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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

FUNDO DE DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO LOCAL (FDEL)
Decreto de Criação, Regulamento e
Manual de Procedimentos
Maputo, 14 de Abril de 2025

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FUNDO DE DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO LOCAL (FDEL)
Decreto de Criação, Regulamento e
Manual de Procedimentos

Maputo, 14 de Abril de 2025

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Índice
Decreto n.° 4/2025, de 5 de Março 1

Regulamento do FDEL 1

1. Introdução 5

2. Definição, Objectivos e Princípios 6

3. Competências das Entidades Responsáveis pela Implementação do FDEL 8

4. Critérios de Acesso aos Recursos do FDEL 10

5. Aprovação dos Projectos 14

6. Fiscalização 16

7. Limites para o Financiamento de Projectos e Taxas de Juro 16

8. Monitoria e Avaliação do FDEL 18

9. Operacionalização dos Empréstimos 19

10. Processo de Amortização do Empréstimo (Reembolso) 23

11. Instrumentos de Gestão do FDEL 24

12. Documentos para Constituição do Processo de Empréstimo 26

13. Assistência Técnica e Capacitação 27

14. Obrigações Tributárias 28

15. Sanções e Penalizações 28

16. Considerações Finais 28

17. Anexos 29

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Anexos
i Ficha de Submissão dos Projectos 35

ii. Atestado de Idoneidade 39

iii. Plano de Negócio 41

iv. Ficha de Identificação do Projecto 43

v. Ficha de Análise do Projecto 44

vi. Tabela das Taxas de Juro 47

vii. Contrato de Empréstimo 49

viii. Contrato de Empréstimo 51

ix. Ficha de Acompanhamento do Projecto 53

x. Tabelas de Amortização do Empréstimo 55

xi. Plano de Reembolso 56

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ABREVIATURAS
ADIN Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte
ADEL Agência de Desenvolvimento Económico Local
B.I. Bilhete de Identidade
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital
FDEL Fundo de Desenvolvimento Económico Local
FARE Fundo de Apoio à Reabilitação Económica
IPEME Instituto para a Promoção de Pequenas e Médias Empresas
INEFP Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional
IFPELAC Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo
NUIT Número Único de Identificação Tributária
ONG Organização Não Governamental
PESOE Plano Económico e Social e Orçamento do Estado

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DECRETO E
REGULAMENTO DO FDEL

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1 DECRETO E REGULAMENTO DO FDEL

Quarta-feira, 5 de Março de 2025 I SÉRIE — Número 43

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Art. 5. Havendo recursos sectoriais destinados a financiar


iniciativas de produção, geração de renda e criação de empregos
AVISO
do âmbito do FDEL, estes serão incorporados neste fundo, sem
prejuízo do papel de cada sector na selecção e acompanhamento
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida
em cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde dos projectos.
conste, além das indicações necessárias para esse efeito, o averbamento Art. 6. A tutela sectorial do FDEL é do Ministro que
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim da superintende a área da Planificação e Desenvolvimento, e a
República». financeira é do Ministro que superintende a área das Finanças.
Art. 7. O FDEL será implementado a partir do Plano
Económico e Social e Orçamento do Estado de 2025.
SUMÁRIO Art. 8. O presente Decreto entra em vigor a data da sua
publicação.
Conselho de Ministros:
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 18 de Fevereiro
Decreto n.º 4/2025: de 2025.
Cria o Fundo de Desenvolvimento Económico Local, Publique-se.
abreviadamente designada por FDEL, um mecanismo de A Primeira-Ministra, Maria Benvinda Delfina Levi.
governação descentralizada de incentivo às iniciativas
das comunidades locais no aumento da produção, geração
de renda e criação de emprego e aprova o Regulamento Regulamento do Fundo de Desenvolvimento
do FDEL.
Económico Local
CAPÍTULO I
CONSELHO DE MINISTROS Disposições Gerais
(Natureza, Âmbito, Objecto, Tutela, Princípios e Aloçação)
Decreto n.º 4/2025
ARTIGO 1
de 5 de Março
(Natureza)
Havendo necessidade de impulsionar e dinamizar o
empreendedorismo e o desenvolvimento económico local, nos O Fundo de Desenvolvimento Económico Local,
abreviadamente designado de FDEL, tem a natureza de
domínios da produção, geração de renda e criação de empregos,
conta bancária dedicada, integrada no Tesouro Público, que
ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 82, da Lei n.º 7/2012,
visa impulsionar o empreendedorismo e o desenvolvimento
de 8 de Fevereiro, conjugado com o n.º 4 do artigo 2 do Decreto
económico local, nos domínios da produção, geração de renda e
n.º 41/2018, de 23 de Julho, o Conselho de Ministros decreta:
criação de empregos.
Artigo 1.1. É criado o Fundo de Desenvolvimento Económico
Local, abreviadamente designada por FDEL, um mecanismo ARTIGO 2
de governação descentralizada de incentivo às iniciativas das
(Âmbito)
comunidades locais no aumento da produção, geração de renda
e criação de emprego. O Fundo de Desenvolvimento Económico Local é de âmbito
2. É aprovado o Regulamento do FDEL, em anexo, que é parte nacional e é alocado aos distritos e autarquias para a redução da
integrante do presente Decreto. pobreza nas zonas rurais e às autarquias locais para a redução da
Art. 2. O FDEL tem a natureza de conta bancária pobreza urbana.
dedicada, integrada no Tesouro Público, e visa impulsionar o ARTIGO 3
empreendedorismo e o desenvolvimento económico local.
Art. 3. O FDEL concede financiamento a projectos (Objecto)

economicamente viáveis, à taxa de juro bonificada e reembolsável, O FDEL tem como Objecto:
à cidadãos moçambicanos. a) financiamento de iniciativas empreendedoras para
Art. 4. O FDEL é alocado a cada distrito e autarquia como a produção, geração de renda e criação de empregos
parte do plano económico e social e orçamento anual cujos limites nos distritos e autarquias; e
serão fixados tendo como critérios de ponderação a densidade b) mobilização e alocação de recursos financeiros para
populacional, a extensão territorial e a incidência da pobreza. a promoção da economia local.

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DECRETO E REGULAMENTO DO FDEL 2

158 I SÉRIE — NÚMERO 43

ARTIGO 4 h) transparência e prestação de contas, que consiste na


(Tutela Sectorial)
obrigatoriedade de se publicitar os actos inerentes ao
Fundo; e
1. O FDEL é tutelado sectorialmente pelo Ministro que i) boa-fé, que consiste na actuação, dos Gestores e
superintende a área da Planificação e Desenvolvimento. beneficiários do Fundo, de acordo com as regras e
2. Compete ao Ministro que superintende a área da Planificação valores fundamentais do direito.
e Desenvolvimento:
a
a) estabelecer as directrizes gerais e alinhamento estratégico ARTIGO 7
da Iniciativa;
(Critérios de Alocação)
b) assegurar a mobilização de recursos para o financiamento
das actividades do FDEL; 1. A alocação de recursos do FDEL obedecerá os seguintes
c) em coordenação com os Ministérios que superintendem critérios:
as áreas de Economia e Administração Local, assegurar a) densidade populacional;
a monitoria e avaliação global da iniciativa, garantindo b) extensão territorial; e
o alcance dos resultados previstos; e c) incidência da pobreza.
d) assegurar a participação das partes interessadas, 2. O peso relativo dos critérios e outros elementos a serem
nomeadamente, instituições públicas, privadas e usados na alocação de recursos para as unidades territoriais serão
academia, na implementação do FDEL. matéria a definir em Manual de Procedimentos do FDEL.
3. O Ministro da Planificação e Desenvolvimento pode delegar
a entidades com competência técnica de gestão financeira e de CAPÍTULO II
projectos, a realização de actividades relevantes de gestão e
(Planificação e Fontes de Financiamento)
assistência técnica ao FDEL.
ARTIGO 8
ARTIGO 5
(Planificação e Orçamentação)
(Tutela Financeira)
1. Compete ao Ministério da Planificação e Desenvolvimento
1. A tutela financeira do FDEL é exercida pelo Ministro que assegurar a planificação e fixação dos limites orçamentais anuais
superintende a área das Finanças. do FDEL dos distritos e autarquias locais;
2. Compete ao Ministro que superintende a área das Finanças: 2. O Ministério da Planificação e Desenvolvimento assegura
a) proceder ao controlo do desempenho financeiro do a inclusão da dotação do FDEL no Plano Económico e Social e
FDEL, em especial quanto ao cumprimento dos fins Orçamento do Estado de cada ano.
dos objectivos estabelecidos e quanto à utilização dos 3. O período do exercício económico do FDEL corresponde
recursos alocados para o financiamento dos projectos; ao ano civil.
b) ordenar a realização de inspecções financeiras; e
c) praticar outros actos de controlo financeiro, nos termos do ARTIGO 9
presente Regulamento e demais legislação aplicável.
(Financiamento)
ARTIGO 6
Constituem fontes de financiamento do FDEL:
(Princípios) a) orçamento do Estado, ou de entidades ao Estado
O FDEL rege-se pelos seguintes princípios: vinculadas;
a) legalidade, que consiste na actuação dos gestores do b) reembolsos dos empréstimos concedidos e respectivos
Fundo dentro dos limites e fins dos poderes que lhe juros;
sejam atribuídos por lei; c) recursos provenientes de fontes de financiamento
b) inclusão, que consiste na abrangência de todos os legalmente previstas, internas ou provenientes de
concorrentes ao financiamento, sem qualquer parceiros de cooperação;
discriminação, desde que se enquadrem na natureza e d) valores disponibilizados por instituições filantrópicas;
objectivos do FDEL; e) valores disponibilizados no âmbito da responsabilidade
c) equidade, que consiste na alocação equilibrada e social por projectos de grande dimensão e empresas;
proporcional dos recursos às diferentes unidades f) doações; e
territoriais; g) outras, desde que se identifiquem com as prioridades e
d) viabilidade, que consiste em determinar se existem o objecto do Fundo.
condições objectivas para a materialização com
sucesso do projecto; ARTIGO 10
e) sustentabilidade, que consiste em financiar os projectos (Despesas)
elegíveis, que sejam rentáveis e com a possibilidade
de crescimento do negócio ao longo do tempo; 1. Constituem despesas do FDEL os encargos resultantes
f) rotatividade, que consiste na obrigatoriedade do do exercício das suas finalidades, nomeadamente a assistência
reembolso dos fundos para que possa abranger outros técnica e supervisão.
beneficiários; 2. Uma percentagem de 10% do limite de FDEL fixado no
g) rentabilidade, que consiste na aplicação das receitas Plano Económico e Social e Orçamento do Estado de cada distrito
decorrentes das actividades do Fundo na respectiva ou autarquia será dedicada às despesas relacionadas à assistência
conta; técnica e capacitação dos mutuários.

