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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DO KWANZA-NORTE

MAGISTÉRIO Nº802 - MAURÍCIO DOMINGOS-DONDO

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA MINIMIZAR AS DIFICULDADE DE


COMPREENSÃO SOBRE AS “INFLUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA
MUNDIAL EM ÁFRICA”, AOS ALUNOS DA 9ª CLASSE, TURMA: A, PERÍODO:
MANHÃ, DO COMPLEXO ESCOLAR Nº810 NGUIMBI-SONGUE- CAMBAMBE.

Autores:

Branca Muhongo Gonçalves

Edma Noé de Oliveira António

Simão Domingos André

Simão Lourenço de Almeida

Projecto do projecto de fim do curso,


apresentado para a obtenção do Grau
Académico de Técnico Médio em
Ciências da Educação.

DONDO, 2023
MAGISTÉRIO Nº802 - MAURÍCIO DOMINGOS-DONDO

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA MINIMIZAR AS DIFICULDADE DE


COMPREENSÃO SOBRE AS “INFLUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA
MUNDIAL EM ÁFRICA”, AOS ALUNOS DA 9ª CLASSE, TURMA: A, PERÍODO:
MANHÃ, DO COMPLEXO ESCOLAR Nº810 NGUIMBI-SONGUE- CAMBAMBE.

Autores:
Orientador
Branca Muhongo Gonçalves
_____________________________
Edma Noé de Oliveira António
Jordão Pereira Alexandre Da Costa
Simão Domingos André

Simão Lourenço de Almeida

Projecto do projecto de fim do curso,


apresentado para a obtenção do Grau
Académico de Técnico Médio em Ciências da
Educação.

DONDO, 2023
I

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a nossa querida colega Edma Noé de Oliveira António. Por não
se deixar vencer pelas dificuldades.
II

AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus pela paz, sabedoria e saúde que tem nos
proporcionado e que graças a isso conseguimos elaborar e cluir com êxito o nosso trabalho.

Agradecer ainda aos nossos pais pelo esforço e dedicação que têm tipo em prol da nossa
formação apesar das dificuldades do dia-a-dia. Agradecer também aos nossos familiares
pelos apoios que nos proporcionaram.

Sem nos esquecer dos nossos professores, que nos ajudaram em grande medida a
desenvolver as nossos capacidades psicomotoras e afectivas durante os 4 anos de
formação. Em especial ao nosso orientador Jordão Pereira Alexandre Da Costa pelo
engajamento e dedicação que teve na elaboração deste trabalho e por telo feito com muita
sapiência e mestria.

Aos nossos amigos, e a todos que de forma direita ou indireta nos ajudaram para que este
projecto fosse uma realidade.
III

RESUMO

Entendemos que a aprendizagem significativa é aquela que nasce do engajamento do


professor em proporcionar aos alunos um clima propício para a aprendizagem; e do aluno
em doar-se ao clima e seguir as idas e vindas do pensamento do professor. O presente
trabalho apresenta uma abordagem sobre as “influências da primeira guerra mundial em
África” face as dificuldades apresentadas pelos alunos da 9ª classe, turma: A, período:
manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo, onde percebe-
se que o nosso continente foi em grande medida afectado com este conflito que durou entre
(1914-1918) e que até ao momento são notórios os seus variados efeitos dentro das
sociedades africanas. Depois de verificada a problemática, procuramos implementar
medidas úteis com o objectivo de: “Melhorar a compreensão sobre as influências da
primeira guerra mundial em África” no seio dos alunos. Para o alcance dos objectivos
previstos, o uso de métodos como: Indutivo, dedutivo, histórico, observacional e estatístico
apoiado nas técnicas de entrevista e observação direita, foram eficientes e indispensáveis
na recolha e análise dos mais variados fundamentos metodológicos aqui apresentados,
como propostas metodológicas e várias actividades que serviram de base para o alcance de
novos níveis de conhecimento no seio dos alunos, e contribuíram significativamente para a
superação das dificuldades outrora identificadas. Com o presente trabalho, espera-se uma
minimização das dificuldades encontradas pelo facto de conter elementos eficientes para o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem do ensino da História no geral e do
tema em particular.

Palavras – Chaves: Alunos. Influências. Primeira Guerra Mundial. Dificuldades.


Estratégias. Minimizar. Metodológica. PEA.
ÍNDICE

DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... I
AGRADECIMENTO ........................................................................................................... II
RESUMO ............................................................................................................................ III
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
CAPÍTULO I – CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA .................................... 6
1.1 - Contextualização da escola de aplicação ................................................................... 6
1.2 - Caracterização da Escola de aplicação ...................................................................... 6
1.3 - Limites geográficos do Complexo Escolar nº 810 – Nguimbi Songue ..................... 6
1.4 - Dificuldades constatadas ........................................................................................... 7
1.5 - Principais causas constatadas .................................................................................... 7
CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E PROPOSTA METODOLÓGICA ... 9
2.1 - Breve Historial ........................................................................................................... 9
2.2 - Conceitos fundamentais........................................................................................... 10
2.3 - A Iª Guerra Mundial ................................................................................................ 11
2.4 - A Influência da Iª Guerra Mundial em África ......................................................... 13
2.5 - A Importância do estudo da Influência da Iª Guerra Mundial em África................ 15
2.6 - Propostas metodológicas para minimizar as dificuldades de compreensão sobre as
influências da primeira guerra mundial em África. ......................................................... 16
2.6.1 – Apresentação da proposta de acção metodológica............................................... 17
CAPÍTULO III−APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DE
APLICAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................................... 19
3.1 - População ................................................................................................................ 19
3.2 - Etapas do trabalho de campo ................................................................................... 19
3.3 - Análise do 1º teste aplicados aos alunos. ................................................................ 19
3.4 - Análises do 2º teste aplicados aos alunos. ............................................................... 21
3.5 - Análise comparativa dos dados do pré-teste e pós-teste. ........................................ 23
CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 25
SUGESTÕES ...................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 27
APÊNDICES ....................................................................................................................... 29
1

INTRODUÇÃO

O Presente projecto de fim do curso, é fruto de um árduo trabalho de ivestigação cietífica,


realizado pelos estudantes finalistas da escola do Magistério Nº 802--Maurício Domingos –
Dondo, o estudo foi realizado dentro do complexo escolar Nº 810 denominado por
Nguimbi-Songue, localizado no Dondo, município de Cambambe, bairro Cacesse, zona 02.
No desempenhar das nossas actividades lectivas, notabilizamos que um grupo significativo
de alunos que tiveram dificuldade em compreender sobre “Estratégias metodológicas para
minimizar as dificuldades de compreensão sobre as “influências da primeira guerra
mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo
Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe”.

TEMA - CONTEXTUALIZAÇÃO

A nossa maior preocupação relaciona-se em volta da fraca capacidade de compreensão por


parte dos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810
Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo, em volta da temática sobre as “influências da
primeira guerra mundial em África”. Por ser um elemento que em nada contribui para o
desenvolvimento cogniftivo dos mesmos, vimo-nos na necessidade de aplicar determinadas
estratégias metodológicas afim de minimizar/superar as dificuldades encontradas. Dai,
trazemos o tema sobre “Estratégias metodológicas para minimizar as dificuldades de
compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, aos alunos
da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue-
Cambambe”.

PERGUNTA CIENTÍFICA

A pergunta científica serve para esclarecer a dificuldade específica com a qual nos
defrontamos e que pretendemos resolver por intermédio da pesquisa. Neste caso,
estabelecemos a seguinte:

Que estratégias metodológicas utilizar para minimizar as dificuldade de compreensão sobre


as “influências da primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A,
período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo?

