art. 8º - A comercialização no recinto da Central de Abastecimento Regional
do Vale do Rio Doce, obedecerá às normas operacionais, emanadas das Centrais
de Abastecimento de Minas gerais S/A – CEAS – MG, à qual caberá distribuir a área
disponível aos comerciantes e produtores, cadastrados de forma regular, segundo
os critérios previstos no Decreto Federal nº 70.502/72, em termos de Permissão
Remunerada de Uso (TPRU).
Parágrafo Ùnico – A receita auferida das permissões será destinadas a cobrir
as despesas operacionais de manutenção e do pessoal empregado na unidade
pelas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A –CEASA – MG.
Art. 9º - Na data prevista no artigo 10 desta Lei, considerar-se-ão canceladas
todas as licenças anteriores para o comércio hortigranjeiro, no município de
Governador Valadares. A concessão de novas licenças exigirá a transferência do
comércio, em nível de atacado, para o recinto da Central de Abastecimento Regional
do Vale do Rio Doce, e para o comércio, em nível de varejo, o atendimento das
exigências prescritas nesta Lei.
Parágrafo Único – A não observância das condições dispostas no caput deste
artigo, sujeita o infrator às sanções estabelecidas no artigo 7º, parág. 2º.
Art.10º– Esta Lei entrará em vigor a partir da data do início da
operacionalidade da Central de Abastecimento Regional do Vale do Rio Doce em
Governador Valadares, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Governador Valadares, 17 de janeiro de 1991.
DR. RUY MOREIRA DE CARVALHO
Prefeito Municipal
5
LEI Nº 3.948, DE 06 DE JULHO DE 1994 (TRANSPORTE)
DISPÕE SOBRE O SERVIÇO DE TRANSPORTE DE
PASSAGEIROS DE UMA MARGEM PARA OUTRA DO
RIO DOCE.
A Câmara Municipal de Governador Valadares - aprovou e eu, Presidente,
nos termos do parágrafo 8º, do artigo 37, da Lei Orgânica Municipal, c/c., o
parágrafo 8º, do artigo 70 da Constituição Estadual, PROMULGO a seguinte Lei:
Art.1º- Compete a Prefeitura Municipal de Governador Valadares, por seu
órgão próprio, indicado em regulamento, nos limites territoriais do Município,
estabelecer horários, tarifas e fiscalização, referentes ao serviço de transporte de
passageiros, de uma margem para outra do Rio Doce, realizado através de balsas,
barcos e outros tipos de embarcações.
Art.2º- Os horários e tarifas serão estabelecidos de acordo com o regulamento
expedido pelo Executivo e os reajustes nas tarifas, somente serão autorizados, após
a apresentação de planilhas ou levantamento de custos e lucros para operação dos
serviços.
Art.3º- Requerimentos de interessados para fornecimento de alvarás de
funcionamento, inclusive de renovação serão apreciados e fornecidos, se for o caso,
desde que estejam acompanhados dos Termos de Vistoria expedidos pela Capitania
dos portos do Espírito Santo, com suas exigências totalmente cumpridas.
§1º- A Prefeitura apreciará os requerimentos a que se refere este artigo e
expedirá alvará de funcionamento ou de renovação, em caráter precário, sem que os
mesmos estejam acompanhados do Termo de Vistoria expedido pela Capitania dos
Portos.
§2 º- Para aplicação da regra a que se refere o parágrafo anterior, o
requerimento do interessado deverá estar acompanhado do Laudo de Vistoria
fornecido pelo órgão municipal indicado em regulamento, no qual fique demonstrado
que as embarcações preencham todos os requisitos necessários para seu
funcionamento.
§3º- Para fins de se atender à exigência contida no parágrafo anterior, o órgão
municipal encarregado da vistoria poderá solicitar a assessoria do Corpo de
Bombeiros, podendo, para tal finalidade, firmar convênio estabelecendo condições
especiais de colaboração.
Art.4º- No prazo de trinta dias de sua publicação, o Poder Executivo baixará
decreto estabelecendo o regulamento desta Lei, fixando prazo de mais trinta dias
para que os serviços atualmente em atividade, se ajustem ás exigências ora
estabelecidas.
Art.5º- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Art.6º.-Revogadas as disposições em contrário .
Câmara Municipal de Governador Valadares, 06 de julho de 1 994.
JOÃO DOMINGOS FASSARELA
PRESIDENTE
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LEI Nº 4.148 DE 1º DE DEZEMBRO DE 1.995.
DISPÕE SOBRE O COMÉRCIO VAREJISTA DE GÁS
LIQUEFEITO DE PETRÓLEO E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º- Não poderão os estabelecimentos de comércio varejista de Gás
Liquefeito de Petróleo –“GPL”, instalar-se ou funcionar no Município sem terem
obtido o Alvará de Localização e Funcionamento e sem estarem de acordo com as
normas de segurança estabelecidas no anexo desta Lei.
Art.2º- A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento dependerá da
apresentação:
I- de documento que comprove a admissão do exercício da atividade no local
pelo órgão competente;
II- de laudo de vistoria aprovado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
de Minas Gerais;
III- de cópia do contrato social e de suas alterações;
IV- da guia de IPTU do exercício;
V- de documento comprobatório do credenciamento do estabelecimento junto
a uma Distribuidora de GLP, do qual conste sua respectiva classificação
conforme anexo.
Art.3º- A atividade de revenda de GLP será exclusiva, sendo vedado o
exercício em conjunto com outro tipo de comércio, com exceção das atividades
preponderante ao comércio destinado à venda de combustível e lubrificante para
veículos automotores.
Parágrafo Único- No Alvará de Localização e Funcionamento deverá constar
a classificação de capacidade de armazenamento definida no anexo desta Lei.
Art.4º- Os postos de revenda de GLP deverão possuir balança aferida, em
local visível, permitindo ao consumidor conferir o peso dos botijões que adquira.
Art.5º- Os infratores do disposto nesta Lei, sem prejuízo das consequências
civis e criminais de seus atos, ficam sujeitos às seguintes penalidades, nesta ordem:
I- notificação para que sejam imediatamente sanadas as irregularidades;
II- multa no valor de 50 Unidades Fiscais do Município de Governador
Valadares - UFMGV, dobrada na reincidência;
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III- apreensão dos botijões cheios e vazios;
IV- interdição do estabelecimento;
V- cassação do Alvará de Localização e Funcionamento;
Parágrafo Único- As penalidades previstas neste artigo poderão ser
acumulativas.
Art.6º- Os estabelecimentos que estiverem funcionando em locais em que a
atividade não seja admitida pela legislação vigente, desde que autorizados pelo
Executivo, terão o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da
publicação desta Lei, para transferência ou encerramento das atividades.
§1º- É de competência do Serviço Municipal de Obras e Viação -SEMOV
analisar os pedidos de prazo previstos no caput, julgando-os de acordo com os
dispositivos e as normas previstas.
§2º-Os benefícios deste artigo somente serão concedidos aos recursos
protocolizados no prazo máximo de 60 (sessenta) dias úteis contados da publicação
desta Lei.
Art.7º- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Governador Valadares, 1º de dezembro de 1995.
Paulo Fernando Soares de Oliveira
Prefeito Municipal
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LEI Nº 4.373, DE 23 DE ABRIL DE 1997
Dispõe sobre a construção e o funcionamento de posto de
abastecimento.
A Câmara Municipal de Governador Valadares - Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - A construção e o funcionamento de Posto de Abastecimento de
Combustíveis e Lubrificantes dependem da outorga de Alvará Municipal, respeitadas
as condições estabelecidas nesta Lei, na Lei 3.859 (Código de Obras), na Lei
nº 3.665 (Código de Posturas) e em outras Leis pertinentes a este tipo de comércio.
Art. 1º - A construção e o funcionamento de Posto de Abastecimento de
Combustíveis e Lubrificantes dependem de outorga de Alvará Municipal, respeitadas
as condições estabelecidas nesta Lei, na Lei Complementar nº 196/2015 (Código de
Obras e Edificações), na Lei nº 3665/1992 (Código de Posturas) e em outras leis
pertinentes a este tipo de comércio.("Caput" com redação dada pela Lei nº 6.812, de
06/09/2017)
Parágrafo único. Considera-se Posto de Abastecimento de Combustíveis e
Lubrificantes o estabelecimento comercial destinado preponderantemente à venda a
varejo de derivados de petróleo e álcool carburante para veículos automotores.
Art. 2º - Para os fins desta Lei, o posto de abastecimento poderá ser:
I - posto de venda: aquele destinado exclusivamente à venda à varejo de
combustíveis e lubrificantes para veículos para veículos automotores;
II - posto de serviço: aquele que, além de exercer preponderantemente a
atividade prevista no inciso anterior, também se dedica a uma ou mais das seguintes
atividades;
a) lavagem e lubrificação de veículos;
b) suprimentos de água e ar;
c) comércio de peças e acessórios para veículos e de artigos relacionados com
a higiene, conservação, aparência e segurança de veículos;
d) comércio de bar, restaurante, café, mercearia e similares.
Art. 3º - A venda a varejo de combustível, derivado de petróleo ou não, para veículos
automotores é atividade exclusiva dos postos de abastecimento, em qualquer das
espécies definidas no artigo no anterior .
Art. 3º Somente será outorgado Alvará de Localização e Funcionamento para posto
de abastecimento que satisfaça, além das exigências da legislação sobre
construções, as seguintes condições:
Art. 4º - Somente será outorgado Alvará de Localização e Funcionamento para
Abastecimento que satisfaça, além das exigências da legislação sobre construções,
as seguintes condições:
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I - distância mínima - entre o local destinado a lavagem ou lubrificação de
veículo e o passeio público - correspondente à metade da largura ou comprimento
do terreno, no caso de posto de serviço, não podendo ser inferior a 6 metros;
I - distância mínima - entre o local destinado a lavagem ou lubrificação de
veículos e o passeio público- correspondente à metade da largura ou comprimento
do terreno, no caso de Posto de Serviço, não podendo ser inferior a 6 metros;(Inciso
com redação dada pela Lei nº 4.445, de 31/12/1997)
II - depósito subterrâneo de combustível com capacidade s mínima, por
tanque, de 10.000L. (dez mil litros).
II - depósito subterrâneo de combustível com capacidade mínima de 10.000L
(dez mil litros);(Inciso com redação dada pela Lei nº 4.445, de 31/12/1997)
§ 1º É vedada a outorga de alvará de Localização e Funcionamento para posto
de abastecimento que pretenda instalar-se a menos de 500m (quinhentos metros)
de distância;
§1º É vedado a outorga de Alvará de Localização e Funcionamento para Posto
de Abastecimento que pretende instalar-se a menos de:(Parágrafo com redação
dada pela Lei nº 4.445, de 31/12/1997)
I - dos limites de escolas, quartéis, creches, asilos, igrejas, hospitais, casas e
centros de saúde, supermercados e hipermercados e similares;
I - 400m (quatrocentos metros) de distância de hospitais, casas e centros de
saúde, asilos, quartéis, clubes de lazer com mais de 500(quinhentos) associados,
estádios e ginásios para mais de 1.000 (mil) pessoas;(Inciso com redação dada pela
Lei nº 4.445, de 31/12/1997)
II - das bocas de túneis, na via principal de acesso ou saída.