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3 DECRETO E REGULAMENTO DO FDEL

5 DE MARÇO DE 2025 159

3. Os órgãos centrais e locais podem mobilizar fundos 2. O FDEL financia empreendedores locais seleccionados pela
adicionais de parceiros para cobrir despesas com acções de Comissão de Selecção de Projectos, obedecendo aos requisitos
capacitação e assistência técnica. definidos no presente Regulamento.

ARTIGO 11 ARTIGO 15
(Fiscalização e Supervisão) (Prioridade para Projectos de Jovens)

1. O FDEL está sujeito à fiscalização e auditoria pelo Tribunal 1. Cada distrito ou autarquia dedicará pelo menos 60% dos
Administrativo e pela Inspecção-Geral de Finanças, bem como recursos do FDEL para o financiamento de iniciativas individuais
por outras entidades competentes, nos termos da legislação ou associativas de jovens, homens e mulheres, que satisfaçam
aplicável. os requisitos definidos no artigo 13 do presente Regulamento.
2. A supervisão do FDEL será assegurada pelo Ministro 2. O remanescente, de 40% dos recursos, será alocado projectos
que superitende a área da Planificação e Desenvolvimento, em económicos liderados por mulheres que satisfaçam os requisitos
coordenação com os Ministros que superintendem as áreas da definidos no presente Regulamento.
Economia, Finanças e Administração Local. ARTIGO 16
CAPÍTULO III (Modelo de Financiamento)

(Tipologia, Beneficiários e Modelo de Financiamento) 1. O Fundo de Desenvolvimento Económico Local concede


ARTIGO 12 financiamentos sob forma de empréstimos reembolsáveis às
iniciativas empreendedoras, a taxa de juro bonificado.
(Elaboração dos Projectos) 2. O financiamento deve obedecer a um modelo de
Os projectos do FDEL são elaborados pelos interessados e comparticipação por parte do beneficiário, nos termos a definir.
submetidos ao governo distrital ou conselho autárquico para 3. Os financiamentos concedidos estão sujeitos à aplicação de
apreciação e aprovação obedecendo aos procedimentos de uma taxa de juro bonificada, a ser fixada por Despacho Conjunto
elaboração e aprovação do respectivo Plano Económico e Social dos Ministros que superintendem as áreas de Planificação e
e Orçamento do Estado anual. Desenvolvimento e das Finanças.

CAPÍTULO IV
ARTIGO 13
(Selecção, Aprovação, Assistência Técnica, Monitoria
(Tipo de Projectos)
e Avaliação)
1. O FDEL financia projectos de empreendedores locais, ARTIGO 17
que sejam viáveis, com potencial de dinamizar a economia,
(Comissão de Selecção)
especificamente à produção, criação de empregos e geração de
renda. 1. A selecção e priorização de projectos é feita pela Comissão
2. Os projectos elegíveis ao financiamento pelo FDEL de Selecção de Projectos a nível do Distrito ou Município.
enquadram-se nas seguintes áreas: 2. A Comissão de Selecção de Projectos é aprovada pelo
a) produção e comercialização agrícola, pesqueira e Conselho Consultivo Distrital ou pela Assembleia Municipal,
pecuária; sob proposta do Administrador Distrital ou pelo Presidente do
b) agro-processamento; Conselho Municipal, respectivamente.
c) pequena indústria, comércio geral e serviços; 3. Por forma a assegurar maior transparência no processo de
d) inovação e tecnologia de produção; selecção dos projectos, a Comissão de Selecção de Projectos
e) hotelaria e turismo, restauração e energias renováveis; deverá integrar representantes das áreas económicas do Governo
f) infra-estruturas de apoio à produção e comercialização; Distrital ou Conselho Autárquico, agentes económicos locais,
g) tecnologias de informação e comunicação; e líderes locais, organizações comunitárias de base, instituições
h) outras actividades económicas viáveis, geradoras de académicas e da sociedade civil.
renda e emprego. ARTIGO 18
3. O FDEL prioriza os empreendedores formais locais, ou que
estejam interessados em desenvolver actividades económicas (Aprovação)
formais. Compete ao Governo Distrital ou ao Conselho Autárquico:
a) aprovar os projectos seleccionados pela Comissão de
ARTIGO 14
Selecção de Projectos; e
(Beneficiários) b) submeter a lista de projectos aprovados para o
conhecimento do Conselho Executivo Provincial.
1. O FDEL deverá assistir técnica e financeiramente a
empreendedores rurais e urbanos, com capacidade de transformar ARTIGO 19
ideias em negócios viáveis, tendo em conta as seguintes categorias
(Competências do Governo Distrital ou Conselho Autárquico)
de beneficiários:
a) singulares, em especial jovens e mulheres; Compete ao Governo Distrital ou Conselho Autárquico:
b) associações, cooperativas e outras organizações de base a) analisar e avaliar os pedidos de financiamento,
comunitária; e previamente apreciados pela Comissão de Selecção
c) micro e pequenas empresas de cidadãos moçambicanos. de Projectos;

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DECRETO E REGULAMENTO DO FDEL 4

160 I SÉRIE — NÚMERO 43

b) assegurar o alinhamento da iniciativa com as prioridades f) prestar informação à respectiva Assembleia Provincial
e objectivos de desenvolvimento ao nível local; sobre o ponto de situação da implementação do FDEL
c) fazer o acompanhamento dos projectos aprovados e na província.
garantir a sua efectiva implementação;
ARTIGO 21
d) assegurar que os beneficiários dediquem a totalidade dos
recursos alocados pelo FDEL exclusivamente para o (Assistência Técnica, Monitoria e Avaliação)
projectos aprovados; 1. Compete ao Ministro da Planificação e Desenvolvimento
a
e) identificar e propor projectos prioritários para o aprovar as entidades de reconhecida competência no domínio do
financiamento; objecto do FDEL, para prestar assistência técnica e capacitações
f) monitorar e assegurar a execução do plano de reembolso nas diferentes fases dos projectos.
aprovado para cada projecto; 2. Os órgãos provinciais podem propor ao Ministro da
g) garantir a recepção, registo e contabilização, numa Planificação e Desenvolvimento a designação de entidades que
conta dedicada, dos recursos reembolsados pelos actuam na província, para a prestação de assistência técnica
beneficiários no âmbito dos empréstimos concedidos; aos beneficiários dos projectos do FDEL na respectiva área de
h) elaborar e submeter ao Conselho Executivo Provincial os jurisdição.
3. Compete a entidade designada para a prestação da assistência
planos e relatórios de actividades e contas; e
técnica:
i) facilitar o acesso à informação necessária pelas entidades a) capacitar os mutuários em matérias de gestão de
de assistência técnica no exercício das actividades projectos;
relacionadas com a execução dos projectos aprovados. b) monitorar a implementação dos projectos recomendando
as boas práticas dos actos e procedimentos necessárias
ARTIGO 20 à sua boa gestão;
(Competências do Conselho Executivo Provincial) c) avaliar potenciais riscos do projecto e recomendar
mecanismos da mitigação e garantia da sustentabilidade
Compete ao Conselho Executivo Provincial: dos projectos;
a) supervisionar os órgãos locais na implementação do d) assegurar que os projectos selecionados tenham impacto
FDEL, sem prejuízo da autonomia das autarquias no desenvolvimento económico e social ao nível local; e
locais; e) exercer qualquer outra função ou tarefa que lhe seja
b) assegurar o cumprimento das directrizes e orientações incumbida, nos termos do presente Regulamento.
dos órgãos centrais sobre o FDEL;
ARTIGO 22
c) fazer o acompanhamento dos projectos do FDEL e avaliar
o seu impacto na economia da província; (Implementação)
d) emitir recomendações aos governos locais, visando Compete ao Ministro que superintende a área da Planificação e
corrigir eventuais irregularidades e desvios aos Desenvolvimento aprovar os procedimentos para a implementação
objectivos e princípios do FDEL; do presente Regulamento, em articulação com os Ministros que
e) viabilizar as questões administrativas que visem criar superintendem as áreas das Finanças, Administração Local e
maior celeridade na implementação da iniciativa; e Economia.

Preço — 20,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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MANUAL DE
PROCEDIMENTOS DO FDEL

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 5

1. INTRODUÇÃO
Na perspectiva de promover o desenvolvimento económico local inclusivo e
sustentável, e tendo em vista a construção dos alicerces rumo à independência
económica, tornou-se necessário tomar medidas arrojadas para a criação de
condições para o financiamento de iniciativas produtivas nas zonas rurais e urbanas,
beneficiando em particular os pequenos empreendedores jovens.

Para esse efeito, o Governo criou o Fundo de Desenvolvimento Económico Local


(FDEL), destinado ao financiamento de iniciativas empreendedoras e inovadoras,
constituindo-se como um instrumento de transformação económica e social, ao
beneficiar mais moçambicanos e, por essa via, estimular continuamente a produção,
a geração de renda, emprego e o consumo local. O FDEL será um instrumento
económico e financeiro do Governo que vai contribuir para o combate à pobreza, a
promoção do crescimento económico inclusivo e o empoderamento económico dos
moçambicanos, em particular os jovens.

O FDEL, criado ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 82, da Lei nº 7/2012, de 8


de Fevereiro, conjugado com o nº 4 do artigo 2 do Decreto nº 41/2018, de 23 de
Julho, tem em vista facilitar o acesso aos recursos para investimento por parte da
população que não apresenta o perfil adequado para aceder ao crédito, considerando
o nível de requisitos exigidos pela banca comercial, dando a oportunidade aos
empreendedores locais com potencial para desenvolver as suas iniciativas, de
contribuir para o desenvolvimento económico e social de Moçambique.

Para a operacionalização eficaz deste fundo, foi prevista a elaboração de um conjunto


de instrumentos que deverão orientar a sua implementação, sendo o presente
Manual de Procedimentos, parte integrante.

Assim, constituem principais objectivos do Manual de Procedimentos:

i. Providenciar às entidades gestoras, implementadoras, de assistência técnica


e capacitação aos beneficiários do FDEL, um instrumento contendo as
directrizes para a sua operacionalização e outras e actividades relacionadas
com a implementação da iniciativa;

ii. Fornecer uma visão mais detalhada dos processos que compõem a gestão,
implementação e monitoria do FDEL; e,

iii. Garantir a observância dos preceitos de economia em termos de eficácia e


eficiência na utilização dos recursos públicos.