OBJECTO DE ESTUDO

O objecto de estudo é também entendido como o Campo de Acção. É o elemento que


delimita a pesquisa e particulariza os estudos sobre a mesma. Minimizar as dificuldades
dos alunos e apresentar soluções aos variados problemas é a nossa maior prioridade daí que
o nosso trabalho tem como elemento fundamental “O processo de ensino e aprendizagem
sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe,
2

turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-


Dondo”.

OBEJECTIVOS DA PESQUISA

Todo projecto a ser efectivado precisa-se sempre de se criar metas, como sendo os
elementos que servirão de base para o suporte da pesquisa.

Neste contexto em termos Gerais, pretendemos:

 Melhorar a compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em


África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar
Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo.

Quanto os objectivos específicos estabelecemos os seguintes:

 Descrever os factores que concorrem para as dificuldades de compreensão sobre as


“influências da primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma:
A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe;

 Desenvolver estratégias metodológicas para minimizar as dificuldades de


compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, aos
alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810
Nguimbi-Songue- Cambambe;

 Avaliar os resultados da pesquisa sobre as dificuldades de compreensão sobre as


“influências da primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma:
A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe

JUSTIFICATIVA OU PERTINÊNCIA

O presente anteprojecto trás consigo os elementos gerais do projecto de fim de curso, que
tem como meta a obtenção do grau acadêmico de Técnico Médio da Ciências da Educação,
revestido de uma grande importância visto que apresenta consigo variadas estratégias para
fornecer fundamentos metodológicos e científicos capazes de tornar a prática docente-
educativa da disciplina e do assunto em causa mais sustentável; contribuindo desta forma
para os bons ensinamentos nas instituições escolares, na obtenção de novos conhecimentos
teóricos e práticos dentro do processo de ensino-aprendizagem.

Na visão dos autores a nossa pesquisa deve ser realizada visto que pretende-se com isso
levar a compreensão sobre “as influências da primeira guerra mundial em África” aos
alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-
Songue- Cambambe-Dondo, e minimizar as principais dificuldades de compreensão do
3

tema aos alunos bem como contribuir para o desenvolvimento da capacidade científica e
cognitiva dos mesmos.

Os autores acreditam que a pesquisa vai trazer um resultado satisfatório já que se espera
que os alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810
Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo, consigam elevar a capacidade de compreensão
sobre “as influências da primeira guerra mundial em África”.

No entanto, espera-se que a pesquisa traga fundamentos teóricos, práticos, metodológicos e


científicos. E que possa contribuir o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.

METODOLOGIA UTILIZADA

A presente pesquisa, classifica-se em 3 modalidades: quanto a Natureza, do ponto de vista


dos Procedimentos Técnicos, ela é Bibliográfica e do ponto de vista da Abordagem do
Problema ela é quantitativa.

 Quanto a Natureza, a nossa pesquisa é Aplicada, para Prodanov e Freitas (2013, p.


51) “a pesquisa aplicada, objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática
dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”.
Neste caso, aplicaremos os conhecimentos gerados pela nossa pesquisa, para
resolver uma situação concreta: a dificuldade de compreensão sobre a influência da
I Guerra Mundial aos nossos alunos.

 Quanto ao ponto de vista dos Procedimentos Técnicos, ela é Bibliográfica. A


pesquisa bibliográfica é aquela que utiliza várias fontes, sobre o tema, para
construir um conhecimento mais actual por meio deles.

A pesquisa bibliográfica, quando elaborada a partir de material já


publicado, constituído principalmente de: livros, revistas,
publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins,
monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet,
com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com
todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. (Prodanov e
Freitas, 2013, p. 54)

 Do ponto de vista da Abordagem do Problema ela é quantitativa, pois vai nos


permitir trabalhar com uma população e por meio dela, apresentar dados concretos
sobre a situação e a possível melhoria e avanço da pesquisa. Como dizem Prodanov
e Freitas (2013, p. 69) “a pesquisa quantitativa, considera que tudo pode ser
quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas como
a percentagem e a média”.
4

Métodos utilizados

Segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 24) o método “é o conjunto de processos ou


operações mentais que devemos empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada
no processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são:
dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.

Os métodos são procedimentos técnicos que nos permitem executar a acção científica da
melhor forma possível. Os métodos são entendidos como os caminhos a seguir para
alcançar um dado objectivo. Para a presente pesquisa, seleccionamos os seguintes:
dedutivo, indutivo, histórico, observacional e estatístico.

O método Indutivo consiste na análise de informações, partindo do particular para o geral


ou universal. “É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo
particular para uma questão mais ampla, mais geral” para Lakatos e Marconi (2003, p. 86).
É um método que parte do particular, para o geral.

O método dedutivo tem o objectivo de explicar o conteúdo partindo do geral para o


particular. Para Prodanov e Freitas (2013, p. 27) o método dedutivo “de acordo com o
entendimento clássico, é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. A
partir de princípios, leis ou teorias consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a
ocorrência de casos particulares com base na lógica”. Por intermédio de uma cadeia de
raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega-se a uma
conclusão. O método dedutivo parte da análise de informações do geral para o particular.

Método histórico: serve para narrar os factos de modo lógico, ou seja, segundo a ordem
de ocorrência. Para Lakatos e Marconi (2003, p. 107), “o foco está na investigação de
acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de
hoje; considera que é fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua
natureza e função”.

Observacional: é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos
interessantes. Para o autor Gil (apud Prodanov & Freitas, 2013, p.37) “Por um lado, pode
ser considerado como o mais primitivo e, consequentemente, o mais impreciso. Mas, por
outro lado, pode ser tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita o mais
elevado grau de precisão nas ciências sociais.”

Método Estatístico: O papel do método estatístico é, essencialmente, possibilitar uma


descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado. Conforme Gil
(apud Prodanov e Freitas, 2013, p. 38), “este método se fundamenta na aplicação da teoria
estatística da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências
5

sociais”. O método estatístico é aquele que fornece as técnicas para a colecta, organização,
descrição, análise e interpretação dos dados da pesquisa.

Técnicas utilizadas na pesquisa

As técnicas de colecta de dados, são mecanismos que auxiliam os métodos durante a


execução de uma dada pesquisa. Para o presente trabalho usamos a entrevista e a
observação directa.

Entrevista: Utilizamos a entrevista pois consiste na tomada no sentido amplo de


comunicação verbal, e no sentido restrito de construção de conhecimento sobre
determinado objecto, é a técnica mais utilizada no processo de trabalho qualitativo.
Segundo Minayo & Costa (2018, p. 141) “constitui-se como uma conversa a dois ou entre
vários interlocutores, realizada por iniciativa de um entrevistador e destinada a construir
informações pertinentes a determinado objecto de investigação”.

Observação directa: Todo e qualquer um objecto, meio social ou espaço a ser analisado
precisa essencialmente de uma observação precisa, rígida, precisa e eficaz de quem o faz.
Para Lakatos & Marconi (2003, p. 190), “a observação é Uma técnica de coleta de dados
para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou
fenômenos que se desejam estudar”.

População e Amostra

A população e amostra, reflectem o número de elementos envolvidos na pesquisa. Sendo a


população o total e a amostra, parte deste. Para o presente estudo, tivemos uma população
de 36 alunos, sendo 15 rapazes e 21 raparigas, com idades compreendidas entre os 15 aos
18 anos.

Norma de citações e Referências utlizadas é a APA 6ª Edição.