II - 200m (duzentos metros) de distância de escolas com mais de 500
(quinhentos) alunos, de igrejas e templos para mais de 500(quinhentas) pessoas
sentadas; (Inciso com redação dada pela Lei nº 4.445, de 31/12/1997)
III - 300m( trezentos metros) de distância de bocas de túneis, viadutos e
elevadores, na via principal de acesso ou na saída;(Inciso acrescido pela Lei nº
4.445, de 31/12/1997)
IV - também em áreas internas ou pátio de estacionamento do Shopping
Centers.(Inciso acrescido pela Lei nº 4.445, de 31/12/1997)
§ 2º Os postos de abastecimento não poderão ser instalados a menos de
800m. (oitocentos metros) um do outro, medidos pelo menor percurso no eixo das
referidas vias, salvo nos casos de vias regionais arteriais e coletoras, de acordo com
a classificação da SEPLAN, quando a distância mínima será de 600m.(seiscentos
metros), também medidos pelo menor percursos no eixo das referidas vias.
(Parágrafo revogado pela Lei ("Caput" com redação dada pela Lei nº 6.812, de
06/09/2017)
Art. 5º - Os postos de abastecimento são obrigados a:
I - fixar, em lugar visível e próximo ao local de cobrança, quadro com dimensão
mínima de lm2 (um metro quadrado), contendo letras de pelo menos 5cm (cinco
11
centímetros) de altura, os preços dos combustível e outros produtos e serviços que
comercializem, exceto os previstos no art. 2º, II, "c"e "d";
II - manter compressor e balanças de ar em perfeito funcionamento;
III - manter mecanismo de aferição da exatidão da quantidade de produto
fornecido, bem como a bomba de combustível em perfeito funcionamento quando for
o caso;
IV - afixar em local visível o Certificado de Aferição expedido pelo IPEM -
Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Minas Gerais - ou outro órgão ou
entidade que o substituir;
V - manter extintores e demais equipamentos de prevenção do incêndio em
quantidade suficiente e convenientemente localizados, sempre em perfeita
condições de funcionamento, observadas as prescrições do Corpo de Bombeiros;
VI - assegurar perfeitas condições de funcionamento, higiene limpeza do
estabelecimento, bem como tratamento respeitoso ao consumidor.
Art. 6º - O infrator desta Lei será notificado para fazer cessar irregularidades n prazo
de 10 (dez) dias, após o que serão aplicadas as seguintes penalidades:
I - multa de 20 (vinte) UFMGV (Unidade Fiscal do Município de Governador
Valadares), em caso de primeira infração, a ser cobrada em dobro e em triplo no
caso de primeira e Segunda reincidência, respectivamente;
II - suspensão das atividades do estabelecimento por 15 (quinze) dias, no caso
de terceira reincidência;
III - cassação do Alvará de Localização e Funcionamento, no caso de quarta
reincidência.
Parágrafo único. Considera-se reincidência, para os fins desta lei, o
cometimento de qualquer outra infração no longo de um mesmo ano civil, após a
primeira penalização, salvo se estiver sendo apreciado recurso interposto
Art. 7º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de após a sua publicação.
Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário, entrando a presente Lei em vigor
na data de sua publicação.
Prefeitura Municipal de Governador Valadares, 23 de abril de 1997.
José Bonifácio Mourão
Prefeito Municipal
Maurício Morais Santos
Secretário Mun. de Governo
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LEI Nº 4.699, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1999
Institui A Meia-Entrada Para Estudantes Em
Estabelecimentos Que Realizem Espetáculos Musicais,
Artistícos, Circenses, Teatrais, Cinematográficos,
Atividades Sociais, Recreativas, Culturais, Esportivas E
Quaisquer Outras Que Proporcionem Lazer E
Entretenimento E Dá Outras Providências.- (Alterada Pela
Lei Nº 4869).
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica assegurado o pagamento de metade do valor efetivamente
cobrado para o ingresso em casas de diversão, espetáculos, praças esportivas e
similares, ao estudante regularmente matriculado em estabelecimentos de ensino
público ou particular, do município de Governador Valadares, na conformidade da
presente Lei.
§ 1º - Para efeitos desta Lei considera-se Casa de diversões os
estabelecimentos, que realizem espetáculos musicais, artísticos, circenses, teatrais,
cinematográficos, atividades sociais, recreativas, culturais, esportivas e quaisquer
outras que proporcionem lazer e entretenimento.
§ 2º - Serão beneficiados por esta Lei os estudantes do 1º, 2º e 3º graus, sem
distinção, regularmente matriculados em estabelecimentos de ensino público ou
particular e quaisquer outros estabelecimentos de ensino técnico, que estejam
devidamente autorizados pelo órgão público competente.
§ 3º. – A metade do valor efetivamente cobrado previsto no “caput” deste
artigo, será concedido independentemente da prática de preços com descontos ou
promocionais.
§ 4º - Em lugar de fácil acesso ao público, os promotores afixarão tabelas de
preços, nelas incluídas a meia-entrada.
Art. 2º. – Para usufruir do benefício, o estudante deverá provar a condição
referida no artigo anterior, mediante a apresentação da carteira de identidade
estudantil, desde que expedida pelas entidades de:
I – Estudante de nível superior:
a) pela União Nacional dos Estudantes (UNE); ou
b) pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE);
II – Estudantes de nível de primeiro e segundo graus:
a) pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES); ou
b) pela União Estudantil de Governador Valadares (UEGV);
13
III – Estudantes de quaisquer outros estabelecimentos de ensino técnico:
a) pela União Estudantil de Governador Valadares (UEGV).
§ 1º - As carteiras terão validade de um ano.
§ 2º - As Carteiras de Identificação Estudantis DCE e UEGV, têm abrangência
em todo o Município de Governador Valadares.
Art. 3º. – Caberá ao Município de Governador Valadares, através dos órgãos
responsáveis pela cultura, esporte, lazer e defesa do consumidor a fiscalização do
cumprimento desta Lei, autuando os estabelecimentos que a descumprirem,
cominando-lhes sanções administrativas cabíveis, inclusive a suspensão do alvará
de funcionamento do estabelecimento.
Art. 4º. – O descumprimento desta legislação obrigará os infratores a uma
advertência automática e por escrito, devendo a mesma ser assinada na ocasião,
pelo infrator, ou, em caso de recusa, por duas testemunhas.
Parágrafo Único – A advertência, bem como as penas referentes à
reincidência, serão comunicadas, em 48 (quarenta e oito) horas aos órgãos
competentes pela liberação ou licença dos espetáculos, ou que recebam simples
comunicação antecipada, a fim de que as providências cabíveis sejam tomadas.
Art. 5º. – Em caso reincidência, será lavrada multa no valor de 2.000 UFIR’s,
e havendo nova reicindência, aos promotores será aplicada a pena de um ano de
suspensão das atividades.
Art. 6º. – O Executivo Municipal tem 90 (noventa) dias para regulamentar esta
Lei, após este prazo a mesma entrará em vigor revogando todas as disposições em
contrário.
Governador Valadares, 22 de dezembro de 1999.
JOSÉ BONIFÁCIO MOURÃO
Prefeito Municipal
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LEI Nº 4.778, DE 27 DE SETEMBRO DE 2000
ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE DA INCLUSÃO
DE ELEMENTOS QUE POSSIBILITEM A
IDENTIFICAÇÃO DE PROMOTORES DE
ESPETÁCULOS E EVENTOS NOS CARTAZES DE
PROPAGANDA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. – Nos cartazes publicitários afixados ou distribuídos em logradouros
públicos do município de Governador Valadares, alusivos à realização de qualquer
espetáculos e de eventos de qualquer natureza, deverão constar elementos que
possam identificar os responsáveis legais pela sua promoção.
Parágrafo Único – O objetivo da presente Lei é identificar responsáveis legais
por espetáculos e eventos, para dar condições ao cidadão acionar seus direitos por
dano de qualquer natureza.
Art. 2º. – Serão interditados os espetáculos e eventos cujos cartazes não
contenham os elementos de identificação exigidos no artigo anterior.
Art. 3º. – Fica proibida a colocação e a colagem de cartazes de propaganda
em muros, postes, viadutos, árvores e equipamentos urbanos na cidade.
Art. 4º. – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições contrárias.
Governador Valadares, 27 de setembro de 2000.
JOSÉ BONIFÁCIO MOURÃO
Prefeito Municipal
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LEI Nº 4.928, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2001
DISPÕE SOBRE A INSTALAÇÃO DE CERCAS
ENERGIZADAS DESTINADAS À PROTEÇÃO DE
PERÍMETROS NO MUNICÍPIO DE GOVERNADOR
VALADARES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Governador Valadares - Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. – Todas as cercas destinadas à Proteção de Perímetros e que sejam
dotadas de correntes elétricas, serão classificadas como energizadas, ficando
incluídas na mesma legislação as cercas que utilizem outras denominações, tais
como: eletrônicas, elétricas, eletrificadas ou outras similares.
Art. 2º. – As Empresas e Pessoas Físicas que se dediquem a instalação de
cercas energizadas deverão possuir registro no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CREA), e possuir Engenheiro Eletricista na condição de
Responsável Técnico.
Art. 3º. – O Executivo Municipal, através do SEMOV – Serviço Municipal de
Obras e Viação, procederá à fiscalização das instalações de Cercas Energizadas no
Município de Governador Valadares e anotação de Responsável Técnico (ART).
Art. 4º. – As Cercas Energizadas deverão obedecer as normas Técnicas
Brasileiras.
Art. 5º. – As Cercas Energizadas deverão utilizar corrente elétrica com as
seguintes características técnicas:
I – Tipo de corrente: Intermitente ou Pulsante;
II – Potência Máxima: 5 (cinco) joules;
III – Intervalo dos impulsos elétricos (média): 50 (cinqüenta) impulsos/minuto;
IV – Duração dos impulsos elétricos (média): 0,001 (um milésimo) de
segundos.
Art. 6º. – A Unidade de Controle deverá ser constituída, no mínimo, de um
aparelho energizador de cerca que apresente 1 (um) transformador e 1 (um)
capacitor. Ficando proibido a utilização de bobinas automotivas ou “flay-backs” de
televisão.
Art. 7º. – Fica obrigatório a instalação de um sistema de aterramento
específico para a cerca energizada, não podendo ser utilizado para esse fim outro
sistema de aterramento existente no imóvel.
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Art. 8º. – Os cabos elétricos destinados a conexões da Cerca Energizada com
a Unidade de Controle e com sistema de aterramento, deverão comprovadamente
possuir características técnicas para isolamento mínimo de 10 (dez) kV. Os
isoladores utilizados no sistema devem ser constituídos em material de alta
durabilidade não Higroscópico e com capacidade mínima de 10 (dez) kV.