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6 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Quanto ao seu conteúdo, o manual contempla, para além da definição e objectivos


do FDEL, os critérios (alocação, elegibilidade dos beneficiários e dos projectos),
áreas prioritárias, processo de aprovação, gestão orçamental, contabilística e limites
do Orçamento. Inclui, igualmente, os aspectos relativos à capacitação, monitoria e
avaliação, processo de concessão dos empréstimos, amortização, operacionalização
do fundo, assistência técnica e administrativa, para além das sanções e penalizações
e das obrigações tributárias.

2. DEFINIÇÃO, OBJECTIVOS E PRINCIPIOS

2.1. Fundo de Desenvolvimento Económico Local

O Fundo de Desenvolvimento Económico Local, abreviadamente designado por


FDEL, tem a natureza de conta bancária dedicada, integrada no Tesouro Público, que
visa impulsionar o empreendedorismo e o desenvolvimento económico local, nos
domínios da produção, geração de renda e criação de empregos.

2.2. Objectivo do FDEL

O FDEL tem como objectivos:

a) financiar iniciativas empreendedoras para a produção, criação de empregos e


geração de renda nos distritos e autarquias;

b) mobilizar, alocar e gerir de forma eficiente os recursos financeiros para a


promoção da economia local.

2.3. O FDEL rege-se pelos seguintes princípios:

a) legalidade, que consiste na actuação dos Gestores do Fundo em obediência


à lei, dentro dos limites e fins dos poderes que lhe sejam atribuídos por lei;

b) inclusão, que consiste na abrangência de todos os concorrentes ao


financiamento, sem qualquer discriminação, desde que se enquadrem na
natureza, objectivos e requisitos exigidos pelo FDEL;

c) equidade, que consiste na alocação equilibrada e proporcional dos recursos


às diferentes unidades territoriais e potenciais mutuários;

d) viabilidade, que consiste em determinar se existem condições objectivas


para a materialização com sucesso do projecto;

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 7

e) sustentabilidade, que consiste em financiar os projectos elegíveis, que sejam


rentáveis com a possibilidade de crescimento do negócio ao longo do tempo;

f) rotatividade, que consiste na obrigatoriedade do reembolso dos fundos para


que possam abranger outros beneficiários;

g) rentabilidade, que consiste na aplicação das receitas decorrentes das


actividades do Fundo em projectos de impacto na economia local;

h) transparência e prestação de contas, que consiste na obrigatoriedade de se


publicitar os actos inerentes ao Fundo;

i) boa-fé, que consiste na actuação, dos Gestores e beneficiários do Fundo, de


acordo com as regras e valores fundamentais do direito.

Três características chave sobre o FDEL:

i. Todo o cidadão Moçambicano é elegível desde que apresente um projecto


económico viável e assuma o compromisso de reembolsar o valor
recebido;

ii. Jovens empreendedores terão prioridade, e os juros serão bonificados; e,

iii. O impacto positivo do projecto é vital para a sustentabilidade da iniciativa


(capital semente).

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8 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

3. COMPETÊNCIAS DAS ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA IMPLEMENTAÇÃO


DO FDEL

3.1. Governo Distrital e Conselho Autárquico


Compete ao Governo Distrital ou Conselho Autárquico:

a) analisar e avaliar os pedidos de financiamento previamente apreciados pela


Comissão de Selecção de Projectos;

b) assegurar o alinhamento da iniciativa com as prioridades e objectivos de


desenvolvimento ao nível local;

c) identificar os projectos prioritários para o financiamento, tendo em conta o


seu mérito e potencial impacto para a economia local;

d) fazer o acompanhamento dos projectos aprovados e garantir a sua efectiva


implementação;

e) assegurar que os beneficiários dediquem a totalidade dos recursos alocados


pelo FDEL exclusivamente para os projectos aprovados;

f) monitorar e assegurar a execução do plano de reembolso aprovado para cada


projecto;

g) garantir a recepção, registo e contabilização, numa conta dedicada, dos


recursos reembolsados pelos beneficiários no âmbito dos empréstimos
concedidos;

h) elaborar e submeter ao Conselho Executivo Provincial os planos e relatórios


de actividades e contas;

i) facilitar o acesso à informação necessária pelas entidades de assistência


técnica no exercício das actividades relacionadas com a execução dos
projectos aprovados.
3.2. Conselho Executivo Provincial
Compete ao Conselho Executivo Provincial:

a) assegurar o cumprimento das directrizes e orientações dos órgãos centrais


sobre o FDEL;

b) supervisionar os órgãos locais na implementação do FDEL, sem prejuízo da


autonomia das autarquias locais.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 9

c) fazer o acompanhamento dos projectos do FDEL e avaliar o seu impacto na


economia da província;

d) emitir recomendações aos governos locais visando corrigir eventuais


irregularidades e desvios aos objectivos e princípios do FDEL;

e) viabilizar as questões administrativas que visem criar maior celeridade na


implementação da iniciativa;

f) prestar informação à respectiva Assembleia Provincial sobre o ponto de


situação da implementação do FDEL na província.

3.3. Nível Central


Compete ao Ministério que superintende a área da Planificação e Desenvolvimento:

a) estabelecer as directrizes gerais e o alinhamento estratégico sobre a gestão


e implementação do FDEL;

b) assegurar a mobilização de recursos para o financiamento das actividades


do FDEL;

c) em coordenação com os Ministérios que superintendem as áreas de Finanças,


Economia e Administração Local, assegurar a monitoria e avaliação global da
iniciativa, garantido o alcance dos resultados previstos;

d) assegurar a participação das partes interessadas, nomeadamente instituições


públicas, privadas e académicas na implementação do FDEL;

e) Avaliar as entidades com competência técnica em matérias de gestão


financeira e de projectos, bem como de literacia financeira, que possam
participar na realização de actividades relevantes de gestão, capacitação e
assistência técnica ao FDEL;

f) Estabelecer uma plataforma digital de gestão global do FDEL, para


disponibilizar informação sobre os projectos, em particular a alocação,
execução, reembolsos, monitoria e avaliação do FDEL.

A plataforma digital, a ser gerida a nível central, permitirá: (i) Ter informação
sobre a situação dos beneficiários em tempo útil; (ii) Gerar relatórios de
desempenho do FDEL em diversas categorias de análise; (iii) Tomar decisões
atempadas visando a eficiência e eficácia na gestão e implementação do FDEL.

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10 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

4. CRITÉRIOS DE ACESSO AOS RECURSOS DO FDEL

Os distritos ou autarquias beneficiarão de sessenta por cento dos recursos do FDEL


para o financiamento de iniciativas individuais ou associativas de jovens, homens e
mulheres, e os remanescentes quarenta por cento dos recursos serão priorizados
projectos económicos liderados por mulheres, que satisfaçam os requisitos
definidos.

A alocação e acesso aos recursos do FDEL é determinado por um conjunto de critérios


aplicáveis ao (i) Perfil das Unidades territoriais, (ii) Proponentes dos projectos, (iii)
Tipos de projectos, conforme é descrito a seguir.

4.1, Critérios de Alocação de Recursos

A alocação de recursos por cada unidade territorial (Distrito e Autarquia), terá em


conta os seguintes elementos:
> População - 50%;
> Índice de pobreza multidimensional - 30%;
> Extensão do território - 20%;

4.2. Critério de Elegibilidade dos Beneficiários

Os critérios de elegibilidade dos beneficiários são os seguintes:

a) Para Indivíduos
i. Possuir nacionalidade moçambicana;
ii. Possuir BI e NUIT;
iii. Não ser devedor de algum fundo público (FARE, FDD, etc.);
iv. Ser residente na unidade territorial onde pretende implementar o projecto,
confirmado pelas autoridades locais;
v. Ter idade não inferior a 18 anos.
vi. Critério facultativo: mutuários que já tenham experiência de desenvolver
uma actividade económica versus iniciantes.

b) Para Cooperativas/Associações
i. Ser constituída por cidadãos nacionais;
ii. Possuir NUIT;
iii. Não ser devedor de algum fundo público (FARE, FDD, etc.);

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 11

iv. Estar legalmente registada e com uma estrutura de organização e gestão


consolidada;
v. Os membros devem ser residentes na unidade territorial onde se pretende
implementar o projecto e com a residência confirmada pelas autoridades
locais;
vi. Critério prioritário: mutuários que tenham já experiência em desenvolver
negócios.

c) Para Micro e Pequenas Empresas


i. Ser constituídas por cidadãos nacionais;
ii. Possuir NUIT;
iii. Não ser devedor de algum fundo público (FARE, FDD, etc.);
iv. Estar legalmente registada e com uma estrutura de organização e gestão
funcional; e
v. Funcionar na unidade territorial onde se pretende implementar o projecto e
com a residência confirmada pelas autoridades locais.

Os fundos beneficiam todas as pessoas, incluindo os grupos vulneráveis (ex:


viúvas, mulheres grávidas, iletrados) e pessoas com deficiência, desde que
observem os requisitos estabelecidos.

A Comissão de Selecção de Projectos, na verificação da documentação exigida,


deve ponderar sobre aquela que poderá ser prescindível, sem prejuízo das
regras estabelecidas para o acesso ao financiamento.

Compete às autoridades locais:


> Flexibilizar e apoiar os beneficiários na obtenção do NUIT.
> Criar mecanismos para tornar célere o registo e legalização das
Cooperativas/Associações.

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12 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

4.3. Critério de Elegibilidade de Projectos

No âmbito do FDEL são financiáveis as iniciativas que concorram para o aumento


da produção, geração de renda e criação de emprego permanente e/ou sazonal,
direccionado prioritariamente para a produção de alimentos, geração de empregos
e renda e para emponderar os empreendedores nacionais.

Os projectos elegíveis devem estar estritamente orientados para o desenvolvimento


económico local, com impacto no combate à pobreza, geração de renda e criação
de empregos, devendo estar alinhados com as estratégias de desenvolvimento
territoriais.

Os projectos devem ser propostos por indivíduos, cooperativas/associações e micro


e pequenas empresas locais.

Os projectos financiados devem obrigatoriamente ser implementados na


unidade territorial onde são propostos.