Estrutura do trabalho

A presente pesquisa, tem a seguinte estrutura: Os trabalhos devem apresentar três partes
principais a Parte Pré-textual, Parte textual e Parte pós-textual. A parte Pré-textual
comporta a Capa, a Contracapa ou Folha de rosto, a Dedicatória, o agradecimento, o
resumo e o índice. A parte textual, com a sua introdução, o desenvolvimento (com três
capítulos), a conclusão, e as sugestões. Para a parte pós-textual, temos as referências, o
apêndice e os anexos.
6

CAPÍTULO I – CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA

1.1 - Contextualização da escola de aplicação

O Complexo Escolar Nguimbi Songue, foi fundado no dia 05 de fevereiro de 1976, sendo
inicilalmente conhecido como Escola Primária nº 396 ( denominação muito popular até
hoje).

Em 2013, a luz do Decreto Executivo nº 283 / 13, de 12 de Setembro, ascende para a


categoria de Complexo, passando a chamar-se então Complexo Escolar nº 396. Em 2021, a
luz do Decreto Executivo nº 222/20, de 28 de Agosto, é rebatizado com o nome de
Complexo Escolar nº 810 – Nguimbi Songue, já com o aumento da sua capacidade físico-
estrutural.

1.2 - Caracterização da Escola de aplicação

A mesma está situada no Bairro Cacesse 2, município de Cambambe ( no Dondo


especificamente), província do Cuanza Norte.

E tem os seguintes compartimentos: 21 salas de aula (8 no antigo edifício e 13 no novo),


uma diretoria, uma secretária, uma sala dos professores, três casas de banho.

Quanto a sua funcionalidade baseia-se em três períodos (manhã, tarde e noite) com as
classes que vão desde a iniciação à 9ª classe. A escola é assegurada por 61 funcionários, 1
director geral, 2 subdirectores (Pedagógico e Administrativo), dos quais 52 professores e 6
auxiliares de limpeza.

Existem 4 turmas para o Pré-escolar, 51 turmas para o ensino primário (46 do Ensino
Regular e 5 do Ensino de Adultos) e 22 (15 do Ensino Regular e 7 do Ensino de Aultos)
para o Iº Ciclo. No presente ano lectivo (2022/23), foram matriculados cerca de 4.901
alunos.

1.3 - Limites geográficos do Complexo Escolar nº 810 – Nguimbi Songue

A instituição está limitada pelas seguintes imediações:

 A Norte faz fronteira com a residência do senhor Faustino Manuel Kongo;


 A Sul faz fronteira com a residência da senhora Domingas José Domingos;
 A Este faz fronteira com a residência do senhor Alfredo Segunda e do senhor Zé
Maria;
 A Oeste faz fronteira com a residência do senhor António Gabriel da Silva;
 A Nordeste faz fronteira com a residência do senhor Alberto Manuel dos Reis
(Chuchú);
7

 A Noroeste faz fronteira com a residência do senhor Gaspar José Manuel;


 A Sudeste faz fronteira com a residência do senhor Edgar José Bernardo;
 A Sudoeste faz fronteira com a residência da senhora Rita Manuel João Kanhanga
bem como, com a Cabine Eléctrica de Cacesse zona 2.

1.4 - Dificuldades constatadas

Durante o nosso estágio vários foram os problemas constatados por nós na escola de
aplicação, dentre os quais destacamos:

 Falta de pontualidade e assiduidade;


 Falta de motivação e participação dos alunos durante as aulas;
 A falta de certos meios de ensinos por parte da instituição;
 A falta de acompanhamento dos pais e encarregados de educação aos alunos;
 A falta de acompanhamento dos professores tutores.
 A falta de segurança dentro da instituição.

1.5 - Principais causas constatadas

Na condição de estagiários nas disciplinas de História e Geografia, foi possível


identificarmos vários factores ou causas que contribuíram para o surgimento do problema
identificado no seio dos alunos do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue, em
Cambambe, no ano lectivo 2022-2023, principalmente nos alunos que estão na 9ª classe.
Com base as experiências pedagógicas e vivências proporcionadas pela formação e pelo
estágio, os autores destacam os elementos abaixo como sendo os causadores do problema
identificado, entre os quais:

 O atraso constante dos alunos nas aulas;


 O excesso de barulho provocado pelos alunos do ensino primário no momento do
seu recreio ou ao saírem do recinto escolar;
 A falta de climatização na sala de aula;
 Dificuldades na aquisição de materiais didácticos por parte de certos alunos;
 Constantes dificuldades económicas por parte dos alunos.

Durante o período de estágio os autores verificaram que um grupo de estudantes da 9ª


classe, Turma: A, período: Manhã, do Complexo Escolar Nº 810 Nguimbi-Songue, em
Cambambe, no ano lectivo 2022-2023, apresentaram dificuldades em compreender sobre a
temática relacionada a “influências da primeira guerra mundial em África”. Por este
motivo, houve a necessidade de se comprovar a real existência do problema, bem como
identificar e implementar medidas eficazes, uma vez que o mesmo constitui um impasse
8

para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História bem como da


problemática em questão.

Sendo assim, procuramos comprovar a real existência da problemática, aplicamos uma


avaliação escrita constituída por três (3) questões com uma duração de 45 minutos. Feito a
avaliação, percebemos que num Universo 36 estudantes dos quais (15 do sexo masculino e
21 do sexo feminino), apenas (14) estudantes atingiram a nota positiva e 22 estudantes
obtiveram uma nota negativa, dando mais suporte às nossas previsões aquando da real
existência do problema.
9

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E PROPOSTA


METODOLÓGICA

Neste capítulo trazemos a fundamentação teórica que sustentam a temática com base os
fundamentso dos diferentes autores com base ao tema sobre “influências da primeira
guerra mundial em África”.

2.1 - Breve Historial

A 1ª Guerra Mundial foi um conflito bélico que se deu na Europa, no princípio do século
XX. O mesmo teve os seus antecedentes na questão sócio-política deste continente e
depois a sua influência se expandiu ao resto do Mundo.

O início do século XX foi um momento de grande otimismo e superação


no mundo europeu. O crescimento das indústrias e do consumo, a
expansão das cidades, o desenvolvimento de novas fontes de energia e
novos remédios contribuíam com a crença na infindável capacidade
humana de criar e transformar a vida e os eventos que deram início ao
conflito bélico que atingiu grande parte da Europa, antes de 1914, seus
desdobramentos e resoluções posteriores, após o encerramento da guerra,
em 1918. (ARAÚJO, 2013, p. 9).

Márcia Motta afirma que, embora vários países tenham se envolvido no confronto ocorrido
entre 1914-1918, as principais potências em combate eram a França, Inglaterra, Rússia e
Alemanha. A Primeira Grande Guerra é compreendida pela autora como uma guerra
imperialista, na qual “rivalidades políticas expressavam a competição econômica das
potências em conflito” (MOTTA, 2000, p.67). O desenvolvimento de políticas de alianças
e a formação de blocos atendia à necessidade dos países de se protegerem diante das
possibilidades de investidas de outros. Paralelo a essa aproximação entre os países surgia
uma educação pública incumbida de fazer cumprir a nação: o ensino da língua pátria e da
História nacional objetivava criar um sentimento de pertencimento a unidade nacional,
inflamando o orgulho pátrio e lidando com a História como divulgação da força e da união
de determinado povo.