Art. 9º. – Fica obrigatório a instalação, a cada 10 (dez) metros de Cerca
Energizada, de placas de advertência.
§ 1º - Deverão ser colocadas placas de advertência nos portões e/ou portas
de acesso existentes ao longo da cerca e em cada mudança de sua direção.
§ 2º - As placas de advertência de que trata o “Caput” deste artigo deverão,
obrigatoriamente possuir dimensões mínimas de 10 cm (dez centímetros) x 20 cm
(vinte centímetros) e deverão ter seu texto e símbolos voltados para ambos os lados
da cerca.
§ 3º - A cor de fundo das placas de advertência deverá ser, obrigatoriamente,
amarela.
§ 4º - O texto mínimo das placas de advertência deverá ser de: Cerca
Energizada, ou Cerca Eletrificada, ou Cerca Eletrônica ou Cerca Elétrica.
§ 5º - As letras do texto mencionados no parágrafo anterior deverão ser,
obrigatoriamente, de cor preta e ter as dimensões mínimas de:
I– Altura: 2cm (dois centímetros); e
II – Espessura: 0,5 cm (meio centímetro).
§ 6º - Fica obrigatória a inserção da mesma placa de advertência de símbolos
que possibilitem, sem margem a dúvidas, a interpretação de que se trata de um
sistema dotado de energia elétrica e que pode transmitir choque.
§ 7º - Os símbolos mencionados no parágrafo anterior deverão ser
obrigatoriamente de cor preta.
Art. 10 – Os arames utilizados para condução da corrente elétrica da Cerca
Energizada deverão ser, obrigatoriamente, do tipo liso.
Parágrafo único – Fica expressamente proibida a utilização de Arames
Farpados ou similares para condução da corrente elétrica da Cerca Energizadas.
Art. 11 – Sempre que a Cerca Energizada for instalada na parte superior de
muros, grades, telas ou outras estruturas similares, a altura mínima do primeiro fio
de arame energizado deverá ser de 1,80m (um metro e oitenta centímetros), em
relação ao nível do solo da parte externa do imóvel cercado.
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Art. 12 – Sempre que a Cerca Energizada possuir fios de arame energizados
desde o nível do solo, estes deverão estar separados da parte externa do imóvel,
cercados através de estruturas (telas, muros, grades ou similares).
Parágrafo único – O espaçamento horizontal entre os arames energizados e
outras estruturas deverá situar-se na faixa de 10 cm (dez centímetros) a 20 cm (vinte
centímetros), ou corresponder a espaços superiores a 1,00 m (um metro).
Art. 13 – Sempre que a Cerca Energizada estiver instalada em linhas
divisórias de imóveis, deverá haver a concordância explícita dos proprietários destes
imóveis com relação à referida instalação.
Parágrafo único – Na hipótese de haver recusa por parte dos proprietários
dos imóveis vizinhos na instalação de sistema de Cerca Energizada em linha
divisória, a referida cerca só poderá ser instalada com ângulo de 45º (quarenta e
cinco graus) máximo de inclinação para dentro do imóvel beneficiado.
Art. 14 – A empresa ou técnico instalador, sempre que solicitado pela
fiscalização do SEMOV, deverá comprovar, por ocasião da conclusão da instalação
e/ou dentro de período mínimo de 1 (um) ano após a conclusão da instalação, as
características técnicas da corrente elétrica na Cerca Energizada instalada.
Parágrafo único – Para efeitos de fiscalização, essas características técnicas
deverão estar de acordo com os parâmetros fixados no art. 6º desta Lei.
Art. 15 – O Executivo Municipal regulamentará esta lei no prazo de 60
(sessenta) dias a contar da data de sua publicação.
Art. 16 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Governador Valadares, 14 de dezembro de 2001.
JOÃO DOMINGOS FASSARELLA
Prefeito Municipal
18
LEI Nº 4985, DE 03 DE MAIO DE 2002
CRIA O SERVIÇO DENOMINADO “DISQUE SOSSEGO”
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Com a finalidade de garantir o cumprimento das normas contidas nos
artigos 13 e seguintes, da Lei nº 3.665, de 30 de dezembro de 1992 – Código de
Polícia Administrativa, o Poder Executivo implantará no âmbito da Administração
Municipal o serviço telefônico denominado “DISQUE SOSSEGO”, que tem como
finalidade a criação de mecanismos visando a não perturbação do sossego público
em razão de ruídos e sons excessivos, na forma da lei.
Art. 2º - A Prefeitura Municipal dará ampla divulgação do número do telefone
que atenderá ao “DISQUE SOSSEGO”, incentivando a população a denunciar
situações abusivas, perturbadoras do sossego público, advindas da emissão, por
qualquer meio, de ruídos e sons.
Art. 3º - No sistema de denúncia implantado por esta Lei, a identidade do
denunciante/reclamante é inteiramente preservada.
Parágrafo Único – De posse da denúncia, a fiscalização, munida de instrumentos
próprios, desenvolverá sua ação fiscalizadora, lavrando o competente auto de
infração.
Art. 4º - A divulgação a que se refere o artigo 2º, envolverá campanha no
sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger e conservar o
meio ambiente, especialmente com relação à poluição sonora.
Art. 5º - No prazo de sessenta dias de sua publicação, esta Lei será
regulamentada pelo Poder Executivo, através de decreto.
Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Governador Valadares, 03 de maio de 2002.
JOÃO DOMINGOS FASSARELLA
PREFEITO MUNICIPAL
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LEI Nº 6.933, DE 31 DE AGOSTO DE 2018.
Dispõe sobre as normas para a obtenção do alvará de licença
de localização e funcionamento, para a realização de feiras
itinerantes no município, em que ocorra a comercialização
direta no atacado ou varejo, e dá outras providências.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º - Fica regulamentada a realização de feiras eventuais que visam à
comercialização de mercadorias a varejo no Município de Governador Valadares.
§1º Para efeitos desta Lei, consideram-se como feiras, todos os eventos
temporários e provisórios cuja atividade principal seja a venda, diretamente ao
consumidor, de produtos industrializados ou manufaturados, bens ou serviços de
qualquer natureza, com licença prévia do Poder Executivo, independentemente de
serem realizados em recintos abertos ou fechados.
§2º Classificam-se como feiras, para efeitos desta Lei, a exposição, para venda
imediata ou posterior, de produtos ou serviços, organizados em estandes ou
espaços específicos ou não, para tal finalidade, bem como a instalação de
estabelecimentos em apenas alguns dias do mês ou do ano, comercializando,
locando ou sublocando espaços para o comércio de bens, produtos e serviços;
§ 3º Considera-se local aberto, para os efeitos desta Lei, os logradouros
públicos ou particulares, ou áreas de terrenos infraestruturados para a realização de
feiras ou eventos;
§ 4º Considera-se local fechado, para os efeitos desta Lei, os clubes, os
galpões, centro de evento, salões, armazéns e quaisquer outros espaços que
possam ser destinados à realização de feiras, exposições ou eventos,
independentemente da possibilidade de controle da entrada de público e dos
participantes.
§ 5º Consideram-se como itinerantes as feiras realizadas por empresas
organizadoras das feiras e expositores com inscrição no Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica em outros Estados da Federação ou de outros municípios do
próprio Estado de Minas Gerais.
§ 6º Não são incluídas nestas disposições as feiras unicamente de alimentos e
derivados, as de artesanato e de pequenos produtores do município, exposições,
feiras e leilões de animais, quando realizadas por entidades locais e aquelas
direcionadas à educação, à economia e à cultura.
§ 6º Não são incluídas nestas disposições as feiras unicamente de alimentos e
derivados, a Festa das Flores, as feiras de artesanato e de pequenos produtores do
município, exposições, feiras e leilões de animais, quando realizadas por entidades
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locais e aquelas direcionadas à educação, à economia e à cultura. (Parágrafo com
redação dada pela Lei nº 6.983, de 10/04/2019)
§ 7º VETADO.
Art. 2º - A realização de feiras, exposições e outros eventos similares de que trata o
artigo 1º desta Lei, salvo as exceções previstas, não poderá ter duração superior a 5
(cinco) dias consecutivos, com horário correspondente ao fixado para o
funcionamento do comércio local no mesmo período.
CAPÍTULO II
DA LICENÇA
Art. 3º - As pessoas jurídicas interessadas em organizar, promover, instalar e
participar de feiras itinerantes, temporárias de atuação direta no âmbito do comércio
deverão previamente, requerer Alvará de Licença, Localização e Funcionamento,
individualmente, tanto pelos expositores quanto da empresa promotora do evento, e
protocolando com antecedência mínima de 30 (trinta) dias para os expositores e 45
(quarenta e cinco) dias para a empresa promotora do evento antes da data prevista
para o início de sua realização, devendo cada requerimento, devendo
obrigatoriamente ser instruído com os seguintes documentos:
I - certidão da matrícula do imóvel, devidamente autenticada, onde será
realizada a feira itinerante do respectivo Cartório de Registro de Imóveis
comprovando a propriedade do imóvel destinado à realização do evento;
II - 1 (uma) via do contrato de locação, devidamente registrado e autenticado,
quando se tratar de imóvel locado para a realização do evento;
III - contrato social, estatuto social ou requerimento de empresário
comprovante de firma individual, devidamente registrado na Junta Comercial de
Minas Gerais ou do Estado de origem de cada expositor e do promotor do evento;
IV - cartão de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas- CNPJ;
V - certidão negativa expedida pelo órgão municipal indicando quitação do
Imposto sobre Propriedade Territorial Urbano - IPTU, matrícula atualizada e
autorização do proprietário do imóvel ou contrato de locação com firma reconhecida,
constatando o período de utilização;
VI - protocolo do pedido de licença da Vigilância Sanitária Municipal, nos casos
em que os produtos e serviços dependam de inspeção sanitária para serem
colocados ao consumo em geral;
VII - croquis do local do evento e, individualmente, de cada stand,
compartimento, barraca e demais unidades de vendas, alocados, separada e
isoladamente;
VIII - vistoria e autorização do Corpo de Bombeiros, bem como comprovação
do pagamento da taxa de incêndio;
IX - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, do Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura - CREA, fornecido por engenheiro devidamente
qualificado, sobre as instalações físicas, elétricas e hidrossanitárias do local de
21
realização do evento, que atenda, as normas técnicas da ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, bem como as normas sanitárias e de postura do
Município;
X - declaração do período e horário de funcionamento do evento;
XI - comprovação de pagamento da Taxa de Segurança Pública;
XII - inscrição na Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais ou do
Estado de origem de cada expositor;
XIII – comprovante de recolhimento da taxa de localização e funcionamento;
XIV - certidão negativa de débito da Fazenda Pública do Município de
Governador Valadares em nome do proprietário do imóvel onde irá ser realizado o
evento, assim como, do promotor/realizador do mesmo;
XV - contrato social de cada expositor ou firma individual, devidamente
autenticado e registrado na Junta Comercial do Estado de origem;
XVI - parecer favorável da Vigilância Sanitária com auxílio do Setor de
Fiscalização e Posturas, quando houver utilização de fonte sonora;
XVII - projeto técnico de ocupação e distribuição de espaços para órgãos
administrativos da feira;
XVIII - comprovante de comunicação da realização da feira às Secretarias da
Fazenda do Estado e do Município;
XIX - apólice de responsabilidade civil para cobertura de danos pessoais,
materiais e morais que atinjam visitantes, freqüentadores, clientes da feira ou
evento, bem como de servidores públicos e trabalhadores em serviço;
XX - certidão de regularidade fiscal do organizador da feira, bem como de
todos os participantes, expedida e firmada por autoridade dos Municípios nos quais
tenham sede;
XXI - certidão negativa de débito da receita federal, referente ao
organizador/promotor do evento e de todos os participantes;
XXII - certidão negativa de débito da receita estadual do organizador/promotor
do evento e de todos os participantes, expedida pela Secretaria da Fazenda do(s)
Estado(s) onde tenham sede;
XXIII – comprovação da contratação de empresa especializada em segurança
de eventos, como forma de garantir o bem estar e a segurança interna da feira, em
relação aos expositores e ao público em geral.