4.3.1. Projectos Prioritários

Consideram-se como projectos prioritários os seguintes:

a) Agricultura: Produção e comercialização agrícola, Infra-estruturas de apoio à


produção e/ou comercialização, Inovação e tecnologias de produção;

b) Pecuária: produção de animais de pequeno porte, Avicultura;

c) Agro – processamento: moageiras, e maquinetas de processamento de


produtos agrícolas (cana-de-açucar, frutas, amendoim, coco, piri-piri, mel,
etc.);

d) Pescas: Piscicultura, aquacultura;

e) Indústria, Comércio e Serviços: artes criativas, comércio geral, estaleiros,


empreiteiros locais, transporte de pequeno porte, tracção animal, carpintaria,
alfaiataria, reprografia, internet café, entre outros ofícios geradores de renda
e emprego; e

f) Turismo: Hotelaria, Turismo e Restauração.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 13

As entidades de gestão do FDEL (do Distrito e Autarquia) poderão autorizar o


financiamento a outros projectos económicos que não constam da lista acima,
desde que sejam projectos económicos viáveis e estejam alinhados com a
estratégia de desenvolvimento dos territórios.

4.3.2. Projectos de Geração de Emprego

Os projectos de geração de emprego são todas as iniciativas que concorrem para


a criação de empregos sazonais e/ou permanentes, postos de trabalho e geração
da renda dos indivíduos, das famílias, das cooperativas/associações e das micro e
pequenas empresas locais.

4.3.3. Projectos de Promoção da Produção e da Produtividade


Os projectos de produção de alimentos são todas as iniciativas cuja natureza final é o
incremento sustentável dos níveis de produção e produtividade, aprovisionamento
de sementes melhoradas, fertilizantes, instrumentos de produção, insumos de
pesca, conservação e armazenamento dos produtos alimentares, mediante o uso
de tecnologias melhoradas e adequadas à realidade local.

Outros projectos podem ser financiados, em áreas económicas como mineração


artesanal, apicultura, produção de frutas, entre outras, que permitam o incremento
da produção e da produtividade.

4.3.4. Projectos Não Recomendados


A lista indicativa de projectos não elegíveis, apresentada na tabela 1, é constituída
por uma relação de projectos considerados não recomendados e, por isso, não
elegíveis para o financiamento através dos recursos do FDEL. Trata-se de uma lista
dinâmica que poderá ser revista periodicamente para acréscimos ou supressões.

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14 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Tabela 1 - Lista Indicativa de Projectos Não Elegíveis

Lista Indicativa de Projectos Não Elegíveis


Produção de bebidas alcoólicas e tabaco

Bolsas de estudo
Construção de infraestruturas sociais (postos de saúde, escolas, residências, estradas,
igrejas, etc.)
Reuniões, seminários e workshops

Aquisição de mobiliário

Kits para caça

Materiais de informação e propaganda

Aquisição de vestuário para uso dos beneficiários, fardamento e outros produtos afins

5. APROVAÇÃO DOS PROJECTOS

O processo de aprovação de projectos financiáveis pelo FDEL obedece aos seguintes


critérios:

a) Projectos identificados como sendo economicamente viáveis e de benefício


às comunidades, e priorizados pela Comissão de Selecção de Projectos;

b) Projectos aprovados pelas entidades locais (Distritos e Autarquias).

Por forma a assegurar maior transparência do processo de selecção dos


projectos, a Comissão de Selecção de Projectos deverá integrar representantes
das áreas económicas do governo distrital ou conselho autárquico (5), agentes
económicos locais (2), líderes locais (2), organizações comunitárias de base (1),
instituições académicas (1) e da sociedade civil (2).

As deliberações da Comissão de Selecção de Projectos serão tomadas com a


participação de pelo menos 09 (nove) membros presentes.

No caso de ausência devidamente justificada, os membros da Comissão de Selecção


de Projectos serão representeados pelos suplentes indicados no acto da constituição
da comissão.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 15

GESTÃO ORÇAMENTAL E CONTABILÍSTICA

5.1. Gestão Orçamental

Os recursos do FDEL são aprovados no quadro do PESOE anual e aplicados de acordo


com a regulamentação específica emanada por instituições vocacionadas (MPD e
MF).

5.2. Gestão Contabilística


Compete ao Administrador do Distrito e ao Presidente do Conselho Autárquico, na
qualidade de gestor do FDEL, solicitar a abertura de duas (2) contas, sendo uma
de financiamento e outra de reembolso, à área que representa o Ministério das
Finanças a nível provincial.
As contas outrora tituladas pelo Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) passam
para o FDEL, devendo ser actualizadas as respectivas denominações, não havendo
necessidade, neste caso, de abrir novas contas.
A transferência dos recursos será feita pelo Ministério das Finanças para uma conta
específica do financiamento dos projectos numa única parcela, no início do exercício
económico.

a) Conta Específica para Financiamento de Projectos


Esta conta movimenta os recursos provenientes de transferências do tesouro
público, destinados ao financiamento dos projectos.

b) Conta Específica para os reembolsos dos empréstimos


Esta conta movimenta os recursos provenientes dos reembolsos dos empréstimos,
efectuados pelos beneficiários e os respectivos juros.

5.3. Gestão e titularidade de bens e valores do FDEL


Todos os bens adquiridos para os beneficiários são propriedade do FDEL, enquanto
não se saldar a respectiva dívida.

Todos os valores reembolsados e por reembolsar pelos beneficiários dos projectos


financiados pertencem ao FDEL, devendo ser depositados na conta específica para
os reembolsos dos empréstimos.

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16 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

6. FISCALIZAÇÃO

As contas relativas a cada exercício económico são auditadas pela Inspecção Geral
de Finanças.

7. LIMITES PARA O FINANCIAMENTO DE PROJECTOS E TAXAS DE JURO


Os limites para o financiamento no âmbito do FDEL variam segundo o sector de
actividade e o tipo de beneficiário (indivíduos, cooperativas/associações e Micro e
Pequenas Empresas), de acordo com a tabela a seguir.

Tabela 2: Limites de Financiamento por Sector

Limite de Financiamento (103 Meticais)

Cooperativas/ Micro e Pequenas


N.O Sector Indivíduos
Associações Empresas

Mínimos Máximos Mínimos Máximos Mínimos Máximos

1. Agricultura 20 200 100 300 150 500

2. Pecuária 50 200 100 300 150 450

3. Avicultura 50 200 100 350 100 500

4. Agro-processamento 50 300 150 300 150 500

5. Pesca 50 250 150 350 150 450

6. Piscicultura 50 250 150 350 150 450

7. Indústria 50 250 150 350 150 500

8. Comércio 25 200 75 300 100 400

9. Serviços 25 200 75 300 100 500

Hotelaria, Turismo e
10. 50 200 100 350 150 500
Restauração

O período máximo para a amortização do empréstimo, assim como os respectivos


períodos de graça, por tipo de projecto, serão aprovados juntamente com a
tabela das taxas de juro, e serão parte integrante do contrato a ser assinado
entre o FDEL e os beneficiários.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 17

Tabela 3 – Taxa de Juro, Período de Graça e Prazo de Reembolso

N.O Sector Taxa de Juro Período de Graça Prazo de Reembolso

1. Agricultura 5% 6 meses 18 meses

2. Pecuária 5% 6 meses 24 meses

3. Avicultura 5% 3 meses 12 meses

4. Agro-processamento 5% 3 meses 24 meses

5. Pesca 5% 6 meses 18 meses

6. Piscicultura 5% 6 meses 24 meses

7. Indústria 5% 6 meses 18 meses

8. Comércio 5% 2 meses 12 meses

9. Serviços 5% 2 meses 18 meses

Turismo, hotelaria e
10. 5% 6 meses 24 meses
restauração

A taxa de juro está sujeita a uma revisão periódica sem efeitos retroactivos e
será fixada mediante despacho conjunto dos Ministros que superintendem as
áreas de Planificação e Desenvolvimento e das Finanças.

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18 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

8. MONITORIA E AVALIAÇÃO DO FDEL

A monitoria e avaliação do FDEL consiste no acompanhamento da execução do FDEL


e da implementação dos projectos.

A monitoria cobrirá os três níveis, designadamente distrital e autárquico, provincial


e central, como a seguir se apresenta:

A nível do Distrito e Autarquia: a este nível deve ser feito um acompanhamento


permanente aos projectos financiados, de forma a verificar-se o ponto de
situação, principais constrangimentos e propor medidas para a sua solução.
A monitoria deverá envolver os membros do Conselho Consultivo Distrital,
da Comissão de Selecção dos Projectos e outras instituições relevantes,
baseadas no distrito e na autarquia.

A nível da Província: a monitoria e avaliação deve ser feita por equipas do


Conselho Executivo Provincial e, para casos específicos, poderá envolver
outros sectores relevantes e especializados para prestar assistência aos
beneficiários nas matérias que forem solicitadas. Este tipo de monitoria
deverá ser feita trimestralmente e, em casos excepcionais, quando solicitada
pelas entidades locais.

A nível Central: a monitoria e avaliação será feita por equipas constituídas por
quadros dos Ministérios da Planificação e Desenvolvimento e das Finanças,
sendo que, em caso de pertinência, poderão ser integrados outros sectores
relevantes. Este tipo de monitoria deverá ser feita trimestralmente e, em
casos excepcionais, quando solicitada pelas entidades locais visando aferir
dados constantes dos relatórios de desempenho.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 19

9. OPERACIONALIZAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS

A operacionalização dos empréstimos inicia com a submissão do pedido de


financiamento e prossegue até a conclusão da amortização do empréstimo, e passa
por várias fases, nomeadamente:
9.1. Instrução do Processo
A instrução do processo é o mecanismo através do qual se determina a viabilidade
económica, social e ambiental do projecto e a idoneidade do proponente, para uma
melhor análise e tomada de decisão sobre o projecto submetido.

Para a instrução do processo de pedido do empréstimo, o proponente deverá


apresentar o pedido de financiamento e o respectivo plano de negócio, acompanhado
de:

> NUIT e Fotocópia de B.I ou outro documento válido, para o caso de


solicitações por indivíduos;

> Documentação comprovativa de que o proponente reúne as condições dos


critérios de elegibilidade definidas neste manual;

> Parecer das autoridades locais.

Antes da aprovação do projecto, a Comissão de Selecção de Projectos realizará


uma visita ao local de implementação do projecto para o levantamento das
informações relevantes para a análise e a tomada de decisão. A visita ao local
de implementação do projecto é muito importante porque permite confrontar
os dados e a informação fornecida com a realidade, e para ter em conta a
experiência anterior do empreendedor.

9.2. Operacionalização do Pedido de Empréstimo

A recepção do pedido de empréstimo marca o início do processo. Na operacionalização


do pedido de empréstimo estão envolvidos os seguintes intervenientes:

i. O proponente;

ii. A Comissão de Selecção de Projectos;

iii. As Autoridades do Distrito ou da Autarquia.