Como aponta Márcia Motta, “a unificação da Alemanha em 1871 ocorreu no interior da


Guerra Franco-Prussiana, que significou para a França não somente a derrota, como
também a perda das regiões da Alsácia e da Lorena (ricas em ferro e carvão)”. Os ingleses
também se incomodavam com o desenvolvimento da Alemanha, que via a possibilidade de
tornar-se a maior potência da Europa. No leste europeu e nos Bálcãs, os interesses do
Império Austro-Húngaro, Rússia e Império Turco se chocavam diante do desejo de posse
dos territórios ocupados por minorias étnicas. Interessada na manutenção de suas relações
com a Áustria-Hungria, a Alemanha formou uma aliança com este Império, da qual
também participava a Itália: tratava-se da Tríplice Aliança.
10

Já o esforço franco-inglês pela superação de suas rivalidades e estabelecimento de áreas


coloniais na Europa culminou na formação da Entente Cordiale, que logo se tornou uma
aliança estratégia contra a expansão alemã que, posteriormente, veio a contar com a adesão
da Rússia, que estava interessada em expandir sua influência nos Bálcãs e firmou acordo
com França e Inglaterra em busca de capitais para sua indústria (ARAÚJO, 2013, p.10).
por outro lado, o autor Araújo, aponta porém que:

Nesse cenário multifacetado e repleto de interesses antagônicos,


aconteceu um evento que foi o estopim para o acionamento das alianças e
eclosão da Guerra: o assassinato do príncipe herdeiro do trono austríaco,
Francisco Ferdinando. Em viagem a Sarajevo, cidade integrada ao
Império Austro-Húngaro, em 1914, o príncipe divulgava seu projeto de
constituir uma monarquia tripla, composta pela Áustria, Hungria e pelos
povos eslavos residentes no leste europeu. Contudo, tal projeto
encontrava concorrência na proposta da Sérvia, que pretendia formar a
Grande Sérvia pela união entre todos os povos eslavos da região
(ARAÚJO, 2013, p.10).

A viagem de Francisco Ferdinando culminou em sua morte, no atentado executado pela


sociedade secreta chamada Mão Negra, gerando sério conflito diplomático nos Bálcãs. A
Áustria-Hungria, apoiada pela Alemanha, exigiu imediata apuração do episódio. Como
nada aconteceu, foi declarada guerra à Sérvia, que contava com apoio da Rússia. Nesse
momento, as alianças de outrora foram acionadas: ao lado da Sérvia, envolveram-se a
Rússia, Inglaterra e França. Em apoio ao Império Austro-Húngaro, estava a Alemanha.
Começa a primeira grande guerra.

2.2 - Conceitos fundamentais

Para fazer o estudo de uma determinada temática em História, bem como em outras áreas
do saber, é necessário que se definam os termos ou conceitos principais da abordagem em
questão, principalmente quando a mesma envolve um conteúdo técnico.

As estratégias são o conjunto de procedimentos sistematizados para realizar com eficácia


uma determinada acção. Envolvem meios, métodos, técnicas e outros critérios aprovados
científicamente.

Para CAMACHO e TAVARES (2013, p. 274), “as estratégias concorrem para a arte de
combinar a acção das forças militares. Astúcia. Ardil. Plano de acção”. Nesta ordem de
ideias, surge Font, que afrirma que:

As estratégias de ensino/aprendizagem são processos de tomada de


decisões vocacionados para a generalização, baseados na gestão de
diversos tipos de conhecimentos e intimamente associados à forma como
se ensinam e como se aprendem os conteúdos programáticos. São sempre
utilizadas de forma consciente e intencional, orientadas para um objectivo
relacionado com a aprendizagem. (Font, 2007).
11

As estratégias metodológicas consistem nos planos de acção elaborados para alcançar


metas e objectivos de curto, médio e longo prazo, em um contexto organizacional. O
estudo dos métodos, isto é, o estudo dos caminhos para se chegar a um determinado fim,
por meio das orientações das aprendizagens.

Minimizar: “ consiste em reduzir ao mínimo algo ou uma determinada situação”

Dificuldades: “ s.f. Carácter do que é difícil, Obstáculo, embaraço (CAMACHO &


TAVARES, 2013, p. 220).

Para os autores consiste nas complexidades, complicações, contrariedades ou


impedimentos na realização de uma determinada tarefa ou actividade.

Compreensão: “s.f. Faculdade de compreender ou conceber. Conhecimento completo”


(CAMACHO & TAVARES, 2013, p. 161).

Entendemos sendo um processo psicológico que indica o entendimento do significado de


alguma coisa ou situação.

Baseia-se na acção que alguém ou algo tem sobre outra pessoa ou coisa sobre o poder o
controle ou autoridade.

Primeira, entende-se por uma situação que precede ou antecede aos outros, já a guerra
entende-se sendo um intenso conflito armado entre Estados, governos ou sociedade.

2.3 - A Iª Guerra Mundial

Primeira guerra: para o autor (ASSIS, 2016, p.22), A Primeira Guerra foi desencadeada
por um conflito entre a Áustria-Hungria e a Sérvia, iniciado a 28 de julho de 1914, que,
aparentemente, podia ter permanecido no âmbito regional. A mobilização na Rússia, em
apoio da Sérvia, desencadeou a mobilização na Alemanha e na França.

A primeira guerra mundial foi um conflito bélico que ocorreu na Europa e dividiu o mundo
em diferentes correntes pelo facto de:

O antagonismo entre as diferentes nações, pelas disputas territoriais e as


reinvindicações nacionalistas deram origem as “políticas de alianças”.
Foram assinados acordos militares que dividiram o mundo em dois blocos
militares tais como: Tríplice Aliança fundada em 1882 e composta pela
Alemanha, Itália e o Império Austro-Húngaro; e a Tríplice Entente
fundada em 1904, formada pela U.R.S.S, França e Inglaterra (Fernandes
& Boura, 2014, p. 22).

A guerra teve vários antecedentes, mas oficialmente arrancou a 28 de Junho de 1914


depois de a 28 de Julho de 1914, o herdeiro do trono austro-húngaro Francisco
12

Ferdinando e sua esposa (Sofia), terem sido assassinados por Gravillo em Sarevejo
(Bósnia-Hezergovina). As sanções aplicadas pela Sérvia que apoiava a milícia de Gravillo
(Mão Negra) não satisfez os interesses do Império, tanto que houve mesmo declaração de
guerra aberta entre o Império Austro-Húngaro e Sérvia, seguindo-se um largo período de
declarações de guerras entre as nações.

Numa vertente geral, todos os conflitos ou situações envolver os seus variados efeitos,
factores e causas, quando a primeira guerra mundial na visão da autora Ribeiro (2023) as
principais causas foram:

O Regimes políticos (França, Inglaterra – democráticos; Austria-Hungria


e Rússia – autoritários); Contrastes económicos (países industrializados
como a França, Inglaterra e Alemanha ao passo que outros do leste
europeu com a Polónia e a Rússia - agrários); Agitação social (por causa
do proletariado urbano sobretudo na Rússia, difusão das ideias socialistas
por toda Europa); Rivalidades internacionais ou imperialistas (entre
Inglaterra e Alemanha por exemplo por causa do sistema capitalista,
França e Itália, Prússia, Inglaterra e Rússia por possessões territoriais e
não só); Nacionalismo Exacerbado (o orgulho nacional francês, o
pangermanismo alemão, o pan-eslavismo soviético e muito mais atiçam
esta luta entre as nações); Guerra económica (sobretudo protagonizada
entre a Inglaterra e Alemanha por conta ao Capitalismo e a Revolução
Industrial); Rompimento do equilíbrio internacional (com o emergir da
política de alianças) (RIBEIRO, 2023, p. 12).

Um conflito armado do caris da primeira guerra mundial, quer no aspecto histórico quer no
aspecto cronológico, trouxe determinadas mudanças no paradigma social Europeu e não
só. Segundo os autores Fernandes & Boura (2014, pp. 32-35), afirmam que este conflito
desenvolveu-se em três fases fundamentais:

 1ª Guerra de movimento: (1914-15) Quando as forças em conflito


apresentaram um certo equilíbrio. A Alemanha colocou em acção o Plano
Schlieffen (guerra relâmpago) que consistia em invadir a França através da
Bélgica. Depois desse passo se lançaram sobre a Rússia, que teve
aproximadamente cinco milhões de mortos no primeiro ano de conflito.
Nesta fase, procurando deter a ofensiva alemã, os ingleses decretaram o
bloqueio naval à Alemanha e aos seus aliados. Enquanto isso a França
conseguiu bloquear o avança alemão na batalha de Marne.