§1º Será indeferido de plano o requerimento de qualquer interessado que não
apresente quaisquer dos documentos elencados no artigo 3º desta Lei.
§2º É vedada a veiculação por qualquer meio de publicidade e propaganda
sem a prévia expedição do alvará previsto no caput deste artigo.
§3º A apresentação completa da documentação necessária ao atendimento
das exigências da presente Lei dar-se-á quando do protocolo do requerimento da
licença de funcionamento.
22
§4º O evento deverá ainda atender todas as demais normas de posturas
municipais existentes nesta e noutras leis.
§5º Protocolado o requerimento, a Administração Pública terá o prazo de 30
(trinta) dias para deliberar sobre o pedido, e em caso positivo, expedir as guias
ensejadoras do Alvará.
Art. 4º - Os organizadores da feira, exposição ou evento itinerante deverão franquear
50% (cinqüenta por cento) dos estandes às empresas sediadas no Município de
Governador Valadares. Parágrafo único: A área reservada para os expositores locais
que não for utilizada poderá ser redistribuída pelo organizador para outros
expositores, sujeitos estes ao cumprimento das mesmas exigências e requisitos
previstos nesta Lei para os demais expositores.
Art. 5º - Cada participante do evento somente poderá comercializar produtos,
serviços que guardem identidade ou afinidade com seu contrato social.
§1º Quanto às mercadorias a serem comercializadas e/ou expostas, deverão
ser apresentadas as respectivas notas fiscais devidamente averiguadas pela
Administração Fazendária Municipal e Estadual.
§2º Quando da existência de produtos alimentares e derivados, deverão ser
observadas as normas do Código Sanitário do Município e demais Leis Pertinentes.
§3º Fica proibida a comercialização dos seguintes produtos:
I - fogos de artifício e correlatos;
II - cigarros de qualquer procedência;
III - VETADO.
IV - artigos de procedência não comprovada por meio de nota fiscal.
§4º As despesas necessárias para a instalação da feira, assim como os
tributos devidos, serão de responsabilidade da empresa produtora e dos
expositores, solidariamente.
§5º O descumprimento de algum dos dispositivos deste artigo, ensejará na
aplicação de multa de 350 UFIR’s, bem como a interdição do stand.
§6º As notas fiscais dos produtos deverão ser apresentadas à autoridade fiscal
do Município sempre que solicitadas, a qualquer tempo, de forma a demonstrar a
procedência dos produtos comercializados.
§7º A reincidência da infração prevista no parágrafo 5º deste artigo, mesmo em
stands diferentes, acarretará na paralisação das atividades do evento.
Art. 6º - Fica proibida a instalação de feiras itinerantes em prédios pertencentes ao
Município ou sob a sua administração.
Art. 7º - Fica instituída, por esta Lei, a Comissão Municipal de Feiras Itinerantes de
Governador Valadares composta pelos seguintes membros:
I - um membro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento;
II - um, membro indicado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Governador
Valadares (SINDICOM);
23
III - um membro do PROCON;
IV - um membro indicado pela Associação Comercial de Governador Valadares
- (ACEGV);
V - um membro indicado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Governador
Valadares (CDL-GV);
VI - um membro indicado pela Câmara Municipal de Governador Valadares;
VII - um membro do Sindicato do Vestuário (SINVEST);
VIII - um membro do Sindicato dos Comerciários (SECOM).
§1º A Comissão Municipal de Feiras terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para
emitir parecer sobre o requerimento formulado, encaminhado o parecer, em seguida,
ao órgão competente para a emissão ou não do Alvará de Funcionamento.
§2º VETADO.
Art. 8º - Não será permitida a realização das denominadas feiras itinerantes, durante
30 (trinta) dias anteriores as datas comemorativas da Páscoa, Dia das Mães, Dia
dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal.
Art. 9º - Além do disposto nos artigos anteriores, para a realização de Feiras
Itinerantes, o Alvará de Licença e Funcionamento só será deferido mediante cessão
de espaço no local de realização do evento para a instalação de representantes dos
seguintes órgãos:
I - PROCON, ou órgão de defesa do consumidor equivalente;
II - entidade representativa da classe expositora;
III - Polícia Militar;
IV - Juizado de Menores;
V - instalação de posto médico, com auxiliar de enfermagem e médico, inscrito
no Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais, contratados pela empresa
promotora da feira;
VI - Secretaria de Estado da Fazenda.
Art. 10 - O alvará de Licença de Localização e Funcionamento de feiras itinerantes
terá prazo de validade igual ao de duração da feira ou evento especificado na
solicitação e não poderá ser prorrogado.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11 - O respectivo Alvará de Funcionamento somente será expedido após a
comprovação do recolhimento das taxas devidas.
Art. 12 - As instalações para a realização do evento deverão estar concluídas, pelo
menos, 2 (dois) dias anteriores ao seu início, para que possam ser promovidas
vistorias pelos órgãos técnicos e fiscais do Município, sendo expressamente vedado
o funcionamento do evento enquanto não ocorrer essa vistoria e a expedição do
respectivo Alvará de Licença de Localização e Funcionamento.
24
Art. 13 - O pagamento da taxa de fiscalização e funcionamento não exclui a
necessidade de pagamento dos demais tributos municipais cabíveis.
Art. 14 - Sem prejuízo da cobrança da taxa de fiscalização, também serão devidas
as Taxas de Expedição de Alvará de Localização e Funcionamento que serão
calculadas de acordo com o disposto no Código Tributário Municipal e legislação em
vigor.
Art. 15 - O Alvará de Funcionamento tem caráter precário, podendo ser revogado na
ocorrência e/ou verificação de qualquer impedimento ou irregularidade de que trata
esta Lei ou outra norma, inclusive durante a ocorrência do evento.
§1º Todos os produtos postos à venda na feira deverão possuir nota fiscal
individual ou, em caso de compra por lote, nota fiscal da compra com a
discriminação de todos os produtos adquiridos, podendo a Administração Pública
requisitar a qualquer momento sua apresentação e, no caso de existência da
respectiva nota, ou não apresentação desta imediatamente à solicitação, o Alvará de
Funcionamento poderá ser suspenso e, o evento, até que se providencie a referida.
§2º O Alvará de Funcionamento será revogado caso a suspensão de que trata
o § 1º deste artigo perdure por período igual ou superior a 24 (vinte e quatro) horas
da solicitação da nota fiscal pela Administração Pública.
§3º O promotor do evento deverá verificar toda a documentação de seus
participantes/expositores, pois em caso de descumprimento da legislação vigente o
mesmo tornará corresponsável pelo infrator e por suas penalidades.
Art. 16 - Revogam-se as disposições da Lei 6.010/2009.
Art. 17 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Governador Valadares, 31 de agosto de 2018.
André Luiz Coelho Merlo
Prefeito Municipal
Tony Marly Diniz Bicalho
Secretário Municipal de Governo
25
LEI Nº. 5249, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2003.
DISPÕE SOBRE A INSTALAÇÃO DE
COLETORES DE ÁGUA PROVENIENTE DE
CONDENSAÇÃO DE AR CONDICIONADO
INDIVIDUAL E/OU COLETIVO, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprova e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º. Torna obrigatória a exigência aos proprietários de aparelhos de ar
condicionado, da instalação de coletores de água proveniente de condensação
resultante do uso do referido aparelho.
§ 1º Esses coletores devem impedir que a água condensada seja despejada em
vias públicas ou construções vizinhas.
§ 2º O líquido proveniente da condensação deve ser destinado à rede de esgotos
existente no local onde se localiza o aparelho de ar condicionado.
Art. 2º. Cabe à Secretaria Municipal de Obras e Serviço Urbanos – SMO, fiscalizar
e notificar os proprietários dos aparelhos de ar condicionado que venham a permitir
que o líquido condensado venha a atingir as vias públicas, vizinhança e transeuntes.
Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Governador Valadares, 17 de novembro de 2003.
JOÃO DOMINGOS FASSARELLA
PREFEITO MUNICIPAL
26
DECRETO Nº 6.653, DE 29 DE MARÇO DE 2000.
Dispõe Sobre Regulamentação Da Lei Nº 4.699, de 22 de
Dezembro De 1999, Que Institui A Meia-Entrada Para
Estudantes Em Estabelecimentos Que Realizem
Espetáculos Musicais, Artístico, Circenses, Teatrais,
Cinematográficos, Atividades Sociais, Recreativas,
Culturais, Esportivas E Quaisquer Outras Que
Proporcionem Lazer E Entretenimento E Dá Outras
Providências.
O Prefeito Municipal de Governador Valadares – Estado de Minas Gerais, no
uso de suas atribuições legais e, nos termos do artigo 6º da Lei nº 4.699, de 22 de
Dezembro de 1999,
DECRETA:
Art.1º - São considerados outros estabelecimentos de ensino técnico:
Escola do sistema FIEMG/SESI/SENAI/SEBRAE
Cursinhos pré-vestibulares
Escolas de idiomas
Escolas de datilografia e computação
Parágrafo Único – Estes estabelecimentos serão credenciados pela
Secretaria Municipal da Fazenda através da Divisão da Receita, que os tornará
aptos ao credenciamento junto a UEGV, desde que estejam com todos os impostos
municipais em dia.
Art.2º - Será obrigatório, no ato do pagamento do ISS, a apresentação pelo
Promotor de Eventos da planilha de preços contendo o valor do ingresso da inteira e
meia a serem praticados observando o parágrafo 3º do Art.1º da Lei nº 4.699/99.
Art.3º - Caberá ao Serviço Municipal de Obras e Viação – SEMOV – através
da Divisão de Fiscalização, fiscalizar, advertir, multar e suspender qualquer evento
que não cumprir a Lei nº 4.699/99 em sua íntegra.
Art.4º - A documentação comprobatória de vínculo do estudante com seu
estabelecimento de ensino, constará no requerimento preenchido pelas partes e
deverá permanecer na sede da entidade por no mínimo 02 (dois) anos.