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20 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

O proponente é a pessoa singular ou colectiva que solicita o empréstimo.

A Comissão de Selecção de Projectos é a unidade que tem a responsabilidade de


interagir com os proponentes, fornecendo toda a informação necessária para a
instrução do processo de pedido de empréstimo e apoiar os proponentes no que for
necessário. Deste modo, as tarefas acometidas à esta Comissão são as seguintes:

i. Assegurar a correcta implementação das actividades do FDEL;

ii. Assegurar a tramitação e análise dos pedidos de empréstimo;

iii. Emitir pareceres a serem submetidos ao Administrador Distrital ou


Presidente do Conselho Autárquico;

iv. Elaborar os contratos de crédito aprovados para assinatura pelos


intervenientes no processo;

v. Garantir o cumprimento dos contratos;

vi. Fazer o acompanhamento, supervisão e monitoria dos projectos


financiados;

vii. Fazer a gestão da carteira de crédito;

viii. Propor alterações ao Manual de Procedimentos e submeter às entidades


competentes;

ix. Propor a tomada de medidas atempadas em relação aos projectos em


risco;

x. Apresentar regularmente os relatórios financeiros de carteira de crédito,


do impacto do projecto e da actividade em geral;

xi. Garantir a capacitação dos mutuários ou beneficiários do financiamento.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 21

A selecção e priorização de projectos é feita pela Comissão de Selecção de


Projectos a nível do Distrito ou Autarquia.

A Comissão de Selecção de Projectos é aprovada pelo Governo do Distrito ou


pela Assembleia Municipal.

Para assegurar maior transparência do processo de selecção dos projectos, a


Comissão de Selecção de Projectos deverá integrar representantes das áreas
económicas do governo distrital ou conselho autárquico, agentes económicos
locais, líderes locais, organizações comunitárias de base, instituições
académicas e da sociedade civil.

A Comissão de Selecção de Projectos é constituída por membros permanentes


e suplentes, indicados por cada órgão.

A Comissão de Selecção de Projectos tem um papel importante no


aconselhamento e na preparação do expediente a ser submetido ao Governo do
Distrito ou Conselho Autárquico.

Compete ainda à Comissão de Selecção de Projectos, após a recepção dos


documentos:

i. Registar a recepção da documentação;

ii. Abrir o processo individual do proponente ou da Cooperativa / Associação;

iii. Verificar se toda a documentação exigida está completa, e fazer a verificação


da sua autenticidade.

A implementação do projecto obedece a um cronograma pré-estabelecido, a


tramitação do processo deve ser realizada com celeridade e de forma a não
comprometer a execução do plano anual de actividades.

Outro aspecto a ter em conta neste processo, é o sigilo profissional, o qual deve ser
observado com todo o rigor e sentido ético.

Verificando-se a falta de alguma documentação, a Comissão de Selecção de Projectos


deverá solicitar ao proponente a correcção da situação, num prazo de 10 dias úteis,
dentro do mesmo exercício económico. No caso em que o processo estiver em
conformidade com o exigido, prossegue-se para a fase seguinte, conforme descrito
adiante.

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22 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Antes da submissão do pedido de empréstimo, para a tomada de decisão pelo


Governo do Distrito ou Conselho Municipal, a Comissão de Selecção de Projectos
deverá proceder à análise e avaliação do pedido e produzir uma informação proposta
com um parecer claro, a ser submetido ao Administrador Distrital ou ao Presidente
do Conselho Autárquico, que em termos gerais comporta:

i. A análise dos documentos;

ii. A análise da viabilidade do projecto;

iii. A análise da relevância e do impacto do projecto para as comunidades;

iv. A análise do risco.

O Governo Distrital ou a Assembleia Municipal aprecia e toma a decisão (aprovação


ou não) sobre os pedidos de empréstimo submetidos e verifica a consistência e
alinhamento dos projectos com as Estratégias de Desenvolvimento Territoriais.

O Governo do Distrito e o Conselho Autárquico são assistidos pela Comissão


de Selecção de Projectos.

9.3. Aprovação do Pedido de Empréstimo


Quando o pedido de empréstimo é submetido à aprovação, duas situações podem
ocorrer:

i. O pedido de empréstimo é aprovado;

ii. O pedido é indeferido.

A deliberação sobre os pedidos de empréstimo deverá ser comunicada pela Comissão


de Selecção de Projectos, aos proponentes, independentemente do pedido ter sido
aprovado ou indeferido.

No caso da aprovação, o proponente deverá ser comunicado num prazo máximo de


20 dias, para assinatura do contrato de concessão do empréstimo ou informação
sobre a data da assinatura do contrato.

Em ambas as situações, deverão ser abertos os processos individuais onde será


arquivada a documentação relacionada com os projectos submetidos.

A Comissão de Selecção de Projectos deverá ter e manter actualizada uma base de


dados dos projectos aprovados.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 23

Após a assinatura do contrato, deverá seguir-se o desembolso dos recursos para a


implementação do projecto, num prazo que não exceda os 30 dias.

9.4. Processo de Concessão de Empréstimo


A disponibilização dos fundos de empréstimo aos beneficiários depende do
cronograma de desembolsos apresentado pelo beneficiário e aprovado pela
Comissão de Selecção de Projectos.

Os fundos deverão ser disponibilizados através de cheque ou transferência bancária


para uma conta indicada pelo beneficiário.

9.5. Processo de Execução do Projecto Financiado


A execução do projecto deve começar até 30 dias após a recepção dos fundos, e
deverá obedecer ao cronograma apresentado no acto da submissão do projecto.

Qualquer alteração ao cronograma inicial de actividades, deverá ser devidamente


justificada e aprovada pela Comissão de Selecção de Projectos.

Os fundos do FDEL deverão ser usados exclusivamente para custear as despesas


relacionadas com o projecto aprovado.

10. PROCESSO DE AMORTIZAÇÃO DO EMPRÉSTIMO (REEMBOLSO)


O processo de reembolso inicia imediatamente após o término do período de graça
e deve ser feito tendo em conta o estipulado na tabela de reembolso anexa ao
contrato de empréstimo.

10.1. Mecanismo de Reembolso


Os beneficiários dos recursos do FDEL deverão, dentro dos prazos acordados para
amortização da dívida, fazê-lo por depósito, transferência bancária para uma conta
previamente indicada pelo FDEL e entrega do comprovativo à entidade gestora do
FDEL (Sector de Contabilidade e/ou Administração e Finanças).

Em contrapartida, o FDEL deverá, para todas as formas de reembolso, emitir e


entregar ao beneficiário um documento que confirma a recepção do valor em causa.

Após a conclusão da amortização total do valor do empréstimo, o FDEL deverá


emitir e entregar ao beneficiário a respectiva certidão de quitação.

O período de amortização da dívida poderá ser renegociado pelo beneficiário junto


ao FDEL, quando houver ocorrência de factores externos não controláveis pelo
beneficiário (ex. calamidades naturais) e confirmados pelas Autoridades Locais.

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24 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

No caso do não cumprimento dos prazos estabelecidos, deverá ser accionado o


mecanismo legal de acordo com o estabelecido no contrato.

Ao beneficiário que não cumprir integralmente com o estipulado no contrato de


empréstimo, serão aplicadas as seguintes medidas:

i. Encaminhar aos órgãos competentes (no caso de não haver acordo);

ii. Comunicar a outros fundos similares que operam no distrito/autarquia (ou


província);

iii. Retirar o bem financiado após a decisão do órgão competente.

Em caso de morte ou incapacidade permanente do beneficiário, e não havendo


herdeiros com capacidade de cumprir o contrato, o assunto deverá ser encaminhado
e deliberado ao nível do Governo do Distrito ou Conselho Autárquico.

10.2. Gestão da Dívida Anterior ao FDEL

Todos os beneficiários de fundos públicos que ainda não devolveram parcial ou


integralmente os recursos atribuídos pelo Estado, devem proceder à devolução dos
valores em dívida, de acordo com o plano estabelecido, sob pena de lhes serem
aplicadas medidas sancionatórias.

11. INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO FDEL

11.1. Plano Anual de Actividades e Orçamento

O Plano Anual de Actividades e Orçamento é o documento onde consta o seguinte:

i. Carteira de projectos a financiar em cada ano;

ii. Previsão das metas físicas a alcançar nos projectos a financiar;

iii. Previsão de recursos financeiros a serem utilizados e as respectivas fontes


de financiamento;

iv. Previsão dos reembolsos a serem efectuados pelos beneficiários; e

v. Sumário do impacto sócio-económico da carteira dos projectos a financiar.

O Plano Anual de Actividades e Orçamento é elaborado pela Comissão de Selecção


de Projectos e aprovado pelo Governo do Distrito ou Conselho Autárquico. O Plano
deve ser preparado no último trimestre de cada ano e, após a aprovação pelo Governo
do Distrito ou Assembleia Autárquica, é remetido a conhecimento do Governador
Provincial.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 25

11.1. Relatório de Actividades e Financeiro

O Relatório de Actividades e Financeiro permite fazer uma avaliação do desempenho


do FDEL e deve ser submetido trimestral, semestral e anualmente. Neste relatório
deve constar:

i. Orçamento global do período e as respectivas fontes de financiamento;

ii. Valor executado;

iii. Reembolsos recebidos;

iv. Número e tipo de projectos recebidos, aprovados e financiados, com a


indicação do ponto de situação sobre a sua implementação;

v. Lista de projectos malparados e respectivos montantes, número de


beneficiários, indicando se indivíduos ou cooperativa/associação, homens,
mulheres e jovens;

vi. Constrangimentos identificados no processo de implementação do FDEL,


assim como as soluções propostas.

O Relatório de Actividades e Financeiro é elaborado pela Comissão de Selecção de


Projectos e deverá ser submetido ao Governo do Distrito ou Conselho Autárquico,
para aprovação até 20 (vinte) dias do mês imediatamente a seguir ao período a
reportar.

O Relatório de Actividades e Financeiro deverá ser acompanhado pela ficha


resumo do progresso dos projectos

11.3. Ficha Resumo do Progresso dos Projectos


A ficha resumo do progresso dos projectos permite visualizar o ponto de situação
da implementação do FDEL por Distrito e Autarquia, num determinado período.
Esta ficha permite fazer uma avaliação sobre o montante alocado a um determinado
Distrito ou Autarquia, valor executado, total de projectos aprovados e financiados,
o ponto de situação dos reembolsos e os resultados dos projectos financiados,
incluindo os seus impactos.

