Caro, estudante.
Agora que você se apropriou dos conteúdos abordados e das situações-problema
nesta disciplina, chegou o momento de testar seus conhecimentos.
Escolha uma das 3 situações-problema que você leu no material e proponha um
projeto de intervenção. Você deve descrever:
Objetivo: como você pretende solucionar a situação-problema escolhida;
Revisão de Conceito: conhecimentos adquiridos no curso utilizados como
base de estudo;
Metodologia: qual abordagem, técnica ou processo usados para resolver o
problema indicado;
Tempo: quanto tempo gastou para a solução;
Procedimento: indique o passo-a-passo para a resolução, e possíveis
materiais utilizados;
Resultado: o que resultou o processo.
Nome: CHRISTIANE LACERDA
RGM: 44897723
Qual situação-problema você escolheu para criar o seu projeto de intervenção?
Situação-problema 1
✘ Situação-problema 2
Situação-problema 3
A Situação-Problema escolhida:
A situação-problema escolhida foi a de número 2, que descreve o caso do senhor
Antônio, idoso em condição de vulnerabilidade social, identificado por uma vizinha
e encaminhado inicialmente à Unidade Básica de Saúde (UBS), que por sua vez o
orienta a procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para
avaliação de acolhimento em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos
(ILPI). O desafio central é a ausência de um fluxo pactuado entre os serviços de
Objetivo:
Implantar um fluxo intersetorial entre UBS, CRAS e Conselho do Idoso para
qualificar os encaminhamentos de idosos em vulnerabilidade às ILPIs, garantindo
agilidade, segurança e integralidade no cuidado. A proposta busca reduzir lacunas
Revisão de Conceito:
As ILPIs são instituições que oferecem acolhimento institucional a pessoas com 60
anos ou mais que não possuam condições de se manter em ambiente familiar ou
comunitário, sendo regulamentadas pela RDC nº 283/2005 e pela RDC nº
502/2021. A legislação estabelece padrões técnicos e indicadores obrigatórios,
como taxas de mortalidade, ocorrência de quedas e prevalência de desnutrição
(ANVISA, 2005; ANVISA, 2021).
No campo teórico, destaca-se o conceito de intersetorialidade, fundamental para
superar a fragmentação das políticas públicas. Schenker e Costa (2019) defendem
que a integralidade da atenção ao idoso exige ações coordenadas entre saúde e
assistência social, enquanto Coelho et al. (2019) apontam que a falta de
articulação entre os sistemas gera atrasos no acesso e sobrecarga das famílias.
Assim, compreender as ILPIs não apenas como espaços de acolhimento, mas
como parte de uma rede integrada de proteção e cuidado, é essencial para a
efetividade das políticas públicas voltadas ao envelhecimento.
Metodologia:
Será utilizada a abordagem de projeto de melhoria organizacional, fundamentada
no ciclo PDCA (Planejar, Executar, Checar e Agir).
Monitoramento por meio dos indicadores definidos pela RDC nº 502/2021.
Tempo:
Levantamento de dados e mapeamento inicial: 2 dias;
Oficina intersetorial e elaboração do fluxograma: 1 dias;
Capacitação das equipes: 2 dias;
Teste-piloto com aplicação do protocolo: 2 dias;
Avaliação e ajustes: 3 dias.
Tempo total: aproximadamente 10 dias corridos.
Procedimento e material utilizado:
O projeto será desenvolvido em cinco etapas:
Identificação dos atores-chave (UBS, CRAS, CREAS, Conselho do Idoso,
Vigilância Sanitária e ILPIs).
Construção do fluxograma intersetorial, prevendo triagem inicial, avaliação clínica e
social, deliberação do Conselho do Idoso e encaminhamento à ILPI.
Utilização de instrumentos de apoio, como fichas de notificação, checklist de
documentos, termo de ciência da família e lista de contatos intersetoriais.
Capacitação prática das equipes, com simulação do caso do Sr. Antônio.
Monitoramento dos resultados por meio de planilhas e indicadores de qualidade
exigidos pela RDC nº 502/2021..
Resultado e discussão:
O projeto resultou em maior agilidade no encaminhamento de idosos em
vulnerabilidade para ILPIs, redução de retrabalho entre os serviços e melhoria na
qualidade dos registros. O tempo médio de acesso diminuiu para menos de 72
horas nos casos testados, garantindo maior segurança ao idoso.
A pactuação entre SUS e SUAS mostrou-se eficaz para dar concretude às políticas
públicas de atenção à pessoa idosa, traduzindo em prática cotidiana as normativas
da Anvisa. Souza et al. (2018) destacam que a governança intersetorial fortalece a
participação social e amplia a efetividade das políticas de proteção ao idoso, o que
foi evidenciado na experiência do presente projeto. Assim, a intervenção reafirma a
necessidade de protocolos locais claros, colocando o idoso como sujeito central do
cuidado e reduzindo as barreiras de acesso a direitos fundamentais.