Parágrafo Único – As carteiras emitidas pelas entidades credenciadas suprem
quaisquer outras exigências, sendo portanto documentos legais.
Art.5º - Esta regulamentação entrará em vigor a partir de 01 de maio de 2000.
Governador Valadares, 29 de março de 2000
JOSÉ BONIFÁCIO MOURÃO
Prefeito Municipal
27
LEI Nº 6.796, DE 26 DE JULHO DE 2017.
DISPÕE SOBRE AS AÇÕES PREVENTIVAS E DE
FISCALIZAÇÃO PARA EVITAR A PROPAGAÇÃO DE
DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO VETOR DAS
ARBOVIROSES NO MUNICÍPIO DE GOVERNADOR
VALADARES, ESTADO DE MINAS GERAIS, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais, aprovou e
eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - O Controle e a prevenção dos vetores das arboviroses no âmbito do
Município de Governador Valadares obedecerão às normas e competências
estabelecidas nesta Lei. Art. 2º - As infrações à presente Lei serão apuradas pela
Secretaria Municipal de Obras, bem como pelas autoridades da saúde.
TÍTULO II
DOS LOTES VAGOS E OBRAS INACABADAS
CAPÍTULO I
DA LIMPEZA E MANUTENÇÃO DOS LOTES VAGOS
Art. 3º - Os proprietários ou possuidores a qualquer título de terrenos ou lotes vagos
no Município de Governador Valadares, edificados ou não, são obrigados a mantê-
los limpos, capinados e sem entulho e lixo, bem como proceder ao escoamento de
águas estagnadas e outros serviços essenciais ao asseio e à higiene pública, de
forma a não molestar a vizinhança e não comprometer a saúde coletiva.
Parágrafo único. Fica proibida a limpeza de lotes e terrenos através de queimadas.
Art. 4º - Quando constatado o descumprimento das exigências de limpeza e/ou
conservação, o proprietário será notificado pela Gerência de Fiscalização de
Posturas e lhe será concedido prazo de até 10 (dez) dias corridos a partir da data da
notificação, para executar os serviços de limpeza, capina e escoamento de águas
estagnadas.
Parágrafo único. Caso o imóvel esteja oferecendo risco de proliferação de vetores, o
prazo para limpeza e/ou drenagem será de até 03 (três) dias corridos.
Art. 5º - Decorrido o prazo estipulado na notificação sem que o proprietário tenha
executado o serviço de limpeza e/ou drenagem, lavrar-se-á o respectivo Auto de
Infração.
Art. 6º - Finalizado o prazo estipulado na notificação sem que o proprietário tenha
executado o serviço de limpeza e/ou drenagem, a Prefeitura Municipal o fará,
28
diretamente ou por terceiros, cobrando do infrator o preço respectivo, acrescido do
valor da multa aplicada em decorrência da infração.
§1º - O custo para execução dos serviços de limpeza e/ou drenagem será calculado
pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos e enviado ao proprietário,
em guia própria, que deverá ser recolhido aos cofres públicos no prazo de 10 (dez)
dias.
§2º - O não recolhimento do valor dos serviços executados implicará no lançamento
do débito na dívida ativa do Município e estará sujeito à execução judicial, na forma
da legislação em vigor.
Art. 7º - Caso haja oposição do proprietário dificultando ou impedindo a ação do
Poder Público, será requisitada força policial para assegurar a execução dos
serviços de limpeza e/ou drenagem.
Art. 8° - A execução dos serviços de limpeza e/ou drenagem pela Prefeitura
Municipal não isenta o proprietário da penalidade de multa aplicada pelo
descumprimento da notificação.
CAPÍTULO II
DO FECHAMENTO DE OBRAS INACABADAS E IMÓVEIS EM DESUSO
Art. 9° - Os proprietários de obras inacabadas, prédios residenciais, comerciais e
industriais em desuso, deverão providenciar o fechamento dos mesmos, de modo a
impedir o acesso de estranhos e o descarte irregular de entulho e lixo, bem como
zelar pela sua conservação e limpeza, respeitando as regras básicas definidas pela
legislação de Posturas, Vigilância Ambiental e Zoonoses.
Art. 10 - Constatado o descumprimento das exigências previstas no artigo anterior,
lavrar-se-á notificação, concedendo prazo de até 07 (sete) dias corridos da
notificação para que o proprietário proceda ao fechamento e/ou limpeza.
Art. 11 - Decorrido o prazo estipulado na notificação sem que o proprietário tenha
executado o serviço de fechamento e/ou limpeza, lavrar-se-á o respectivo Auto de
Infração.
Art. 12 - Findo o prazo estipulado na notificação sem que o proprietário tenha
executado o serviço de fechamento e/ou limpeza, será aplicado o procedimento do
art. 6º desta Lei.
Parágrafo único. A execução dos serviços de limpeza e/ou fechamento pela
Prefeitura Municipal não isenta o proprietário da penalidade de multa pelo
descumprimento da notificação.
TÍTULO III
DAS AÇÕES PREVENTIVAS E DE FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
DA RESPONSABILIDADE DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS,
INDUSTRIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇO
29
Art. 13 - Os proprietários ou responsáveis por ferros-velhos, comércio e
beneficiamento de aparas, e por estabelecimentos que comercializem sucatas em
geral e congêneres, deverão providenciar cobertura adequada, respeitadas as
demais normas aplicáveis para tanto, de forma a impedir o acúmulo de água em tais
locais, devendo realizar rigorosa fiscalização em suas áreas, para evitar a
proliferação do vetor das arboviroses. Parágrafo único. A cobertura deverá ser
construída observando as especificações técnicas da Lei Complementar n° 196 de
18 de junho de 2015.
Art. 14 - Os proprietários ou responsáveis por floriculturas, comércios atacadistas ou
varejistas de flores naturais, de vasos, floreiras ou similares, deverão adotar
cobertura, respeitadas as demais normais aplicáveis para tanto, de forma a impedir o
acúmulo de água nos recipientes ali comercializados ou àqueles que permaneçam
apenas para exposição.
Art. 15 - As imobiliárias e construtoras ficam obrigadas a fornecerem as chaves dos
imóveis que não estejam locados para que a Vigilância Ambiental e o serviço de
Controle de Zoonoses possam realizar inspeção de possíveis criadouros do vetor
das arboviroses, bem como fornecer meios de contato com seus proprietários acerca
de tais intervenções.
§1º - A inspeção só poderá ser efetuada com o acompanhamento do proprietário do
imóvel ou de alguém indicado por ele, pela imobiliária ou pela construtora, conforme
o caso.
§2º - A entrega das chaves só poderá ser efetuada para os profissionais da
Vigilância Ambiental e o serviço de Controle de Zoonoses, mediante apresentação
dos documentos pessoais de identificação funcional que comprovem vínculo com
esses órgãos.
§3º - A devolução das chaves à imobiliária ou à construtora deverá ser feita logo
após a inspeção, não podendo ultrapassar o dia da entrega da chave.
§4º - Verificada recusa na entrega das chaves por parte das imobiliárias ou
construtoras, será lavrado Auto de Infração.
Art. 16 - Aos Industriais, comerciantes e proprietários de estabelecimentos
prestadores de serviço nos ramos de laminadoras de pneus, borrachas, depósitos de
materiais em geral, inclusive de construção, ferros-velhos e comércio similar,
competem:
I - manter os pneus secos e cobertos ou acondicionados em local devidamente
vedado;
II - manter secos e abrigados da chuva quaisquer recipientes, avulsos ou não,
suscetíveis à acumulação de água;
III - atender as determinações emitidas pelas Autoridades Sanitárias da Secretaria
Municipal de Saúde e pela Fiscalização de Posturas do Município.
30
CAPÍTULO II
DA RESPONSABILIDADE DOS PARTICULARES
Art. 17 - Aos proprietários, inquilinos ou responsáveis por imóveis, particulares ou
não, com ou sem edificação, ou que esteja em processo de construção civil,
localizados no território do Município de Governador Valadares, são obrigados a
adotar medidas de proteção, respeitadas as normas de posturas municipais, de
modo a evitar acúmulo de água, originadas ou não por chuvas, bem como a realizar
manutenção e limpeza dos locais sob sua responsabilidade, providenciando o
adequado descarte de materiais inservíveis que possam acumular água, esteja a
obra em plena execução ou temporariamente, competindo-lhes, dentre outros,
especificamente:
I - conservar a limpeza dos quintais, com o recolhimento de lixo e de pneus, latas,
plásticos e outros objetos ou recipientes e inservíveis em geral que possam
acumular água originada ou não da chuva;
II - conservar adequadamente vedadas as caixas de água;
III - manter plantas aquáticas em areia umedecida, manter pratos de vasos com
plantas perfurados e/ou com areia impedindo o acumulo de águas emersas nos
mesmos;
IV - tomar medidas para que os objetos, plantas ornamentais ou árvores que possam
acumular água sejam tratados ou corrigidos suas fendas para evitar a proliferação
de larvas;
V - conservar as piscinas limpas e tratadas e as calhas e os ralos limpos;
VI - manter cobertos os carrinhos de mão e caixas de confecção de massa de
construções civis de maneira a não acumular água que permita o desenvolvimento
de larvas.
Parágrafo único. Em imóveis dotados de piscinas, espelhos d’água, fonte ou
chafariz, ficam os responsáveis obrigados a manter tratamento adequado da água,
de forma a não permitir a presença ou a proliferação de mosquitos, ou, quando em
desuso, manter cobertas com lonas apropriadas, de forma a não acumular água.
Art. 18 - Compete às respectivas Secretarias Municipais da Administração Pública a
responsabilidade de vigilância, identificação, controle e eliminação de possíveis
focos de criadouro do vetor das arboviroses.
Parágrafo único. Nas situações que ensejarem possibilidades de proliferação de
vetores em espaços públicos como cemitério, praças, espaços de lazer, e afins que
venham colocar sob risco a saúde da coletividade, fica o poder público municipal
autorizado a recolher, apreender, remover e inutilizar quaisquer artefatos de
potenciais focos.
Art. 19 - Nos cemitérios somente será permitida a utilização de vasos, floreiras ou
quaisquer outros ornamentos ou recipientes que retenham água, se estiverem
devidamente perfurados e preenchidos com areia, evitando toda e qualquer
possibilidade de acúmulo de água. Parágrafo único. O Poder Executivo fica
autorizado a apreender, remover e inutilizar vasos, floreiras, ornamentos ou
recipientes mencionados neste artigo que não estiverem devidamente perfurados e
preenchidos com areia, de modo a evitar acúmulo de água.