 2ª Guerra de posições ou trincheiras (1915-17): Período de estagnação


nos avanços, quando os países trataram de garantir suas posições
estratégicas. Este período é que caracterizou a Primeira Guerra Mundial, o
horror das trincheiras, com tropas passando fome, frio, com ferimentos e
falta de medicamentos. Muitos soldados morreram feridos devido, por
exemplo, a falta de antibióticos (que somente seriam criados na década de
13

1920). Some-se a isto a Gripe Espanhola de 1918, que teria matado 4


milhões de pessoas.

 3ª Guerra de movimentos (1917-18): Ocorreram alterações significativas


na posição dos países aliados, que definiram o fim da Guerra. A Rússia
retirou-se da Guerra devido ao início de sua revolução; os EUA entraram no
conflito ao lado da Entente. A luta se concentrou então na fronteira entre
Alemanha e França. Os aliados enviaram ajuda maciça à França e ocuparam
parte da França e a Bélgica.

Os EUA sendo uma nação não Europeia, via na guerra um negócio rentável, atrapalhado
pela Alemanha quando decidiu atacar os seus navios submarinos dos que transportavam
material bélico e alimentos, obrigando-lhe a incorporar-se na guerra pela parte dos Aliados,
mandando cerca de 1 milhão de combatentes e apoiando económica e financeiramente
seus aliados. Depois de muitos confrontos e acordos, a guerra terminou em 11 de
Novembro de 1918, depois da contenção das forças militares alemães na 2ª Batalha de
Marne em Paris pelo general francês Foch após o bombardeio pelo exército alemão,
obrigando o rei Guilherme II da Alemanha a assinar o Armistício com os aliados em
Rthondes.

2.4 - A Influência da Iª Guerra Mundial em África

A Primeira Guerra Mundial foi desencadeada por um conflito entre a Áustria-Hungria e a


Sérvia, iniciado a 28 de julho de 1914, que, aparentemente, podia ter permanecido no
âmbito regional. A mobilização na Rússia, em apoio da Sérvia, desencadeou a mobilização
na Alemanha e na França. Estes processos de mobilização foram efetuados de acordo com
os planos as forças alemãs atravessassem o território belga, uma potência neutral, para
invadirem a existentes em cada potência e a Alemanha pôs em prática o Plano Schlieffen
que previa que França. A Alemanha, herdeira dos acordos internacionais firmados pela
Prússia, era, juntamente com o Reino Unido e outras potências, garante da neutralidade
belga de acordo com o artigo 7º do Tratado de Londres de 8 de junho de 1839 (ASSIS,
2016, p.22).

Segundo o autor, A invasão da Bélgica foi decisiva para o Reino Unido entrar na guerra. O
conflito deixou de ser um mero confronto regional entre a Áustria-Hungria e a Sérvia
para ganhar uma dimensão europeia. Mas também passou a ser um conflito entre impérios.
A Alemanha, a França, o Reino Unido e a Bélgica tinham impérios ultramarinos.
Portugal, que não entrou imediatamente na guerra, também tinha o seu império e tinha de
acautelar a sua defesa. No Portugal republicano há quase quatro anos, economicamente
débil e politicamente instável, existia pelo menos um ponto de convergência para a
generalidade dos partidos: a manutenção do império (ASSIS, 2016, p.22).
14

A entrada dos africanos na 1ª Guerra Mundial (ou a Guerra de 1914-1918, também dito,
entre Nações colonialistas) aconteceu devido à necessidade dos europeus, em conflito,
tentarem reverter a seu favor o desenrolar da guerra. as partes litigantes estavam
enquadradas em duas distintas alianças ou blocos; de um lado a “Tríplice Aliança” (ou
Potências Centrais, que englobava a Prússia – ora avante dito Alemanha – os Impérios
Austro-Húngaro e Otomano e a Itália – esta depois trocou de bloco político-militar) e pela
“Tríplice Entente” (ou Entente Cordiale, que associava o Reino Unido, a França, a Rússia
– que depois abandona o bloco, devido à revolução Bolchevique – e os EUA, estes desde
1917, além de outros países como Portugal, Bélgica, Brasil ou Japão) (Almeida, 2004, p.
2).

Entrada das tropas coloniais – e vamos abordar só as tropas coloniais africanas – se deveu
por uma parte da Europa em conflito se encontrar num impasse castrense tornando-se
imperioso o apoio militarizado das forças coloniais africanas esquecendo que, no
continente africano, também a Grande Guerra 1914-1918 se fazia sentir e com uma
intensidade mortal, tanto no sul de Angola, como no Norte de Moçambique, como na
zona austral entre o Sudoeste africano germânico e a nova República da África do Sul ou
no centro de África entre os territórios ultramarinos germânicos e os territórios anglo-
franceses e belga, em particular no Golfo da Guiné e nos territórios dos Grandes Lagos
(Almeida, 2004, p. 4).

Por outro lado, o autor Almeida (2004) salienta que:

Todavia, a ecfetiva entrada das tropas coloniais africanas só ocorreu na


chamada 3ª fase do conflito (a primeira fase, ou guerra de movimento,
ocorre de 1914-1915 com a movimentação das forças em confronto –
rápida ofensiva dos alemães sobre o território da Bélgica e da França em
Setembro de 1914, com os franceses organizarem uma contraofensiva
barrando o avanço de seus inimigos sobre Paris, na Batalha de Marne; a
segunda fase, ou guerra de posições, vai de 1915 a 1917, e deve-se às
movimentações de tropas na Frente Ocidental que, entretanto, dá lugar a
uma guerra de trincheiras e foi nesta fase que ocorreu a troca da Itália da
Tríplice Aliança para a Tríplice Entente; e a terceira fase (entre 1917 e
1918) – ficou marcada pela entrada definitiva dos Estados Unidos na
guerra, além de tropas de outros países, como canadianos, australianos,
neozelandeses, japoneses, indianos, chineses, brasileiros e,
particularmente no caso em estudo, de muitos soldados africanos que
viviam sob o colonialismo ou outras formas de dominação europeia)
(Almeida, 2004, p. 4).

Até recentemente a participação de africanos, principalmente os povos colonizados, era


pouco considerada pelos meios académicos e políticos europeus; mais por estes que por
aqueles. Recentes documentos, entretanto disponibilizados, mostram que a presença dos
africanos foi muito maior do que parecia expectável. Num recente apontamento colocado
no blogue “Philosopher’s Tree”, o blogger Al Shaw (2007) recorda que a participação de
expedicionários africanos (soldados e carregadores) junto das forças anglo-francesas se
15

elevou a mais de 500.000 indivíduos; ainda de acordo com este blogger de entre os mais de
1.186.000 tropas francófonas mortas em combate, cerca de 71.100 eram provenientes das
colónias francesas da Argélia, Madagáscar, Marrocos, Senegal e Tunísia.
Genericamente, as forças coloniais do África do Norte, agrupados no 19º Corpo
expedicionário (reconhecido pelo “Exército da África”, cujo emblema era um crescente)
participaram nos teatros de operações da França, na Turquia (Dardanelos), nos Balcãs e na
Palestina (onde se distinguiram ao lado das tropas britânicas na decisão Nablus, de 19 a 25
de Setembro de 1918).