11.4. Plano de Reembolso


O plano de reembolso é elaborado pela Comissão de Selecção de Projectos do FDEL,
apresentando a previsão dos reembolsos dos empréstimos efectuados, a vários
níveis (localidade, posto administrativo, distrito e província).

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26 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

12. DOCUMENTOS PARA CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO DE EMPRÉSTIMO

O processo de empréstimo por cada beneficiário financiado deve ser constituído


pelos seguintes documentos, os quais deverão ser devidamente arquivados.

12.1. Ficha de Submissão dos Projectos


Esta ficha é preenchida pelo beneficiário para a solicitação de financiamento ao FDEL.

12.2. Atestado de Idoneidade


Serve para atestar a idoneidade do candidato ao FDEL, e é emitida pela Autoridade
Local da sua residência.

12.3. Plano de Negócio


Este plano apresenta a ideia do negócio, avaliando os recursos necessários, mercado
e eventuais riscos que poderão pôr em causa o referido negócio.

12.4. Ficha de Identificação do Projecto


A ficha de identificação do projecto, a ser preenchida pela Comissão de Selecção de
Projectos, permite apresentar a ideia do projecto proposto e contém a identificação
do beneficiário, classificação do projecto por sector de actividade, características do
projecto, número de empregos a criar e duração do projecto.

12.5. Ficha de Análise do Projecto


A Ficha de análise do projecto permite fazer uma análise preliminar do projecto, a
idoneidade do proponente, avaliação geral sobre a colocação do produto no mercado
e os aspectos económicos relacionados com a viabilidade do projecto.

12.6. Contrato de Empréstimo


O Contrato de empréstimo visa estabelecer um vínculo jurídico entre o FDEL e o
beneficiário, definindo o objecto do mesmo, os direitos e obrigações para ambos
os intervenientes, e o desembolso. Ao contrato é anexado o plano de amortização
do empréstimo, no qual está reflectido o valor a pagar em cada prestação e o
número de prestações a serem pagas pelo beneficiário até a amortização integral
do empréstimo.

Somente após a assinatura do contrato é que os recursos financeiros programados


poderão ser desembolsados aos beneficiários.

Antes da assinatura do contrato, o beneficiário deverá ser informado das condições


do contrato, prazos de execução e reembolso, valores a serem amortizados
e outros aspectos com vista a um melhor esclarecimento, permitindo tirar todas as
possíveis dúvidas.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 27

Após a assinatura do contrato, uma cópia deve ser entregue ao mutuário.

12.7. Ficha de Acompanhamento do Projecto


A ficha de acompanhamento do projecto, a ser preenchida pela Comissão de
Selecção de Projectos durante as visitas periódicas, visa conhecer o ponto de
situação do projecto financiado na data em que o mesmo é visitado. Esta ficha
permite aferir o número de trabalhadores (permanentes e sazonais), a situação geral
do equipamento, situação do mercado dos produtos, volume da produção e de
vendas, situação da dívida e seu impacto.

12.7. Tabela de Amortização do Empréstimo


Permite visualizar os montantes mensais e anuais a serem reembolsados pelo
beneficiário. Esta ficha é parte integrante do contrato de empréstimo.

13. ASSISTÊNCIA TÉCNICA E CAPACITAÇÃO


A assistência técnica ao Fundo de Desenvolvimento Económico Local é assegurada
pelo Conselho Executivo Provincial e outras instituições especializadas do Governo
Distrital ou do Conselho Autárquico.

De acordo com a sua natureza, as instituições de pesquisa, fundos de fomento


tutelados pelo Estado na sua área de especialização (ex: FARE, Agências de
Desenvolvimento Económico Local, Agência do Zambeze, ADIN, INEFP, IFPELAC,
IPEME) a operar no Distrito ou Autarquia, podem prestar assistência técnica ao FDEL.

As instituições privadas, associações, organizações não-governamentais e outros


grupos profissionais organizados podem prestar assistência técnica e capacitação,
desde que solicitados pelo Governo do Distrito ou Autarquia.

O Fundo de Desenvolvimento Económico Local articula as suas acções com os


demais fundos públicos existentes no Distrito ou Autarquia.

É papel das autoridades de nível Central, Provincial, Distrital e Autarquias, em


articulação com outros parceiros de desenvolvimento local, como o sector
privado, ONG’s, Academia e sociedade civil, providenciar adequada capacitação
aos beneficiários.

MANUAL DE PROCEDIMENTOS FINAL.indd 35 2025/06/02 14:12


28 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

14. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

O Fundo de Desenvolvimento Económico Local e os projectos por ele financiados,


estão sujeitos a obrigações tributárias e taxas em conformidade com a legislação
aplicável.

15. SANÇÕES E PENALIZAÇÕES

Todo o funcionário interveniente no processo de gestão do FDEL, à todos os


níveis de implementação, que desviar o dinheiro destinado ao financiamento de
iniciativas empreendedoras, para fins ilícitos ou contrários aos objectivos do FDEL,
será penalizado nos termos da lei vigente sobre o desvio de fundos do Estado, o que
poderá resultar em prisão e ressarcimento ao Estado.
Ao mutuário que fizer o desvio da aplicação, ou seja, que aplicar os fundos concedidos
numa iniciativa diferente da qual se propôs a implementar no acto do pedido de
empréstimo, ou que use indevidamente o valor de crédito, que venha a comprometer
a implementação do projecto e o reembolso, incorre a sanções que vão desde penhora
e hipoteca de bens, multas, juros de mora, e impedimento de aceder à empréstimos
futuros provenientes de fundos públicos, entre outras penalizações previstas na lei.
Acresce-se as penalizações, a suspensão dos valores das parcelas em falta, em caso
de não cumprimento do contrato e encaminhamento aos órgãos competentes, e
comunicação a outros fundos similares que operam no Distrito ou na Autarquia.

16. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Todas as dúvidas e omissões resultantes da implementação do presente manual
serão esclarecidas em despacho conjunto dos Ministros que superintendem as áreas
de Planificação e Desenvolvimento e Finanças.

MANUAL DE PROCEDIMENTOS FINAL.indd 36 2025/06/02 14:12


17 ANEXOS

Anexo 1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE________________________________________

GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE _____________________________

FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL


SUMÁRIO:
FICHA RESUMO DO PROGRESSO DOS PROJECTOS
Aprovados:
Financiados:
Limite Orçamental:

MANUAL DE PROCEDIMENTOS FINAL.indd 37


Montante Executado

Localização Postos de
Nome do do Projecto Valor Emprego
Designação Data Juro Nº de Valor da Prestações
Nº Total do Prestações Data de Valor Quantidades
Beneficiário do Projecto Aprovação (valor) Prestações Prestação Valor em Falta
Empréstimo Pagas Início Produzidas
M H

Agricultura

...

...

Subtotal

Pecuária

...

Subtotal

2025/06/02 14:12
Agro-Processamento

...

...

Subtotal

MANUAL DE PROCEDIMENTOS FINAL.indd 38


Pesca

...

Subtotal

Indústria

...

...

Subtotal

Comércio

2025/06/02 14:13
...

Subtotal

Serviços

...

MANUAL DE PROCEDIMENTOS FINAL.indd 39


Subtotal

Avicultura

...

Subtotal

Hotelaria

...

Subtotal

TOTAL
GERAL

2025/06/02 14:13
32 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

IMPACTO:

Alimentos produzidos (Ton)


Empregos criados (Nº)
N° de pessoas beneficiadas
N° de cooperativas
Homens/Mulheres/Jovens
Gado bovino adquirido:
Tracção Animal
Outros Fins
Represas construídas (Nº)
Moageiras adquiridas (Nº)
Nº de Tractores
Outros

NOTAS:

1. O presente mapa deve ser acompanhado de uma breve descrição das actividades
desenvolvidas no âmbito do FDEL, com menção do nº de projectos aprovados,
financiados, montante global recebido, realizado e grau de realização da despesa.

2. O grau de desempenho, em termos de reembolsos (índice) deve ser calculado por


períodos, tendo como base o cumprimento das obrigações que são esperadas
periodicamente, de acordo com o contrato com cada beneficiário.

3. Na coluna sobre Postos de emprego, deve-se mencionar o número de cooperativas


ou associações, homens e mulheres (membros ou empregados) quando se tratar
de uma cooperativa e Associações e o número de empregados quando se tratar
de uma pessoa singular ou Micro Pequena Empresa.

4. IMPORTANTE: Em anexo ao presente mapa, deve-se, obrigatoriamente, arrolar


as quantidades de bens de investimento adquiridos, bem como as quantidades
de produtos produzidos nomeadamente: Culturas alimentares, gado adquirido e
evolução da sua reprodução, moageiras adquiridas e outros bens cuja natureza
concorra para avaliação do impacto do FDEL.

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Anexo 2

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Província de

GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE

FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL

PLANO DE REEMBOLSO DO FDEL REFERENTE AOS EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS FINAL.indd 41


VALOR/ANO
VALOR

FINANCIADO
PROJECTO
DE REEMBOLSO

SOMA POR
(analise) - 4

menos valor

ANO
%

VIGÊNCIA DO
REEMBOLSAR-1
reembolsado) -2

( valor financiado
até ao período em

REEMBOLSADO - 3
REMBOLSADO (2025-

VALOR
2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

PROVINCIA/DISTRITO/
POSTO ADMINISTRATIVO /
LOCALIDADE
2025 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2026 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2027 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2028 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2029 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!

SOMA 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!

2030 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!


2031 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2032 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2033 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2034 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!
2035 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!

SOMA 0,0 0,0 0,0 #DIV/0!