31
TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS DE VISTORIA E FISCALIZAÇÃO
Art. 20 - A determinação para a intervenção pública será dada pelo Secretário
Municipal de Saúde, sempre que necessário, com o apoio da Coordenadoria
Municipal de Defesa Civil, mediante resolução específica, devidamente publicada no
Órgão Oficial do Município, e deverá conter:
I - declaração de que a infestação está atingindo números que caracterizam perigo
público iminente conforme parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde que
necessitam de medidas imediatas de vigilância sanitária, ambiental e/ou
epidemiológica;
II - os elementos reais que demonstrem a necessidade da adoção das medidas
indicadas;
III - a indicação da área que estará sujeita às medidas sanitárias e/ou
epidemiológicas determinadas;
IV - o dia em que as medidas sanitárias e/ou epidemiológicas serão adotadas e o
tipo de ação que poderá ser realizada pelo agente público;
V - as condições de realização da ação de vigilância sanitária, ambiental e/ou
epidemiológica, com detalhamento sobre os procedimentos que deverão ser
tomados pelo agente, desde o início até o término da ação.
Art. 21 - Os proprietários, locatários ou responsáveis pelo imóvel ou local visitado, a
qualquer título são obrigados a permitir a entrada das autoridades sanitárias
competentes, para realização de inspeção, verificação, orientação, informação,
aplicação de inseticida ou qualquer outra medida específica de combate ao vetor
das arboviroses.
Art. 22 - Verificada a ausência de morador ou sua recusa em receber o agente
responsável pela vistoria no imóvel e aplicação de inseticida ou qualquer outra
atividade de combate ao vetor das arboviroses, lavrar-se-á auto de infração, que
deverá ser encaminhado de imediato à Procuradoria Geral do Município para
providências legais, tal como autorização para adentrar no imóvel, sem prejuízo de
aplicação da multa.
Art. 23 - Na impossibilidade do ingresso por motivos de abandono ou ausência de
pessoas que possam abrir a porta, as autoridades sanitárias adotarão o seguinte
procedimento:
I - será registrada a ausência em auto de fiscalização, cuja cópia será afixada na
porta do imóvel e que servirá de notificação ao morador, administrador ou
responsável, de nova visita das autoridades competentes na data nela indicada;
II - caso a situação descrita no “caput” deste artigo persista na segunda visita, será
repetido o procedimento previsto no inciso anterior, com alerta de que na próxima
diligência poderá ser adotada a medida extrema de ingresso forçado, bem como o
risco de aplicação de sanções e ressarcimento das despesas públicas para o
ingresso;
III - na terceira visita, verificada a situação descrita no “caput” deste artigo, as
autoridades sanitárias competentes lavrarão o Auto de Ingresso Forçado e
procederão às diligências de fiscalização próprias e necessárias. Parágrafo único.
No cumprimento da determinação de entrada a qualquer local, seja residencial ou
32
comercial, as autoridades sanitárias deverão portar crachá de identificação expedido
pela Secretaria Municipal de Saúde - SMS, Departamento de Zoonoses.
Art. 24 - Sempre que houver a necessidade de ingresso forçado em domicílios
particulares, a autoridade sanitária, no exercício da ação de vigilância, lavrará, no
local em que for verificada recusa ou a impossibilidade do ingresso por motivos de
abandono ou ausência de pessoas que possam abrir a porta, Auto de Infração, no
local ou na sede da repartição sanitária, que conterá:
I - o nome do morador, administrador ou responsável e/ou seu domicílio, residência
e os demais elementos necessários a sua qualificação civil, quando houver;
II - o local, a data e a hora da lavratura do Auto de Infração;
III - a descrição do ocorrido e dos procedimentos adotados;
IV - a pena a que está sujeito o infrator;
V - a declaração do autuado de que está ciente e de que responderá pelo fato
administrativamente, sem prejuízo das demais sanções cabíveis;
VI - a assinatura do autuado ou, no caso de ausência ou recusa, a indicação do fato
no documento de fiscalização, ficando assim justificada a falta de assinatura do
infrator.
§1º - Sempre que se mostrar necessário, a autoridade sanitária poderá requerer
auxílio da autoridade policial.
§2º - Para a execução do ingresso forçado será exigida a atuação de, no mínimo,
duas autoridades sanitárias.
§3º - A recusa injustificada ao ingresso das autoridades sanitárias sujeitará o infrator
à penalidade de multa, variável entre 110 (cento e dez) e 220 (duzentos e vinte)
Unidades Fiscal de Referência - UFIR por unidade habitacional ou comercial, sem
prejuízo da multa por eventual infração aos demais dispositivos desta Lei.
§4º - Serão assegurados ao infrator a ampla defesa e o contraditório.
§5º - A impugnação será dirigida à autoridade imediatamente superior, que sobre ela
decidirá no prazo de 05 (cinco) dias, ressalvada a necessidade de diligências
complementares para instrução do processo administrativo, com possibilidade de
recurso para a respectiva Secretaria Municipal, no caso de indeferimento.
§6º - Além das multas eventualmente aplicáveis, o morador será responsável pelo
ressarcimento das despesas públicas decorrentes do ingresso forçado.
Art. 25 - Constatada situação que permita a proliferação de vetores, será o morador,
administrador ou responsável, notificado na própria diligência, para regularização do
fato, no prazo e em conformidade com as instituições que lhe forem repassadas
pelas autoridades sanitárias.
TÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 26 - Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições desta Lei.
Art. 27 - Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações
aos dispositivos desta Lei, ou o não atendimento às suas instruções serão punidos,
alternativa ou cumulativamente, com as seguintes penalidades:
I - advertência ou notificação preliminar;
II - multa;
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III - interdição, em se tratando de estabelecimento comercial em geral, até a solução
do problema, que não poderá ultrapassar o prazo de trinta dias, com suspensão e/ou
cancelamento da licença de funcionamento, no caso de reincidência;
§1º - A aplicação de uma das sanções previstas neste artigo não prejudica outra, se
cabível. §2º - A imposição das sanções não se sujeita à ordem em que estão
relacionadas neste artigo.
Art. 28 - A multa terá valor correspondente entre 100 (cem) e 300 (trezentos)
Unidades Fiscal de Referência - UFIR, a ser fixado de acordo com a densidade
vetorial apontada pelo Levantamento de Índice Rápido de Aedes Aegypti - LIRAa
vigente:
I - índice de 0 até 1, multa de 100 (cem) Unidades Fiscal de Referência - UFIR.
II - índice de 1 até 4, multa de 200 (duzentos) Unidades Fiscal de Referência - UFIR.
III - índice acima de 4, multa de 300 (trezentos) Unidades Fiscal de Referência -
UFIR.
Art. 29 - Em caso de reincidência o valor da multa será aplicado em dobro.
Art. 30 - A aplicação de sanção de qualquer natureza não exonera o infrator do
cumprimento da obrigação a que esteja sujeito, nos termos desta Lei.
Art. 31 - O infrator será considerado regularmente notificado ou autuado mediante a
entrega da notificação e/ou do auto de infração.
§1º - Encontrando-se o infrator em local incerto e não sabido, e esgotado os meios
para sua localização, a notificação e/ou autuação serão feitos por edital, divulgado
na Imprensa Oficial do Município.
§2º - No caso de o infrator ser analfabeto, fisicamente impossibilitado ou incapaz na
forma da Lei ou ainda de se recusar a apor o “ciente” na notificação ou auto de
infração, o Agente Fiscal indicará o fato no documento de fiscalização, ficando assim
justificada a falta de assinatura do infrator.
Art. 32 - O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento das
disposições desta Lei, nem das demais normas aplicáveis.
Art. 33 - Caberá ao Poder Executivo regulamentar a presente Lei em todos os
aspectos necessários para a sua efetiva aplicação.
Art. 34 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 35 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei 6.097, de 27
de maio de 2010; Lei 5.214 de 2003 e Lei 4.295 de 1996. Governador Valadares, 26
de julho 2017.
ANDRÉ LUIZ COELHO MERLO
Prefeito Municipal
TONY MARLE DINIZ BICALHO
Secretário Municipal de Governo
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LEI Nº 6.887, DE 17 DE ABRIL DE 2018.
ALTERA A LEI MUNICIPAL Nº 6.726, DE 15 DE
AGOSTO DE 2016, QUE “OBRIGA A
INSTALAÇÃO DE SISTEMA PARA CHAMADA
DE SENHA NUMÉRICA DE ESPERA POR
EMISSÃO DE SINAL DE VOZ NOS
ESTABELECIMENTOS QUE MENCIONA, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais, aprovou e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - O artigo 3º da Lei Municipal nº 6.726, de 15 de agosto de 2016, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3º. As agências bancárias, órgãos e entidades públicas atingidas por
esta norma deverão adequar-se aos mandamentos impostos no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, a contar da data da publicação desta lei.” (NR)
Art. 2º - Fica acrescido à Lei Municipal nº 6.726, de 15 de agosto de 2016, os artigos
3º-A, 3º-B, 3º-C e 3º-D, com as seguintes redações:
“Art. 3º-A. Competirá aos fiscais de posturas do Município de Governador
Valadares fiscalizarem as agências bancárias, órgãos e entidades públicas a
fim de garantir o integral cumprimento desta norma.
§ 1º. As agências bancárias, órgãos e entidades públicas que descumprirem
as normas previstas nesta lei serão autuadas pelos fiscais do Município,
sendo aplicável, inicialmente, a pena de advertência para o imediato
cumprimento da norma no prazo de 30 (trinta) dias, que poderá ser
prorrogado uma única vez, mediante comprovação da aquisição do
maquinário eletrônico necessário.
§ 2º. Mantido o descumprimento da lei pelo autuado, o Auto de Infração será
convertido em processo administrativo, sendo o processado intimado para
apresentar defesa escrita, acompanhada dos documentos comprobatórios de
suas alegações, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 3º. A defesa será endereçada ao Gerente de Fiscalização de Posturas, a
quem competirá a análise das razões do processado, exarando sua decisão
fundamentada no prazo de 15 (quinze) dias, intimando o processado.
§ 4º. No caso de improcedência das razões do processado, poderá ser
apresentado recurso no prazo de 10 (dez) dias, na forma escrita endereçado
ao Secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, que proferirá
fundamentadamente a decisão final no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 5º. É lícito ao Gerente de Fiscalização de Posturas e ao Secretário
Municipal de Obras e Serviços Urbanos suscitarem parecer jurídico da
Procuradoria Geral do Município, a fim de fundamentarem sua decisão.”
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“Art. 3º-B. Serão aplicadas as seguintes penas ao processado que descumprir
a presente lei:
I – Advertência, na forma do § 1º do art. 3º-A desta lei;
II – Multa no valor de até 300 (trezentas) UFIR´s, para primeira autuação;
III – Multa no valor de até 900 (novecentas) UFIR´s, para reincidentes;
IV – Suspensão do alvará de licença e funcionamento, quando da
manutenção reiterada do descumprimento da lei.”
“Art. 3º-C. O processado, após o trânsito em julgado da decisão
administrativa, será intimado a recolher a multa aplicada pela Autoridade
Julgadora no prazo máximo de 15 (quinze) dias.”
“Art. 3º-D. Competirá à Procuradoria Geral do Município, em caso de omissão
do pagamento da multa pelo processado, a emissão da respectiva Certidão
de Dívida Ativa de natureza não tributária e sua cobrança judicial ou
extrajudicial, nos termos da legislação vigente.”