Entre 1914 e 1918 participaram no conflito, ao serviço da França, mais de 290 milsoldados
magrebinos: 173.019) argelinos; 80.339) tunisinos; 40.398) marroquinos. No final da
guerra, em Novembro de 1918, as perdas magrebinas ascendiam a 28.200 mortos e 7.700
desaparecidos. Por outro lado:

De uma maneira geral as forças expedicionárias anglo-africanas vieram


da Nigéria, Gâmbia, Serra Leoa, Gold Coast (atual Gana), Quénia,
Uganda, Niassalândia (Malawi), Rodésia (Zâmbia e Zimbabué) e África
do Sul (estes com comando próprio). De uma maneira geral, terão
participado cerca de 55 mil africanos anglófonos como combatentes e
centenas de milhares como carregadores e auxiliares. Registaram-se cerca
de 10 mil mortos entre os expedicionários africanos que combateram ao
lado das tropas britânicas. Com o conflito, e durante o mesmo, alguns
povos africanos aproveitaram-se para se rebelarem contra as potências
colonizadoras como foram nos casos de Angola e Moçambique (Portugal)
ou em algumas regiões sob domínio britânico em África, nomeadamente,
em Niassalândia, onde um missionário norte-americano, John Chilembwe,
liderou uma revolta (Almeida, 2004, p. 10).

2.5 - A Importância do estudo da Influência da Iª Guerra Mundial em África

A importância do estudo da influência da Iª Guerra Mundial em África teve uma


participação directa ou indirecta dos africanos,apesar da guerra ocorrer na Europa,as
colónias europeias levram grande parte dos africanos para os campos de batalha,bem como
para a reconstrução gradual do continente,face aos estragos causados pela guerra. “a
participação dos soldados africanos na I Guerra Mundial e como isso contribuiu para a
redefinição das fronteiras africanas após o armistício, bem como, a consciencialização
política dos africanos para a afirmação da sua cultura e identidades políticas e sociais no
desenvolvimento das linhas pragmáticas que conduziram, mais tarde, às independências
coloniais” (Almeida, 2004, p.1).

Como se recorda em 1914 o continente africano estava dividido, predominantemente, entre


7 potências coloniais europeias (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Grã-Bretanha,
Itália e Portugal); apesar de haver outras potências interessadas no cobiçado projecto
colonial africano. A necessidade de captar mais matéria-prima para suportar o
desenvolvimento industrial das potências europeias, em especial, no caso da Grã-
16

Bretanha (Inglaterra), França e a Alemanha terá levado estas potências a entrarem em


guerra, facto que, na realidade, já se verificava há umas dezenas de anos no continente
africano. Mas, também, o expansionismo territorial era uma das causas para o
desenvolvimento da guerra (Almeida, 2004, p.6).

A Primeira Guerra Mundial deu origem a uma mudança fundamental na relação entre a
Europa e África. Mais de dois milhões de pessoas na África fizeram enormes sacrifícios
para que os aliados europeus superassem a sua crise político-militar. Cerca de 100.000
africanos de origem britânica e portuguesa morreram no leste da África; já na África do
Norte francesa e África Ocidental Francesa cerca de 65.000 africanos perderam suas vidas.
A Alemanha, como compensações de custos de Guerra, perdeu a totalidade das suas
colónias que foram redistribuídas, nuns casos, ou redefinidas, em outros casos. A
Togolândia foi entregue à França e os Camarões divididos entre a República francesa e
o Reino Unido; a Tanganica entregue à administração britânica; a região de Urundi
(Ruanda e Burundi) foi colocada sob tutela do reino da Bélgica; já o Sudoeste Africano
tornou-se um protetorado britânico sob administração sul-africana.

Simultaneamente, vários povos aproveitaram o conflito para se rebelarem contra o


colonizador, como foram os casos de Angola (na região do Cunene: Cuanhamas, Cuamatos
e Humbes), Moçambique e Tanzânia (com os Makonde) ou no delta do Níger, no Quénia e
no Uganda (britânicos). Estas rebeliões foram, na maioria dos casos, forte e rapidamente
aniquiladas. Estas revoltas foram a génese de um nacionalismo emergente que teria o seu
real e efectivo advento após o termo da 2ª Guerra Mundial quando as potências coloniais
surgiram exauridas e completamente falidas do final deste 2º conflito mundial e com o
apoio das duas emergentes potências vencedoras, cuja natureza política era serem
anticolonialistas, os EUA e a União Soviética (URSS) (BARROSO, 2008, p.31).

2.6 - Propostas metodológicas para minimizar as dificuldades de compreensão sobre


as influências da primeira guerra mundial em África.

Durante o período de estágio os autores verificaram que um grupo de alunos da 9ª classe,


Turma: A, período: Manhã, do Complexo Escolar Nº 810 Nguimbi-Songue, em
Cambambe, no ano lectivo 2022-2023, apresentaram dificuldades em compreender a
temática sobre o “influências da primeira guerra mundial em África”.. na disciplina de
História. A turma é composta por trinta e seis (36) alunos, dos quais quinze (15) do sexo
masculino e vinte e um (21) do sexo feminino. A fim de minimizar/solucionar a
problemática os autores sugerem algumas propostas das quais: Motivação, relacção
professor/alunos, preparação do professor, uso recorrente dos meios de ensino nas
aulas de História.

Para a execução prática de uma aula deve-se utilizar com grande frequência os meios ou
recursos didácticos que permitem aos alunos a aproximarem-se da realidade, permite a
flexão, facilitam na compreensão dos alunos, contribuem num maior interesse dos alunos
17

em querer aprender mais em torno do mesmo. Para SOUZA (2007, p.111), “Recurso
didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino aprendizagem do conteúdo
proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos”.

Para a autora SOUZA (2007):

“Utilizar recursos didácticos no processo de ensino- aprendizagem é


importante para que o aluno assimile o conteúdo trabalhado,
desenvolvendo sua criatividade, coordenação motora e habilidade de
manusear objectos diversos que poderão ser utilizados pelo professor na
aplicação de suas aulas”… “O uso de recursos didácticos deve servir de
auxílio para que no futuro os alunos aprofundem, apliquem seus
conhecimentos e produzam outros conhecimentos a partir desses”.
(SOUZA 2007, p.112-113).

Segundo PILETTI (2007, p. 154) quando usamos de maneira adequada, os recursos de


ensino colaboram para:

 Motivar e despertar o interesse dos alunos;


 Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;
 Aproximar o aluno da realidade;
 Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem;
 Oferecer informações e dados;
 Permitir a fixação da aprendizagem;
 Ilustrar noções mais abstratas;
 Desenvolver a experimentação concreta.

Para (Souza, 2019) “acções educativas resume-se em técnica e metodologias que façam os
educandos desenvolverem habilidades tornando-se assim uma acção técnica”. As acções
educativas devem em todo caso, ser contextuais, pois a sua implementação acompanha o
meio social do aluno. Os alunos devem encontrar traços do seu quotidiano na Escola e usar
o que aprendem nas suas actividades mais comuns.

As acções obedecem certos critérios. Estes passam por diagnóstico, elaboração, execução e
avaliação. As mesmas, são elaboradas para desenvolver habilidades, hábitos e
competências sobre o tema nos alunos.

2.6.1 – Apresentação da proposta de acção metodológica

A proposta elaborada tem os seguintes passos:

1. Dar as aulas seguindo a sequência lógica sobre o tema, apresentada pelo programa;
2. Definir Guerra Mundial a sua devida representação;
3. Demonstrar em sala de aula a da Influência da Iª Guerra Mundial em África ;
18

4. Dividir a turma em grupos para a realização das acções da Influência da Iª Guerra


Mundial em África;
5. Recolher os relatórios e avaliar o nível de produtividade das acções.

Assim, temos a seguinteacção:

Acção: A Influência da Iª Guerra Mundial em África.