2025/06/02 14:13
34 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Nota explicativa:

1- valor a ser reembolsado durante a vigência de cada projecto


2- diferença entre o valor financiado e o valor por reembolsar
3- valor já reembolsado até a dada em que é prestada a informação
4- somatório do valor a ser reembolsado desde o ano de 2025 até o ano em análise
%- relação percentual do valor reembolsado e o valor a reembolsar até a data

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 35

Anexo 3

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA
GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE ECONÓMICO LOCAL

FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL

Ficha Para Submissão da Proposta de Projectos

Identificação e Morada do Proponente

1. Nome do Proponente (individual/colectivo): NUIT:

2. Morada:
Posto Administrativo: Localidade:

Povoado/Aldeia/Bairro: Quarteirão no:


Rua: Casa no Telefone/Celular:

Caracterização do Projecto

1. Designação do Projecto (Nome):


2. Duração do projecto (*):

3. Localização do Projecto:
4. Enquadramento do Projecto: Produção Criação de Emprego Geração de Rendimento
5. Natureza do Projecto (**):

6. No de Novos Empregos a criar com o Projecto: fixos sazonais:


7. Descrição das componentes do Projecto (ex. insumos agrícolas, moto bombas e acessórios, combustível,

pessoal, etc.):

8. Qualidade do Projecto (critérios de elegibilidade):


9. Viabilidade Económica do Projecto:
Valor do Investimento Necessário:
Previsão de receitas:
Previsão de despesas:
Mercados (identificar lugares para colocação / venda do produto):

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36 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

PARECER TÉCNICO

Cumprimento dos pré-requisitos


Confirmação do anexos

Assinaturas e Datas:

Pelo Beneficiárioaos, aos, / /

Pelo Técnico aos, / /

(*) Duração do Projecto

Refere-se ao período a partir da data da assinatura do contrato, até a data do último reembolso.

(**) Natureza do Projecto

Projecto de Funcionamento: contempla projectos de beneficiários existentes que necessitam de fundos para operar. Exemplo: supondo que já exista

um projecto agrícola, no qual se faz uso de uma motobomba, mas que o mesmo pretende fundos para aquisição de combustível.

Projecto de Manutenção: contempla projectos já existentes, mas que necessitam de uma profunda intervenção correctiva. Exemplo: equipamentos

ou empreendimentos paralisados por diversas causas. O beneficiário solicita fundos para proceder a sua reparação e retomar a sua actividade.

Projecto de Replicação: contempla projectos que incidem sobre ‘actividades’ já existentes. Exemplo 1: Criação de frangos onde já exista esta prática.

Projecto de Modernização: cuja actividade já exista, mas que propõem-se a sua modernização. Exemplo: supondo que já exista uma padaria, mas que

funciona a lenha/carvão, o beneficiário pretende introduzir fornos eléctricos.

Projecto de Inovação: projectos propostos, que não existam no local e que representam uma mais valia para o desenvolvimento do Distrito.

Exemplo: supondo que não exista padaria alguma, o beneficiário pretende implantar uma unidade do género no local.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 37

Anexo 4

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DE
GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE
POSTO ADMINISTRATIVO DE
ATESTADO DE IDONEIDADE

Eu, (nome da autoridade administrativa local),

(título ou cargo que ocupa a autoridade local), confirmo a idoneidade

de (nome do peticionário), residente

de idade, para efeitos de pedido de empréstimo no Fundo d e Desenvolvimento Económico Local (FDEL).

(local onde se elabora o atestado) , de de 2025

(Título ou Cargo da Autoridade Local que emite o Atestado)

(nome da Autoridade Local que emite o Atestado)

(assinatura da Autoridade Local que emite o Atestado) e

(Titulo ou Cargo da Autoridade Administrativa que atesta o Atestado)

(nome da Autoridade Administrativa que atesta o Atestado)

(assinatura da Autoridade Administrativa que atesta o Atestado)

OBSERVAÇÕES:

1. O Atestado de Idoneidade é um documento redigido em papel branco de tamanho A4 solicitado pelo candidato, bastando

este se dirigir à Autoridade Administrativa local (Líder Comunitário, Secretário do Bairro, Chefe da Localidade, Chefe do Posto

ou Administrador do Distrito) munido do Bilhete de Identidade ou outro documento oficial.

2. Na falta de um documento oficial pode o peticionário se fazer acompanhar por duas testemunhas residentes na mesma

unidade territorial munidas dos respectivos documentos oficiais.

3. O pedido pode ser feito pelo reconhecimento pessoal da Autoridade Administrativa que vai conferir a idoneidade ao

peticionário.

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38 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Anexo 5

PLANO DE NEGÓCIO

1. A IDEIA DE NEGÓCIO:

Quadro 1. Formulando a Ideia de Negócio

1. Nome do negócio:

2. No meu negócio vou produzir os seguintes produtos/serviços:

3. Como vou vender:

Em Grandes quantidades (Atacado/Grossista)

Uma por uma/ molho por molho (Retalhista)

4. Quem vai comprar os meus produtos (clientes):

5. Onde vou vender os meus produtos?

Quadro 1. Formulando a Ideia de Negócio

2. AVALIAÇÃO DA IDEIA DE NEGÓCIO

Quadro 2. Análise dos Riscos e Recursos Dentro do Negócio

Recursos: Riscos:

3.ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIO COMPLETO

PLANO DE NEGÓCIO

1. Identificação do Projecto:

Nome do Negócio:

Produto ou serviço:
A forma do negócio

Proprietário único: Sim Não:

Cooperativa: Sim Não Quantas pessoas Homens Mulheres (lista anexo)

Você já geriu/implementou algum tipo de negócio antes? Qual?

Por quanto tempo geriu o negócio?

Qual era o seu principal trabalho nesse negócio?

Quais foram os problemas que o negócio teve?

O negócio foi bem sucedido? Foi viável? Criou quantos empregos?

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 39

4. Descrição do negócio

O meu negócio vai estar localizado em:

Vou produzir e vender os seguintes produtos ou serviços:

Vou comprar e vender os seguintes produtos ou serviços:

Vou vender da seguinte maneira:

Os materiais e equipamentos para produzir os meus produtos vou comprar em:

O meu negócio vai estar registado:

O meu negócio vai pagar licença em:

O meu negócio vai pagar os impostos em

5. Pesquisa de mercado

Concorrentes principais Que preço o cliente está


Produtos ou serviços principais Clientes principais
e seus preços disposto a pagar

6. Elaboração do Orçamento - Custos

Designação (indicar as
necessidades seguindo as Fonte de Financiamento
fases da cadeia de produção Quantidade Valor unitário Total
desde a matéria prima até a
comercialização) Próprio FDEL

TOTAL GERAL

Produto/serviço: quantidade planeada (kg/Ton)

Período ou tempo de produção (dias, semanas, meses, ano)

Produto Quantidade Valor unitário Total

TOTAL GERAL

Custo Unitário = Custos ou orçamento totais: (dividir): pela quantidade total de produção

Preço de Venda

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40 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

PV = C u s t o u n i t á r i o ( 00mt) + margem d e l u c r o ( ,00mt) =

Cálculo de receita- PLANO DE VENDAS

Receitas ou Volume de Vendas = quantidade de produto vendido (estimado) X preço de venda

Quantidades estimadas Preço de cada unidade Receitas


Produto que vai vender
Mensais Anuais Mensais Anuais

TOTAIS

Cálculo de lucro

Lucro = Receitas – Custos totais

Receitas Custos Totais Lucro


Mensais Anuais Mensais Anuais Mensal Anual

7. Plano de vendas e despesas

Detalhes Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Saldo do mês anterior
+Vendas (receita)
- Custos
=Lucro bruto
- Despesas
=Lucro Líquido/ perdas

Detalhes Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Saldo do mês anterior
+Vendas (receita)
- Custos
=Lucro bruto
- Despesas
= Lucro Líquido / perdas

8. Capital necessário para executar o negócio


Capital necessário total:

9. Fontes de Financiamento (dinheiro)

Valor total de financiamento é o resumo do orçamento calculado no


ponto 5 Distribuído de acordo com a proveniência do dinheiro. Montante
De onde vemo dinheiro?
Dinheiro próprio
Dinheiro emprestado a família ou amigos
Empréstimo (FDEL)
Empréstimo bancário ou microcrédito
Outros
Total

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 41

Anexo 6

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE
GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE

1. Identificação do Projecto FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL


FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTO
(a ser preenchida pela Comissão de Selecção de Projectos)

Nome do Beneficiário Observações

Designação do Projecto
Individual
Proponente Colectivo (Cooperativa)
Micro e Pequenas Empresas
Localização
Valor do empréstimo

2. Clasificação do Projecto
SECTORES TIPO DE PROJECTOS OBSERVAÇÕES
Cultura anual
Cultura plurianual
Hortícultura
Pequenos Sistemas de Rega
AGRICULTURA Equipamentos
Comercializacão de Insumos e utensílios agrícolas
Comercialização Agrícola
Animais de pequeno porte
Bovinos
Infrastruturas
PECUÁRIA
Juntas e acessórios de tracção animal
Criação de Aves
AVICULTURA
Aquisição de insumos
AGRO-PROCESSAMENTO Moageiras e outro tipo de maquinetas
Pequenas Embarcações e Materiais de Pesca
Construção Naval
Motores Marítimos
PESCA Comercio de Insumos e Apetrechos de Pesca
Processamento do Pescado
Comercialização do Pescado
Escoamento do Pescado

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42 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Aquisição de alvinos

PISCICULTURA Comercialização de alvinos e insumos

Aquisição de insumos

Artes criativas

INDÚSTRIA Estaleiros

Construções de Infra-estruturas

Equipamentos
COMÉRCIO
Mercadorias

Electricidade civil e auto

Pequena construção civil

SERVIÇOS Recolha de lixo

Confecção de alimentos e venda de produtos alimentares

Mecânica auto

Manutenção de edifícios e infraestruturas

TURISMO, HOTELARIA E Equipamento para apetrechamento

RESTAURAÇÃO Construção de infraestruturas

3. Duração do Projecto

Duração

12 meses

18 meses

24 meses

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 43

Anexo 7

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE
GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE
FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL
FICHA DE ANÁLISE DO PROJECTO
1. Identificação
(A ser preenchida pela Comissão de Selecção de Projectos)
Nome do proponente:
Designação do Projecto:
Área de Actividade:

2. Morada Actual do Proponente4:

Posto Administrativo: Bairro/Aldeia:

Quarteirão: Telef:

3. Localização do Projecto:

Distrito/Autarquia: Posto Administrativo:

4. Valor do pedido: ,00 MT

5. Perfil do Proponente:

Que negócio quer fazer?

Ja fez algum negócio?

Qual?

Está a funcionar? Se não, Porque?

Já pediu algum empréstimo? onde?


Quanto? Pagou o empréstimo?

Se não, Porque?