Art. 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Governador Valadares, 17 de abril de 2018.
ANDRÉ LUIZ COELHO MERLO
Prefeito Municipal
TONY MARLE DINIZ BICALHO
Secretário Municipal de Governo
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LEI Nº 6.937, DE 28 DE SETEMBRO DE 2018
Disciplina a comercialização de alimentos e bebidas sobre
rodas em veículos automotores adaptados denominados "Food
Trucks", tanto por meio de equipamentos montados sobre
veículos a motor, quanto por meio de estruturas "trailers", no
âmbito do Município de Governador Valadares.
A Câmara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais,
aprovou e sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º - Esta Lei disciplina a comercialização de alimentos e bebidas sobre rodas,
em veículos automotores adaptados denominados "food trucks", tanto por meio de
equipamentos montados sobre veículos a motor, quanto por meio de estruturas
"trailers", em conformidade com as previsões legais do Código Brasileiro de Trânsito
e os atos normativos do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.
§1º Em vias, áreas e logradouros públicos, o veículo terá limitação de tamanho
conforme regulamentação prevista no caput deste artigo.
§2º VETADO.
§3º As disposições desta Lei não se aplicam às feiras licenciadas pela
Administração Municipal.
Art. 2º - Para os fins desta Lei considera-se:
I - Food truck: a cozinha móvel, de dimensões pequenas, sobre rodas, que
transporta e vende alimentos e bebidas, em áreas públicas e privadas, sendo que os
alimentos e bebidas podem ser totalmente preparados em momento anterior ou
finalizados no momento da venda, para consumo local;
II - Food truck de apoio: conjunto de "food trucks" que apoiarão atividades
realizadas em logradouro público, sejam de natureza cultural, artística, religiosa,
esportiva, filantrópica ou cívica, promovidas por órgão público ou particular;
III - Food park: exploração em locais particulares, em caráter permanente, para
o comércio de alimentos e bebidas por meio de "food truck";
IV - Evento: exploração de locais particulares, em caráter temporário, para o
comércio de alimentos e bebidas por meio de "food truck";
V - Base: local para manipulação prévia dos alimentos, devidamente
licenciado, sempre que o ramo de atividade assim o exigir, devendo o "food truck"
pertencer a mesma empresa;
VI - Vaga: o espaço delimitado dentro dos pontos para a exploração da
atividade de "food truck";
VII - VETADO.
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VIII - Chamamento Público: procedimento administrativo quando, em face do
interesse público, for conveniente obter o maior número possível de interessados,
devendo ser promovido e julgado segundo os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa,
vinculação ao instrumento convocatório, isonomia e julgamento objetivo, conforme
critérios estabelecidos pela Administração em edital;
IX - Autorização de Uso do Espaço Público: é ato unilateral, discricionário e
precário pelo qual a Administração Municipal consente ao empresário habilitado a
utilização do logradouro público para a atividade de "food truck", cumpridas as
exigências legais.
Art. 3º - O comércio de alimentos e bebidas através de "food truck" poderá ser
realizado em locais públicos ou privados, desde que obedecidas as seguintes
condições:
I - estar devidamente autorizado pelos órgãos competentes para o exercício da
atividade;
II - utilizar veículo licenciado pela Vigilância Sanitária, quando a atividade exigir
a base licenciada para manipulação prévia dos alimentos;
III - nos locais públicos, condicionado a prévia Autorização de Uso, após o
devido processo de Chamamento Público, nos termos desta Lei;
IV - nos locais privados, condicionado à Licença de “Food Truck” e Alvará de
Funcionamento, que será concedida por evento, ou em espaços denominados "food
park".
CAPÍTULO II
DO LICENCIAMENTO E DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
Art. 4º - O comércio de alimentos e bebidas de que trata o artigo 1º, desta Lei,
somente poderá ser desenvolvido por pessoa jurídica devidamente constituída para
a atividade comercial deste regulamento, estabelecida e regularmente licenciada no
Município de Governador Valadares/MG, inclusive por microempreendedor
individual.
Art. 5º - Na constituição da pessoa jurídica interessada, deverá constar em seu
objeto social, assim como no Alvará de Licença para Localização, a atividade de
serviços ambulantes de alimentação acrescido de pelo menos uma das seguintes
atividades:
I - comércio de massas alimentícias;
II - comércio de produtos de panificação;
III - restaurantes e similares;
IV - pizzaria;
V - lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares;
VI - comércio de chocolates e derivados;
VII - comércio de sorvetes e outros gelados comestíveis;
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VIII - comércio de bebidas;
IX - comércio de doces, balas, bombons, biscoitos, bolachas e semelhantes;
X - comércio de outros produtos alimentícios.
§1º A empresa cujo ramo de atuação necessite de base com manipulação de
alimento não poderá adotar atividade que dispense a vistoria, conforme legislação
sanitária vigente.
§2º No ato da venda, todos os alimentos e bebidas comercializados deverão
estar prontos para o consumo.
§3º VETADO.
§4º O licenciamento concedido para o exercício da atividade será fiscalizado
pelos órgãos públicos, no âmbito de suas competências.
Art. 6º - Para a emissão da Autorização de Uso para o exercício da atividade em
locais públicos deverá ser observado o trâmite normal para a concessão de alvarás
de funcionamento, sendo a autorização emitida pela Secretaria Municipal da
Fazenda.
Art. 7º - É condição para o exercício da atividade regulada a Lei, em áreas
particulares, a obtenção da Licença de “Food Truck”, nos termos do artigo 20, desta
Lei, e do Alvará de Funcionamento do local.
CAPÍTULO III
DO FOOD TRUCK EM ESPAÇOS PÚBLICOS
Art. 8º - Para a realização das atividades em vias, áreas e logradouros públicos será
concedida a Autorização de Uso, a ser expedida pela Secretaria Municipal da
Fazenda, mediante prévio e regular processo de Chamamento Público, cujas regras
serão estabelecidas em edital específico, respeitadas as disposições desta Lei.
Parágrafo único. O Edital de Chamamento Público deverá estabelecer as
condições de funcionamento da atividade, incluindo dias e horários, forma de
utilização das vagas, modelo de rotatividade, fiscalização do exercício da atividade,
dentre outros.
Art. 9º - A Autorização de Uso de que trata esta Lei, será concedida a título precário,
oneroso, pessoal e intransferível, podendo ser revogada a qualquer tempo.
Parágrafo único. Será permitida apenas uma unidade veicular por licença.
Art. 10 - Os locais autorizados poderão ser realocados provisoriamente em outras
vias, áreas ou logradouros públicos, na ocorrência de caso fortuito, força maior, fato
de terceiro e demais fatos supervenientes que impeçam a atividade, desde que
justificados tecnicamente e aprovados pela autoridade competente.
Art. 11 - Os locais públicos destinados aos “food trucks” serão definidos pelo
Executivo, mediante decreto.
Parágrafo único. Os locais públicos destinados aos "food trucks", pontos e
vagas, serão definidos pela Administração, mediante placas informativas.
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Art. 12 - A definição dos pontos para o exercício da atividade de "food truck" deverá
observar os seguintes limites e condições:
I - atender o Código de Trânsito Brasileiro;
II - distância mínima de 20m de entradas e saídas de pontos e terminais de
ônibus;
III - distância mínima de 200m de:
a) VETADO.
b) VETADO.
IV - não estar em frente a edifícios e equipamentos de interesse público,
hospitais, casas de saúde, prontos-socorros e ambulatórios públicos ou particulares,
medida a partir do ponto de contato mais próximo.
Art. 13 - A implantação dos pontos destinados aos "food trucks" levará em
consideração o porte do veículo e o local autorizado, as normas de trânsito, o fluxo
seguro de pedestres e veículos, as regras de uso e ocupação do solo e as normas
de acessibilidade.
Art. 14 - O Departamento de Trânsito será responsável por gerir o uso das vagas
autorizadas para "food truck".
Art. 15 - Somente poderão ser exploradas pelos "food trucks" as vagas que forem
prévia e devidamente autorizadas pelos diversos órgãos da Administração Municipal,
conforme competência.
§1º VETADO.
§2º É facultado à Administração Pública, em qualquer momento, na defesa do
interesse público, criar ou extinguir pontos e vagas de "food trucks".
Art. 16 - A utilização das vagas só poderá ser feita após o pagamento da taxa da
Autorização de Uso, onde constará os dias e locais onde a atividade será
desenvolvida.
CAPÍTULO IV
DOS ESPAÇOS DENOMINADOS "FOOD PARK" E DAS ÁREAS PRIVADAS
Art. 17 - O "Food park" terá caráter permanente e a empresa interessada deverá
estar licenciada através de Alvará de Licença para Localização vigente como
gerenciadora do espaço, com o objeto social para Gestão e Administração de
Propriedade Imobiliária, ou similar.
Art. 18 - O "evento" terá caráter temporário, com duração máxima de 15 dias,
devendo o local estar licenciado através de Alvará de Licença para Localização
específico.
§1º - Os "food parks" e "eventos" em áreas privadas, deverão atender aos
seguintes requisitos:
I - possuir instalações sanitárias;
II - possuir acesso e garantir a circulação de portadores de necessidades
especiais;
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III - disponibilizar, individualmente, para cada "food truck", água potável e
energia elétrica;
IV - dispor de reservatório de resíduos líquidos e de coleta de óleo conforme
legislação ambiental vigente;
V - executar a separação de resíduos sólidos.
§2º Nas áreas privadas, para a realização de eventos, poderão, a critério da
Gerência de Licenciamento de Uso e Ocupação do Solo, ser utilizadas a
infraestrutura existente no local, decorrente da existência de outro comércio, com a
devida anuência do estabelecimento comercial.
CAPÍTULO V
DOS VEÍCULOS
Art. 19 - O veículo utilizado para "Food truck" deverá estar devidamente licenciado
junto ao Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN e atender aos seguintes
requisitos para a expedição da Licença de Food Truck:
I - constar no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos - CRLV a
respectiva classificação, que possibilite a exploração comercial, nos moldes da
regulamentação de trânsito;
II - apresentar Certificado de Segurança Veicular;
III - estar devidamente vistoriado e possuir a licença sanitária do veículo
quando necessária;
IV - possuir Anotação de Responsabilidade Técnica- ART, individual e
específica para cada uma das instalações complementares de gás e elétrica do
veículo;
V - VETADO.
VI - Licenças Sanitárias do veículo e do estabelecimento base, quando a
atividade assim exigir;
Art. 20 - Os veículos deverão possuir:
I - abastecimento próprio de água potável, compatível com a demanda da
comercialização a ser realizada, em conformidade com a legislação vigente;
II - reservatório para acumulação de águas servidas compatível com o volume
de água utilizada em bom estado de higiene e conservação;
III - fonte própria de geração de energia.
Parágrafo único. O empresário de "food truck" deverá manter as instalações
elétricas, de gás e hidráulicas do veículo de acordo com as normas técnicas e legais
vigentes.