Objectivo: Compreender a influência da Iª Guerra Mundial em África com o auxílio do


conteúdo para o desenvolvimento das habilidades cognitivas dos alunos;

Métodos de Ensino: Explicativo; Socrático; Observação;

Meios de Ensino: Mapa-mundo;

Actividades: Localizar os continentes africano e europeu; Localizar os países africanos


envolvidos na Guerra; Dividir a turma em grupos para debater sobre as Influências da Iª
Guerra para África;

Tarefas a realizar: as tarefas a realizar para esta acção são:

 Apresentar as razões da I Guerra Mundial influenciuar África, num contexto em


que a Guerra se deu na Europa e não em África.

Realizar perguntas simples sobre a Influência dos fenómenos sociais em diferentes regiões:

 Uma Guerra que ocorre em Angola, pode ter suas influências em outros países?
 De que jeito?
 Estas influências podem causar grandes mudanças sociais?

1- Influência da I Guerra Mundial sobre África:

2- Tipos de Influência:

6- Exercícios e Tarefa:

- Explicar as influências da Guerra para África.


- Localizar os países africanos envolvidos na Guerra.
- Estabelecer as consequências da Guerra para África.
- Desenhar um mapa de África e pintar os países africanos envolvidos na Guerra.
19

CAPÍTULO III−APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DE


APLICAÇÃO DA PESQUISA

Neste capítulo trazemos a análise das dificuldades encontradas sobre o processo de ensino-
aprendizagem da disciplina de História com base a temática sobre as “influências da
primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do
Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo, o que motivou a pesquisa,
bem como a aplicação de tarefas, actividades e propostas a sua superação.

3.1 - População

A população é o conjunto de indivíduos alvos da pesquisa, que normalmente possuem as


mesmas caracterísiticas, dentro dela, encontramos a amostra, que é parte dela selecionada
para a realização dos testes.
A população (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem
as mesmas características definidas para um determinado estudo. A definição da
população-alvo tem uma influência direta sobre a generalização dos resultados.
Amostra é parte da população ou do universo, selecionada de acordo com uma
regra ou um plano. Refere-se ao subconjunto do universo ou da população.
(Prodanov e Freitas, 2013, p. 98)

Neste caso, a turma é composta por 36 alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do
Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo. Deste número 15 rapazes
e 21 raparigas, com idades compreendidas entre 13 aos 18 anos de idades.

3.2 - Etapas do trabalho de campo

O trabalho de campo teve três etapas principais, a saber:

 O pré-teste, que serviu de ponto de partida ou diagnóstico da situação;


 A elaboração e ensaio da proposta metodológica em sala de aula;
 O pós-teste, que serviu-nos para averiguar a eficácia da proposta e comparar a
evolução dos alunos em termos de conhecimentos..

3.3 - Análise do 1º teste aplicados aos alunos.

O pré-teste é a avaliação diagnóstica realizada com o intuito de colher informações sobre


um dado grupo, para assegurarmos o nível de partida sobre uma investigação ou trabalho.
O pré-teste foi aplicado dia 21 de Fevereiro de 2023, durante 45 minutos, com as seguintes
perguntas:
1ª – Fale da influência da I Guerra Mundial em África.
2ª – Cite as colónias de Portugal que participaram na Iª Guerra Mundial.
3ª – Cite as colónias francesas e Inglesas que participaram na Iª Guerra Mundial.
20

Na fase inicial do nosso estágio por meio da observação directa constatamos que um
determinado grupo de alunos do total existente na turma/sala apresentava um fraco
conhecimento quanto a problemática sobre as “influências da primeira guerra mundial em
África”. Desta feita, sendo que a avaliação é dos componentes essenciais do processo de
ensino-aprendizagem por servir de “é um construtor social e, portanto, há um contrato
ideológico e político no cerne do ato de avaliar […] Ela aparece inerente e indissociável a
educação promotora da liberdade, pelos ideais de transformar e libertar, quando concebida
como problematização, questionamento e pensamento sobre a ação. Avaliar deve criar
possibilidades para o estudante compreender os seus limites na construção do
conhecimento, valorizando suas verdades, interesses e autonomia” (Fonseca & Fonseca,
2016, p. 69).
Para dar maior comprovação e sustentabilidade ao problema antes identificado, aplicou-se
uma avaliação diagnóstica aos alunos com objectivo principal de verificar o nível de
conhecimento e habilidades do alunos visto que na visão de Fonseca & Fonseca, a
“avaliação da aprendizagem é uma necessidade inerente ao espaço escolar e alvo de
múltiplas discussões. É necessário desconstruir essa concepção de avaliar, baseada
essencialmente na quantificação dos resultados, na aplicabilidade das provas e atribuição
de notas por outros elementos que podem tornar o ato avaliativo mais compreensivo e
produtivo para educadores e educandos” (Fonseca & Fonseca, 2016, p. 69). A amostra
desta pesquisa está constituida por trinta e oito 38 (100%) alunos correspondente a 9ª
classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue-
Cambambe-Dondo. na qual obtiveram os seguintes resultados:

Quadro 1: Resultados da primeira avaliação dos alunos.

Respostas
Nº de Certas Erradas Total
Perguntas
Nº de Sexo % Nº de Sexo %
feitas Alunos M F Alunos M F
1ª 10 05 04 27,8 26 10 17 72,2 36 100
2ª 12 07 05 33,3 24 08 16 66,7 36 100
3ª 08 05 03 22,3 28 10 18 77,7 36 100
21

28
30 26
24
25
20
15 12
10
8
10
2 3
5 1
0
1 2 3

Nº De Perguntas Certas Erradas

Nesta primeira avaliação os autores verificaram insuficiência na compreensão dos


conteúdos sobre as “influências da primeira guerra mundial em África” por parte dos
alunos e tendo em conta que “O princípio da avaliação deve incluir, que o conhecimento
humano visa sempre o futuro, tende a evoluir e se superar. Assim, procura não apenas
compreender, mas promover ações em benefício dos educandos e das escolas”
(HOFFMANN, 2001, 12). Ou ainda que, “A aprendizagem do estudante deve se constituir,
de uma observação permanente das suas manifestações durante a aprendizagem, de modo a
otimizar as dificuldades individuais, e valorizar suas possibilidades enquanto aprendente”
(Fonseca & Fonseca, 2016, p.70), houve a necessidade de se ultrapassar o problema
utilizando novas vias e tarefa de ensino.

3.4 - Análises do 2º teste aplicados aos alunos.

Assim sendo, os autores voltaram a explicar novamente os contúdos utilizando novas


tarefas e actividades, trabalhando com os alunos de modo a superar as suas debilidades em
compreender sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, visto que para
os autores Fonseca e Fonseca

A observação empregada no processo de verificação de conteúdos


permite ao docente investigar as características individuais no âmbito das
suas atividades individuais ou contato interativo com o grupo da sala de
aula. Dessa forma é possível perceber e identificar fatores que
potencializam ou dificultam o trabalho pedagógico. Porém, a observação
é por vezes condicionada por fatores que ultrapassam a própria dinâmica
e percepção do professor, a começar pela sua própria subjetividade. Nesse
sentido, o professor deverá assumir uma atitude criteriosa, tirando
conclusões apenas quando observar os estudantes em situações
diversificadas, de modo a conseguir avaliar de maneira fundamentada e
não apenas uma opinião superficial sobre o aluno (Fonseca & Fonseca,
2016, p.71).
22

Nesta senda aplicou-se uma outra avaliação com o mesmo número de questões (3) como
mostra o quadro a baixo com a participação de 36 alunos na qual obtivemos os resultados
abaixo:

Quadro 2: Resultados da segunda avaliação dos alunos.