INFORMAÇÃO SOBRE O LOCAL DO PROJECTO

6. Existem pessoas que fazem o mesmo negócio na zona?

Sim Não

4
A ser confirmada pela liderança local
7. Se sim, porque quer fazer o mesmo negócio?

9. As estradas de acesso são adequadas para o negócio na zona?

Sim Não

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44 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

10. Existem fornecedores suficientes, para o sucesso do negócio?

Sim Não

11. Tem clientes para seu negócio?

Sim Não

12. Onde? Como vai transportar os produtos?

Observações

Assinaturas e Datas:

Pelo Beneficiário aos, / /

Verificado pelo Técnico do FDEL aos, / /

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 45

Anexo 8

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE

GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE

FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO

ENTRE

O Fundo de Desenvolvimento Económico Local, representado pelo Sr. (a) _________________


, na qualidade de Presidente, E o (a) Sr.(a). ____________________________, em n o m e
individual/Presidente da Cooperativa de … /Micro ou Micro e Pequena Empresa,_________ ,
titular do B.I. nº , emitido aos/ / residente no Distrito/Autarquia de
, Posto Administrativo de , Localidade de ____ adiante designado
por Beneficiário, é celebrado o presente contrato.

Artigo 1
(Objecto)
O presente contrato tem por objecto conceder empréstimo em dinheiro, apenas para fins
justificados no projecto (em anexo).

Artigo 2
(Valor, Duração do contrato, taxa de juro)
O empréstimo é no valor de e terá a duração de meses

A taxa de juro a ser aplicada é de 5% ao ano.

Artigo 3
(Forma de Desembolso do Empréstimo)
O empréstimo será feito por desembolso directo ao beneficiário, de acordo com o
cronograma de desembolsos apresentado pelo mesmo.

Artigo 4
(Forma de Devolução do empréstimo)
1. A devolução do empréstimo deve ser feita em dinheiro e em X parcelas, de acordo com
o plano d e amortização do empréstimo, o qual acompanha o presente contrato.
2. Sobre o valor do empréstimo serão cobrados juros conforme a taxa definida no artigo 2,
obedecendo ao plano de pagamento de juros em anexo, fazendo parte integrante do contrato.
3. O pagamento do empréstimo e de juros deverá ser feito na sede do Distrito ou da Autarquia
onde o beneficiário reside.

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46 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

Artigo 5
(Obrigações do Distrito/ Autarquia)
1. São obrigações do Distrito/ Autarquia, as seguintes:
a) Conceder o empréstimo para a implementação do projecto aprovado;
b) Monitorar e assegurar a implementação efectiva do projecto;
c) Tomar medidas correctivas sempre que necessário.
Artigo 6
(Obrigações do Beneficiário)
1. São obrigações do beneficiário:
a) Usar o empréstimo apenas para a finalidade do projecto aprovado e na unidade
territorial onde se propõe executar o projecto;
b) Devolver o valor emprestado;
c) Pagar o juro na forma acordada neste contrato;
d) Cuidar dos bens e utilizá-los de forma correcta;
e) Prestar informação sobre o grau de realização do projecto sempre que a Comissão de
Selecção de Projectos e outras entidades competentes o solicitar.

Artigo 7
(Incumprimento das Obrigações)
1. Há incumprimento das obrigações nas seguintes condições:
a) Quando o beneficiário não implementa o projecto nos moldes estabelecidos.
b) Quando o número de prestações de amortização vencidas e não pagas ultrapassa três.
Artigo 8
(Medidas Sancionatórias)
1. O não cumprimento das obrigações leva a aplicação das seguintes medidas:
a) Encaminhamento aos órgãos competentes (no caso de não haver acordo);
b) Comunicação a outros fundos similares que operam no Distrito/Autarquia (ou província);
c) Retirada do bem financiado sob decisão do órgão competente.
Artigo 9
(Resolução de Conflitos)
1. Havendo conflitos no processo de implementação do projecto, os mesmos serão
resolvidos entre as partes signatárias do contrato;
2. Não havendo acordo entre as partes, a matéria em conflito será encaminhada às autoridades
judiciais.
Artigo 10
(Lei Aplicável)
Todos os problemas que surgirem na aplicação deste contrato serão resolvidos com base na Lei
moçambicana que trata desta matéria.

.........................., ...... de.......................................de 2025_

O Representante do FDEL O Beneficiário

Testemunha5 1 Testemunha 2
5
Deverão ser 2 testemunhas representantes das 2 partes assinantes do contrato

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 47

Anexo 9

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE
GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE
FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL
FICHA DE ANÁLISE DO PROJECTO
(A ser preenchida pela Comissão de Selecção de Projectos)

Projecto nº/ramo de actividade/Prov/Distrito/Autarquia/ano:

Nome da cooperativa/individual:

Ramo de Actividade:

Valor do empréstimo: , Mt Data da recepção do empréstimo: de de

Província: ___________________ Distrito: ______________________ Autarquia: ________________________

Quarteirão: Telef:

Posto Administrativo: Localidade:

1. CONSTATAÇÕES

MÃO DE OBRA: Nº de trabalhadores sazonais: Homens: Mulheres: Jovens:

No de trabalhadores permanentes: Homens: Mulheres: Jovens:

Nº de Beneficiários do Projecto: _____, Directos :


6
__, Indirectos :
7

Observações:

2. SITUAÇÃO GERAL DO EQUIPAMENTO8

Operacional Funcionamento deficiente Avariado

Observações:

3. Estágio da implementação do Projecto

Bom Razoável Mau

Observações

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48 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

4. SITUAÇÃO DO MERCADO

Boa Razoável Má

Observações

5. REGISTO DA PRODUÇÃO E VENDAS

Observações

6
Proponente do projecto
7
Aqueles que participam como colaboradores da iniciativa; que actuam em segundo plano;
8
No caso de avaria, indicar desde quando. Em caso de funcionamento deficiente explicar qual o problema

6. SITUAÇÃO DA DÍVIDA9:

O Beneficiário tem as prestações em dia? Sim Não

Nº de Prestações10 em falta: Valor:

Observações

8. IMPACTO DO PROJECTO:

9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES:

, de de 20

O FDEL/CSP O Beneficiário

6
Proponente do projecto
7
Aqueles que participam como colaboradores da iniciativa; que actuam em segundo plano;
8
No caso de avaria, indicar desde quando. Em caso de funcionamento deficiente explicar qual o problema
9
É necessário pedir documento comprovativo do pagamento
10
Para o caso de não ter as prestações em dia

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL 49

Anexo 10

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE
GOVERNO DO DISTRITO / AUTARQUIA DE
FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL
TABELA DE AMORTIZAÇAO DO EMPRÉSTIMO

VALOR DA DÍVIDA: 30.000,00


TAXA DE JURO ANUAL: 5,00%
PERÍODO DE REEMBOLSO (meses): 18,00
Valor total da dívida 31.500,00
Juros totais da dívida 1.500,00
Valor mensal a pagar 1.750,00
PERÍODO DE DEFERIMENTO (MESES): 6,00
NÚMERO TOTAL DE PRESTAÇÕES (MESES) 18,00

TABELA REEMBOLSO DO EMPRÉSTIMO (em Meticais)

VALOR DA
DATA DE NR DE AMORTIZAÇÃ JUROS A PONTO DE
PRESTAÇÃO VALOR EM AMORTIZAÇÃ JUROS
PAGAMENTO PRESTAÇÕES O SEM JUROS PAGAR SITUAÇÃO
MENSAL DÍVIDA O ANUAL ANUAIS

1500,00 31.500,00

03-Ago-25 1 1.666,67 83,33 1.750,00 29.750,00

02-Set-25 2 1.666,67 83,33 1.750,00 28.000,00

02-Out-25 3 1.666,67 83,33 1.750,00 26.250,00

01-Nov-25 4 1.666,67 83,33 1.750,00 24.500,00

01-Dez-25 5 1.666,67 83,33 1.750,00 22.750,00

31-Dez-25 6 1.666,67 83,33 1.750,00 21.000,00

30-Jan-26 7 1.666,67 83,33 1.750,00 19.250,00

29-Fev-26 8 1.666,67 83,33 1.750,00 17.500,00

30-Mar-26 9 1.666,67 83,33 1.750,00 15.750,00

29-Abr-26 10 1.666,67 83,33 1.750,00 14.000,00

29-Mai-26 11 1.666,67 83,33 1.750,00 12.250,00

28-Jun-26 12 1.666,67 83,33 1.750,00 10.500,00 21.000,00 999,96

28-Jul-26 13 1.666,67 83,33 1.750,00 8.750,00


27-Ago-26 14 1.666,67 83,33 1.750,00 7.000,00
26-Set-26 15 1.666,67 83,33 1.750,00 5.250,00

26-Out-26 16 1.666,67 83,33 1.750,00 3.500,00


25-Nov-26 17 1.666,67 83,33 1.750,00 1.750
25-Dez-26 18 1.666,67 83,33 1.750,00 0,00 10.500,00 499,98
TOTAL 30.000,00 1.499,94 31.500,00 1.499,94

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Anexo 11
Tabela de Taxas de Juro
Limite de Empréstimo

Associações/ Micro e
SECTORES Taxas de Individuais Cooperativas Pequenas Empresas Período de
Juro Prazo Carência

Min M‡x Min M‡x Min M‡x

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AGRICULTURA 5% 20.000,00 200.000,00 100.000,00 300.000,00 150.000,00 500.000,00 AtŽ 18 meses AtŽ 6 meses

PECUçRIA 5% 50.000,00 200.000,00 100.000,00 300.000,00 150.000,00 450.000,00 AtŽ 24 meses AtŽ 6 meses

AVICULTURA 5% 50.000,00 200.000,00 100.000,00 350.000,00 100.000,00 500.000,00 AtŽ 12 meses AtŽ 3 meses

AGRO- PROCESSAMENTO 5% 50.000,00 300.000,00 150.000,00 300.000,00 150.000,00 500.000,00 AtŽ 24 meses AtŽ 3 meses

PESCA 5% 50.000,00 250.000,00 150.000,00 350.000,00 150.000,00 450.000,00 AtŽ 18 meses AtŽ 6 meses

PISCICULTURA 5% 50.000,00 250.000,00 150.000,00 350.000,00 150.000,00 450.000,00 AtŽ 24 meses AtŽ 6 meses

AtŽ 18 m
INDÚSTRIA 5% 50.000,00 250.000,00 150.000,00 350.000,00 150.000,00 500.000,00 AtŽ 6 meses
eses

COMÉRCIO 5% 25.000,00 200.000,00 75.000,00 300.000,00 100.000,00 400.000,00 AtŽ 12 meses AtŽ 2 meses

SERVIÇOS 5% 25.000,00 100.000,00 75.000,00 300.000,00 100.000,00 500.000,00 AtŽ 18 meses AtŽ 2 meses

HOTELARIA, TURISMO E
5% 50.000,00 200.000,00 100.000,00 350.000,00 100.000,00 500.000,00 AtŽ 24 meses AtŽ 6 meses
RESTAURAÇÃO

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60 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO FDEL

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