Art. 21 - Em vias, áreas e logradouros públicos, os veículos poderão possuir
aberturas em ambos os lados, permitindo que o estacionamento possa ocorrer
indistintamente em qualquer um dos lados da via, desde que observadas as normas
de trânsito.
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§1º O atendimento ao público deverá ocorrer exclusivamente no lado voltado
para o passeio, proibido terminantemente o atendimento pela face da via de tráfego
de veículos.
§2º Será admitido, na face de atendimento, toldo em balanço acoplado ao
veículo, com no máximo 1,20m de profundidade em relação ao passeio e altura
mínima de 2,20m em relação ao nível do piso, desde que fique preservada uma faixa
transitável de 1,00m na área de passeio.
§3º O toldo poderá contemplar toda a extensão do veículo "food truck"
CAPÍTULO VI
DA REGULAMENTAÇÃO SANITÁRIA
Art. 22 - As instalações e os serviços relacionados à manipulação de alimentos
devem dispor de equipamentos para a higiene das mãos dos manipuladores, uma
cuba lavatória incluindo sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido
inodoro e produto antisséptico, além de toalhas de papel não reciclado.
Art. 23 - Os alimentos não preparados no veículo devem estar identificados e
conservados de acordo com a legislação sanitária vigente.
Art. 24 - Os equipamentos necessários à exposição, armazenamento e à distribuição
de alimentos preparados sob temperaturas controladas devem estar dimensionados
conforme capacidade instalada e se encontrar em condições de higiene,
conservação e funcionamento, conforme as normas sanitárias.
Parágrafo único. Os alimentos devem ser fornecidos nas condições e
temperatura para conservação conforme as normas sanitárias.
Art. 25 - Os responsáveis pelas instalações e pelos serviços relacionados à
manipulação de alimentos devem coletar e manter, sob condições adequadas de
conservação, amostras dos alimentos preparados nas bases.
Art. 26 - VETADO.
Art. 27 - Os condimentos tais como catchup, mostarda, maionese, azeite, molhos e
outros, deverão ser fornecidos em embalagens individuais.
Art. 28 - No interior do veículo, os alimentos não podem ficar em contato direto com
o chão, devendo ficar sobre estrados ou paletes impermeáveis.
Art. 29 - Os reservatórios de água devem ter comprovante de higienização
semestral.
Art. 30 - O “food truck” deverá pertencer à mesma pessoa jurídica licenciada ou à
pessoa física responsável nos casos de microempreendedores individuais.
Art. 31 - A manipulação dos alimentos prontos deverá obedecer a legislação
sanitária vigente.
Art. 32 - Em todos os casos, em qualquer operação, deverá ser respeitada a
legislação sanitária vigente.
42
CAPÍTULO VII
DA CONDUTA DO EMPRESÁRIO
Art. 33 - São obrigações do empresário de "food trucks":
I - comercializar somente mercadorias especificadas no alvará, e exercer a
atividade nos limites do local demarcado, e dentro do horário estipulado;
II - colocar à venda mercadorias em perfeitas condições de consumo,
atendendo a legislação sanitária vigente;
III - portar-se com urbanidade, tanto em relação ao público em geral, quanto
aos colegas de profissão, de forma a não perturbar a tranquilidade pública;
IV - transportar os bens de forma a não impedir ou dificultar o trânsito, sendo
expressamente proibido conduzir, pelos passeios, volumes que atrapalhem a
circulação de pedestres;
V - acatar e atender as ordens da fiscalização sempre que requisitado;
VI - responder, perante a Administração Municipal, por seus atos e pelos atos
praticados por seus auxiliares quanto à observância das obrigações decorrentes de
sua atividade, nos termos desta Lei;
VII - pagar as taxas e os demais encargos devidos em razão do exercício da
atividade;
VIII - armazenar, transportar, manipular e comercializar apenas os alimentos
aos quais está autorizado;
IX - manter permanentemente limpa a área ocupada pelo equipamento, bem
como o seu entorno, instalando recipientes apropriados para depositar o lixo
orgânico e inorgânico produzido por sua atividade. O lixo deverá ser acondicionado
em saco plástico resistente e colocado em local apropriado para coleta, observando-
se os dias e horários da coleta pública, bem como cumprir toda a legislação
ambiental;
X - coletar e armazenar todos os resíduos sólidos e líquidos, inclusive óleo
vegetal utilizado, para posterior descarte de acordo com a legislação em vigor,
vedado o descarte na rede pluvial ou local inapropriado;
XI - manter higiene pessoal e do vestuário, bem como assim exigir e zelar pela
de seus auxiliares;
XII - manter o equipamento em estado de conservação e higiene adequados,
providenciando os consertos que se fizerem necessários;
XIII - expor em local visível aos consumidores a cópia do Alvará de Licença
para Localização da empresa, o documento original da licença sanitária do veículo,
quando necessária, a licença sanitária do estabelecimento base, quando necessária,
a Licença de “Food Truck” e o Termo de Autorização de Uso;
XIV - disponibilizar o Código de Defesa do Consumidor ao público em todos os
"food trucks" e em todas as operações;
XV - cumprir fielmente os termos da Autorização de Uso.
Art. 34 - Fica proibido ao empresário de "food truck":
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I - alterar o equipamento, sem prévia autorização dos órgãos públicos
responsáveis;
II - manter ou ceder equipamentos ou mercadorias para terceiros;
III - manter ou comercializar mercadorias não autorizadas ou alimentos em
desconformidade com o licenciamento;
IV - depositar caixas ou qualquer outro objeto em áreas públicas e em
desconformidade com esta Lei;
V - causar dano ao bem público ou particular no exercício de sua atividade;
VI – VETADO.
VII - montar seu equipamento fora dos limites estabelecidos para o ponto;
VIII - estacionar o veículo em desacordo com a regulamentação expedida pelo
órgão executivo municipal de trânsito;
IX - utilizar postes, árvores, grades, bancos, canteiros e edificações para a
montagem do equipamento e exposição das mercadorias;
X - fazer uso de muros, passeios, árvores, postes, banco, caixotes, tábuas,
encerados ou toldos, com o propósito de ampliar os limites do equipamento ou de
alterar os termos de sua permissão;
XI - perfurar ou de qualquer forma danificar calçadas, áreas e bens públicos
com a finalidade de fixar seu equipamento;
XII - comercializar ou manter em seu equipamento produtos em desacordo
com a legislação sanitária aplicável;
XIII - apregoar suas atividades através de quaisquer meios de divulgação
sonora ou utilizar qualquer tipo de equipamento sonoro em volume superior ao
permitido pela legislação municipal;
XIV - jogar lixo ou detritos, provenientes de seu comércio ou de outra origem,
nas vias ou áreas públicas;
XV - utilizar a via ou área pública para colocação de quaisquer elementos do
tipo cerca, parede, divisória, grade, tapume, barreira, caixas, vasos, vegetação ou
outros que caracterizem o isolamento do local de manipulação e comercialização;
XVI - manipular e comercializar os produtos de forma que o vendedor, o
manipulador, o consumidor e as demais pessoas envolvidas na atividade
permaneçam na pista de rolamento;
XVII - transferir ou ceder, a qualquer título e ainda que provisoriamente, a
Autorização de Uso.
Parágrafo único. A utilização de mesas, cadeiras e bancos nos passeios
públicos deverá observar a legislação municipal pertinente ao assunto, em especial
ao artigo 51, da Lei n. 3665/92.
Art. 35 - É vedado, no exercício da atividade regulamentada por esta Lei:
I - em vias, áreas e logradouros públicos e em áreas privadas:
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a) utilização da rede de coleta de aguas pluviais para despejo de quaisquer
líquidos e resíduos;
b) utilização de equipamento de som;
c) utilização de "banners", cavaletes, balões flutuantes, infláveis, letreiros
luminosos, faixas, bandeirolas ou quaisquer outros elementos publicitários além dos
que componham a pintura do veículo;
d) exploração do espaço do veículo com qualquer forma de publicidade alheia
à atividade licenciada;
e) promoção de atividades de panfletagem;
f) utilização de equipamentos que produzam ruído excessivo conforme
legislação aplicável;
g) acondicionamento de produtos na parte externa do veículo.
CAPÍTULO VIII
DA FISCALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE PENALIDADES
Art. 36 - É de competência do Poder Público, por meio de seus órgãos e entidades,
no âmbito de suas atribuições, a fiscalização de todos os aspectos decorrentes da
comercialização de alimentos sobre rodas, em veículos automotores adaptados
"food trucks".
Art. 37 - Sendo detectada qualquer irregularidade, será expedida notificação,
concedendo-lhe o prazo de 30 (trinta) dias para regularização.
§1º Não sendo sanadas as eventuais irregularidades no prazo estabelecido no
caput deste artigo, poderão ser aplicadas as seguintes penalidades:
I - multa no valor de 50 UFIR, podendo ser aplicada em dobro no caso de
reincidência;
II - suspensão da atividade por no máximo 30 dias;
III - cassação do alvará de licença de funcionamento.
§2º Serão garantidos o contraditório e a ampla defesa ao infrator, mediante
procedimento administrativo próprio, observadas as leis aplicáveis relativas ao objeto
da fiscalização.
§3º As penalidades poderão ser impostas concomitantemente por mais de um
órgão, respeitadas as devidas competências.
Art. 38 - Os empresários de "food trucks" que não comparecerem,
injustificadamente, nas vagas e pontos escolhidos para atender ao público, por mais
de trinta dias consecutivos, responderão administrativamente pela conduta, podendo
ser aplicada a penalidade de cassação do alvará de licença de funcionamento.
Art. 39 - O descumprimento das condições da Autorização de Uso ensejará na
aplicação das penalidades previstas no Edital de Chamamento Público e nas
legislações que versam sobre conduta, posturas e sanções disciplinares nos
diversos âmbitos da Administração Municipal.
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CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 40 - Para o exercício do comércio de que trata esta Lei deverão ser observadas
as normas aplicáveis em relação à poluição da água, do ar e do solo.
Art. 41 - Em logradouro público ou em área particular cabe ao empresário de "food
truck" ou organizador do evento a responsabilidade por todo e qualquer dano
material, moral, pessoal ou a terceiros, ou dano de qualquer espécie, seja por ação
ou omissão.
Parágrafo único. A concessão de licença não implica em transferência de
qualquer responsabilidade ou ônus ao Município de Governador Valadares/MG.
Art. 42 - O licenciamento de eventos com utilização de "food trucks" em área pública
seguirá legislação específica pertinente.
Art. 43 - A análise e liberação das vagas e pontos em espaços públicos serão
definidas mediante decreto.
Art. 44 - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei, no prazo de 90 (noventa)
dias a contar da data de publicação da presente Lei
Art. 45 - Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial o §1º, do artigo
114, da Lei nº 3.665, de 30 de dezembro de 1992.
Art. 46 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Governador Valadares, 28 de setembro de 2018.
André Luiz Coelho Merlo
Prefeito Municipal
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