Respostas
Nº de Certas Erradas Total
Perguntas
Nº de Sexo % Nº de Sexo %
feitas Alunos M F Alunos M F
1ª 36 15 21 100 00 00 00 00 36 100
2ª 20 11 09 55,55 16 04 12 44,44 36 99,99
3ª 21 10 11 58,33 15 05 10 41,66 36 99,99

40 36
35
30
25 20 21 Série1
20 16 15
15 Série2
10 Série3
3
5 1 2 0
0
Nº de Certas Erradas
Perguntas

Com base a segunda avaliação os autores acreditam que as dificuldades antes apresentada
pelos estudantes/alunos da, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do
Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo sobre as “influências da
primeira guerra mundial em África” foram minimizadas/superadas, atendendo as tarefas e
actividades realizadas pelos autores e o objecto de estudo. As tarefas aplicadas pelos
professores aquando das tentativas de superação das dificuldades foram úteis e eficientes
não só pelos resultados alcançados como também pelo fato de a avaliação na perspectiva
dos autores Fonseca & Fonseca (2016):

A avaliação trabalha com desempenhos provisórios ou processuais, na


medida em que ela subsidia o processo de busca dos resultados os
melhores possíveis. Debruça-se sobre o que estava acontecendo com o
estudante antes, o que está acontecendo agora e o que acontecerá após,
pois a avaliação da aprendizagem está a serviço de um projeto pedagógico
construtivo, que visualiza o ser humano em desenvolvimento permanente.
Um verdadeiro processo de avaliação, não atribui atenção à aprovação ou
à reprovação do estudante, mas sim à sua aprendizagem, possibilitando
um convite para a sua melhoria (Fonseca & Fonseca, 2016, p.72).
23

Neste contexto, o professor ao avaliar não deve verificar apenas a quantidade de êxitos
alcançados mas sim, também a qualidade dos resultados alcançados, a avaliação servem
quer para o professor como para o aluno, é um elemento eficaz para os dos bem como para
o desenvolvimento em si do processo educativo, pelo facto de “A avaliação ser
considerada não somente enquanto processo ou procedimento para aferir o quanto os
estudantes aprenderam, mas como constituinte indispensável para o docente verificar sua
prática e melhorar suas estratégias metodológicas em sala de aula. É assim um elemento de
mão dupla na educação” (Fonseca & Fonseca, 2016, p.75).
Contudo, uma vez que dos 36 alunos avaliados apenas 04 alunos tiveram notas baixas
totalizando (11,1%) e 32 obtiveram notas positivas compreendendo a (88, 9%) da turma, o
que indica que as actividades desenvolvidas pelos autores tiveram sucessos no processo de
ensino-aprendizagem e contribuiram com eficácia para o minimizar de uma situação
problemática dentro do contexo escolar.

3.5 - Análise comparativa dos dados do pré-teste e pós-teste.

Os resultados apresentados na tabela número 3 e consequentemente no gráfico número


3,servem-nos de indicadores comparativos entre o pré-teste e pós-teste.

Tabela nº 3 – Dadoscomparativos dos resultados do pré-teste e pós-teste

Nº de Respostas Nº de alunos
Perguntas Pré-teste Pós-teste
Certas Erradas Certas Erradas
1 10 26 36 00 36
2 12 24 20 16 36
3 08 28 21 15 36

Gráfico nº 3 – Dados comparativos dos resultados do pré-teste e pós-teste

40 36
35
30 28
26 24
25
20 21
Pergunta 1
20 16 15
Pergunta 2
15 12
10 Pergunta 3
10 8

5
0
0
Certas Erradas Certas Erradas
Pré-teste Pós-teste
24

Com base ao quadro nº 03, os autores acreditam que houve no seio dos alunos uma
avaliação significativa no que diz respeito ao nível de percepção, duma vez que, no
primeiro teste, das respostas colhidas, tivemos 30 perguntas certas (27,7 %) e 78 erradas,
com (72,3 %). Já no segundo teste, tivemos uma evolução significativa visto que 77 alunos
responderam de forma certa (71,3 %) e 31 de erradas (28,7%), dando maior credibilidade
aos fundamentos aplicados.
25

CONCLUSÃO

Com a abordagem do tema sobre as “Estratégias metodológicas para minimizar as


dificuldades de compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em
África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar
Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe”, chegamos as seguintes conclusões.

 Descreveu-se no Iº Capítulo, os factores que concorrem para as dificuldades de


compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, aos
alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810
Nguimbi-Songue- Cambambe, o que serviu como ponto de partida para estudar os
melhores mecanismos a utilizar a fim de superar as dificuldades;

 Desenvolveu-se a estratégia metodológica para minimizar as dificuldades de


compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, aos
alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810
Nguimbi-Songue- Cambambe, com a planificação de uma série de actividades e
métodos adequados para o ensino da temática;

 Avaliou-se os resultados da pesquisa sobre as dificuldades de compreensão sobre as


“influências da primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma:
A, período: manhã, do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe,
com auxílio do método estatístico, para averiguar a evolução das aprenzagens dos
referidos alunos.

Contudo, em conformidade com os resultados da pesquisa, afirmamos que o nosso


objectivo geral da pesquisa, que é de melhorar a compreensão sobre as “influências da
primeira guerra mundial em África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã,
do Complexo Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo, foi alçcançado,
embora a estratégia utilizada, não é eficaz a 100%.
26

SUGESTÕES

Transmitir novas aprendizagens a alguém não é uma tarefa fácil, exige a disponibilidade, o
engajamento e a força de vontade necessária para que tal acto seja verdadeiramente eficaz,
e quanto se trata de fundamentos ligados ao processo de ensino-aprendizagem a situação
agravasse ainda mais. Os alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo
Escolar Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe-Dondo, apresentaram dificuldades em
compreender sobre as “influências da primeira guerra mundial em África”, o que exigiu de
nós a aplicação de variados elementos metodológicos, e no final do processo sugerimos
que:

 Os professores tenham mais disponibilidade em aprender e conviver com os alunos,


visto que é a partir de lá que o aluno começa a criar um interesse maior com a
escola e com o que o professor tem para ensinar;

 Que os professores de História do Iº Ciclo do Ensino Secundário utilizem este


trabalho como via de pesquisa e aquisição de novas experiências e caso necessário
o aperfeiçoem, por ser uma ferramenta metodológica, que pode contribuir para a
melhoria do Ensino da História na 7ªclasse;

 Que os professores permitam o desenvolvimento cognitivo dos alunos e que


contribuam para o emancipar de novas capacidades no seio escolar, face a
influência e abrangência que o tema trás, e pelo facto de, os seus efeitos ainda
serem notórios em África.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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Coronel Tomás de Sousa Rosa/Doutor em História pela Universidade de Évora. É
investigador integrado do Instituto de História Contemporânea – Grupo Ciência– CEHFCi
da UE.

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Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» Fundos Nacionais através da FCT -
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SOUZA, S. E. (2007); O uso de recursos didáticos no ensino escolar./Encontro de


pesquisa em Educação. Arq.Mudi, 11 (supl. 2).
APÊNDICES

Apêndice 1

A investigação Científica que está a ser levada a cabo para a realização do trabalho de fim
do curso, pedimos aos alunos da 9ª Classe a fim de responderem as questões da prova
(avaliação) com responsabilidade. A ideia é colher informações para a consolidação da
proposta metodológica sobre o tema «Estratégias metodológicas para minimizar as
dificuldades de compreensão sobre as “influências da primeira guerra mundial em
África”, aos alunos da 9ª classe, turma: A, período: manhã, do Complexo Escolar
Nº810 Nguimbi-Songue- Cambambe».

Idade: ______________; Género: ______________

1ª – Fale da influência da I Guerra Mundial em África.

R:

2ª – Cite as colónias de Portugal que participaram na Iª Guerra Mundial.

R:

3ª – Cite as colónias francesas e Inglesas que participaram na Iª Guerra Mundial.

R:
Apêndice 2

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